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1 CONCEITOS DE REGULAÇÃO, DESREGULAÇÃO E RE-REGULAÇÃO 2 TEORIA ECONÔMICA DE INDÚSTRIAS REGULADAS 3 ESTRUTURA DE MERCADO, CONCORRÊNCIA PERFEITA E

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1 CONCEITOS DE REGULAÇÃO, DESREGULAÇÃO E RE-REGULAÇÃO.
2 TEORIA ECONÔMICA DE INDÚSTRIAS REGULADAS.
3 ESTRUTURA DE MERCADO, CONCORRÊNCIA PERFEITA E MONOPOLÍSTICA, 
OLIGOPÓLIO, MONOPÓLIO.
4 FALHAS DE MERCADO, EXTERNALIDADES, BENS PÚBLICOS, ASSIMETRIA DE 
INFORMAÇÃO (SELEÇÃO ADVERSA E PERIGO MORAL).
5 REGULAÇÃO E FORMAÇÃO DE PREÇOS PARA ESTRUTURAS DE MERCADO DE 
CONCORRÊNCIA IMPERFEITA.
6 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE REGIMES TARIFÁRIOS.
7 TARIFAÇÃO POR CUSTO DE SERVIÇO.
8 TARIFAÇÃO POR PREÇO TETO.
9 REGULAÇÃO POR INCENTIVOS.
10 REGULAÇÃO PARA COMPETIÇÃO.
11 ECONOMIA DE INDÚSTRIAS DE REDE.
12 ESPECIFICIDADES DE INDÚSTRIAS DE REDE: COMPARTILHAMENTO, DESAGREGAÇÃO 
DE REDES E ACESSO.
17 MODELO DE APREÇAMENTO DE ATIVOS DE CAPITAL (CAPITAL ASSET PRINCING MODEL
- CAPM): LIMITAÇÕES, COEFICIENTE DE RISCO SISTEMÁTICO (BETA), PRÊMIO DE RISCO E 
TAXAS DE RETORNO.
26 DETERMINAÇÃO DE TARIFAS E DO VALOR DE OUTORGAS.
1
As indústrias de rede são intensivas em capitais duráveis, 
imóveis e implicam em custos afundados ou irrecuperáveis 
(sunk costs).
Possuem economia de escala, geram externalidades de 
consumo e o consumidor está propenso a não trocar de 
ofertante, pois muitas vezes não podem abandonar sua empresa 
prestadora: não existem alternativas ou portas de saída.
De um modo geral são monopólio natural
a operação de apenas uma firma é mais eficiente do que 
outra estrutura de mercado: economias de escala.
Atividades econômicas cujo desempenho depende 
necessariamente da utilização de infra-estruturas físicas e redes 
têm características próprias que requerem elevado grau de 
estabilidade de regras, sob pena de prejuízo aos usuários 
finais, os quais a regulação busca proteger. 2
ECONOMIA DE INDÚSTRIAS DE REDE
Historicamente, estas indústrias de rede foram consideradas 
monopólios naturais e a elas eram atribuídos papéis tipicamente 
de Estado, como promover o bem-estar social e o 
desenvolvimento.
A partir dos anos 80 a lógica do mercado na indústria de 
redes passou a ser vista como essencial para superar as 
ineficiências e desonerar o Estado, então o Estado-empresário 
minimizou a sua atuação na economia, dando lugar ao Estado-
regulador e essas indústrias passaram por revoluções 
estruturais.
A regulação das indústrias de rede deve assegurar que as 
demandas dos consumidores sejam atendidas, além dos 
retornos aos investidores, que devem, ser estimulados a 
repassar aos consumidores ganhos de produtividade e 
inovações tecnológicas e/ou gerenciais.
3
ECONOMIA DE INDÚSTRIAS DE REDE
Para que haja competição em indústria de rede é necessário 
que haja o compartilhamento e a melhoria da rede 
existente, o que demanda regulamentação específica 
daquele mercado definindo critérios de uso e sobretudo 
mecanismos de resolução de conflitos.
Observe que a estrutura física da rede, devido a suas 
características tecnológicas, continua sendo operada por uma 
só firma, pois apresenta uma infra-estrutura cuja duplicação 
é antieconômica.
A regra de acesso à rede é crucial para desenvolvimento de 
um ambiente competitivo.
A determinação do preço de acesso em industrias de rede é 
uma das questões mais importantes na regulação econômica. Se 
o preço for muito alto, exclui do mercado firmas eficientes e 
teremos preços altos para os consumidores. Se for estabelecido 
muito baixo, desestimula investimentos.
4
ECONOMIA DE INDÚSTRIAS DE REDE
ESPECIFICIDADES DE INDÚSTRIAS DE REDE: 
COMPARTILHAMENTO, 
DESAGREGAÇÃO DE REDES E ACESSO
Diante de um monopólio natural, o governo necessita 
estabelecer uma regulação que assegure conduta próxima à 
competitiva, tendo muitas vezes a opção de obrigar o 
compartilhamento da rede e a melhoria da rede, o que 
demanda uma regulamentação específica daquele mercado 
definindo critérios de uso e sobretudo mecanismos de 
resolução de conflitos.
Se economias de rede são impedidas por ações privadas, a 
regulação pode promover a criação de condições de acesso à 
rede da operadora incumbente. Dessa forma, concorrentes por 
meio de uma tarifa de acesso podem partilhar a capacidade 
ociosa da rede e competir na oferta dos serviços sem 
necessidade de duplicar a rede. 5
ESPECIFICIDADES DE INDÚSTRIAS DE REDE: COMPARTILHAMENTO, 
DESAGREGAÇÃO DE REDES E ACESSO
A indústria de redes possui dentre as suas características a 
existência de sunk costs e uma técnica de contornar esse 
problema é a imposição de obrigações de compartilhamento 
da infra-estrutura.
O compartilhamento pode se dar de várias formas, uma delas é 
por desagregação (unbundling), de modo a possibilitar que 
outros prestadores possam alugar partes destas redes
existentes para prover serviço a seus clientes.
O compartilhamento, seja por desagregação, ou não, tende a 
reduzir o volume de investimentos necessários para ingressar no 
mercado, aumentando sua competitividade. No caso brasileiro, 
porém, a regulação quanto à matéria é ainda insuficiente.
6
ESPECIFICIDADES DE INDÚSTRIAS DE REDE: COMPARTILHAMENTO, 
DESAGREGAÇÃO DE REDES E ACESSO
A desagregação em redes das operadoras de telefonia local 
procura garantir, ao entrante, o acesso aos elementos 
desagregados das redes já existentes.
Os tipos mais conhecidos de unbundling são: 
Full unbundling, ou desagregação completa, onde a 
operadora aluga pares de fios integralmente dedicados de 
sua rede de acesso para outras prestadoras. 
Line sharing, ou compartilhamento de linha, em que o par de 
fios alugado passa a ser compartilhado entre a operadora de 
telefonia, que continua o serviço telefônico local, e a outra 
prestadora que oferece um serviço de banda larga através do 
ADSL
Bit stream, ou corrente de bits, em que a operadora de 
telefonia, com sua rede, fornece conexões de dados para que 
outras prestadoras de serviço possam oferecer seus serviços. 7
ESPECIFICIDADES DE INDÚSTRIAS DE REDE: COMPARTILHAMENTO, 
DESAGREGAÇÃO DE REDES E ACESSO
No Brasil a regulação do compartilhamento é muito recente. 
No caso de ferrovias, por exemplo, a regulamentação é de 
2011. 
A ANTT regulamentou o compartilhamento da malha ferroviária 
pelas resoluções 3.695 –ANEXO (Regulamento das Operações 
de Direito de Passagem e Tráfego Mútuo do Subsistema 
Ferroviário Federal) e 3.694, onde define o Procedimento de 
Resolução de Conflitos
8
Vejamos a resolução 3.695:
Art. 3º O compartilhamento de infraestrutura ferroviária ou 
de recursos operacionais dar-se-á mediante tráfego mútuo 
ou, na sua impossibilidade, mediante direito de passagem.
1º O compartilhamento, na modalidade de direito de 
passagem, poderá ser feito de forma a garantir que uma 
concessionária possa receber ou entregar cargas na 
malha de outra concessionária.
2º A impossibilidade mencionada no caput poderá ser 
caracterizada quando houver desacordo comercial entre as 
partes ou quando as características operacionais inerentes ao 
tráfego mútuo comprometam o atendimento eficiente da 
necessidade de transporte do usuário. 
9
ESPECIFICIDADES DE INDÚSTRIAS DE REDE: COMPARTILHAMENTO, 
DESAGREGAÇÃO DE REDES E ACESSO
Art. 4º Caracterizam-se como requisitos indispensáveis ao 
exercício do direito de passagem pela requerente, a 
disponibilidade de material rodante, de locomotivas 
equipadas com dispositivos eletrônicos embarcados 
compatíveis com os sistemas de sinalização e 
comunicação da cedente, e de equipagem que atendam às 
exigências técnico-operacionais mínimas estabelecidas pela 
cedente para a operação no trecho ferroviário pretendido, de 
acordo com as especificações do(s) trecho(s) constantes da 
Declaração de Rede e as normas técnicas vigentes.
Parágrafo único. A cedente deverá, mediante remuneração a 
ser paga pela requerente, fornecer qualificação técnica 
necessária à habilitação da equipagem da requerente para 
operação nos trechos ferroviários compartilhados.
10
ESPECIFICIDADES DE INDÚSTRIAS DE REDE: COMPARTILHAMENTO, 
DESAGREGAÇÃO DE REDES E ACESSO
Art. 6º O compartilhamento de infraestruturaferroviária ou de 
recursos operacionais será regido por este Regulamento e pelo 
Contrato Operacional Específico – COE a ser firmado entre 
requerente e cedente.
Art. 8º O direito de passagem ou tráfego mútuo serão 
exercidos pela requerente, observado o limite da 
capacidade ociosa no trecho ferroviário objeto do COE.
Art. 9º Nos trechos ferroviários em que não exista capacidade 
ociosa para o exercício de direito de passagem ou tráfego 
mútuo, os investimentos de expansão poderão ser efetuados 
pela cedente ou pela requerente.
11
ESPECIFICIDADES DE INDÚSTRIAS DE REDE: COMPARTILHAMENTO, 
DESAGREGAÇÃO DE REDES E ACESSO
Art. 14. Na existência de conflito quanto aos investimentos
para expansão da capacidade, compartilhamento de 
infraestrutura ferroviária ou de recursos operacionais, as 
concessionárias ou os usuários de transporte de cargas que se 
sentirem prejudicados poderão requerer a atuação da ANTT
para resolução da questão, em especial:
I - na impossibilidade de acordo comercial entre cedente e 
requerente para o compartilhamento de infraestrutura e/ou de 
recursos operacionais;
12
ESPECIFICIDADES DE INDÚSTRIAS DE REDE: COMPARTILHAMENTO, 
DESAGREGAÇÃO DE REDES E ACESSO
E a resolução 3.694:
Art. 55. O procedimento de resolução de conflitos, no âmbito 
da ANTT, realizar-se-á sempre mediante ciência prévia das 
partes envolvidas.
1º O procedimento de resolução de conflitos será instaurado 
após lavratura de Termo de Ciência das partes.
2º Lavrado o Termo de Ciência, o Superintendente 
competente nomeará comissão composta por três 
servidores da ANTT para condução do procedimento.
3º Uma vez instaurado o procedimento de resolução de 
conflitos, não poderá uma das partes isoladamente desistir 
do mesmo até sua conclusão, salvo por acordo mútuo entre as 
partes.
13
ESPECIFICIDADES DE INDÚSTRIAS DE REDE: COMPARTILHAMENTO, 
DESAGREGAÇÃO DE REDES E ACESSO
E a resolução 3.694:
4º A parte que abandonar unilateralmente o 
procedimento de resolução de conflitos sujeitar-se-á à 
solução proposta pela parte contrária ou pela ANTT.
Art. 56. Caberá à comissão definir os prazos para condução do 
procedimento, observados os princípios do contraditório, da 
ampla defesa e do devido processo legal.
Parágrafo único. O prazo de conclusão do procedimento 
não poderá ser superior a cento e oitenta dias. 
14
ESPECIFICIDADES DE INDÚSTRIAS DE REDE: COMPARTILHAMENTO, 
DESAGREGAÇÃO DE REDES E ACESSO
MODELO DE APREÇAMENTO DE ATIVOS DE CAPITAL 
(CAPITAL ASSET PRINCING MODEL - CAPM):
LIMITAÇÕES, COEFICIENTE DE RISCO SISTEMÁTICO (BETA), 
PRÊMIO DE RISCO E TAXAS DE RETORNO
15
MODELO DE APREÇAMENTO DE ATIVOS DE CAPITAL (CAPITAL ASSET PRINCING MODEL - CAPM):
LIMITAÇÕES, COEFICIENTE DE RISCO SISTEMÁTICO (BETA), PRÊMIO DE RISCO E TAXAS DE RETORNO
16
MODELO DE APREÇAMENTO DE ATIVOS DE CAPITAL (CAPITAL ASSET PRINCING MODEL - CAPM):
LIMITAÇÕES, COEFICIENTE DE RISCO SISTEMÁTICO (BETA), PRÊMIO DE RISCO E TAXAS DE RETORNO
17
MODELO DE APREÇAMENTO DE ATIVOS DE CAPITAL (CAPITAL ASSET PRINCING MODEL - CAPM):
LIMITAÇÕES, COEFICIENTE DE RISCO SISTEMÁTICO (BETA), PRÊMIO DE RISCO E TAXAS DE RETORNO
18
MODELO DE APREÇAMENTO DE ATIVOS DE CAPITAL (CAPITAL ASSET PRINCING MODEL - CAPM):
LIMITAÇÕES, COEFICIENTE DE RISCO SISTEMÁTICO (BETA), PRÊMIO DE RISCO E TAXAS DE RETORNO
19
DETERMINAÇÃO DE TARIFAS E DO 
VALOR DE OUTORGAS
20
A determinação das tarifas depende do regime tarifário 
adotado.
Na regulação por TIR, uma vez definida a TIR, a tarifa será 
aquela matematicamente consistente com o fluxo de caixa 
racionalmente descontado.
Na regulação por custos ocorre um princípio semelhante: a 
tarifa será a que zerar o VPL já considerando o percentual dos 
custos pactuados.
Em regulação por price cap, a tarifa dependerá da TMA 
definida.
DETERMINAÇÃO DE TARIFAS E DO VALOR DE OUTORGAS
21
Como regra preliminar de licitação, ceteris paribus, ganhará a 
concessão por preço:
LO 8.987/95 - Regime de concessão e permissão da 
prestação de serviços públicos previsto no art. 175 CF
A15 No julgamento da licitação será considerado um dos seguintes critérios:
I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser 
prestado
II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder 
concedente pela outorga da concessão
VII - melhor oferta de pagamento pela outorga após 
qualificação de propostas técnicas.
III - a combinação, dois a dois, dos critérios referidos 
nos incisos I, II e VII
§1 A aplicação do critério previsto no inciso III só será 
admitida quando previamente estabelecida no edital de 
licitação, inclusive com regras e fórmulas precisas para 
avaliação econômico-financeira.
DETERMINAÇÃO DE TARIFAS E DO VALOR DE OUTORGAS
22
LO 8.987/95 - Regime de concessão e permissão da prestação de serviços 
públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal
A5 O poder concedente publicará, previamente ao edital 
de licitação, ato justificando a conveniência da outorga de 
concessão ou permissão, caracterizando seu objeto, área e prazo
Capítulo IV - DA POLÍTICA TARIFÁRIA
A9 A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo 
preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas 
regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
§1 A tarifa não será subordinada à legislação específica 
anterior e somente nos casos expressamente previstos em lei, 
sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço 
público alternativo e gratuito para o usuário.
DETERMINAÇÃO DE TARIFAS E DO VALOR DE OUTORGAS
23
LO 8.987/95 - Concessão e Permissão da prestação de serviços públicos A175 CF
Capítulo IV - DA POLÍTICA TARIFÁRIA
A9 A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta 
vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no 
edital e no contrato.
§2 Os contratos poderão prever mecanismos de revisão 
das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-
financeiro.
§3 Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, 
alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos 
legais, após a apresentação da proposta, quando 
comprovado seu impacto, implicará a revisão da tarifa, 
para mais ou para menos, conforme o caso.
§4 Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o 
seu inicial equilíbrio econômico-financeiro, o poder concedente 
deverá restabelecê-lo, concomitantemente à alteração.
DETERMINAÇÃO DE TARIFAS E DO VALOR DE OUTORGAS
24
LO 8.987/95 - Concessão e Permissão da prestação de serviços públicos A175 CF
Capítulo IV - DA POLÍTICA TARIFÁRIA
A10 Sempre que forem atendidas as condições do 
contrato, considera-se mantido seu equilíbrio econômico-
financeiro.
A11 No atendimento às peculiaridades de cada serviço 
público, poderá o poder concedente prever, em favor da 
concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras 
fontes provenientes de receitas alternativas, 
complementares, acessórias ou de projetos associados, 
com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a 
modicidade das tarifas, observado o disposto no A17 desta Lei.
PU As fontes de receita previstas neste artigo serão 
obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial 
equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
DETERMINAÇÃO DE TARIFAS E DO VALOR DE OUTORGAS
25
LO 8.987/95 - Concessão e Permissão da prestação de serviços públicos A175 CF
Capítulo IV - DA POLÍTICA TARIFÁRIA
A13 As tarifas poderão ser diferenciadas em função das 
características técnicas e dos custos específicos provenientes do 
atendimento aos distintos segmentos de usuários.
Capítulo V - DA LICITAÇÃO
A15 No julgamento da licitação será considerado um dos 
seguintes critérios:
I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado;
II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder 
concedente pela outorga da concessão;
III - a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos 
incisos I, II e VII;
DETERMINAÇÃO DE TARIFAS E DO VALOR DE OUTORGAS26
LO 8.987/95 - Concessão e Permissão da prestação de serviços públicos A175 CF
Capítulo V - DA LICITAÇÃO
A15. No julgamento da licitação será considerado um dos seguintes critérios: 
IV - melhor proposta técnica, com preço fixado no edital; (é 
uma das fomas de price cap)
V - melhor proposta em razão da combinação dos critérios 
de menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado com 
o de melhor técnica; 
VI - melhor proposta em razão da combinação dos critérios 
de maior oferta pela outorga da concessão com o de melhor 
técnica; ou 
VII - melhor oferta de pagamento pela outorga após 
qualificação de propostas técnicas.
§2 Para fins de aplicação do disposto nos incisos IV, V, VI e 
VII, o edital de licitação conterá parâmetros e exigências 
para formulação de propostas técnicas.
DETERMINAÇÃO DE TARIFAS E DO VALOR DE OUTORGAS
27
LO 8.987/95 - Concessão e Permissão da prestação de serviços públicos A175 CF
Capítulo V - DA LICITAÇÃO
A15. No julgamento da licitação será considerado um dos 
seguintes critérios: 
§3 O poder concedente recusará propostas manifestamente
inexequíveis ou financeiramente incompatíveis com os 
objetivos da licitação. 
§4 Em igualdade de condições, será dada preferência à 
proposta apresentada por empresa brasileira.
EXERCÍCIOS
28
Agente de Polícia Federal 2009 UnB/CESPE 
Com relação à racionalidade econômica do governo, julgue os 
itens subsequentes.
59 A existência de falhas no mercado é apontada como uma 
das justificativas para a intervenção do governo na 
economia. Desse modo, a competição imperfeita tende a 
reduzir a produção e os preços, o que leva o governo a criar suas 
próprias empresas ou a adquirir empresas já existentes.
60 A diversificação de objetivos amplia as possibilidades de 
conflito e aumenta a necessidade de planejamento e 
coordenação da intervenção governamental. Supondo-se que 
uma acentuada queda na taxa de câmbio tenha afetado a 
capacidade de competição de um produtor doméstico, então, 
nesse caso, o governo poderá estabelecer barreiras à 
importação de um bem, o que, dependendo da respectiva 
elasticidade-preço da demanda, tenderá a provocar uma 
elevação dos preços internos desse bem.
29
Agente de Polícia Federal 2004 UnB/CESPE cargo 19 caderno azul
A análise microeconômica refere-se ao comportamento individual 
dos agentes econômicos. A respeito desse assunto, julgue os 
itens a seguir.
117 Mesmo em situações em que o equilíbrio competitivo é 
eficiente, no sentido de Pareto, considerações distributivas 
podem justificar a intervenção do governo na economia.
Escrivão de Polícia Federal 2004 UnB/CESPE cargo 15 caderno branco
O problema da escolha em situação de escassez, abordado pela 
microeconomia, as interações entre governo e mercados 
privados, e as questões macroeconômicas são temas relevantes 
para a ciência econômica. A esse respeito, julgue os itens a 
seguir.
112 A função redistributiva do governo está associada à 
provisão de bens e serviços que, em virtude da existência de 
falhas de mercado, não são ofertados adequadamente pelos 
mercados privados.
30
Agente de Polícia Federal 2000 UnB/CESPE 
Questão 14 Utilizando os conceitos básicos da teoria 
microeconômica, julgue os itens seguintes. 
3. Levada a cabo, recentemente, por alguns governos estaduais, 
a redução do ICMS que incide sobre automóveis pode ser vista 
como um deslocamento para cima e para a esquerda da curva de 
oferta desse produto. 
31
Agente de Polícia Federal 2009 UnB/CESPE 
Julgue os itens que se seguem, a respeito de tributos, tarifas e 
subsídios, e tendo como foco a eficiência econômica e a 
distribuição da renda.
63 A estrutura de concorrência perfeita, na visão neoclássica, 
é referência teórica para a eficiência econômica, pois, a um 
tempo, é capaz de compatibilizar os interesses público e privado, 
e os de consumidores e produtores. Em princípio, tal modelo 
propiciaria a melhor alocação de recursos e se coadunaria com a 
atomização do mercado.
32
Agente de Polícia Federal 2009 UnB/CESPE 
Julgue o próximo item, relativo ao estabelecimento de quotas e 
preços máximos e mínimos.
64 Quando o governo adota uma política de preços mínimos 
para determinado produto, com vistas à garantia de renda e ao 
estímulo da produção, ao optar pela política de compra, pagará 
ao produtor a diferença entre o preço pago pelo consumidor no 
mercado e o preço mínimo definido.
33
Escrivão de Polícia Federal 2004 UnB/CESPE cargo 15 caderno branco
O problema da escolha em situação de escassez, abordado pela 
microeconomia, as interações entre governo e mercados 
privados, e as questões macroeconômicas são temas relevantes 
para a ciência econômica. A esse respeito, julgue os itens a 
seguir.
115 Políticas de fixação de preço máximo, como o controle de 
aluguéis, que tenham o objetivo de controlar inflação e melhorar o 
poder aquisitivo da renda das famílias carentes, contribuem para 
a redução das disparidades de renda e conduzem a níveis mais 
elevados de eficiência produtiva da economia.
34
Agente de Polícia Federal 2009 UnB/CESPE 
Com relação à regulação de mercados, julgue os itens a seguir.
65 A falta de transparência nas decisões acerca dos reajustes de 
preços regulados pelo governo, diferentemente das revisões, 
tende a prejudicar os consumidores, sempre mais numerosos, 
menos organizados e com menos informações.
66 A regulação do mercado, exercida pelas agências reguladoras 
e pelo Conselho Administrativo da Defesa Econômico (CADE), 
é necessária para, entre outras funções, coibir os abusos resultantes 
da atuação dos monopólios naturais, que se caracterizam pela 
maior eficiência alcançada nos casos de elevadas economias de 
escala ou de escopo em relação ao tamanho do mercado.
67 A economia da informação trata das probabilidades de alguns 
agentes deterem mais informações que outros, o que pode levar a uma 
situação de desequilíbrio no mercado. A informação assimétrica, 
na situação conhecida como seleção adversa, tem servido como 
uma das justificativas para a aplicação de taxas de juros historicamente 
elevadas no Brasil, sendo o cadastro positivo apontado como uma das 
opções para amenizar o problema.
35
Agente de Polícia Federal 2004 UnB/CESPE cargo 19 caderno azul
A análise microeconômica refere-se ao comportamento individual dos 
agentes econômicos. A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir.
119 As formas de regulação incentivada incluem aquelas que se 
baseiam no controle das tarifas — esquemas regulatórios do tipo 
sliding scale, price cap e regulação pela taxa de retorno 
excluindo, pois, as que utilizam regras de controle de qualidade, 
bem como a regulação por padrão de comparação.
Escrivão de Polícia Federal 2004 UnB/CESPE cargo 15 caderno branco
O problema da escolha em situação de escassez, abordado pela 
microeconomia, as interações entre governo e mercados 
privados, e as questões macroeconômicas são temas relevantes 
para a ciência econômica. A esse respeito, julgue os itens a 
seguir.
117 Esquemas regulatórios que obrigam um monopolista 
perfeitamente discriminador a cobrar um único preço pelo seu 
produto podem conduzir a reduções do nível de eficiência na 
economia.
36
Agente de Polícia Federal 2002 UnB/CESPE 
QUESTÃO 25 Conceituar regulação não é tarefa fácil. Assim como a noção de serviço público, a 
de regulação deve levar em conta o tratamento diferenciado imposto por circunstâncias de 
tempo e de espaço. Isso porque os ordenamentos jurídicos de diferentes Estados, ou do mesmo 
Estado em diferentes momentos, ou ainda os de unidades federativas de um mesmo Estado, 
poderão ter, em relação à regulação ou às atividades reguladas, tão diversas visões que não seja 
possível afirmar a priori que tal ou qual atividade se conforme ou não dentro de sua noção. 
Corolário lógico dessa realidade, a noção de regulação é naturalmente dependente da forma 
como o sistema jurídico a contemple, ou seja,é o respectivo sistema jurídico que dirá que gama 
ou elenco de atividades se incluem no seu âmbito.
Pedro Henrique Poli de Figueiredo
“Uma contribuição para o conceito de regulação do serviço público no Brasil”.
In: Marco regulatório, n.º 1 (com adaptações).
Considerando o texto acima, julgue os itens a seguir, a respeito da regulação de mercados.
1 Regulação de mercados poderia ser definida como o conjunto de 
ações públicas que busca melhorar a eficiência da alocação dos 
recursos no mercado, ou aumentar o bem-estar social dessa alocação.
2 A regulação visa criar sistemas de competição em setores 
que tendem a funcionar sob o regime de monopólios naturais, 
que provocam a existência de custos fixos importantes, grande 
proporção de investimentos irreversíveis, gerando barreiras à 
entrada de novos investidores.
37
Agente de Polícia Federal 2002 UnB/CESPE 
QUESTÃO 25 Conceituar regulação não é tarefa fácil. Assim como a noção de serviço público, a 
de regulação deve levar em conta o tratamento diferenciado imposto por circunstâncias de 
tempo e de espaço. Isso porque os ordenamentos jurídicos de diferentes Estados, ou do mesmo 
Estado em diferentes momentos, ou ainda os de unidades federativas de um mesmo Estado, 
poderão ter, em relação à regulação ou às atividades reguladas, tão diversas visões que não seja 
possível afirmar a priori que tal ou qual atividade se conforme ou não dentro de sua noção. 
Corolário lógico dessa realidade, a noção de regulação é naturalmente dependente da forma 
como o sistema jurídico a contemple, ou seja, é o respectivo sistema jurídico que dirá que gama 
ou elenco de atividades se incluem no seu âmbito.
Considerando o texto acima, julgue os itens a seguir, a respeito da regulação de mercados.
3 A regulação visa corrigir a ocorrência de externalidades, 
como contaminação, utilização de recursos naturais e efeitos da 
poluição.
4 Um aspecto que não precisa ser contemplado pela regulação é 
a assimetria de informação, que consiste em o produtor ter 
mais informação que o consumidor e não a transferir, pois o 
Estado deve deixar que o mercado encontre seu ponto de equilíbrio.
5 Uma política adequada de regulação deve ter objetivos claros 
quantificáveis, tendo presente que regulação não é apenas fixar preço.38
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Banco Central 1997 UnB/CESPE 
QUESTÃO 11 Um dos ramos da ciência econômica é a 
microeconomia, que estuda aspectos referentes ao consumidor, 
às empresas, à organização dos mercados, à distribuição e à 
produção de bens e serviços. Dentro do contexto dos conceitos 
básicos da microeconomia, julgue os itens abaixo.
4) São condições necessárias para a existência de um mercado 
perfeitamente competitivo: nenhum comprador, ou vendedor, 
consegue influir nos preços mediante seu comportamento 
comercial individual; cada agente econômico está 
completamente informado acerca de sua produção e das 
possibilidades de consumo; os agentes econômicos agem de 
maneira a maximizar seu ganho; e os fatores de produção são 
perfeitamente móveis.
5) Para que um monopólio seja efetivo, deve haver barreiras à 
entrada de novos fornecedores e devem existir outros bens que 
sejam substitutos perfeitos para o produto.
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INPI 2006 Pesquisador Economia UnB/CESPE cargo 5
Questão 41 Os avanços da privatização, em setores antes dominados pelo 
Estado, levaram ao surgimento de esquemas regulatórios para garantir a 
provisão adequada dos serviços de utilidade pública e garantir os direitos dos 
consumidores. A respeito do processo regulatório, assinale a opção correta.
A Aumentos de produtividade, quando vigoram esquemas tarifários do tipo 
price cap, se traduzem em redução dos preços para os consumidores e em 
taxas de retorno mais elevadas para as empresas concessionárias.
B Se um monopolista perfeitamente discriminador for obrigado por uma 
agência reguladora a cobrar um único preço pelo seu produto, essa 
imposição aumentará, inequivocamente, o nível de eficiência na economia.
C Uma das vantagens da regulação pelo desempenho, em que as 
empresas reguladas são comparadas com um referencial 
(benchmark), advém do fato de essa forma de regulação estimular 
melhorias da produtividade no conjunto da indústria e não estar sujeita 
a colusão entre empresas, com o intuito de elevar lucros.
D Na regulação dos incentivos, a distinção entre preços autorizados e custos 
operacionais efetivos faz que, nesse tipo de regulação, os custos sejam menores 
que aqueles praticados por esquemas regulatórios, baseados na taxa de retorno.
E A desregulamentação dos serviços de utilidade pública, em que predominam 
as economias crescentes de escala, contribui para aumentar o nível de 
eficiência na produção e distribuição desses serviços.
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INPI 2006 Pesquisador Economia UnB/CESPE cargo 5
Questão 42 Ainda em relação à regulação dos mercados, assinale a opção 
correta.
A Um dos problemas da regulação advém da existência de assimetria da 
informação: como a firma conhece melhor que o regulador tanto sua 
tecnologia como o seu mercado, ela pode induzir opções que lhe convenham 
— seleção adversa — ou falsear informações sobre seus esforços — risco 
moral —, fazendo que uma empresa mais eficiente possa extrair rendas 
adicionais.
B A concentração vertical, em que há fusão ou incorporação de empresas 
em diferentes estágios da cadeia produtiva, por estimular a adoção de práticas 
anticoncorrenciais, constitui, per se, violação da lei da concorrência.
C A decisão, vinda da autoridade competente, relativa a ato de fusão de duas 
empresas, com base na possibilidade de monopolização do setor, é um 
exemplo claro da teoria positiva da regulação. 
D Quando existe um único concessionário, o estabelecimento de cláusulas 
impositivas leva a abusos do poder de mercado e, portanto, resulta na prática 
de preços monopolistas.
E A fixação de esquemas regulatórios na indústria de telecomunicações 
deve-se, unicamente, à existência de monopólio natural, visto que as 
inovações tecnológicas que caracterizam esse setor ampliam o papel 
desempenhado pelas economias de escala, na determinação do tamanho 
mínimo eficiente, para as firmas que atuam nesse setor.

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