Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
www.profdorival.com.br Vias Metabólicas Prof. Dorival Filho Glicogênio Pi Glicose 1-fosfato Glicose 6-fosfato UTP Glicose ATP ADP Glicose 1-fosfato Glicose 6-fosfato Glicose 6-fosfato Frutose 6-fosfato Frutose 1,6-bifosfato Gliceraldeído 3-fosfato Di-hidroxiacetona fosfato Fosfoenol- piruvato 1,3 bifosfoglicerato 3-Fosfoglicerato 2-Fosfoglicerato Piruvato Acetil-CoA Pi ATP ADP Pi ATP ADP Pi + NAD+ NADH ADP ATP H2O Pi ADP ATP Lactato Oxalacetato CO2 ADP ATP GTP GDP CoA + NAD+ NADH + CO2 Oxalacetato Citrato Aconitato Isocitrato ∂-CetoglutaratoSuccinil-CoA Succinato Fumarato Malato Ciclo de Krebs Glicogenólise Glicogênese Glicólise Gliconeogênese Fermentação CoA NAD+ NADH H2O H2O CO2 NAD+ NADH CO2CoA NAD+NADH ADP ATP GDP GTP FAD FADH2 H2O NAD+ NADH Aminoácido ∂-Cetoglutarato Cetoácido Glutamato Oxalacetato NH4 Aspartato CO2 + 2 ATP AMP + PPi 2 ADP + Pi Carbamoil-fosfato Pi Ornitina Citrulina Argininosuccinato Arginina Ureia ∂-Cetoglutarato Ciclo da ureia ATPFumaratoBiciclo de krebs Glicerol Triglicerídeo Ácido Graxo Acil-Coa Trans-∆2-enoil-CoA ß-Cetoacil-CoA Glicerol 3-fosfato ADPATP NAD+ NADH ATP AMP + PPi L-Hidroxiacil—CoA CoA FAD FADH2 H2O -2 ca rbo no s NAD+ NADH ß-Oxidação Citrato OxalacetatoAcetil-CoA Malato Malonil-CoA Cis- ACP- Acetil Malonil C-CH3 O =Cis- ACP- - C-C- - H H = O C-CH3 O = Cis- ACP- - C-C- - H H = O C-CH3 OH- -H Cis- ACP- Cis- ACP- - = -C-C=H O C-CH3 H Cis- ACP- - = -C-C-H O C-CH3 H H H -- Cis- ACP- - = -C-C-H O C-CH3 H H H -- CoA CO2 ADP ATP NADH NAD+ NADP NADPH CoA CO2 H2O Esse processo se repete até unir 16 carbonos e formar o ácido palmítico Síntese de ácido graxo CO2 NADPNADPH NADPNADPH CoA Acetil-CoA CoA UDP-Glicose PPi UDP Isso ocorre quando já há uma boa quantidade de ATP e acetil-CoA CO2 NAD+ NADH CoA Não distribua esse material sem contribuir. Você pode baixar esse material em pdf no site www.profdorival.com.br. Ao fazer isso você está contribuindo com o trabalho do Prof. Dorival que há mais de 10 anos publica aulas gratuitas no YouTube. Sua contribuição é muito importante para que esse trabalho tenha continuidade e beneficie mais alunos pelo Brasil. Glicogênese É a síntese do glicogênio. A glicogênio sintase só pode acrescentar glicoses ao glicogênio se já houver pelo menos 4 glicoses unidas. A proteína glicogenina funciona como um primer a partir do qual as glicoses são unidas. Glicogenina 4 glicoses Novas glicoses acrescentadas Como a glicogênese está partindo de glicoses livres para o glicogênio (que é mais rico em energia), ela consome energia na forma de 1ATP e 1 UTP. A glicogênese ocorre após uma refeição e é estimulada pela insulina. Glicogenólise É a quebra do glicogênio. Enquanto a glicogênese acrescenta glicoses, a glicogenó- lise retira glicoses do glicogênio. Como agora está se partindo do glicogênio para glicoses livres (menos energia), a glicogenólise não consome ener- gia. O fosfato que entra nela é livre (Pi), não precisa vir de 1 ATP. A glicogenólise ocorre se estivermos em jejum ou em uma atividade física. É estimulada pelo hormônio glucagon. OBS: a vantagem do glicogênio ser uma molécula muito ramificada, é que as glicoses são acrescentadas e retira- das a partir das extremidades. Então, quanto mais ramifi- cações mais pontas livres haverá e a glicogênese e glico- genólise ocorrem mais rapidamente. Gliconeogênese É a síntese de glicose a partir de compostos que não são carboidratos. Esses compostos são o glicerol, o lactato e alguns aminoácidos. A gliconeogênese impede que entremos em hipoglicemia quando o estoque de glicogê- nio no fígado chega ao fim e continuamos em jejum. Apesar de ser uma via contrária à glicólise, não podemos afirmar que ela é simples- mente uma inversão da glicólise porque a glicólise possui 3 reações irreversíveis nas condições celulares e nessas 3 reações (a primeira, a terceira e a última da glicólise) a gliconeogênese terá que fazer desvios. Esses desvios consomem energia. Se a gliconeogênese fosse apenas uma inversão da glicólise, haveria o consumo de 2 ATPs e 2 NADH. Com os desvios, o consumo é de 4ATPs, 2GTPs e 2NADH. Esse maior consumo de energia torna a gliconeogênese pos- sível porque sem ele o ∆G0’ seria de +20kcal/mol e com ele passa a ser de -9kcal/mol. OBS: O fígado produz glicose para fornecê-la ao sangue enquanto, no músculo, a gli- cose é liberada para o seu próprio consumo. Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Lipídios ß-Oxidação Para extrairmos energia da gordura (de triglicerídeos), o primeiro passo é separarmos o glicerol dos ácidos graxos. O glicerol será convertido em di-hidroxiacetona fosfato, que é um intermediário entre a glicose e o piruvato. Se a cé- lula estiver precisando de energia, ele segue pela glicólise e, se estiver precisando de glicose, segue pela gliconeo- gênese. Ácidos graxos de cadeia longa precisarão do auxílio da carnitina para entrar na mitocôndria. Lá dentro passarão pela ß-oxidação. A cada volta da ß-oxidação o ácido graxo perderá 2 carbonos na forma de acetil-CoA. Esse acetil-CoA entrará no ciclo de Krebs para gerar energia. A ß-oxidação em si não produz ATP, mas gera 1 FADH2 e 1NADH. Esse FADH2 e NADH, como todos os demais, irão para a cadeira respiratória que usará seus elétrons como fonte de energia para produzir ATP. Glicerol Glicerol 3-fosfato Glicose di-hidroxiacetona fosfato PiruvatoGliconeogênese Glicólise Síntese de Ácidos Graxos Para extrair energia de ácidos graxos, a ß-oxidação retira seus carbonos de 2 em 2, na forma de acetil-CoA. Já a síntese de ácidos graxos usa a estratégia contrária, adicionando carbono de 2 em 2 até formar o ácido palmítico que possui 16 carbonos. Os 2 primeiros carbonos sempre virão do acetil-CoA e todos os outros virão do malonil-CoA. Agora, lembre que o malonil-CoA é feito a partir do acetil-CoA, acrescentando um CO2 a ele mediante gasto de 1 ATP. Sendo assim, para formar o ácido palmítico, que tem 16 carbonos, serão consumidos 8 acetil-CoA. A célula produz ATP para uso imediato e não como reserva de energia para médio e longo prazo, portanto ela não acumula ATP. Então, a síntese de ácido graxo ocorre quando já há uma boa concentração de ATP na célula e está chegando muito acetil-CoA no ciclo de Krebs. Nesse caso, o ciclo de Krebs é interrompido assim que se forma o ci- trato. O citrato sai da mitocôndria e no citosol volta a formar o acetil-CoA que é encaminhado para a síntese de áci- dos graxos. O consumo excessivo de açúcar engorda porque a glicose é convertida em piruvato pela glicólise, que forma acetil- CoA que entra no ciclo de Krebs. Mas como já dito, se já houver ATP suficiente o ciclo será interrompido e produzi- remos ácido graxo, engordando. A síntese de ácidos graxos ocorre após uma refeição e, assim como a glicogênese, é estimulada pelo hormônio insu- lina. Metabolismo de Aminoácidos e Ciclo da Ureia Metabolismo de Aminoácidos Os aminoácidos são usados, principalmente, para fazer proteínas. O nosso corpo não estoca aminoácidos. Se comermos mais ami- noácidos do que o necessário, eles serão encaminhados para a geração de energia pela respiração celular ou para a síntese de ácidos graxos. Os aminoácidos que são convertidos em piruvato também podem ser convertidos em glicose pela gliconeogênese. Nesses três destinos dos aminoácidos, será necessário eliminar o grupo amina deles. Inicialmente, o grupo amina do aminoácido é transferido para o ∂- cetoglutarato que se converte em glutamato. O glutamato pode passar pela transaminação ou desaminação. Na transaminação, o grupo amina é transferido para o aspartato e na desaminação é liberado como amônio (NH4). Ciclo da Ureia ou Ciclo da Ornitina Tanto o amônio como o aspartato participarão do ciclo da ureia. A ureia possui um carbono e dois nitrogênios. O carbono vem de um CO2, um nitrogênio vem do amônio e outro do aspartato. É importante fazer o ciclo da ureiaporque o amônio é muito tóxico e sua eliminação pela urina levaria a muita perda de água. A ureia é me- nos tóxica e leva a uma menor perda de água pela urina. O ciclo da ureia se comunica com o ciclo de Krebs. Como os dois ciclos foram descobertos por Krebs, isso é conhecido como o biciclo de Krebs. Do ciclo da ureia sai o fumarato que no ciclo de Krebs é convertido em oxalacetato. Esse oxalacetato, por sua vez, participa da transaminação. É ele quem recebe o grupo amina do glutamato e se transforma em aspartato que entra no ciclo da ureia. Destino do Cetoácido Uma vez que o aminoácido perde o grupo amina, o que resta é o cetoácido (a cadeia carbônica). Um aminoácido se diferencia do outro pelo seu radi- cal. Dependendo de qual seja o radical do aminoáci- do, ele pode ser convertido em piruvato, acetil-CoA, ∂- cetoglutarato, succinil-CoA, fumarato ou oxalacetato. Como já dito, os aminoácidos que podem ser conver- tidos em piruvato podem ser usados para a síntese de glicose. Esses aminoácidos e os que são converti- dos em acetil-CoA também poder ser desviados para a síntese de ácidos graxos. Por isso, comer suple- mentação de aminoácidos, em excesso, pode engor- dar. Prof. Dorival FilhoVias Metabólicaswww.profdorival.com.br Contrate o Prof. Dorival para palestras, cursos on-line ou presenciais pelo e-mail cursosei@icloud.com.
Compartilhar