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Matéria: Direito Tributário Professor: Cadu Carrilho C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 2 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Estamos finalmente encerrando o CTN, não deixe o ânimo cair. Vamos juntos até o final do curso e rumo à aprovação. SUMÁRIO 1 – Administração Tributária ...............................................................3 2 – Dívida Ativa e Certidão Negativa ...................................................9 2.1 – Certidão Negativa de Débitos (CND) ......................................... 12 3 – Garantias do Crédito Tributário ................................................... 14 3.1 – Presunção de Fraude na Alienação ou Oneração de Bens .......... 16 3.2 – Penhora Eletrônica ................................................................... 17 3.3 – Prova de Quitação de Todos os Tributos ................................... 19 4 – Privilégios do Crédito Tributário .................................................. 21 4.1 – Regras Aplicáveis à Falência ..................................................... 22 4.2 – Regras Aplicáveis ao Inventário e Arrolamento ........................ 24 4.3 – Regras Aplicáveis aos Processos de Liquidação ........................ 25 4.4 – Preferência Entre as Esferas de Governo .................................. 25 5 – Questões Comentadas ................................................................. 27 6 – Lista de Exercícios ....................................................................... 77 7 – Gabarito .................................................................................... 102 Aula – Administração tributária. Fiscalização. Dívida ativa. Certidão negativa. Garantias e Privilégios do Crédito Tributário e Preferências. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 3 de 102 www.exponencialconcursos.com.br As Administrações Tributárias da União, Estados, DF e Municípios são consideradas pela Constituição Federal, no art. 37, XXII, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, com recursos prioritários para a realização de suas atividades e devem atuar de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. A fiscalização consiste na atividade estatal de identificação e punição dos sujeitos passivos que não cumprem suas obrigações tributárias, visando estimular o cumprimento espontâneo das obrigações tributárias. A legislação tributária tem um importante papel na regulação geral das características gerais ou específicas de acordo com a natureza do tributo, em relação também às competências e os poderes das autoridades administrativas no quesito de fiscalização da aplicação da legislação tributária. Essas questões levantadas pela legislação tributária podem ser aplicadas tanto a pessoa física como a pessoa jurídica, sejam essas pessoas contribuintes ou não contribuintes, e se aplicam até mesmo em relação às pessoas que gozem de imunidade ou isenção em caráter pessoal. A legislação tributária não deve prever restrição ao acesso de livros, documentos fiscais e mercadorias, mas se por acaso houver alguma legislação prevendo esse tipo de restrição, deverá ser desconsiderado já que o CTN determina que, essa restrição de acesso e exame de situações que limitam a fiscalização e apuração dos tributos, não terá aplicação. Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação. Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Reunimos no esquema abaixo as importantes informações dispostas nos art. 194 e 195 do CTN: 1 – Administração Tributária C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 4 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Nos termos do art. 196 do CTN, a autoridade competente deve lavrar um termo que documente o início da fiscalização, na forma da legislação aplicável, fixando um prazo máximo para sua conclusão. O parágrafo único desse artigo determina que, SEMPRE QUE POSSÍVEL, o termo será lavrado EM UM DOS LIVROS FISCAIS EXIBIDOS pelo contribuinte. Se lavrado em separado, deverá ser entregue à pessoa sujeita à fiscalização uma cópia autenticada pela autoridade. Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas. Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo. Atente que a lavratura de Termo de Início de Fiscalização pode produzir dois outros efeitos: antecipar a contagem do prazo decadencial e afastar a espontaneidade do sujeito passivo (art. 138, parágrafo único, CTN). O CTN determina, em seu art. 195, parágrafo único, que os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos nele efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários. Art. 195 - Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. Legislação Tributária em matéria de fiscalização regulará competência e poderes das autoridades fiscais aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, CONTRIBUINTES OU NÃO, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal Para seus efeitos, NÃO têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los C óp ia r eg is tr ad a pa ra J effe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 5 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Atenção à pegadinha! O CTN não fala para manter os livros por 5 anos ou outro prazo específico, mas até a prescrição dos créditos tributários relacionados – até porque os prazos prescricionais podem sofrer interrupção ou suspensão. Conforme destacamos no esquema, não se aplicam quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito da autoridade fiscal de examinar os livros de escrituração comercial e fiscal. Desse modo, o caráter sigiloso da escrituração comercial e fiscal e dos documentos a ela relacionados não pode ser oposto ao Fisco, devendo os documentos ser mantidos até que ocorra a prescrição dos créditos a que se refiram. No entanto, a Súmula nº 439 do STF estabelece que o exame dos livros é limitado aos pontos objeto da investigação. Veja sua literalidade: Súmula 439 do STF - Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação. O art. 197 prevê que a autoridade administrativa, mediante intimação escrita, pode exigir que determinadas pessoas prestem todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras; III - as empresas de administração de bens; IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os síndicos, comissários e liquidatários; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 6 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Contudo, de acordo com o parágrafo único deste artigo, essa obrigação não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Perceba que a lista das pessoas obrigadas a atender as requisições fiscais não é exaustiva, em virtude de a última hipótese ser considerada aberta “quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão”. As informações obtidas pelas autoridades fiscais no exercício de suas atividades sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades não podem ser divulgadas por força do art. 198 do CTN, sem prejuízo do disposto na legislação criminal. É o que se chama de sigilo fiscal, garantia de segurança dos fiscalizados. Há, contudo, importantes exceções! Além dos casos do artigo 199 que versam sobre intercâmbio de informações entre os entes por meio de convênio, poderá ser afastado o sigilo fiscal nos casos de requisição de autoridade judiciário no interesse da justiça, ou no caso de solicitação de autoridade administrativa no interesse público, desde que haja regular processo administrativo no sentido de investigar e apurar as situações praticadas pelo sujeito passivo. Obrigados a prestar informações sobre BENS, NEGÓCIOS OU ATIVIDADES DE TERCEIROS * Tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; * Bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais instituições financeiras; *Empresas de Administração de Bens; *Os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; *Os inventariantes; *Os síndicos, comissários e liquidatários; *Quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 7 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. § 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes: I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. § 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo. § 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a: I – representações fiscais para fins penais; II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; III – parcelamento ou moratória. Exceções ao sigilo fiscal Requisição da autoridade judiciária Solicitação de outro órgão da Administração Pública para apuração de infração administrativa Permuta de informações sigilosas entre União, Estados, DF e Municípios, nos termos de lei ou convênio; e, entre a União e Estados estrangeiros, conforme tratados, acordos e convênios Divulgação de informações relativas a Representações fiscais para fins penais Inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública Parcelamento ou moratória C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 8 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Representação fiscal para fins penais é a comunicação ao Ministério Público da possível prática de crime contra a ordem tributária e não é vedadaa divulgação de informações relativas nesses casos, bem como não se veda divulgação em caso de dívida ativa da Fazenda Pública e em caso de parcelamento ou moratória. Nos termos do art. 200, as autoridades administrativas poderão requisitar (sinônimo de ordenar) auxílio da força pública quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. Há previsão de possibilidade de que seja feito um intercâmbio de informações entre os entes da federação, de maneira que eles possam inclusive prestar assistência uns aos outros para fiscalização de tributos, essa troca pode ser feita por meio de lei ou de convênio. A União, por meio da Fazenda Pública, pode trocar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e fiscalização de tributos. Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio. Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos. Memorize agora uma informação que também se encontra dentro do Título IV do CTN (Administração Tributária) e que por vezes é objeto de cobrança das bancas em relação a contagem de prazos tributários. Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 9 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Quando uma pessoa está devendo ao Estado, o débito é inscrito em dívida ativa, sendo dividida em dívida ativa tributária e não tributária (art. 39, Lei 4.320/1964). Conforme o art. 201 do CTN, a Dívida ativa tributária é aquela proveniente do crédito tributário de igual natureza não pago no prazo fixado pela lei ou por decisão final proferida em processo regular, em razão disso, submetido à respectiva inscrição na repartição administrativa competente. Trata-se de uma espécie de cadastro em que a Fazenda Pública registra os valores que poderá exigir judicialmente, ou seja, são registrados todos sujeitos passivos que não cumpriram suas obrigações no prazo. Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. A inscrição é realizada por intermédio da lavratura de um termo no livro da dívida ativa. Atualmente, o livro é eletrônico, mas o termo continua existindo. O art. 202 do CTN determina os elementos que devem constar no termo de inscrição da dívida ativa: Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito. 2 – Dívida Ativa e Certidão Negativa C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 10 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Preste muita atenção aos detalhes, pois eles são cobrados em prova! Por exemplo, analise a seguinte assertiva: “O termo de inscrição em Dívida Ativa deve sempre apresentar o domicílio do devedor”. Ela está ERRADA, pois não se trata de requisito essencial – o domicílio ou a residência só constarão quando possível. Veja no esquema que os itens opcionais estão em verde! Perceba que do mesmo modo que o lançamento materializa o crédito tributário, tornando-o exigível, o termo de inscrição da dívida ativa formaliza o inadimplemento do sujeito passivo, possibilitando a ação de execução fiscal. Com a inscrição, extrai-se uma certidão de dívida ativa, que é um título executivo extrajudicial capaz de subsidiar a ação de execução fiscal. Conforme a doutrina majoritária, o único objetivo da inscrição em dívida ativa é possibilitar a futura execução fiscal. A palavra certidão significa cópia fiel. Assim, deve conter todos os requisitos do termo de inscrição, mais a indicação do livro e folha de inscrição (parágrafo único do art. 202 do CTN). Art. 202 - Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição. Termo de inscrição em dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará: o nome do devedor a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado a data em que foi inscrita sendo o caso o número do processo administrativo de que se originar o crédito nome dos co-responsáveis do devedor sempre que possível o domicílio ou a residência do devedor e corresponsável C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 11 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Conforme o art. 203 do CTN, a omissão de quaisquer dos requisitos do termo, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente. Contudo a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa,que somente poderá versar sobre a parte modificada. De acordo com a jurisprudência do STJ, a retificação da certidão e da inscrição somente é possível quando não constitua subversão ao lançamento efetuado anteriormente. Nos termos da Súmula 392 STJ: Súmula 392 do STJ - A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a dívida goza de presunção de certeza E liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. Ainda sobre presunção de certeza e liquidez, você precisa conhecer a regra do parágrafo único do art. 201 do CTN, segundo o qual “a fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito”. Em outras palavras, com a inscrição de um crédito em dívida ativa não cessa a fluência dos juros de mora e essa fluência não retira a liquidez do crédito tributário inscrito em dívida ativa. Art. 201 - Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 12 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Prevista no art. 205 do CTN, a CND trata-se do documento expedido por requerimento do interessado para prova de quitação de determinado tributo. Esse documento deve conter todas as informações necessárias à identificação do requerente, seu domicílio fiscal, ramo de negócio ou atividade e indicar o período a que se refere. Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido. As certidões negativas são exigidas principalmente para que o sujeito passivo possa participar de licitações perante a Administração Pública. Além disso, pode também ser solicitada para obtenção de financiamentos em instituições financeiras e participação em programas governamentais. Embora possua presunção de legitimidade, a certidão negativa não extingue as dívidas tributárias existentes que não tenham constado nela por erro. A certidão será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de dez dias da data de entrada do requerimento na repartição. Atenção: esse prazo é de 10 dias corridos, e não úteis. Art. 205 - Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição. No art. 207, o CTN estabeleceu a norma de que independentemente de lei autorizativa, a CND não será exigida nos casos em que se tratar da prática de ato indispensável para evitar a caducidade (perda) de direito do interessado. Contudo, todos os participantes do ato responderão pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator. Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator. 2.1 – Certidão Negativa de Débitos (CND) C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 13 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Cuidado! Conforme a doutrina, são considerados participantes do ato somente os interessados na sua prática, ou seja, aqueles que fizerem uso desta regra para serem dispensados da apresentação da certidão. Logo, incluem-se os sujeitos passivos e também as pessoas físicas que, em nome daqueles, tenham invocado a aplicação do dispositivo. Mas, indiscutivelmente, não estão incluídos os membros da comissão de licitação. Há situações em que, embora possua débitos, o sujeito passivo está em situação regular com Fisco. Nestes casos, no lugar da CND é expedida a Certidão Positiva com Efeitos de Negativa. É positiva por existirem débitos, mas tem efeitos de negativa, pois o requerente está em situação regular. Conforme o art. 206, do CTN, há três situações em que será expedida Certidão Positiva com Efeitos de Negativa. A certidão positiva com efeito de negativa será concedida nos caso de créditos tributários ainda não vencidos, ou no caso de curso de cobrança executiva em que exista penhora ou, em situações que o crédito tributário esteja com a exigibilidade suspensa. Exemplo: contribuinte tem um crédito junto à Fazenda Pública que está parcelado, ou seja, ele deve um valor, mas esse valor ainda está sendo pago por meio de um parcelamento, ele pode pedir, nesse caso, uma certidão positiva com efeito de negativa, já que o crédito estará com a exigibilidade suspensa. Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. Conforme a jurisprudência do STJ, além das situações previstas no art. 206 do CTN, também o depósito em garantia autoriza a expedição de Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: “É lícito ao contribuinte, antes do ajuizamento da execução fiscal, oferecer caução no valor do débito inscrito em dívida ativa com o objetivo de, antecipando a penhora que garantiria o processo de execução, obter certidão positiva com efeitos de negativa”. (REsp 942.027/2007). Tem o mesmo efeito da certidão negativa aquela na qual conste a existência de créditos não vencidos em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora ou cuja exigibilidade esteja suspensa C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 14 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Outra importante jurisprudênciado STJ que você precisa conhecer é a que fala sobre a legitimidade da recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa: Súmula 446 do STJ - Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa. Por fim, determina o art. 208, CTN que a certidão negativa expedida com DOLO ou FRAUDE, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos, sem prejuízo da responsabilidade criminal e funcional que no caso couber Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e funcional que no caso couber. Consistem em mecanismos assecuratórios do direito do Estado de receber o crédito tributário que lhe é devido. Muito importante você saber que as garantias previstas no CTN não constitu uma lista taxativa ou exaustiva, pois o Código autoriza a inclusão de outras hipóteses por meio de lei ordinária dos entes políticos. Ressalta-se que, somente por previsão expressa em lei, outras garantias poderão ser atribuídas ao crédito tributário (reserva legal). Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram. Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda. Perceba que o parágrafo único acima estabelece a não comunicabilidade entre a natureza da garantia e a natureza da obrigação tributária, ou seja, mesmo que a garantia tenha natureza não tributária, a natureza da exação tributária não sofre alteração. O art. 184 do CTN prevê uma supremacia do Estado diante do contribuinte: 3 – Garantias do Crédito Tributário C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 15 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. Note que não apenas o bem relacionado ao tributo que responde pela dívida, mas sim todo o patrimônio do devedor. Exemplo: Se a dívida de IPTU superar o valor do imóvel, não há impedimento de ser cobrado o valor total da dívida. A expressão ‘ônus reais’ significa direitos erga omnes sobre coisa alheia, estudados na disciplina de direito civil. Exemplo: servidão predial, enfiteuse, usufruto, uso, habitação, superfície, hipoteca, penhor e anticrese. Por sua vez, a expressão “inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade” possibilita ao Fisco adentrar em parcela do patrimônio do devedor que é inatingível para os demais credores. Sobre impenhorabilidade, você deve memorizar que: Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, responde pelo pgto do crédito tributário a TOTALIDADE dos bens e das rendas De QUALQUER origem ou natureza do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida INCLUSIVE os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula EXCETUADOS unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. Bens impenhoráveis • Ato de vontade Bens absolutamente impenhoráveis • Declarados impenhoráveis diretamente por lei C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 16 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Assim, temos duas exceções em que o patrimônio do particular não responde pela dívida tributária: 1) Privilégios especiais sobre determinados bens, com base em lei (art. 184, parte inicial); 2) O bem ou renda, declarados pela lei como ABSOLUTAMENTE impenhoráveis (art. 184, parte final). Portanto, na verdade, a única exceção do total alcance da dívida tributária sobre o patrimônio do particular ocorre quando a lei diretamente declarar o bem ou a renda absolutamente impenhoráveis ou inalienáveis. Esses são os únicos bens que ficam a salvo da responsabilização por dívida tributária. Assim, os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, respondem também pelo crédito tributário, não havendo, perante a Fazenda Pública, sua impenhorabilidade. Outro caso em que a lei declara o bem ou a renda absolutamente impenhorável refere-se bem de família, conforme previsão na Lei 8.009/1990. Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. Contudo, a impenhorabilidade do bem de família nem sempre é absoluta. Ela não se aplica (não é oponível) no caso de dívidas tributárias, nos termos do art. 3º da referida lei: Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: (...) IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; Com o objetivo de proteger o crédito tributário contra possíveis atos do sujeito passivo visando a fraudar a cobrança judicial, o CTN estabeleceu no art. 185: Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. 3.1 – Presunção de Fraude na Alienação ou Oneração de Bens C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 17 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita Portanto, após a inscrição do crédito em dívida ativa, QUALQUER alienação ou oneração de bens ou rendas pelosujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública ou ainda qualquer começo de alienação ou oneração do bem ou renda gozarão de PRESUNÇÃO de fraude. A doutrina entende que deve ter havido notificação ao sujeito passivo da inscrição em dívida ativa, para que a fraude possa ser presumida, embora essa exigência não conste no CTN. Por fim, a presunção de fraude não se aplica aos casos em que o devedor comprovar que reservou bens ou rendas suficientes para o pagamento integral da dívida inscrita. (FGV/Analista-SUDENE/2013) Paulo, que impugnou administrativamente determinada cobrança de Imposto de Renda, hipotecou a Fazenda Buriti, único bem imóvel que possui, para obter, desta forma, financiamento para a safra de soja que estaria em vias de plantar. Nesse caso, é correto afirmar que a) Paulo agiu em fraude à execução fiscal. b) a oneração é presumidamente fraudulenta. c) a hipoteca é nula de pleno direito. d) para a presunção de fraude é necessária a regular inscrição do crédito na Dívida Ativa. e) a fraude só se caracteriza se ficar provado que Paulo agiu de má‐fé Comentários: Perceba que, conforme o enunciado, o débito não está inscrito em dívida ativa. Logo não se aplica a presunção de fraude do art. 185 do CTN, pois ela só é aplicável quando o débito está inscrito em dívida ativa. D O instituto da “penhora eletrônica” ou “penhora on-line” foi introduzido pela LC 118/2005 no art. 185-A do CTN. Trata-se de uma 3.2 – Penhora Eletrônica C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 18 de 102 www.exponencialconcursos.com.br autorização legal para que os juízes possam determinar a indisponibilidade de bens, permitindo a realização de uma penhora futura, de forma célere e eficaz. O que é realizado on-line, na verdade, é o envio da ordem determinando a indisponibilidade dos bens, não sua efetiva penhora, que é efetivada em momento posterior. Veja o teor do CTN: Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. Quando o CTN menciona ‘entidades que promovem registros de transferência de bens’ está se referindo ao Registro Público de Imóveis e ao Detran. Já as ‘autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais’ são o Banco Central e a Comissão de Valores Imobiliários. O bloqueio de contas bancárias é o mais corriqueiro, ocorrendo por intermédio do “Bacen Jud”, sistema informatizado disponibilizado pelo Banco Central. Dentro dessa linha, o § 1.º do art. 185-A estabelece que o juiz deve determinar o levantamento do excesso da penhora, ou seja, os bens ou valores que estiverem acima do valor da dívida ativa devem ser liberados ao devedor para que ele possa prosseguir na sua vida econômica e financeira. Nos termos do CTN: 185-A § 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar- se-á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite. Já o § 2.º objetiva que o magistrado verifique se a penhora on-line atingiu exclusivamente sobre os valores suficientes para garantir o crédito tributário. Para isso, após efetivarem a indisponibilidade, os órgão e entidades devem enviar ao juízo a lista dos bens que foram bloqueados: 185-A § 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 19 de 102 www.exponencialconcursos.com.br O CTN inicia no art. 186 a Seção relativa às preferências. Contudo, conforme a doutrina, os arts. 191 a 193 do CTN trazem na verdade garantias do crédito tributário. Esses artigos estabelecem a exigência de apresentação da prova do pagamento de todos os tributos para a prática de certos atos jurídicos e para a obtenção de determinados benefícios legais, o que proporciona eficazes meios de cobrança indireta do crédito tributário. O art. 191 determina que a extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos dos quais o falido seja sujeito passivo. Observe que essa regra não abrange apenas os tributos relacionados à atividade mercantil, mas também os casos em que o fato gerador seja alheio à atividade mercantil. Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos. Quanto ao assunto concordata, é preciso que você saiba que a antiga concordata foi substituída pelo instituto da recuperação judicial. Efetivamente, a troca de nomenclatura objetivou empregar uma terminologia que melhor refletisse o a finalidade do procedimento. De acordo com o art. 47 da Lei 11.101/2005, “a recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico- financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estimulo a atividade econômica”. No art. 191-A, o CTN estabelece que a decisão judicial de concessão de recuperação judicial também depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos. Art. 191-A. A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei. Contudo, tenha cuidado! Ao exigir a quitação de todos os tributos, o CTN determinou a observância do art. 151 (suspensão da exigibilidade do crédito tributário) e dos arts. 205 (certidão negativa) e 206 (certidão positiva com efeitos de negativa). 3.3 – Prova de Quitação de Todos os Tributos C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 20 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Assim, se houver uma das hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito e a consequente certidão que atesta o fato (certidão positiva com efeitos de negativa), essa situação equivale à prova de quitação de tributos, de modo que autoriza a concessão da recuperação judicial. Seguindo o mesmo raciocínio, o art. 192 do CTN estabelece que nenhuma sentença de julgamento de partilhaou adjudicação pode ser proferida sem a prova de quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas. Assim, o juiz, para proferir a sentença de homologação de partilha ou adjudicação, também deve de exigir a prova da quitação dos tributos relativos aos bens do espolio e as suas rendas. Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas. Essa exigência também se aplica nos casos de partilha amigável (extrajudicial), nos termos do art. 1.031, CPC: “Art. 1.031. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos do art. 2.015 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 -Código Civil, será homologada de plano pelo juiz, mediante a prova da quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas, com observância dos arts. 1.032 a 1.035 desta Lei.” A última garantia indireta do crédito tributário encontra-se no art. 193 do Código. Aqui ao contrário do que ocorre nas regras anteriores, quem deve realizar a prova de quitação dos tributos é a autoridade administrativa. Segundo o CTN, salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 21 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Ocorre que a Lei de Licitações (Lei 8.666/93) apresenta exigências bem mais rígidas para habilitação nas licitações. Os arts. 27 e 29 preveem a necessidade da prova de regularidade fiscal com as três Fazendas (federal, estadual e municipal), abrangendo todos os tributos. Assim, a regra do art. 193 do CTN está abrangida pela regra da Lei 8.666/93, a qual é mais rigorosa. As regras de privilégios do crédito tributário referem-se aos casos em que há cobrança coletiva de créditos: falência, recuperação judicial, inventário, arrolamento e liquidação de empresas. Nesses casos, o CTN estabelece privilégios ou preferências que garantem ao crédito tributário prioridade de pagamento. Nessas cobranças coletivas, as dívidas do sujeito passivo têm seus vencimentos antecipados e são ordenados em classes legais, visando a estabelecer uma ordem de pagamento (só se paga a classe seguinte quando a classe acima foi integralmente paga). Estabelece o art. 186 do CTN a regra geral sobre preferência do crédito tributário, estabelecendo que o crédito tributário prefere a qualquer outro, só não vai preferir aos créditos trabalhistas ou acidente de trabalho. Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. Conforme o art. 187, CTN, a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. O crédito tributário prefere a qualquer outro seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. 4 – Privilégios do Crédito Tributário C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 22 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. Ocorre que o juízo em que tramita cada um desses processos é denominado “universal”, em virtude de os credores não poderem mais ajuizar ações executórias individuais contra o devedor, devendo se habilitar no processo em trâmite no juízo dito “universal”. A ação de execução fiscal é exceção ao juízo universal, pois, se a Fazenda Pública desejar, pode cobrar o crédito tributário por meio do ajuizamento de uma Ação Executória Fiscal. Contudo, veremos nos próximos itens que o credito tributário não possui preferência absoluta. Por esse motivo, o valor recebido pela Fazenda no processo de execução fiscal é remetido ao juízo universal, o qual realiza a distribuição conforme a ordem legal de preferência. Conforme determina o parágrafo único do art. 186, na falência, o crédito tributário não está na segunda posição na fila de credores (a falência diverge da regra geral prevista no caput). Na falência o crédito tributário vem depois dos créditos extraconcursais e créditos sujeitos à restituição e, além dos créditos trabalhistas falado acima, não preferirão aos créditos com garantia real. Art. 186 - Parágrafo único. Na falência: I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. NA FALÊNCIA o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. 4.1 – Regras Aplicáveis à Falência C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 23 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Créditos Extraconcursais O art. 188 do CTN prevê que os créditos tributários extraconcursais são todos os créditos decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. A lista completa dos créditos extraconcursais na falência encontra-se no art. 84 da Lei 11.101/2005: Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridosno curso do processo de falência. Importâncias Passíveis de Restituição São os bens pertencentes a terceiros que estavam em poder do devedor na data em que foi decretada a falência. Essa regra está prevista no art. 85 da Lei 11.101/2005. Conforme o parágrafo único desse artigo, a coisa vendida a crédito e entregue ao devedor dentro dos 15 dias anteriores ao requerimento de falência, caso ainda não alienada, também é passível de restituição. Créditos Com Garantia Real, no limite do valor do bem gravado As instituições financeiras normalmente se utilizam do instituto da garantia real. Exemplo: na realização de um empréstimo é constituída em garantia uma hipoteca (tipo de garantia real) sobre um imóvel da empresa. Nesse caso, vindo a falir a empresa que contraiu o empréstimo, o crédito decorrente da garantia real prevalece sobre o crédito tributário, mas somente até o limite do valor do bem imóvel, no caso o imóvel. Mas atente que se a garantia real for constituída após a inscrição do crédito tributário em dívida ativa, há uma presunção absoluta de fraude (art. 185, CTN). Créditos Decorrentes de Legislação do Trabalho Acerca da preferência dos créditos trabalhistas, o CTN autorizou a lei a estabelecer limites e condições para a preferência do crédito trabalhista. Salienta-se que o CTN não autorizou a lei a limitar a preferência dos créditos decorrentes de acidentes de trabalho, a qual permanece sem limite de valor. Assim o art. 83, I, da Lei 11.101/2005 determinou que a preferência dos créditos derivados da legislação do trabalho se aplica somente a valores limitados a 150 salários mínimos por credor. Crédito Tributário Extraconcursal Contestado C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 24 de 102 www.exponencialconcursos.com.br A regra prevista no art. 188, § 1º, estabelece que, no caso de ser contestado o crédito tributário em processo de falência ou concordata, o processo será remetido ao juízo especializado em matéria tributária. 188 § 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando reservar bens suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada. § 2º O disposto neste artigo aplica-se aos processos de concordata. Por fim, a ordem de preferência dos créditos, na falência é a seguinte (art. 83 da Lei 11.101/2005): Determina o art. 189 do CTN que os créditos tributários vencidos ou vincendos a cargo do de cujus (falecido) ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento devem ser pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte. 8º Créditos subordinados 7º Multas contratuais, multas tributárias e penas pecuniárias por infração de leis penais ou administrativas 6º Créditos quirografários 5º Créditos com privilégio geral 4º Créditos com privilégio especial 3º Créditos tributários, excetuadas as multas tributárias 2º Créditos com garantia real, até o limite do valor do bem gravado 1º Créditos da Legislação do Trabalho, limitados até 150 salários mín. por credor, E os decorrentes de acidentes de trabalho 4.2 – Regras Aplicáveis ao Inventário e Arrolamento C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 25 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Art. 189. São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento. O inventário é o processo em que os bens do de cujus são avaliados, sendo quitadas as dívidas existentes (incluindo tributos e custas judiciais) e, posteriormente, realizada a partilha da herança restante entre os sucessores. Já o arrolamento consiste em um procedimento simplificado de inventário, que pode ser adotado somente nos casos em que a lei autoriza (quando há acordo entre herdeiros maiores e capazes sobre a partilha e os valores partilháveis não ultrapassar o limite legal. Conforme a redação do art. 190 do CTN, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação devem ser pagos preferencialmente a quaisquer outros. Art. 190. São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação. Perceba que na liquidação, a regra de preferência ao crédito tributário é absoluta (o crédito tributário está em 1º lugar na lista de preferência). O termo ‘liquidação de sociedade’ significa que o ativo da entidade está sendo convertido em dinheiro para pagamento de todo o seu passivo, e posterior distribuição do saldo restante aos sócios. No parágrafo único do art. 187, o CTN estabelece uma ordem de preferência entre os créditos tributários das diferentes Fazendas Públicas credoras. As pessoas jurídicas de direito público que são os entes da federação, quais seja, União, Estados, DF e Municípios deverão ter seus créditos satisfeitos de maneira que a ordem estabelecida seja respeitada. Paga-se primeiro os créditos tributários da União, depois os dos Estados e DF, de maneira conjunta e pro rata, e por fim paga-se os tributos devidos aos Municípios. 4.3 – Regras Aplicáveis aos Processos de Liquidação 4.4 – Preferência Entre as Esferas de Governo C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 26 de 102 www.exponencialconcursos.com.br 187 Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: I - União; II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; III - Municípios, conjuntamente e pró rata. Essa regra recebeu várias críticas, por estabelecer uma preferência à União, alegando-se ferir o pacto federativo. Contudo o STF entende ser constitucional essa norma, conforme a Súmula 563, de 1976: “O concurso de preferência a que se refere o parágrafo único do art. 187 do Código Tributário Nacional é compatível com o disposto no art. 9º, I, da Constituição Federal.” Posteriormente, o art. 29 da Lei de Execuções Fiscais (Lei 6.830/1980) repetiu o rol acima e incluiu as respectivas autarquias, sendo também considerado constitucional pelo STF. Assim, após a União e autarquias federais receberem seus créditos, o saldo restante é dividido entre Estados,Distrito Federal e autarquias estaduais, de modo proporcional ao crédito de cada um. Após isso, se ainda sobrar algum valor, o saldo restante é dividido proporcionalmente entre os Municípios e autarquias municipais. 1º - UNIÃO 2º - E, DF e Territórios, conjuntamente e pró rata 3º - M, conjuntamente e pró rata Concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 27 de 102 www.exponencialconcursos.com.br 1. (FCC/Pref. São Luís-MA/Auditor Fiscal/2018) Relativamente às diligências de fiscalização, a autoridade que as realizar ou as presidir deverá, segundo o Código Tributário Nacional, lavrar os termos fiscais necessários para documentá-las. Estes termos, de acordo com este mesmo Código, deverão I. ser lavrados, necessariamente, em um dos livros contábeis exibidos, se exibidos. II. documentar o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, sendo que esse termo fixará prazo máximo para a conclusão das referidas diligências. III. quando lavrados em separado, ser entregues, por cópia autenticada, pela autoridade que proceder ou presidir as referidas diligências, à pessoa sujeita a fiscalização. IV. ser firmados por, no mínimo, três autoridades, de diferentes níveis hierárquicos. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e IV. b) I, II e IV. c) III e IV. d) II e III. e) III. Comentário: I - Errada – Os termos são lavrados no livro, nos dizeres do CTN, sempre que possível e não necessariamente. Art. 196 - Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo. II – Correta – É sempre muito importante que exista um documento oficializando o início do procedimento fiscal em relação ao contribuinte, já que esse ato inicial faz o contribuinte perder a denúncia espontânea. Então, deve sim documentar o início do procedimento e dizer qual prazo máximo para terminar a fiscalização. Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas 5 – Questões Comentadas C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 28 de 102 www.exponencialconcursos.com.br III – Correta – De acordo com o parágrafo único acima transcrito, temos que a autoridade deve sim entregar uma cópia autenticada dos termos lavrados. IV - Errada – Não há exigência de três fiscais, basta um. Gabarito 1: D 2. (FCC/Pref. São Luís-MA/Auditor Fiscal/2018) O Código Tributário Nacional estabelece que a legislação tributária, observada a disciplina nele estabelecida, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação. De acordo com o citado Código, a legislação tributária mencionada a) aplica-se, inclusive em relação aos impostos sobre o patrimônio, às pessoas que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. b) não se aplica às pessoas naturais, relativamente a determinados impostos sobre serviços. c) aplica-se às pessoas naturais e jurídicas, relativamente a determinados impostos sobre serviços, exceto quando gozarem de imunidade tributária de caráter pessoal. d) só se aplica às pessoas naturais, relativamente a determinados impostos sobre serviços, se elas forem contribuintes do imposto. e) aplica-se às pessoas jurídicas, relativamente a determinados impostos sobre serviços, exceto quando, sem revestir a condição de contribuinte do imposto, revistam a condição de responsável tributário. Comentário: O enunciado reproduz o entendimento previsto no artigo 194, depois pergunta a quem se aplica essa regra de competência e poderes das autoridades administrativas em relação à fiscalização, ou seja, que serão as pessoas objeto dessa regulação. A legislação referida aplica-se as pessoas naturais ou jurídicas que sejam contribuintes ou não contribuintes. Aplica-se até mesmo sobre pessoas que sejam imunes ou isentas em caráter pessoal. CTN Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal Gabarito 2: A C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 29 de 102 www.exponencialconcursos.com.br 3. (FCC/AL-MS/Assistente Jurídico/2016) Sobre as garantias e privilégios do crédito tributário, o Código Tributário Nacional dispõe que a) o concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: Municípios, Estados, Distrito Federal e União. b) a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário altera a natureza deste e da obrigação tributária a que corresponda. c) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. d) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, sem exceção. e) se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, a partir do momento em que o crédito tributário foi formalizado por lançamento tributário. Comentário: a) Errada – Na verdade existe uma ordem de pagamento em relação aos entes públicos, essa ordem deve ser respeitada, pagando-se primeiro à União, depois Estados e DF e por fim Municípios. 187 Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: I - União; II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; III - Municípios, conjuntamente e pró rata. b) Errada – A natureza da garantia não altera a natureza do crédito. Art. 183 - Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário NÃO altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda. c) Correta – Os créditos tributários que surgiram após a decretação da falência e durante esse processo são considerados créditos extraconcursais.Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. d) Errada – O crédito tributário prefere a qualquer outro, menos o crédito trabalhista e de acidente de trabalho. Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. e) Errada – Presume-se fraudulento esses atos praticados após a inscrição do crédito em dívida ativa e não após o lançamento. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 30 de 102 www.exponencialconcursos.com.br Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Gabarito 3: C 4. (FCC/Pref. São Luís-MA/Procurador/2016) José de Almeida, pessoa natural, com 77 anos de idade, adquiriu, em 2015, por meio de contrato de venda e compra, bem imóvel localizado em Município do Estado do Maranhão. De acordo com a lei desse Município, o adquirente do bem imóvel é o contribuinte do ITBI. Nesse mesmo ano, um Agente Fiscal desse Município maranhense deu início aos trabalhos de fiscalização relativos a essa transmissão imobiliária, junto à pessoa do adquirente, Sr. José de Almeida, sem, no entanto, lavrar os termos necessários para documentar o início do procedimento, e sem fixar o prazo máximo para a sua conclusão. Para agilizar esses trabalhos de fiscalização, o referido Agente Fiscal intimou também, por escrito, tanto o tabelião que lavrou a escritura de venda e compra, como a instituição financeira em que o Sr. José mantinha depositados os recursos financeiros utilizados para essa aquisição, para que prestassem todas as informações de que dispunham a respeito do negócio entabulado. Anote-se, ainda, que lei daquele Município isentava do ITBI todos os contribuintes que tivessem mais de 75 anos de idade, na data da ocorrência do fato gerador. De acordo com as normas do Código Tributário Nacional, a) José de Almeida não pode ser fiscalizado unicamente pelo fato de ser beneficiário de isenção prevista em lei municipal. b) José de Almeida não pode ser fiscalizado unicamente pelo fato de ser pessoa natural. c) o tabelião que lavrou a escritura de venda e compra não poder ser intimado a prestar as referidas informações, porque não é contribuinte do ITBI. d) o Agente Fiscal não estava obrigado a lavrar os termos necessários à documentação do início do procedimento, porque pessoas naturais não possuem livros fiscais nos quais essa lavratura possa ser feita. e) a instituição financeira em que José mantinha seus recursos financeiros estava obrigada a prestar as informações solicitadas pelo Agente Fiscal. Comentário: a) Errada – Mesmo sendo isento pode sim ser fiscalizado. b) Errada – Tanto pessoa física como pessoa jurídica podem ser fiscalizados. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 31 de 102 www.exponencialconcursos.com.br c) Errada – Mesmo não sendo contribuinte, há estipulação para que algumas pessoas, em função do cargo ou posição que ocupam, prestem informações à autoridade administrativa. O tabelião pode sim ser intimado. Art. 197 - Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; d) Errada – Toda vez que for começar uma fiscalização é preciso sim lavrar termo de início e comunicar o prazo para encerrar. e) Correta – A instituição financeira é mais uma daquelas pessoas obrigadas a prestar informações que possuem em relação a bens, negócios e atividades de terceiros, então, estava sim obrigada a prestar as informações solicitadas pelo Agente Fiscal. Art. 197 - Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras; Gabarito 4: E 5. (FCC/Pref. Teresina-PI/Auditor Fiscal/2016) A atividade de fiscalização dos sujeitos passivos de obrigação tributária é de tal relevância que o próprio Código Tributário Nacional contempla algumas das principais regras a esse respeito. De acordo com esse Código, a) as autoridades administrativas municipais poderão requisitar o auxílio da força pública estadual, quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, desde que essa medida se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. b) é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública, de alguns tipos de informações específicas, tais como aquelas relativas à inscrição de débitos do contribuinte em Dívida Ativa dessa mesma Fazenda Pública. c) a autoridade fiscal que proceder a qualquer diligência de fiscalização lavrará, em um dos livros fiscais exibidos pelo sujeito passivo, os termos necessários para que se documente o início do procedimento, e fixará prazo máximo para a conclusão daquela, vedada a lavratura desses termos em separado. d) os despachantes aduaneiros oficiais, que são contribuintes do ISS, estão obrigados, mediante intimação escrita de autoridade competente para fiscalizar o ICMS, a prestar às autoridades administrativas todas as informações de que C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 32 de 102 www.exponencialconcursos.com.br disponham com relação aos negócios de seus clientes, contribuintes do ICMS, preservado o dever de segredo, quando previsto em lei. e) é permitida a divulgação, por parte dos servidores da Fazenda Pública, de informação obtida em razão do ofício, sobre a situação financeira de contribuinte, desde que não envolva crime financeiro por ele cometido. Comentário: a) Errada – A autoridade administrativa pode sim requisitar auxílio da força pública para cumprir sues objetivos legais e fiscalizatórios, essa situação pode acontecer mesmo que não esteja sendo configurado crime ou contravenção. Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. b) Errada – A rega geral é pela proteção ao sigilo fiscal das informações do contribuinte, de maneira que não se pode divulgar informações de sujeitos
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