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Olhos - Anatomia Veterinária

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- O olho, órgão da visão, compõe-se de diversas partes, 
as quais possuem a capacidade de receber estímulos de 
luz do ambiente, registrá-los e convertê-los em um sinal 
elétrico, o qual é transportado para o encéfalo, onde a 
imagem final é formada; 
- A visão se baseia em um sistema complexo, o qual 
envolve todas as partes do olho, inclusive suas estruturas 
acessórias (anexas): bulbo do olho, músculos oculares, 
pálpebras, aparelho lacrimal; 
Os olhos dos mamíferos são mais protusos que os olhos 
dos primatas. Além disso, sua posição na cabeça está 
relacionada com o ambiente, os hábitos e o método de 
alimentação do animal, sendo assim, as espécies 
predadoras apresentam olhos situados à frente, 
enquanto as presas apresentam olhos mais laterais. 
Dessa forma, os carnívoros possuem área de visão 
binocular e monocular menores e área cega maior, 
quando comparado aos herbívoros; 
 
- É quase esférico em carnívoros, enquanto no equino 
sua largura é maior que a altura e comprimento (equinos 
e bovinos apresentam uma compressão anteroposterior). 
Proporcionalmente ao corpo, o gato possui o maior bulbo 
do olho, seguido por: cão, equino, bovino e suíno; 
- O contorno do bulbo do olho não é arredondado de 
maneira uniforme: sua parte posterior exibe uma 
curvatura maior do que a parte anterior, onde a CÓRNEA 
se pronuncia para a frente. A divisão dos dois segmentos 
é delimitada por um sulco visível, o SULCO DA ESCLERA; 
 
- O vértice da córnea é denominado POLO ANTERIOR do 
olho e está voltado para o lado oposto do POLO 
POSTERIOR. A linha que conecta os dois polos através do 
centro da lente é o EIXO EXTERNO do bulbo do olho ou 
eixo óptico. A circunferência máxima do EQUADOR DO 
BULBO se localiza na metade da distância entre os polos. 
As linhas que conectam os polos na face do bulbo se 
chamam MERIDIANOS; 
Quando se refere ao olho, as expressões anterior (à 
frente) e posterior (atrás) são usadas para descrever a 
localização ao invés de rostral e caudal, e temporal e nasal 
são usadas ao invés de lateral e medial; 
 
 
- A parede do bulbo do olho é formada por três camadas 
concêntricas (túnicas) que envolvem o interior, 
envolvendo assim também suas outras estruturas: 
: externa, compõe-se de tecido 
colágeno bastante denso, amplamente responsável pelo 
formato do olho. É formado pela ESCLERA e pela 
CÓRNEA, que se encontram na junção corneoescleral, 
também denominada limbo da córnea; 
 A ESCLERA é esbranquiçada e opaca, e envolve 
aproximadamente três quartos posteriores do bulbo. A 
substância própria da esclera consiste em uma densa 
rede de fibras colágenas em orientação paralela. Algumas 
fibras elásticas estão espalhadas nessa rede colagenosa, 
auxiliando na resistência à pressão interna do olho, bem 
como nas forças consideráveis às quais os músculos 
extraoculares o sujeitam; 
- A espessura da esclera varia, sendo mais delgada no 
equador e adquirindo mais espessura em direção ao polo 
posterior do olho. Ventrotemporalmente, a esclera possui 
diversas aberturas, através das quais passam o nervo 
óptico e os vasos sanguíneos, 
 A CÓRNEA é transparente e cobre a parte anterior 
do bulbo, se pronunciando para a frente. Constitui 1/4 da 
túnica fibrosa. Sua substância própria compõe-se de 
fibras paralelas de colágeno que estão dispostas em 
forma lamelar. O ponto mais elevado da córnea se chama 
VÉRTICE, e sua periferia é o LIMBO. A córnea dos 
carnívoros é arredondada, ao passo que a dos ungulados 
é oval; 
- Ela compõe-se de cinco camadas: o EPITÉLIO ANTERIOR 
(se trata de várias camadas de células escamosas e 
forma uma barreira a qual reduz a difusão de líquidos na 
substância própria da córnea); a LÂMINA LIMITANTE 
ANTERIOR/MEMBRANA DE BOWMAN; a SUBSTÂNCIA 
PRÓPRIA (composta de fibras colágenas, entre as quais 
uma rede densa de fibras nervosas autônomas, 
sensoriais e não mielinizadas se prolonga, ceratócitos e 
uma matriz aquosa); a MEMBRANA LIMITANTE 
POSTERIOR/MEMBRANA DE DESCEMET (prolongamento 
da membrana basal do epitélio posterior); o EPITÉLIO 
POSTERIOR (epitélio escamoso simples); 
 
 
: média. Também conhecida como 
úvea, se interpõe entre a esclera e a retina. Ela se 
compõe de tecido conectivo com células de pigmento, 
fibras elásticas, um plexo nervoso e uma densa rede de 
vasos sanguíneos. Embora a irrigação sanguínea seja sua 
principal função, a túnica vascular afasta a lente, regula 
sua curvatura e ajusta o tamanho da pupila por meio da 
musculatura lisa do corpo ciliar e da íris. É formada por 
três segmentos: 
 A CORIOIDE é uma túnica pigmentada intensamente 
vascularizada que envolve a parte posterior do bulbo do 
olho, revestindo a esclera desde o nervo óptico até quase 
o limbo. É responsável pela nutrição da retina; 
- Dorsalmente às papilas ópticas encontra-se uma área 
avascular em forma de meia-lua que possui uma camada 
de reflexão adicional entre a lâmina vascular e a lâmina 
corioideocapilar da corioide, o TAPETE LÚCIDO, o qual está 
presente em todos os mamíferos domésticos, com 
exceção do suíno. Ele é celular em carnívoros e fibroso 
em herbívoros. As células do tapete contêm bastões 
cristalinos (zinco e cisteína) que são altamente refletores, 
resultando na multiplicação do estímulo luminoso para as 
células fotossensíveis da retina. Portanto, o tapete lúcido 
auxilia a visão durante o amanhecer e à noite. Ele possui 
uma cor distinta em cada espécie e em diferentes raças 
(amarela no gato, verde no cão, verde-azulada no bovino 
e no equino) e é responsável pela aparência iridescente 
do olho do animal; 
 
 
 O CORPO CILIAR é um segmento médio espessado da 
túnica vasculosa, entre a corioide e a íris. Trata-se de um 
anel elevado, do qual surgem os PROCESSOS CILIARES que 
se irradiam em direção à lente no centro. As fibras 
zonulares se projetam dos processos ciliares (cristas 
radiais) para o equador da lente para suspendê-la ao 
redor de sua periferia. O corpo ciliar está em contato 
com o corpo vítreo, sua face externa é coberta pela 
esclera, e sua face interna pela parte cega da retina. 
Entre o corpo ciliar e a esclera está o músculo ciliar liso, 
que atua na acomodação visual (capacidade do olho em 
focalizar objetos próximos ou distantes, alterando o 
formato da lente e do cristalino); 
 
1- lente; 2- corpo ciliar; 3- coroide revestida pela camada externa 
pigmentada da retina; 
 
 A ÍRIS é a continuação do corpo ciliar, suspensa entre 
a córnea e a lente, e constitui a parte mais anterior da 
túnica vasculosa. Trata-se de um anel delgado de tecido 
intensamente vascularizado que repousa sobre a face 
anterior da lente. A MARGEM PUPILAR DA ÍRIS delimita a 
PUPILA, por onde a luminosidade penetra a parte 
posterior do olho. A MARGEM CILIAR é contínua com o 
corpo ciliar; 
- A FACE ANTERIOR DA ÍRIS é coberta por uma camada 
descontínua de células epiteliais. O estroma subjacente 
compõe-se de delicados fascículos de fibras colágenas 
com vasos sanguíneos, fibras musculares lisas, células 
pigmentadas e fibras nervosas. As fibras colágenas 
conseguem se adaptar à dilatação (midríase) ou 
constrição (miose) da pupila e, durante esses processos, 
se formam ao redor dos vasos sanguíneos para proteger 
a microcirculação; 
- O estroma contém dois músculos lisos, o M. ESFÍNCTER 
e o M. DILATADOR DA PUPILA, os quais regulam o 
tamanho da pupila e, como consequência, a quantidade de 
luminosidade que atinge a retina. O músculo esfíncter 
situa-se próximo à margem pupilar da íris. Em animais 
com uma pupila oval (gato, ovino, bovino), o músculo é 
reforçado por fibras adicionais, as quais se dispõem em 
uma trama e resultam em pupilas com forma de fendas 
horizontais ou verticais durante a miose. O músculo 
dilatador da pupila compõe-se de fibras musculares em 
disposição radial, formando uma malha que preenche 
quase totalmente a parte posterior da íris; 
- As células pigmentadas da íris contêm melanina, a qual 
protege a retina de luminosidade intensa. Caso as fibras 
colágenas estejam em um agrupamentodenso, há 
escassez de células pigmentadas no estroma da íris, e o 
olho parece ser azul ou cinzento (suíno e caprino). Caso 
haja muitas células pigmentadas em uma rede fina de 
fibras colágenas, a íris fica com coloração marrom 
escura (bovino, equino). Menos células pigmentadas 
resultam em uma coloração mais clara e amarelada da 
íris (cão, suíno, pequenos ruminantes); 
- A FACE POSTERIOR DA ÍRIS é revestida pela camada 
interna pigmentada da retina irídica e pelo epitélio 
pigmentado. As margens pupilares superior e inferior da 
íris de ruminantes e equinos exibem excrescências 
irregulares que contêm rolos de capilares, os GRÂNULOS 
IRÍDICOS (supõe-se que eles secretem humor aquoso); 
 
: interna. É composta pela RETINA, que 
é um prolongamento do encéfalo, ao qual permanece 
ligada pelo nervo óptico, e pode ser dividida nas seguintes 
partes: 
- A PARTE CEGA DA RETINA reveste a parte anterior do 
olho e cobre a face posterior da íris. A ORA SERRATA é 
a delimitação entre a parte cega e a parte visual da 
retina. A PARTE ÓPTICA DA RETINA reveste a parte 
posterior do olho. Ela é responsável pela transdução de 
energia fótica em energia química e finalmente em 
impulsos elétricos que são transmitidos pelo nervo óptico 
até os centros visuais do encéfalo. É consideravelmente 
mais espessa que a parte cega (sendo assim, apenas os 
2/3 posteriores da retina podem ser atingidos pela luz 
que entra na pupila) e inclui as CÉLULAS 
FOTORECEPTORAS/RECEPTORAS FOTOSSENSÍVEIS 
(cones e bastonetes). A luminosidade que passa por elas 
é absorvida pelos estratos pigmentosos da retina e da 
corioide e, desse modo, reduzem a dispersão e, 
consequentemente, aumentam o contraste; 
- Os bastonetes são receptores extremamente 
sensíveis para preto e branco (noite), enquanto os cones 
são especializados para a visão de cores (dia); 
Aparentemente os gatos conseguem diferenciar as 
cores azul e verde, mas de resto possuem uma 
percepção fraca para cores. Os ruminantes e os equinos 
não identificam as cores vermelha e azul, enquanto o 
suíno possui um espectro de cores semelhante ao dos 
humanos; 
 
Vista posterior do olho de um bovino, sem lente; 
- Estrutura transparente e biconvexa. No adulto, a lente 
é avascular e os nutrientes são obtidos pela difusão dos 
humores aquoso e vítreo; 
- Há três câmaras no bulbo do olho, a CÂMARA 
ANTERIOR, a CÂMARA POSTERIOR e a CÂMARA 
POSTREMA (vítrea). A câmara anterior é o espaço 
delimitado pela face posterior da córnea e a face 
anterior da íris e da lente. Ela está em comunicação direta 
com a câmara posterior através da abertura da pupila. 
A câmara posterior é delimitada anteriormente pela íris 
e pelo corpo ciliar, posteriormente pela cápsula da lente 
e pelo corpo vítreo. As câmaras anterior e posterior são 
preenchidas com HUMOR AQUOSO, o qual é produzido por 
um processo de secreção ativo do epitélio do corpo ciliar; 
 
Ângulo iridocorneal, íris e corpo ciliar de um bovino com segmento 
anterior do bulbo do olho (secção); 
 
Corte histológico do ângulo iridocorneal de um bovino; 
- A câmara postrema (vítrea) é a maior dentre as três 
câmaras do olho. Ela é delimitada anteriormente pela lente 
e pelo corpo ciliar, e o postrema é demarcado pela retina. 
A câmara postrema é ocupada pelo corpo vítreo, uma 
substância gelatinosa suave e clara, que se adapta ao 
formato de seu ambiente. Ele é composto principalmente 
de HUMOR VÍTREO, uma solução de mucopolissacarídeos 
ricos em ácido hialurônico. O corpo vítreo é quase 
acelular, exceto por uma pequena quantidade de hialócitos 
que produzem fibras proteicas. Essas fibras reforçam a 
estrutura do corpo vítreo e são essenciais para 
determinar sua característica gelatinosa. A quantidade de 
células aumenta em direção à superfície, onde se 
condensam para formar a MEMBRANA VÍTREA; 
- Os quatro músculos retos (dorsal, ventral, medial e 
lateral) são denominados conforme sua posição de 
inserção no bulbo. São os músculos mais profundos desse 
grupo e se inserem na esclera, próximos da córnea. 
Também observamos os músculos oblíquos (dorsal e 
ventral) e o músculo retrator do bulbo do olho; 
 
 
- São pregas musculofibrosas que podem cobrir a face 
anterior do bulbo do olho para bloquear luminosidade, 
proteger a córnea e ajudar a manter a córnea úmida; 
- Há três pálpebras nos mamíferos domésticos: 
PÁLPEBRA SUPERIOR, PÁLPEBRA INFERIOR e TERCEIRA 
PÁLPEBRA (semilunar da conjuntiva); 
- Uma proeminência mucosa, a CARÚNCULA LACRIMAL, 
está presente no ângulo medial do olho. Pequenos pelos 
finos se projetam da carúncula e, no cão, uma glândula 
lacrimal do tamanho de uma ervilha se posiciona abaixo 
dela; 
- A terceira pálpebra é uma prega conjuntiva orientada 
dorsoventralmente que se prolonga do ângulo medial do 
olho entre a carúncula lacrimal e o bulbo do olho. Ela é 
sustentada por um segmento de cartilagem em forma de 
“T”, o qual é composto por cartilagem elástica no equino, 
no suíno e no gato, e de cartilagem hialina no cão e em 
ruminantes; 
- A lâmina lacrimal pré-corneal protege o olho ao 
enxaguar o material estranho e é fundamental para a 
manutenção da transparência da córnea. Produção 
lacrimal insuficiente resulta em opacificação; 
- O aparelho lacrimal inclui as estruturas responsáveis 
pela produção, pela dispersão e pela eliminação das 
lágrimas; 
- GLÂNDULA LACRIMAL: glândula tubuloalveolar 
posicionada entre o bulbo do olho e a parede 
dorsotemporal da órbita. Sua secreção é serosa em 
todos os mamíferos domésticos, com exceção do suíno, 
no qual é mucosa. Sua secreção é eliminada por vários 
DUCTOS EXCRETÓRIOS diminutos que se abrem na 
margem dorsotemporal da pálpebra superior do saco da 
conjuntiva. A drenagem das secreções lacrimais se inicia 
com os PONTOS LACRIMAIS, pequenas fendas próximas 
à carúncula lacrimal no ângulo medial do olho. Cada ponto 
lacrimal conduz a um canalículo curto e estreito, o qual se 
abre no saco lacrimal dilatado; 
- O SACO LACRIMONASAL marca o início do ducto 
lacrimonasal, o qual termina na abertura do vestíbulo 
nasal;

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