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Direito Tributário - Aula 12

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Matéria: Direito Tributário 
Professor: Cadu Carrilho 
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Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Cadu Carrilho 
 
Prof. Cadu Carrilho 2 de 102 
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Estamos finalmente encerrando o CTN, não deixe o ânimo cair. Vamos 
juntos até o final do curso e rumo à aprovação. 
 
SUMÁRIO 
1 – Administração Tributária ...............................................................3 
2 – Dívida Ativa e Certidão Negativa ...................................................9 
2.1 – Certidão Negativa de Débitos (CND) ......................................... 12 
3 – Garantias do Crédito Tributário ................................................... 14 
3.1 – Presunção de Fraude na Alienação ou Oneração de Bens .......... 16 
3.2 – Penhora Eletrônica ................................................................... 17 
3.3 – Prova de Quitação de Todos os Tributos ................................... 19 
4 – Privilégios do Crédito Tributário .................................................. 21 
4.1 – Regras Aplicáveis à Falência ..................................................... 22 
4.2 – Regras Aplicáveis ao Inventário e Arrolamento ........................ 24 
4.3 – Regras Aplicáveis aos Processos de Liquidação ........................ 25 
4.4 – Preferência Entre as Esferas de Governo .................................. 25 
5 – Questões Comentadas ................................................................. 27 
6 – Lista de Exercícios ....................................................................... 77 
7 – Gabarito .................................................................................... 102 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula – Administração tributária. Fiscalização. Dívida ativa. 
Certidão negativa. Garantias e Privilégios do Crédito 
Tributário e Preferências. 
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Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Cadu Carrilho 
 
Prof. Cadu Carrilho 3 de 102 
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As Administrações Tributárias da União, Estados, DF e Municípios são 
consideradas pela Constituição Federal, no art. 37, XXII, atividades 
essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras 
específicas, com recursos prioritários para a realização de suas atividades 
e devem atuar de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de 
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
A fiscalização consiste na atividade estatal de identificação e punição dos 
sujeitos passivos que não cumprem suas obrigações tributárias, visando 
estimular o cumprimento espontâneo das obrigações tributárias. 
A legislação tributária tem um importante papel na regulação geral das 
características gerais ou específicas de acordo com a natureza do tributo, em 
relação também às competências e os poderes das autoridades administrativas 
no quesito de fiscalização da aplicação da legislação tributária. 
Essas questões levantadas pela legislação tributária podem ser aplicadas 
tanto a pessoa física como a pessoa jurídica, sejam essas pessoas 
contribuintes ou não contribuintes, e se aplicam até mesmo em relação às 
pessoas que gozem de imunidade ou isenção em caráter pessoal. 
A legislação tributária não deve prever restrição ao acesso de livros, 
documentos fiscais e mercadorias, mas se por acaso houver alguma legislação 
prevendo esse tipo de restrição, deverá ser desconsiderado já que o CTN 
determina que, essa restrição de acesso e exame de situações que limitam a 
fiscalização e apuração dos tributos, não terá aplicação. 
Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, 
em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de 
que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas 
em matéria de fiscalização da sua aplicação. 
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às 
pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem 
de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. 
Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação 
quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de 
examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos 
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da 
obrigação destes de exibi-los. 
 
Reunimos no esquema abaixo as importantes informações dispostas nos 
art. 194 e 195 do CTN: 
 
1 – Administração Tributária 
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Nos termos do art. 196 do CTN, a autoridade competente deve lavrar um 
termo que documente o início da fiscalização, na forma da legislação 
aplicável, fixando um prazo máximo para sua conclusão. O parágrafo único 
desse artigo determina que, SEMPRE QUE POSSÍVEL, o termo será lavrado EM 
UM DOS LIVROS FISCAIS EXIBIDOS pelo contribuinte. Se lavrado em separado, 
deverá ser entregue à pessoa sujeita à fiscalização uma cópia autenticada pela 
autoridade. 
Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer 
diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se 
documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que 
fixará prazo máximo para a conclusão daquelas. 
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, 
sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados 
em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia 
autenticada pela autoridade a que se refere este artigo. 
 
Atente que a lavratura de Termo de Início de Fiscalização pode produzir 
dois outros efeitos: antecipar a contagem do prazo decadencial e afastar 
a espontaneidade do sujeito passivo (art. 138, parágrafo único, CTN). 
O CTN determina, em seu art. 195, parágrafo único, que os livros 
obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos 
lançamentos nele efetuados serão conservados até que ocorra a 
prescrição dos créditos tributários. 
Art. 195 - Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial 
e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão 
conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários 
decorrentes das operações a que se refiram. 
Legislação Tributária 
em matéria de 
fiscalização
regulará competência e poderes das 
autoridades fiscais
aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas,
CONTRIBUINTES OU NÃO, inclusive às 
que gozem de imunidade tributária ou
de isenção de caráter pessoal
Para seus efeitos, NÃO têm aplicação 
quaisquer disposições legais excludentes 
ou limitativas do direito de examinar 
mercadorias, livros, arquivos, documentos, 
papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos 
comerciantes industriais ou produtores, ou da 
obrigação destes de exibi-los
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 Atenção à pegadinha! O CTN não fala para manter os livros 
por 5 anos ou outro prazo específico, mas até a prescrição dos créditos 
tributários relacionados – até porque os prazos prescricionais podem sofrer 
interrupção ou suspensão. 
Conforme destacamos no esquema, não se aplicam quaisquer disposições 
legais excludentes ou limitativas do direito da autoridade fiscal de examinar os 
livros de escrituração comercial e fiscal. Desse modo, o caráter sigiloso da 
escrituração comercial e fiscal e dos documentos a ela relacionados não pode 
ser oposto ao Fisco, devendo os documentos ser mantidos até que ocorra a 
prescrição dos créditos a que se refiram. 
No entanto, a Súmula nº 439 do STF estabelece que o exame dos livros 
é limitado aos pontos objeto da investigação. Veja sua literalidade: 
Súmula 439 do STF - Estão sujeitos à fiscalização tributária ou 
previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos 
objeto da investigação. 
 
O art. 197 prevê que a autoridade administrativa, mediante intimação 
escrita, pode exigir que determinadas pessoas prestem todas as informações 
de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: 
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade 
administrativa todas as informações de que disponham com relação aos 
bens, negócios ou atividades de terceiros: 
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; 
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições 
financeiras; 
III - as empresas de administração de bens; 
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; 
V - os inventariantes; 
VI - os síndicos, comissários e liquidatários; 
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão 
de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação 
de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja 
legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, 
ministério, atividade ou profissão. 
 
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Contudo, de acordo com o parágrafo único deste artigo, essa obrigação 
não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o 
informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de 
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 
Perceba que a lista das pessoas obrigadas a atender as requisições fiscais 
não é exaustiva, em virtude de a última hipótese ser considerada aberta 
“quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu 
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão”. 
 
As informações obtidas pelas autoridades fiscais no exercício de suas 
atividades sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou 
de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades não 
podem ser divulgadas por força do art. 198 do CTN, sem prejuízo do disposto 
na legislação criminal. É o que se chama de sigilo fiscal, garantia de segurança 
dos fiscalizados. Há, contudo, importantes exceções! 
Além dos casos do artigo 199 que versam sobre intercâmbio de 
informações entre os entes por meio de convênio, poderá ser afastado o sigilo 
fiscal nos casos de requisição de autoridade judiciário no interesse da justiça, 
ou no caso de solicitação de autoridade administrativa no interesse público, 
desde que haja regular processo administrativo no sentido de investigar e 
apurar as situações praticadas pelo sujeito passivo. 
 
Obrigados a prestar informações sobre
BENS, NEGÓCIOS OU ATIVIDADES DE TERCEIROS
* Tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
* Bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais instituições 
financeiras;
*Empresas de Administração de Bens;
*Os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
*Os inventariantes;
*Os síndicos, comissários e liquidatários;
*Quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão 
de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
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Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a 
divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de 
informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou 
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado 
de seus negócios ou atividades. 
§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no 
art. 199, os seguintes: 
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; 
II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da 
Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular 
de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o 
objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por 
prática de infração administrativa. 
§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração 
Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a 
entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, 
que formalize a transferência e assegure a preservação do 
sigilo. 
§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a: 
I – representações fiscais para fins penais; 
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; 
III – parcelamento ou moratória. 
 
 
Exceções ao 
sigilo fiscal
Requisição da autoridade judiciária
Solicitação de outro órgão da Administração Pública para
apuração de infração administrativa
Permuta de informações sigilosas entre União, Estados, DF e 
Municípios, nos termos de lei ou convênio;
e, entre a União e Estados estrangeiros, conforme tratados, 
acordos e convênios
Divulgação de 
informações 
relativas a
Representações fiscais para
fins penais
Inscrições na Dívida Ativa da 
Fazenda Pública
Parcelamento ou moratória
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Representação fiscal para fins penais é a comunicação ao Ministério 
Público da possível prática de crime contra a ordem tributária e não é vedadaa 
divulgação de informações relativas nesses casos, bem como não se veda 
divulgação em caso de dívida ativa da Fazenda Pública e em caso de 
parcelamento ou moratória. 
Nos termos do art. 200, as autoridades administrativas poderão requisitar 
(sinônimo de ordenar) auxílio da força pública quando vítimas de embaraço 
ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação 
de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato 
definido em lei como crime ou contravenção. 
Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o 
auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, 
quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou 
quando necessário à efetivação dê medida prevista na legislação tributária, 
ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou 
contravenção. 
 
Há previsão de possibilidade de que seja feito um intercâmbio de 
informações entre os entes da federação, de maneira que eles possam 
inclusive prestar assistência uns aos outros para fiscalização de tributos, essa 
troca pode ser feita por meio de lei ou de convênio. 
A União, por meio da Fazenda Pública, pode trocar informações com 
Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e fiscalização de tributos. 
Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização 
dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, 
em caráter geral ou específico, por lei ou convênio. 
Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em 
tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com 
Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de 
tributos. 
 
Memorize agora uma informação que também se encontra dentro do Título 
IV do CTN (Administração Tributária) e que por vezes é objeto de cobrança das 
bancas em relação a contagem de prazos tributários. 
Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão 
contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o 
de vencimento. 
 
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Quando uma pessoa está devendo ao Estado, o débito é inscrito em dívida 
ativa, sendo dividida em dívida ativa tributária e não tributária (art. 39, Lei 
4.320/1964). 
Conforme o art. 201 do CTN, a Dívida ativa tributária é aquela 
proveniente do crédito tributário de igual natureza não pago no prazo 
fixado pela lei ou por decisão final proferida em processo regular, em razão 
disso, submetido à respectiva inscrição na repartição administrativa 
competente. Trata-se de uma espécie de cadastro em que a Fazenda Pública 
registra os valores que poderá exigir judicialmente, ou seja, são registrados 
todos sujeitos passivos que não cumpriram suas obrigações no prazo. 
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa 
natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, 
depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão 
final proferida em processo regular. 
 
A inscrição é realizada por intermédio da lavratura de um termo no livro 
da dívida ativa. Atualmente, o livro é eletrônico, mas o termo continua existindo. 
O art. 202 do CTN determina os elementos que devem constar no termo de 
inscrição da dívida ativa: 
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade 
competente, indicará obrigatoriamente: 
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, 
sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; 
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; 
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a 
disposição da lei em que seja fundado; 
IV - a data em que foi inscrita; 
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o 
crédito. 
 
 
 
2 – Dívida Ativa e Certidão Negativa 
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Preste muita atenção aos detalhes, pois eles são cobrados em prova! Por 
exemplo, analise a seguinte assertiva: “O termo de inscrição em Dívida Ativa 
deve sempre apresentar o domicílio do devedor”. Ela está ERRADA, pois não se 
trata de requisito essencial – o domicílio ou a residência só constarão quando 
possível. Veja no esquema que os itens opcionais estão em verde! 
 
Perceba que do mesmo modo que o lançamento materializa o crédito 
tributário, tornando-o exigível, o termo de inscrição da dívida ativa 
formaliza o inadimplemento do sujeito passivo, possibilitando a ação de 
execução fiscal. 
Com a inscrição, extrai-se uma certidão de dívida ativa, que é um título 
executivo extrajudicial capaz de subsidiar a ação de execução fiscal. 
Conforme a doutrina majoritária, o único objetivo da inscrição em dívida 
ativa é possibilitar a futura execução fiscal. 
A palavra certidão significa cópia fiel. Assim, deve conter todos os 
requisitos do termo de inscrição, mais a indicação do livro e folha de 
inscrição (parágrafo único do art. 202 do CTN). 
Art. 202 - Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste 
artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição. 
 
Termo de 
inscrição em 
dívida ativa, 
autenticado pela 
autoridade 
competente,
indicará:
o nome do devedor
a quantia devida e a maneira de calcular os juros de 
mora acrescidos
a origem e natureza do crédito, mencionada 
especificamente a disposição da lei em que seja fundado
a data em que foi inscrita
sendo o caso
o número do processo 
administrativo de que se originar o 
crédito
nome dos co-responsáveis do 
devedor
sempre que 
possível
o domicílio ou a residência do 
devedor e corresponsável
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Conforme o art. 203 do CTN, a omissão de quaisquer dos requisitos do 
termo, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do 
processo de cobrança dela decorrente. Contudo a nulidade poderá ser sanada 
até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, 
devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que 
somente poderá versar sobre a parte modificada. 
Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo 
anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do 
processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada 
até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, 
devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa,que somente poderá versar sobre a parte modificada. 
 
De acordo com a jurisprudência do STJ, a retificação da certidão e da 
inscrição somente é possível quando não constitua subversão ao 
lançamento efetuado anteriormente. Nos termos da Súmula 392 STJ: 
Súmula 392 do STJ - A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida 
ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de 
correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito 
passivo da execução. 
 
Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a dívida goza de 
presunção de certeza E liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Mas 
CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção não é absoluta 
(juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo ser ilidida por 
prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. 
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e 
liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. 
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode 
ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro 
a que aproveite. 
 
Ainda sobre presunção de certeza e liquidez, você precisa conhecer a regra 
do parágrafo único do art. 201 do CTN, segundo o qual “a fluência de juros de 
mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito”. Em outras 
palavras, com a inscrição de um crédito em dívida ativa não cessa a fluência 
dos juros de mora e essa fluência não retira a liquidez do crédito tributário 
inscrito em dívida ativa. 
Art. 201 - Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os 
efeitos deste artigo, a liquidez do crédito. 
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Prevista no art. 205 do CTN, a CND trata-se do documento expedido por 
requerimento do interessado para prova de quitação de determinado 
tributo. Esse documento deve conter todas as informações necessárias à 
identificação do requerente, seu domicílio fiscal, ramo de negócio ou atividade 
e indicar o período a que se refere. 
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado 
tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista 
de requerimento do interessado, que contenha todas as informações 
necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de 
negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido. 
 
As certidões negativas são exigidas principalmente para que o sujeito 
passivo possa participar de licitações perante a Administração Pública. Além 
disso, pode também ser solicitada para obtenção de financiamentos em 
instituições financeiras e participação em programas governamentais. 
Embora possua presunção de legitimidade, a certidão negativa não 
extingue as dívidas tributárias existentes que não tenham constado nela por 
erro. A certidão será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida 
e será fornecida dentro de dez dias da data de entrada do requerimento na 
repartição. Atenção: esse prazo é de 10 dias corridos, e não úteis. 
Art. 205 - Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos 
termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) 
dias da data da entrada do requerimento na repartição. 
 
No art. 207, o CTN estabeleceu a norma de que independentemente de lei 
autorizativa, a CND não será exigida nos casos em que se tratar da prática 
de ato indispensável para evitar a caducidade (perda) de direito do 
interessado. Contudo, todos os participantes do ato responderão pelo 
tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as 
relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator. 
Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será 
dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando 
se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de 
direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo tributo 
porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as 
relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator. 
 
2.1 – Certidão Negativa de Débitos (CND) 
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Cuidado! Conforme a doutrina, são considerados participantes do ato 
somente os interessados na sua prática, ou seja, aqueles que fizerem uso desta 
regra para serem dispensados da apresentação da certidão. Logo, incluem-se 
os sujeitos passivos e também as pessoas físicas que, em nome daqueles, 
tenham invocado a aplicação do dispositivo. Mas, indiscutivelmente, não estão 
incluídos os membros da comissão de licitação. 
Há situações em que, embora possua débitos, o sujeito passivo está em 
situação regular com Fisco. Nestes casos, no lugar da CND é expedida a 
Certidão Positiva com Efeitos de Negativa. É positiva por existirem débitos, 
mas tem efeitos de negativa, pois o requerente está em situação regular. 
Conforme o art. 206, do CTN, há três situações em que será expedida Certidão 
Positiva com Efeitos de Negativa. A certidão positiva com efeito de negativa será 
concedida nos caso de créditos tributários ainda não vencidos, ou no caso de 
curso de cobrança executiva em que exista penhora ou, em situações que o 
crédito tributário esteja com a exigibilidade suspensa. 
Exemplo: contribuinte tem um crédito junto à Fazenda Pública que está 
parcelado, ou seja, ele deve um valor, mas esse valor ainda está sendo pago 
por meio de um parcelamento, ele pode pedir, nesse caso, uma certidão positiva 
com efeito de negativa, já que o crédito estará com a exigibilidade suspensa. 
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de 
que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança 
executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade 
esteja suspensa. 
 
 
 
Conforme a jurisprudência do STJ, além das situações previstas no art. 
206 do CTN, também o depósito em garantia autoriza a expedição de 
Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: “É lícito ao contribuinte, antes do 
ajuizamento da execução fiscal, oferecer caução no valor do débito inscrito em 
dívida ativa com o objetivo de, antecipando a penhora que garantiria o processo 
de execução, obter certidão positiva com efeitos de negativa”. (REsp 
942.027/2007). 
Tem o mesmo efeito da 
certidão negativa aquela na qual 
conste a existência de créditos 
não vencidos
em curso de cobrança 
executiva em que tenha 
sido efetivada a penhora
ou cuja 
exigibilidade
esteja suspensa
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Outra importante jurisprudênciado STJ que você precisa conhecer é a que 
fala sobre a legitimidade da recusa de expedição de certidão negativa ou 
positiva com efeito de negativa: 
Súmula 446 do STJ - Declarado e não pago o débito tributário pelo 
contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou 
positiva com efeito de negativa. 
 
Por fim, determina o art. 208, CTN que a certidão negativa expedida com 
DOLO ou FRAUDE, que contenha erro contra a Fazenda Pública, 
responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito 
tributário e juros de mora acrescidos, sem prejuízo da responsabilidade criminal 
e funcional que no caso couber 
Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha 
erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário 
que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade 
criminal e funcional que no caso couber. 
 
 
Consistem em mecanismos assecuratórios do direito do Estado de 
receber o crédito tributário que lhe é devido. Muito importante você saber que 
as garantias previstas no CTN não constitu uma lista taxativa ou exaustiva, pois 
o Código autoriza a inclusão de outras hipóteses por meio de lei ordinária dos 
entes políticos. Ressalta-se que, somente por previsão expressa em lei, outras 
garantias poderão ser atribuídas ao crédito tributário (reserva legal). 
Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito 
tributário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em 
função da natureza ou das características do tributo a que se refiram. 
Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário 
não altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que 
corresponda. 
 
Perceba que o parágrafo único acima estabelece a não comunicabilidade 
entre a natureza da garantia e a natureza da obrigação tributária, ou seja, 
mesmo que a garantia tenha natureza não tributária, a natureza da exação 
tributária não sofre alteração. 
O art. 184 do CTN prevê uma supremacia do Estado diante do 
contribuinte: 
3 – Garantias do Crédito Tributário 
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Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, 
que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário 
a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do 
sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por 
ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual 
for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente 
os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. 
 
 
 
Note que não apenas o bem relacionado ao tributo que responde pela 
dívida, mas sim todo o patrimônio do devedor. Exemplo: Se a dívida de IPTU 
superar o valor do imóvel, não há impedimento de ser cobrado o valor total da 
dívida. 
A expressão ‘ônus reais’ significa direitos erga omnes sobre coisa alheia, 
estudados na disciplina de direito civil. Exemplo: servidão predial, enfiteuse, 
usufruto, uso, habitação, superfície, hipoteca, penhor e anticrese. 
Por sua vez, a expressão “inclusive os gravados por ônus real ou cláusula 
de inalienabilidade ou impenhorabilidade” possibilita ao Fisco adentrar em 
parcela do patrimônio do devedor que é inatingível para os demais credores. 
 
Sobre impenhorabilidade, você deve memorizar que: 
 
 
Sem prejuízo 
dos privilégios 
especiais sobre 
determinados 
bens, 
responde pelo 
pgto do crédito 
tributário
a TOTALIDADE dos bens e das rendas
De QUALQUER origem ou natureza
do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida
INCLUSIVE os gravados por ônus real ou cláusula de 
inalienabilidade ou impenhorabilidade
seja qual for a data da 
constituição do ônus ou 
da cláusula
EXCETUADOS unicamente os 
bens e rendas que a lei declare 
absolutamente 
impenhoráveis. 
Bens impenhoráveis
• Ato de vontade
Bens absolutamente 
impenhoráveis
• Declarados impenhoráveis 
diretamente por lei
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Assim, temos duas exceções em que o patrimônio do particular não 
responde pela dívida tributária: 
1) Privilégios especiais sobre determinados bens, com base em lei (art. 
184, parte inicial); 
2) O bem ou renda, declarados pela lei como ABSOLUTAMENTE 
impenhoráveis (art. 184, parte final). 
Portanto, na verdade, a única exceção do total alcance da dívida 
tributária sobre o patrimônio do particular ocorre quando a lei diretamente 
declarar o bem ou a renda absolutamente impenhoráveis ou inalienáveis. 
Esses são os únicos bens que ficam a salvo da responsabilização por dívida 
tributária. Assim, os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, 
respondem também pelo crédito tributário, não havendo, perante a Fazenda 
Pública, sua impenhorabilidade. 
Outro caso em que a lei declara o bem ou a renda absolutamente 
impenhorável refere-se bem de família, conforme previsão na Lei 
8.009/1990. 
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é 
impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, 
fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou 
pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas 
hipóteses previstas nesta lei. 
 
Contudo, a impenhorabilidade do bem de família nem sempre é absoluta. 
Ela não se aplica (não é oponível) no caso de dívidas tributárias, nos termos do 
art. 3º da referida lei: 
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução 
civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se 
movido: (...) 
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições 
devidas em função do imóvel familiar; 
 
 
Com o objetivo de proteger o crédito tributário contra possíveis atos do 
sujeito passivo visando a fraudar a cobrança judicial, o CTN estabeleceu no 
art. 185: 
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou 
rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda 
Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. 
3.1 – Presunção de Fraude na Alienação ou Oneração de Bens 
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Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem 
sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total 
pagamento da dívida inscrita 
 
Portanto, após a inscrição do crédito em dívida ativa, QUALQUER 
alienação ou oneração de bens ou rendas pelosujeito passivo em débito para 
com a Fazenda Pública ou ainda qualquer começo de alienação ou oneração 
do bem ou renda gozarão de PRESUNÇÃO de fraude. 
A doutrina entende que deve ter havido notificação ao sujeito passivo da 
inscrição em dívida ativa, para que a fraude possa ser presumida, embora essa 
exigência não conste no CTN. 
Por fim, a presunção de fraude não se aplica aos casos em que o devedor 
comprovar que reservou bens ou rendas suficientes para o pagamento integral 
da dívida inscrita. 
 
 (FGV/Analista-SUDENE/2013) Paulo, que impugnou 
administrativamente determinada cobrança de Imposto de Renda, hipotecou a 
Fazenda Buriti, único bem imóvel que possui, para obter, desta forma, 
financiamento para a safra de soja que estaria em vias de plantar. 
Nesse caso, é correto afirmar que 
a) Paulo agiu em fraude à execução fiscal. 
b) a oneração é presumidamente fraudulenta. 
c) a hipoteca é nula de pleno direito. 
d) para a presunção de fraude é necessária a regular inscrição do crédito na 
Dívida Ativa. 
e) a fraude só se caracteriza se ficar provado que Paulo agiu de má‐fé 
Comentários: 
Perceba que, conforme o enunciado, o débito não está inscrito em dívida ativa. 
Logo não se aplica a presunção de fraude do art. 185 do CTN, pois ela só é 
aplicável quando o débito está inscrito em dívida ativa. 
D 
 
 
O instituto da “penhora eletrônica” ou “penhora on-line” foi 
introduzido pela LC 118/2005 no art. 185-A do CTN. Trata-se de uma 
3.2 – Penhora Eletrônica 
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autorização legal para que os juízes possam determinar a indisponibilidade de 
bens, permitindo a realização de uma penhora futura, de forma célere e eficaz. 
 
O que é realizado on-line, na verdade, é o envio da ordem determinando 
a indisponibilidade dos bens, não sua efetiva penhora, que é efetivada em 
momento posterior. Veja o teor do CTN: 
Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não 
pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem 
encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de 
seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio 
eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de 
transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às 
autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, 
a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem 
judicial. 
 
Quando o CTN menciona ‘entidades que promovem registros de 
transferência de bens’ está se referindo ao Registro Público de Imóveis e ao 
Detran. Já as ‘autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de 
capitais’ são o Banco Central e a Comissão de Valores Imobiliários. O bloqueio 
de contas bancárias é o mais corriqueiro, ocorrendo por intermédio do “Bacen 
Jud”, sistema informatizado disponibilizado pelo Banco Central. 
Dentro dessa linha, o § 1.º do art. 185-A estabelece que o juiz deve 
determinar o levantamento do excesso da penhora, ou seja, os bens ou valores 
que estiverem acima do valor da dívida ativa devem ser liberados ao devedor 
para que ele possa prosseguir na sua vida econômica e financeira. Nos termos 
do CTN: 
185-A § 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-
se-á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediato 
levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem 
esse limite. 
 
Já o § 2.º objetiva que o magistrado verifique se a penhora on-line atingiu 
exclusivamente sobre os valores suficientes para garantir o crédito tributário. 
Para isso, após efetivarem a indisponibilidade, os órgão e entidades devem 
enviar ao juízo a lista dos bens que foram bloqueados: 
185-A § 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que 
trata o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação 
discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverem 
promovido. 
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O CTN inicia no art. 186 a Seção relativa às preferências. Contudo, 
conforme a doutrina, os arts. 191 a 193 do CTN trazem na verdade garantias 
do crédito tributário. Esses artigos estabelecem a exigência de apresentação da 
prova do pagamento de todos os tributos para a prática de certos atos jurídicos 
e para a obtenção de determinados benefícios legais, o que proporciona eficazes 
meios de cobrança indireta do crédito tributário. 
O art. 191 determina que a extinção das obrigações do falido requer 
prova de quitação de todos os tributos dos quais o falido seja sujeito 
passivo. Observe que essa regra não abrange apenas os tributos relacionados 
à atividade mercantil, mas também os casos em que o fato gerador seja alheio 
à atividade mercantil. 
Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de 
todos os tributos. 
 
Quanto ao assunto concordata, é preciso que você saiba que a antiga 
concordata foi substituída pelo instituto da recuperação judicial. 
Efetivamente, a troca de nomenclatura objetivou empregar uma terminologia 
que melhor refletisse o a finalidade do procedimento. 
De acordo com o art. 47 da Lei 11.101/2005, “a recuperação judicial tem 
por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-
financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, 
do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, 
assim, a preservação da empresa, sua função social e o estimulo a atividade 
econômica”. 
No art. 191-A, o CTN estabelece que a decisão judicial de concessão de 
recuperação judicial também depende da apresentação da prova de 
quitação de todos os tributos. 
Art. 191-A. A concessão de recuperação judicial depende da apresentação 
da prova de quitação de todos os tributos, observado o disposto nos arts. 
151, 205 e 206 desta Lei. 
 
Contudo, tenha cuidado! Ao exigir a quitação de todos os tributos, o CTN 
determinou a observância do art. 151 (suspensão da exigibilidade do crédito 
tributário) e dos arts. 205 (certidão negativa) e 206 (certidão positiva com 
efeitos de negativa). 
 
3.3 – Prova de Quitação de Todos os Tributos 
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Assim, se houver uma das hipóteses de suspensão da exigibilidade 
do crédito e a consequente certidão que atesta o fato (certidão positiva com 
efeitos de negativa), essa situação equivale à prova de quitação de tributos, de 
modo que autoriza a concessão da recuperação judicial. 
 
Seguindo o mesmo raciocínio, o art. 192 do CTN estabelece que nenhuma 
sentença de julgamento de partilhaou adjudicação pode ser proferida 
sem a prova de quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, 
ou às suas rendas. Assim, o juiz, para proferir a sentença de homologação de 
partilha ou adjudicação, também deve de exigir a prova da quitação dos tributos 
relativos aos bens do espolio e as suas rendas. 
Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será 
proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do 
espólio, ou às suas rendas. 
 
Essa exigência também se aplica nos casos de partilha amigável 
(extrajudicial), nos termos do art. 1.031, CPC: 
“Art. 1.031. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos 
do art. 2.015 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 -Código Civil, será 
homologada de plano pelo juiz, mediante a prova da quitação dos tributos 
relativos aos bens do espólio e às suas rendas, com observância dos arts. 
1.032 a 1.035 desta Lei.” 
 
A última garantia indireta do crédito tributário encontra-se no art. 193 do 
Código. Aqui ao contrário do que ocorre nas regras anteriores, quem deve 
realizar a prova de quitação dos tributos é a autoridade administrativa. Segundo 
o CTN, salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento 
da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em 
concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da 
quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, 
relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. 
Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum 
departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou 
aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou 
proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda 
Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou 
concorre. 
 
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Ocorre que a Lei de Licitações (Lei 8.666/93) apresenta exigências bem 
mais rígidas para habilitação nas licitações. Os arts. 27 e 29 preveem a 
necessidade da prova de regularidade fiscal com as três Fazendas (federal, 
estadual e municipal), abrangendo todos os tributos. Assim, a regra do art. 
193 do CTN está abrangida pela regra da Lei 8.666/93, a qual é mais 
rigorosa. 
 
 
As regras de privilégios do crédito tributário referem-se aos casos em que 
há cobrança coletiva de créditos: falência, recuperação judicial, inventário, 
arrolamento e liquidação de empresas. Nesses casos, o CTN estabelece 
privilégios ou preferências que garantem ao crédito tributário prioridade de 
pagamento. 
Nessas cobranças coletivas, as dívidas do sujeito passivo têm seus 
vencimentos antecipados e são ordenados em classes legais, visando a 
estabelecer uma ordem de pagamento (só se paga a classe seguinte quando a 
classe acima foi integralmente paga). 
Estabelece o art. 186 do CTN a regra geral sobre preferência do crédito 
tributário, estabelecendo que o crédito tributário prefere a qualquer outro, só 
não vai preferir aos créditos trabalhistas ou acidente de trabalho. 
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua 
natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos 
decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. 
 
 
 
Conforme o art. 187, CTN, a cobrança judicial do crédito tributário 
não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação 
judicial, concordata, inventário ou arrolamento. 
O crédito tributário 
prefere a qualquer 
outro
seja qual for sua natureza
ou o tempo de sua constituição
ressalvados os créditos 
decorrentes da legislação do 
trabalho
ou do acidente de trabalho.
4 – Privilégios do Crédito Tributário 
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Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso 
de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, 
inventário ou arrolamento. 
Ocorre que o juízo em que tramita cada um desses processos é 
denominado “universal”, em virtude de os credores não poderem mais ajuizar 
ações executórias individuais contra o devedor, devendo se habilitar no processo 
em trâmite no juízo dito “universal”. A ação de execução fiscal é exceção ao 
juízo universal, pois, se a Fazenda Pública desejar, pode cobrar o crédito 
tributário por meio do ajuizamento de uma Ação Executória Fiscal. 
Contudo, veremos nos próximos itens que o credito tributário não possui 
preferência absoluta. Por esse motivo, o valor recebido pela Fazenda no 
processo de execução fiscal é remetido ao juízo universal, o qual realiza a 
distribuição conforme a ordem legal de preferência. 
 
 
Conforme determina o parágrafo único do art. 186, na falência, o crédito 
tributário não está na segunda posição na fila de credores (a falência diverge 
da regra geral prevista no caput). Na falência o crédito tributário vem depois 
dos créditos extraconcursais e créditos sujeitos à restituição e, além dos créditos 
trabalhistas falado acima, não preferirão aos créditos com garantia real. 
Art. 186 - Parágrafo único. Na falência: 
I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às 
importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem 
aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; 
II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos 
créditos decorrentes da legislação do trabalho; 
III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. 
 
NA FALÊNCIA
o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais
ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da 
lei falimentar, 
nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do 
bem gravado; 
a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência 
dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e
a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.
4.1 – Regras Aplicáveis à Falência 
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Créditos Extraconcursais 
O art. 188 do CTN prevê que os créditos tributários extraconcursais são 
todos os créditos decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do 
processo de falência. A lista completa dos créditos extraconcursais na falência 
encontra-se no art. 84 da Lei 11.101/2005: 
Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos 
geradores ocorridosno curso do processo de falência. 
 
Importâncias Passíveis de Restituição 
São os bens pertencentes a terceiros que estavam em poder do 
devedor na data em que foi decretada a falência. Essa regra está prevista 
no art. 85 da Lei 11.101/2005. Conforme o parágrafo único desse artigo, a coisa 
vendida a crédito e entregue ao devedor dentro dos 15 dias anteriores ao 
requerimento de falência, caso ainda não alienada, também é passível de 
restituição. 
 
Créditos Com Garantia Real, no limite do valor do bem gravado 
As instituições financeiras normalmente se utilizam do instituto da garantia 
real. Exemplo: na realização de um empréstimo é constituída em garantia uma 
hipoteca (tipo de garantia real) sobre um imóvel da empresa. Nesse caso, vindo 
a falir a empresa que contraiu o empréstimo, o crédito decorrente da 
garantia real prevalece sobre o crédito tributário, mas somente até o 
limite do valor do bem imóvel, no caso o imóvel. Mas atente que se a garantia 
real for constituída após a inscrição do crédito tributário em dívida ativa, há uma 
presunção absoluta de fraude (art. 185, CTN). 
 
Créditos Decorrentes de Legislação do Trabalho 
Acerca da preferência dos créditos trabalhistas, o CTN autorizou a lei a 
estabelecer limites e condições para a preferência do crédito trabalhista. 
Salienta-se que o CTN não autorizou a lei a limitar a preferência dos créditos 
decorrentes de acidentes de trabalho, a qual permanece sem limite de valor. 
Assim o art. 83, I, da Lei 11.101/2005 determinou que a preferência dos 
créditos derivados da legislação do trabalho se aplica somente a valores 
limitados a 150 salários mínimos por credor. 
 
Crédito Tributário Extraconcursal Contestado 
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A regra prevista no art. 188, § 1º, estabelece que, no caso de ser 
contestado o crédito tributário em processo de falência ou concordata, o 
processo será remetido ao juízo especializado em matéria tributária. 
188 § 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao 
processo competente, mandando reservar bens suficientes à extinção total 
do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia da 
instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens 
reservados, o representante da Fazenda Pública interessada. 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos processos de concordata. 
 
Por fim, a ordem de preferência dos créditos, na falência é a seguinte (art. 
83 da Lei 11.101/2005): 
 
 
 
Determina o art. 189 do CTN que os créditos tributários vencidos ou 
vincendos a cargo do de cujus (falecido) ou de seu espólio, exigíveis no decurso 
do processo de inventário ou arrolamento devem ser pagos preferencialmente 
a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros 
encargos do monte. 
8º Créditos subordinados
7º Multas contratuais, multas tributárias e penas pecuniárias por infração de leis 
penais ou administrativas
6º Créditos quirografários
5º Créditos com privilégio geral
4º Créditos com privilégio especial
3º Créditos tributários, excetuadas as multas tributárias
2º Créditos com garantia real, até o limite do valor do bem gravado
1º Créditos da Legislação do Trabalho, limitados até 150 salários mín. por 
credor, E os decorrentes de acidentes de trabalho
4.2 – Regras Aplicáveis ao Inventário e Arrolamento 
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Art. 189. São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em 
inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos 
tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, 
exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento. 
 
O inventário é o processo em que os bens do de cujus são avaliados, sendo 
quitadas as dívidas existentes (incluindo tributos e custas judiciais) e, 
posteriormente, realizada a partilha da herança restante entre os sucessores. 
Já o arrolamento consiste em um procedimento simplificado de inventário, 
que pode ser adotado somente nos casos em que a lei autoriza (quando há 
acordo entre herdeiros maiores e capazes sobre a partilha e os valores 
partilháveis não ultrapassar o limite legal. 
 
 
Conforme a redação do art. 190 do CTN, os créditos tributários vencidos 
ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação 
judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação devem ser pagos 
preferencialmente a quaisquer outros. 
Art. 190. São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos 
tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito 
privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da 
liquidação. 
 
Perceba que na liquidação, a regra de preferência ao crédito tributário é 
absoluta (o crédito tributário está em 1º lugar na lista de preferência). O termo 
‘liquidação de sociedade’ significa que o ativo da entidade está sendo convertido 
em dinheiro para pagamento de todo o seu passivo, e posterior distribuição do 
saldo restante aos sócios. 
 
 
No parágrafo único do art. 187, o CTN estabelece uma ordem de 
preferência entre os créditos tributários das diferentes Fazendas Públicas 
credoras. As pessoas jurídicas de direito público que são os entes da federação, 
quais seja, União, Estados, DF e Municípios deverão ter seus créditos satisfeitos 
de maneira que a ordem estabelecida seja respeitada. Paga-se primeiro os 
créditos tributários da União, depois os dos Estados e DF, de maneira conjunta 
e pro rata, e por fim paga-se os tributos devidos aos Municípios. 
4.3 – Regras Aplicáveis aos Processos de Liquidação 
4.4 – Preferência Entre as Esferas de Governo 
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187 Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre 
pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: 
I - União; 
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; 
III - Municípios, conjuntamente e pró rata. 
 
 
 
Essa regra recebeu várias críticas, por estabelecer uma preferência à 
União, alegando-se ferir o pacto federativo. Contudo o STF entende ser 
constitucional essa norma, conforme a Súmula 563, de 1976: “O concurso de 
preferência a que se refere o parágrafo único do art. 187 do Código Tributário 
Nacional é compatível com o disposto no art. 9º, I, da Constituição Federal.” 
Posteriormente, o art. 29 da Lei de Execuções Fiscais (Lei 6.830/1980) 
repetiu o rol acima e incluiu as respectivas autarquias, sendo também 
considerado constitucional pelo STF. Assim, após a União e autarquias federais 
receberem seus créditos, o saldo restante é dividido entre Estados,Distrito 
Federal e autarquias estaduais, de modo proporcional ao crédito de cada um. 
Após isso, se ainda sobrar algum valor, o saldo restante é dividido 
proporcionalmente entre os Municípios e autarquias municipais. 
 
 
 
 
 
 
 
1º - UNIÃO
2º - E, DF e Territórios, 
conjuntamente e pró rata
3º - M, conjuntamente e pró 
rata 
Concurso de 
preferência entre 
pessoas jurídicas 
de direito público 
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1. (FCC/Pref. São Luís-MA/Auditor Fiscal/2018) Relativamente às 
diligências de fiscalização, a autoridade que as realizar ou as presidir deverá, 
segundo o Código Tributário Nacional, lavrar os termos fiscais necessários para 
documentá-las. Estes termos, de acordo com este mesmo Código, deverão 
I. ser lavrados, necessariamente, em um dos livros contábeis exibidos, se 
exibidos. 
II. documentar o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, sendo 
que esse termo fixará prazo máximo para a conclusão das referidas diligências. 
III. quando lavrados em separado, ser entregues, por cópia autenticada, pela 
autoridade que proceder ou presidir as referidas diligências, à pessoa sujeita a 
fiscalização. 
IV. ser firmados por, no mínimo, três autoridades, de diferentes níveis 
hierárquicos. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e IV. 
b) I, II e IV. 
c) III e IV. 
d) II e III. 
e) III. 
Comentário: 
I - Errada – Os termos são lavrados no livro, nos dizeres do CTN, sempre que 
possível e não necessariamente. 
Art. 196 - Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão 
lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando 
lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, 
cópia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo. 
II – Correta – É sempre muito importante que exista um documento 
oficializando o início do procedimento fiscal em relação ao contribuinte, já que 
esse ato inicial faz o contribuinte perder a denúncia espontânea. Então, deve 
sim documentar o início do procedimento e dizer qual prazo máximo para 
terminar a fiscalização. 
Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer 
diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se 
documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que 
fixará prazo máximo para a conclusão daquelas 
5 – Questões Comentadas 
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III – Correta – De acordo com o parágrafo único acima transcrito, temos que a 
autoridade deve sim entregar uma cópia autenticada dos termos lavrados. 
IV - Errada – Não há exigência de três fiscais, basta um. 
Gabarito 1: D 
 
2. (FCC/Pref. São Luís-MA/Auditor Fiscal/2018) O Código Tributário 
Nacional estabelece que a legislação tributária, observada a disciplina nele 
estabelecida, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da 
natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das 
autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação. De 
acordo com o citado Código, a legislação tributária mencionada 
a) aplica-se, inclusive em relação aos impostos sobre o patrimônio, às pessoas 
que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. 
b) não se aplica às pessoas naturais, relativamente a determinados impostos 
sobre serviços. 
c) aplica-se às pessoas naturais e jurídicas, relativamente a determinados 
impostos sobre serviços, exceto quando gozarem de imunidade tributária de 
caráter pessoal. 
d) só se aplica às pessoas naturais, relativamente a determinados impostos 
sobre serviços, se elas forem contribuintes do imposto. 
e) aplica-se às pessoas jurídicas, relativamente a determinados impostos sobre 
serviços, exceto quando, sem revestir a condição de contribuinte do imposto, 
revistam a condição de responsável tributário. 
Comentário: 
O enunciado reproduz o entendimento previsto no artigo 194, depois pergunta 
a quem se aplica essa regra de competência e poderes das autoridades 
administrativas em relação à fiscalização, ou seja, que serão as pessoas objeto 
dessa regulação. A legislação referida aplica-se as pessoas naturais ou jurídicas 
que sejam contribuintes ou não contribuintes. Aplica-se até mesmo sobre 
pessoas que sejam imunes ou isentas em caráter pessoal. 
CTN Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, 
regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do 
tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades 
administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação 
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se 
às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que 
gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal 
Gabarito 2: A 
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3. (FCC/AL-MS/Assistente Jurídico/2016) Sobre as garantias e 
privilégios do crédito tributário, o Código Tributário Nacional dispõe que 
 a) o concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de 
direito público, na seguinte ordem: Municípios, Estados, Distrito Federal e União. 
 b) a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário altera a natureza 
deste e da obrigação tributária a que corresponda. 
 c) são extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores 
ocorridos no curso do processo de falência. 
 d) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou 
o tempo de sua constituição, sem exceção. 
 e) se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu 
começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, a partir do 
momento em que o crédito tributário foi formalizado por lançamento tributário. 
Comentário: 
a) Errada – Na verdade existe uma ordem de pagamento em relação aos entes 
públicos, essa ordem deve ser respeitada, pagando-se primeiro à União, depois 
Estados e DF e por fim Municípios. 
187 Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre 
pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: 
I - União; 
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; 
III - Municípios, conjuntamente e pró rata. 
b) Errada – A natureza da garantia não altera a natureza do crédito. 
Art. 183 - Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito 
tributário NÃO altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que 
corresponda. 
c) Correta – Os créditos tributários que surgiram após a decretação da falência 
e durante esse processo são considerados créditos extraconcursais.Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos 
geradores ocorridos no curso do processo de falência. 
d) Errada – O crédito tributário prefere a qualquer outro, menos o crédito 
trabalhista e de acidente de trabalho. 
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua 
natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos 
decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. 
e) Errada – Presume-se fraudulento esses atos praticados após a inscrição do 
crédito em dívida ativa e não após o lançamento. 
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Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou 
rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda 
Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. 
Gabarito 3: C 
 
4. (FCC/Pref. São Luís-MA/Procurador/2016) José de Almeida, pessoa 
natural, com 77 anos de idade, adquiriu, em 2015, por meio de contrato de 
venda e compra, bem imóvel localizado em Município do Estado do Maranhão. 
De acordo com a lei desse Município, o adquirente do bem imóvel é o 
contribuinte do ITBI. 
Nesse mesmo ano, um Agente Fiscal desse Município maranhense deu início aos 
trabalhos de fiscalização relativos a essa transmissão imobiliária, junto à pessoa 
do adquirente, Sr. José de Almeida, sem, no entanto, lavrar os termos 
necessários para documentar o início do procedimento, e sem fixar o prazo 
máximo para a sua conclusão. 
Para agilizar esses trabalhos de fiscalização, o referido Agente Fiscal intimou 
também, por escrito, tanto o tabelião que lavrou a escritura de venda e compra, 
como a instituição financeira em que o Sr. José mantinha depositados os 
recursos financeiros utilizados para essa aquisição, para que prestassem todas 
as informações de que dispunham a respeito do negócio entabulado. 
Anote-se, ainda, que lei daquele Município isentava do ITBI todos os 
contribuintes que tivessem mais de 75 anos de idade, na data da ocorrência do 
fato gerador. 
De acordo com as normas do Código Tributário Nacional, 
a) José de Almeida não pode ser fiscalizado unicamente pelo fato de ser 
beneficiário de isenção prevista em lei municipal. 
b) José de Almeida não pode ser fiscalizado unicamente pelo fato de ser pessoa 
natural. 
c) o tabelião que lavrou a escritura de venda e compra não poder ser intimado 
a prestar as referidas informações, porque não é contribuinte do ITBI. 
d) o Agente Fiscal não estava obrigado a lavrar os termos necessários à 
documentação do início do procedimento, porque pessoas naturais não possuem 
livros fiscais nos quais essa lavratura possa ser feita. 
e) a instituição financeira em que José mantinha seus recursos financeiros 
estava obrigada a prestar as informações solicitadas pelo Agente Fiscal. 
Comentário: 
a) Errada – Mesmo sendo isento pode sim ser fiscalizado. 
b) Errada – Tanto pessoa física como pessoa jurídica podem ser fiscalizados. 
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c) Errada – Mesmo não sendo contribuinte, há estipulação para que algumas 
pessoas, em função do cargo ou posição que ocupam, prestem informações à 
autoridade administrativa. O tabelião pode sim ser intimado. 
Art. 197 - Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade 
administrativa todas as informações de que disponham com relação aos 
bens, negócios ou atividades de terceiros 
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; 
d) Errada – Toda vez que for começar uma fiscalização é preciso sim lavrar 
termo de início e comunicar o prazo para encerrar. 
e) Correta – A instituição financeira é mais uma daquelas pessoas obrigadas a 
prestar informações que possuem em relação a bens, negócios e atividades de 
terceiros, então, estava sim obrigada a prestar as informações solicitadas pelo 
Agente Fiscal. 
Art. 197 - Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade 
administrativa todas as informações de que disponham com relação aos 
bens, negócios ou atividades de terceiros 
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições 
financeiras; 
Gabarito 4: E 
 
5. (FCC/Pref. Teresina-PI/Auditor Fiscal/2016) A atividade de 
fiscalização dos sujeitos passivos de obrigação tributária é de tal relevância que 
o próprio Código Tributário Nacional contempla algumas das principais regras a 
esse respeito. De acordo com esse Código, 
 a) as autoridades administrativas municipais poderão requisitar o auxílio da 
força pública estadual, quando necessário à efetivação de medida prevista na 
legislação tributária, desde que essa medida se configure fato definido em lei 
como crime ou contravenção. 
 b) é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública, de alguns tipos de 
informações específicas, tais como aquelas relativas à inscrição de débitos do 
contribuinte em Dívida Ativa dessa mesma Fazenda Pública. 
 c) a autoridade fiscal que proceder a qualquer diligência de fiscalização lavrará, 
em um dos livros fiscais exibidos pelo sujeito passivo, os termos necessários 
para que se documente o início do procedimento, e fixará prazo máximo para a 
conclusão daquela, vedada a lavratura desses termos em separado. 
 d) os despachantes aduaneiros oficiais, que são contribuintes do ISS, estão 
obrigados, mediante intimação escrita de autoridade competente para fiscalizar 
o ICMS, a prestar às autoridades administrativas todas as informações de que 
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disponham com relação aos negócios de seus clientes, contribuintes do ICMS, 
preservado o dever de segredo, quando previsto em lei. 
 e) é permitida a divulgação, por parte dos servidores da Fazenda Pública, de 
informação obtida em razão do ofício, sobre a situação financeira de 
contribuinte, desde que não envolva crime financeiro por ele cometido. 
Comentário: 
a) Errada – A autoridade administrativa pode sim requisitar auxílio da força 
pública para cumprir sues objetivos legais e fiscalizatórios, essa situação pode 
acontecer mesmo que não esteja sendo configurado crime ou contravenção. 
Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o 
auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, 
quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou 
quando necessário à efetivação dê medida prevista na legislação tributária, 
ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou 
contravenção. 
b) Errada – A rega geral é pela proteção ao sigilo fiscal das informações do 
contribuinte, de maneira que não se pode divulgar informações de sujeitos

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