histologia tecido conjuntivo propriamente dito aula 11

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ARA0023 – Histologia e Embriologia
Aula 11: Tecido conjuntivo propriamente dito
Prof.Dr. Orlando P. Neto
Histologia e Embriologia
1. Introdução
AULA 11: Tecido conjuntivo propriamente dito
O tecido conjuntivo propriamente dito é o mais indiferenciado de todos e está presente em todos os órgãos e abaixo
da epiderme.
Tem origem embrionária nas células mesenquimais do mesoderma que migram para todos os tecidos.
Características principais:
• Grande quantidade de material extracelular (fibras e substância amorfa);
• Diversos tipos de células;
• É vascularizado (exceto a cartilagem).
Obs: A matriz extracelular (MEC) é constituída por fibras e substância fundamental amorfa.
2. Funções
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a) preencher espaços entre os órgãos e outros tecidos;
b) suporte e apoio aos epitélios de revestimento e glandular, vasos sanguíneos, linfáticos, nervos e componentes
do tecido muscular;
c) unir os músculos esqueléticos aos ossos formando sob a forma de tendões; proteger e conter os órgãos a partir da
formação de cápsulas;
d) servir de meio de troca para restos metabólicos, nutrientes e gases;
e) auxiliar na defesa e proteção do organismo.
f) armazenamento (gordura).
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3. Composição
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Morfologicamente, apresenta grande quantidade de material extracelular (matriz extra celular ou MEC), constituído 
por uma parte não estrutural, denominada de substância estrutural amorfa (SFA), e por outra porção fibrosa que varia 
de acordo com a função do tecido.
3.1 Substância fundamental amorfa: constituída por proteogliganas, glicosaminoglicanas e proteínas de adesão.
Formada principalmente por água, polissacarídeos e proteínas. Pode assumir consistência rígida, como, por exemplo,
no tecido ósseo; e mais líquida, como é o caso do plasma sanguíneo.
3.2 Fibras: que proporcionam forças de tração e elasticidade. Dividem-se em:
3.2.1 Colágenas → É inelástica e possui grande resistência a tração.
3.2.2 Elásticas → É formada por elastina e é altamente elástica, esticada até 150% do seu comprimento em 
repouso.
3.2.3 Reticulares.
3.3 Células: Fibroblastos; Macrófagos; Mastócitos; Plasmócitos; Linfócitos e Células Adiposas.
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3.1 Substância fundamental amorfa
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Funções:
a) Reserva de Fatores de Crescimento (que estimulam a proliferação 
celular mediante a regulação do ciclo celular, iniciando a mitose, 
mantem a sobrevivência celular, estimulam a migração celular, 
a diferenciação celular e também a apoptose.
b) Realizam as trocas de nutrientes entre as células e a MEC (matriz 
extra celular).
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3.2.1 Fibras do tecido conjuntivo – Colágenas
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São formadas pela proteína colágeno. Exerce função estrutural (resistência à tração) e são classificadas de acordo 
com sua estrutura e função:
Tipo I – fibras e feixes
• Tendões, pele, ossos
Tipo II – fibrilas (não forma fibras)
• Cartilagens
Tipo III – fibras – reticulares
• Órgãos epiteliais – fígado, rins, glândulas endócrinas;
• Hematopoéticos – baço, linfonodos, medula óssea;
• Modificação de forma e volume – útero.
Tipo IV – (não forma fibras e nem fibrilas)
Não se agregam: formam lâmina basal (é uma treliça de macromoléculas, funcionalmente importante para a 
célula. Essa estrutura delimita o tecido epitelial do tecido conjuntivo subjacente).
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3.2.1 Fibras do tecido conjuntivo – Colágenas
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Tipo I – fibras e feixes
• Tendões, pele, ossos
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3.2.1 Fibras do tecido conjuntivo – Colágenas
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Tipo II – fibrilas (não forma fibras)
• Cartilagens
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3.2.1 Fibras do tecido conjuntivo – Colágenas
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Tipo III – fibras – reticulares
• Órgãos epiteliais – fígado, rins, glândulas endócrinas;
• Hematopoéticos – baço, linfonodos, medula óssea;
• Modificação de forma e volume – útero.
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3.2.1 Fibras do tecido conjuntivo – Colágenas
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Tipo IV – (não forma fibras e nem fibrilas)
Não se agregam: formam lâmina basal (é uma 
treliça de macromoléculas, funcionalmente 
importante para a célula. Essa estrutura delimita 
o tecido epitelial do tecido conjuntivo 
subjacente).
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3.2.2 Fibras do tecido conjuntivo – Elásticas
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São formadas por elastina e é altamente elástica, podendo ser esticada até 150% de seu comprimento em 
repouso.
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3.2.3 Fibras do tecido conjuntivo – Reticulares
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Proteína fibrosa formada por colágeno 
do tipo III associado a cadeias de 
carboidratos (reticulina) que 
se entrelaçam dando aspecto de “rede”.
São as fibras mais finas e delicadas do 
tecido conjuntivo;
Ex: Músculo liso, trabéculas de órgãos 
hematopoiéticos como: baço, nódulos 
linfáticos e medula óssea vermelha, 
glândulas endócrinas, artérias, fígado, 
útero e camadas musculares de 
intestino.
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Patologias – alguns exemplos
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Osteogenesis imperfecta
Ocorre devido a mutações genéticas (COL1A1 ou COL1A2 ) que regulam as enzimas que produzem 
colágeno tipo 1, um componente necessário para a formação dos ossos. É grupo de doenças 
genéticas raras caracterizadas por ossos e dentes frágeis.
Esclerose Sistêmica Progressiva
Todos os órgãos podem apresentar acúmulo excessivo de colágeno (fibrose). é uma doença
autoimune que pertence ao grupo das doenças raras. Sem causa conhecida, apresenta um quadro
clínico muito variável, podendo atingir além da pele outros órgãos e sistemas. As alterações
vasculares e o endurecimento da pele são os principais sintomas.
Queloides
È um espessamento anormal de tecido cicatricial que se forma no local de um traumatismo, corte 
ou cirurgia de pele.
Escorbuto
Carência de vitamina C causa deficiências na reposição do colágeno, degeneração do tecido 
conjuntivo. Alteração no ligamento periodontal e perda de dentes. 
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3.3 Células
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São de diversos tipos e exercem diversas funções.
Podem ser produzidas localmente e permanecem no tecido.
Outras como os lecócitos (glóbulos brancos) tem a capacidade de sair dos vasos sanguíneos e migrar para o tecido 
conjuntivo (diapedese) para defender o organismo através da fagocitose ou a produção de anticorpos
São: Fibroblastos; Macrófagos; Mastócitos; Plasmócitos; Células adiposas; e Leucócitos.
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3.3 Células do tecido conjuntivo propriamente dito e suas funções
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a) Fibroblastos
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São as células mais comuns do tecido conjuntivo;
Sintetizam as proteínas fibrosas (colágeno e elastina) 
e as macromoléculas da substância fundamental.
• FIBROBLASTOS
• Intensa atividade metabólica;
• Citoplasma abundante e muitos prolongamentos;
• Produzem fatores de crescimento;
• Responsáveis pela cicatrização e regeneração.
• FIBRÓCITOS: 
• Atividade metabólica quiescente ( período em que as 
células não estão em fase de proliferação, ou seja, se 
dividindo, apesar de continuarem metabolicamente 
ativas
• Citoplasma abundante e poucos prolongamentos.
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Fibroblastos e fibrócitos nos tecidos (gengiva)
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Fibroblastos e fibrócitos nos tecidos (gengiva)
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b) Macrófagos
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Derivados dos monócitos da medula ósseaque migram, 
ultrapassam vênulas e, no tecido conjuntivo, transformando-se 
em Macrófagos. 
Núcleos grandes (forma de rim).
Realizam a fagocitose (sistema fagocitário mononuclear).
São células presentadoras de antígenos (capazes de realizar 
fagocitose de microorganismos patógenos presentes no 
hospedeiro)
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b) Macrófagos
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c) Monócitos
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Derivados de células precursoras da medula óssea.
Estão presentes no sangue.
Os monócitos e macrófagos são considerados a
mesma célula em estágios diferentes de maturação.
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d) Mastócitos (sangue)
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Globosas, núcleo pequeno, esférico e central.
Grânulos de histamina e heparina (vasodilatadora e anticoagulante).
Têm papel importante na expulsão de parasitas, reações alérgicas e na inflamação.
Também têm origem na medula óssea.
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e) Plasmócitos
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Núcleo excêntrico (deslocado) e RER desenvolvido.
Originados dos linfócitos B.
Produzem Anticorpos-ACs (Imunoglobulinas-Igs).
Predominam nas inflamações crônicas.
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f) Eosinófilos
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São celulas polimorfonucleadas.
Estas granulações contêm enzimas do tipo peroxidases, fosfatase 
ácida, fosfolipases e principalmente histaminases. 
Estas últimas conferem a principal função dos eosinófilos de 
modulação das reações imunológicas de hipersensibilidade. 
Além disso, apresentam grande afinidade pelos anticorpos do tipo IgE 
que recobrem os parasitas. Através destes anticorpos eles aderem à 
superfície dos parasitas e liberam, através da degranulação, proteínas 
citotóxicas.
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g) Adipócitos
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Função: armazenamento de energia na forma de triglicerídeos – formam o tecido adiposo.
Morfologicamente, podem ocorrer nas formas esférica, fusiforme ou poligonal.
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h) Linfócitos (globulos brancos)
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Linfócitos T e B Células produzidas pela medula óssea e pelo tecido linfático em resposta a invasão de microrganismos.
• Circulam pelo sangue e realizam a diapedese (passagem de células sanguíneas, em especial os leucócitos, através 
das paredes dos capilares para atuar no tecido alvo.
• De acordo com a função específica, possuem diferentes formatos.
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4. Classificação dos tecidos conjuntivos propriamente ditos:
Em decorrência da proporção estabelecida entre células e matriz celular, o tecido conjuntivo propriamente 
dito pode ser classificado em:
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4. Classificação dos tecidos conjuntivos propriamente ditos:
Em decorrência da proporção estabelecida entre células e matriz celular, o tecido conjuntivo 
propriamente dito pode ser classificado em:
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4.1 FROUXO
• Poucas fibras;
• Delicado, flexível e pouco resistente à trações;
• Localizado entre células musculares;
• Suporta células epiteliais;
• Forma camadas em torno dos vasos sanguíneos.
4.2 DENSO
• Menos flexível, mais resistente à tensão, adaptado para fornecer proteção aos tecidos;
• Poucas células, rico em fibras, predominância de fibras colágenas.
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4.1 Tecido conjuntivo frouxo
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Existe um equilíbrio entre o número de células e a quantidade de fibras e SFA.
Locais: apoio a epitélios, entre fibras musculares, nervosas, ao redor de vasos, dentro de órgãos.
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4.2 Tecido conjuntivo denso
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Dois tipos: 
4.2.1 Denso não modelado 
• Disposição das fibras de colágeno não obedecem um padrão. 
Fibras em orientações diversas.
• Ex: Derme
4.2.2 Denso modelado
• Fibras de colágeno obedecem a mesma orientação – mesmo sentido.
• Ex: Tendões
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Tecido conjuntivo denso não modelado e denso modelado
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Tecido conjuntivo denso não modelado (derme) Tecido conjuntivo denso modelado (tendão)
Assuntos da próxima aula:
1. Tecido cartilaginoso.