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Aula 11
Direito Tributário p/ TRF 2ª Região (Analista Judiciário - Área Judiciária e Oficial) Com
videoaulas
Professores: Equipe Fábio Dutra, Fábio Dutra
Direito Tributário para TRF 2ª Região - 
Curso de Teoria e Questões 
Prof. Fábio Dutra - Aula 11 
 
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AULA 11: Administração Tributária 
 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Observações sobre a aula 01 
Administração Tributária 02 
Encerramento do Curso 43 
Lista das Questões Comentadas em Aula 44 
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 55 
 
Observações sobre a Aula 
 Olá, amigo(a), mais uma vez! Este é o nosso último encontro! - 
 Quero agradecê-lo pela confiança depositada em nosso trabalho. Saiba 
que foram dedicadas inúmeras horas para trazer esse conteúdo de primeira 
qualidade até você! Hoje, vamos tratar apenas do tema ³$GPLQLVWUDomR�
7ULEXWiULD´�� 
 Abra o seu CTN e...vamos começar!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Tributário para TRF 2ª Região - 
Curso de Teoria e Questões 
Prof. Fábio Dutra - Aula 11 
 
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1 ± ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 $�SDUWLU� GR�DUW�������R�&71�FXLGRX�GR� WHPD�³$GPLQLVWUDomR�7ULEXWiULD´��
Foram estabelecidas algumas regras para nortear os procedimentos a serem 
adotados pelos órgãos e agentes fazendários. 
 Conforme foi visto no início do nosso curso, os tributos são a principal 
fonte de receita do Estado. É por isso que a administração tributária é, em 
termos simples, a sustentação do Estado, conforme está previsto no art. 37, 
XXII, da CF/88: 
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do 
Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão 
recursos prioritários para a realização de suas atividades e 
atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de 
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
 Destaque-se que, em compatibilidade com a previsão acima no sentido 
de que as administrações tributárias terão recursos prioritários, o art. 167, IV, 
da própria CF/88, permitiu a excepcional vinculação da receita dos 
impostos para realização das atividades da administração tributária. 
 Em suma, o que nos importa nesse momento é saber que o CTN dividiu 
o tema em três capítulos, quais sejam: Fiscalização, Dívida Ativa e Certidões 
Negativas. 
 Vamos estudar cada um deles a partir de agora! 
1.1 - Fiscalização 
 O capítulo que trata da fiscalização diz respeito aos poderes e deveres 
das autoridades administrativas. Também trata das restrições quanto à 
divulgação de informações relativas à situação econômica dos contribuintes. 
1.1.1 ± Poderes das autoridades administrativas 
 Em primeiro lugar, cabe relembrar que o CTN é uma norma geral em 
matéria tributária. Por conseguinte, há outras regras atinentes à fiscalização 
tributária, previstas em leis ordinárias de cada ente federativo. 
 Sendo assim, em cada esfera podem ser criadas normas 
regulamentando as prerrogativas das autoridades fiscais a ela 
vinculadas. Tais normas podem ser tanto em caráter geral, aplicando-se à 
fiscalização de todos os tributos de competência do ente, ou em caráter 
especial, aplicando-se a um tributo especificamente. 
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 Vejamos o que estabelece o art. 194 do CTN: 
Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, 
regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da 
natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes 
das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da 
sua aplicação. 
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às 
pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que 
gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. 
 Neste ponto, é muito importante que o aluno perceba que, ainda que o 
contribuinte esteja imune ou isento, deve ser fiscalizado. Isso ocorre porque a 
imunidade e a isenção exoneram o contribuinte da obrigação de pagar, 
mas não da possibilidade de vir a ser fiscalizado. 
 Ademais, há casos de imunidade ou isenção em que o contribuinte fica 
sujeito a alguns requisitos, e só há um meio de verificar se estão sendo 
realmente cumpridos: fiscalização. 
 Nesse rumo, o art. 195 dispõe sobre os poderes das autoridades fiscais: 
Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação 
quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito 
de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos 
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da 
obrigação destes de exibi-los. 
 Sendo assim, as autoridades fiscais têm o direito de examinar os livros, 
arquivos e documentos do sujeito passivo, e este tem o dever de exibi-los, 
ainda que haja lei excluindo ou limitando essa prerrogativa fiscal. É 
claro que a fiscalização deve se limitar ao objeto da investigação, conforme se 
extrai do entendimento sumulado do STF: 
Súmula STF 439 - Estão sujeitos a fiscalização tributária ou previdenciária 
quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da 
investigação. 
 Repare que o STF deixa claro que quaisquer livros comerciais estão 
submetidos à fiscalização tributária ou previdenciária. O que isso quer dizer? 
Ora, até mesmo aqueles livros que não são de escrituração obrigatória 
(não constituem obrigações acessórias) submetem-se ao exame do Fisco. 
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 Relativamente aos livros obrigatórios de escrituração comercial e 
fiscal e aos comprovantes dos lançamentos neles efetuados, o par. 
único do art. 195, do CTN, assevera que devem ser conservados até que 
ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações 
a que se refiram. 
 Tenha muito cuidado em relação a esse dispositivo. O legislador não 
previu um prazo fixo (5 anos, por exemplo), até porque o prazo 
prescricional, como foi visto no nosso curso, está submetido à interrupção, 
hipótese em que é reiniciado. Sendo assim, o prazo para ocorrer a prescrição 
do crédito tributário pode ser bastante superior aos 5 anos. 
 
Conservação de livros obrigatórios e comprovantes 
de lançamentos = até ocorrer prescrição. 
 A autoridade fiscal ainda tem a prerrogativa de requisitar informações a 
terceiros, no interesse da fiscalização, conforme se expõe a seguir: 
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à 
autoridade administrativa todas as informações de que disponham 
com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: 
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; 
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições 
financeiras; 
III - as empresas de administração de bens; 
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; 
V - os inventariantes; 
VI - os síndicos, comissários e liquidatários; 
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em 
razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a 
prestação de informações quanto a fatos sobre os quais oinformante esteja legalmente obrigado a observar segredo em 
razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 
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 Deve ficar claro que não são apenas as pessoas listadas no art. 197 
do CTN que estão obrigadas a prestar informações ao Fisco. Veja que o 
inciso VII abrange quaisquer outras pessoas ou entidades que a lei designe. O 
objetivo é abranger todas as pessoas que de alguma forma possam ter 
conhecimento de informações necessárias à atividade de fiscalização. 
 
A lista prevista no CTN de pessoas obrigadas a prestar 
informações sobre bens, negócios ou atividades de 
terceiros não é taxativa. Lei ordinária pode estendê-
la. 
As pessoas já citadas nos incisos I a VI do art. 197, do 
CTN, não dependem de lei ordinária para estarem 
obrigadas a prestar informações, por já se encontrar 
expresso no próprio CTN. 
Fica ressalvado, no entanto, os casos em que a lei reguladora da 
profissão determine o dever de sigilo. Por exemplo, se o advogado impedido 
de prestar informações relativas aos seus clientes, em decorrência da lei 
regulamentadora da sua profissão, não fica obrigado a fornecê-las, diante da 
intimação recebida. 
 No que concerne à possibilidade de a autoridade fiscal requisitar 
informações protegidas por sigilo bancário (art. 197, II), com o advento da LC 
105/2001, foi previsto o seguinte: 
Art. 6º As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar 
documentos, livros e registros de instituições financeiras, inclusive os 
referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras, quando 
houver processo administrativo instaurado ou procedimento 
fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis 
pela autoridade administrativa competente. 
 O tema foi recorrentemente submetido ao STF, questionando-se a 
constitucionalidade do dispositivo da LC 105/2001, que garante o acesso do 
Fisco aos dados bancários independentemente de autorização judicial. A 
alegação era a de que o referido dispositivo contrariava o art. 5º, incisos X 
(princípio da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da 
imagem das pessoas) e XII (princípio da inviolabilidade do sigilo da 
correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas), da CF/88. 
 Tal tema é objeto de forte controvérsia jurisprudencial ao longo de anos. 
O STF já chegou a decidir que não se coaduna com os preceitos da CF/88 
norma legal que atribua à autoridade administrativa, que constitui uma das 
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partes na relação jurídico-tributária (sujeito ativo), o afastamento do sigilo dos 
dados referentes ao sujeito passivo. 
Contudo, em decisão emblemática que pôs fim às controvérsias sobre o 
tema, o STF entendeu que a norma não resulta em quebra de sigilo 
bancário, mas sim em transferência do sigilo dos bancos ao Fisco, o 
qual tem o dever de preservar o sigilo dos dados, protegendo-os contra o 
acesso de terceiros. Não há, pois, ofensa à Constituição Federal. Este é o 
entendimento que você deve levar para a prova! 
 
O STF decidiu que o Fisco pode requisitar informações 
bancárias, independentemente de autorização judicial. 
Não há que se falar em quebra de sigilo bancário. 
 Prezado aluno(a), repare que não estamos falando de divulgação 
das informações protegidas pelo sigilo bancário, mas sim do acesso às 
informações pertinentes ao processo administrativo fiscal instaurado 
contra o sujeito passivo, sem ordem judicial para tanto. 
 Destaque-se que a autoridade administrativa também possui o poder de 
requisitar (e não apenas solicitar) o auxílio da força pública, ou seja, das 
autoridades policiais, quando vítimas de embaraço ou desacato no 
exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação de 
medida prevista na legislação aduaneira (CTN, art. 200). Isso se aplica 
mesmo que o obstáculo imposto pelo sujeito passivo não se configure 
fato definido em lei como crime ou contravenção. 
 Outro detalhe previsto no art. 200 do CTN é o fato de a autoridade 
fiscal poder requisitar a força pública vinculada a outro ente federado. 
Por exemplo, o Auditor-Fiscal da Receita Federal, embora esteja vinculado à 
União, pode requisitar a Polícia Militar, órgão vinculado a determinado estado-
membro. 
Observação: Lembre-se de que a administração fazendária e seus servidores 
fiscais têm, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência 
sobre os demais setores administrativos, na forma da lei (CF/88, art. 37, 
XVIII). 
 Entretanto, cabe destacar que o acesso ao estabelecimento do 
contribuinte nem sempre é possível, já que devem ser levadas em 
consideração as garantias individuais, previstas no art. 5º, XI, da CF/88 
(inviolabilidade domiciliar). 
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 Citamos, abaixo, as palavras do ilustre Leandro Paulsen a respeito desse 
assunto (grifamos): 
O STF tem entendido que, inobstante a prerrogativa do Fisco de solicitar 
e analisar documentos, os agentes fiscais só podem ingressar em 
escritório de empresa quando autorizados (pelo proprietário, gerente ou 
preposto). Em caso de recusa, não podem os agentes 
simplesmente requerer auxílio de força policial, eis que, forte na 
garantia de inviolabilidade do domicílio, oponível também ao 
Fisco, a medida dependerá de autorização judicial. 
(PAULSEN, Leandro. Direito tributário: Constituição e Código 
Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência. 16 Ed. Pág. 1391) 
 
 
A autoridade responsável pela fiscalização é sempre a 
fiscal, e não a policial. 
1.1.2 ± Deveres das autoridades administrativas 
1.1.2.1 ± Termo de Início de Fiscalização 
 No que se refere à atividade de fiscalização, o CTN previu prerrogativas à 
autoridade administrativa, como também estabeleceu alguns deveres. O 
primeiro deles é o dever de lavrar o Termo de Início de Fiscalização. 
 Vamos ver o que está previsto no art. 196 do CTN: 
Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a 
quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários 
para que se documente o início do procedimento, na forma da 
legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão 
daquelas. 
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, 
sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando 
lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, 
cópia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo. 
 Basicamente, o Termo de Início de Fiscalização possui três efeitos 
relevantes: determina a data inicial para contagem do prazo máximo 
para conclusão das diligências, antecipa a contagem do prazo 
decadencial e afasta a espontaneidade do sujeito passivo. 
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 O Termo de Início de Fiscalização estabelece a data em que a atividade 
fiscalizatória teve início. Com isso, é possível fixar o prazo máximo para a 
conclusão das diligênciasde fiscalização. 
 Ademais, nós aprendemos que a regra geral de contagem do prazo 
decadencial ocorre no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o 
lançamento poderia ter sido efetuado, correto? 
 Vimos também que, se entre a data do fato gerador e o primeiro dia do 
exercício seguinte, houver a notificação do sujeito passivo de qualquer 
procedimento de fiscalização, antecipa-se o início da contagem do prazo 
decadencial para este dia (data do Termo de Início de Fiscalização). Este é, 
portanto, o segundo efeito da lavratura do referido termo. 
 Responda-me, então: sempre há antecipação do prazo de contagem do 
prazo decadencial? Não! Se o procedimento de fiscalização for iniciado após o 
primeiro dia do exercício seguinte à data do fato gerador, o prazo decadencial 
já teria iniciado o seu curso, não havendo qualquer impacto na sua 
contagem. 
 
Se a notificação do início de procedimento fiscal ocorrer 
DSyV�R�³SULPHLUR�GLD�GR�H[HUFtFLR�VHJXLQWH´, não haverá 
impacto sobre o curso do prazo decadencial. 
 O terceiro efeito está relacionado ao estudo da responsabilidade 
tributária. Você se lembra quando estudamos a denúncia espontânea? Naquele 
momento, foi dito que o sujeito passivo só fica livre das penalidades, se agir 
espontaneamente, antes de qualquer procedimento de fiscalização. 
 Sendo assim, lavrado o Termo de Início de Fiscalização, o sujeito 
passivo perde o direito à denúncia espontânea, tornando-se responsável 
pelos tributos devidos bem como pelas penalidades cabíveis. 
 Vamos esquematizar? 
 
 
 
 
 Em relação às formalidades do termo ora estudado, o par. único do art. 
196 estabelece que, sempre que possível, deve ser lavrado em algum dos 
TERMO DE 
INÍCIO DE 
FISCALIZAÇÃO 
Fixa data inicial para contagem de prazo máximo 
Antecipa a contagem do prazo decadencial 
Afasta espontaneidade do sujeito passivo 
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livros obrigatórios da pessoa fiscalizada. Se tal medida não se fizer 
possível, lavra-se o termo em papel separado, entregando cópia 
autenticada ao sujeito passivo. 
1.1.2.2 ± O dever de sigilo por parte da autoridade administrativa 
 No exercício da atividade de fiscalização, a autoridade administrativa 
obtém as informações necessárias para efetuar o lançamento tributário. A 
maioria dessas informações está relacionada à situação econômica do sujeito 
passivo, motivo pelo qual a autoridade fiscal tem o dever de mantê-las em 
sigilo. Trata-se do sigilo fiscal. 
 Se não houvesse tal sigilo, uma empresa em crise financeira, por 
exemplo, teria sua situação ainda mais agravada à medida que os seus 
fornecedores e clientes tomassem conhecimento das suas condições 
financeiras. 
 Vejamos o que diz o caput do art. 198 do CTN: 
Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a 
divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, 
de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica 
ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a 
natureza e o estado de seus negócios ou atividades. 
Observação: Pela redação do art. 198, não se proíbe a divulgação de 
informações cadastrais, mas sim daquelas que retratem a situação 
econômica ou financeira e a natureza e o estado de seus negócios. 
 Destaque-se que o CTN previu duas possibilidades em que, embora 
seja mantido o sigilo das informações, é possível transferi-las a outros 
órgãos, do Poder Judiciário ou da própria administração pública: 
Art. 198 - (...): 
§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no 
art. 199, os seguintes: (Redação dada pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
I ± requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; 
(Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
II ± solicitações de autoridade administrativa no interesse da 
Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração 
regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade 
respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se 
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refere a informação, por prática de infração administrativa. 
(Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
 Desse modo, o juiz pode requisitar as informações de que o Fisco dispõe, 
para instruir processos judiciais, sejam eles de natureza civil ou penal. A 
requisição é feita no interesse da justiça. 
 Destaque-se que as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) 
também podem solicitar informações ao Fisco, já que a CF/88 conferiu 
àquelas poderes de investigação próprios das autoridades judiciais 
(CF/88, art. 58, § 3º). 
 No que se refere às solicitações administrativas, a transferência das 
informações é mais restrita, já que se exige, no momento da solicitação, 
processo administrativo regularmente instaurado no âmbito do órgão ou 
entidade solicitante, com o objetivo de investigar sujeito passivo por 
prática de infração administrativa. 
 Vale ressaltar que sempre deve ser considerado os procedimentos 
previstos no § 2º, do art. 198: 
Art. 198 - (...): 
§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração 
Pública, será realizado mediante processo regularmente 
instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade 
solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e 
assegure a preservação do sigilo. (Incluído pela Lcp nº 104, de 
10.1.2001) 
 Pela redação do dispositivo, percebe-se que o objetivo é sempre 
preservar o sigilo fiscal. Por isso, lembre-se que as requisições promovidas 
pelo Judiciário e as solicitações administrativas não autorizam a 
divulgação de informações, mas apenas o seu uso no interesse da justiça 
ou da Administração Pública, respectivamente. 
 ³3URIHVVRU�� H[LVWH� DOJXPD� H[FHomR� HP� TXH� VH� SHUPLWH� D� GLYXOJDomR� GH�
LQIRUPDo}HV"´� 
Sim! Vamos ver o que prevê o § 3º do art. 198: 
Art. 198 - (...): 
§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a: 
(Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
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I ± representações fiscais para fins penais; (Incluído pela Lcp nº 
104, de 10.1.2001) 
II ± inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; (Incluído pela 
Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
III ± parcelamento ou moratória. (Incluído pela Lcp nº 104, de 
10.1.2001) 
Observação: Vamos gravar essas três hipóteses? 
 
Representações fiscais para fins penais (RE), parcelamento ou 
moratória (PAR) e inscrições em dívida ativa (IN) = REPARIN 
 Em primeiro lugar, você deve estar se perguntando: o que vem a ser a 
representação fiscal para fins penais? 
 Se um sujeito passivo pratica ilícito administrativo, fica sujeito ao 
lançamento da respectiva multa, ou da aplicação de outra penalidade, como a 
pena de perdimento de mercadorias, por exemplo. 
 Em se tratando de atos que configurem ilícito penal, cabe ao Poder 
Judiciário a aplicação da penalidade cabível. Sendo assim, a autoridade fiscal 
deve representar à autoridade competente para propor a ação penal, 
ou seja, o representante do Ministério Público. 
Observação: O representante do Ministério Público é o titular exclusivo para 
propor a ação penal pública. 
 Portanto, a representação fiscal para fins penais se trata de uma 
representação elaboradapela autoridade fiscal, com intuito de responsabilizar 
o infrator penalmente, isto é, com fins penais. 
 Cabe ressaltar que, nos crimes contra a ordem tributária (Lei 
8.137/1990, arts. 1º e 2º), crime de apropriação indébita previdenciária 
(Código Penal, art. 168-A) e crime de sonegação de contribuição 
previdenciária (Código Penal, art. 337-A), a configuração do crime está 
condicionada à existência do crédito tributário. Se não há crédito 
tributário, não há crime. 
 O grande problema é que, com o lançamento, o crédito tributário está 
constituído, mas não definitivamente constituído, pois pode ser impugnado 
pelo sujeito passivo. Está lembrado? 
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 Sendo assim, só temos certeza da existência do crédito tributário, 
quando este estiver definitivamente constituído, isto é, após proferida a 
decisão final na esfera administrativa. Portanto, é somente a partir de então 
que pode ser formulada a representação fiscal para fins penais (RFFP), 
a ser encaminhada ao Ministério Público. 
 Nessa linha, é válido citar o art. 83 da Lei 9.430/1996: 
Art. 83. A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes 
contra a ordem tributária previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, 
de 27 de dezembro de 1990, e aos crimes contra a Previdência 
Social, previstos nos arts. 168-A e 337-A do Decreto-Lei no 2.848, de 
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), será encaminhada ao 
Ministério Público depois de proferida a decisão final, na esfera 
administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário 
correspondente. (Redação dada pela Lei nº 12.350, de 2010) 
 Demonstrando entendimento nessa mesma linha, o STF editou a 
seguinte súmula vinculante: 
Súmula Vinculante 24 ± Não se tipifica crime material contra a ordem 
tributária, previsto no art. 1.º, incisos I a IV, da Lei n.º 8.137/90, antes do 
lançamento definitivo do tributo. 
 Saiba que, após a constituição definitiva do crédito tributário, o MP pode 
oferecer a denúncia (propor a ação penal), independentemente do recebimento 
da RFFP. 
 
Somente com a constituição definitiva do crédito 
tributário é que se configura os crimes acima estudados. 
O MP não depende de RFFP para oferecer a 
denúncia. 
Deve-se destacar também que em casos excepcionais, o STF (HC 
95.443/SC) permite a instauração de inquérito policial antes do 
encerramento do processo administrativo fiscal, quando for 
imprescindível para viabilizar a fiscalização. 
 Além da RFFP, a Fazenda Pública também não está proibida de divulgar 
as informações relativas às inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública, 
bem como em relação ao deferimento do parcelamento e da moratória. 
 
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Observação: Não se esqueça de que o marco para a caracterização da 
alienação fraudulenta (CTN, art. 185) é a regular inscrição do crédito 
tributário em dívida ativa. 
 Antes de finalizarmos o estudo dos deveres das autoridades 
administrativas, não podemos nos esquecer do importante art. 199 do CTN, 
cuja redação é a seguinte: 
Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a 
fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma 
estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio. 
Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em 
tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com 
Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de 
tributos. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
 O fato de cada ente federativo dispor de um banco de dados próprio, em 
função das características peculiares dos tributos de sua competência, torna-se 
muito proveitoso o compartilhamento de tais informações com os demais 
entes, no sentido de promover uma fiscalização mais efetiva. 
Observação: Trata-se de mais um caso de transferência de informações 
sigilosas. 
 Novamente, vamos destacar o que foi estabelecido no próprio texto 
constitucional, ao tratar das administrações tributárias: 
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do 
Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão 
recursos prioritários para a realização de suas atividades e 
atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de 
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
 Veja que existe previsão na CF/88 para o compartilhamento de cadastros 
e informações fiscais, como também há previsão no CTN nesse sentido. 
Contudo, o compartilhamento de fato só ocorre, mediante a edição de 
lei ou convênio. Ou seja, não é autoaplicável. 
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A possibilidade de permuta de informações prevista no 
art. 199 do CTN é norma de eficácia limitada. 
 Do mesmo modo, a Fazenda Pública da União também está autorizada a 
firmar tratados, acordos ou convênios, com o intuito de permutar 
informações com Estados estrangeiros, sempre no interesse da 
arrecadação e da fiscalização dos tributos. 
1.2 ± Dívida Ativa 
 Para entender com clareza o que será visto neste tópico, é importante 
relembrarmos como ocorre a constituição definitiva do crédito tributário. 
Vamos lá: ao ser notificado do lançamento, o sujeito passivo tem um prazo 
fixado em lei para pagar ou impugnar o lançamento. 
 Caso o sujeito passivo cumpra com a obrigação tributária, pagando o 
tributo contra ele lançado, o crédito tributário é extinto pelo próprio 
pagamento (CTN, art. 156, I). 
 Se, por outro lado, o sujeito passivo impugnar o lançamento, instaura-se 
um litígio entre a Fazenda Pública e o contribuinte ou responsável, em que se 
discute o crédito tributário. Ao final, caso a decisão seja desfavorável ao 
sujeito passivo, mantendo o crédito lançado, ocorre a constituição 
definitiva do crédito tributário. 
 
No curso do processo administrativo instaurado a partir 
da impugnação do contribuinte, a Administração 
Tributária exerce controle interno de legalidade. 
 Imaginemos, ainda, que o sujeito passivo, notificado do lançamento, não 
toma qualquer medida para efetuar o pagamento ou impugnar o lançamento. 
Nesse caso, também haverá a constituição definitiva do crédito 
tributário. 
 Nesse sentido, estabelece o art. 201 do CTN o seguinte: 
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa 
natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, 
depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou 
por decisão final proferida em processo regular. 
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 Veja, então, que a após a constituição definitiva do crédito tributário, e 
não havendo pagamento por parte do sujeito passivo ou qualquer 
medida judicial que suspenda a exigibilidade do crédito tributário, cabe 
à Fazenda Pública proceder à inscrição do crédito tributário em dívida ativa. 
Em se tratando de tributos de competênciado Estado de São Paulo, a inscrição 
compete à Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP). 
 É de se destacar que, embora já possa ter havido controle de legalidade 
pela Fazenda Pública (no curso do processo administrativo), em face do 
julgamento em processo administrativo, a inscrição em dívida ativa é o último 
controle de legalidade do crédito tributário constituído. Podemos dizer, ainda, 
que é o único controle de legalidade realizado pela apreciação crítica de 
profissionais legalmente competentes. 
Observação: É evidente que o Poder Judiciário, quando provocado, pode 
efetuar o controle da legalidade do lançamento, devendo anular o ato 
praticado pela autoridade administrativa, quando estiver em desacordo com a 
lei. Contudo, nossa abordagem se restringe ao controle administrativo 
da legalidade. 
 Nesse sentido, acrescentamos as lições de Geraldo Ataliba e Cleber 
Giardino1: 
³A inscrição evita a propositura pela Fazenda de execuções indevidas, 
resguarda os direitos individuais, protege o cidadão; faz valer o princípio 
da reserva legal e da propriedade privada. Instituída a inscrição como 
controle de legalidade, fundamentalmente com essas qualidades, 
apresenta ainda várias vantagens marginais, tais como desonerar o 
judiciário de causas temerárias e livrar a administração de condenações 
PRUDO�H�SDWULPRQLDOPHQWH�OHVLYDV´� 
 Mas, afinal de contas, em que consiste a inscrição em dívida ativa? 
Trata-se de inclusão do nome do sujeito passivo no cadastro de 
devedores inadimplentes, mediante a lavratura de termo no livro da dívida 
ativa do respectivo ente federado. Atualmente, tal procedimento é realizado de 
forma eletrônica. 
 O objetivo da inscrição do crédito tributário em dívida ativa é 
extrair a Certidão de Dívida Ativa (CDA), título executivo extrajudicial, que 
viabiliza a posterior propositura da ação de execução fiscal. É por isso 
que se diz que a partir da inscrição do crédito em dívida ativa este se 
torna exequível, ou seja, passível de execução judicial. 
 
1
 ATALIBA, Geraldo. GIARDINO, Cleber. Inscrição de dívida ativa ʹ Função Privativa dos Advogados 
Públicos. Revista de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Jul/Set. de 1982, p. 340. 
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x Com a ocorrência do fato gerador, surge a 
obrigação tributária. 
x Com a constituição do crédito tributário pelo 
lançamento, a obrigação se torna exigível. 
x Com a inscrição do crédito em dívida ativa, a 
obrigação se torna exequível. 
 Estando a dívida regularmente inscrita, goza de presunção relativa de 
certeza e liquidez, admitindo, obviamente, prova em contrário por parte do 
sujeito passivo (CTN, art. 204): 
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e 
liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. 
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e 
pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou 
do terceiro a que aproveite. 
 Como exemplo, se o contribuinte realizar o pagamento de determinado 
tributo, como o IR, por exemplo, e o sistema da RFB não detectá-lo, 
certamente o contribuinte terá o seu débito inscrito em dívida ativa. Tomando 
ciência do fato, pode imediatamente apresentar suas provas inequívocas de 
que houve o correto pagamento. 
 Destaque-se que o par. único do art. 201, do CTN, estabelece que a 
fluência de juros de mora não exclui a liquidez do crédito. Portanto, 
ainda que os juros de mora sejam acrescentados ao valor total da dívida, a 
liquidez (o valor exato) do crédito tributário não deixa de existir, pois sempre 
será possível calcular o montante devido, a título de tributo. 
 O CTN também previu os requisitos do termo de inscrição da dívida 
ativa: 
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela 
autoridade competente, indicará obrigatoriamente: 
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem 
como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de 
outros; 
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora 
acrescidos; 
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a 
disposição da lei em que seja fundado; 
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IV - a data em que foi inscrita; 
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se 
originar o crédito. 
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste 
artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição. 
Observação: Já vi questões cobrando tais requisitos. Portanto, nesse caso, é 
muito importante que você memorize todo o conteúdo do art. 202, do CTN. 
 Não é difícil de decorar tais requisitos. Em primeiro lugar, deve-se 
lembrar que é mais do que básico que o termo de inscrição contenha a 
quantidade devida, o nome do devedor e o fundamento legal (natureza e 
origem do crédito tributário). Isso é básico, para que o contribuinte tenha 
condições de apresentar provas em contrário. 
 Lembre-se também que, sendo o caso (nem sempre, portanto), 
deve haver o número do processo administrativo. Em qualquer caso, a 
certidão deverá conter a indicação do livro e da folha de inscrição. 
 Cumpre-nos ressaltar que a omissão ou erro relativamente aos requisitos 
previstos no art. 202 do CTN são causas de nulidade da inscrição em dívida 
ativa, bem como do respectivo processo de cobrança dela decorrente, 
conforme se expõe abaixo: 
Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo 
anterior (202), ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da 
inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a 
nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, 
mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, 
acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá 
versar sobre a parte modificada. 
 Contudo, o STF (AI-AgR 81.681/MG) entende que ³Ki�GH�DWHQWDU-se para 
a substância e não para os defeitos formais que não comprometem o essencial 
GR�GRFXPHQWR�WULEXWiULR´. 
 Havendo erros ou omissão dos requisitos estabelecidos, será nula a 
inscrição e o processo de cobrança dela decorrente. No entanto, a nulidade 
pode ser sanada até a decisão de primeira instância, substituindo-se a 
certidão nula, e devolvendo ao sujeito passivo o prazo para defesa, que 
somente versará sobre a parte modificada. 
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 $� ILP� GH� TXH� VHMD� SRVVtYHO� HQWHQGHU� R� TXH� YLULD� D� VHU� D� ³GHFLVmR� GH�
SULPHLUD� LQVWkQFLD´�� YDPRV estudar em termos simples a ação de execução 
fiscal. 
 Após a inscrição em dívida ativa, a Fazenda Pública pode ajuizar a ação 
de execução fiscal. Admitida a ação, o juiz realiza o despacho que ordena a 
citação do devedor para pagar o valor devido (tributo, juros e multa de mora 
e os encargos indicados na CDA) ou garantir a execução, mediante depósito 
em dinheiro, fiança bancária ou indicação de bens à penhora. 
Observação: Lembre-se de que o despacho do juiz que ordenar citação em 
execução fiscal faz interromper o curso do prazo prescricional. 
 Se o sujeito passivo reconhece a dívida, ele realiza o pagamento integral. 
Caso contrário, pode garantir a execução, podendo-sedefender mediante 
interposição de embargos à execução. Até que o juiz julgue em primeira 
instância os embargos interpostos, a Fazenda pode substituir a CDA 
nula. 
 
Opa! A inscrição em dívida ativa é o último controle de 
legalidade sobre o crédito tributário, no âmbito 
administrativo. Contudo, é possível alterar a CDA até 
a decisão de primeira instância. 
 Na linha do que acabamos de explicar, segue o entendimento do STJ: 
Súmula STJ 392 - A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida 
ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de 
correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo 
da execução. 
 O que o STJ deixou claro, e que tem sido demonstrado pela 
jurisprudência deste Tribunal, é que só se admite substituição de CDA para 
corrigir erro material ou formal, relativos à inscrição e à certidão, mas não se 
estendendo ao lançamento propriamente dito. Portanto, não é possível 
substituir a CDA como meio de alterar o próprio lançamento anteriormente 
realizado. 
 
Se o vício diz respeito à constituição do crédito tributário, 
deve-se realizar outro lançamento, e não a simples 
substituição de CDA. 
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 Nesse mesmo sentido, o STJ (REsp 87.768/SP) já determinou que é 
inadmissível substituição de CDA, para alteração do valor do débito de IPTU, já 
que se constitui modificação do próprio lançamento. 
1.3 ± Certidões Negativas 
 As certidões negativas de débitos (CND) são o documento capaz de 
comprovar a inexistência de débito de determinado contribuinte, de 
determinado tributo ou relativo a determinado período. Trata-se, então, 
do documento que comprova a quitação dos tributos devidos. 
 De acordo com o art. 5º, XXXIV, b, da CF/88, é a todos assegurado, 
independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões 
em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de 
situações de interesse pessoal. Trata-se de imunidade aplicável às taxas. 
 Observe o que diz o art. 205 do CTN: 
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado 
tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à 
vista de requerimento do interessado, que contenha todas as 
informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e 
ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o 
pedido. 
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos 
em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da 
data da entrada do requerimento na repartição. 
 Pela redação do par. único do art. 205, a Fazenda tem o prazo de 10 
dias para expedir a certidão negativa requerida pelo sujeito passivo. 
Normalmente, a emissão da certidão é imediata. 
 
O prazo é de 10 dias, e não 10 dias úteis! Grave isso! 
 Devemos nos atentar para o fato de que é possível que o sujeito passivo 
tenha débitos, mas esteja em situação regular perante o Fisco. É o caso, por 
exemplo, dos créditos tributários cuja exigibilidade tenha sido suspensa (CTN, 
art. 151). 
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 Em casos como esse, expede-se, em vez de certidão negativa, a 
certidão positiva com efeitos de negativa. Ou seja, a certidão é positiva, 
pois o sujeito passivo possui débito. No entanto, a certidão possui efeitos de 
negativa, já que é como se fosse esta, ou seja, o sujeito passivo está em 
situação regular. 
 Nessa esteira, vamos ver quais as situações que ensejam a expedição de 
certidão positiva com efeitos de negativa: 
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão 
de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de 
cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou 
cuja exigibilidade esteja suspensa. 
Quando os créditos tributários não estão vencidos Æ Se há créditos 
tributários já constituídos contra o sujeito passivo, mas não se esgotou o prazo 
para o adimplemento da obrigação tributária (créditos vincendos), este 
encontra-se em situação regular. 
Quando os créditos estejam garantidos por penhora Æ No curso da ação 
de execução fiscal, se tiverem sido penhorados bens suficientes para extinção 
total dos créditos, o sujeito passivo encontra-se em situação regular, já que o 
recebimento daqueles está garantido pelos bens penhorados. 
Quando os créditos estejam com a exigibilidade suspensa Æ Suspender 
a exigibilidade significa impedir que o Fisco promova os atos de cobrança do 
crédito tributário. Sendo assim, o sujeito passivo não deixa de estar em 
situação regular. 
Observação: Para responder questões que cobrem esse assunto, é bom você 
estar com as causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário na 
³SRQWD�GD�OtQJXD´� Lembre-se: MORDER e LIMPAR. 
 Sintetizando: 
 
 
 
 
 
 
Créditos Vincendos 
Créditos garantidos por penhora 
Créditos com exigibilidade suspensa 
Certidão positiva 
com efeitos de 
negativa 
Inexistência de débitos Certidão negativa 
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1.2.1 ± Dispensa da apresentação de certidão negativa 
 Em alguns casos, o sujeito passivo está dispensado de apresentar a 
certidão negativa, ou seja, não será necessário fazer prova da quitação dos 
tributos. 
 Acompanhe o art. 207 do CTN: 
Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será 
dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, 
quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a 
caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no 
ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, 
exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal 
ao infrator. 
 Imagine que determinada empresa, participante de processo licitatório, 
tenha que apresentar com urgência os comprovantes de quitação de tributos. 
Considere, ainda, que os servidores responsáveis pela emissão da CND 
estejam em greve. Como o sujeito passivo deve proceder para não ser 
desabilitado? 
 O art. 207 do CTN prevê que, independentemente da existência de lei 
permissiva, o sujeito passivo fica dispensado da prova da quitação dos 
tributos, quando se tratar de ato indispensável para evitar a perda do direito. 
 
É errado afirmar que: 
x Nunca se dispensa a apresentação de CND; 
x A dispensa de apresentação de CND depende de 
lei autorizativa de cada ente. 
 Destaque-se que todos os participantes respondem pelo tributo 
porventura devido, bem como os juros de mora e as penalidades cabíveis, 
com exceção daquelas cuja responsabilidade seja pessoal do infrator. 
Observação: Os contratantes são a pessoa jurídica e as pessoas físicas que 
atuaram em nome daquela. Não se incluem entre os contratantes, para 
fins de responsabilidade, as testemunhas e os membros da comissão de 
licitação. 
 
 
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1.2.2 ± Responsabilidade por expedição de certidão com erro 
 Se o servidor público expede certidão negativa, quando na verdadedeveria expedir certidão positiva, a certidão contém erro contra a Fazenda 
Pública. É o caso, por exemplo, daquele servidor que deseja ajudar um 
amigo, alterando as informações, para que a certidão negativa seja expedida. 
 Com o objetivo de punir os servidores públicos, responsáveis pela 
expedição de certidões negativas, por atuação dolosa ou fraudulenta, o art. 
208 do CTN estabeleceu a seguinte regra: 
Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que 
contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza 
pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e 
juros de mora acrescidos. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a 
responsabilidade criminal e funcional que no caso couber. 
 Repare que o dispositivo prevê que o servidor público será 
pessoalmente responsável pelo crédito tributário (aquele que deixou de 
FRQVWDU�QD�FHUWLGmR�³QHJDWLYD´�H[SHGLGD��e pelos juros de mora acrescidos. 
Ademais, fica o servidor sujeito às sanções penais e administrativas 
cabíveis. 
 
Além de responder pessoal pelo crédito tributário e pelos 
juros de mora, o servidor pode sofrer 
responsabilização criminal e funcional. 
 Quando HVWXGDPRV�SDUD�FRQFXUVR�S~EOLFR��QmR�GHYHPRV�³EULJDU´�FRP�D�
lei, já que ela é muitas vezes cobrada literalmente. Contudo, muitos autores 
questionam a responsabilização pessoal do servidor pelo crédito tributário, 
haja vista que, dessa forma, o contribuinte, que se beneficiou da fraude, fica 
dispensado do pagamento dos tributos. 
 Imagine, agora, que o crédito tributário tenha sido de R$ 1.000.000,00, 
e que a empresa beneficiada seja uma multinacional. Como o servidor iria 
arcar com tudo isso sozinho? Seria justo? Vamos deixar a discussão para outro 
momento, correto? O que nos importa é saber como está previsto no 
CTN! 
 
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Questão 01 ± CONSULPLAN/TJ-MG-Titular de Serviços de Notas e de 
Registros/2015 
 
&RQVLGHUDQGR� D� ILVFDOL]DomR� WULEXWiULD�� LQVHULGD� QR� 7tWXOR� GD� ³$GPLQLVWUDção 
7ULEXWiULD´�GR�&yGLJR�7ULEXWiULR�1DFLRQDO��p�FRUUHWR�DILUPDU�TXH�� 
a) a diligência de fiscalização dispensa lavratura de termos. 
b) a fiscalização tributária pode examinar quaisquer livros comerciais, mas 
deve se limitar o exame aos pontos objeto da investigação. 
c) os tabeliães são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as 
informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades 
de terceiros, independente de intimação. 
d) o dever de sigilo profissional não sobrepõe ao dever de prestar informações 
ao Fisco. 
 
Comentário: 
 
Alternativa A: O art. 196, caput, do CTN, estabelece que a autoridade 
administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização 
lavrará os termos necessários para que se documente o início do 
procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para 
a conclusão daquelas. Dessa forma, não há que se falar na dispensa de 
lavratura de termos em diligência de fiscalização. Alternativa errada. 
 
Alternativa B: De acordo com a Súmula 439, do STF, estão sujeitos a 
fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o 
exame aos pontos objeto da investigação. Alternativa correta. 
 
Alternativa C: A obrigação dos tabeliães de prestar informações à autoridade 
administrativa depende de intimação escrita por parte desta, consoante prevê 
o art. 192, I, do CTN. Alternativa errada. 
 
Alternativa D: É incorreto dizer que o dever de sigilo profissional não 
sobrepõe ao dever de prestar informações ao Fisco, uma vez que o art. 197, 
par. único, do CTN, prevê que a obrigação de prestar informações não abrange 
a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja 
legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, 
ministério, atividade ou profissão. Alternativa errada. 
 
Gabarito: Letra B 
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Questão 02 ± CONSULPLAN/TJ-MG-Titular de Serviços de Notas e de 
Registros/2015 
 
São requisitos do termo de inscrição da dívida ativa previstos no Código 
Tributário Nacional, EXCETO: 
a) Nome do devedor e co-responsáveis, se for a hipótese, e o domicílio, 
sempre que possível. 
b) A quantia devida, incluindo juros de mora acrescidos, dispensando menção 
da maneira de cálculo. 
c) A data da inscrição e o número do processo administrativo de que se 
originar o crédito, em sendo o caso. 
d) A origem e natureza do crédito, com menção da disposição de lei em que 
seja fundado. 
 
Comentário: 
 
Alternativa A: Trata-se de requisito previsto no art. 202, I, do CTN. 
Alternativa correta. 
 
Alternativa B: De acordo com o art. 202, II, do CTN, exige-se que o termo de 
inscrição da dívida ativa indique obrigatoriamente a quantia devida e a 
maneira de calcular os juros de mora acrescidos. Alternativa errada. 
 
Alternativa C: Trata-se de requisitos previstos no art. 202, IV e V, do CTN. 
Alternativa correta. 
 
Alternativa D: Trata-se de requisitos previstos no art. 202, III, do CTN. 
Alternativa correta. 
 
Gabarito: Letra B 
 
Questão 03 ± FCC/Pref. São Luiz-MA-Procurador/2016 
 
José de Almeida, pessoa natural, com 77 anos de idade, adquiriu, em 2015, 
por meio de contrato de venda e compra, bem imóvel localizado em Município 
do Estado do Maranhão. De acordo com a lei desse Município, o adquirente do 
bem imóvel é o contribuinte do ITBI. 
Nesse mesmo ano, um Agente Fiscal desse Município maranhense deu início 
aos trabalhos de fiscalização relativos a essa transmissão imobiliária, junto à 
pessoa do adquirente, Sr. José de Almeida, sem, no entanto, lavrar os termos 
necessários para documentar o início do procedimento, e sem fixar o prazo 
máximo para a sua conclusão. 
Para agilizar esses trabalhos de fiscalização, o referido Agente Fiscal intimou 
também, por escrito, tanto o tabelião que lavrou a escritura de venda e 
compra, como a instituição financeira em que o Sr. José mantinha depositados 
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os recursos financeiros utilizados para essa aquisição, para que prestassem 
todas as informações de que dispunham a respeito do negócio entabulado. 
Anote-se, ainda, que lei daquele Município isentava do ITBI todos os 
contribuintes que tivessem mais de 75 anos de idade, na data da ocorrência do 
fato gerador. 
De acordo com as normas do Código Tributário Nacional, 
a) o Agente Fiscal não estava obrigado a lavrar os termos necessários à 
documentação do início do procedimento, porque pessoas naturais não 
possuem livros fiscais nos quais essa lavratura possa ser feita. 
b) a instituição financeira em que José mantinha seus recursos financeiros 
estava obrigada a prestar as informações solicitadas pelo Agente Fiscal. 
c) José de Almeida não pode ser fiscalizado unicamente pelo fato de ser 
beneficiário de isenção prevista em lei municipal. 
d) José de Almeida não pode ser fiscalizado unicamente pelo fato de ser 
pessoa natural. 
e) o tabelião que lavrou a escritura de venda e compra não poder ser intimado 
a prestar as referidas informações, porque não é contribuinte do ITBI. 
 
Comentário: 
 
Alternativa A: Pela redação do art. 196, do CTN, o Agente Fiscal teria que 
lavraros termos necessários para que se documente o início do procedimento, 
na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão 
daquelas. Alternativa errada. 
Alternativa B: De acordo com o art. 197, II, do CTN, a instituição financeira 
estava obrigada a prestar as informações solicitadas pelo Agente Fiscal. Existe 
regra específica acerca da requisição das informações bancárias do 
contribuinte pelas autoridades fiscais, prevista na LC 105/01, e já considerada 
constitucional pelo STF. Alternativa correta. 
Alternativa C: O fato de estar isento não o exime de ser fiscalizado. Assim 
sendo, até mesmo pessoas imunes estão sujeitas à fiscalização tributária, nos 
termos do art. 194, par. único, do CTN. Alternativa errada. 
 
Alternativa D: Tanto a pessoa natural como a pessoa jurídica, ainda que 
isentas ou imunes, se submetem à fiscalização tributária. Alternativa errada. 
 
Alternativa E: A obrigação dos tabeliães de prestar informações à autoridade 
fiscal está prevista no art. 197, I, do CTN. Alternativa errada. 
 
Gabarito: Letra B 
 
 
 
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Questão 04 ± FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014 
 
Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos 
lançamentos neles efetuados deverão ser conservados até o término do 
exercício financeiro em que ocorreram as operações a que se refiram. 
 
Comentário: O que se determina no art. 195, par. único, do CTN, é a sua 
conservação até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes 
das operações a que se refiram. Questão errada. 
 
Questão 05 ± FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014 
 
São consideradas sigilosas, insuscetível de divulgação pela Administração 
Pública, as informações relativas a representações fiscais para fins penais, a 
inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e a parcelamento ou moratória. 
 
Comentário: De acordo com o art. 198, § 3º, do CTN, trata-se de exceções ao 
sigilo a que está submetida a Fazenda Pública, não havendo proibição na 
vedação de informações relativas a representações fiscais para fins penais, a 
inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e a parcelamento ou moratória. 
Questão errada. 
 
Questão 06 ± FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014 
 
A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos 
tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em 
caráter geral ou específico, por lei ou convênio. 
 
Comentário: Trata-se da literalidade do art. 199, caput, do CTN: a Fazenda 
Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-
se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e 
permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou 
específico, por lei ou convênio. Questão correta. 
 
Questão 07 ± FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014 
 
A Fazenda Pública da União não poderá permutar informações com Estados 
estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos, pois 
feriria a soberania nacional, um dos fundamentos da República Federativa do 
Brasil. 
 
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Comentário: O próprio CTN admite que a Fazenda Pública da União, na forma 
estabelecida em tratados, acordos ou convênios, permute informações com 
Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos. 
Portanto, esta questão está errada. 
 
Questão 08 ± FCC/TRF-4ª Região-Analista Judiciário/2014 
 
Considerando o mecanismo jurídico-tributário, 
a) a obrigação tributária pressupõe a existência de crédito tributário 
devidamente constituído, pois a partir de sua existência já se torna o mesmo 
exequível 
b) a exequibilidade do crédito tributário surge com o lançamento tributário, 
mas sua exigibilidade somente acontece a partir de sua inscrição na dívida 
ativa. 
c) o crédito tributário se torna exequível a partir de sua inscrição na dívida 
ativa. 
d) com o surgimento da obrigação tributária o crédito tributário passa a ser 
exigível. 
e) com a ocorrência do fato gerador já existe formalmente o crédito tributário, 
declarado pela obrigação tributária, da qual é indissociável. 
 
Comentário: 
 
Alternativa A: A obrigação tributária surge em momento anterior ao crédito 
tributário, e pode ou não ser objeto de lançamento tributário. Assim sendo, 
não se pode dizer que a obrigação tributária pressupõe a existência de crédito 
tributário devidamente constituído. Alternativa errada. 
 
Alternativa B: É exatamente o contrário do que foi afirmado, isto é, a 
exequibilidade do crédito tributário surge com sua inscrição na dívida ativa, e a 
sua exigibilidade surge com o lançamento tributário. Alternativa errada. 
 
Alternativa C: Como já comentado, a exequibilidade do crédito tributário 
surge com sua inscrição na dívida ativa. Alternativa correta. 
 
Alternativa D: O crédito tributário só se torna exigível com a sua constituição 
pelo lançamento. Alternativa errada. 
 
Alternativa E: O crédito tributário só passa a existir formalmente com a sua 
constituição pelo lançamento, nos precisos termos do art. 142, do CTN. 
Alternativa errada. 
 
Gabarito: Letra C 
 
 
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Questão 09 ± FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013 
 
Com respeito à Dívida Ativa e à Certidão Negativa, considere: 
 
I. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, 
regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de 
esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida 
em processo regular. 
II. A nulidade da inscrição na Dívida Ativa, causada por omissão ou erro, 
poderá ser sanada até a decisão de segunda instância, mediante substituição 
da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo 
para defesa. 
III. A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta e tem caráter 
de prova pré-constituída. 
IV. Será emitida Certidão Negativa quando conste a existência de créditos não 
vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a 
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. 
V. A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não 
tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais 
encargos previstos em lei ou contrato. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
 
a) I e III. 
b) II e V. 
c) I e V. 
d) III e IV. 
e) II e IV. 
 
Comentário: 
 
Item I: Trata-se da definição trazida pelo art. 201, caput, do CTN: constitui 
dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente 
inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo 
fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo 
regular. Item correto. 
 
Item II: A substituição da certidão nula pode ocorrer apenas até a decisão de 
primeira instância. Item errado. 
 
Item III: A dívida regularmente inscrita goza de presunção relativa de certeza 
e liquidez, tendo caráter de prova pré-constituída. Item errado. 
 
Item IV: Nos casos mencionados, será emitidacertidão positiva com efeitos 
de negativa, conforme art. 206, do CTN. Item errado. 
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Item V: Este último item transcreveu o art. 2º, § 2º, da Lei de Execuções 
Fiscais (Lei 6.830/80), aplicável à execução judicial para cobrança da Dívida 
Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios. De acordo 
com o referido dispositivo, a Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo 
a tributária e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de 
mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. 
 
Em que pese termos uma definição um tanto específica, ela não seria 
necessária para acertarmos a questão, já que eliminamos os itens II, III e IV, 
restando apenas a Letra C. 
Gabarito: Letra C 
Questão 10 ± FCC/DPE-RS-Defensor Público/2011 
 
Certo contribuinte foi autuado pela Fazenda, sendo constituído o crédito 
tributário respectivo. Notificado do lançamento, e dentro do prazo legal, o 
autuado apresentou defesa fiscal administrativa, a qual pende de julgamento 
na primeira instância administrativa. Referido contribuinte necessita participar 
de licitação pública, mas não consegue comprovar a sua regularidade fiscal 
perante a Fazenda, o que o impede de participar da licitação. Nesse caso, é 
correto afirmar que o contribuinte 
a) tem direito à certidão positiva com efeito de negativa em virtude de o 
débito estar em execução judicial com penhora efetivada. 
b) tem direito à certidão negativa por estar o débito com exigibilidade 
suspensa em virtude da defesa administrativa tempestivamente interposta. 
c) tem direito à certidão positiva com efeito de negativa por estar o débito com 
exigibilidade suspensa em virtude da defesa administrativa tempestivamente 
interposta. 
d) tem direito à certidão positiva com efeito de negativa em razão do débito 
não estar ainda vencido. 
e) não tem qualquer direito à certidão positiva com efeito de negativa. 
 
Comentário: De acordo com o art. 206, do CTN, tem os mesmos efeitos 
previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos 
não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a 
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. Como a impugnação 
administrativa suspende a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do 
art. 151, III, do CTN, o contribuinte tem direito à certidão positiva com efeito 
de negativa por estar o débito com exigibilidade suspensa em virtude da 
defesa administrativa tempestivamente interposta. 
 
Gabarito: Letra C 
 
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Questão 11 ± FCC/DPE-RS-Defensor Público/2011 
 
Determinado Município ajuizou execução fiscal em relação a certo contribuinte. 
A Certidão de Dívida Ativa (CDA), que instruiu a inicial da execução, continha 
erro quanto ao nome do sujeito passivo, consistente no fato de que a pessoa, 
cujo nome constava na CDA, como sujeito passivo, não era a devedora do 
crédito tributário em execução, o qual era devido por outra pessoa, diversa 
daquela nominada na CDA que instruiu a inicial. Houve embargos à execução 
e, antes da sentença, o juiz da execução possibilitou à Fazenda que 
substituísse a CDA, sanando-se assim a irregularidade. Dada vista ao antigo e 
ao novo sujeito passivo agora apontado na CDA que veio aos autos em 
substituição à originária, este sustentou que a substituição da CDA não era 
possível nesse caso. Considerando essas circunstâncias e a atual jurisprudência 
do Superior Tribunal de Justiça, a substituição da CDA 
a) era possível, pois a irregularidade constitui mero erro formal que pode ser 
sanado nos termos do que dispõem o Código Tributário Nacional e a Lei de 
Execução Fiscal. 
b) não era possível, pois a certidão somente pode ser substituída quando há 
interposição de embargos à execução. 
c) era possível, pois pode ser feita mesmo em sede de exceção de pré-
executividade. 
d) não era possível, pois, nos casos em que há troca do sujeito passivo da 
obrigação tributária, a nulidade não pode ser sanada, visto que nessa hipótese 
trata-se de alteração do lançamento e não de simples erro formal ou material. 
e) era possível porque a irregularidade constitui-se em mero erro material que 
pode ser sanado nos termos do que dispõem o Código Tributário Nacional e a 
Lei de Execução Fiscal. 
Comentário: A princípio, o candidato poderia imaginar que a questão trata do 
WHPD� HVSHFtILFR� ³([HFXomR� )LVFDO´�� &RQWXGR�� DSHQDV� FRP� R� FRQKHFLPHQWR� GD�
Súmula 392 do STJ é possível responder a questão com tranquilidade. Vejamos 
a redação da referida súmula: a Fazenda Pública pode substituir a certidão de 
dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar 
de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito 
passivo da execução. 
Conforme comentamos durante a aula, o que o STJ deixou claro, e que tem 
sido demonstrado pela jurisprudência deste Tribunal, é que só se admite 
substituição de CDA para corrigir erro material ou formal, relativos à inscrição 
e à certidão, mas não se estendendo ao lançamento propriamente dito. 
Portanto, não é possível substituir a CDA como meio de alterar o próprio 
lançamento anteriormente realizado. 
Gabarito: Letra D 
 
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Questão 12 ± FCC/TCE-AP-Procurador/2010 
 
Sobre a dívida ativa e certidão negativa tributária, é correto afirmar que 
a) somente tem efeito de negativa a certidão positiva expedida por crédito 
tributário ainda não vencido. 
b) a lei admite a substituição de certidão de dívida ativa que tenha omissão a 
requisito legal, desde que a substituição aconteça até a decisão em primeira 
instância. 
c) a dívida ativa tributária goza de presunção absoluta de certeza e liquidez, 
tendo efeito de prova pré-constituída. 
d) a omissão de qualquer dos requisitos legais da certidão de dívida ativa gera 
nulidade absoluta da certidão, devendo ser extinto o processo sem resolução 
do mérito, por falta de título executivo. 
e) a certidão negativa expedida com dolo ou fraude responsabiliza 
pessoalmente o sujeito passivo constante como titular da certidão pelos 
débitos omitidos. 
 
Comentário: 
 
Alternativa A: Na redação do art. 206, do CTN, observa-se que tem os 
mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a 
existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que 
tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. 
Portanto, a emissão de certidão positiva com efeito de negativa aquela não se 
pode restringe ao crédito tributário ainda não vencido. Alternativa errada. 
 
Alternativa B: É o que prevê o art. 203, do CTN, cuja redação transcrevemos 
a seguir: a omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou 
o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de 
cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de 
primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito 
passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá 
versar sobre a parte modificada. Alternativa correta. 
 
Alternativa C: A dívida regularmente inscrita goza da presunção relativa de 
certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.Alternativa errada. 
 
Alternativa D: Conforme estabelece o art. 203, do CTN, a omissão de 
quaisquer dos requisitos obrigatórios no termo de inscrição da dívida ativa, ou 
o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de 
cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de 
primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito 
passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá 
versar sobre a parte modificada. Alternativa errada. 
 
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Alternativa E: De acordo com o art. 208, do CTN, a certidão negativa 
expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, 
responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário 
e juros de mora acrescidos. Alternativa errada. 
 
Gabarito: Letra B 
 
Questão 13 ± CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015 
 
Um contribuinte deixou de recolher determinado tributo no prazo previsto em 
lei e, por isso, foi alvo de ação do fisco, que procedeu à lavratura de auto de 
infração cobrando o valor original do referido tributo com juros, correção 
monetária e multa pecuniária. No referido auto de infração, ficou concedido o 
prazo de vinte dias para que o contribuinte efetuasse o pagamento ou o 
impugnasse. 
Nessa situação hipotética, 
a) o valor cobrado pelo auto de infração constitui dívida ativa não tributária até 
a inscrição da referida dívida, na forma da lei. 
b) o valor cobrado pelo fisco constitui dívida ativa não tributária, visto que 
admite prova em contrário. 
c) o débito constituído por meio de auto de infração corresponde a crédito 
público, no sentido que o direito financeiro dá a essa expressão, podendo, por 
isso, ser cobrado judicialmente. 
d) durante o referido prazo de vinte dias, a inscrição de dívida ativa tributária 
estaria impossibilitada, haja vista que o prazo para pagamento ou impugnação 
não se teria esgotado. 
e) o débito apurado contra o contribuinte consolidou-se com a lavratura do 
auto de infração em dívida ativa tributária. 
 
Comentário: A inscrição em dívida ativa só pode ocorrer após o decurso do 
prazo para pagamento ou impugnação do auto de infração. Portanto, na 
situação apresentada, durante o referido prazo de vinte dias, a inscrição de 
dívida ativa tributária estaria impossibilitada, haja vista que o prazo para 
pagamento ou impugnação não se teria esgotado. 
 
Gabarito: Letra D 
 
Questão 14 ± CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015 
 
De acordo com o Código Tributário Nacional, admite-se a transferência de 
dados fiscais sigilosos obtidos em razão do exercício dos poderes de 
fiscalização, se solicitada por outros entes da administração pública. Nessa 
hipótese, a entrega dos dados, ainda que constitua exceção à regra de 
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preservação do sigilo, deverá ser feita pessoalmente à autoridade solicitante, 
mediante recibo. 
 
Comentário: Não se trata, neste caso, de exceção à regra de preservação do 
sigilo, pois o art. 198, § 2º, do CTN, dispõe que o intercâmbio de informação 
sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo 
regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade 
solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a 
preservação do sigilo. Questão errada. 
 
Questão 15 ± CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015 
 
A apreensão de mercadorias até o pagamento do tributo devido inclui-se entre 
os poderes de fiscalização tributária do fisco. 
 
Comentário: De acordo com a Súmula 323 do STF, é inadmissível a 
apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos. 
Questão errada. 
 
Questão 16 ± CESPE/TRF-Juiz Federal Substituto/2015 
 
Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal devem ser conservados 
por cinco anos, a contar da data das operações a que se refiram, ainda que o 
prazo prescricional da pretensão tributária venha a ser interrompido. 
 
Comentário: Na realidade, de acordo com o par. único, do art. 195, do CTN, 
os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos 
lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição 
dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. Questão 
errada. 
 
Questão 17 ± CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014 
 
É expressamente prevista na legislação tributária a responsabilidade tributária 
pessoal de servidor público que, por dolo ou fraude, expeça certidão negativa 
de crédito tributário. 
 
Comentário: Conforme prevê o art. 208, do CTN, a certidão negativa 
expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, 
responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário 
e juros de mora acrescidos. Questão correta. 
 
 
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Questão 18 ± CESPE/ANATEL-Especialista em Regulação/2014 
 
É legalmente admissível que prestador de serviço de telecomunicação negue a 
entrega de seus livros à fiscalização tributária, sob o argumento de sigilo 
empresarial. 
 
Comentário: De acordo com o art. 195, caput, do CTN, não têm aplicação 
quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar 
mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou 
fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de 
exibi-los. Portanto, não se admite que prestador de serviço de telecomunicação 
negue a entrega de seus livros à fiscalização tributária, sob o argumento de 
sigilo empresarial. Questão errada. 
 
Questão 19 ± CESPE/DELEGADO-PF/2013 
 
A administração tributária poderá requisitar o auxílio da força policial para 
garantir, em caso de oposição, o direito de fiscalizar todos os livros e 
documentos das referidas empresas. 
 
Comentário: Prevê o art. 200 do CTN que a autoridade administrativa pode 
requisitar auxílio de força pública (policial) quando vítimas de embaraço ou 
desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê 
medida prevista na legislação tributária. Questão correta. 
 
Questão 20 ± ESAF/AFRFB/2014 
 
Sobre a inscrição em dívida ativa tributária, assinale a opção incorreta. 
a) A inscrição em dívida ativa, que se constitui no ato de controle 
administrativo da legalidade, será feita, no caso dos tributos de competência 
da União, pela Procuradoria da Fazenda Nacional. 
b) Trata-se do único ato de controle de legalidade, efetuado sobre o crédito 
tributário já constituído, que se realiza pela apreciação crítica dos profissionais 
legalmente competentes. 
c) O exame prévio efetuado para a inscrição em dívida ativa constitui uma 
garantia ao cidadão de que aquele crédito, originário de uma obrigação não 
adimplida em tempo e forma devidos, foi devidamente apurado e teve sua 
existência confirmada por meio do controle administrativo de sua legalidade e 
legitimidade. 
d) Exige-se a notificação do sujeito passivo da lavratura da notificação do 
débito, da inscrição em dívida ativa e da extração da respectiva certidão, sob 
pena de nulidade. 
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