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Chamamento ao Processo

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Processo Civil | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
pág. 1 
 
 
 
 
Disposto nos arts. 130, 131 e 132 do CPC. 
 
Conceito: “Trata-se de instrumento de 
formação de litisconsórcio passivo por 
iniciativa do próprio réu, neste sentido é 
uma exceção, pois a facultatividade do 
litisconsórcio está normalmente ligada à 
figura do autor e não a do réu” 
 
® Quem chama? Somente o RÉU. 
® Terminologia: Chamante e Chamado 
(3º). 
® Forma um litisconsórcio passivo. 
 
Trata-se de uma dilatação do polo passivo 
da demanda. 
 
1. Em seu inciso I, do Art. 130 diz: 
 
É admissível o chamamento ao processo, 
requerido pelo réu, do afiançado, na ação 
em que o fiador for réu. 
 
Ou seja, A fiança gera responsabilidade 
solidária, sendo possível que o credor 
interponha ação contra o fiador, o fiador 
então chama ao processo o afiançado. 
 
Exemplo: Pedro fez um contrato, em que o 
devedor principal era Augusto e João era 
o fiador. Isso quer dizer que Augusto é o 
afiançado. Pedro pode promover a ação 
contra 
 
Augusto e João, mas decide colocar apenas 
João. O fiador é responsável, mas, por via 
de regra, por ter a questão de ordem, 
primeiro deve-se acionar o devedor e 
depois o fiador ou os dois. 
 
 
 
 
Observar a afirmativa: Se o credor 
promoveu a ação contra o devedor e não 
botou o fiador no polo passivo, o devedor 
não pode chamar o fiador no processo. 
 
® Afirmativa está incorreta! Somente o 
inverso poderia ocorrer. 
 
® Apenas o inverso pode acontecer. A 
fiança é um direito acessório de 
garantia. É como se o credor, ao não 
promover a ação contra o fiador, 
estivesse abdicando dessa garantia 
 
Importante: Não cabe chamamento ao 
processo do fiador no caso do demandado 
ser o DEVEDOR PRINCIPAL, pois este não 
tem direito de regresso contra o fiador. 
 
2. Em seu inciso II, do Art. 130, diz: 
 
É admissível o chamamento ao processo, 
requerido pelo réu, dos demais fiadores, na 
ação proposta contra um ou alguns deles. 
 
Ou seja, um dos fiadores foi acionado, ele 
pode trazer ao polo passivo da demanda os 
demais fiadores. 
 
3. Em seu inciso III, do Art. 130 diz 
 
É admissível o chamamento ao processo, 
requerido pelo réu, dos demais credores 
solidários, quando o credor exigir de um ou 
de alguns o pagamento da dívida comum. 
 
® Pela lei civil, o autor pode propor 
ação contra 1 ou todos os devedores 
solidários. 
 
Chamamento ao Processo 
 
Processo Civil | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
pág. 2 
 
® O autor pode propor ação somente 
contra um dos devedores solidários, 
sendo um litisconsórcio passivo 
facultativo. 
 
® O réu pode promover o chamamento 
dos demais devedores solidários, 
formando litisconsórcio passivo 
formado pelo réu. 
 
® Só cabe no processo (fase) de 
conhecimento. 
 
¨ Finalidade: 
 
Constituir um título executivo judicial para 
posterior sub-rogação, para cobrar dos 
demais codevedores com o título contra os 
codevedores. 
 
O autor sai com um título executivo para 
cobrar do réu e o réu já tem um título 
executivo para cobrar a parte dos 
codevedores. 
® Art. 132 do CPC dispõe sobre a 
finalidade do chamamento. 
® É formado então 2 títulos executivos. 
 
Art. 132. A sentença de procedência valerá 
como título executivo em favor do réu que 
satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-
la, por inteiro, do devedor principal, ou, de 
cada um dos codevedores, a sua quota, na 
proporção que lhes tocar. 
 
Adota-se o regime de litisconsórcio passivo 
facultativo, entre Chamante e chamado. 
 
Logo, trata-se de uma faculdade processual 
(não é obrigatória). 
 
® Além disso, é provocada. 
 
¨ Momento: 
 
Na contestação, sob pena de preclusão. Ou 
seja, tem momento específico. 
® Disposto no art. 131 do CPC. 
 
O juiz pode indeferir liminarmente. O juiz 
ouve as partes antes de dar a decisão. 
® Cabe Agravo de Instrumento. 
 
Aceitando o chamamento, o juiz fará a 
citação dos chamados. 
 
Qual o prazo? 30 dias úteis. 
 
Mas se o chamado residir em outra comarca, 
seção ou subseção judiciárias, ou em lugar 
incerto, o prazo será de 2 meses. 
 
® P. único do art. 131 do CPC. 
 
Chamamento ao processo X Denunciação 
da lide. 
 
Na denunciação da lide NÃO há relação 
jurídica entre o denunciado e o adversário 
do denunciante. 
 
Já no chamamento ao processo, o chamado 
possui relação jurídica com o adversário do 
chamante. 
 
® Chamamento do processo e 
denunciação da lide nas causas de 
consumo coletivas. 
 
Art. 88 e 101, CDC. – Fala de denunciação, 
mas seria chamamento. 
 
O chamamento ao processo é permitido. 
A denunciação da lide será permitida, de 
acordo com o caso concreto.

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