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#FAZQUESTÃO 
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MATERIAL GRATUITO (REGULAÇÃO) 
APRESENTAÇÃO 
Este material abrange o tópico 01 do Edital, sendo: 
 
 1. O papel regulador do Estado: pressupostos, objetivos e instrumentos; 
 conceitos básicos: regulação econômica e social; externalidades, bens 
 públicos e bens comuns, assimetria de informação; falhas de mercado 
 (barreiras de entrada); Estado e regulação; falhas de governo 
 
PERCEBA – Por este material, você consegue entender nosso trabalho e 
metodologia, comprovando o porquê o Faz Questão é o curso que mais cresce no 
Brasil 
 
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ATRIBUIÇÕES ECONÔMICAS do ESTADO 
CONCEITO 
As atribuições econômicas do Estado referem-se às responsabilidades e funções 
que o governo exerce no âmbito da economia de um país. Essas funções incluem a 
alocação de recursos, a redistribuição de renda e a estabilização macroeconômica, 
visando promover o bem-estar social e o desenvolvimento sustentável, sendo definidas 
as seguintes funções: 
 
 FUNÇÃO ALOCATIVA – Visa à promoção de ajustamentos na alocação de 
recursos. É o Estado oferecendo determinados bens e serviços necessários 
e desejados pela sociedade, porém que não são providos adequadamente 
pela iniciativa privada. 
 
PERCEBA - O setor público aloca recursos na sociedade, em variadas áreas, 
tais como infraestrutura, saúde, educação, etc. 
 
LEMBRE-SE – O estado, no exercício de sua função alocativa, fornece bens 
e serviços que o mercado não consegue prover adequadamente 
 
 FUNÇÃO DISTRIBUTIVA – Visa à promoção de ajustamentos na 
distribuição de renda. Surge em virtude da necessidade de correções das 
falhas de mercado, inerentes ao sistema capitalista, contrabalanceando 
equidade e eficiência. 
 
EXEMPLOS – Imposto de Renda progressivo, subsídios para certos 
produtos, programas assistenciais 
 
PERCEBA - O Estado busca reduzir as desigualdades sociais e econômicas 
através de políticas fiscais, como impostos progressivos e programas de 
transferência de renda 
 
 FUNÇÃO ESTABILIZADORA - Visa manter a estabilidade econômica, 
diferenciando- -se das outras funções por não ter como objetivo a destinação 
de recursos. 
 
PERCEBA – Atua estabilizando os níveis de emprego, preços, inflação, juros, 
atuando no conceito de demanda agregada 
 
PERCEBA - O governo utiliza políticas econômicas (fiscal e monetária) para 
estabilizar a economia, controlar a inflação, promover o crescimento econômico e 
o pleno emprego. 
 
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POLÍTICA MONETÁRIA 
Nada mais é do que a forma que as autoridades têm de INTERFERIR na 
quantidade de moeda circulante em uma economia. Como MEDIDA PRINCIPAL, 
podemos citar a definição da TAXA SELIC 
 
EXEMPLO - Imagine o atual cenário, de Taxa Selic em torno de 15,00% ao 
ano. Neste cenário, o agente superavitário que não deseja se expor a risco em 
mercados de capitais, poderia aplicar em Renda Fixa e ter generosos 15,00% de 
rendimentos ao ano em média. Nesse cenário, os bancos e o governo pagam muito 
aos agentes sobre suas aplicações. 
 
Já que pagam muito, os bancos vão querer tirar esse dinheiro de algum 
lugar, a solução então é aumentar a taxa de juros de empréstimos oferecidos aos 
seus clientes, ou seja, NÓS! 
 
OU SEJA – Uma taxa Selic muito alta, incentiva as pessoas à GUARDAREM 
seu dinheiro nos bancos, ou emprestarem para o governo (por meio do tesouro 
direto), o que torna os empréstimos mais caros para os deficitários, o que 
desencoraja estes de tomarem empréstimos, o dinheiro tende a circular menos e 
tende a haver MENOR INFLAÇÃO. 
 TAXA SELIC E INFLAÇÃO 
Basicamente, quanto mais moeda circula na economia, mais esta se desvaloriza! 
Isso gera o fenômeno da inflação. 
 
PERCEBA - Quanto mais os títulos se tornarem atrativos, mais pessoas 
deixarão de gastar seu dinheiro, buscando investimentos relacionados à Taxa 
Selic. 
 
PERCEBA - Com uma Taxa Selic baixa, as pessoas se sentem menos 
atraídas ao investimento, tendendo a gastar seu dinheiro, o que MOVIMENTA a 
ECONOMIA 
 
LEMBRE-SE – Um AUMENTO na Taxa Selic tende a DIMINUIR a Inflação 
 
LEMBRE-SE – Uma DIMINUIÇÃO na Taxa Selic tende a AUMENTAR a 
Inflação 
 
 
 
 
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TAXA SELIC 
A “Taxa Selic” é a referência para os demais juros da economia, sendo a taxa média 
cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional 
 
 
IMPORTANTE – A Taxa Selic é a REFERÊNCIA para os Demais Juros da 
Economia. 
 
RECAPITULANDO – A Taxa Selic é de CURTO PRAZO e sua meta é definida 
pelo COPOM 
POLÍTICAS MONETÁRIAS EXPANSIVAS 
As Políticas Monetárias Expansivas têm o objetivo de AUMENTAR a quantidade 
de moeda em circulação na economia, o que acaba por aumentar a renda em geral, mas 
como consequência, tende a AUMENTAR a INFLAÇÃO. São exemplos: 
 
 BACEN DIMINUIR a EXIGÊNCIA de RESERVAS COMPULSÓRIAS. 
 
 
EXPLICANDO – Reserva Compulsória trata-se de uma porcentagem do 
“Dinheiro” dos Bancos, que deve ser depositada em uma conta aos cuidados do 
Banco Central. A ideia é garantir que os bancos não trabalhem “emprestando e 
aplicando” todo o dinheiro que possuem, sendo assim, menos sujeitos a riscos 
 
PERCEBA – Quando o Banco Central diminui essa exigência, sobra mais 
dinheiro nos bancos, aumentando o poder de multiplicador monetário. 
 
 COPOM DIMINUIR a TAXA de JUROS (SELIC). 
 
PERCEBA - Diminuindo a “SELIC”, menos moeda irá ser usada com fins de 
especulação. O que acaba por aumentar a moeda em circulação. 
 
 DIMINUIÇÃO da TAXA de REDESCONTO pelo BACEN 
 
EXPLICANDO - Taxa de redesconto é a “Taxa de Empréstimo” do BACEN 
para os Bancos em geral, quando essa taxa é menor, os bancos pegam mais 
dinheiro junto ao BACEN, o que deixa mais moeda disponível no mercado. 
 
 GOVERNO COMPRAR TÍTULOS PÚBLICOS do SETOR PRIVADO 
(OPEN MARKET) 
 
PERCEBA - O governo está pegando um título do banco e entregando 
valores monetários, o que aumenta a capacidade financeira do banco e 
consequentemente sua capacidade de multiplicar a moeda. 
 
 
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POLÍTICAS MONETÁRIAS RESTRITIVAS 
As Políticas Monetárias Restritivas têm o objetivo de DIMINUIR a oferta de moeda 
em circulação, tendo como um dos principais objetivos CONTER a INFLAÇÃO. O 
pensamento é inverso, sendo exemplos: 
 
 COPOM AUMENTA a TAXA SELIC. 
 
 AUMENTO da EXIGÊNCIA de RESERVAS COMPULSÓRIAS pelo 
BACEN 
 
 AUMENTO das TAXAS de REDESCONTO. 
 
 VENDA de TÍTULOS PÚBLICOS no MERCADO (OPEN MARKET) 
 
LEMBRE-SE (EXPANSIVA) - MAIS moeda em circulação, tendência de 
MAIOR INFLAÇÃO 
 
 
LEMBRE-SE (RESTRITIRA) - MENOS moeda em circulação, tendência de 
MENOR INFLAÇÃO 
POLÍTICA CAMBIAL 
A política cambial refere-se ao conjunto de medidas adotadas pelo governo para 
gerenciar a TAXA de CÂMBIO e as relações financeiras de um país com o resto do 
mundo. O objetivo principal é manter a estabilidade econômica e EVITAR 
FLUTUAÇÕES BRUSCAS na taxa de câmbio, que podem afetar negativamente a 
economia, sendo: 
 
 POLÍTICA CAMBIAL CONTRACIONISTA – Visa CONTER a INFLAÇÃO e 
estabilizar a economia através de medidas que afetam a taxa de câmbio. 
 
PERCEBA - Geralmente, isso envolve a VALORIZAÇÃO da MOEDA 
NACIONAL, o que torna as importações mais baratas e as exportações mais 
caras, reduzindo a demanda agregada e a pressão inflacionária. 
 
 POLÍTICA CAMBIAL EXPANSIONISTA – Visa DESVALORIZAR a MOEDA 
NACIONAL para estimular a economia. 
 
PERCEBA - Essa desvalorização pode ser alcançada através de medidas 
como a redução da taxa de juros e a compra de moeda estrangeirapelo Banco 
Central. 
 
 
 
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POLÍTICA FISCAL 
A política fiscal refere-se ao uso, por parte do governo, de instrumentos como 
impostos e gastos públicos para influenciar a atividade econômica. Ela busca estabilizar 
a economia, redistribuir a renda e alocar recursos, desempenhando um papel importante 
na gestão macroeconômica, sendo: 
 
 POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA – Estratégia econômica em que o 
governo aumenta seus gastos ou REDUZ IMPOSTOS para estimular a 
atividade econômica, especialmente em períodos de desaceleração ou 
recessão. 
 
PERCEBA – O objetivo é aumentar a demanda agregada, o que pode levar 
ao crescimento econômico, aumento do emprego e, potencialmente, à redução do 
desemprego. 
 
 POLÍTICA FISCAL CONTRACIONISTA – Estratégia econômica em que o 
governo reduz seus gastos ou AUMENTA IMPOSTOS para reduzir a 
atividade econômica 
 
PERCEBA – O objetivo, geralmente, é controlar a inflação ou reduzir o 
endividamento público. 
 
EXPLICANDO (DEMANDA AGREGADA) – De modo sucinto, representa a 
“demanda total” por bens e serviços em um país 
INSTRUMENTOS DE TRIBUTAÇÃO 
Como já citado, os principais instrumentos da política fiscal são gastos públicos e 
tributação, sendo: 
 
 GASTOS PÚBLICOS – Refere-se aos gastos do governo em áreas como 
saúde, educação, infraestrutura, defesa, entre outros. 
 
PERCEBA - O governo pode aumentar ou diminuir os gastos para estimular 
ou conter a atividade econômica. 
 
 TRIBUTAÇÃO – O governo pode ajustar as alíquotas e bases de cálculo dos 
impostos para influenciar a renda disponível das pessoas e o custo de 
produção das empresas. 
 
PERCEBA - A tributação também pode ser usada para desestimular ou 
estimular certos tipos de consumo ou investimento 
 
ATENÇÃO – Os tributos são RECEITAS DERIVADAS, sendo resultantes do 
poder coercitivo do estado, derivam do poder do estado cobrar de seus cidadãos 
determinados valores. 
 
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PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 
Sobre os tributos, podemos listar alguns princípios básicos, sendo eles: 
 
 PRINCÍPIO da NEUTRALIDADE – Basicamente, diz que impactos gerados 
pelos impostos devem interferir o mínimo possível na alocação de recursos 
na economia. 
 
PERCEBA - Quando o governo impõe um tributo, logicamente os preços 
gerais tendem a aumentar, logo o princípio da neutralidade se apega aos “preços 
relativos” os preços de um bem em relação aos outros. Estes devem permanecer 
o máximo possível constantes. 
 
 PRINCÍPIO da CAPACIDADE CONTRIBUTIVA – Basicamente, quem pode 
mais, paga mais. Essa capacidade é medida em termos de “riqueza”, quem 
ganha ou possui mais recursos é mais capaz de contribuir com tributos. 
 
 PRINCÍPIO do BENEFÍCIO – Basicamente, se paga de acordo com o 
benefício que se recebe do governo. Quem recebe mais, paga mais. 
 
ATENÇÃO – O princípio da “Capacidade Contributiva” e do “Benefício”, são 
derivações do PRINCÍPIO da EQUIDADE, visto buscar que os impostos sejam 
pagos pela sociedade de forma “justa” 
 
EQUIDADE HORIZONTAL – Indivíduos com as mesmas habilidades e 
capacidades pagam o mesmo 
 
EQUIDADE VERTICAL – Indivíduos com capacidades diferentes pagam na 
medida destas 
TIPOS DE IMPOSTOS 
Podemos citar como tipos de impostos: 
 
 IMPOSTOS DIRETOS - São aqueles que incidem sobre a RENDA das 
pessoas, levando em conta a capacidade contributiva do cidadão. 
 
EXEMPLO - Imposto de Renda (I.R) 
 
 IMPOSTOS INDIRETOS - São aqueles que incidem sobre os PRODUTOS, 
ou seja, incide sobre todos os cidadãos da mesma forma, não importando a 
capacidade contributiva deste. 
 
PERCEBA – Digamos que um quilo de feijão custe R$ 5,00 e que R$ 2,20 
deste valor seja composto por impostos. Não importa se um “milionário” ou um 
“miserável”, seja quem adquira o produto, o imposto será igual para ambos! 
 
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 IMPOSTOS PROGRESSIVOS – As alíquotas progressivas, tem a função de 
buscar uma maior equidade. Atendendo principalmente a equidade vertical, 
e também por consequência a horizontal. 
 
PERCEBA - O Imposto de Renda é um exemplo, visto que se cobra mais de 
quem tem mais renda. 
 
 IMPOSTOS REGRESSIVOS – Apresentam o raciocínio contrário ao 
progressivos. Acabam por tributar mais pesadamente os pobres. 
 
PERCEBA - Os impostos indiretos são exemplos de impostos regressivos. 
 
 IMPOSTOS PROPORCIONAIS – São medidos em relação a renda. 
Simplesmente é como se o I.R tivesse a MESMA alíquota para toda a renda. 
Atende mais a equidade horizontal do que a vertical. 
 
 IMPOSTOS CUMULATIVOS (EM CASCATA) – Incide em TODAS as 
etapas produtivas, aplicando-se ao faturamento do que é vendido. 
 
PERCEBA - Esse tipo de imposto é INEFICIENTE ECONOMICAMENTE 
 
 IMPOSTOS NÃO CUMULATIVOS – São impostos gerados em cima apenas 
do “valor agregado” em cada cadeia produtiva. 
 
PERCEBA - Este tipo de imposto também é chamado de IVA (Imposto Sobre 
Valor Agregado). 
 
DESSA FORMA – O imposto só incide sobre o valor agregado em cada etapa 
produtiva, e não sobre o valor cheio em todas as etapas. 
 
ATENÇÃO - O IVA é mais eficiente e apresenta mais Neutralidade do que o 
imposto em cascata! 
 
 IMPOSTOS LUMP-SUM – São impostos FIXOS, que independem da renda, 
consumo ou benefício. 
 
PERCEBA - É como se o governo de um estado cobrasse R$ 10,00 de 
imposto de todos os cidadãos mensalmente. 
 
 IMPOSTOS EXCISE-TAX – São sobre os PRODUTOS, agindo sobre o 
preço de determinados bens, e não sobre todos os contribuintes de forma 
igual 
 
EXEMPLOS - ISS (imposto sobre serviços) e ICMS (imposto sobre circulação 
de mercadorias e serviços). 
 
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REGRA DE RAMSAY (TRIBUTAÇÃO CRUEL) 
Abordando de maneira teórica, Ramsey diz que, logicamente, será melhor para o 
governo tributar os bens que apresentem MENOS ELASTICIDADE. 
 
PERCEBA - Esse pensamento tem uma visão extremamente contrária ao 
princípio da Equidade, apesar de ser mais eficiente do ponto de vista econômico. 
 
PERCEBA - Esse é o desafio econômico do governo, já que um sistema justo 
não é necessariamente eficiente, e vice e versa! 
 
EXPLICANDO (ELASTICIDADE) – O quanto a variação dos preços, de 
determinado bem, influi na demanda deste bem 
 CURVA DE LAFFER 
Em suma, Laffer defendia, que a medida que a tributação crescesse, a arrecadação 
iria crescer até certo ponto. Um excesso de arrecadação (após o ponto de arrecadação 
ótima) faria com que as pessoas sonegassem, ou consumissem menos, ou a produção 
pelos ofertantes fosse desestimulada, o que traria um efeito contrário! 
 
PERCEBA - Um governo então encontraria um “limite” para sua tributação, 
não adiantaria aumentar os impostos indefinidamente, pois a partir de certo ponto 
esse aumento não se traduziria em uma maior arrecadação e sim em um maior 
prejuízo ao governo. 
 
 
 Figura – Curva de Laffer 
 
 
 
 
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FUNÇÃO REGULADORA 
CONCEITO 
A função reguladora refere-se à atuação do Estado para disciplinar e controlar 
atividades econômicas e sociais, visando garantir o interesse público. Essa função 
envolve, entre outras ações: 
 
 FUNÇÃO NORMATIVA (EDIÇÃO de NORMAS) – As agências reguladoras 
possuem amplo poder normativo em suas áreas de atuação 
 
PERCEBA - O poder normativo atribuído às agências reguladoras consiste 
em instrumento para a implementação das diretrizes, finalidades, objetivos e 
princípios expresso na Constituição e na legislação setorial 
 
 FUNÇÃO FISCALIZADORA (FISCALIZAÇÃO e CONTROLE) – Envolve a 
supervisão e controle das atividades econômicas e sociais, garantindo que 
empresas e cidadãos sigam as leis e regulamentos estabelecidos 
 
PERCEBA - Essa função visa proteger o interesse público, a concorrência 
justa e a eficiência econômica, muitas vezes através de órgãos reguladores 
específicos 
 
 FUNÇÃO de POLÍCIA (PODER de POLÍCIA)– Considera-se poder de 
polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando 
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, 
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, 
aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de 
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder 
Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos 
individuais ou coletivos 
 
PERCEBA – Acima está transcrito o artigo 78 do Código Tributário Nacional 
que define o Poder de Polícia 
 
 FUNÇÃO CONCILIADORA (CONCILIAÇÃO) – Refere-se à sua atuação 
para equilibrar interesses divergentes, como os de usuários e do mercado, 
em setores regulados, buscando o interesse público 
 
PERCEBA - Essa função se manifesta através da regulamentação e 
fiscalização, garantindo a qualidade e a continuidade dos serviços, especialmente 
os públicos, e promovendo a competição saudável. 
 
 
 
 
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REGULAÇÃO X REGULAMENTAÇÃO: 
A regulamentação é um ASPECTO ESPECÍFICO da regulação, relacionado à 
elaboração de normas e regulamentos. A regulação, por sua vez, abrange um conjunto 
mais amplo de ações, incluindo a fiscalização e o controle 
 
PERCEBA – O estado é muito menos eficiente do que o setor privado quando 
exerce, diretamente, as atividades econômicas, produção de bens ou utilidades 
 
SENDO ASSIM – Propõe-se a redução do tamanho da “máquina estatal”, 
retirando de sua atuação o que não for imprescindível 
FUNÇÃO INTERVENTORA 
A função interventora do Estado regulador se refere à atuação do Estado na 
economia, buscando EQUILIBRAR os INTERESSES do MERCADO com o BEM-
ESTAR da SOCIEDADE. 
 
PERCEBA - Isso é feito através das funções do estado regulador, visando 
garantir a eficiência, a justiça social e o desenvolvimento nacional. 
FORMAS DE INTERVENÇÃO 
O Estado regulador se manifesta através de diversas formas de intervenção, tanto 
diretas quanto indiretas. As principais são 
 
 INTERVENÇÃO por DIREÇÃO (INDIRETA) – Estado estabelece REGRAS 
e NORMAS que devem ser seguidas pelos agentes econômicos, como a 
criação de agências reguladoras para setores específicos. 
 
 INTERVENÇÃO por CONTROLE (INDIRETA) – Estado pode atuar como 
FISCALIZADOR, monitorando o cumprimento das normas e punindo 
aqueles que as desrespeitarem. 
 
 INTERVENÇÃO por ESTÍMULO (INDIRETA) – Estado pode oferecer 
INCENTIVOS e SUBSÍDIOS para direcionar a atuação do setor privado em 
áreas consideradas estratégicas. 
 
 INTERVENÇÃO como AGENTE ECONÔMICO (DIRETA) –Estado pode 
ATUAR como EMPRESÁRIO, seja para garantir a prestação de serviços 
essenciais ou para setores considerados de interesse nacional 
 
INTERVENÇÃO DIRETA - Estado atua como agente econômico, explorando 
atividades econômicas, muitas vezes através de empresas estatais 
 
INTERVENÇÃO INDIRETA - Estado atua como regulador, fiscalizador, 
incentivador e planejador da atividade econômica privada, estabelecendo normas 
e limites para o mercado 
 
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REGULAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL 
Como já visto, a Regulação abrange toda forma de organização da atividade 
econômica através do Estado. Segundo a Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Econômico (OCDE), a regulação se divide em três áreas: 
 
 REGULAÇÃO ECONÔMICA – A regulação econômica é a atuação do 
Estado para supervisionar, orientar e fiscalizar a atividade econômica, 
visando garantir o equilíbrio do mercado e evitar impactos negativos 
 
PERCEBA - As agências reguladoras são órgãos criados para exercer essa 
função de forma especializada em setores específicos da economia 
 
 REGULAÇÃO SOCIAL – Refere-se às práticas e mecanismos que o Estado 
utiliza para influenciar e moldar o comportamento social 
 
PERCEBA - A regulação social é um conceito amplo que engloba diversas 
formas de intervenção do Estado, com o objetivo de promover a proteção de 
direitos, a garantia da qualidade dos serviços públicos, a promoção da justiça 
social, entre outros direitos fundamentais 
 
PERCEBA - Essa regulação pode ocorrer através de leis, normas, políticas 
públicas e outras formas de ação estatal. 
 
 REGULAÇÃO ADMINISTRATIVA – Traduzida pela soberania do Estado e 
no poder de regulamentar. 
 
LEMBRE-SE – Estuda-se o Poder Regulamentar, de forma completa, na 
matéria de Direito Administrativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
#FAZQUESTÃO 
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FALHAS de MERCADO 
ÓTIMO DE PARETO 
Para compreender as falhas de mercado, o primeiro conceito que temos que 
entender é o ótimo de Pareto. Este se manifesta quando o mercado opera da forma MAIS 
EFICIENTE POSSÍVEL! Essa situação existe quando: 
 
 “Não é possível melhorar a situação de alguém, sem piorar a de 
 outra pessoa” 
EXEMPLIFICANDO 
Imagine uma situação em que um mercado possui dois agentes e uma 
disponibilidade total de vinte unidades de recursos. Se um agente tem oito unidades e 
outro agente tem dez unidades, percebemos que ainda restam duas unidades 
disponíveis neste mercado, nessa situação ainda NÃO TEMOS o ótimo de Pareto. Se 
ambos ficam com dez unidades, como a disponibilidade de recursos desse mercado é 
de vinte unidades, TEMOS o ótimo de Pareto, pois nessa situação, para um ter onze 
unidades o outro precisaria ter nove. 
 
ATENÇÃO – Isso não significa que todos os agentes devem ter quantidades 
iguais para se atingir o ótimo de Pareto! 
 
PERCEBA - No exemplo, se um tivesse dezoito unidades e o outro agente 
tivesse duas unidades, também alcançaríamos este ótimo. 
MELHORIA DE PARETO 
Ssituação que podemos melhorar a satisfação de Alguém, sem piorar a de alguém. 
 
PERCEBA - Teremos uma melhoria, mas não um ótimo, pois este é 
encontrado quando não é mais possível melhorar a situação de alguém sem piorar 
a de outro alguém. 
TEOREMAS DO BEM ESTAR SOCIAL 
O Teorema do Bem-Estar Social, na economia, refere-se a dois teoremas centrais 
que relacionam eficiência e bem-estar social, sendo: 
 
 1° TEOREMA (ÓTIMO de PARETO) - Se os mercados são eficientes, a 
alocação de recursos resultante é a melhor possível 
 
PERCEBA – Nesse caso não existem falhas de mercado, sendo as 
informações perfeitas 
 2° TEOREMA – Em um mercado ótimo, a sociedade pode escolher qualquer 
resultado eficiente que desejar 
 
EXEMPLOS - Através da redistribuição de renda ou alocações mais eficientes 
 
#FAZQUESTÃO 
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ESTRUTURAS DE MERCADO 
As estruturas de mercado diferem-se por três fatores principais, são eles: 
 
 Número de PRODUTORES EXISTENTES no mercado. 
 
 Nível de DIFERENCIAÇÃO dos produtos 
 
 Presença em maior ou menor grau de BARREIRAS COMERCIAIS. 
TIPOS DE ESTRUTURAS 
Explicados os fatores que diferenciam as estruturas, cabe lista-las, sendo: 
 
 CONCORRÊNCIA PERFEITA – Grande número de compradores e 
vendedores de um produto sem diferenciação. Nenhum produtor ou 
comprador consegue influenciar o mercado, nem mudar o preço de equilíbrio 
 
PERCEBA - Neste mercado o número de informações também é 
ILIMITADO, sendo assim, as informações são perfeitas, NÃO HAVENDO 
assimetria de informações 
 
ASSIMETRIA de INFORMAÇÃO – Ocorre quando uma parte envolvida em 
uma negociação possui mais ou melhores informações sobre o produto ou serviço 
do que a outra parte 
 
EXEMPLOS APROXIMADOS – Mercados Agrícolas e Commodities 
 
 MONOPÓLIO -. Uma firma domina o mercado e dita sua demanda e seu 
preço. Não existem produtos substitutos, e as barreiras de entrada para 
novas empresas são fortíssimas. 
 
PERCEBA – Por existir uma INEXISTÊNCIA de COMPETIÇÃO, é o cenário 
CONTRÁRIO da concorrência perfeita 
 
 CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA – Há concorrência entre as empresas 
e nenhuma tem o poder de influenciar o mercado como um todo. Os produtos 
não são iguais, porém são altamente substituíveis entre si. 
 
PERCEBA – Trata-se do meio termoentre a concorrência perfeita e o 
Monopólio 
 
PERCEBA – No curto prazo, o mercado em Concorrência Monopolística se 
comporta como o do Monopólio, tentando maximizar seu lucro. No longo prazo, 
tende a se comportar como o de concorrência perfeita, pois existem cada vez mais 
produtos no mercado. 
 
#FAZQUESTÃO 
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 OLIGOPÓLIO – Algumas empresas são responsáveis por grande parte da 
produção de um mercado. 
 
PERCEBA – Um mercado pode possuir muitas firmas, mas apenas um 
número pequeno delas domina. 
 
 MONOPSÔNIO – Ideia similar ao monopólio, porém invés de um produtor 
no mercado, temos apenas um COMPRADOR. 
 
EXEMPLO – Cooperativas em geral, como leite ou soja, que compram toda 
a produção das fazendas da região. 
 
 OLIGOPSÔNIO – Ideia similar ao oligopólio, mas invés de poucos 
produtores, existem poucos compradores no mercado. 
 
EXEMPLO – Empresas de celulares que compram toda a produção de certos 
componentes no mercado. 
BARREIRAS DE ENTRADA 
Novos entrantes enfrentam “BARREIRAS” naturais de um mercado. Normalmente, 
quanto mais “ambiciosa” é uma ideia de organização/produto, maiores são estas 
barreiras. De forma geral, são exemplos de BARREIRAS de ENTRADA: 
 
 ECONOMIAS de ESCALA – Economias que tem grande produção e baixo 
custo unitário, forçando o entrante a entrar em um mercado já muito bem 
estabelecido. 
 
 DIFERENCIAÇÃO do PRODUTO – Vantagens que as empresas já 
estabelecidas têm em relação à sua marca e à sua história no mercado. É 
uma barreira a novos entrantes que não conseguem acompanhar esta 
diferenciação. 
 
 NECESSIDADES de CAPITAL – Quanto maior e mais caro é o setor, mais 
difícil uma nova empresa entrar neste mercado, pois será necessário maior 
investimento inicial. 
 
 ACESSO aos CANAIS de DISTRIBUIÇÃO – Quando os canais de 
distribuição dos produtos já estão muito bem estabelecidos e pertencentes 
a determinadas empresas de um grupo, se torna uma barreira para novos 
entrantes. 
 
PERCEBA – Quanto maior a tendência de monopólio, maiores são as 
barreiras de entrada para entrar neste mercado 
 
PERCEBA - Em um mercado de concorrência perfeita, não existem barreiras 
significativas à entrada de novas empresas. 
 
 
#FAZQUESTÃO 
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ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO 
Como já visto, a assimetria de informação ocorre quando uma parte envolvida em 
uma negociação possui mais ou melhores informações sobre o produto ou serviço do 
que a outra parte, ou seja: 
 
 Uma das partes tem acesso a informações que a outra não tem, ou não tem 
na mesma medida. 
 
 Essa diferença de informação pode levar a decisões equivocadas ou 
injustas, prejudicando a parte menos informada. 
 
PERCEBA – A regulação é uma importante medida para mitigar a assimetria 
de informação, visto que órgãos reguladores podem criar leis e normas para 
garantir a divulgação de informações relevantes e proteger os consumidores. 
CONSEQUÊNCIAS 
São consequências da assimetria de informação: 
 
 SELEÇÃO ADVERSA – Produtos ou serviços de BAIXA QUALIDADE são 
mais fáceis de serem comercializados, pois os compradores não conseguem 
diferenciá-los dos de alta qualidade. 
 
 RISCO MORAL – A parte com mais informações pode agir de forma 
irresponsável ou desonesta, sabendo que a outra parte não tem como 
monitorar suas ações. 
 
 DESEQUILÍBRIOS no MERCADO – A assimetria de informação pode levar 
a preços injustos, perda de confiança dos consumidores e, em casos 
extremos, ao colapso do mercado. 
 
 CAPTURA REGULATÓRIA - Em casos de assimetria de informações entre 
reguladores e empresas reguladas, pode ocorrer a captura regulatória, onde 
o órgão regulador SE TORNA INFLUENCIADO pelos interesses da empresa 
regulada, em vez de proteger o interesse público. 
 
PERCEBA - A redução da assimetria de informações pode ser alcançada 
através de mecanismos como a divulgação de informações relevantes, a regulação 
mais eficaz e o desenvolvimento de tecnologias que aumentem a transparência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
#FAZQUESTÃO 
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FALHAS de MERCADO 
CONCEITO 
Para atingir a eficiência econômica plena, ou ótimo de Pareto, vimos que um 
mercado deve ser competitivo em concorrência perfeita. Porém, conforme vimos em 
“Estruturas de Mercado”, o mercado de concorrência perfeita é difícil de ser alcançado! 
Ou seja, nos mercados “reais” existem falhas ou ineficiências que impedem o ótimo de 
Pareto, sendo estas falhas: 
 
 EXTERNALIDADES 
 
 EXISTÊNCIA de BENS PÚBLICOS 
 
 ASSIMETRIA de INFORMAÇÕES 
 
 MERCADOS INCOMPLETOS 
 
 RISCOS PESADOS 
 
 FALHAS na COMPETIÇÃO (MONOPÓLIOS NATURAIS) 
 
 DESEMPREGO e INFLAÇÃO 
 
PERCEBA - Vamos trabalhar com mais detalhes as “Externalidades” e a 
“Existência de Bens Públicos”, visto que as demais são auto explicativas e não são 
relevantes para fins de prova. 
 
LEMBRE-SE – Já tratamos sobre “Assimetria de Informações” neste material 
EXTERNALIDADES 
 A grosso modo, são os EFEITOS na ECONOMIA, positivos ou negativos, que 
resultam de nossas ações. São os motivos que “subvertem” o ótimo de Pareto, e fazem 
o mercado não ser plenamente eficiente. 
 
PERCEBA – Nem todos os custos ou benefícios estão incluídos no preço de 
um bem, existem CUSTOS de TRANSAÇÃO que são implícitos na dinâmica 
econômica, sendo um dos fatores que acabam causando estas externalidades. 
 
PERCEBA – Estes efeitos, ou externalidades, podem ser POSITIVAS ou 
NEGATIVAS 
 
DETALHE - Outra maneira de se chamar as Externalidades Positivas, é 
ECONOMIAS EXTERNAS, e as negativas, DESECONOMIAS EXTERNAS 
 
#FAZQUESTÃO 
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EXTERNALIDADES POSITIVAS 
 As Externalidades Positivas, são ações que fazem o bem não apenas para o 
indivíduo, mais para TODA a COLETIVIDADE, há um ganho social na externalidade 
positiva. Um exemplo de externalidade positiva seria o “sistema de ensino” como um 
todo. 
 
PERCEBA – O objetivo de uma universidade é formar o aluno, porém, esta 
ação gera consequências positivas indiretas, como por exemplo a redução da 
criminalidade, uma sociedade mais desenvolvida e justa, entre outros benefícios 
que são externos ao foco principal da universidade. 
 
PERCEBA - Um outro exemplo seria uma coleta seletiva de lixo, os 
beneficiados não seriam apenas quem coleta o lixo seletivamente, mas toda uma 
sociedade. 
EXTERNALIDADES NEGATIVAS 
 Já na Externalidade Negativa é justamente o contrário, o BENEFÍCIO PRÓPRIO 
causa um PREJUÍZO à COLETIVIDADE. 
 
PERCEBA – Desmatar uma área que está prejudicando o acesso à sua 
propriedade, causa benefício próprio, mas prejuízo indireto para a sociedade como 
um todo. 
 
PERCEBA - O caminho mais fácil para o descarte do lixo é simplesmente 
tira-lo de sua propriedade e descarta-lo em algum lugar que não cause prejuízos 
a si próprio, porém, essa atitude causaria transtornos sociais, criando uma 
externalidade negativa. 
 
ATENÇÃO - Podemos pensar que um ser humano racional busca maximizar 
seus resultados enquanto minimiza seus próprios prejuízos! Logo podemos dizer 
que existe uma “TENDÊNCIA” que propicia o surgimento de externalidades 
negativas! 
CASO ESPECIAL (EXTERNALIDADE “ESNOBE”) 
A externalidade "esnobe", também conhecida como efeito "snob" ou "veblen", é um 
tipo de externalidade de consumo NEGATIVA, onde o VALOR de um bem ou serviço 
DIMINUI para um consumidor QUANDO MAIS PESSOAS o CONSOMEM 
 
 PERCEBA – Trata-se de um desejo de exclusividade e distinção social, que 
gera um efeito negativo no mercado, sendo um tipo de EXTERNALIDADE 
NEGATIVA 
 
 
#FAZQUESTÃO 
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CAUSAS DAS EXTERNALIDADES 
As causas principais para as externalidades são: 
 
 AUSÊNCIA de DIREITOS de PROPRIEDADE (TRAGÉDIA dos COMUNS) 
 
 CUSTOS de TRANSAÇÃO. 
 
PERCEBA – Podem se pensar em diversas formas de externalidades, porém, 
as economicamente mais relevantes são essas que trataremos a seguir 
TRAGÉDIA DOS COMUNS 
Também chamada de “Tragédiados Bens Comuns”, trata-se de uma análise que 
podemos observar no dia a dia. Sua base é que simplesmente os bens privados tendem 
a ser muito mais bem cuidados que os bens públicos ou “comuns”! 
 
Tomemos como exemplo o estado das bicicletas públicas que algumas empresas, 
como bancos, disponibilizam, e comparem com o estado de suas bicicletas, que vocês 
guardam em casa. Via de regra, os bens que são compartilhados por todos tendem a ser 
menos preservados, pois não guardam relação de propriedade com nenhum de seus 
usuários. Já os bens que são privados, ou seja, sejam propriedade de alguém, costumam 
ser muito melhores preservados por este alguém. 
 
Isso acontece pois em um bem de uso comum, com ausência de propriedade, cada 
usuário do serviço vai tentar EXTRAIR o MAIOR BENEFÍCIO POSSÍVEL para si próprio, 
e buscar ter o MENOR CUSTO POSSÍVEL. 
 
PERCEBA – Isto se deve porque o prejuízo não é só do usuário, já o 
benefício, naquele momento de uso, é exclusivo do usuário. 
CUSTOS DE TRANSAÇÃO (TEOREMA DE COASE) 
Coase defendia que os custos de transação entre os agentes econômicos são 
causas de externalidades. 
 
DESSE MODO – Não existirão externalidades se NÃO HOUVEREM custos 
de transação entre os agentes. 
 
PERCEBA – Estes custos de transação são estão “implícitos” no preço do 
produto, podemos resumi-los como os custos de negociação, garantias 
contratuais, custos monetários, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
#FAZQUESTÃO 
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MANEIRAS DE CORRIGIR AS EXTERNALIDADES 
Externalidades existem e, como podemos ver, os consumidores e produtores não 
possuem grande incentivo para praticar externalidades positivas ou deixarem de praticar 
externalidades negativas. 
 
PERCEBA - Nesse cenário o GOVERNO tem um importante papel para 
corrigir as externalidades. Desencorajando externalidades negativas e 
incentivando as positivas. 
 
APROFUNDANDO – Impostos ou Taxas sobre Externalidades Negativas, 
são chamadas de “Impostos de Pigou” ou “Taxas Pigounianas”. 
 
APROFUNDANDO - Subsídios ou Auxílios que buscam estimular 
Externalidades Positivas, são chamados de “Subsídios de Pigou ou Pigonianos” 
EXISTÊNCIA DE BENS PÚBLICOS 
Temos que levar para a prova que os bens públicos apresentam duas 
características principais: 
 
 NÃO RIVALIDADE – Quando pudemos usar um bem “ao mesmo tempo” 
que outra pessoa, sem que esse uso diminua a utilidade desta outra pessoa 
nem a nossa própria, temos um bem que não apresenta rivalidade. 
 
PERCEBA – A grosso modo pode-se usar como exemplo a iluminação 
pública. O uso por um indivíduo não rivaliza o uso com outro indivíduo. Um mesmo 
poste de luz ilumina todos o quanto alcança 
 
 NÃO EXCLUSIVIDADE – Característica de um bem que não pode ter 
destinatários definidos, sendo impossível ou muito oneroso definir seus 
destinatários 
 
PERCEBA – Trata-se de um bem que pode ser utilizado por todos, como um 
banco em uma praça pública, ou a própria iluminação pública. 
 
EXEMPLO - Usando o mesmo exemplo, uma vez que o governo coloca um 
poste, não tem como “escolher” quem será iluminado por ele! Esse é o atributo da 
não exclusividade. 
 
 
 
 
 
 
 
#FAZQUESTÃO 
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BEM PÚBLICO X BEM PRIVADO 
Perceba que um bem privado é: 
 
 RIVAL – Você pode usá-lo em detrimento de outra pessoa, pois é seu! 
 
 EXCLUSIVO – Você pode excluir pessoas que não deseje que usem o seu 
bem. 
 
PERCEBA - Com BENS PRIVADOS é possível MENSURAR, precisamente, 
a satisfação que o bem te causa. 
 
PERCEBA – Já o BEM PÚBLICO causa, por si só, uma falha de mercado, 
pois é IMPOSSÍVEL DETERMINAR o pagamento justo de cada pessoa sobre seu 
consumo! 
EXEMPLIFICANDO 
Tomando novamente o exemplo da iluminação pública, não temos como mensurar 
qual a quantidade de luz que vai ser distribuída a cada indivíduo isoladamente e cobra-
lo, proporcionalmente, a esse uso! 
 
OU SEJA – É possível que TERCEIROS usem o bem, SEM PAGAR por ELE! 
 
APROFUNDANDO – Essas pessoas que usam os bens públicos sem pagar 
por eles, são chamados de CARONAS (FREE RIDERS) 
BENS SEMI-PÚBLICOS OU MERITÓRIOS 
Podemos ver que, em uma visão econômica, os BENS PÚBLICOS CAUSAM 
FALHAS de MERCADO, e por isso se AFASTAM da concorrência perfeita e do ótimo 
de Pareto. Adicionalmente, existem alguns bens públicos que APRESENTAM 
características de rivalidade ou exclusividade! 
 
PERCEBA – Bens como Educação e Saúde, por exemplo, dependem de 
vagas, facilidade de acesso, entre outros requisitos. 
 
ENTÃO – Esses bens são chamados de BENS SEMI-PÚBLICOS ou 
MERITÓRIOS! 
 
POR FIM - Devemos entender que não é apenas o governo que fornece bens 
públicos! Uma empresa privada, que mantenha uma praça, por exemplo, está 
fornecendo um bem público não rival e não exclusivo. 
 
 
#FAZQUESTÃO 
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FALHAS de GOVERNO 
CONCEITO 
Falha de governo (ou falhas de não-mercado ou falhas do setor público) deve ser 
entendida com uma situação na qual o GOVERNO é INCAPAZ de fornecer bens e 
serviços de: 
 
 Uma maneira ALOCATIVAMENTE EFICIENTE 
 
 Onde as atividades do governo são PARETO INEFICIENTES. 
 
REFORMAS REGULATÓRIAS - Mudanças que melhorem a QUALIDADE 
REGULATÓRIA, isto é, que aumentem seu desempenho, custo-efetividade, ou a 
qualidade legal da regulação. 
TIPOS DE FALHA DE GOVERNO 
São exemplos de falhas de governo: 
 
 FALHA LEGISLATIVA – Ineficiência alocativa decorrente do excesso de 
provisão de bens públicos concebidos e utilizados como instrumento de 
estratégia política para maximizar as possibilidades de reeleição 
 
 FALHA BUROCRÁTICA – tais falhas asseguram que as políticas não serão 
implementadas eficientemente, uma vez que o funcionalismo público carece 
de incentivos para conduzir uma política com eficiência; 
 
 FALHA ADMINISTRATIVA – Desde que a aplicação de um determinado 
regulamento inevitavelmente requer uma interpretação sobre o mesmo, 
variadas combinações de informações e incentivos agem no sentido de 
afetar a maneira como o juízo ou entendimento é exercitado 
 
 FALHA JUDICIAL – Ocorre quando o sistema legal falha ao não proferir 
resultados judicialmente ótimos 
 
 FALHA COERCITIVA – É definida como a “sub-ótima” utilização do poder 
coercitivo e não coercitivo do judiciário, do legislativo e do executivo e das 
diretivas administrativas que deste modo, podem anular a efetividade do 
funcionamento do aparelho estatal em outros estágios. 
 
 RENT-SEEKING – Como a intervenção governamental resulta em 
transferência de riquezas, indivíduos preferem buscar capturar as riquezas 
existentes a seu favor ao invés de dedicar esforços para a criação de mais 
riqueza; 
 
 
 
 
#FAZQUESTÃO 
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CAUSAS DE FALHA DE GOVERNO 
De forma geral, podemos listar como causas: 
 
 INFORMAÇÃO IMPERFEITA - O governo pode não ter informações 
completas sobre a realidade, levando a decisões equivocadas. 
 
 INTERESSES PRÓPRIOS - Burocratas podem buscar objetivos pessoais, 
como maximizar o tamanho de suas instituições ou obter benefícios 
financeiros, em detrimento do bem comum. 
 
 PRESSÃO de GRUPOS de INTERESSE – Grupos com interesses 
específicos podem influenciar as decisões governamentais, levando a 
políticas que favorecem esses grupos em detrimento da sociedade em geral. 
 
 BUROCRACIA - A complexidade da estrutura governamental e a falta de 
coordenação entre os diferentes órgãos podem levar a ineficiências e 
atrasos. 
 
 FALTA de TRANSPARÊNCIA – A falta de transparência na tomada de 
decisões e na gestão dos recursos públicos pode dificultar o controle social 
e aumentar o risco de corrupção. 
 
 CORRUPÇÃO – A corrupção, onde agentes governamentais usam seu 
poder para benefício próprio, desvia recursos e compromete a eficiência e a 
confiança nas instituições 
 
 INFLEXIBILIDADE – Políticas governamentais podem ser difíceis de mudar 
rapidamente, mesmo quando as condições econômicas ou sociais mudam, 
levando a ineficiência e custos.PERCEBA – As falhas de governo podem ocorrer por uma variedade de 
razões, a regulação busca, também, evitar e gerenciar estas falhas de governo.

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