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Olho - Anatomia, Fisiologia, Histologia e Embriologia

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APG – Globo ocular 
 
OBJETIVOS 
1. Compreender a anatomia e fisiologia 
do olho 
2. Entender a histologia do globo ocular 
3. Relacionar o trajeto do nervo óptico 
com a formação da imagem 
4. Citar quais alterações geram os 
distúrbios da visão - Miopia, 
Astigmatismo, Hipermetropia e 
Presbiopia 
 
Anatomia e Fisiologia 
Órbitas 
As órbitas são cavidades ósseas no esqueleto da 
face. As paredes mediais das duas órbitas, 
separadas pelos seios etmoidais e pelas partes 
superiores da cavidade nasal, são quase 
paralelas, enquanto as paredes laterais formam 
um ângulo quase reto (90°). 
As órbitas e a região da órbita anterior a elas 
contêm e protegem os bulbos dos olhos e 
as estruturas acessórias da visão, que são: 
•Pálpebras, que limitam as órbitas 
anteriormente e controlam a exposição da 
região anterior do bulbo do olho 
 
•Músculos extrínsecos do bulbo do olho, que 
posicionam os bulbos dos olhos e levantam 
as pálpebras superiores 
 
•Nervos e vasos no trajeto para os bulbos 
dos olhos e músculos 
 
•Fáscia orbital circundando os bulbos dos 
olhos e os músculos 
 
•Túnica mucosa (conjuntiva) que reveste as 
pálpebras e a face anterior dos bulbos dos 
olhos e a maior parte do aparelho lacrimal, 
que a lubrifica. 
 
 
 Músculos Extrínsecos 
 
 
Os músculos que movimentam os bulbos dos 
olhos são chamados de músculos extrínsecos 
dos olhos 
porque se originam fora dos bulbos dos olhos 
(na órbita) e se inserem na face externa da 
esclera. 
Os músculos extrínsecos dos olhos estão entre 
os músculos esqueléticos de contração mais 
rápida e controle mais preciso do corpo. Todos 
os movimentos exigem a ação de diversos 
músculos no mesmo olho, que se auxiliam, como 
sinergistas, ou se opõem, como antagonistas. 
Músculos que são sinérgicos para uma ação 
podem ser antagonistas para outra. Por 
exemplo, nenhum músculo isolado pode elevar a 
pupila diretamente a partir da posição primária. 
Os dois elevadores (músculos RS e OI) atuam de 
modo sinérgico para fazer isso. No entanto, 
esses músculos são antagonistas na rotação e 
neutralizam-se mutuamente, de modo que não 
há rotação quando eles atuam juntos para elevar 
a pupila. 
 
 
Bulbo do olho 
Bulbo do olho 
O bulbo do olho contém o aparelho óptico do 
sistema visual (Figura 8.45A). Ocupa a maior 
parte da porção anterior da órbita, suspenso por 
seis músculos extrínsecos que controlam seu 
movimento e por um aparelho suspensor da 
fáscia. Tem diâmetro aproximado de 25 mm. 
Todas as estruturas anatômicas no bulbo do 
olho têm disposição circular ou esférica. O bulbo 
do olho propriamente dito tem três túnicas; 
entretanto, há outra camada de tecido 
conjuntivo frouxo que circunda o bulbo do olho, 
sustentando-o dentro da órbita. A camada de 
tecido conjuntivo é composta posteriormente 
pela bainha do bulbo do olho (cápsula de Tenon), 
que forma a verdadeira cavidade para o bulbo do 
olho, e anteriormente pela túnica conjuntiva do 
bulbo. A bainha do bulbo do olho é a parte mais 
substancial do aparelho suspensor. Uma lâmina 
de tecido conjuntivo muito frouxo, o espaço 
episcleral (um espaço virtual) situa-se entre a 
bainha do bulbo do olho e a túnica externa do 
bulbo do olho, facilitando os movimentos do 
bulbo do olho na bainha. 
As três túnicas do bulbo do olho são: 
1.Túnica fibrosa (camada externa), formada 
por esclera e córnea 
2.Túnica vascular (camada intermédia), 
formada por corioide, corpo ciliar e íris 
3.Túnica interna (camada interna), formada 
por retina, que tem partes óptica e não 
visual. 
TÚNICA FIBROSA DO BULBO DO OLHO 
A túnica fibrosa do bulbo do olho é o esqueleto 
fibroso externo, que garante a forma e a 
resistência. A esclera é a parte opaca resistente 
da túnica fibrosa do bulbo do olho que cobre os 
cinco sextos posteriores do bulbo do olho. É o 
local de inserção dos músculos extrínsecos 
(extraoculares) e intrínsecos do bulbo do olho. A 
parte anterior da esclera é visível através da 
túnica conjuntiva do bulbo transparente como “a 
parte branca do olho”. A córnea é a parte 
transparente da túnica fibrosa que cobre a sexta 
parte anterior do bulbo do olho. A convexidade 
da córnea é maior do que a da esclera e, 
portanto, ela parece protrair-se do bulbo do olho 
quando vista lateralmente. 
As duas camadas diferem principalmente em 
termos da regularidade da organização das 
fibras colágenas que as compõem e do grau de 
hidratação de cada uma. Enquanto a esclera é 
relativamente avascular, a córnea é totalmente 
avascular e nutrida por leitos capilares 
periféricos e líquidos existentes sobre suas 
faces externa e interna (líquido lacrimal e humor 
aquoso, respectivamente). O líquido lacrimal 
também provê oxigênio absorvido do ar. 
A córnea é muito sensível ao toque; sua 
inervação é realizada pelo nervo oftálmico (NC 
V1). Mesmo corpos estranhos muito pequenos (p. 
ex., partículas de poeira) levam a pessoa a 
piscar, ao fluxo de lágrimas e, às vezes, à dor 
intensa. Sua nutrição provém dos leitos 
capilares em sua periferia, o humor aquoso e 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527734608/epub/OEBPS/Text/chapter08.html#fig8-45
 
o líquido lacrimal. O líquido lacrimal também 
provê oxigênio absorvido do ar. O ressecamento 
da superfície da córnea pode causar ulceração. 
O limbo da córnea é o ângulo formado pela 
interseção das curvaturas da esclera e da 
córnea na junção corneoescleral. A junção é um 
círculo translúcido, cinza, com 1 mm de largura 
que inclui várias alças capilares que participam 
da nutrição da córnea avascular. 
 
TÚNICA VASCULAR DO BULBO DO OLHO 
A túnica vascular do bulbo do olho (também 
denominada úvea ou trato uveal) é formada pela 
corioide, pelo corpo ciliar e pela íris. A corioide, 
uma camada marrom-avermelhada escura, está 
situada entre a esclera e a retina. Nesse leito 
vascular pigmentado e denso, os vasos maiores 
estão localizados externamente (perto da 
esclera). Os vasos mais finos (a lâmina capilar da 
corioide ou corioideocapilar, um leito capilar 
extenso) são mais internos, adjacentes à camada 
fotossensível avascular da retina, que supre 
com oxigênio e nutrientes. A corioide é 
ingurgitada com sangue nos seres vivos (tem a 
maior taxa de perfusão por grama de tecido de 
todos os leitos vasculares do corpo). 
Consequentemente, essa camada é responsável 
pelos “olhos com reflexo vermelho” observados 
em fotografias com flash. 
O corpo ciliar é um espessamento anular da 
camada posterior ao limbo da córnea, que é 
muscular e vascular. Une a corioide à 
circunferência da íris. O corpo ciliar é o local de 
inserção da lente. A contração e o relaxamento 
do músculo liso circular do corpo ciliar 
controlam a espessura e, portanto, o foco da 
lente. Pregas na face interna do corpo ciliar, 
os processos ciliares, secretam humor aquoso. 
O humor aquoso, um líquido aquoso 
transparente, ocupa o segmento anterior do 
bulbo do olho, o interior do bulbo anterior à 
lente, ao ligamento suspensor e ao corpo ciliar. 
A íris, que literalmente está sobre a face 
anterior da lente, é um diafragma contrátil fino 
com uma abertura central, a pupila, para dar 
passagem à luz. Quando uma pessoa está 
acordada, o tamanho da pupila varia 
continuamente para controlar a luz que entra no 
olho. Dois músculos involuntários controlam o 
tamanho da pupila: o músculo esfíncter da 
pupila circular, estimulado pelo sistema 
parassimpático, diminui seu diâmetro (miose 
pupilar), e o músculo dilatador da pupila, radial e 
estimulado pelo sistema simpático, aumenta seu 
diâmetro (dilata a pupila). A natureza das 
respostas pupilares é paradoxal: as respostas 
simpáticasgeralmente são imediatas, porém a 
dilatação da pupila em resposta à baixa 
iluminação, como em um cinema escuro, pode 
levar até 20 minutos. As respostas 
parassimpáticas costumam ser mais lentas do 
que as respostas simpáticas, porém a constrição 
pupilar estimulada pelo sistema parassimpático 
normalmente é imediata. A dilatação pupilar 
contínua anormal (midríase) ocorre em algumas 
 
doenças ou em consequência de traumatismo ou 
uso de alguns fármacos/drogas. 
 
TÚNICA INTERNA DO BULBO DO OLHO 
A túnica interna do bulbo do olho é a retina. É a 
camada neural sensitiva do bulbo do olho. 
Macroscopicamente, a retina é formada por 
duas partes funcionais com localizações 
distintas: uma parte óptica e uma parte cega. 
A parte óptica da retina é sensível aos raios 
luminosos visuais e tem dois estratos: um 
estrato nervoso e um estrato pigmentoso. 
O estrato nervoso é sensível à luz. O estrato 
pigmentoso é formado por uma única camada de 
células, que reforça a propriedade de absorção 
da luz pela corioide para reduzir a dispersão da 
luz no bulbo do olho. A parte cega da retina é 
uma continuação anterior do estrato 
pigmentoso e uma camada de células de 
sustentação. A parte cega da retina estende-se 
sobre o corpo ciliar (parte ciliar da retina) e a 
face posterior da íris (parte irídica da retina) até 
a margem pupilar. 
Clinicamente, a face interna da parte posterior 
do bulbo do olho, onde é focalizada a luz que 
entra no bulbo do olho, é denominada fundo do 
olho. A retina do fundo inclui uma área circular 
bem definida chamada disco do nervo 
óptico (papila óptica), onde as fibras sensitivas e 
os vasos conduzidos pelo nervo óptico (NC II) 
entram no bulbo do olho. Como não contém 
fotorreceptores, o disco do nervo óptico é 
insensível à luz. Consequentemente, essa parte 
da retina costuma ser chamada de ponto cego. 
Imediatamente lateral ao disco do nervo óptico 
está a mácula lútea. A cor amarela da mácula só 
é visível quando a retina é examinada com luz 
sem vermelho. A mácula é uma pequena área 
oval da retina com cones fotorreceptores 
especiais que é especializada para acuidade 
visual. Não é normalmente observada com 
um oftalmoscópio (um aparelho para ver o 
interior do bulbo do olho através da pupila). No 
centro da mácula há uma depressão, a fóvea 
central, a área de maior acuidade visual. A fóvea 
tem diâmetro aproximado de 1,5 mm; seu centro, 
a fovéola, não tem a rede capilar visível em 
outra parte profundamente à retina. 
A parte óptica funcional da retina termina 
anteriormente ao longo da ora serrata, a 
margem posterior irregular do corpo ciliar. Com 
exceção dos cones e bastonetes do estrato 
nervoso, a retina é suprida pela artéria central 
da retina, um ramo da artéria oftálmica. Os 
cones e bastonetes do estrato nervoso externo 
recebem nutrientes da lâmina capilar da 
corioide. Tem os vasos mais finos da face 
interna da corioide, contra os quais a retina é 
comprimida. Um sistema correspondente de 
veias retinianas une-se para formar a veia 
central da retina. 
MEIOS REFRATIVOS E COMPARTIMENTOS DO 
BULBO DO OLHO 
No seu trajeto até a retina, as ondas luminosas 
atravessam os meios refrativos do bulbo do 
olho: córnea, humor aquoso, lente e humor 
vítreo. A córnea é o meio refrativo primário do 
bulbo do olho – isto é, desvia a luz no máximo 
grau, focalizando uma imagem invertida sobre a 
retina fotossensível do fundo do bulbo do olho. 
O humor aquoso ocupa o segmento anterior do 
bulbo do olho. O segmento anterior é subdividido 
pela íris e pupila. A câmara anterior do bulbo do 
olho é o espaço entre a córnea anteriormente e 
a íris/pupila posteriormente. A câmara posterior 
do bulbo do olho está situada entre a íris/pupila 
anteriormente e a lente e o corpo ciliar 
posteriormente. O humor aquoso é produzido na 
câmara posterior pelos processos ciliares do 
corpo ciliar. Essa solução aquosa transparente 
fornece nutrientes para a córnea avascular e a 
lente. Após atravessar a pupila e chegar à 
câmara anterior, o humor aquoso drena através 
de uma rede trabecular no ângulo 
iridocorneal para o seio venoso da esclera (canal 
de Schlemm). O humor é retirado pelo plexo do 
limbo, uma rede de veias esclerais próximas do 
limbo, que drenam para tributárias das veias 
vorticosas e ciliares anteriores. A pressão 
intraocular (PIO) é um equilíbrio entre a 
produção e a drenagem de humor aquoso. 
A lente situa-se posteriormente à iris e 
anteriormente ao humor vítreo do corpo vítreo. 
É uma estrutura biconvexa e transparente 
encerrada em uma cápsula. A cápsula da lente, 
extremamente elástica, é fixada pelas fibras 
zonulares (que juntas formam o ligamento 
suspensor da lente) aos processos ciliares 
circundantes. Embora a maior parte da refração 
seja produzida pela córnea, a convexidade da 
lente, sobretudo de sua face anterior, varia 
constantemente para a focalização fina de 
objetos próximos ou distantes na retina. A lente 
não fixada isolada torna-se quase esférica. Em 
outras palavras, na ausência de inserção 
externa e distensão, torna-se quase redonda. 
O músculo ciliar do corpo ciliar modifica o 
formato da lente. Na ausência de estimulação 
nervosa, o diâmetro do anel muscular relaxado é 
maior. A lente suspensa no anel está sob tensão, 
pois sua periferia é distendida, tornando-a mais 
fina (menos convexa). A lente menos convexa 
coloca objetos mais distantes em foco (visão 
para longe). 
 
 
A estimulação parassimpática através do nervo 
oculomotor (NC III) causa contração do músculo 
ciliar, semelhante a um esfíncter. O anel torna-
se menor e a tensão sobre a lente diminui. A 
lente relaxada torna-se mais espessa (mais 
convexa), focalizando objetos próximos (visão 
para perto). O processo ativo de modificação do 
formato da lente para visão de perto é chamado 
de acomodação. A espessura da lente aumenta 
com a idade, de modo que a capacidade de 
acomodação costuma ser limitada depois dos 40 
anos de idade. 
O humor vítreo é um líquido aquoso contido na 
malha de fibrina do corpo vítreo, uma 
substância gelatinosa transparente nos quatro 
quintos posteriores do bulbo do olho, posterior à 
lente (segmento posterior do bulbo do olho, 
também chamado de câmara 
postrema ou vítrea). Além de dar passagem à 
luz, o humor vítreo mantém a retina no lugar e 
sustenta a lente. 
Nervo Óptico 
Origem do Nervo Óptico 
As fibras do nervo óptico são os axônios das 
células na camada ganglionar da retina. Elas 
convergem para o disco do nervo óptico e deixam 
o olho, a 3 ou 4 μm do lado nasal do seu centro, 
como o nervo óptico. As fibras do nervo óptico 
são mielinizadas, porém as bainhas são formadas 
de oligodendrócitos em vez de células de 
Schwann, pois o nervo óptico é comparável a um 
trato dentro do sistema nervoso central. 
O nervo óptico deixa a cavidade orbital 
através do canal óptico e une-se com o nervo 
óptico do lado oposto formando o quiasma óptico. 
 
 
 
Quiasma Óptico 
O quiasma óptico situa-se na junção da parede 
anterior e do assoalho do terceiro ventrículo. 
Seus ângulos anterolaterais são contínuos com 
os nervos ópticos, e os ângulos posterolaterais 
são contínuos com os tratos ópticos. No quiasma, 
as fibras da metade nasal (medial) de cada retina, 
incluindo a metade nasal da mácula cruzam a 
linha média e entram no trato óptico do lado 
oposto, enquanto as fibras da metade temporal 
(lateral) de cada retina, incluindo a metade 
temporal da mácula, seguem posteriormente no 
trato óptico ipsilateral. 
Trato Óptico 
O trato óptico emerge do quiasma óptico e segue 
postero-lateralmente em volta do pedúnculo 
cerebral. A maioria das fibras termina emsinapses com as células nervosas no corpo 
geniculado lateral, que é uma pequena projeção 
da parte posterior do tálamo. Algumas das fibras 
seguem para o núcleo pré-tetal e o colículo 
superior do mesencéfalo e estão implicadas nos 
reflexos fotomotores. 
Corpo Geniculado Lateral 
O corpo geniculado lateral é uma tumefação oval 
pequena que se projeta do pulvinar do tálamo. 
Consiste em seis estratos de células, com as 
quais os axônios do trato óptico formam 
sinapses. Os axônios das células nervosas dentro 
do corpo geniculado deixam-no para formar 
a radiação óptica. 
 
Radiação Óptica 
As fibras da radiação óptica são os axônios das 
células nervosas do corpo geniculado lateral. O 
trato segue posteriormente através da parte 
retrolenticular da cápsula interna e termina 
no córtex visual (área 17), que ocupa os lábios 
superior e inferior do sulco calcarino na face 
medial do hemisfério cerebral. O córtex de 
associação visual (áreas 18 e 19) é responsável 
pelo reconhecimento de objetos e percepção das 
cores. 
Neurônios da Via Visual e Visão Binocular 
Quatro neurônios conduzem os impulsos visuais 
ao córtex visual: (1) bastonetes e cones, que são 
neurônios receptores especializados na retina; 
(2) neurônios bipolares, que conectam os 
bastonetes e cones às células ganglionares; 
(3) células ganglionares, cujos axônios seguem 
até o corpo geniculado lateral; e (4) neurônios do 
corpo geniculado lateral, cujos axônios destinam-
se ao córtex cerebral. 
Na visão binocular, os campos direito e 
esquerdo da visão se projetam em partes das 
duas retinas. A imagem de um objeto no campo 
direito da visão é projetada na metade nasal da 
retina direita e na metade temporal da retina 
esquerda. No quiasma óptico, os axônios dessas 
duas metades das retinas são combinados 
formando o trato óptico esquerdo. Os neurônios 
do corpo geniculado lateral projetam todo o 
campo visual direito no córtex visual do 
hemisfério esquerdo, e o campo visual esquerdo 
no córtex visual do hemisfério direito. Os 
quadrantes retinianos inferiores (campo de visão 
superior) projetam-se na parede inferior do sulco 
calcarino, enquanto os quadrantes retinianos 
superiores (campo de visão inferior) projetam-se 
na parede superior do sulco. Repare também que 
a mácula lútea é representada na parte posterior 
da área 17, e a periferia da retina é representada 
anteriormente. 
 
 
Histologia 
 
 
 
 
CÓRNEA 
 É formada por três camadas celulares com 
morfologia e origem distintas. Essas camadas 
são separadas por duas importantes 
membranas (acelulares) que parecem 
homogêneas quando observadas ao microscópio 
óptico. As cinco camadas da córnea observadas 
em corte transversal são: 
•Epitélio da córnea (epitélio estratificado 
pavimentoso não queratinizado) 
•Membrana de Bowman (membrana basal 
anterior) 
•Estroma da córnea 
•Membrana de Descemet (membrana basal 
posterior) 
•Endotélio da córnea. 
 
 
 
 
 
 
 
ESCLERA 
A opacidade da esclera, como a de outros 
tecidos conjuntivos densos, é atribuída, 
sobretudo, à irregularidade de sua estrutura. A 
esclera é perfurada por vasos sanguíneos, 
nervos e nervo óptico. A esclera é dividida em 
três camadas não bem-definidas: 
•A lâmina episcleral, a camada externa, é o 
tecido conjuntivo frouxo adjacente ao tecido 
adiposo periorbital 
•A substância própria (esclera propriamente 
dita, também denominada cápsula de Tenon) 
é a fáscia que reveste o olho e é composta de 
uma densa rede de fibras colágenas 
espessas 
•A lâmina supracoróidea (lâmina fosca da 
esclera), a face interna da esclera, está 
localizada adjacente à coroide e contém 
fibras colágenas mais finas e fibras elásticas, 
além de fibroblastos, melanócitos, 
macrófagos e outras células do tecido 
conjuntivo. 
Além disso, o espaço episcleral (espaço de 
Tenon) está localizado entre a lâmina episcleral e 
o estroma ou substância própria da esclera. Esse 
espaço e o tecido adiposo periorbital circundante 
possibilitam a livre rotação do olho dentro da 
órbita. Os tendões dos músculos extraoculares se 
inserem no estroma da esclera. 
 
 
RETINA 
A retina é a parte sensível à luz do olho e contém 
(1) os cones, responsáveis 
pela visão em cores; e (2) os bastonetes que 
podem detectar a penumbra e são 
responsáveis principalmente pela visão em 
preto e branco em condições de 
baixa luminosidade. Quando bastonetes e cones 
são excitados, os sinais são 
transmitidos, primeiramente, através de 
sucessivas camadas de neurônios na 
própria retina e, por fim, propagam-se pelas 
fibras do nervo óptico e para o 
córtex cerebral. 
 
CAMADAS DA RETINA 
Os componentes funcionais 
da retina que se dispõem em camadas de fora 
para dentro: 
(1) camada pigmentar; 
(2) camada de bastonetes e cones que se projeta 
para a camada pigmentar; 
 (3) camada nuclear externa, contendo os corpos 
celulares dos bastonetes e cones; 
(4) camada plexiforme externa; 
 (5) camada nuclear interna; 
 (6) camada plexiforme interna; 
 (7) camada ganglionar; 
(8) camada de fibras do nervo óptico; e (9) 
membrana limitante interna. 
 
 
Depois que a luz passa do sistema de lentes do 
olho e, então, atravessa o 
humor vítreo, ela entra na retina por sua 
camada mais interna do olho, ou seja, atravessa 
primeiro as células ganglionares e depois as 
camadas plexiforme e nuclear, antes de, por fim, 
chegar à camada de bastonetes e cones, que 
ocupa a retina até sua borda mais externa. 
 
REGIÃO DA FÓVEA RETINIANA E SUA 
IMPORTÂNCIA PARA VISÃO 
ACURADA. 
 A fóvea é área diminuta, no centro da retina, é, 
sobretudo, capaz de visão acurada e detalhada. 
A fóvea central, com apenas 0,3 milímetro de 
 
diâmetro, é composta quase inteiramente por 
cones. 
 
CAMADA PIGMENTAR DA RETINA. 
O pigmento negro melanina, na 
camada pigmentar, impede a reflexão da luz por 
todo o globo ocular, o que é 
extremamente importante para a visão nítida. 
Esse pigmento realiza a mesma 
função no olho que a cor negra dentro do fole de 
uma câmera. Sem ele, os 
raios de luz seriam refletidos em todas as 
direções, dentro do globo ocular e 
causariam iluminação difusa da retina, e não o 
contraste normal entre as 
manchas escura e clara, necessário para a 
formação de imagens precisas. 
A importância da melanina na camada 
pigmentar é bem ilustrada por sua 
ausência em albinos, pessoas que não têm, 
hereditariamente, o pigmento 
melanina em todas as partes do corpo. 
 
FOTOQUÍMICA DA VISÃO 
Bastonetes e cones contêm substâncias 
químicas que se decompõem pela 
exposição à luz e, no processo, excitam as fibras 
do nervo óptico. A 
substância química sensível à luz, nos 
bastonetes, é chamada rodopsina; as 
substâncias químicas fotossensíveis nos cones, 
os chamados pigmentos dos 
cones ou pigmentos coloridos, têm composições, 
apenas, discretamente 
diferentes das da rodopsina. 
 
ÍRIS 
 
 
 
É formada por estroma de tecido conjuntivo 
ricamente vascularizado e recoberto na 
superfície posterior por células muito 
pigmentadas, o epitélio pigmentar posterior. A 
lâmina basal dessas células está voltada para a 
câmara posterior do olho. O grau de 
pigmentação dessas células é de tal ordem, que 
torna impossível ver o núcleo, bem como as 
características do citoplasma ao microscópio 
óptico. Subjacente a essa camada, há uma 
camada de células mioepiteliais, o mioepitélio 
pigmentar anterior. 
 O número de melanócitos no estroma é 
responsável pela variação na cor dos olhos. A 
função dessas células pigmentadasna íris é 
absorver os raios luminosos. Se houver poucos 
melanócitos no estroma, a cor dos olhos é 
derivada da luz refletida pelo pigmento existente 
nas células da superfície posterior da íris, o que 
produz cor azul. À medida que aumenta a 
quantidade de pigmento no estroma, a cor passa 
de azul a tons de azul-esverdeado, cinza e, por 
fim, castanho. 
Embriologia 
Os tecidos oculares são derivados do 
neuroectoderma, do ectoderma e do 
mesoderma. 
No 22º dia do desenvolvimento, os olhos surgem 
como sulcos rasos – os sulcos ópticos – nas 
pregas neurais da extremidade craniana do 
embrião humano. Quando o tubo neural se 
fecha, esses dois sulcos formam saliências 
denominadas vesículas ópticas. À medida que 
cada vesícula óptica cresce lateralmente, há 
constrição da conexão com o prosencéfalo, com 
formação de um pedúnculo óptico, e 
espessamento do ectoderma da superfície 
sobrejacente, com formação dos primórdios do 
olho, o placoide do cristalino. Em seguida, ocorre 
invaginação concomitante das vesículas ópticas 
e dos placoides do cristalino. A invaginação da 
vesícula óptica acarreta o surgimento de 
um cálice óptico bilaminar. A camada interna dá 
origem à camada neural da retina; a camada 
externa forma o EPR. O mesênquima que 
circunda o cálice óptico origina a esclera. 
A invaginação da região central de 
cada placoide do cristalino leva à formação 
das vesículas do cristalino. Na quinta semana de 
desenvolvimento, a vesícula do cristalino perde 
contato com o ectoderma superficial e a abertura 
do cálice óptico. Depois que a vesícula do 
cristalino se separa do ectoderma superficial, 
esse mesmo local volta a se espessar para formar 
o epitélio da córnea. Em seguida, as células 
mesenquimais da periferia dão origem ao 
endotélio e ao estroma da córnea. 
Sulcos que contêm vasos sanguíneos 
derivados do mesênquima se desenvolvem ao 
longo da superfície inferior de cada cálice óptico 
e de cada pedúnculo óptico. Por meio desses 
sulcos, denominados fissuras corióideas, a 
artéria hialóidea chega à câmara interna do olho. 
Essa artéria e seus ramos irrigam a câmara 
interna do cálice óptico, a vesícula do cristalino e 
o mesênquima no cálice óptico. A veia hialóidea 
conduz o sangue que sai dessas estruturas. As 
partes distais dos vasos hialóideos se 
degeneram, mas as partes proximais persistem e 
formam a artéria central da retina e a veia 
central da retina. No fim da sétima semana, 
ocorre a fusão das margens da fissura corióidea, 
e uma abertura redonda, a futura pupila, se 
forma sobre a vesícula do cristalino. 
A camada externa do cálice óptico forma uma 
camada única de células pigmentares (Figura 24.3 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527729888/epub/OEBPS/Text/chapter24.html#ch24fig3
 
C). A pigmentação começa no fim da quinta 
semana. A camada interna sofre uma complexa 
diferenciação em nove lâminas da camada neural 
da retina. No sétimo mês já estão presentes as 
células fotorreceptoras (bastonetes e cones) 
assim como as células bipolares, amácrinas e 
ganglionares e as fibras nervosas. A depressão 
macular começa a se desenvolver durante o 
oitavo mês e só se completa a partir de 6 meses 
depois do nascimento. 
Durante o terceiro mês, o crescimento do 
cálice óptico dá origem ao corpo ciliar e à futura 
íris, que forma um epitélio biestratificado na 
frente do cristalino. O mesoderma localizado 
externamente a essa região torna-se o estroma 
do corpo ciliar e da íris. As duas camadas 
epiteliais da íris tornam-se pigmentadas. No 
corpo ciliar, no entanto, apenas a camada externa 
é pigmentada. Ao nascimento, a íris tem cor azul-
clara em pessoas de pele clara, porque 
geralmente não há pigmento. Os músculos 
dilatador e esfíncter da pupila se desenvolvem 
durante o sexto mês como derivados do 
neuroectoderma da camada externa do cálice 
óptico. 
 
Principais distúrbios da visão 
Em um olho com visão normal, o poder de foco 
da córnea e da lente é perfeitamente compatível 
com o comprimento do olho. Raios de luz 
paralelos de um objeto distante são colocados 
em foco precisamente na retina e uma imagem 
clara é percebida. 
 
A – Emetropia 
B- Miopia 
C – Hipermetropia 
Erros refrativos ocorrem quando os raios de luz 
que entram no olho não se concentram 
adequadamente na retina: 
●Na miopia (miopia), o tipo mais comum de 
erro refrativo, a córnea é muito curvada ou 
a lente é muito poderosa para o 
comprimento do globo. Objetos distantes 
não podem ser vistos claramente porque os 
raios de luz estão focados na frente da 
retina. 
●Na hipermetropia (miopia), a córnea e as 
lentes são muito fracas para o 
comprimento do globo. Como resultado, os 
raios de luz atingem a retina antes de 
serem focados em um único ponto (figura 1). 
Um objeto distante pode ser colocado em 
foco usando acomodação, mas a visão clara 
é difícil. 
●Com um astigmatismo, o poder refrativo 
do olho é diferente em diferentes 
meridianos. Raios de luz nunca podem ser 
levados a um único ponto e objetos 
aparecerão embaçados a qualquer 
distância. Astigmatismo pode ocorrer com 
miopia ou hipermetropia. 
 
Presbiopia é um tipo diferente de erro refrativo 
no qual a perda de acomodação ocorre à medida 
que a lente endurece com a idade. Isso resulta 
em uma incapacidade de colocar um objeto 
próximo em foco na retina e requer o uso de 
óculos de leitura, tipicamente em pacientes na 
faixa dos 40 anos. A presbiopia não é corrigida 
por cirurgia refratária a laser, e a cirurgia pode 
de fato acelerar o desenvolvimento da 
presbiopia. 
Um outro distúrbio visual é a catarata é uma 
opacidade da lente do olho que pode causar 
visão turva ou distorcida, desconforto com alta 
luminosidade ou, em casos muito avançados, 
cegueira. Cataratas ocorrem com frequência 
com o aumento da idade e podem ser uma parte 
normal do envelhecimento. A diabetes melito 
pode estar associada à catarata pelo excesso de 
glicose que se liga às proteínas da lente, 
causando “visão borrada”. 
Já o Glaucoma é causado por alterações no 
ângulo iridocorneal que podem obstruir a 
drenagem do humor aquoso. A região do limbo, 
especificamente o ângulo iridocorneal, contém o 
sistema de drenagem do humor aquoso. No 
estroma, canais revestidos de endotélio 
denominados malha trabecular (ou espaços de 
Fontana) se fundem e formam o seio venoso da 
esclera (canal de Schlemm), que circunda o olho. 
O humor aquoso é produzido pelos processos 
ciliares que margeiam o cristalino na câmara 
posterior do olho. O líquido passa da câmara 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527729888/epub/OEBPS/Text/chapter24.html#ch24fig3
https://www.uptodate.com/contents/image?imageKey=PC%2F66973&topicKey=PC%2F6908&search=olhos&rank=4%7E150&source=see_link
 
posterior para a câmara anterior através da 
abertura virtual valvulada entre a íris e o 
cristalino. Em seguida, atravessa as aberturas 
da malha trabecular na região do limbo e chega 
ao seio venoso da esclera. Vasos coletores da 
esclera, denominados veias aquosas pelo fato de 
conduzirem humor aquoso em vez de sangue, 
transportam o humor aquoso até veias 
(sanguíneas) na esclera. 
 
 
REFERÊNCIAS: 
• H., R.M.; WOJCIECH, P. Ross | Histologia - 
Texto e Atlas - Correlações com Biologia 
Celular e Molecular, 7ª edição. Rio de 
Janeiro: Grupo GEN, 2016. 
• L., M.K.; F., D.A.; R., A.A.M. Anatomia Orientada 
para Clínica, 8ª edição. Rio de janeiro: Grupo 
GEN, 2018. 
• HALL, John E. Guyton & Hall Fundamentos de 
Fisiologia. Elsevier Brasil, 2017. 
• BOWER, Kraig S. Laser Refractive Surgery. 
UPTODATE, 2020 
• Snell, Richard S. Neuroanatomia clínica / 
Richard S. Snell ; traduzido por MarcioMoacyr 
de Vasconcelos. – [Reimpr.]. – Rio de Janeiro : 
Guanabara Koogan, 2019.

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