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Natália Pinheiro, Medicina 
 
 
 
 
RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA: 
 A radiação eletromagnética é a energia na forma de ondas 
que é irradiada pelo sol; 
 
 Existem muitos tipos de radiação eletromagnética, 
incluindo raios gama, raios X, raios UV, luz visível, radiação 
infravermelha, microondas e ondas de rádio. Essa variação 
de radiação eletromagnética é conhecida como espectro 
eletromagnético; 
 
 A distância entre dois picos consecutivos de uma onda 
eletromagnética é o comprimento de onda. Os 
comprimentos de onda variam de curtos a longos; por 
exemplo, os raios gama apresentam comprimentos de 
onda menores do que um nanômetro e a maior parte das 
ondas de rádio possuem comprimentos de onda maiores 
do que um metro. 
 
 
 
 
 Os olhos são responsáveis pela detecção da luz visível, a 
parte do espectro eletromagnético com comprimentos de 
onda variando entre 400 e 700 nm; 
 
 A luz visível exibe cores: a cor da luz visível depende de seu 
comprimento de onda. Por exemplo, a luz com o 
comprimento de onda de 400 nm é violeta e a luz com 
comprimento de onda de 700 nm é vermelha; 
 
 Se um objeto consegue absorver determinados 
comprimentos de onda da luz visível e refletir outros, esse 
objeto parecerá ter a cor do comprimento de onda 
refletido. Por exemplo, uma maçã verde parece verde 
porque ela reflete principalmente a luz verde e absorve a 
maior parte dos outros comprimentos de onda da luz 
visível; 
 
 Um objeto parece branco porque ele reflete todos os 
comprimentos de onda da luz visível. Um objeto parece 
preto porque ele absorve todos os comprimentos de onda 
da luz visível. 
 
 
 
 Anatomia do olho e estruturas associadas; 
 Histologia das células que fazem parte do sentido da visão (cones e bastonetes); 
 Fisiologia dos nervos cranianos e relação com a formação da imagem (II, III, IV E VI e reflexo pupilar e via óptica). 
1 
Natália Pinheiro, Medicina 
OBJ. 1: ANATOMIA DAS ESTRUTURAS 
ACESSÓRIAS: 
 As estruturas acessórias do olho incluem as pálpebras, os 
cílios, as sobrancelhas, o aparelho lacrimal (produtor de 
lágrimas) e os músculos extrínsecos do bulbo do olho. 
PALPEBRAS: 
 As pálpebras superiores e inferiores cobrem os olhos 
durante o sono, protegem os olhos da luz excessiva e de 
objetos estranhos e espalham as secreções lubrificantes 
pelos bulbos dos olhos; 
 
 A pálpebra superior é mais móvel do que a inferior e 
contém em sua região superior o músculo levantador da 
pálpebra superior 
 Algumas vezes, uma pessoa pode experimentar uma 
contração incômoda na pálpebra, um tremor involuntário 
que são quase sempre inofensivas e em geral duram 
apenas alguns segundos. Elas estão associadas 
frequentemente ao estresse e a fadiga; 
 
 O espaço entre as pálpebras superior e inferior e que 
expõe o bulbo do olho é a fissura palpebral (fig2); 
 
 Seus ângulos são conhecidos como comissura lateral, que 
é mais estreita e próxima ao temporal, e comissura 
medial, que é mais larga próxima ao osso nasal (fig2); 
 
 Na comissura medial encontrase uma elevação pequena e 
avermelhada, a carúncula lacrimal, que contém glândulas 
sebáceas (oleosas) e glândulas sudoríferas (de suor) (fig2). 
 
 Desde sua parte mais superficial até a mais profunda, cada 
pálpebra consiste em epiderme, derme, tela subcutânea, 
fibras do músculo orbicular do olho, tarso, glândulas 
tarsais e túnica conjuntiva (fig 3); 
 
 O tarso é uma prega espessa de tecido conjuntivo que dá 
forma e sustentação às pálpebras. Em cada tarso encontra-
se uma fileira de glândula assebáceas alongadas 
modificadas, conhecidas como glândulas tarsais ou 
glândulas de Meibomio, que secretam um líquido que 
ajuda a manter as pálpebras aderidas uma à outra; 
 
 A túnica conjuntiva é uma túnica mucosa protetora fina 
composta por epitélio pavimentoso estratificado não 
queratinizado sustentada por tecido conjuntivo areolar e 
com numerosas células caliciformes; 
 
 A túnica conjuntiva da pálpebra reveste a face interna das 
pálpebras e a túnica conjuntiva do bulbo passa das 
pálpebras para a superfície do bulbo do olho, onde ela 
cobre a esclera (a “parte branca” do olho), mas não a 
córnea, que é uma região transparente que forma a face 
anterior externa do bulbo do olho; 
 
 Acima da esclera, a túnica conjuntiva é vascularizada. A 
dilatação e a congestão dos vasos sanguíneos da túnica 
conjuntiva do bulbo por causa de irritação ou infecção 
locais são a causa da vermelhidão ocular (“olhos injetados 
de sangue”). 
 
 
 
 
 
 
2 
3 
Natália Pinheiro, Medicina 
CÍLIOS E SOMBRACELHA: 
 Os cílios, que se projetam a partir da margem de cada 
pálpebra, e as sobrancelhas, que atravessam 
transversamente e em formato de arco a parte superior 
das pálpebras, ajudam a proteger o bulbo do olho de 
objetos estranhos, da transpiração e da incidência direta 
dos raios solares; 
 
 Glândulas sebáceas na base dos folículos pilosos dos cílios, 
chamadas de glândulas ciliares sebáceas, liberam um 
líquido lubrificante para os folículos. Uma infecção nessas 
glândulas, em geral causada por bactéria, causa um 
inchaço doloroso e repleto de pus chamado de terçol. 
 
APARELHO LACRIMAL 
 O aparelho lacrimal é um grupo de estruturas que 
produzem e drenam o líquido lacrimal ou as lágrimas em 
um processo chamado de lacrimação; 
 
 As glândulas lacrimais, cada uma com o tamanho e o 
formato aproximados de uma amêndoa, secretam o 
líquido lacrimal, que é drenado em 6 a 12 dúctulos 
excretores, que removem as lágrimas para a superfície da 
conjuntiva da pálpebra superior (fig4) 
 
 A partir dali, as lágrimas passam medialmente sobre a face 
anterior do bulbo do olho e entram em duas aberturas 
pequenas chamadas de pontos lacrimais. 
 
 As lágrimas passam então em dois ductos, os canalículos 
lacrimais superior e inferior, que levam para o saco 
lacrimal (dentro da fossa lacrimal) e, então, para o ducto 
lacrimonasal. 
 
 Esse ducto conduz o líquido lacrimal para a cavidade nasal 
inferiormente à concha nasal inferior, onde ele se mistura 
com o muco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Normalmente, as lágrimas são removidas tão rapidamente 
quanto são produzidas, seja por evaporação ou condução 
para os canais lacrimais e, dali, para a cavidade nasal. 
Entretanto, se uma substância irritante entra em contato 
com a conjuntiva, as glândulas lacrimais são estimuladas a 
secretarem excessivamente e as lágrimas se acumulam 
(olhos lacrimejantes). 
 
 Esse mecanismo tem função protetora, uma vez que as 
lágrimas diluem e lavam a substância irritante. Os olhos 
lacrimejantes também ocorrem quando uma inflamação 
da túnica mucosa do nariz, como ocorre durante um 
resfriado, obstrui os ductos lacrimonasais e bloqueia a 
drenagem das lágrimas. 
 
 Apenas seres humanos expressam emoções, tanto 
felicidade quanto tristeza, através do choro. Em resposta a 
um estímulo parassimpático, as glândulas lacrimais 
produzem líquido lacrimal excessivo que pode transbordar 
pelos limites das pálpebras e, até mesmo, preencher a 
cavidade nasal com líquido. É assim que o choro produz a 
coriza. 
 
4 
Natália Pinheiro, Medicina 
MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO BULBO DO OLHO: 
 Os olhos se encontram em depressões ósseas do crânio 
chamadas de órbitas. As órbitas ajudam a proteger os 
olhos, estabilizam-nos no espaço tridimensional, 
ancorando-os aos músculos que produzem seus 
movimentos essenciais; 
 
 Os músculos extrínsecos do bulbo do olho se estendem das 
paredes da órbita até a esclera ocular e são circundados na 
órbita por volume significativo de gordura do corpo 
adiposo da órbita. Esses músculos são capazes de mover 
os olhos em quase todas as direções; 
 
 Seis músculos extrínsecos do bulbo do olho movem cada 
olho: o reto superior, o reto inferior, o reto lateral, o reto 
medial, o oblíquo superior e o oblíquo inferior (fig3 e 5); 
 
 Eles são inervadospelos nervos oculomotor (NC III), 
troclear (NC IV) ou abducente (NC VI); 
 
 Em geral, as unidades motoras desses músculos são 
pequenas. Alguns neurônios motores inervam apenas 
duas ou três fibras musculares – menos do que em 
qualquer outra parte do corpo, exceto a laringe. Essas 
unidades motoras tão pequenas permitem o movimento 
suave, preciso e rápido dos olhos. 
 
 Os músculos extrínsecos do bulbo do olho movem o bulbo 
do olho lateralmente, medialmente, superiormente e 
inferiormente. Por exemplo, olhar para a direita requer a 
contração simultânea do músculo reto lateral direito e do 
músculo reto medial esquerdo do bulbo do olho e o 
relaxamento dos músculos reto lateral esquerdo e reto 
medial direito. Os músculos oblíquos preservam a 
estabilidade rotacional do bulbo do olho. Circuitos neurais 
no tronco encefálico e no cerebelo coordenam e 
sincronizam os movimentos dos olhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJ.1 ANATOMIA DO OLHO (BULBO): 
 O bulbo do olho adulto mede cerca de 2,5 cm de diâmetro; 
 
 De sua área superficial total, apenas o sexto anterior 
encontrase exposto; o restante está coberto e protegido 
pela órbita, onde ele se encaixa; 
 
 Anatomicamente, a parede do bulbo do olho consiste em 
três camadas: (1) túnica fibrosa, (2) túnica vascular e (3) 
retina (túnica interna). 
 
1- TÚNICA FIBROSA: 
 A túnica fibrosa é a camada superficial do bulbo do olho e 
consiste na córnea anterior e na esclera posterior (fig5); 
CÓRNEA: 
 A córnea é um revestimento transparente que cobre a íris 
colorida. Como ela é curva, a córnea ajuda a focar a luz na 
retina. 
 
 Sua face externa é formada por epitélio pavimentoso 
estratificado não queratinizado. O revestimento médio da 
córnea é formado por fibras colágenas e fibroblastos e sua 
face interna é um epitélio pavimentoso simples. 
 
 A parte central da córnea recebe oxigênio do ar 
atmosférico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Natália Pinheiro, Medicina 
ESCLERA: 
 A esclera é uma camada de tecido conjuntivo denso, 
composto principalmente por fibras colágenas e 
fibroblastos; 
 
 A esclera cobre todo o bulbo do olho, exceto a córnea; ela 
dá formato ao bulbo do olho, tornao mais rígido, protege 
suas partes internas e age como um local de fixação para 
os músculos extrínsecos do bulbo do olho; 
 
 Na junção entre a esclera e a córnea encontrase uma 
abertura conhecida como seio venoso da esclera (ou canal 
de Schlemm). Um líquido chamado de humor aquoso é 
drenado para este seio. 
 
2- TUNICA VASCULAR: 
 A túnica vascular ou úvea é a camada média do bulbo do 
olho; 
 
 Ela é composta por três partes: a corioide, o corpo ciliar e 
a íris (fig5); 
CORIOIDE: 
 A corioide altamente vascularizada, que é a parte posterior 
da túnica vascular, reveste a maior parte da face interna 
da esclera; Seus vasos sanguíneos numerosos fornecem 
nutrientes para a face posterior da retina; 
 
 A corioide contém melanócitos que produzem o pigmento 
melanina. Isso faz com que essa camada tenha uma cor 
marromescura. A melanina na corioide absorve os raios 
solares dispersos, evitando a reflexão e a dispersão de luz 
dentro do bulbo do olho. Como resultado, a imagem que 
chega à retina pela córnea e pela lente permanece nítida e 
clara; 
CORPO CILIAR: 
 Na parte anterior da túnica vascular, a corioide se torna o 
corpo ciliar. 
 
 Ele se estende desde a ora serrata, a margem anterior 
denteada da retina, até um ponto imediatamente 
posterior à junção da esclera com a córnea.; 
 
 Assim como a corioide, o corpo ciliar tem aparência 
marromescura por conter melanócitos que produzem 
melanina; 
 Além disso, o corpo ciliar é formado pelos processos 
ciliares e pelos músculos ciliares (fig5); 
 
 Os processos ciliares são protrusões ou pregas na face 
interna do corpo ciliar. Eles contêm capilares sanguíneos 
que secretam o humor aquoso; 
 
 Estendendose a partir dos processos ciliares encontramse 
as fibras zonulares, ou ligamentos suspensores, que se 
ligam à lente. As fibras consistem em fibrilas finas e ocas 
que lembram fibras do tecido conjuntivo elástico (fig5); 
 
 O músculo ciliar é uma banda circular de músculo liso. A 
contração ou o relaxamento do músculo ciliar modifica a 
tensão das fibras zonulares, alterando o formato da lente 
e adaptandoa para a visão de perto ou de longe. 
ÍRIS: 
 A íris, a parte colorida do bulbo do olho, tem um formato 
de rosca achatada; 
 
 Ela está suspensa entre a córnea e a lente e se liga em sua 
margem externa aos processos ciliares; 
 
 Ela é formada por melanócitos e por fibras musculares lisas 
circulares e radiais. A quantidade de melanina na íris 
determina a cor do olho; 
 
 Uma função principal da íris é a regulação da quantidade 
de luz que entra no bulbo do olho através da pupila, a 
abertura no centro da íris (fig5). 
 
 A pupila parece preta porque, quando através da lente, 
vemos o fundo do olho altamente pigmentado (corioide e 
retina). Entretanto, se uma luz brilhante for direcionada 
para a pupila, a luz refletida é vermelha por causa dos 
vasos sanguíneos existentes na superfície da retina; 
 
 Reflexos autônomos regulam o diâmetro da pupila em 
resposta aos níveis de luminosidade: Quando uma luz 
brilhante estimula os olhos, as fibras parassimpáticas do 
nervo oculomotor (NC III) estimulam a contração das fibras 
circulares do músculo esfíncter da pupila da íris, 
promovendo diminuição no tamanho da pupila 
(constrição). Na luz fraca, neurônios simpáticos estimulam 
as fibras radiais do músculo dilatador da pupila da íris a se 
contraírem, promovendo um aumento no tamanho da 
pupila (dilatação). 
 
 
 
 
6 
Natália Pinheiro, Medicina 
3- RETINA (TUNICA INTERNA): 
 A retina, reveste os três quartos posteriores do bulbo do 
olho e é o início da via visual; 
 
 A superfície da retina é o único local do corpo em que os 
vasos sanguíneos podem ser observados diretamente e 
avaliados buscando mudanças patológicas, como as que 
ocorrem com hipertensão, diabetes melito, catarata ...; 
 
 Vários pontos de referência são visíveis através de um 
oftalmoscópio; 
 
 O disco óptico é o local em que o nervo óptico (II) deixa o 
bulbo do olho (fig5); 
 
 Acompanhando o nervo óptico encontramse a artéria 
central da retina, um ramo da artéria oftálmica, e a veia 
central da retina (fig5); 
 
 Ramos da artéria central da retina se espalham para nutrir 
a face anterior da retina; a veia central da retina drena o 
sangue da retina através do disco do nervo óptico. 
Também são visíveis a mácula lútea e a fóvea central 
(fig7); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Três camadas distintas de neurônios retinais – a camada 
fotorreceptora, a camada celular bipolar e a camada 
celular ganglionar – são separadas por duas zonas, as 
camadas sinápticas interna e externa, onde os contatos 
sinápticos são realizados (fig8); 
 
 
 Repare que a luz passa através das camadas ganglionar e 
celular bipolar e ambas as camadas sinápticas antes de 
chegar à camada fotorreceptora. 
 
 Dois outros tipos celulares presentes na camada celular 
bipolar da retina são as células horizontais e as células 
amácrinas. Essas células formam circuitos neurais 
direcionados lateralmente que modificam os sinais 
transmitidos ao longo da via a partir dos fotorreceptores 
até as células bipolares e as células ganglionares; 
 
 Os fotorreceptores são células especializadas na camada 
fotorreceptora que começam o processo pelo qual os raios 
de luz são convertidos em impulsos nervosos. 
 
 Existem dois tipos de fotorreceptores: os bastonetes e os 
cones 
 
 Cada retina possui cerca de 6 milhões de cones e de 120 
milhões de bastonetes. 
 
 
 
 
A retina é formada por um estrato pigmentoso e por um 
estrato nervoso: 
 
 O estrato pigmentoso é uma lâmina de células epiteliais 
contendo melaninalocalizadas entre a corioide e a parte 
neural da retina. A melanina no estrato pigmentoso da 
retina, assim como na corioide, também absorve os raios 
de luz dispersos; 
 
 O estrato nervoso (sensorial) da retina é uma parte do 
encéfalo com múltiplas camadas que processa 
substancialmente os dados visuais antes de enviar 
impulsos nervosos para os axônios que formam o nervo 
óptico. 
 
(fig 8) 
 Os fotorreceptores são células especializadas na 
camada fotorreceptora que começam o processo pelo 
qual os raios de luz são convertidos em impulsos 
nervosos. 
 
 Existem dois tipos de fotorreceptores: os bastonetes e 
os cones 
 
 Cada retina possui cerca de 6 milhões de cones e de 120 
milhões de bastonetes. 
 
8 
7 
Natália Pinheiro, Medicina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A partir dos fotorreceptores, a informação flui através da 
camada sináptica externa até as células bipolares e dali 
para a camada sináptica interna e para as células 
ganglionares. 
 
 Os axônios das células ganglionares se estendem 
posteriormente ao disco do nervo óptico e deixam o bulbo 
do olho como nervo óptico (II). 
 
 O disco do nervo óptico também é chamado de ponto 
cego. Como ele não contém cones ou bastonetes, não é 
possível ver imagens que alcancem o ponto cego; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LENTE (CRISTALINO): 
 Atrás da pupila e da íris, dentro da cavidade do bulbo do 
olho, encontrase a lente (fig5); 
 
 Nas células da lente, proteínas chamadas de cristalinas, 
organizadas como camadas de uma cebola, compõem o 
meio refrativo da lente, que normalmente é perfeitamente 
transparente e não possui vasos sanguíneos; 
 
 Ele é envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo e 
mantido em posição pelas fibras zonulares que o cercam, 
que, por sua vez, se ligam aos processos ciliares; 
 
 A lente ajuda a focar imagens na retina para facilitar a 
formação de uma visão nítida. 
 
INTERIOR DO BULBO DO OLHO: 
 A lente divide o bulbo do olho em duas cavidades: a 
cavidade do segmento anterior e a câmara vítrea. 
A CAVIDADE DO SEGMENTO ANTERIOR: 
 O espaço anterior a lente – é formada por duas câmaras: 
 
 A câmara anterior se encontra entre a córnea e à íris; 
 
 A câmara posterior se encontra posteriormente à íris e 
anteriormente às fibras zonulares e a lente; 
 
 Ambas as câmaras da cavidade do segmento anterior são 
preenchidas por humor aquoso, um líquido aquoso 
transparente que nutre a lente e a córnea. O humor 
aquoso é filtrado continuamente para fora dos capilares 
sanguíneos nos processos ciliares do corpo ciliar e entra na 
câmara posterior. Então, ele flui para frente entre a íris e a 
lente, através da pupila e para a câmara anterior. A partir 
da câmara anterior, o humor aquoso é drenado para o seio 
venoso da esclera (canal de Schlemm) e, então, para o 
sangue. Normalmente, o humor aquoso é completamente 
reposto a cada 90 min. 
CÂMERA VÍTREA: 
 A cavidade posterior do bulbo do olho é a câmara 
postrema, que é maior e se encontra entre a lente e a 
retina; 
 
 Dentro da câmara vítrea, encontrase o humor vítreo, uma 
substância transparente semelhante a uma geleia que 
mantém a retina pressionada contra a corioide, dando à 
retina uma superfície nivelada para a recepção de imagens 
claras; 
 Os bastonetes nos permitem enxergar em ambientes de 
pouca luz, como à luz da lua. Como os bastonetes não 
fornecem visão colorida, em ambientes com pouca luz nós 
podemos enxergar apenas preto, branco e todos os tons de 
cinza intermediários. 
 
 A luz mais forte estimula os cones, que produzem a visão 
colorida; 
 
 Três tipos de cones estão presentes na retina: (1) cones 
azuis, que são sensíveis à luz azul, (2) cones verdes, que são 
sensíveis à luz verde e (3) cones vermelhos, que são 
sensíveis à luz vermelha. A visão colorida é resultado do 
estímulo de várias combinações desses três tipos de cones; 
 
 A maior parte de nossas experiências visuais é mediada pelo 
sistema de cones, cuja perda produz a cegueira legal. Um 
indivíduo que perde a visão dos bastonetes apresenta 
principalmente uma dificuldade em enxergar em ambientes 
com pouca luz e, portanto, não deve dirigir à noite 
 A mácula lútea é o centro exato da parte posterior da retina, 
no eixo visual do olho (fig5 e 7); 
 
 A fóvea central (fig5 e 7), uma pequena depressão no centro 
da mácula lútea, contém apenas cones. Além disso, as 
camadas de células bipolares e ganglionares, que espalham 
uma certa quantidade de luz, não recobrem os cones ali; 
essas camadas são deslocadas para a periferia da fóvea 
central. Como resultado, a fóvea central é a área de maior 
acuidade visual ou resolução. 
 
 O principal motivo pelo qual você move sua cabeça e seu 
solhos enquanto vê algo é para colocar as imagens de 
interesse na fóvea central 
 
 Os bastonetes estão ausentes da fóvea central e são mais 
abundantes na periferia da retina. Como a visão dos 
bastonetes é mais sensível do que a visão dos cones, é 
possível observar um objeto com pouca luminosidade (como 
uma estrela distante) melhor se você virar levemente para 
um lado do que olhando diretamente para ele 
 
 
Natália Pinheiro, Medicina 
 Ela ocupa cerca de quatro quintos do bulbo do olho; 
 
 Ao contrário do humor aquoso, o humor vítreo não é 
constantemente reposto. Ele é formado durante a vida 
embrionária e consiste principalmente em água, além de 
fibras colágenas e ácido hialurônico. O humor vítreo 
também contém células fagocíticas que removem 
fragmentos, mantendo essa parte do olho límpida para 
uma visão sem obstruções. 
 
 O canal hialóideo é um canal estreito, imperceptível em 
adultos, que passa através do corpo vítreo desde o disco 
óptico até a face posterior da lente. Nos fetos, ele é 
ocupado pela artéria hialoidea 
 
 A pressão no olho, chamada de pressão intraocular, é 
produzida principalmente pelo humor aquoso e 
parcialmente pelo humor vítreo; ela normalmente mede 
cerca de 16 mmHg (milímetros de mercúrio). A pressão 
intraocular mantém o formato do bulbo do olho e evita 
que ele colapse. Feridas perfurantes no bulbo do olho 
podem causar a perda de humor aquoso e de humor 
vítreo. Isso, por sua vez, causa uma diminuição na pressão 
intraocular, descolamento da retina e, em alguns casos, 
cegueira. 
 
 
 
 
8 
Natália Pinheiro, Medicina 
OBJ.3: FORMAÇÃO DA IMAGEM: 
 De certo modo o olho é como uma câmera: seus 
elementos ópticos focam uma imagem de algum objeto 
em um “filme” sensível à luz – a retina – enquanto garante 
que a quantidade correta de luz faça a “exposição” 
adequada. Para entender como o olho forma imagens 
claras de objetos na retina, é preciso avaliar três 
processos: (1) a refração ou desvio de luz pela lente e pela 
córnea; (2) a acomodação, a mudança no formato da 
lente; e (3) a constrição ou estreitamento da pupila. 
1) REFRAÇÃO DOS RAIOS DE LUZ: 
 Quando os raios de luz passando através de uma 
substância transparente (como o ar) passam para uma 
segunda substância transparente com uma densidade 
diferente (como a água), sofrem um desvio na junção 
entre as duas substâncias. Esse desvio é chamado de 
refração; 
 
 
 
 
 
 
 Conforme os raios de luz entram no olho, eles são 
refratados nas faces anterior e posterior da córnea. Ambas 
as faces da lente refratam ainda mais os raios de luz de 
modo que eles cheguem com o foco exato na retina. 
 
 As imagens focadas na retina são invertidas (de cabeça 
para baixo). Elas também sofrem uma inversão da direita 
para a esquerda; ou seja, a luz proveniente do lado direito 
de um objeto alcança o lado esquerdo da retina e vice-
versa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O motivo pelo qual o mundo não parece invertido é que o 
encéfalo “aprendeu” no início da vida a coordenar as 
imagens visuais com as orientações dos objetos. O 
encéfaloarmazena as imagens invertidas e revertidas que 
são adquiridas quando nós, pela primeira vez, tocamos e 
alcançamos os objetos, e interpreta essas imagens visuais 
corrigidas pela sua orientação espacial; 
 
 Cerca de 75% da refração total da luz ocorre na córnea. A 
lente fornece os 25% restantes de capacidade de foco e 
também modula o foco para a observação de objetos 
próximos ou distantes; 
 
 Quando um objeto está a 6 metros ou mais do observador, 
os raios de luz refletidos pelo objeto são praticamente 
paralelos uns aos outros (Fig10 A). A lente deve curvar 
esses raios paralelos apenas o bastante para que eles 
sejam focados exatamente sobre a fóvea central, onde a 
visão é mais nítida. 
 
 Como os raios de luz que são refletidos a partir de 
distâncias menores do que 6 metros são divergentes e não 
paralelos (fig10 B), os raios devem ser refratados para que 
sejam focados na retina. Essa refração adicional é realizada 
através de um processo chamado de acomodação. 
 
ACOMODAÇÃO E O PONTO PRÓXIMO DE VISÃO: 
 Uma superfície que forma uma curva para fora, como a 
superfície de uma bola, é chamada de convexa. Quando a 
superfície de uma lente é convexa, aquela lente refratará 
os raios de luz que chegam um em direção ao outro, de 
modo que, eventualmente, eles sofram uma interseção; 
 
 Se a superfície de uma lente forma uma curva para dentro, 
como o interior de uma bola vazia, a lente é chamada de 
côncava e faz com que os raios de luz sejam refratados um 
para longe do outro; 
 
 A lente é convexa em ambas as suas faces, a anterior e a 
posterior, e a sua capacidade de foco aumenta conforme 
sua curvatura aumenta. Quando o olho está focando um 
objeto próximo, a lente fica mais curva, causando uma 
refração maior dos raios de luz. Esse aumento na curvatura 
da lente para a visão próxima é chamado de acomodação; 
 
 O ponto próximo de visão é a distância mínima do olho a 
partir da qual um objeto pode ser focalizado, com nitidez, 
com acomodação máxima. Essa distância é de cerca de 10 
cm em um adulto jovem. 
 
 
 
9 
10 A 
10 B 
Natália Pinheiro, Medicina 
 Como ocorre essa acomodação? 
 Quando você observa objetos distantes, o músculo ciliar 
do corpo ciliar está relaxado e a lente se encontra mais 
achatada porque ela é alongada em todas as direções 
pelas fibras zonulares; 
 Quando você observa um objeto próximo, o músculo ciliar 
se contrai, o que puxa o processo ciliar e a corioide na 
direção da lente. Essa ação libera a tensão sobre a lente e 
as fibras zonulares. 
 Como é elástica, a lente fica mais esférica (mais convexa), 
aumentando sua capacidade de foco e causando maior 
convergência dos raios de luz. 
 As fibras parassimpáticas do nervo oculomotor (III) 
inervam o músculo ciliar do corpo ciliar e, portanto, 
controlam o processo de acomodação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSTRIÇÃO DA PUPILA: 
 As fibras musculares circulares da íris também 
desempenham um papel na formação de imagens claras 
na retina; 
 
 a constrição da pupila é uma diminuição no diâmetro da 
circunferência através da qual a luz entra no olho e que é 
causada pela contração dos músculos circulares da íris. 
 
 Esse reflexo autônomo ocorre simultaneamente com a 
acomodação e evita que os raios de luz entrem no olho 
através da periferia da lente. 
 
 Os raios de luz que entrariam pela periferia não seriam 
focados na retina, o que poderia resultar em uma visão 
borrada 
 
 A pupila, como dito anteriormente, também sofre 
constrição em uma luz forte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miopia, que ocorre quando o bulbo do olho é muito longo 
em relação à capacidade de foco da córnea e da lente ou 
quando a lente é mais espessa do que o normal, de modo 
que a imagem converge na frente da retina. Indivíduos 
míopes podem enxergar objetos próximos 
adequadamente, mas não os objetos distantes. 
 
Na hipermetropia, também conhecida como hiperopia, o 
comprimento do bulbo do olho é curto em relação à 
capacidade de foco da córnea e da lente ou a lente é mais 
fina do que o normal, de modo que a imagem converge 
atrás da retina. Indivíduos hipermetropes podem observar 
objetos distantes com clareza, mas não os objetos 
próximos. 
 
Astigmatismo: a córnea ou a lente possuem uma curvatura 
irregular. Como resultado, partes da imagem ficam fora de 
foco e a visão se apresenta distorcida ou “borrada” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Natália Pinheiro, Medicina 
OBJ. 3 NERVOS CRANIANOS: 
II NERVO ÓPTICO: 
 Nervo sensorial que conduz impulsos dos fotorreceptores 
(bastonetes e cones) da retina do olho; 
 
 Cada nervo óptico está composto de um número estimado 
de 125 milhões de fibras nervosas que convergem na parte 
de trás do bulbo do olho e entram na cavidade craniana 
pelo canal óptico; 
 
 Os dois nervos ópticos se unem no soalho do diencéfalo 
para formar o quiasma óptico; 
 
 As fibras nervosas que se originam da metade medial de 
cada retina cruzam no quiasma óptico para o lado oposto 
do encéfalo, enquanto as fibras que surgem da metade 
latteral permanecem no mesmo lado do encéfalo; 
 
 As fibras do nervo óptico passam posteriormente do 
quiasma óptico ao tálamo pelos tratos ópticos; 
 
 No tálamo, a maioria das fibras termina dentro de certos 
núcleos talâmicos. Alguns axônios de células ganglionares 
que alcançam os núcleos talâmicos têm colaterais que 
conduzem impulsos aos colículos superiores. 
 
 Sinapses no interior dos núcleos talâmicos, contudo, 
permitem que os impulsos passem através de neurônios 
para o córtex visual no interior dos lobos occipitais; 
 
 Outras sinapses permitem que os impulsos alcancem os 
núcleos dos nervos oculomotor, troclear e abducente, que 
regulam os músculos intrínsecos (internos) e extrínsecos 
(da órbita e do bulbo do olho); 
 
 A via da visão no bulbo do olho funciona 
reflexivamente para produzir respostas motoras a 
fim de clarear os estímulos. Se um nervo óptico é 
lesado, o bulbo do olho servido por aquele nervo fica 
cego. 
 
III OCULOMOTOR: 
 Os impulsos nervosos através do nervo oculomotor 
produzem certos movimentos intrínsecos e extrínsecos do 
bulbo do olho; 
 
 O oculomotor é principalmente um nervo motor que se 
origina dos núcleos no interior do mesencéfalo. Divide-se 
em ramos superior e inferior quando atravessa a fissura 
orbital superior da órbita; 
 
 O ramo superior inerva o músculo reto superior que move 
o bulbo do olho superiormente, e o músculo levantador 
da pálpebra superior, que eleva a pálpebra superior; 
 
 O ramo inferior inerva os músculos reto medial, reto 
inferior e oblíquo inferior que movimentam o bulbo do 
olho, medial, inferior e superior e lateralmente, 
respectivamente; 
 
 Fibras do ramo inferior do nervo oculomotor entram no 
bulbo do olho para propiciar inervação autônoma 
parassimpática aos músculos lisos intrínsecos da íris para 
contração pupilar e aos músculos no interior do corpo 
ciliar para acomodação da lente; 
 
 Algumas fibras sensitivas do nervo oculomotor originam-
se de proprioceptores do interior dos músculos intrínsecos 
do bulbo do olho. Essas fibras conduzem impulsos que se 
referem à posição e atividade dos músculos que eles 
servem. Uma pessoa cujo nervo oculomotor é lesado pode 
ter uma pálpebra superior pendente ou pupila dilatada, ou 
ficar impossibilitado de mover o bulbo do olho nas 
direções permitidas pelos quatro músculos extrínsecos 
inervados por este nervo. 
 
 
 
 
 
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Natália Pinheiro, Medicina 
IV TROCLEAR: 
 O nervo troclear é um nervo misto muito pequeno que 
emerge de um núcleo no interior do mesencéfalo e passa 
pelo crânio através da fissura orbital superior da órbita; 
(fig13); 
 
 O nervo troclear inerva o músculo oblíquo superior do 
bulbo do olho com fifbras motoras e fibras sensitivas; o músculo oblíquo superior causam a rotação do bulbo do 
olho para baixo e afasta-o da linha mediana. Impulsos 
sensitivos originam-se nos proprioceptores do músculo 
oblíquo superior e fornecem informações sobre sua 
posição e atividade; 
 
 Lesão do nervo troclear prejudica o movimento na direção 
permitida pelo músculo oblíquo superior do olho. 
 
V I A BDUCENTE: 
 O pequeno nervo abducente origina-se de um núcleo 
dentro da ponte e emerge pela porção inferior da ponte e 
margem anterior do bulbo; 
 
 E um nervo misto que atravessa a fissura orbital superior 
da órbita para inervar o músculo reto lateral do olho 
(fig13); 
 
 Impulsos através de fibras motoras do nervo abducente 
causam a contração do músculo reto lateral do olho e o 
bulbo do olho se move afastando-se da linha mediana, 
lateralmente; 
 
 Impulsos sensitivos pelo nervo abducente originam-se em 
proprioceptores no músculo reto lateral e são conduzidos 
à ponte onde a contração do músculo é transmitida; 
 
 Se o nervo abducente for lesado, não apenas deve o 
paciente ficar impossibilitado de mover o olho 
lateralmente, mas, por causa da falta de tônus muscular 
para o músculo reto lateral, o bulbo do olho deve se 
deslocar medialmente. 
VIA VISUAL: 
 Os sinais visuais na retina passam por processamentos 
consideráveis em sinapses ao longo dos vários tipos de 
neurônios na retina (células horizontais, células bipolares 
e células amácrinas); Então, os axônios das células 
ganglionares da retina fornecem informações da retina 
para o encéfalo, deixando o bulbo do olho como nervo 
óptico (II). 
PROCESSAMENTO DAS INFORMAÇÕES VISUAIS NA 
RETINA: 
 No estrato nervoso da retina, determinadas características 
da informação visual são potencializadas, enquanto outras 
características podem ser descartadas. 
 
 Informações provenientes de várias células podem 
convergir para uma pequena quantidade de neurônios 
póssinápticos (convergência) ou divergir para uma grande 
quantidade (divergência). 
 
 De modo geral, a convergência predomina: existem 
apenas um milhão de células ganglionares, porém existem 
126 milhões de fotorreceptores no olho humano. 
 
 Uma vez que os potenciais receptores surgem nos 
segmentos externos dos bastonetes e dos cones, eles se 
espalham através dos segmentos internos até os terminais 
sinápticos. 
 
 As moléculas neurotransmissoras liberadas por bastonetes 
e cones induzem potenciais graduais locais tanto em 
células bipolares quanto em células horizontais. Entre 6 e 
600 bastonetes formam sinapses com uma única célula 
bipolar na camada sináptica externa da retina; um cone 
frequentemente forma sinapse com uma única célula 
bipolar. 
 
 A convergência de muitos bastonetes em uma única célula 
bipolar aumenta a sensibilidade à luz da visão dos 
bastonetes, porém desfoca levemente a imagem que é 
percebida. 
 
 A visão dos cones, embora menos sensível, é mais nítida 
por causa da proporção de um para um das sinapses entre 
cones e células bipolares. 
 
 A estimulação dos bastonetes pela luz excita as células 
bipolares; 
 
 as células bipolares dos cones podem ser excitadas ou 
inibidas quando surge uma luz. 
 
 As células horizontais transmitem sinais inibitórios para as 
células bipolares nas áreas laterais aos cones e bastonetes 
excitados. Essa inibição lateral aumenta o contraste da 
cena visual entre áreas da retina que são estimuladas 
fortemente e áreas adjacentes que são estimuladas mais 
fracamente. As células horizontais também ajudam a 
diferenciar várias cores 
 
Natália Pinheiro, Medicina 
 As células amácrinas, que são excitadas pelas células 
bipolares, formam sinapses com células ganglionares e 
transmitem informações para elas, sinalizando uma 
modificação no nível de iluminação da retina. Quando 
células bipolares ou amácrinas transmitem sinais 
excitatórios para as células ganglionares, essas células 
ganglionares se despolarizam e disparam impulsos 
nervosos 
 
VIA ENCEFÁLICA E CAMPOS VISUAIS: 
 Os axônios do nervo óptico (II) passam através do quiasma 
óptico (um cruzamento, como na letra X), um ponto de 
cruzamento dos nervos ópticos (fig14A); 
 
 Alguns axônios atravessam para o lado oposto, enquanto 
outros permanecem do mesmo lado. 
 
 Após passarem pelo quiasma óptico, os axônios, agora 
parte do trato óptico, entram no encéfalo e a maior parte 
deles termina no núcleo do corpo geniculado lateral do 
tálamo; 
 
 Ali, eles formam sinapses com neurônios cujos axônios 
formam as radiações ópticas, que se projetam para as 
áreas visuais primárias nos lobos occipitais do córtex 
cerebral e começa a percepção visual. 
 
 Uma parte das fibras do trato óptico termina no colículo 
superior, que controla os músculos extrínsecos do bulbo 
do olho, e nos núcleos prétectais, que controlam os 
reflexos de acomodação e pupilar. 
 
 
 Tudo que pode ser visto por um olho compreende o campo 
visual daquele olho. Como dito anteriormente, como 
nossos olhos estão localizados anteriormente nas nossas 
cabeças, os campos visuais se sobrepõem 
consideravelmente; 
 
 Nós possuímos visão binocular por causa da grande região 
em que os campos visuais dos dois olhos se sobrepõem – 
o campo de visão binocular; 
 
 O campo visual de cada olho é dividido em duas regiões: a 
metade nasal ou central e a metade temporal ou 
periférica; 
 
 Para cada olho, os raios de luz provenientes de um objeto 
na metade nasal do campo visual são direcionados para a 
metade temporal da retina e os raios de luz provenientes 
de um objeto na metade temporal do campo visual são 
direcionados para a metade nasal da retina. 
 
 A informação visual proveniente da metade direita de 
cada campo visual é transmitida para o lado esquerdo do 
encéfalo e a informação visual proveniente da metade 
esquerda de cada campo visual é transmitida para o lado 
direito do encéfalo da seguinte maneira (fig15): 
 
1) Os axônios de todas as células ganglionares da retina em 
um olho deixam o bulbo do olho no disco do nervo óptico 
e formam o nervo óptico naquele lado. 
 
2) No quiasma óptico, os axônios da metade temporal de 
cada retina não cruzam e continuam diretamente para o 
núcleo do corpo geniculado lateral do tálamo naquele 
mesmo lado. 
 
3) Ao contrário, os axônios da metade nasal de cada retina 
cruzam o quiasma óptico e continuam para o tálamo do 
lado oposto. 
 
4) Cada trato óptico é formado por axônios cruzados e não 
cruzados que se projetam a partir do quiasma óptico para 
o tálamo de um dos lados. 
 
5) Axônios colaterais (ramos) das células ganglionares 
retinais se projetam para o mesencéfalo, onde 
contribuem para os circuitos neurais que governam a 
constrição das pupilas em resposta à luz e para a 
coordenação dos movimentos da cabeça e do olho. Os 
axônios colaterais também se estendem para o núcleo 
supraquiasmático do hipotálamo, que estabelece os 
padrões de sono e outras atividades que ocorrem de 
modo circadiano ou diário em resposta aos intervalos 
entre a claridade e a escuridão. 
 
6) Os axônios dos neurônios talâmicos formam as radiações 
ópticas conforme eles se projetam do tálamo para a área 
visual primária do córtex no mesmo lado. 
 
 14 
Natália Pinheiro, Medicina 
 Embora nós tenhamos descrito a via visual como uma via 
única, acreditase que os sinais visuais sejam processados 
por pelo menos três sistemas separados no córtex cerebral 
e cada um deles com sua função própria. Um sistema 
processa a informação relacionada com o formato dos 
objetos, outro sistema processa a informação a respeito da 
cor dos objetos e um terceiro sistema processa a 
informação a respeito do movimento, da localização e da 
organização espacial do objeto. 
FIM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo: 
O objetivo do presente estudo foi desenvolver uma 
metodologia que aproxime o discente doconteúdo 
abordado nas aulas de anatomia do globo ocular. 
Métodos: 
Foi realizada uma incisão circular na lâmina orbital 
do osso frontal de um cadáver humano de uma 
instituição em saúde e, para acessar as estruturas 
orbitárias, foram dissecadas as estruturas da área 
criando uma via para a injeção de uma solução de 
borracha de silicone branca entre o cristalino e a 
retina com posterior enucleação e dissecação final. 
Resultados: 
O emprego da técnica permitiu que os discentes do 
curso construíssem o conhecimento tátil do órgão 
em questão e transformando o saber teórico em 
prático, reconhecendo músculos, funcionalidade, 
vasos sanguíneos e estruturas oculares durante o 
procedimento de dissecação. 
Conclusão: 
A metodologia empregada no presente estudo é 
uma opção viável para o ensino da anatomia do 
olho.

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