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Estesiologia ANATOMIA DOS OLHOS Anatomia - Medicina Veterinária Este trabalho teve como objetivo o estudo das estruturas e principais componentes oculares dos animais mamíferos. Foi estudado a anatomia ocular, composição do sistema ocular e suas principais funções. OLHO O olho é o órgão responsável por colher e focalizar luzes sobre a retina, o sistema visual capta a luz e a foca sobre os fotorreceptores que convertem a luz em impulsos elétricos para a passagem pelo córtex visual, ocorrendo a sensação da visão. O bulbo ocular é situado na órbita e envolto por gordura, junto dele é encontrado outras estruturas como por exemplo músculos e glândulas. Ele se desenvolve a partir do neuroectoderma do tubo neural, do mesoderma e do ectoderma superficial. ÓRBITA O formato e a posição dos olhos varia de predadores para presas, a localização das órbitas dentro do crânio determina o grau de visão binocular, estando relacionada aos hábitos, ambiente e o método de alimentação do animal. Sendo: animais com órbitas dispostas mais anteriormente como os cães e gatos tem uma vantagem sobre os animais com as órbitas dispostas lateralmente e habilidade visual reduzida, como os cavalos, em geral pode se dizer também que as espécies predadoras tem seus olhos dispostos na frente enquanto as caçadas são dispostos mais lateralmente. Em animais domésticos existem dois padrões orbitais, nos cavalos e ruminantes, por exemplo, elas são fechadas; e nos cães e gatos são abertas. O termo órbita se refere ao arcabouço ósseo do crânio que contém o olho ou o bulbo ocular e suas estruturas circundantes de tecido mole. Órbita cão Órbita bovino ESCLERA A esclera é a maior parte da túnica fibrosa, sua principal função é a proteção do conteúdo intraocular, sendo resistente e elástica. É o local de inserção dos músculos extra oculares do olho e sua inervação é realizada pelos nervos ciliares posteriores longos e curtos. Ela é perfurada por pequenas artérias ciliares e por veias vorticosas maiores, também é envolta pela bainha do bulbo que a separa da gordura retrobulbar fornecendo uma depressão onde o bulbo pode se movimentar. As camadas que a compõem são: episclera, estroma e lâmina fosca. A episclera é constituída por tecido vascular que se origina do estroma escleral superficial e é recoberto pela lâmina episcleral. O estroma escleral é composto por fibras colágenas dispostas no padrão xadrez paralelo à superfície do globo. A lâmina fosca é a camada mais interna, e está em contato com a úvea, apresentando células pigmentadas. LIMBO O limbo é a área de transição entre a córnea e a esclera, opaco e fibroso, constituído por vasos sanguíneos que assumem papel importante nos processos inflamatórios da córnea. Nessa região são encontradas inúmeras células tronco que se multiplicam em ceratócitos que caminham no sentido da córnea, conduzindo as células que se renovarão. CÓRNEA A córnea é a parte refratária mais poderosa do olho, sendo transparente, sem pigmentos e vasos sanguíneos, nutrida pelo humor aquoso e pelo filme lacrimal, a sua superfície é muito sensível devido a presença de terminações nervosas. Sua transparência e curvatura são essenciais para o foco da luz na retina, a transparência não é só um fator estrutural mas também fisiológico, dependendo do bombeamento contínuo de líquidos. Possui bombas para eliminar fluidos excessivos, se esta bomba falhar pode acontecer um edema corneal, deixando-a com uma coloração cinza azulada e com aspecto espesso. CORÓIDE A coróide é a camada intermediária entre a retina e a esclera, possui múltiplas camadas e é altamente vascularizada, é responsável pela nutrição da parte externa da retina. Sua camada mais profunda é chamada de tapete, uma superfície de reflexão destinada a fazer passar a luz que entra na retina e aumenta a visão com pouca luz, uma função de extrema importância para os animais. Na parte dorsal do fundo do olho a coróide forma o tapete lúcido, uma área refletora e de coloração variada, as células do tapete lúcido contém bastonetes dispostos de maneira em que, a luz incidindo neles, divide se resultando na iridescência que espalha e a interferência dos raios de luz. CORPO CILIAR O corpo ciliar é responsável pela produção do humor aquoso no segmento anterior do olho, também dá origem a ligamentos suspensores que dão sustentação à lente. É revestido por uma camada epitelial bicelular e seu componente básico e o tecido conjuntivo, possui o músculo ciliar que é constituído por três feixes de fibras musculares lisas, sua contração leva ao relaxamento das fibras, um desses feixes tem a função de distender a coróide, e o outro quando contraído, relaxa a tensão do cristalino O corpo ciliar e dividido microscópicamente em parte pregueada anterior, coroa da íris e parte plana posterior. O corpo ciliar adulto é constituído por duas camadas de epitélio, a camada interna não pigmentada, localizada mais perto do vítreo, e a camada externa pigmentada, também contínua ao epitélio pigmentar da retina. IRIS A íris é um anel pigmentado que controla a entrada de luz no olho por meio da pupila, é a porção mais anterior da túnica vascular, sua face anterior é constituída por epitélio pavimentoso simples, continuação do endotélio da córnea. A borda pupilar possui um músculo liso responsável pela contração da pupila que muda de tamanho com a variação e intensidade da luz no ambiente, se dilatando com uma quantidade menor de luz e contraindo com uma quantidade maior. HUMOR AQUOSO O líquido que preenche o olho é um líquido transparente encontrado nas câmaras anteriores e posteriores do olho. Responsável por manter a saúde e transparência do olho, é produzido através da íris, preenche a camada posterior, atravessando a pupila e preenchendo a câmara anterior, por conseguinte escoado entre a córnea e a íris. HUMOR VÍTREO Ao contrário do humor aquoso, o humor vítreo não é continuamente reposto sendo seu volume constante, sua função é formar um dos meios refrativos do olho fornecendo a pressão necessária para posicionar a retina contra o epitélio pigmentado da retina. Ele é composto basicamente por água, ácido hialurônico e fibrilas colágenas, é transparente e mantém restos de vítreo embrionário, células escamosas da retina, úvea anterior e da artéria hialóide, um ramo da artéria central da retina que passa através do corpo vítreo que nos embriões nutre a lente mas costuma se degenerar após o nascimento e a lente então passa a ser nutrida por difusão. RETINA A estrutura mais complexa do olho conhecida como retina é uma película fina que converte a energia luminosa em energia química para gerar o sinal elétrico que é conduzido até o cérebro, é formada pelo humor vítreo e é composta por dez camadas, as quais são do exterior (esclera) para o interior (vítreo): epitélio pigmentado retiniano, camada de fotorreceptores cones e bastonetes, membrana limitante externa, camada nuclear externa, camada plexiforme externa, camada nuclear interna (contém os corpos celulares das células bipolares, horizontais, amácrinas e de Muller), camada plexiforme interna (camada de sinapse entre as células da camada nuclear interna e as células ganglionares), camadas de células ganglionares (é uma camada única de células, cujos axônios formam o nervo óptico), camada de fibras nervosas (contém os axônios das células ganglionares) e a membrana limitante interna (separa a retina do vítreo). A retina começa onde o nervo óptico penetra na coroide, com o formato de cálice côncavo reveste a coróide e termina na borda pupilar. NERVO ÓPTICO Composto primeiramente por axônios das células ganglionares retinianas, o nervo óptico é formado a partir do disco óptico e é tão rico em axônios que em ambos os nervos existem mais axônios do que em todas as raízes dorsais da medula espinhal, conecta a retina aos centros visuais e não visuais do cérebro, é frouxo a fim de permitir os movimentos dos olhos sendo revestido por meninges adquiridasdurante seu desenvolvimento como a hélice do cálice óptico. CRISTALINO É localizado entre a íris e o humor vítreo, constituído de células também dispostas longitudinalmente, que vão perdendo suas organelas e enfim ficando com sua aparência transparente. Tem como principal função regular o foco dos objetos, função conhecida como acomodação visual. O cristalino é uma lente convexa que cria uma imagem invertida com foco na retina, em seguida o cérebro vira a imagem de volta ao normal para criar a imagem que o animal enxerga. Para visualizar objetos a mais de seis metros de distância, os ligamentos suspensores tracionam a região equatorial do cristalino, devido a um relaxamento dos músculos ciliares do corpo ciliar, causando um achatamento ântero posterior da lente o que diminui a refração dos raios. Para objetos mais próximos do olho, o cristalino assume uma forma mais esférica devido à diminuição da tração sofrida pelos ligamentos suspensores causada pela contração dos músculos ciliares do corpo ciliar. PÁLPEBRAS E TERCEIRA PÁLPEBRA Realizam a proteção mecânica e possuem estruturas especializadas na proteção do globo ocular como os cílios e glândulas produtoras de muco sendo formadas por duas pregas móveis de pele, chamadas de: fissura palpebral. Sua movimentação é feita por músculos próprios, e a musculatura responsável pelo fechamento da pálpebra é o pelo nervo facial. O fechamento da pálpebra protege a córnea e está envolvido na produção, distribuição e drenagem do filme lacrimal, também ajudam a remover corpos estranhos e na oxigenação da córnea. Em alguns animais como por exemplo, o gato, é possível encontrar a terceira pálpebra, uma camada fina de tecido no canto medial do olho, é uma estrutura de proteção móvel que pode indicar vários problemas de saúde do animal. MÚSCULOS EXTRAOCULARES São formados por sete músculos estriados que dão movimento ao globo ocular, que se localizam atrás do bulbo do olho. Os músculos oblíquos se ligam ao bulbo do olho próximo ao equador e, devido a contração, a tendência é girar o bulbo do olho ao redor do eixo visual. NERVO LACRIMAL A eliminação da lágrima é realizada através dos pontos canalículos lacrimais e do ducto nasolacrimal, as camadas do filme lacrimal são divididas em: lipídica mais externa que ajuda a espalhar as lágrimas retardando a dissolução da película, camada aquosa média que umedece e nutre a córnea, e a camada de muco mais interna que mantém o filme lacrimal bem junto a córnea. REFERÊNCIAS MORFOLOGIA DO SISTEMA OCULAR DOS ANIMAIS DOMESTICOS.arsveterinaria.org.br,2013. DISPONÍVEL EM file:///D:/Desktop/Faculdade/1%C2%B0%20semestre/Anato%201/504-3520-1-PB.pdf . ACESSO EM 23 DE NOVEMBRO DE 2021 Prof. Rafael Gonçalves Hayashi, Estesiologia Anatomia do Olho. DISPONIVEL EMfile:///D:/Desktop/Faculdade/1%C2%B0%20semestre/Anato%201/ANATOMIA%20II %20-%20Olhos.pdf ACESSO EM 23 DE NOVEMBRO DE 2021 Prof. Dr. Eduardo Vieira de Souza, ANATOMIA DO BULBO OCULAR E DOS ANEXOS OCULARES, 2016. Disponível em https://oftalmo.ufsc.br/files/2018/08/ANATOMIA-OCULAR.pdf ACESSO EM 23 DE NOVEMBRO DE 2021 Dr. Pedro Malho, Oftalmologia veterinária - Semiologia Médica I -, DISPONIVEL EM https://elearning.up.pt/ppayo/SEMIO%2013-14/AULAS%20TEORICAS/OFTALMOLO GIA/Aula_Teorica__Pedro_Malho__ICBAS_2012.pdf ACESSO EM 23 DE NOVEMBRO DE 2021 https://oftalmo.ufsc.br/files/2018/08/ANATOMIA-OCULAR.pdf https://oftalmo.ufsc.br/files/2018/08/ANATOMIA-OCULAR.pdf https://elearning.up.pt/ppayo/SEMIO%2013-14/AULAS%20TEORICAS/OFTALMOLOGIA/Aula_Teorica__Pedro_Malho__ICBAS_2012.pdf https://elearning.up.pt/ppayo/SEMIO%2013-14/AULAS%20TEORICAS/OFTALMOLOGIA/Aula_Teorica__Pedro_Malho__ICBAS_2012.pdf https://elearning.up.pt/ppayo/SEMIO%2013-14/AULAS%20TEORICAS/OFTALMOLOGIA/Aula_Teorica__Pedro_Malho__ICBAS_2012.pdf Gabrielle Duarte
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