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ESTUDOS DISCIPLINARES XIII - Questões de Aula Unidade II

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Questão 1.1 
O planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial que antecede as 
diligências, pesquisas, cálculos e respostas aos quesitos. Nessa etapa, o perito 
do juízo estabelece a metodologia dos procedimentos periciais a serem 
aplicados, elaborando-a a partir do conhecimento do objeto da perícia. 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TP 01. Perícia 
contábil. Brasília, 2015. 
Entre os objetivos do planejamento da perícia, inclui-se 
I. conhecer o objeto e a finalidade da perícia, a fim de permitir a adoção de 
procedimentos que conduzam à revelação da verdade; 
II. definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos a serem 
aplicados, em consonância com o objeto da perícia; 
III. identificar fatos importantes para a solução da demanda, de forma que não 
passem despercebidos ou não recebam a atenção necessária. 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. 
B. II, apenas. 
C. I e II, apenas. 
D. II e III, apenas 
E. I, II, III 
 
1. Introdução teórica 
1.1. Conceitos e objeto da perícia contábil 
Entende-se por perícia o trabalho de notória especialização feita com o 
objetivo de obter prova ou opinião para orientar uma autoridade formal no 
julgamento de um fato ou para desfazer um conflito de interesses de pessoas 
(MAGALHÃES, 2017). 
A perícia contábil é um instrumento que consiste em produzir provas 
técnicas sobre determinadas questões contábeis duvidosas ou controvertidas 
com o objetivo de esclarecer, por meio de laudo pericial, a veracidade sobre os 
fatos contestados, fornecendo ao juiz informações técnicas que o ajudem a 
sustentar sua decisão no julgamento e a solucionar o litígio. 
A perícia judicial pode ser solicitada para efeito de prova ou opinião que 
exija conhecimento dessa área profissional, com o objetivo de auxiliar o juiz de 
direito no julgamento de uma lide, conforme prevê o Art. 156 do Código de 
 
 
Processo Civil: “quando a prova do fato depender de conhecimento técnico e 
científico, o juiz será assistido por perito...”. 
A perícia contábil está contida em um dos gêneros de prova pericial. Trata-
se de uma das provas técnicas à disposição das pessoas naturais e jurídicas, 
com o objetivo de reunir provas sobre determinados fatos ou sobre questões 
patrimoniais controvertidas (ORNELAS, 2011). 
O Conselho Federal de Contabilidade, com o objetivo de dar suporte às 
questões relacionadas à perícia contábil, editou a Norma Brasileira de 
Contabilidade - NBC TP 01, em 27/02/2015. Essa norma, em seu item 2, 
conceitua perícia contábil conforme segue. 
2. A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos 
técnico-científicos destinados a levar à instância decisória 
elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução 
do litígio ou constatação de fato, mediante laudo pericial 
contábil e/ou parecer técnico-contábil, em conformidade 
com as normas jurídicas e profissionais e com a legislação 
específica no que for pertinente. 
 
Os juízes nem sempre são conhecedores de todos os assuntos técnicos 
nos diferentes ramos do saber. Para subsidiar o juiz com informações, cálculos 
numéricos e esclarecimentos sobre os pontos controvertidos, essa autoridade, à 
sua livre escolha, pode nomear um perito, de sua total confiança, que apresente 
capacidade técnica e reconhecidos conhecimentos sobre a matéria da perícia, 
que o habilitem a executar a prova pericial. É no momento da nomeação que o 
juiz designa o prazo para que o perito entregue o laudo pericial, e é, portanto, 
nesse momento, que se inicia o envolvimento desse profissional com o processo. 
O objeto da perícia contábil é o patrimônio das entidades físicas ou 
jurídicas. É na contabilidade que o perito contábil encontra os meios disponíveis 
para buscar esclarecimentos e provas sobre a matéria examinada. 
A perícia contábil tem por objeto central os fatos contábeis relacionados à 
causa (aspecto patrimonial), os quais devem ser verificados. Por isso, são 
submetidos à apreciação técnica do perito certos limites essenciais, ou 
“características essenciais”, independentemente dos procedimentos a serem 
adotados (MARCELO, 2013). 
 
 
 
 
1.2. Planejamento do trabalho pericial 
O planejamento do trabalho judicial inicia-se com a leitura atenta dos 
autos do processo, ocasião em que o perito deve, também, identificar a época 
dos fatos alegados e relatados pelas partes. É fundamental que o perito junte 
todos os documentos que servirão de suporte para elaboração do laudo pericial. 
Em decorrência da própria leitura dos autos, o perito deve recorrer à pesquisa 
bibliográfica, incluindo a leitura de livros, artigos técnicos, leis e normas 
contábeis, a fim de consolidar o conhecimento necessário para a completa 
finalização do trabalho judicial. 
Costa (2017) esclarece que, à medida que o perito desenvolve a leitura 
dos autos, ele deve transcrever os elementos mais importantes nos papéis de 
trabalho, de forma a evidenciar as etapas da perícia e o tempo necessário para 
cada atividade. 
O Item 30 da Norma Brasileira de Contabilidade – NBC TP 01 – define 
planejamento da forma abaixo. 
30. O planejamento da perícia é a etapa do trabalho 
pericial que antecede as diligências, pesquisas, cálculos e 
respostas aos quesitos, na qual o perito do juiz estabelece 
a metodologia dos procedimentos periciais a serem 
aplicados, elaborando-o a partir do conhecimento do objeto 
da pesquisa. 
 
 A referida norma também trata, no item 31, dos objetivos do planejamento 
da perícia. 
31. Os objetivos do planejamento da perícia são: 
(a) Conhecer o objeto e a finalidade da perícia, a fim de 
permitir a adoção de procedimentos que conduzam à 
revelação da verdade, a qual subsidiará o juízo, o árbitro 
ou o interessado a tomar a decisão a respeito da lide. 
(b) Definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos 
procedimentos a serem aplicados, em consonância com 
o objeto da perícia. 
(c) Estabelecer condições para que o trabalho seja cumprido 
no prazo estabelecido. 
(d) Identificar potenciais problemas e riscos que possam vir a 
ocorrer no andamento da perícia. 
(e) Identificar fatos importantes para a solução da demanda, 
de forma que não passem despercebidos ou não recebam 
a atenção necessária. 
(f) Identificar a legislação aplicável ao objeto da perícia. 
(g) Estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os 
membros da equipe de trabalho, sempre que o perito 
necessitar de auxiliares. 
(h) Facilitar a execução e a revisão dos trabalhos. 
 
2. Análise das afirmativas 
I – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com a NBC TP 01, item 31 (a), é fundamental que 
o perito contábil, na execução de suas funções, conheça o objeto e a finalidade 
da perícia contábil, a fim de melhor subsidiar o juiz na tomada de decisões. 
II – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com a NBC TP 01, item 31 (b), a partir do objeto da 
perícia, o perito contábil deve definir a natureza, a oportunidade e, sobretudo, a 
extensão dos procedimentos que deve adotar para melhor fundamentar o laudo 
pericial. 
III – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com a NBC TP 01, item 31 (e), o perito contábil deve 
identificar fatos importantes pertinentes à demanda, de forma que a obtenção de 
provas não seja prejudicada pela falta de atenção ou pela ausência de 
identificação de algum fato relevante, especialmente para que, em 
consequência, isso não venha a prejudicar a fundamentação do laudo pericial. 
Cabe, desse modo, destacar que os documentos dos autos servem de suporte 
para a obtenção das informações necessárias à elaboração do planejamento da 
perícia. 
Alternativa correta: E. 
 
3. Indicações bibliográficas 
 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC. Norma Brasileira de 
Contabilidade - NBC TP 01, de 27 de fevereiro de 2015. Disponível em 
<http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2015/NBCTP
01>. Acesso
em 11 mai. 2017. 
 Código de Processo Civil. Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. 
Acesso em 04 jun. 2017. 
 COSTA, J. C. D. Perícia contábil: aplicação prática. São Paulo, Atlas, 2017. 
 MARCELO, C. Objeto e finalidade da perícia contábil (2013). Disponível em 
<http://blogdoprofessorclaudiomarcelo.blogspot.com.br/2013/07/objeto-e-
finalidade-da-pericia-contabil.html>. Acesso em 13 mai. 2017. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://blogdoprofessorclaudiomarcelo.blogspot.com.br/2013/07/objeto-e-finalidade-da-pericia-contabil.html
http://blogdoprofessorclaudiomarcelo.blogspot.com.br/2013/07/objeto-e-finalidade-da-pericia-contabil.html
 MAGALHÃES, A. de D. F. Perícia Contábil. São Paulo: Atlas, 2017. 
 ORNELAS, M. M. G. Perícia Contábil. 5. ed. São Paulo, Atlas, 2011. 
 ZANNA, R. D. Prática de perícia contábil. 4. ed. São Paulo, IOB. Folhamatic, 
2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 2 
No Brasil, as normas internacionais de contabilidade tiveram como marco 
regulatório as publicações da Lei N° 11.638/2007 e da Lei N° 11.941/2009, que 
determinaram a adoção inicial aos padrões internacionais de contabilidade nas 
empresas brasileiras. 
Nesse sentido, a legislação societária determina que, no Balanço Patrimonial, 
os ativos e os passivos decorrentes de operações de longo prazo devem ser 
ajustados a valor presente, e, os demais, ajustados, quando houver 
A. efeito relevante. 
B. provisões de perdas. 
C. reversão de reservas. 
D. ajuste de avaliação patrimonial. 
E. teste de recuperabilidade de ativos. 
 
1. Introdução teórica 
 Até o advento da Lei N° 11.638/07, não existia, na legislação societária, 
cuja base é a Lei N° 6.404/76, a obrigatoriedade de registro, a valor presente, 
dos direitos e das obrigações da entidade. 
 A Lei N° 11.638/2007 introduziu, como critério de avaliação de ativos e 
passivos, a obrigatoriedade de ajustar os ativos e os passivos decorrentes de 
operações de longo prazo a valor presente. 
 O Art. 183 da Lei N° 6.404/76, que trata dos critérios de avaliação do 
ativo, inciso VIII, determina que 
os elementos do ativo decorrentes de operações de longo 
prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais 
ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela 
Lei N° 11.638, de 2007 e vide Lei N° 12.973, de 2014). 
 Já, o Art. 184 da mesma lei, que trata dos critérios de avaliação do 
passivo, em seu inciso III, determina que 
as obrigações, os encargos e os riscos classificados no 
passivo não circulante serão ajustados ao seu valor 
presente, sendo os demais ajustados quando houver 
efeito relevante. (Redação dada pela Lei Nº 11.941, de 
2009 e vide Lei Nº 12.973, de 2014). 
 Conclui-se, portanto, que todos os itens classificados no ativo realizável 
a longo prazo e no passivo não circulante devem ser ajustados a valor presente 
e os demais ativos e passivos de curto prazo somente devem ser ajustados a 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12973.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12973.htm#art5
valor presente caso esse ajuste tenha efeito relevante nas demonstrações 
contábeis. 
 O termo relevante é definido pelo CPC 00 – Estrutura Conceitual para 
Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro – como a 
capacidade de a informação fazer diferença em uma decisão tomada pelos 
usuários da contabilidade. A informação contábil-financeira só será capaz de 
fazer diferença nas decisões se estiver revestida de valor preditivo, de valor 
confirmatório ou de ambos. 
 A informação contábil tem valor preditivo se puder ajudar os usuários a 
aumentar a probabilidade de predizer futuros resultados e tem valor 
confirmatório se retroalimentar, servir de feedback para confirmar ou alterar as 
avaliações prévias. 
 Os requisitos básicos a serem observados quando da apuração do 
Ajuste a Valor Presente (AVP) são estabelecidos pelo CPC 12 – Ajuste a Valor 
Presente. 
 De acordo com esse Pronunciamento Técnico, o Ajuste a Valor 
Presente tem como objetivo demonstrar o valor presente de um fluxo de caixa 
futuro. Para determinar o valor presente de um fluxo de caixa, são exigidas três 
informações: o valor do fluxo futuro (considerando todos os termos e as 
condições contratados), a data do referido fluxo financeiro e a taxa de desconto 
aplicável à transação. 
 O conceito de valor presente está associado ao valor do dinheiro no 
tempo. 
 Para Martins et al (2013), a aplicação do ajuste a valor presente corrige 
o aspecto de tratar transações a prazo e à vista da mesma forma. O objetivo é 
determinar as parcelas de ativo e de passivo que não correspondem ao preço 
efetivo da transação, mas ao ajuste por conta do valor do dinheiro no tempo. 
 O item 9 do Pronunciamento Técnico CPC 12 determina que: 
ativos e passivos monetários com juros implícitos ou 
explícitos embutidos devem ser mensurados pelo seu 
valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por 
ser este o valor de custo original dentro da filosofia de 
valor justo (fair value). Por isso, quando aplicável, o custo 
de ativos não monetários deve ser ajustado em 
contrapartida; ou então a conta de receita, despesa ou 
outra conforme a situação. 
 
 Com a aplicação do Ajuste a Valor Presente (AVP), ao se expurgarem 
os juros embutidos nos valores das operações a prazo, esperam-se eliminar as 
distorções nas demonstrações contábeis provocadas pela falta do 
reconhecimento das despesas e receitas financeiras incluídas nas operações 
apurando resultados distorcidos. 
 Esse posicionamento é confirmado pelo item 2 do Pronunciamento 
Técnico CPC 12: 
a utilização de informações com base no valor presente 
concorre para o incremento do valor preditivo da 
Contabilidade; permite a correção de julgamentos acerca 
de eventos passados já registrados; e traz melhoria na 
forma pela qual eventos presentes são reconhecidos. Se 
ditas informações são registradas de modo oportuno, à 
luz do que prescreve a Estrutura Conceitual para a 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações 
Contábeis, Pronunciamento Conceitual Básico deste 
CPC, em seus itens 26 e 28, obtêm-se demonstrações 
contábeis com maior grau de relevância - característica 
qualitativa imprescindível. 
 
3. Análise das alternativas 
A – Alternativa correta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com a nova redação do inciso VIII do Art. 183 e do 
inciso III do Art. 184 da Lei N° 6.404/76, os ativos e os passivos decorrentes de 
operações de longo prazo deverão ser ajustados a valor presente, sendo os 
demais valores ajustados quando houver efeito relevante. 
B – Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O termo provisão, de acordo com o pronunciamento técnico 
CPC 25, é um passivo de prazo ou de valor incertos, não existindo qualquer 
ponto de contato com o tema Ajuste a Valor Presente de ativos e passivos 
decorrentes de operações de longo prazo, conforme consta no enunciado da 
questão. 
C – Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Reversão de reservas corresponde às alterações ocorridas 
nas contas que registram as reservas em virtude de os valores nelas 
constantes não serem mais utilizados. É o caso, por exemplo, da reversão da 
reserva para contingência. Se a contingência para a qual se reteve parte do 
lucro de um período não ocorrer, o valor constante na conta reserva para 
contingência deve ser revertido com contrapartida em lucros acumulados. 
D – Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Conforme nova redação dada ao § 3° do Art. 182 da Lei N° 
6.404/76 pela Lei
N° 11.941/09, serão classificadas como ajustes de avaliação 
patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em 
obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou de 
diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo em 
decorrência da sua avaliação a valor justo. 
E – Alternativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O teste de recuperabilidade é aplicado aos ativos para evitar 
que o valor contábil seja superior ao valor recuperável, ou seja, valor que seria 
obtido pela sua venda ou pelo seu uso. 
Alternativa correta. A. 
 
3. Indicação bibliográfica 
 BRASIL. Lei N° 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as 
sociedades por ações. Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em 17 
fev. 2017. 
 COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento 
Conceitual Básico (R1), CPC 00. Disponível em 
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/ 147_CPC00_R1.pdf>. 
Acesso em 17 fev. 2017. 
 ________________________. Pronunciamento técnico CPC 12 – Ajuste a 
valor presente. Disponível em 
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/219_CPC_12.pdf>. 
Acesso em 17 fev. 2016. 
 ________________________. Pronunciamento técnico CPC 25 – Provisões, 
Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Disponível em 
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/304_CPC_25_rev%2006.
pdf>. Acesso em 17 fev. 2016. 
 MARTINS, E. et al. Manual de Contabilidade Societária. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2013. 
 SANTOS, J. L. et al. Manual de práticas contábeis: aspectos societários e 
tributários. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 
 
 
Texto para as questões 3 e 4. 
O Código de Ética Profissional do Contador, aprovado em 1970, representou o 
alcance de uma importante meta. Com a consolidação e o amadurecimento da 
profissão, a atualização de conceitos éticos na área e o diálogo intenso com os 
diversos segmentos da comunidade contábil, após 26 anos, a Resolução CFC 
N° 290/1970 foi revogada pela Resolução CFC N° 803/1996, que aprova o 
Código de Ética Profissional do Contador vigente até os dias atuais. 
 
Questão 3 
Considerando o Código de Ética vigente, avalie as afirmativas a seguir. 
I. Não é permitido ao profissional da Contabilidade oferecer serviços 
profissionais mediante aviltamento de honorários. 
II. É permitido ao profissional da Contabilidade transferir, parcialmente, a outro 
profissional, a execução dos serviços a seu cargo, mantendo como sua a 
responsabilidade técnica dos serviços. 
III. É permitido ao profissional da Contabilidade publicar, em seu nome, trabalho 
científico ou técnico do qual tenha participado. 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. 
B. II, apenas. 
C. I e III, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 4 
Considerando nas determinações previstas nesse código, avalie as condutas 
descritas a seguir. 
I. Um profissional contador que atua como perito foi indicado para emitir laudo 
de apuração de haveres. No entanto, por não se considerar capacitado para 
a tarefa, decidiu recusar o convite. 
II. Um profissional contador que atua como consultor recomendou a seus 
clientes, proprietários de microempresas ou de grandes empresas, que 
mantivessem escrituração contábil regular. 
III. Um profissional contador que atua como auditor decidiu não participar de 
eventos relacionados à educação continuada, cursos, congressos, nem de 
quaisquer ouros eventos relacionados à atualização profissional. 
O código de ética está em consonância com a(s) conduta(s) profissional(is) 
descrita(s) em 
A. I, apenas. 
B. III, apenas. 
C. I e II, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I, II e III. 
 
1. Introdução teórica 
1.1. A ética na profissão contábil 
A ética está relacionada a valores morais. Para Sena (2015), trata-se de 
um conjunto de valores morais e de princípios que norteiam a conduta humana 
na sociedade. Destina-se ao equilíbrio e ao bom relacionamento social, a fim de 
possibilitar que “ninguém saia prejudicado”. Ser ético é ter um comportamento 
exemplar, baseado em valores morais. 
O estudo da ética estende-se à conduta profissional. A ética profissional 
é um conjunto de valores morais, normas e regras que conduzem o indivíduo a 
comportamentos adequados para uma boa convivência em um ambiente 
corporativo. Uma conduta profissional ética contribui para o bom funcionamento 
das rotinas de trabalho e para a formação de uma imagem positiva da instituição 
perante os órgãos públicos, os acionistas, os clientes e a sociedade em geral. A 
ética profissional é a aplicação da ética geral no campo das atividades 
profissionais. 
O profissional de contabilidade, no desempenho de suas atividades, deve 
buscar não só o aprendizado técnico, mas também assimilar conceitos éticos e 
empenhar-se em vivenciá-los durante toda a sua carreira profissional. 
Os padrões de conduta ética a serem seguidos pelo profissional de 
contabilidade, segundo a visão do Institute of Certified Management Accountants 
e do Institute of Management Accountants, estão relacionados à 
responsabilidade de desenvolvimento de suas atividades de acordo com o grau 
de competência, confidencialidade, integridade e objetividade, como mostra o 
quadro 1. 
 
Quadro 1. Responsabilidade dos contadores no desenvolvimento suas 
atividades profissionais. 
Competência 
 Manter um nível adequado de competência 
profissional por meio do desenvolvimento contínuo de 
seus conhecimentos e habilidades. 
 Realizar suas obrigações profissionais em 
consonância com leis, regulamentações e padrões 
técnicos. 
 Elaborar demonstrativos completos e transparentes e, 
após as devidas análises, fazer recomendações. 
Confidencialidade 
 Privar-se de evidenciar informações confidenciais 
obtidas ao longo de seus trabalhos, exceto quando 
autorizados ou quando forem legalmente obrigados a 
tal. 
 Informar os subordinados, com os devidos cuidados, a 
respeito da confidencialidade da informação obtida na 
execução dos trabalhos e monitorar suas atividades a 
fim de assegurar o sigilo da informação. 
 Privar-se de utilizar informações confidenciais para 
obter vantagens ilicitamente, sejam elas de interesse 
pessoal ou de terceiros. 
Integridade 
 Evitar conflitos de interesses e aconselhar as devidas 
partes quanto a qualquer possível conflito. 
 Privar-se de ingressar em qualquer atividade que 
prejudique o cumprimento de suas obrigações éticas. 
 Recusar qualquer presente, favor ou hospitalidade que 
influencie ou venha a influenciar suas decisões. 
 Privar-se de corromper os verdadeiros objetivos da 
organização e da ética. 
 Reconhecer e comunicar as limitações profissionais. 
 Comunicar informações favoráveis, bem como as 
desfavoráveis, e suas opiniões como profissional. 
Objetividade 
 Comunicar a informação de forma clara e objetiva. 
 Evidenciar aos usuários toda informação relevante 
que, provavelmente, interfira na compreensão de 
demonstrativos, notas explicativas e recomendações 
apresentadas. 
Abordagens éticas para o profissional contábil. CFC, 2003. 
 
Segundo o CFC (2003), o profissional de contabilidade é o responsável 
por fornecer aos usuários informações sobre a situação econômico-financeira da 
empresa. Caso essas informações não sejam fornecidas com base no 
conhecimento técnico e na ética, poderão trazer sérios problemas 
 
a) ao empresário contratante dos trabalhos, pois 
informações que poderão levá-lo a tomar decisões 
prejudiciais à empresa; 
b) aos sócios, acionistas ou proprietários, com 
prejuízos na avaliação de seus patrimônios; 
c) aos credores ou fornecedores de créditos, com 
prejuízos pelo eventual não-recebimento de seus 
direitos; 
d) ao país, pelo não-recebimento de impostos, o 
que causará danos a todos de maneira geral. 
 
Cada profissão tem o seu próprio código de ética. O código de ética 
profissional é o conjunto de normas técnicas
que devem nortear os profissionais 
no exercício de suas profissões. Na profissão contábil, o Código de Ética 
Profissional do Contador (CEPC) é elaborado pelo Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC), criado com o objetivo de orientar, normatizar e fiscalizar o 
exercício da profissão contábil, por meio dos Conselhos Regionais de 
Contabilidade. 
 
1.2. O Código de Ética Profissional do Contador (CEPC) 
 
O Código de Ética Profissional do Contador (CEPC) surgiu com os 
estudos e os debates iniciados no V Congresso Brasileiro de Contabilidade, 
realizado na cidade de Belo Horizonte - MG, em 1950. Na ocasião, surgiu a 
primeira codificação de normas a orientar a conduta ética dos contadores e dos 
técnicos em contabilidade no Brasil. Foram necessários 20 anos de estudos e 
amadurecimento até a efetiva aprovação do código pelo Conselho Federal de 
Contabilidade. 
Somente em 1970, por meio da Resolução CFC N° 290/70, foi aprovado 
o Código de Ética Profissional do Contabilista, assim chamado inicialmente. 
Durante 26 anos, o Código de Ética Profissional do Contabilista orientou 
a conduta dos profissionais de contabilidade no exercício de suas atividades. 
Entretanto, nos últimos anos, a intensificação do relacionamento do profissional 
de contabilidade com a sociedade e com o próprio grupo profissional exigiu uma 
atualização dos conceitos éticos na área da atividade contábil. Essa atualização 
do código de ética aconteceu em 1996, por meio da Resolução CFC N° 803/96, 
que revogou a Resolução CFC N° 290/70. 
Em 2010, a Resolução CFC N° 1.307/10 trouxe expressivas alterações ao 
código de ética, que passou, então, a chamar-se Código de Ética Profissional do 
Contador (CEPC). 
 Cabe lembrar que, até o fechamento desse trabalho, encontra-se aberta, 
em audiência pública, até 24 de fevereiro de 2018, a minuta do novo Código de 
Ética Profissional do Contador (CEPC) que revoga a Resolução CFC N° 
803/1996 e alterações posteriores, e transforma o Código na Norma Brasileira 
de Contabilidade Profissional Geral (NBC PG) 01. A minuta da Norma, que tem 
por objetivo fixar a conduta do contador, quando no exercício da sua atividade e 
nos assuntos relacionados à profissão e à classe, está de acordo com os 
padrões internacionais de ética da profissão contábil. 
 O Código de Ética Profissional do Contador então vigente tem 15 artigos 
distribuídos em 6 capítulos: 
 capítulo I – do objetivo; 
 capítulo II - dos deveres e das proibições; 
 capítulo III – do valor dos serviços profissionais; 
 capítulo IV – dos deveres em relação aos colegas e à classe; 
 capítulo V – das penalidades; 
 capítulo VI – das disposições gerais. 
Dentre os diversos artigos, é importante destacar o Art. 1º que trata do 
objetivo. 
 
Art. 1º Este Código de Ética Profissional tem por objetivo 
fixar a forma pela qual se devem conduzir os Profissionais 
da Contabilidade, quando no exercício profissional e nos 
assuntos relacionados à profissão e à classe. 
(Redação alterada pela Resolução CFC N° 1.307/10, de 
09/12/2010) 
 
 Para os demais artigos, recomenda-se a leitura atenta e completa do 
Código de Ética Profissional do Contador. Cabe lembrar que o Código de Ética 
pode ser obtido gratuitamente nos Conselhos Regionais de Contabilidade ou no 
site do CFC, no endereço 
<http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=1996/000803&ar
quivo=Res_803.doc>. Acesso em 21 mai. 2018. 
O Código de Ética Profissional do Contador é de extrema importância para 
os profissionais de contabilidade e deve ser de profundo conhecimento de todos. 
 
2. Análise das afirmativas 
Questão 3. 
I – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com o Código de Ética Profissional do Contador, 
Capítulo III, Art. 8º, é vedado ao profissional de contabilidade oferecer ou 
disputar serviços profissionais mediante aviltamento de honorários ou em 
concorrência desleal (redação alterada pela Resolução CFC Nº 1.307/10, de 
09/12/2010). 
 
II – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com o Código de Ética Profissional do Contador, 
Capítulo III, Art. 7º, § único, o profissional da contabilidade poderá transferir 
parcialmente a execução dos serviços a seu cargo a outro profissional, mantendo 
sempre como sua a responsabilidade técnica (redação alterada da Resolução 
CFC Nº 1.307/10, de 09/12/2010). 
 
III – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com o Código de Ética Profissional do Contador, 
Capítulo II, Art. 3º, no desempenho de suas funções, é vedado ao profissional 
da contabilidade publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou 
técnico do qual não tenha participado. Presume-se que seja permitido publicar, 
em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual tenha participado. 
 
Resposta correta. E. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 4. 
I – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com o Código de Ética Profissional do Contador, 
Capítulo II, Art. 5º, o contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou 
árbitro, deverá recusar sua indicação quando reconheça não se achar 
capacitado em face da especialização requerida. 
 
II – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com o Código de Ética Profissional do Contador, 
Art. 3º, no desempenho de suas funções, é vedado ao profissional da 
contabilidade aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições 
expressas em lei ou contra os Princípios de Contabilidade e as Normas 
Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade 
(redação alterada pela Resolução CFC N° 1.307/10 de 09/12/2010). Portanto, é 
conduta correta recomendar a seus clientes que mantenham escrituração 
contábil regular, conforme recomenda a lei, os princípios de contabilidade e as 
normas brasileiras de contabilidade. 
 
III – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com o Código de Ética Profissional do Contador, 
Art. 2º, é dever do profissional de contabilidade cumprir os Programas 
Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo CFC (Criado pelo Art. 
5º da Resolução CFC 1.307/10 de 09/12/2010). Portanto, não é conduta correta 
a decisão de não participar de eventos relacionados à educação continuada. 
 
Resposta correta: C. 
 
3. Indicações bibliográficas 
 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Abordagens éticas para o 
profissional contábil. Brasília: CFC 2003. Disponível em 
<http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-
content/uploads/2013/01/livro_abord_etica-pdf.pdf>. Acesso em 15 jan. 
2018. 
http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/01/livro_abord_etica-pdf.pdf
http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/01/livro_abord_etica-pdf.pdf
 ___________. Resolução CFC Nº 290 de 04 de setembro de 1970. Brasília. 
Disponível em 
<http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=1970/000290
& arquivo=RES_290.DOC>. Acesso em 16 jan.2018. 
 ___________. Resolução CFC Nº 803 de 10 de outubro de 1996. Brasília. 
Disponível em 
<http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=1996/000803
&arquivo=Res_803.doc>. Acesso em 16 jan.2018. 
 ___________. Resolução CFC Nº 1.307 de 09 de dezembro de 2010. 
Brasília. Disponível em 
<http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2010/001307
& arquivo=Res_1307.doc>. Acesso em 16 jan. 2018. 
 SENA, A. O que é ser ético na sociedade. Disponível em 
<http://www.noticialivre.com.br/index.php/2014-03-09-16-39-32/43191-o-
que-e-ser-etico-na-sociedade>. Acesso em 15 jan.2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=1996/000803&arquivo=Res_803.doc
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=1996/000803&arquivo=Res_803.doc
Questão 5 
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor 
Público (NBCASP), as Demonstrações Contábeis devem ser elaboradas e 
publicadas
pelos entes da federação, de modo a permitir e evidenciar a condição 
das contas públicas em âmbito nacional. 
A partir dessas informações, avalie as afirmativas a seguir. 
I. O Balanço Orçamentário deve demonstrar as receitas e despesas previstas, 
em confronto com as realizadas. 
II. O Balanço Financeiro deve evidenciar as receitas e despesas orçamentárias 
bem como os ingressos e dispêndios extraorçamentários, conjugados com 
os saldos de caixa do exercício anterior e os que se transferem para o início 
do exercício seguinte. 
III. A Demonstração das Variações Patrimoniais deve evidenciar as alterações 
verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução 
orçamentária, e indicar o resultado patrimonial do exercício. 
IV. A Demonstração dos Fluxos de Caixa permite a análise da capacidade da 
entidade de gerar caixa e equivalentes de caixa, e a análise da utilização de 
recursos próprios e de terceiros em suas atividades. 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. 
B. I e II, apenas. 
C. III e IV, apenas. 
D. II, III e IV, apenas. 
E. I, II, III e IV. 
 
1. Introdução teórica 
1.1. Evolução da contabilidade aplicada ao setor público 
A contabilidade pública ou governamental é o ramo da ciência contábil 
que determina os procedimentos, as práticas e as funções relativas ao registro 
e ao controle de fatos que afetam o patrimônio das entidades públicas. 
Para Araújo e Arruda (2006), a contabilidade pública é o sistema de 
informações que visa a selecionar, a registrar, a resumir, a interpretar e a divulgar 
os fatos mensuráveis em moeda que afetam as situações orçamentárias, 
financeiras e patrimoniais de órgãos e entidades públicas. 
A contabilidade pública tem passado por significativas transformações 
impostas, principalmente, pela necessidade de convergência aos padrões 
estabelecidos pelas Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas aos 
Setor Público. Entretanto, esse processo de convergência deve ser analisado de 
forma histórica, considerando-se a própria evolução das finanças públicas. 
O primeiro acontecimento histórico foi a publicação da Lei N° 4.320/64, 
que estabeleceu importantes normas de direito financeiro para a elaboração e o 
controle dos orçamentos e balanços das entidades públicas nos âmbitos federal, 
estadual e municipal, tendo como principal instrumento o orçamento público. 
Andrade (2017) observa que, a partir da vigência da Lei N° 4.320/64, o 
orçamento público ganhou significativa importância no Brasil. Como 
consequência, as normas relativas a registros e a demonstrações contábeis 
acabaram por privilegiar os conceitos orçamentários em detrimento da 
evidenciação dos aspectos patrimoniais. 
 
1.1.1. Lei N° 4.320, de 17 de março de 1964 
 
Institui Normas Gerais de Direito Financeiro para 
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da 
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. 
 
A Lei N° 4.320, de 17 de março de 1964, denominada Lei do Orçamento, 
trata de aspectos fundamentais para o estudo da contabilidade aplicada ao setor 
público. 
Apesar de ter sido publicada há mais de 50 anos, representou um passo 
significativo ao implementar, já na década de 1960, o regime de competência 
nas despesas públicas, o que muitos países desenvolvidos só fizeram na década 
de 1980. 
Correia Neto (2016), ao analisar os 50 anos dessa lei, aponta que, desde 
a sua edição, houve passos significativos na direção do aperfeiçoamento do 
processo orçamentário da contabilidade pública e, de modo geral, das finanças 
públicas no Brasil. A Lei contribuiu decisivamente para introduzir e consolidar 
marcos importantes que até hoje vigoram nas finanças públicas, como é o caso, 
por exemplo, dos princípios orçamentários da universalidade, da anualidade e 
da exclusividade; das etapas de realização dos gastos públicos; da definição do 
regime jurídico dos créditos adicionais; e da disciplina dos fundos especiais. 
 
1.1.2. Lei Complementar N° 101, de 04 de maio de 2000 – Lei de 
Responsabilidade Fiscal 
 
Estabelece normas de finanças púbicas voltadas para a 
responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. 
 
A aprovação da Lei Complementar N° 101, de 04 de maio de 2000, 
conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal, foi provocada, sobretudo, pelo 
forte desequilíbrio fiscal que ocorria no início da década de 1990, agravado em 
1999 devido a medidas insuficientes para a contenção dos gastos públicos. Essa 
lei regulamentou o Art. 163 da Constituição Federal de 1998 ao estabelecer 
normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, 
com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição. 
 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I. finanças públicas; 
II. dívida pública externa e interna, incluída a das 
autarquias, fundações e demais entidades controladas 
pelo poder público; 
III. concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV. emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V. fiscalização financeira da administração pública direta e 
indireta; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
40, de 2003) 
VI. operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
VII. compatibilização das funções das instituições oficiais 
de crédito da União, resguardadas as características e 
condições operacionais plenas das voltadas ao 
desenvolvimento regional. 
 
 Essa lei trata, ainda, de outros aspectos importantes ao ampliar o 
atendimento da Lei de Diretrizes Orçamentárias compatíveis com o Plano 
Plurianual e, principalmente, ao estabelecer a exigência da realização da 
consolidação nacional das contas públicas, conforme Seção II – Da Escrituração 
e Consolidação das Contas. A competência é exercida pela Secretaria do 
Tesouro Nacional (STN), por meio da publicação anual do Balanço do Setor 
Público Nacional (BSPN), congregando contas da União, do Distrito Federal, dos 
Estados e dos Municípios. Assim como a Lei Nº 4.320/64, essa lei tem grande 
relevância na evolução da contabilidade aplicada ao setor público. 
 
1.1.3. Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público 
 
 A revisão e a ampliação das Normas Brasileiras de Contabilidade 
aplicadas ao Setor Público surgem da necessidade de adaptar as práticas de 
contabilidade aos padrões estabelecidos pelas Normas Internacionais de 
Contabilidade aplicadas ao Setor Público, editadas pelo Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC). 
 A convergência da contabilidade das empresas privadas aos padrões 
internacionais teve avanço relativamente rápido. A contabilidade aplicada ao 
setor público, por sua vez, iniciava de forma lenta a busca por padrões 
internacionais e, principalmente, por uma Estrutura Conceitual que pudesse 
ampliar as orientações específicas a serem observadas pelos órgãos e pelas 
entidades públicas. 
 As primeiras Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor 
Público (NBC TSP) foram as mostradas no quadro 1. 
Quadro 1. Normas de Contabilidade aplicadas ao setor público 
Numeração 
CFC - 
Resolução 
Norma 
NBC T 16.1 1.128/08 
Conceituação, Objeto e Campo de 
Aplicação. 
NBC T 16.2 1.129/08 Patrimônio e Sistemas contábeis. 
NBC T 16.3 1.130/08 
Planejamento e seus instrumentos sob o 
Enfoque Contábil. 
NBC T 16.4 1.131/08 Transações no Setor Público. 
NBC T 16.5 1.132/08 Registro Contábil. 
NBC T 16.6 1.133/08 Demonstrações Contábeis. 
NBC T 16.7 1.134/08 
Consolidação das Demonstrações 
Contábeis. 
NBC T 16.8 1.135/08 Controle Interno. 
NBC T 16.9 1.136/08 Depreciação, Amortização e Exaustão. 
NBC T 
16.10 
1.137/08 
Avaliação e Mensuração de Ativos, 
Passivos em Entidades do Setor Público. 
NBC T 
16.11 
1.366/11 
Sistema de Informação de Custos do Setor 
Público. 
CFC – Conselho Federal de Contabilidade. 
As NBC T 16.1, 16.2, 16.3, 16.4 e 16.5 e os itens 12(a), 12(b), 12(c), 12(d), 
27 e 28 da
NBC T 16.6 foram revogados pela Norma Brasileira de Contabilidade 
NBC TSP Estrutura Conceitual, de 23 de setembro de 2016. 
 
1.1.4. Norma Brasileira de Contabilidade – NBC TSP Estrutura Conceitual 
de 23 de setembro de 2016 
 
A IFAC (International Federation of Accountants), mediante acordo, 
autorizou, no Brasil, o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) como um dos 
tradutores de suas normas e publicações, com direitos de realizar tradução, 
publicação e distribuição das normas internacionais e demais pronunciamentos 
em formato eletrônico. 
 Considerando o processo de convergência das Normas Brasileiras de 
Contabilidade aos padrões internacionais, o CFC emitiu, em 23 de setembro de 
2016, a NBC TSP Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de 
Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público, tendo 
seus efeitos aplicados a partir de 1° de janeiro de 2017. 
 Essa norma é a primeira da área convergida às normas internacionais e 
norteia toda a contabilidade pública. Estabelece os conceitos que devem ser 
aplicados no desenvolvimento das demais normas brasileiras de contabilidade 
aplicadas ao setor público (NBCs TSP). Esses conceitos devem ser aplicáveis à 
elaboração e à divulgação dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das 
Entidades do Setor Público (RCPGs). 
 Um dos principais pontos da norma é a definição da sociedade como a 
principal usuária da informação contábil. No item 2 da Introdução, a norma 
estabelece que 
 
o objetivo principal da maioria das entidades do setor público 
é prestar serviços à sociedade, em vez de obter lucros e 
gerar retorno financeiro aos investidores. 
Consequentemente, o desempenho de tais entidades pode 
ser apenas parcialmente avaliado por meio da análise da 
situação patrimonial, do desempenho e dos fluxos de caixa. 
 
Outro ponto a se destacar é que essa norma, além de revogar as 
resoluções do CFC que aprovaram as normas aplicáveis ao setor público NBC 
T 16.1 a 16.5 e os itens 12(a), 12(b), 12(c), 12(d), 27 e 28 da NBC T 16.6, também 
revogou a Resolução N° 750/1993, que dispõe sobre os princípios de 
contabilidade, e a Resolução CFC N° 1.111/2007, que dispõe sobre o conteúdo 
e abrangência dos Princípios de Contabilidade sob a perspectiva do Setor 
público. 
 
1.2. Conceituação, objeto e campo de aplicação da Contabilidade aplicada 
ao setor público. 
Com a revogação da NBC T 16.1, o assunto nela abordado passou a ser 
tratado na Norma Brasileira de Contabilidade – NBC TSP Estrutura Conceitual, 
editada pelo CFC em 23 de setembro de 2016, com seus efeitos aplicados a 
partir de 1° de janeiro de 2017. 
A NBC TSP Estrutura Conceitual trata, no capítulo 2 – Objetivos e 
Usuários da Informação Contábil de Propósito Geral das Entidades do setor 
Público, dos seguintes assuntos: 
 objetivos da elaboração e da divulgação da informação contábil; 
 usuários dos RCPGs (Relatórios Contábeis de Propósito Geral); 
 prestação de contas e responsabilidades (accountabilitty) e tomada de 
decisão; 
 necessidade de informação dos usuários dos serviços e dos provedores de 
recursos e informação fornecida pelos RCPGs. 
Entretanto, alguns assuntos não foram reproduzidos na íntegra, o que nos 
leva à necessidade de retomar a NBC T 16.1, cujos principais conceitos são os 
mostrados abaixo. 
 
3. Patrimônio Público: o conjunto de direitos e bens, 
tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, 
formados, produzidos, recebidos, mantidos ou 
utilizados pelas entidades do setor público, que seja 
portador ou represente um fluxo de benefícios, presente 
ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou 
à exploração econômica por entidades do setor público 
e suas obrigações. 
4. Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da 
ciência contábil que aplica, no processo gerador de 
informações, os Princípios de Contabilidade e as 
normas contábeis direcionados ao controle patrimonial 
de entidades do setor público. 
5. O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
é fornecer aos usuários informações sobre os 
resultados alcançados e os aspectos de natureza 
orçamentária, econômica, financeira e física do 
patrimônio da entidade do setor público e suas 
mutações, em apoio ao processo de tomada de 
decisão; a adequada prestação de contas; e o 
necessário suporte para a instrumentalização do 
controle social. 
6. O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é 
o patrimônio público. 
7. O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao 
Setor Público abrange todas as entidades do setor 
público. 
8. As entidades abrangidas pelo campo de aplicação 
devem observar as normas e as técnicas próprias da 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-
se o seguinte escopo: 
a. integralmente, as entidades governamentais, os 
serviços sociais e os conselhos profissionais; 
b. parcialmente, as demais entidades do setor público, 
para garantir procedimentos suficientes de 
prestação de contas e instrumentalização do 
controle social. 
 
1.3. Demonstrações contábeis aplicadas ao setor público 
 
As demonstrações contábeis das entidades públicas estão incluídas nos 
RCPGs, relatórios que englobam os componentes da informação contábil dos 
governos e outras entidades do setor público. O objetivo é o de fornecerem 
informações úteis aos seus usuários de acordo com as suas necessidades para 
prestação de contas, responsabilização e tomada de decisões. 
Dentre as informações fornecidas pelos RCPGs, incluem-se as 
demonstrações contábeis citadas abaixo. 
 Balanço Patrimonial (BP). 
 Balanço Orçamentário (BO). 
 Balanço Financeiro (BF). 
 Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP). 
 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). 
 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). 
 Notas Explicativas (NE). 
 
1.3.1. Balanço Patrimonial (BP) 
O Balanço Patrimonial (BP), estruturado em ativo, passivo e patrimônio 
líquido, é a demonstração contábil que evidencia qualitativa e quantitativamente 
a situação patrimonial da entidade pública a partir das contas do Plano de Contas 
Aplicado ao Setor Público (PCASP) e dos atos potenciais que são registrados 
em contas de compensação. As contas de compensação compreendem as 
compensações do ativo e do passivo e estão relacionadas a situações não 
compreendidas no patrimônio, mas que, de alguma forma, possam vir a afetá-lo. 
Permitem diversas análises sobre a situação patrimonial da entidade, dentre 
elas, sua liquidez e seu endividamento. 
De acordo com a NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis –, itens 15 e 
17, não revogados, a classificação do ativo e passivo obedece aos critérios a 
seguir. 
 
15. Os ativos devem ser classificados como circulantes e 
não circulantes. Para serem classificados como circulantes 
devem satisfazer a um dos seguintes critérios: 
a) estarem disponíveis para realização imediata; 
b) tiverem a expectativa de realização até doze meses da 
data das demonstrações contábeis. 
17. Os passivos também devem ser classificados em 
circulantes e não circulantes. Serão classificados como 
circulantes quando satisfazerem os seguintes critérios: 
a) corresponderem a valores exigíveis até doze meses da 
data das demonstrações contábeis; 
b) corresponderem a valores de terceiros ou retenções em 
nome deles, quando a entidade for a fiel depositária, 
independentemente do prazo de exigibilidades. 
 
As contas do ativo devem ser apresentadas em ordem decrescente de 
grau de liquidez. As contas do passivo devem ser apresentadas, em ordem de 
grau de exigibilidades. 
No patrimônio líquido, o resultado do período e os resultados acumulados 
devem ser segregados. 
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), de 2017, 
destaca que, a partir da convergência aos novos padrões da Contabilidade 
aplicada ao Setor Público, o BP passa a ter a visão patrimonial como base para 
análise e registro dos fatos contábeis e é composto por:
 quadro principal; 
 quadro dos ativos e passivos financeiros e permanentes; 
 quadro de contas de compensação (controle); 
 quadro do superávit/déficit financeiro. 
 
1.3.2. Balanço Orçamentário (BO) 
O Balanço Orçamentário (BO) demonstra o confronto das receitas e 
despesas previstas com as realizadas. As receitas são demonstradas de forma 
detalhada por categoria econômica e origem, especificando a previsão inicial, a 
previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo, que 
corresponde ao excesso ou à insuficiência de arrecadação. As despesas 
também são detalhadas por categoria econômica e por grupo de natureza, com 
discriminação da dotação inicial, da dotação atualizada para o exercício, das 
despesas empenhadas, das despesas líquidas, das despesas pagas e do saldo 
da dotação. 
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
(MCASP), de 2017, o BO é composto por: 
 quadro principal; 
 quadro da execução dos restos a pagar não processados; 
 quadro da execução dos restos a pagar processados. 
 
1.3.3. Balanço Financeiro (BF) 
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
(MCASP), de 2017, o Balanço Financeiro (BF) evidencia as receitas e as 
despesas orçamentárias e os ingressos e os dispêndios extraorçamentários, 
conjugados aos saldos de caixa do exercício anterior e aos que se transferem 
para o início do exercício seguinte. 
O BF é composto por um único quadro, que tem por objetivo evidenciar a 
movimentação financeira das entidades do setor público e possibilitar a apuração 
do resultado financeiro do exercício. Esse único quadro deve demonstrar: 
 a receita orçamentária realizada e a despesa orçamentária executada, por 
fonte/destinação de recurso, discriminando as ordinárias e as vinculadas; 
 os recebimentos e os pagamentos extraorçamentários; 
 as transferências financeiras recebidas e concedidas, decorrentes ou 
independentes da execução orçamentária, destacando os aportes de 
recursos para o RPPS (Regime Próprio de Previdência Social); 
 o saldo em espécie do exercício anterior e para o exercício seguinte. 
 
1.3.4. Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) 
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), de 2017, 
aponta que a Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) evidencia as 
alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução 
orçamentária, e indica o resultado patrimonial do exercício. 
 A elaboração da DVP tem por base as contas contábeis apresentadas no 
modelo do Plano de Contas aplicadas ao Setor Público (PCASP), utilizando-se 
as classes 3 (variações patrimoniais diminutivas – VPD) e 4 (variações 
patrimoniais aumentativas – VPA). As contas intraorçamentárias, caso existam, 
devem ser excluídas para fins de consolidação das demonstrações contábeis no 
âmbito de cada ente. Entretanto, se as demonstrações contábeis se referirem 
apenas às contas de um órgão, uma entidade ou uma empresa pública, a 
exclusão das contas intraorçamentárias não deve ser efetuada. 
 A apresentação da DVP pode ser elaborada de acordo com um dos dois 
modelos apresentados a seguir. 
 Modelo sintético: esse modelo facilita a visualização dos grandes grupos de 
variações patrimoniais que compõem o resultado patrimonial. Ele especifica 
apenas os grupos (2º nível de detalhamento do PCASP), acompanhado de 
quadros anexos que detalham sua composição. 
 Modelo analítico: esse modelo detalha os subgrupos (3º nível de 
detalhamento do PCASP) das variações patrimoniais em um único quadro. 
Ele auxilia o recebimento das contas anuais por meio do Siconfi (Sistema de 
Informações Contábeis e Fiscais do setor Público Brasileiro) para fins de 
consolidação. 
A DVP permite a análise de como as políticas adotadas provocaram 
alterações no patrimônio público, considerando-se a finalidade de atender às 
demandas da sociedade. 
 
 
1.3.5. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) 
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) apresenta as entradas e as 
saídas de caixa e classifica-as em fluxos operacional, de investimento e de 
financiamento. 
Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), 
de 2017, a DFC deve evidenciar: 
 as fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa; 
 os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações 
contábeis; 
 o saldo do caixa na data das demonstrações contábeis. 
A DFC permite a análise da capacidade de a entidade gerar caixa e 
equivalentes de caixa e de utilizar recursos próprios e de terceiros em sua 
atividade. 
Também podem ser feitas análises pela comparação dos fluxos de caixa, 
gerados ou consumidos com o resultado do período e com o total do passivo, o 
que permite a identificação, por exemplo, da parcela dos recursos utilizada para 
pagamento da dívida e para investimentos e da parcela da geração líquida de 
caixa atribuída às atividades operacionais. 
A DFC é elaborada pelo método direto e é composta por 5 quadros: 
 quadro principal; 
 quadro de receitas derivadas e originárias; 
 quadro de transferências recebidas e concedidas; 
 quadro de desembolso de pessoal e demais despesas por função; 
 quadro de juros e encargos da dívida. 
 
1.3.6. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) 
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) evidencia 
a evolução do patrimônio líquido da entidade. 
Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), 
de 2017, devem ser apresentados os seguintes itens: 
 os ajustes de exercícios anteriores; 
 as transações de capital com os sócios, por exemplo, o aumento de capital, 
a aquisição ou a venda de ações em tesouraria e os juros sobre capital 
próprio; 
 o superávit ou déficit patrimonial; 
 a destinação do resultado, por exemplo, transferências para reservas e a 
distribuição de dividendos; 
 outras mutações do patrimônio líquido. 
A DMPL é obrigatória para as empresas estatais dependentes, desde que 
constituídas sob a forma de sociedades anônimas, e facultativa para os demais 
órgãos e as entidades dos entes da Federação. 
 
1.3.7. Notas Explicativas (NE) 
As Notas Explicativas (NE) são informações complementares às 
apresentadas nos quadros das demonstrações financeiras e são consideradas 
parte integrante dessas demonstrações. 
Seu objetivo é facilitar o entendimento das demonstrações contábeis aos 
seus diversos usuários. Portanto, as NE devem ser claras, sintéticas e objetivas. 
Englobam informações de quaisquer naturezas exigidas pela lei e pelas normas 
contábeis e informações relevantes não suficientemente evidenciadas ou que 
não constam nas demonstrações. 
 
1.4. Execução orçamentária e execução financeira 
A execução orçamentária e a execução financeira ocorrem 
simultaneamente, uma está vinculada à outra. Havendo orçamento e não 
existindo o financeiro, não poderá ocorrer a despesa. Pode haver recurso 
financeiro, mas ele não poderá ser gasto se não houver a disponibilidade 
orçamentária. Vejamos as explicações abaixo. 
 Execução orçamentária: é a utilização dos créditos previstos na Lei 
Orçamentária Anual (LOA), ou seja, é o comprometimento de parte ou de 
toda a previsão (dotação) de recursos de determinado projeto ou de 
determinada atividade que está no orçamento anual. Entende-se como 
créditos previstos o valor autorizado para ser gasto em determinado projeto 
ou em determinada atividade. É o quanto está previsto no orçamento, ou, 
ainda, é a dotação orçamentária. 
 Execução financeira: é a utilização de recursos financeiros e do dinheiro 
existente em caixa, visando a atender a realização das ações, de acordo com 
as dotações orçamentárias. Entende-se como recursos financeiros o dinheiro 
ou saldo disponível em conta bancária. 
Quando dizemos que a execução orçamentária é a utilização dos créditos 
previstos na LOA, parece que tudo o que lá está previsto terá de ser executado,
pois, se é lei, teria de ser cumprida. Mas não é bem assim: a LOA é uma previsão 
e, portanto, os recursos para as ações são estimados conforme o ingresso 
esperado, ou seja, se a receita (entrada de recursos) for menor do que a 
esperada - o que quase sempre acontece - a despesa terá de ser reduzida. 
Significa dizer que algumas ações terão seus créditos executados parcialmente 
ou sem execução nenhuma. 
 
1.4.1. Receitas e despesas correntes e de capital 
 As receitas e as despesas, segundo a categoria econômica, classificam-
se em correntes e de capital e estão previstas no Art. 11 (receitas) e Art. 12 
(despesas) da Lei Nº 4.320/64. Vejamos as explicações abaixo. 
 Receitas correntes: são destinadas a cobrir as despesas orçamentárias 
com o objetivo de que as atividades governamentais sejam mantidas. 
 Receitas de Capital: são destinadas ao financiamento dos programas e das 
ações orçamentários com o objetivo de que as finalidades públicas sejam 
atingidas. 
 
Segundo o Art. 11 § 1º e § 2º da Lei Nº 4.320/64, as receitas correntes e 
de capital são as indicadas no quadro 2. 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 2. Receitas Correntes e Receitas de Capital. 
Receitas Correntes Receitas de Capital 
Receita Tributária. 
Receita de Contribuições. 
Receita Patrimonial. 
Receita Agropecuária. 
Receita Industrial. 
Receita de Serviços. 
Transferências Correntes. 
Outras Receitas Correntes. 
Operações de Crédito. 
Alienação de Bens. 
Amortização de Empréstimos. 
Transferências de Capital. 
Outras Receitas de Capital. 
Lei Nº 4.320/64. 
 
Vejamos as explicações abaixo. 
 Despesas correntes: são despesas que expressam a participação do setor 
público no consumo de recursos para a manutenção e o funcionamento dos 
serviços público. São dispêndios que não contribuem, diretamente, para a 
formação ou a aquisição de um bem de capital. 
 Despesas de capital: são despesas que contribuem para a formação ou a 
aquisição de bem de capital. 
Segundo o Art. 12 § 1º e § 2º da Lei Nº 4.320/64, despesas correntes e 
de capital são as indicadas no quadro 3. 
 
Quadro 3. Despesas Correntes e Despesas de Capital. 
Despesas correntes Despesas de capital 
Despesas de Custeio 
 Pessoal Civil 
 Pessoal Militar 
 Serviços de Terceiros 
 Encargos Diversos 
Investimentos 
 Obras públicas 
 Serviços em regime de 
programação especial 
 Equipamentos e instalações 
 Material permanente 
 Participação em constituição ou 
aumento de capital de empresas 
ou entidades industriais ou 
agrícolas 
Transferências correntes 
 Subvenções sociais 
 Subvenções econômicas 
 Inativos 
 Pensionistas 
 Salário família e abono familiar 
 Juros de dívida pública 
 Contribuições de previdência 
social 
 Diversas transferências correntes 
Inversões Financeiras 
 Aquisição de imóveis 
 Participações em constituição ou 
aumento de capital de empresas 
ou entidades comerciais ou 
financeiras 
 Aquisição de títulos 
representativos de capital de 
empresas ou funcionamento. 
 Constituição de fundos rotativos 
 Concessão de empréstimos 
 Diversas inversões financeiras 
Transferências de capital 
 Amortização da dívida pública 
 Auxílios de obras públicas 
 Auxílios para equipamentos e 
instalações 
 Auxílios para inversões 
financeiras 
 Outras contribuições 
Lei Nº 4.320/64. 
 
Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), 
de 2017, o grupo de natureza da despesa é um agregador de elementos de 
despesa orçamentária com as mesmas características quanto ao objeto de 
gasto, conforme discriminado no quadro 4. 
 
Quadro 4. Grupo de Natureza da Despesas 
Grupo de Natureza da Despesa 
1. Pessoal e Encargos Sociais. 
2. Juros e Encargos da Dívida. 
3. Outras Despesas Correntes. 
4. Investimentos. 
5. Inversões Financeiras. 
6. Amortização da Dívida. 
MCASP 2017. 
 
No quadro, os grupos de n° 1 ao n° 3 referem-se às despesas correntes, 
e os grupos de n° 4 ao n° 6 referem-se às despesas de capital. 
 
 
 
 
2. Análise das afirmativas e resolução da questão 
I – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. A afirmativa está correta, de acordo com o Art. 102 da Lei Nº 
4.320/1964 (Parte V – Demonstrações Contábeis aplicadas ao setor público –, 
item 2, Balanço Orçamentário do Manual de contabilidade aplicado ao setor 
público –, exercício 2017, 7ª edição). 
 
Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas 
e despesas previstas em confronto com as realizadas. 3 
Constituição Federal de 1988, art. 167, §2º. 
 
II – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. A afirmativa está correta, de acordo com o Art. 103 da Lei Nº 
4.320/1964 (Parte V – Demonstrações Contábeis aplicadas ao setor público, 
item 3 – Balanço Financeiro do Manual de contabilidade aplicado ao setor 
público, exercício 2017, 7a edição). 
 
O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa 
orçamentárias bem como os recebimentos e os 
pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados 
com os saldos em espécie provenientes do exercício 
anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. 
 
III – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. A afirmativa está correta, de acordo com o Art. 104 da Lei Nº 
4.320/1964 (Parte V – Demonstrações Contábeis aplicadas ao setor público, 
item 5 – Demonstração das Variações Patrimoniais do Manual de contabilidade 
aplicado ao setor público, exercício 2017, 7a edição). 
 
A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará 
as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou 
independentes da execução orçamentária, e indicará o 
resultado patrimonial do exercício. 
 
IV – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. A afirmativa está correta, de acordo com a Parte V – 
Demonstrações Contábeis aplicadas ao setor público, item 6 – Demonstração 
dos Fluxos de Caixa do Manual de contabilidade aplicado ao setor público, 
exercício 2017, 7a edição. 
 
Essa demonstração permite a análise da capacidade de a 
entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e da utilização 
de recursos próprios e de terceiros em suas atividades. 
Alternativa correta: E. 
 
2. Resolução da Questão: 
 
RECEITAS CORRENTES R$21.300,00 
Receita Agropecuária R$3.000,00 
Receita Industrial R$3.500,00 
Receita Patrimonial R$2.800,00 
Receitas de Impostos R$5.000,00 
Receitas de Contribuições de Melhorias R$2.000,00 
Transferências Correntes R$5.000,00 
RECEITAS DE CAPITAL R$16.000,00 
Alienação de Bens R$5.000,00 
Operações de Crédito R$3.000,00 
Transferência de Capital R$2.000,00 
Amortização de Empréstimos R$6.000,00 
 
DESPESAS CORRENTES R$19.500,00 
Pessoal e Encargos Sociais R$8.000,00 
Juros e Encargos da Dívida R$5.000,00 
Outras Despesas Correntes R$6.500,00 
DESPESAS DE CAPITAL R$17.800,00 
Inversões Financeiras R$5.000,00 
Investimentos R$9.000,00 
Amortização da Dívida R$3.800,00 
 
Alternativa correta: D. 
 
 
3. Indicações bibliográficas 
 ANDRADE, E. A. Contabilidade governamental I - Material Didático. 
Disponível em 
<http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17476
/material/MATERIAL%20DID%C3%81TICO%20-%20UNIDADE%20I%20-
%20PROCESSO%20 CONVERG%C3%8ANCIA%20NBCASP.pdf>. Acesso 
em 31 ago. 2017. 
 ARAÚJO, I; ARRUDA, D. Contabilidade pública – da teoria à prática. São 
Paulo: Saraiva, 2006. 
 BRASIL. Lei N° 4.320, de 17 de março de 1964. Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm>. Acesso em 30 set. 
2107. 
 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de 
Contabilidade-NBC-TSP Estrutura Conceitual. Disponível em 
<http://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-tsp-do-
setor-publico/>. Acesso em 14 set. 2017. 
 _____________. Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor 
Público – NBC T 16.6 - Demonstrações Contábeis. Disponível em 
<http://www1.cfc.org.br/sisweb/ 
sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2014/NBCT16.6(R1)>. Acesso em 30 
set.2017. 
 _____________. Normas Brasileiras de Contabilidade
aplicadas ao Setor 
Público – NBC T 16.1 – Conceituação, objeto e campo de aplicação. 
Disponível em <http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-
content/uploads/2013/01/Setor_P%C3%BAblico .pdf>. Acesso em 30 
set.2017. 
 CORREIA NETO, C. B. Os 50 anos da lei geral de orçamentos (Lei N° 
4.320/64: o esquecimento da lei orçamentária e do direito financeiro no Brasil. 
Disponível em 
<https://seer.imed.edu.br/index.php/revistadedireito/article/view/1226>. 
Acesso em 31 ago. 2017. 
 MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL. 
Manual de contabilidade aplicada ao setor público (MCASP). Exercício 2017, 
7. ed. Disponível em 
<http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/456785/MCASP+ 
7%C2%AA%20edi%C3%A7%C3%A3o+Vers%C3%A3o+Final.pdf/6e874ad
b-44d7-490c-8967-b0acd3923f6d>. Acesso em 30 set. 2017. 
 TESOURO NACIONAL – SIAFI. Execução orçamentária. Disponível em 
<http://www.tesouro.fazenda.gov.br/execucao-orcamentaria>. Acesso em 02 
out. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/execucao-orcamentaria
Questão 6 
Um dos objetivos da Teoria Geral dos Sistemas é a formulação de princípios 
válidos para os sistemas em geral, independentemente dos elementos que os 
compõem e das relações ou forças existentes entre eles. 
Considerando o exposto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre 
elas. 
I. Um sistema é constituído por um complexo de elementos em interação. 
PORQUE 
II. Na teoria geral dos sistemas, a ênfase é dada à inter-relação e 
interdependência entre os componentes que formam um sistema, que é visto 
como uma totalidade integrada, sendo impossível estudar seus elementos 
isoladamente. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e II é uma justificativa 
correta da I. 
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa 
correta da I. 
C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E. As asserções I e II são proposições falsas. 
 
1. Introdução teórica 
Sistemas 
Ao se falar em sistemas, é comum associá-los à tecnologia da informação, 
cujo objetivo é automatizar as tarefas diárias e fornecer dados organizados para 
ajudar quem toma as decisões nas empresas. Entretanto, o conceito de sistemas 
é muito mais amplo. Os sistemas estão presentes em todos os campos da 
ciência, de forma que todas as áreas possam interligar e compartilhar 
conhecimentos e descobertas em busca do alcance de novos objetivos. 
O avanço tecnológico e as mudanças sociais despertaram, na sociedade, 
a necessidade de novos meios para a realização das tarefas com maior 
eficiência e com menor custo. A grande meta da sociedade é reunir as fontes de 
dados e as informações existentes e organizá-las de modo a diminuir o tempo 
entre a obtenção das informações e a tomada de decisões. A finalidade dos 
sistemas de informações é, portanto, coletar os dados, processá-los e 
transformá-los em informações. 
Batista (2006) define sistema como um conjunto de elementos 
interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem formando 
um todo unitário e complexo. 
Para O´Brien (2010), sistema pode ser definido como um grupo de 
elementos inter-relacionados ou em interação que formam um todo unificado. 
Um sistema apresenta, basicamente, três componentes ou atividades de 
interação: entrada, processamento e saída. Vejamos as explicações abaixo. 
 Entrada: envolve a atividade de captar e reunir os elementos para serem 
processados. 
 Processamento: é a atividade que organiza, analisa e manipula os 
elementos transformando-os em informações. 
 Saída: corresponde aos resultados produzidos e transmitidos para os 
usuários finais. 
 O conceito de sistemas torna-se ainda mais útil ao incluirmos mais dois 
componentes: feedback e controle. Vejamos as explicações abaixo. 
 Feedback: refere-se a dados sobre o desempenho de um sistema. É a 
realimentação do sistema, pois, ao fornecer respostas para o usuário final, 
permite que se façam ajustes ou modificações nas atividades de entrada e 
de processamento. 
 Controle: envolve a avaliação e o monitoramento do feedback para 
estabelecer as medidas de rendimento do sistema e para verificar se os 
objetivos propostos estão sendo atendidos. 
 As empresas e os órgãos governamentais são bons exemplos de 
sistemas organizacionais. Os recursos econômicos (entradas) são 
transformados, pelo envolvimento de vários processos organizacionais 
(processamento), em bens e serviços oferecidos pelas empresas aos usuários 
finais (saída). Os sistemas de informações fornecem, para a administração, 
informações (feedback) sobre as operações do sistema, permitindo a avaliação 
da qualidade dessas informações e, caso seja necessário, a realização de 
alterações para melhor atender aos objetivos traçados pela direção. 
 
2. Análise das asserções 
I – Asserção verdadeira. 
JUSTIFICATIVA. A asserção está ligada ao próprio conceito de sistemas. 
Segundo Batista (2006), sistema é um conjunto de elementos interdependentes 
que interagem para formar um todo unitário e complexo. 
 
II – Asserção verdadeira. 
JUSTIFICATIVA. A asserção complementa o conceito de sistemas ao 
acrescentar a inter-relação e interdependência dos componentes de um sistema. 
Segundo O´Brien (2010), sistema pode ser definido como um grupo de 
elementos inter-relacionados ou em interação que formam um todo unificado. Se 
formam um todo unificado, seus elementos não podem ser estudados 
isoladamente. 
 
Relação entre as asserções. A asserção II justifica a asserção I. 
 
Alternativa correta: A. 
 
3. Indicações Bibliográficas 
 BATISTA, E. O. Sistemas de informação: o uso consciente da tecnologia para 
o gerenciamento. São Paulo: Saraiva, 2006. 
 O´BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da 
Internet. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

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