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Farmacologia Antifúngicos

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Sammy Lopes 
 FARMACOLOGIA 
 
AULA 23 |10/11/2021 1 
 
Antifúngicos
 
 
 
 
 
 
 
 
Tópicos mais importantes da aula: 
1. Classificação dos fungos 
2. Patogenia dos fungos 
3. Tipos de infecções fúngicas 
4. Classificação dos antifúngicos 
5. Mecanismos de ação dos antifúngicos 
a. Antifúngicos inibidores da síntese de 
ácidos nucléicos 
b. Antifúngicos inibidores da mitose 
c. Antifúngicos inibidores da síntese do 
ergosterol 
 Fármacos AZÓIS  agem sobre o 
ergosterol (molécula que fica na 
membrana celular dos fungos e 
garante 
estabilidade/maleabilidade). 
d. Antifúngicos inibidores da estabilidade 
da membrana 
 O fármaco se permeia na 
membrana celular  forma 
poros  os poros permitem a 
saída e entrada de eletrólitos e 
água  o fungo morre. 
e. Antifúngicos inibidores da síntese da 
parede celular 
 
Fungos 
→ Células eucarióticas sem mobilidade. 
→ Não realizam fotossíntese. 
→ Milhares de espécies. 
 Alguns estudiosos afirmam que é o reino 
com maior número de espécies. 
→ Apenas 50 espécies são patogênicos ao ser 
humano. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS 
→ A classificação dos fungos ocorre de acordo com 
a sua estrutura. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 
 
1. Leveduras (ex. Cryptococcus neoformans). 
2. Fungos semelhante a leveduras: Produzem 
estrutura similar ao micélio (ex. Candida 
albicans). 
3. Fungos filamentosos com micélio verdadeiro 
(ex. Aspergillus fumigatus) 
4. Fungos dimórficos: Podem crescer como 
leveduras ou fungos filamentosos (ex. 
Histoplasma capsulatum) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Existem fungos infecciosos aos seres humanos em 
todas as classificações, a estrutura nçao determina 
sua capacidade de infecção. 
 
Índice: 
• Tópicos mais importantes da aula 
• Fungos 
• Patogenia dos Fungos 
• Infecções Fúngicas 
• Antifúngico Ideal 
• Histórico 
• Agentes Antifúngicos 
• Alvos Moleculares dos Antifúngicos 
Sammy Lopes 
 FARMACOLOGIA 
 
AULA 23 |10/11/2021 2 
 
Patogenia dos Fungos 
→ A infecção por fungos, geralmente, acontece 
dessa ordem: 
 
→ Na adesão o fungo precisa ficar aderido a 
superfície para começar a colonizar/proliferar. 
→ O fungo pode ou não se aprofundar. Vai depender 
do tecido colonizado, do estado imune do 
hospedeiro e outros fatores. Até chegar na 
circulação sistêmica. 
 
 
Infecções Fúngicas 
1. Superficiais: atingem a camada superficial da 
pele. 
2. Cutâneas: atingem a pele, pelos e unhas. 
3. Subcutâneas: Atingem camadas profundas da 
derme, tecido subcutâneo e osso. 
4. Sistêmicas: Quando ocorre disseminação do 
fungo pela corrente sanguínea. 
5. Oportunistas: Quando ocorre em virtude de 
imunossupressão. 
 Exemplo: pacientes com SIDA 
(síndrome da imunodeficiência 
adquirida), em uso de 
imunossupressores, antitumorais. 
 
EXEMPLOS DE ALGUMAS INFECÇÕES FÚNGICAS 
 
INFECÇÕES SUPERFICIAIS 
→ Dermatocomicoses (Tinhas): causadas pelo 
Trichophyton, Microsporum ou Epidermophyton. 
 
→ Candidíase superficial 
 
 Comum em pacientes imunossuprimidos. 
 Infecção característica de acientes que 
fazem uso de corticoides (especialmente 
corticoides com bombinha). 
 
INFECÇÕES SISTÊMICAS 
→ A infecção fúngica sistêmica mais comum na 
maioria dos países (incluindo o Brasil) é a 
CANDIDÍASE. 
 
→ No Reino Unido, a doença fúngica sistêmica (ou 
“disseminada”) mais comum é a candidíase. 
→ Em outras partes do mundo: 
✓ Blastomicose 
✓ Histoplasmose 
✓ Coccidiomicose 
✓ Paracoccidiomicose 
 
CONDIÇÕES EM QUE OS PACIENTES ESTÃO MAIS 
SUSCEPTÍVEIS A INFECÇÕES FÚNGICAS 
→ Pacientes em UTI. 
→ Pacientes imunossuprimidos(quimioterapia, 
transplantes). 
→ Uso disseminado de antibióticos de amplo 
espectro. 
 Exemplo: Algumas regiões (cidades, 
hospitais específicos) adotam o uso de 
antibiótico de amplo espectro em um 
processo que não deveriam  isso gera 
consequências  afeta a microbiota de 
uma gama populacional  favorece o 
crescimento fúngico. 
Adesão
Superfície 
colonizada
Tecidos 
profundos
Circulção 
sistêmica
Sammy Lopes 
 FARMACOLOGIA 
 
AULA 23 |10/11/2021 3 
 
 Isso porque a nossa microbiota ajuda a 
controlar o crescimento de outros 
patógenos (inclusive fungos). 
 Então o uso de antibióticos retira a 
competição  favorece a disseminação 
de alguns patógenos. 
 Pode virar uma infecção endêmica em 
determinada região. 
→ Próteses (mais comum em próteses valvares). 
 Antigamente os materiais de próteses 
valvares favoreciam a adesão fúngica 
(formação do biofilme). Hoje ainda pode 
acontecer. 
 
 
Antifúngico Ideal 
→ Não existe um antifúgico ideal. 
→ CARACTERÍSTICAS QUE TORNARIAM O 
ALTINFÚNGICO COMO IDEAL: 
1. Amplo espectro de ação contra uma 
variedade de fungos patogênicos; 
 Afetar vários grupos e espécies de 
fungos. 
2. Excelente penetração no líquido 
cefalorraquidiano (LCR), na urina e no 
osso; 
 Local de difícil acesso de alguns 
antifúngicos. 
 O difícil acesso a essas regiões acaba 
limitando o tratamento quando o 
fungo infecta esses locais. 
3. Baixa toxicidade farmacológica; 
 Alguns fungos, apesar de serem muito 
bons, tem alto grau de toxicidade. 
4. Múltiplas vias de administração; 
 Quanto mais vias disponíveis, maior a 
capacidade de aplicabilidade. 
 Via tópica = por conta das infecções 
cutâneas e subcutâneas. 
 Via intravenosa = por conta das 
infeções sistêmicas. 
 
Histórico 
→ Os primeiros antifúngicos que foram desenvolvidos 
não tem muito tempo. 
→ A caspofungina possui um mecanismo de ação 
diferente. 
→ A maioria dos mecanismos mais evoluídos surgiram 
a partir de modificações sobre os AZÓIS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agentes Antifúngicos 
 
AGENTES ANTIFÚNGICOS NATURAIS 
Anfotericina 
Griseofuvina 
Equinocandinas 
→ Foram isolados de algumas espécies vivas 
(espécies de outros fungos, cruzadas com 
bactérias...) 
 
AGENTES ANTIFÚNGICOS SINTÉT ICOS 
AZÓIS (ex: cetoconazol, fluconazol,miconazol...) 
→ Há produção e alteração nos ajustes (ex: aumentar 
tempo de meia vida, ligação com enzimas etc). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sammy Lopes 
 FARMACOLOGIA 
 
AULA 23 |10/11/2021 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alvos Moleculares dos 
Antifúngicos 
→ A imagem abaixo mostra as classes dos antifúgicos 
(estratégias para combater as infecções fúngicas). 
→ Fármacos que agem sobre: 
✓ Síntese do ergosterol 
✓ Fuso mitótico 
✓ Síntese de DNA 
✓ Membrana plasmática 
✓ Parede celular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IN IBIDOR DA SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLEICOS: 
FLUCITOSINA 
 
 
MECANISMO DE AÇÃO DA FLUCITSINA 
 
INTRODUÇÃO: 
MECANISMO DE AÇÃO DA TIMIDILADO SINTETASE 
(AÇÃO NOS SERES HUMANOS) 
SEMELHANÇA DA AÇÃO: ANTIFÚNGICOS/ANTITUMORAIS 
→ TIMIDILATO SINTETASE é uma enzima que já foi 
citada em outras aulas. Inclusive quando falamos 
do metrotexato. 
→ O METROTEXATO é um antitumoral que age sobre 
o mini metabolismo do ácido fólico. 
 Ele age sobre a di hidrofolato redutase  
que prepara o tetra hidrofolato para que 
ele sirva como um cofotar para a timidilato 
sintetase. 
→ A timidilato sintetase é a enzima que forma a 
timidina. 
→ A enzima pega a deoxiuridina monofosfato (dUMP) 
e converte em deoxitimidinadina monofosfato 
(5TMP). 
→ Depois a 5TMP vai ser trifosfosfatada (adicionado 
mais 2 fosfatos)  será incorporada no DNA 
quando a célula (fúngica / antitumoral) for 
sintetizar o nvo DNA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sammy Lopes 
 FARMACOLOGIA 
 
AULA 23 |10/11/2021 5 
 
MECANISMO DE AÇÃO DA FLUOCITOSINA 
(AÇÃO NOS FUNGOS) 
→ A fluocitosina acessa a célula do fungo 
(citoplasma fúngico) e começa a sofrer 
ações/reações enzimáticas. 
→ A primeira ação enzimática é da citosina 
desaminase. 
→ A citosina desaminase pega a citosina e converte 
em 5–fluoruracila(5–FLU). 
 A 5–fluoruracila (já foi vista em outras aulas) 
é um antitumoral. 
→ A partir de enzimas (uridina fosforibosil transferase e 
ribonucleotídeo redutase) a 5–FLU vai ser 
transformada em uma molécula (5–
fluorodeoxiuridina monofosfato  5_FdUMP) que é 
parecida com a deoxiuridina monofosfato (dUMP). 
 A 5–fluorodeoxiuridina monofosfato é o 
substrato endógeno do fungo. 
→ Dessa forma, a 5–fluorodeoxiuridina monofosfato 
vai inibir a timidilato sintetase. 
→ Com isso, vai faltar dUMP para ser incorporada no 
DNA. 
 Se falta dUMP há inibição da síntese de 
DNA  e inibição da divisão celular (do 
fungo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ A fluocitosina é ingerida pelo ser humano. 
→ Porque a fluocitosina age na célula do fungo e não 
do ser humano (seletiva para o fungo)? (Por que a 
fluocitosina não é um antitumoral?) 
 Por conta da ação inicial. 
 Os seres humanos não possuem a 
CITOCINA PERMEASE. 
 
 
 
 
→ CONCLUSÃO: a fluocitosina consegue atravessar a 
membrana celular fúngica porque o fungo possui a 
citosina permeasse (dentro da célula do fungo a 
fluocitosina vai ser convertida em 5–fluoruracila). 
OBSERVAÇÃO 
→ Porde acontecer de uma pequena parcela de 
fluocitosina afetar o citoplasma humano (pois o 
corpo tem transportadores parecidos com a 
citosina permease). 
→ Isso é importante porque dentre os efeitos adversos 
está SUPRESSÃO DA MEDULA ÓSSEA. 
 A supressão da medula óssea é 
provocada pelo mesmo mecanismo que 
provoca danos ao fungo. 
 
ASSOCIAÇÃO DA FLUCITOSINA COM ANFOTERICINA B 
→ Essa associação medicamentosa é muito utilizada 
no tratamento de MICOSES SISTÊMICAS. 
→ A fluocitocina como único medicamento propicia 
um rápido desenvolvimento de resistência. 
→ FLUOCITOSINA + ANFOTERICINA B: Anfotericina B 
promove o aumento da captação de fluocitosina 
pelas células fúngicas. 
 A anfotericina B provoca poros na 
membrana do fungo. 
 A formação dos poros nos fungos permite 
que a fluocitosina entre no citoplasma 
fúngico em maior quantidade. 
 Com isso, há otimização da dose da 
fluocitosina. 
 
CARACTERÍST ICAS DA FLUCITOSINA 
→ Todo o quadro é importante. Mas os pontos 
grifados na imagem são os mais importantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Olhos são regiões sensíveis a infecções fúngicas. 
Geralmente a infecção se aloja de forma mais 
interior, o que é mais complicado de tratar por 
Sammy Lopes 
 FARMACOLOGIA 
 
AULA 23 |10/11/2021 6 
 
conta do acesso (não dápara tratar apenas com 
colírio). 
 Aplicação intra vítrea = injeção dentro do 
globo ocular. 
→ O fármaco atravessa a barreira placentária e tem 
uma eliminação (mesmo que pequena) via leite 
materno. 
 
IN IBIDOR DA MITOSE DOS FUNGOS: GRISEOFULVINA 
(ANTIMITÓT ICOS) 
 
A imagem mostra o exato momento da mitose. 
Os microtúbulos estão na cor verde e o DNA em azul. 
 
MECANISMO DE AÇÃO DA GRISEOFULVINA 
 
 
 
 
 
 
 
→ A tubulina ( e ) precisa se organizar (polimerizar) 
para formar os túbulos. 
→ É nesse momento que a gliseofulvina age: impede 
a formação do fuso. 
→ Sem o fuso não há divisão (separação nos polos) 
do material genético (para que os cpelulas de 
dividam e formem novos fungos). 
 
→ CONCLUSÃO: gliseofulvina intere na organização 
do fuso mitótico  atrapalha a polimerização da  
e  tubulinas. 
CARACTERÍST ICAS DA GRISEOFULVINA 
→ O uso terapêutico da griseofulvina oral é limitado. 
→ Acumula-se nas células precursoras da queratina 
e liga-se à queratinas das células diferenciadas. 
 Grieofulvina é muito útil para o tratamento 
de fungos em pele e unhas. 
→ Não é efetivo contra fungos dimórficos. 
→ Na maioria das situações, a griseofulvina parece 
ser fungistática. 
 FUNGISTÁTICA = interrompe o crescimento. 
 A griseofulvina não mata o fungo, 
interrompe o seu crescimento. 
→ Crescimento da pele, dos cabelos ou das unhas 
livres de infecção por dermatófitos. 
 Conforme a unha/pele/cabelo vão 
crescendo, a parte que cresceu já cresce 
livre do dermatófito. 
 
→ A imagem abaixo é importante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ A insolubilidade prejudica a absorção via oral. 
→ Como o medicamento é muito insolúvel, alimentos 
gordurosos ajudam na solubilidade quando 
aplicado por via oral. 
→ DESVANTAGEM: as doses devem ser administradas 
4 vezes ao dia. 
→ A gliseofulgina é um antifúngico de origem natural 
e ela tem capacidade de estimular a resposta 
imune de um paciente com lúpus. 
 O corpo reconhece como algo estranho e 
atacar regiões em que o medicamento se 
deposita. 
 
IN IBIDOR DA SÍNTESE DO ERGOSTEROL 
→ Classe mais importante e mais desenvolvida (que 
possuí mais representantes) dos antifúgicos. 
→ Os inibidores da síntese de ergosterol são dividios 
em duas classes: 
✓ Inibidores da esqualeno-epoxidase 
(Alilaminas e Benzilaminas) 
✓ Inibidores da 14 –  – desmetilase (azois) 
→ Ambas são enzimas. 
Sammy Lopes 
 FARMACOLOGIA 
 
AULA 23 |10/11/2021 7 
 
BIOQUÍMICA DA MEMBRANA E PAREDE CELULAR DOS 
FUNGOS 
→ O fungo tem: 
✓ Camada externa chamada de PAREDE 
CELULAR. 
 Composta por proteínas de 
superfícies, polímeros de -glucanos, 
quitina. 
✓ Camada interna chamada de MEMBRANA 
CELULAR. 
 Composta por fosfolipídeos de 
membrana e ergosterol. 
→ O ergosterol é um primo do colesterol. Está 
presente em fungos, algumas plantas etc. 
→ O ergosterol tem um papel estrutural parecido com 
o colesterol humano. 
→ O colesterol tem o papel de fonercer uma 
maleabilidade a bicamada lipídica. 
→ Por fornecer uma maleabilidade na membrana do 
fungo, o ergosterol é importante na 
permeabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNTESE DO ERGOSTEROL 
→ A síntese inicia-se através de reações bioquímicas 
mediadas pela ESQUALENO-EPOXIDASE (para 
transformar o esqualeno em epóxido-esqualeno). 
→ Depois algumas reações convertem o esqualeno-
epóxido em lanosterol. 
→ Na última etapa, o lanosterol é transformado em 
ergosterol através da 14––DEMETILASE. 
 
 
 
 
 
 
 
IN IBIDOR DA ESQUALENO EPOXIDASE: 
ALILAMINAS E BENZILAMINA 
→ A imagem mostra a etapa em que a esqualeno-
epoxidase age convertendo o esqualeno em 
esqualeno-epóxido. E em seguida, a 
transformação do esqualeno-epóxido em 
ergosterol. 
 
→ Alguns fármacos representantes (ambos agem 
sobre a enzima esqualeno-epoxidase: 
✓ Terbinafina e naftifina → ALILAMINAS 
✓ Butenafina → BENZILAMINA 
 
TERBINAFINA 
→ Os pontos grifados na imagem são os mais 
importantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Meia vida longa 
 
MEMBRANA CELULAR 
PAREDE CELULAR 
Sammy Lopes 
 FARMACOLOGIA 
 
AULA 23 |10/11/2021 8 
 
NAFTIFINA E BUTENAFINA 
→ Só disponível na forma tópica. 
→ Mecanismo de ação similar ao da Terbinafina. 
→ Amplo espectro de atividade antifúngica. 
 Apesar de terem uma ampla atividade 
fúngica, só estão disponíveis na forma 
tópica (é um exemplo das contradições 
existentes no “antifúgico ideal”) 
→ Tratamento de tinha do corpo (infecções 
cutâneas). 
 
 
IN IBIDORES DA 14 -DESMETILASE: AZÓIS 
→ Dentro dos AZÓIS existem algumas classes: 
✓ IMIDAZÓIS 
✓ TRIAZÓIS 
 
 
IMIDAZÓIS 
→ São nomeados imidazóis por conta do anel 
circulado na imagem (ANEL IMIDAZÓICO = anel 
com 2 nitrogênios). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Dentre o medicamentos lstados acima, só o 
CETOCONAZOL existe na forma tópica e sistêmica. 
→ O cetoconazol é bem absorvida via oral e tem um 
amplo espectro. Mais bem absorvido em pH ácido 
(estômago). 
 
TRIAZÓIS 
→ Os triazóis possuem um anel com 3 nitrogênios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
 
 
 
 
 
 
→ RESUMO: Eles inibem a enzima fúngica 14––
demetilase (que participa da conversão or 
lanosterol em ergosterol)  com isso inibem a 
síntese de ergosterol e desestabilizam a membrana 
fúngica (a membrana fica sem a maleabilidade  
fica em risco de partir e afetar o equilíbrioeletrolítico do fungo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inibem a enzima fúngicas 14 α -desmetilase 
Inibem então a síntese de ergosterol 
Desestabilizam a membrana fúngica
Sammy Lopes 
 FARMACOLOGIA 
 
AULA 23 |10/11/2021 9 
 
→ A imagem abaixo mostra que a 14––demetilase é 
uma enzima que faz parte do CYP 450 do fungo. 
→ Logo, é uma enzima que trabalha bastante para os 
fungos sobreviverem e manterem o efeito da 
membrana. 
→ Pr agirem nessa enzima, os azóis tem um grande 
potencial antifúngico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FARMACOCINÉTICA 
→ OS AZÓIS são fármacos que tem 
grande capacidade de interagir 
com outros. 
 
→ Os azóis são os fármacos que mais interagem com 
as nossas enzimas microssomais (do CYP 450). 
→ Os barbitúricos e os azóis são os fármacos que mais 
provocam interações farmacocinéticas. 
 
A imagem acima é bem importante. 
→ INIBE SÍNTESE DE HORMÔNIOS ESTEROIS E GONADAIS 
= Os azóis tem afinidade por enzimas parecidas 
com as humanas 
 As enzimas que transformam o lanosterol 
em ergosterol são parecidas com enzimas 
queo ser humano tem para formar o 
colesterol. 
 Lembrando que a maior parte do 
colesterol utilizado no corpo vem da 
síntese e não da alimentação. E para a 
síntese são necessárias enzimas. 
 Logo, os azóis afetam a síntese de 
colesterol humano. E o colesterol é 
percursor para a síntese de hormônios. 
→ Como a absorção é boa no trato gastrointestinal, 
pode haver ingestão via oral. 
→ Rifampicina,antiácidos,antagonistas dos 
receptores H2 diminuem a absorção do 
cetoconazol. 
 
EFEITOS ADVERSOS 
→ Afetam metabolismo de outros fármacos 
(interação medicamentosa). 
→ Distúrbios gastrointestinais. 
→ Hepatotoxicidade (raro). 
→ Efeitos endócrinos significativos. 
→ Cefaleia 
→ Totura 
→ Dor abdominal 
 
EXEMPLOS DE ALGUNS AZÓIS (MEDICAMENTOS) 
→ IMIDAZÓIS = clotrimazol, miconazol, cetoconazol. 
→ TRIAZÓIS = fluconazol, itraconazol, voriconazol. 
ITRACONAZOL 
→ Via oral e intravenosa. 
→ Meia vida de 36H. 
→ Não penetra no LCR (líquido cefalorraquidiano). 
→ Extenso metabolismo hepático. 
→ Fármaco altamente lipossolúvel. 
→ Interage com enzimas microssomais. 
 Paciente multifarmácia (que usa pelo 
menos 5 medicamentos) e está usando 
azóis tem 99% de chance de poussuir 
interação medicamentosa. 
→ Mais potente dos azóis 
FLUCONAZOL 
→ Via oral ou intravenosa. 
→ Excelente biodisponibilidade por via oral. 
→ Atinge concentrações elevadas no LCR. 
 Importante no tratamento de meningite 
fúngica (fármaco de escolha para tratar a 
meningite criptocócica). 
 Atravessa a barreira hematoencefálica. 
→ Meia vida de 25H. 
→ 90% são excretados inalterados na urina. 
→ É o azol que menos possui efeitos sobre as enzimas 
microssomais hepáticas. 
 Fármaco mais seguro para o paciente 
polifarmácia. 
Sammy Lopes 
 FARMACOLOGIA 
 
AULA 23 |10/11/2021 10 
 
IN IBIDORES DA ESTABILIDADE DA MEMBRANA DOS 
FUNGOS: POLIENOS 
 
ANTIFÚNGICOS POLIÊNICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Ao dividir essas moléculas ao meio, a semelhança 
desses medicamentos está na: 
✓ LIPOSSOLUBILIDADE (em cima) 
✓ HIDROSSOLUBILIDADE (em baixo)  várias 
hidroxilas e carbonilas prontas para 
interagir com a água. 
Que pode ser observado na imagem abaixo. 
→ Essa característica dos poliênicos é essencial para 
o funcionamento desses fármacos: uma parte da 
molécula interage com lipídeos e outra parte 
interage com a água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Na imagem acima o “L” em vermelho representam 
a molécula de anfotericina B. 
→ O indivíduo recebeu uma dose de anfotericina B. 
→ A parte da anfotericina B que é lipossolúvel vai se 
ligar ao ergoterol (interage com a molécula 
lipídica). 
→ A outra parte da molécula (hidrofílica) do 
fosfolipídeo atrapalha o acoplamento. 
→ Logo, a interação é com o ergosterol da 
membrana celular. 
→ A anfotericina B se intercala onte há ergosterol. 
→ Pode acontecer situações em que há formação 
de poros na membrana celular. 
 O complexo ergosterol + anfotericina B 
forma poros. 
→ Isso porque o lado externo da membrana é 
lipofílico (ergosterol) e o lado interno (entre a 
membrana é hidrofílico. Com isso, há formação de 
CANAIS. Forma poros por onde entra e saí agua, 
íons etc. 
→ Isso interfere em todo equilíbrio eletrolítico e a 
consequência é a morte do fungo. 
 
ANFOTERICINA B X NISTATINA 
 
ANFOTERICINA B NISTATINA 
Insolúvel em água Não sofre absorção 
sistêmica 
Via IV principalmente Forma tópica 
Fungicida ou fungistática Candida 
 
→ A anfotericina B é um ótimo medicamento, porém 
tem alguns problemas: INSOLUBILIDADE EM ÁGUA e 
TOXICIDADE. 
 
EFEITOS ADVERSOS 
→ A anfotericina B provoca uma ativação imune 
(liberação de citocinas pró inflamatória durante a 
infusão). 
LIPOSSOLÚVEL 
HIDROOSSOLÚVEL 
Fármacos poliênicos
Ergosterol
Poros na membrana
Sammy Lopes 
 FARMACOLOGIA 
 
AULA 23 |10/11/2021 11 
 
→ Toxicidade relacionada a 
infusão: 
 Febre, calafrios, 
cefaléia, hipotensão 
 
→ Toxicidade mais lenta 
 Insuficiência renal 
 Anemia(por falta 
de produção de 
eritropoetinas) 
 
→ A insuficiência renal é MUITO comum. 
→ Por isso existe a anfotericina B lipossomal que é um 
fármaco que atua dentro dos lipossomos que evita 
a superexposição renal ao fármaco (protege o 
fígado através do achatamento do pico). É um 
medicamento caro. 
 
IN IBIDORES DA SINTESE DA PAREDE CELULAR: 
EQUINOCANDIDAS 
 
 
ESTRUTURA DA PAREDE CELULAR DO FUNGO 
→ Na PAREDE CELULAR DO FUNGO temos uma 
polimerização de açúcares (carboidratos). 
→ A parede celular dos fungos é constituída por uma 
polimerização de quitina, proteínas, mas, 
principalmente, polimerização de carboidratos. 
→ Existem 2 tipos de enzima que irão formar essa 
parede: 
✓ β (1,3) – glicano sintase = enzima que liga 
os monômeros nas posições 1 e 3 (para 
que a cadeia cresça linearmente). 
✓ β (1,6) – glicano sintase = liga os 
monômeros nas posições 1 e 6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ 
MECANISMO DE AÇÃO 
Inibe a síntese 1,3 β-glicano – necessário para manter a 
estrutura das paredes. 
→ Ao inibir a β (1,3) – glicano sintase vai haver 
interferência na formação da parede celular. 
→ A parede celular é importante para manter a 
estrutura e auxilia no equilíbrio osmótico. 
 Se afeta o equilíbrio osmótico  provoca 
o estresse osmótico  vai haver 
entrada/saída de íons que não eram 
necessários  afeta o osmolaridade do 
fungo. 
 Quando entra mais íon  entra mais água 
(para manter mais água  o fungo 
entumece e se rompe  morte. 
 
 
CASPOFUNGINA 
 
→ Liga-se altamente as proteínas do plasma 
→ É metabolizada no fígado 
→ Penetra pouco no LCR 
→ Meia vida de 9-10H 
 
MICAFUNGINA 
 
→ É um antifúgico novo. Possuí aprovações mais 
restritas (pois não se quer criar fungos resistentes a 
micafungina). 
→ Foi aprovada para o tratamento de candidíase 
esofágica e para profilaxia antifúngica em 
receptores de transplantes de células tronco 
hematopoiéticas 
TNF –  
IL-1 
São cumulativas e 
depende da dose 
Sammy Lopes 
 FARMACOLOGIA 
 
AULA 23 |10/11/2021 12

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