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#FAZQUESTÃO 1 MATERIAL GRATUITO (REGULAÇÃO) APRESENTAÇÃO Este material abrange o tópico 01 do Edital, sendo: 1. O papel regulador do Estado: pressupostos, objetivos e instrumentos; conceitos básicos: regulação econômica e social; externalidades, bens públicos e bens comuns, assimetria de informação; falhas de mercado (barreiras de entrada); Estado e regulação; falhas de governo PERCEBA – Por este material, você consegue entender nosso trabalho e metodologia, comprovando o porquê o Faz Questão é o curso que mais cresce no Brasil VISITE nosso SITE www.fazquestao.com.br ACESSE nossa PLAYLIST no YOUTUBE (CNU BLOCO 09) https://www.youtube.com/playlist?list=PL2G5NBweGrRLXo_LoqluSptqv537 uEsas SIGA nosso INSTAGRAM @fazquestao.diretoaoponto #FAZQUESTÃO 2 ATRIBUIÇÕES ECONÔMICAS do ESTADO CONCEITO As atribuições econômicas do Estado referem-se às responsabilidades e funções que o governo exerce no âmbito da economia de um país. Essas funções incluem a alocação de recursos, a redistribuição de renda e a estabilização macroeconômica, visando promover o bem-estar social e o desenvolvimento sustentável, sendo definidas as seguintes funções: FUNÇÃO ALOCATIVA – Visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos. É o Estado oferecendo determinados bens e serviços necessários e desejados pela sociedade, porém que não são providos adequadamente pela iniciativa privada. PERCEBA - O setor público aloca recursos na sociedade, em variadas áreas, tais como infraestrutura, saúde, educação, etc. LEMBRE-SE – O estado, no exercício de sua função alocativa, fornece bens e serviços que o mercado não consegue prover adequadamente FUNÇÃO DISTRIBUTIVA – Visa à promoção de ajustamentos na distribuição de renda. Surge em virtude da necessidade de correções das falhas de mercado, inerentes ao sistema capitalista, contrabalanceando equidade e eficiência. EXEMPLOS – Imposto de Renda progressivo, subsídios para certos produtos, programas assistenciais PERCEBA - O Estado busca reduzir as desigualdades sociais e econômicas através de políticas fiscais, como impostos progressivos e programas de transferência de renda FUNÇÃO ESTABILIZADORA - Visa manter a estabilidade econômica, diferenciando- -se das outras funções por não ter como objetivo a destinação de recursos. PERCEBA – Atua estabilizando os níveis de emprego, preços, inflação, juros, atuando no conceito de demanda agregada PERCEBA - O governo utiliza políticas econômicas (fiscal e monetária) para estabilizar a economia, controlar a inflação, promover o crescimento econômico e o pleno emprego. #FAZQUESTÃO 3 POLÍTICA MONETÁRIA Nada mais é do que a forma que as autoridades têm de INTERFERIR na quantidade de moeda circulante em uma economia. Como MEDIDA PRINCIPAL, podemos citar a definição da TAXA SELIC EXEMPLO - Imagine o atual cenário, de Taxa Selic em torno de 15,00% ao ano. Neste cenário, o agente superavitário que não deseja se expor a risco em mercados de capitais, poderia aplicar em Renda Fixa e ter generosos 15,00% de rendimentos ao ano em média. Nesse cenário, os bancos e o governo pagam muito aos agentes sobre suas aplicações. Já que pagam muito, os bancos vão querer tirar esse dinheiro de algum lugar, a solução então é aumentar a taxa de juros de empréstimos oferecidos aos seus clientes, ou seja, NÓS! OU SEJA – Uma taxa Selic muito alta, incentiva as pessoas à GUARDAREM seu dinheiro nos bancos, ou emprestarem para o governo (por meio do tesouro direto), o que torna os empréstimos mais caros para os deficitários, o que desencoraja estes de tomarem empréstimos, o dinheiro tende a circular menos e tende a haver MENOR INFLAÇÃO. TAXA SELIC E INFLAÇÃO Basicamente, quanto mais moeda circula na economia, mais esta se desvaloriza! Isso gera o fenômeno da inflação. PERCEBA - Quanto mais os títulos se tornarem atrativos, mais pessoas deixarão de gastar seu dinheiro, buscando investimentos relacionados à Taxa Selic. PERCEBA - Com uma Taxa Selic baixa, as pessoas se sentem menos atraídas ao investimento, tendendo a gastar seu dinheiro, o que MOVIMENTA a ECONOMIA LEMBRE-SE – Um AUMENTO na Taxa Selic tende a DIMINUIR a Inflação LEMBRE-SE – Uma DIMINUIÇÃO na Taxa Selic tende a AUMENTAR a Inflação #FAZQUESTÃO 4 TAXA SELIC A “Taxa Selic” é a referência para os demais juros da economia, sendo a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional IMPORTANTE – A Taxa Selic é a REFERÊNCIA para os Demais Juros da Economia. RECAPITULANDO – A Taxa Selic é de CURTO PRAZO e sua meta é definida pelo COPOM POLÍTICAS MONETÁRIAS EXPANSIVAS As Políticas Monetárias Expansivas têm o objetivo de AUMENTAR a quantidade de moeda em circulação na economia, o que acaba por aumentar a renda em geral, mas como consequência, tende a AUMENTAR a INFLAÇÃO. São exemplos: BACEN DIMINUIR a EXIGÊNCIA de RESERVAS COMPULSÓRIAS. EXPLICANDO – Reserva Compulsória trata-se de uma porcentagem do “Dinheiro” dos Bancos, que deve ser depositada em uma conta aos cuidados do Banco Central. A ideia é garantir que os bancos não trabalhem “emprestando e aplicando” todo o dinheiro que possuem, sendo assim, menos sujeitos a riscos PERCEBA – Quando o Banco Central diminui essa exigência, sobra mais dinheiro nos bancos, aumentando o poder de multiplicador monetário. COPOM DIMINUIR a TAXA de JUROS (SELIC). PERCEBA - Diminuindo a “SELIC”, menos moeda irá ser usada com fins de especulação. O que acaba por aumentar a moeda em circulação. DIMINUIÇÃO da TAXA de REDESCONTO pelo BACEN EXPLICANDO - Taxa de redesconto é a “Taxa de Empréstimo” do BACEN para os Bancos em geral, quando essa taxa é menor, os bancos pegam mais dinheiro junto ao BACEN, o que deixa mais moeda disponível no mercado. GOVERNO COMPRAR TÍTULOS PÚBLICOS do SETOR PRIVADO (OPEN MARKET) PERCEBA - O governo está pegando um título do banco e entregando valores monetários, o que aumenta a capacidade financeira do banco e consequentemente sua capacidade de multiplicar a moeda. #FAZQUESTÃO 5 POLÍTICAS MONETÁRIAS RESTRITIVAS As Políticas Monetárias Restritivas têm o objetivo de DIMINUIR a oferta de moeda em circulação, tendo como um dos principais objetivos CONTER a INFLAÇÃO. O pensamento é inverso, sendo exemplos: COPOM AUMENTA a TAXA SELIC. AUMENTO da EXIGÊNCIA de RESERVAS COMPULSÓRIAS pelo BACEN AUMENTO das TAXAS de REDESCONTO. VENDA de TÍTULOS PÚBLICOS no MERCADO (OPEN MARKET) LEMBRE-SE (EXPANSIVA) - MAIS moeda em circulação, tendência de MAIOR INFLAÇÃO LEMBRE-SE (RESTRITIRA) - MENOS moeda em circulação, tendência de MENOR INFLAÇÃO POLÍTICA CAMBIAL A política cambial refere-se ao conjunto de medidas adotadas pelo governo para gerenciar a TAXA de CÂMBIO e as relações financeiras de um país com o resto do mundo. O objetivo principal é manter a estabilidade econômica e EVITAR FLUTUAÇÕES BRUSCAS na taxa de câmbio, que podem afetar negativamente a economia, sendo: POLÍTICA CAMBIAL CONTRACIONISTA – Visa CONTER a INFLAÇÃO e estabilizar a economia através de medidas que afetam a taxa de câmbio. PERCEBA - Geralmente, isso envolve a VALORIZAÇÃO da MOEDA NACIONAL, o que torna as importações mais baratas e as exportações mais caras, reduzindo a demanda agregada e a pressão inflacionária. POLÍTICA CAMBIAL EXPANSIONISTA – Visa DESVALORIZAR a MOEDA NACIONAL para estimular a economia. PERCEBA - Essa desvalorização pode ser alcançada através de medidas como a redução da taxa de juros e a compra de moeda estrangeirapelo Banco Central. #FAZQUESTÃO 6 POLÍTICA FISCAL A política fiscal refere-se ao uso, por parte do governo, de instrumentos como impostos e gastos públicos para influenciar a atividade econômica. Ela busca estabilizar a economia, redistribuir a renda e alocar recursos, desempenhando um papel importante na gestão macroeconômica, sendo: POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA – Estratégia econômica em que o governo aumenta seus gastos ou REDUZ IMPOSTOS para estimular a atividade econômica, especialmente em períodos de desaceleração ou recessão. PERCEBA – O objetivo é aumentar a demanda agregada, o que pode levar ao crescimento econômico, aumento do emprego e, potencialmente, à redução do desemprego. POLÍTICA FISCAL CONTRACIONISTA – Estratégia econômica em que o governo reduz seus gastos ou AUMENTA IMPOSTOS para reduzir a atividade econômica PERCEBA – O objetivo, geralmente, é controlar a inflação ou reduzir o endividamento público. EXPLICANDO (DEMANDA AGREGADA) – De modo sucinto, representa a “demanda total” por bens e serviços em um país INSTRUMENTOS DE TRIBUTAÇÃO Como já citado, os principais instrumentos da política fiscal são gastos públicos e tributação, sendo: GASTOS PÚBLICOS – Refere-se aos gastos do governo em áreas como saúde, educação, infraestrutura, defesa, entre outros. PERCEBA - O governo pode aumentar ou diminuir os gastos para estimular ou conter a atividade econômica. TRIBUTAÇÃO – O governo pode ajustar as alíquotas e bases de cálculo dos impostos para influenciar a renda disponível das pessoas e o custo de produção das empresas. PERCEBA - A tributação também pode ser usada para desestimular ou estimular certos tipos de consumo ou investimento ATENÇÃO – Os tributos são RECEITAS DERIVADAS, sendo resultantes do poder coercitivo do estado, derivam do poder do estado cobrar de seus cidadãos determinados valores. #FAZQUESTÃO 7 PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS Sobre os tributos, podemos listar alguns princípios básicos, sendo eles: PRINCÍPIO da NEUTRALIDADE – Basicamente, diz que impactos gerados pelos impostos devem interferir o mínimo possível na alocação de recursos na economia. PERCEBA - Quando o governo impõe um tributo, logicamente os preços gerais tendem a aumentar, logo o princípio da neutralidade se apega aos “preços relativos” os preços de um bem em relação aos outros. Estes devem permanecer o máximo possível constantes. PRINCÍPIO da CAPACIDADE CONTRIBUTIVA – Basicamente, quem pode mais, paga mais. Essa capacidade é medida em termos de “riqueza”, quem ganha ou possui mais recursos é mais capaz de contribuir com tributos. PRINCÍPIO do BENEFÍCIO – Basicamente, se paga de acordo com o benefício que se recebe do governo. Quem recebe mais, paga mais. ATENÇÃO – O princípio da “Capacidade Contributiva” e do “Benefício”, são derivações do PRINCÍPIO da EQUIDADE, visto buscar que os impostos sejam pagos pela sociedade de forma “justa” EQUIDADE HORIZONTAL – Indivíduos com as mesmas habilidades e capacidades pagam o mesmo EQUIDADE VERTICAL – Indivíduos com capacidades diferentes pagam na medida destas TIPOS DE IMPOSTOS Podemos citar como tipos de impostos: IMPOSTOS DIRETOS - São aqueles que incidem sobre a RENDA das pessoas, levando em conta a capacidade contributiva do cidadão. EXEMPLO - Imposto de Renda (I.R) IMPOSTOS INDIRETOS - São aqueles que incidem sobre os PRODUTOS, ou seja, incide sobre todos os cidadãos da mesma forma, não importando a capacidade contributiva deste. PERCEBA – Digamos que um quilo de feijão custe R$ 5,00 e que R$ 2,20 deste valor seja composto por impostos. Não importa se um “milionário” ou um “miserável”, seja quem adquira o produto, o imposto será igual para ambos! #FAZQUESTÃO 8 IMPOSTOS PROGRESSIVOS – As alíquotas progressivas, tem a função de buscar uma maior equidade. Atendendo principalmente a equidade vertical, e também por consequência a horizontal. PERCEBA - O Imposto de Renda é um exemplo, visto que se cobra mais de quem tem mais renda. IMPOSTOS REGRESSIVOS – Apresentam o raciocínio contrário ao progressivos. Acabam por tributar mais pesadamente os pobres. PERCEBA - Os impostos indiretos são exemplos de impostos regressivos. IMPOSTOS PROPORCIONAIS – São medidos em relação a renda. Simplesmente é como se o I.R tivesse a MESMA alíquota para toda a renda. Atende mais a equidade horizontal do que a vertical. IMPOSTOS CUMULATIVOS (EM CASCATA) – Incide em TODAS as etapas produtivas, aplicando-se ao faturamento do que é vendido. PERCEBA - Esse tipo de imposto é INEFICIENTE ECONOMICAMENTE IMPOSTOS NÃO CUMULATIVOS – São impostos gerados em cima apenas do “valor agregado” em cada cadeia produtiva. PERCEBA - Este tipo de imposto também é chamado de IVA (Imposto Sobre Valor Agregado). DESSA FORMA – O imposto só incide sobre o valor agregado em cada etapa produtiva, e não sobre o valor cheio em todas as etapas. ATENÇÃO - O IVA é mais eficiente e apresenta mais Neutralidade do que o imposto em cascata! IMPOSTOS LUMP-SUM – São impostos FIXOS, que independem da renda, consumo ou benefício. PERCEBA - É como se o governo de um estado cobrasse R$ 10,00 de imposto de todos os cidadãos mensalmente. IMPOSTOS EXCISE-TAX – São sobre os PRODUTOS, agindo sobre o preço de determinados bens, e não sobre todos os contribuintes de forma igual EXEMPLOS - ISS (imposto sobre serviços) e ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços). #FAZQUESTÃO 9 REGRA DE RAMSAY (TRIBUTAÇÃO CRUEL) Abordando de maneira teórica, Ramsey diz que, logicamente, será melhor para o governo tributar os bens que apresentem MENOS ELASTICIDADE. PERCEBA - Esse pensamento tem uma visão extremamente contrária ao princípio da Equidade, apesar de ser mais eficiente do ponto de vista econômico. PERCEBA - Esse é o desafio econômico do governo, já que um sistema justo não é necessariamente eficiente, e vice e versa! EXPLICANDO (ELASTICIDADE) – O quanto a variação dos preços, de determinado bem, influi na demanda deste bem CURVA DE LAFFER Em suma, Laffer defendia, que a medida que a tributação crescesse, a arrecadação iria crescer até certo ponto. Um excesso de arrecadação (após o ponto de arrecadação ótima) faria com que as pessoas sonegassem, ou consumissem menos, ou a produção pelos ofertantes fosse desestimulada, o que traria um efeito contrário! PERCEBA - Um governo então encontraria um “limite” para sua tributação, não adiantaria aumentar os impostos indefinidamente, pois a partir de certo ponto esse aumento não se traduziria em uma maior arrecadação e sim em um maior prejuízo ao governo. Figura – Curva de Laffer #FAZQUESTÃO 10 FUNÇÃO REGULADORA CONCEITO A função reguladora refere-se à atuação do Estado para disciplinar e controlar atividades econômicas e sociais, visando garantir o interesse público. Essa função envolve, entre outras ações: FUNÇÃO NORMATIVA (EDIÇÃO de NORMAS) – As agências reguladoras possuem amplo poder normativo em suas áreas de atuação PERCEBA - O poder normativo atribuído às agências reguladoras consiste em instrumento para a implementação das diretrizes, finalidades, objetivos e princípios expresso na Constituição e na legislação setorial FUNÇÃO FISCALIZADORA (FISCALIZAÇÃO e CONTROLE) – Envolve a supervisão e controle das atividades econômicas e sociais, garantindo que empresas e cidadãos sigam as leis e regulamentos estabelecidos PERCEBA - Essa função visa proteger o interesse público, a concorrência justa e a eficiência econômica, muitas vezes através de órgãos reguladores específicos FUNÇÃO de POLÍCIA (PODER de POLÍCIA)– Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos PERCEBA – Acima está transcrito o artigo 78 do Código Tributário Nacional que define o Poder de Polícia FUNÇÃO CONCILIADORA (CONCILIAÇÃO) – Refere-se à sua atuação para equilibrar interesses divergentes, como os de usuários e do mercado, em setores regulados, buscando o interesse público PERCEBA - Essa função se manifesta através da regulamentação e fiscalização, garantindo a qualidade e a continuidade dos serviços, especialmente os públicos, e promovendo a competição saudável. #FAZQUESTÃO 11 REGULAÇÃO X REGULAMENTAÇÃO: A regulamentação é um ASPECTO ESPECÍFICO da regulação, relacionado à elaboração de normas e regulamentos. A regulação, por sua vez, abrange um conjunto mais amplo de ações, incluindo a fiscalização e o controle PERCEBA – O estado é muito menos eficiente do que o setor privado quando exerce, diretamente, as atividades econômicas, produção de bens ou utilidades SENDO ASSIM – Propõe-se a redução do tamanho da “máquina estatal”, retirando de sua atuação o que não for imprescindível FUNÇÃO INTERVENTORA A função interventora do Estado regulador se refere à atuação do Estado na economia, buscando EQUILIBRAR os INTERESSES do MERCADO com o BEM- ESTAR da SOCIEDADE. PERCEBA - Isso é feito através das funções do estado regulador, visando garantir a eficiência, a justiça social e o desenvolvimento nacional. FORMAS DE INTERVENÇÃO O Estado regulador se manifesta através de diversas formas de intervenção, tanto diretas quanto indiretas. As principais são INTERVENÇÃO por DIREÇÃO (INDIRETA) – Estado estabelece REGRAS e NORMAS que devem ser seguidas pelos agentes econômicos, como a criação de agências reguladoras para setores específicos. INTERVENÇÃO por CONTROLE (INDIRETA) – Estado pode atuar como FISCALIZADOR, monitorando o cumprimento das normas e punindo aqueles que as desrespeitarem. INTERVENÇÃO por ESTÍMULO (INDIRETA) – Estado pode oferecer INCENTIVOS e SUBSÍDIOS para direcionar a atuação do setor privado em áreas consideradas estratégicas. INTERVENÇÃO como AGENTE ECONÔMICO (DIRETA) –Estado pode ATUAR como EMPRESÁRIO, seja para garantir a prestação de serviços essenciais ou para setores considerados de interesse nacional INTERVENÇÃO DIRETA - Estado atua como agente econômico, explorando atividades econômicas, muitas vezes através de empresas estatais INTERVENÇÃO INDIRETA - Estado atua como regulador, fiscalizador, incentivador e planejador da atividade econômica privada, estabelecendo normas e limites para o mercado #FAZQUESTÃO 12 REGULAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL Como já visto, a Regulação abrange toda forma de organização da atividade econômica através do Estado. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a regulação se divide em três áreas: REGULAÇÃO ECONÔMICA – A regulação econômica é a atuação do Estado para supervisionar, orientar e fiscalizar a atividade econômica, visando garantir o equilíbrio do mercado e evitar impactos negativos PERCEBA - As agências reguladoras são órgãos criados para exercer essa função de forma especializada em setores específicos da economia REGULAÇÃO SOCIAL – Refere-se às práticas e mecanismos que o Estado utiliza para influenciar e moldar o comportamento social PERCEBA - A regulação social é um conceito amplo que engloba diversas formas de intervenção do Estado, com o objetivo de promover a proteção de direitos, a garantia da qualidade dos serviços públicos, a promoção da justiça social, entre outros direitos fundamentais PERCEBA - Essa regulação pode ocorrer através de leis, normas, políticas públicas e outras formas de ação estatal. REGULAÇÃO ADMINISTRATIVA – Traduzida pela soberania do Estado e no poder de regulamentar. LEMBRE-SE – Estuda-se o Poder Regulamentar, de forma completa, na matéria de Direito Administrativo #FAZQUESTÃO 13 FALHAS de MERCADO ÓTIMO DE PARETO Para compreender as falhas de mercado, o primeiro conceito que temos que entender é o ótimo de Pareto. Este se manifesta quando o mercado opera da forma MAIS EFICIENTE POSSÍVEL! Essa situação existe quando: “Não é possível melhorar a situação de alguém, sem piorar a de outra pessoa” EXEMPLIFICANDO Imagine uma situação em que um mercado possui dois agentes e uma disponibilidade total de vinte unidades de recursos. Se um agente tem oito unidades e outro agente tem dez unidades, percebemos que ainda restam duas unidades disponíveis neste mercado, nessa situação ainda NÃO TEMOS o ótimo de Pareto. Se ambos ficam com dez unidades, como a disponibilidade de recursos desse mercado é de vinte unidades, TEMOS o ótimo de Pareto, pois nessa situação, para um ter onze unidades o outro precisaria ter nove. ATENÇÃO – Isso não significa que todos os agentes devem ter quantidades iguais para se atingir o ótimo de Pareto! PERCEBA - No exemplo, se um tivesse dezoito unidades e o outro agente tivesse duas unidades, também alcançaríamos este ótimo. MELHORIA DE PARETO Ssituação que podemos melhorar a satisfação de Alguém, sem piorar a de alguém. PERCEBA - Teremos uma melhoria, mas não um ótimo, pois este é encontrado quando não é mais possível melhorar a situação de alguém sem piorar a de outro alguém. TEOREMAS DO BEM ESTAR SOCIAL O Teorema do Bem-Estar Social, na economia, refere-se a dois teoremas centrais que relacionam eficiência e bem-estar social, sendo: 1° TEOREMA (ÓTIMO de PARETO) - Se os mercados são eficientes, a alocação de recursos resultante é a melhor possível PERCEBA – Nesse caso não existem falhas de mercado, sendo as informações perfeitas 2° TEOREMA – Em um mercado ótimo, a sociedade pode escolher qualquer resultado eficiente que desejar EXEMPLOS - Através da redistribuição de renda ou alocações mais eficientes #FAZQUESTÃO 14 ESTRUTURAS DE MERCADO As estruturas de mercado diferem-se por três fatores principais, são eles: Número de PRODUTORES EXISTENTES no mercado. Nível de DIFERENCIAÇÃO dos produtos Presença em maior ou menor grau de BARREIRAS COMERCIAIS. TIPOS DE ESTRUTURAS Explicados os fatores que diferenciam as estruturas, cabe lista-las, sendo: CONCORRÊNCIA PERFEITA – Grande número de compradores e vendedores de um produto sem diferenciação. Nenhum produtor ou comprador consegue influenciar o mercado, nem mudar o preço de equilíbrio PERCEBA - Neste mercado o número de informações também é ILIMITADO, sendo assim, as informações são perfeitas, NÃO HAVENDO assimetria de informações ASSIMETRIA de INFORMAÇÃO – Ocorre quando uma parte envolvida em uma negociação possui mais ou melhores informações sobre o produto ou serviço do que a outra parte EXEMPLOS APROXIMADOS – Mercados Agrícolas e Commodities MONOPÓLIO -. Uma firma domina o mercado e dita sua demanda e seu preço. Não existem produtos substitutos, e as barreiras de entrada para novas empresas são fortíssimas. PERCEBA – Por existir uma INEXISTÊNCIA de COMPETIÇÃO, é o cenário CONTRÁRIO da concorrência perfeita CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA – Há concorrência entre as empresas e nenhuma tem o poder de influenciar o mercado como um todo. Os produtos não são iguais, porém são altamente substituíveis entre si. PERCEBA – Trata-se do meio termoentre a concorrência perfeita e o Monopólio PERCEBA – No curto prazo, o mercado em Concorrência Monopolística se comporta como o do Monopólio, tentando maximizar seu lucro. No longo prazo, tende a se comportar como o de concorrência perfeita, pois existem cada vez mais produtos no mercado. #FAZQUESTÃO 15 OLIGOPÓLIO – Algumas empresas são responsáveis por grande parte da produção de um mercado. PERCEBA – Um mercado pode possuir muitas firmas, mas apenas um número pequeno delas domina. MONOPSÔNIO – Ideia similar ao monopólio, porém invés de um produtor no mercado, temos apenas um COMPRADOR. EXEMPLO – Cooperativas em geral, como leite ou soja, que compram toda a produção das fazendas da região. OLIGOPSÔNIO – Ideia similar ao oligopólio, mas invés de poucos produtores, existem poucos compradores no mercado. EXEMPLO – Empresas de celulares que compram toda a produção de certos componentes no mercado. BARREIRAS DE ENTRADA Novos entrantes enfrentam “BARREIRAS” naturais de um mercado. Normalmente, quanto mais “ambiciosa” é uma ideia de organização/produto, maiores são estas barreiras. De forma geral, são exemplos de BARREIRAS de ENTRADA: ECONOMIAS de ESCALA – Economias que tem grande produção e baixo custo unitário, forçando o entrante a entrar em um mercado já muito bem estabelecido. DIFERENCIAÇÃO do PRODUTO – Vantagens que as empresas já estabelecidas têm em relação à sua marca e à sua história no mercado. É uma barreira a novos entrantes que não conseguem acompanhar esta diferenciação. NECESSIDADES de CAPITAL – Quanto maior e mais caro é o setor, mais difícil uma nova empresa entrar neste mercado, pois será necessário maior investimento inicial. ACESSO aos CANAIS de DISTRIBUIÇÃO – Quando os canais de distribuição dos produtos já estão muito bem estabelecidos e pertencentes a determinadas empresas de um grupo, se torna uma barreira para novos entrantes. PERCEBA – Quanto maior a tendência de monopólio, maiores são as barreiras de entrada para entrar neste mercado PERCEBA - Em um mercado de concorrência perfeita, não existem barreiras significativas à entrada de novas empresas. #FAZQUESTÃO 16 ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO Como já visto, a assimetria de informação ocorre quando uma parte envolvida em uma negociação possui mais ou melhores informações sobre o produto ou serviço do que a outra parte, ou seja: Uma das partes tem acesso a informações que a outra não tem, ou não tem na mesma medida. Essa diferença de informação pode levar a decisões equivocadas ou injustas, prejudicando a parte menos informada. PERCEBA – A regulação é uma importante medida para mitigar a assimetria de informação, visto que órgãos reguladores podem criar leis e normas para garantir a divulgação de informações relevantes e proteger os consumidores. CONSEQUÊNCIAS São consequências da assimetria de informação: SELEÇÃO ADVERSA – Produtos ou serviços de BAIXA QUALIDADE são mais fáceis de serem comercializados, pois os compradores não conseguem diferenciá-los dos de alta qualidade. RISCO MORAL – A parte com mais informações pode agir de forma irresponsável ou desonesta, sabendo que a outra parte não tem como monitorar suas ações. DESEQUILÍBRIOS no MERCADO – A assimetria de informação pode levar a preços injustos, perda de confiança dos consumidores e, em casos extremos, ao colapso do mercado. CAPTURA REGULATÓRIA - Em casos de assimetria de informações entre reguladores e empresas reguladas, pode ocorrer a captura regulatória, onde o órgão regulador SE TORNA INFLUENCIADO pelos interesses da empresa regulada, em vez de proteger o interesse público. PERCEBA - A redução da assimetria de informações pode ser alcançada através de mecanismos como a divulgação de informações relevantes, a regulação mais eficaz e o desenvolvimento de tecnologias que aumentem a transparência. #FAZQUESTÃO 17 FALHAS de MERCADO CONCEITO Para atingir a eficiência econômica plena, ou ótimo de Pareto, vimos que um mercado deve ser competitivo em concorrência perfeita. Porém, conforme vimos em “Estruturas de Mercado”, o mercado de concorrência perfeita é difícil de ser alcançado! Ou seja, nos mercados “reais” existem falhas ou ineficiências que impedem o ótimo de Pareto, sendo estas falhas: EXTERNALIDADES EXISTÊNCIA de BENS PÚBLICOS ASSIMETRIA de INFORMAÇÕES MERCADOS INCOMPLETOS RISCOS PESADOS FALHAS na COMPETIÇÃO (MONOPÓLIOS NATURAIS) DESEMPREGO e INFLAÇÃO PERCEBA - Vamos trabalhar com mais detalhes as “Externalidades” e a “Existência de Bens Públicos”, visto que as demais são auto explicativas e não são relevantes para fins de prova. LEMBRE-SE – Já tratamos sobre “Assimetria de Informações” neste material EXTERNALIDADES A grosso modo, são os EFEITOS na ECONOMIA, positivos ou negativos, que resultam de nossas ações. São os motivos que “subvertem” o ótimo de Pareto, e fazem o mercado não ser plenamente eficiente. PERCEBA – Nem todos os custos ou benefícios estão incluídos no preço de um bem, existem CUSTOS de TRANSAÇÃO que são implícitos na dinâmica econômica, sendo um dos fatores que acabam causando estas externalidades. PERCEBA – Estes efeitos, ou externalidades, podem ser POSITIVAS ou NEGATIVAS DETALHE - Outra maneira de se chamar as Externalidades Positivas, é ECONOMIAS EXTERNAS, e as negativas, DESECONOMIAS EXTERNAS #FAZQUESTÃO 18 EXTERNALIDADES POSITIVAS As Externalidades Positivas, são ações que fazem o bem não apenas para o indivíduo, mais para TODA a COLETIVIDADE, há um ganho social na externalidade positiva. Um exemplo de externalidade positiva seria o “sistema de ensino” como um todo. PERCEBA – O objetivo de uma universidade é formar o aluno, porém, esta ação gera consequências positivas indiretas, como por exemplo a redução da criminalidade, uma sociedade mais desenvolvida e justa, entre outros benefícios que são externos ao foco principal da universidade. PERCEBA - Um outro exemplo seria uma coleta seletiva de lixo, os beneficiados não seriam apenas quem coleta o lixo seletivamente, mas toda uma sociedade. EXTERNALIDADES NEGATIVAS Já na Externalidade Negativa é justamente o contrário, o BENEFÍCIO PRÓPRIO causa um PREJUÍZO à COLETIVIDADE. PERCEBA – Desmatar uma área que está prejudicando o acesso à sua propriedade, causa benefício próprio, mas prejuízo indireto para a sociedade como um todo. PERCEBA - O caminho mais fácil para o descarte do lixo é simplesmente tira-lo de sua propriedade e descarta-lo em algum lugar que não cause prejuízos a si próprio, porém, essa atitude causaria transtornos sociais, criando uma externalidade negativa. ATENÇÃO - Podemos pensar que um ser humano racional busca maximizar seus resultados enquanto minimiza seus próprios prejuízos! Logo podemos dizer que existe uma “TENDÊNCIA” que propicia o surgimento de externalidades negativas! CASO ESPECIAL (EXTERNALIDADE “ESNOBE”) A externalidade "esnobe", também conhecida como efeito "snob" ou "veblen", é um tipo de externalidade de consumo NEGATIVA, onde o VALOR de um bem ou serviço DIMINUI para um consumidor QUANDO MAIS PESSOAS o CONSOMEM PERCEBA – Trata-se de um desejo de exclusividade e distinção social, que gera um efeito negativo no mercado, sendo um tipo de EXTERNALIDADE NEGATIVA #FAZQUESTÃO 19 CAUSAS DAS EXTERNALIDADES As causas principais para as externalidades são: AUSÊNCIA de DIREITOS de PROPRIEDADE (TRAGÉDIA dos COMUNS) CUSTOS de TRANSAÇÃO. PERCEBA – Podem se pensar em diversas formas de externalidades, porém, as economicamente mais relevantes são essas que trataremos a seguir TRAGÉDIA DOS COMUNS Também chamada de “Tragédiados Bens Comuns”, trata-se de uma análise que podemos observar no dia a dia. Sua base é que simplesmente os bens privados tendem a ser muito mais bem cuidados que os bens públicos ou “comuns”! Tomemos como exemplo o estado das bicicletas públicas que algumas empresas, como bancos, disponibilizam, e comparem com o estado de suas bicicletas, que vocês guardam em casa. Via de regra, os bens que são compartilhados por todos tendem a ser menos preservados, pois não guardam relação de propriedade com nenhum de seus usuários. Já os bens que são privados, ou seja, sejam propriedade de alguém, costumam ser muito melhores preservados por este alguém. Isso acontece pois em um bem de uso comum, com ausência de propriedade, cada usuário do serviço vai tentar EXTRAIR o MAIOR BENEFÍCIO POSSÍVEL para si próprio, e buscar ter o MENOR CUSTO POSSÍVEL. PERCEBA – Isto se deve porque o prejuízo não é só do usuário, já o benefício, naquele momento de uso, é exclusivo do usuário. CUSTOS DE TRANSAÇÃO (TEOREMA DE COASE) Coase defendia que os custos de transação entre os agentes econômicos são causas de externalidades. DESSE MODO – Não existirão externalidades se NÃO HOUVEREM custos de transação entre os agentes. PERCEBA – Estes custos de transação são estão “implícitos” no preço do produto, podemos resumi-los como os custos de negociação, garantias contratuais, custos monetários, entre outros. #FAZQUESTÃO 20 MANEIRAS DE CORRIGIR AS EXTERNALIDADES Externalidades existem e, como podemos ver, os consumidores e produtores não possuem grande incentivo para praticar externalidades positivas ou deixarem de praticar externalidades negativas. PERCEBA - Nesse cenário o GOVERNO tem um importante papel para corrigir as externalidades. Desencorajando externalidades negativas e incentivando as positivas. APROFUNDANDO – Impostos ou Taxas sobre Externalidades Negativas, são chamadas de “Impostos de Pigou” ou “Taxas Pigounianas”. APROFUNDANDO - Subsídios ou Auxílios que buscam estimular Externalidades Positivas, são chamados de “Subsídios de Pigou ou Pigonianos” EXISTÊNCIA DE BENS PÚBLICOS Temos que levar para a prova que os bens públicos apresentam duas características principais: NÃO RIVALIDADE – Quando pudemos usar um bem “ao mesmo tempo” que outra pessoa, sem que esse uso diminua a utilidade desta outra pessoa nem a nossa própria, temos um bem que não apresenta rivalidade. PERCEBA – A grosso modo pode-se usar como exemplo a iluminação pública. O uso por um indivíduo não rivaliza o uso com outro indivíduo. Um mesmo poste de luz ilumina todos o quanto alcança NÃO EXCLUSIVIDADE – Característica de um bem que não pode ter destinatários definidos, sendo impossível ou muito oneroso definir seus destinatários PERCEBA – Trata-se de um bem que pode ser utilizado por todos, como um banco em uma praça pública, ou a própria iluminação pública. EXEMPLO - Usando o mesmo exemplo, uma vez que o governo coloca um poste, não tem como “escolher” quem será iluminado por ele! Esse é o atributo da não exclusividade. #FAZQUESTÃO 21 BEM PÚBLICO X BEM PRIVADO Perceba que um bem privado é: RIVAL – Você pode usá-lo em detrimento de outra pessoa, pois é seu! EXCLUSIVO – Você pode excluir pessoas que não deseje que usem o seu bem. PERCEBA - Com BENS PRIVADOS é possível MENSURAR, precisamente, a satisfação que o bem te causa. PERCEBA – Já o BEM PÚBLICO causa, por si só, uma falha de mercado, pois é IMPOSSÍVEL DETERMINAR o pagamento justo de cada pessoa sobre seu consumo! EXEMPLIFICANDO Tomando novamente o exemplo da iluminação pública, não temos como mensurar qual a quantidade de luz que vai ser distribuída a cada indivíduo isoladamente e cobra- lo, proporcionalmente, a esse uso! OU SEJA – É possível que TERCEIROS usem o bem, SEM PAGAR por ELE! APROFUNDANDO – Essas pessoas que usam os bens públicos sem pagar por eles, são chamados de CARONAS (FREE RIDERS) BENS SEMI-PÚBLICOS OU MERITÓRIOS Podemos ver que, em uma visão econômica, os BENS PÚBLICOS CAUSAM FALHAS de MERCADO, e por isso se AFASTAM da concorrência perfeita e do ótimo de Pareto. Adicionalmente, existem alguns bens públicos que APRESENTAM características de rivalidade ou exclusividade! PERCEBA – Bens como Educação e Saúde, por exemplo, dependem de vagas, facilidade de acesso, entre outros requisitos. ENTÃO – Esses bens são chamados de BENS SEMI-PÚBLICOS ou MERITÓRIOS! POR FIM - Devemos entender que não é apenas o governo que fornece bens públicos! Uma empresa privada, que mantenha uma praça, por exemplo, está fornecendo um bem público não rival e não exclusivo. #FAZQUESTÃO 22 FALHAS de GOVERNO CONCEITO Falha de governo (ou falhas de não-mercado ou falhas do setor público) deve ser entendida com uma situação na qual o GOVERNO é INCAPAZ de fornecer bens e serviços de: Uma maneira ALOCATIVAMENTE EFICIENTE Onde as atividades do governo são PARETO INEFICIENTES. REFORMAS REGULATÓRIAS - Mudanças que melhorem a QUALIDADE REGULATÓRIA, isto é, que aumentem seu desempenho, custo-efetividade, ou a qualidade legal da regulação. TIPOS DE FALHA DE GOVERNO São exemplos de falhas de governo: FALHA LEGISLATIVA – Ineficiência alocativa decorrente do excesso de provisão de bens públicos concebidos e utilizados como instrumento de estratégia política para maximizar as possibilidades de reeleição FALHA BUROCRÁTICA – tais falhas asseguram que as políticas não serão implementadas eficientemente, uma vez que o funcionalismo público carece de incentivos para conduzir uma política com eficiência; FALHA ADMINISTRATIVA – Desde que a aplicação de um determinado regulamento inevitavelmente requer uma interpretação sobre o mesmo, variadas combinações de informações e incentivos agem no sentido de afetar a maneira como o juízo ou entendimento é exercitado FALHA JUDICIAL – Ocorre quando o sistema legal falha ao não proferir resultados judicialmente ótimos FALHA COERCITIVA – É definida como a “sub-ótima” utilização do poder coercitivo e não coercitivo do judiciário, do legislativo e do executivo e das diretivas administrativas que deste modo, podem anular a efetividade do funcionamento do aparelho estatal em outros estágios. RENT-SEEKING – Como a intervenção governamental resulta em transferência de riquezas, indivíduos preferem buscar capturar as riquezas existentes a seu favor ao invés de dedicar esforços para a criação de mais riqueza; #FAZQUESTÃO 23 CAUSAS DE FALHA DE GOVERNO De forma geral, podemos listar como causas: INFORMAÇÃO IMPERFEITA - O governo pode não ter informações completas sobre a realidade, levando a decisões equivocadas. INTERESSES PRÓPRIOS - Burocratas podem buscar objetivos pessoais, como maximizar o tamanho de suas instituições ou obter benefícios financeiros, em detrimento do bem comum. PRESSÃO de GRUPOS de INTERESSE – Grupos com interesses específicos podem influenciar as decisões governamentais, levando a políticas que favorecem esses grupos em detrimento da sociedade em geral. BUROCRACIA - A complexidade da estrutura governamental e a falta de coordenação entre os diferentes órgãos podem levar a ineficiências e atrasos. FALTA de TRANSPARÊNCIA – A falta de transparência na tomada de decisões e na gestão dos recursos públicos pode dificultar o controle social e aumentar o risco de corrupção. CORRUPÇÃO – A corrupção, onde agentes governamentais usam seu poder para benefício próprio, desvia recursos e compromete a eficiência e a confiança nas instituições INFLEXIBILIDADE – Políticas governamentais podem ser difíceis de mudar rapidamente, mesmo quando as condições econômicas ou sociais mudam, levando a ineficiência e custos.PERCEBA – As falhas de governo podem ocorrer por uma variedade de razões, a regulação busca, também, evitar e gerenciar estas falhas de governo.