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trabalho de f. juridica- Vitoria M

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ – 
UNIFESSPA 
INSTITUTO DE ESTUDOS EM DIREITO E SOCIEDADE - IEDS 
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
Discente: Vitória Evangelista Martins 
E-mail: vitoria2223@unifesspa.edu.br 
 
O QUE É NORMATIVISMO JURÍDICO? 
 
 
 
 
 
Relatório Relatório apresentado à disciplina Filosofia Jurídica, 
ministrada pelo Professor Dr. Haroldo Montarroyos para obtenção 
parcial de avaliação no curso de Direito da UNIFESSPA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Marabá 2021 
mailto:vitoria2223@unifesspa.edu.br
A teoria normativista da ciência jurídica ou normativismo 
jurídico, caracteriza-se como a ciência do direito normativo. O 
objetivo da dogmática jurídica é a correta interpretação das normas, 
tentando garantir a sua melhor aplicação na realidade. Com isso, 
entende-se que o melhor modo para aproximar-se da experiência 
jurídica é aprender seus traços característicos é considerar o direito 
como um conjunto de normas, ou regras de conduta, mas tendo em 
vista que o normativismo rejeita o conceito de norma jurídica em 
forma de ordem ou mandato, ou seja, sem a prescrição da norma. 
 
Tento a norma como simetria do pensamento jurídico, as 
normas jurídicas nunca existem isoladamente, mas sempre em um 
contexto de normas com relações particulares entre si. Esse contexto 
de normas é costuma ser chamado de “ordenamento”. E ao 
observar, desde já, que a palavra “direito”, entre seus vários 
sentidos, tem o de “ordenamento jurídico “, em exemplo, nas 
expressões “Direito romano”, “Direito canônico, “Direito italiano”, 
“Direito brasileiro “, etc. As normas são fundamento do direito 
positivo, o direito positivismo é composto por normas, que são 
processadas na composição do direito e na equivalência do estudo 
ao dereito, na perspectiva de conhecer a norma em seu 
direcionamento lógico e sistemático. 
 
As normas são essenciais para a organização social dos 
indivíduos. A nossa vida se desenvolve em um mundo de normas. 
Acreditamos ser livres, mas na realidade, estamos envoltos em uma 
rede muito espessa de regras de conduta que, desde o nascimento 
até a morte, dirigem nesta ou naquela direção as nossas ações. A 
maior parte destas regras já se tornou tão habituais que não nos 
apercebemos mais da sua presença. Porém, se observarmos um 
pouco, de fora, o desenvolvimento da vida de um homem através 
da atividade educadora exercida pelos seus pais, pelos seus 
professores e assim por diante, nos daremos conta que ele se 
desenvolve guiado por regras de conduta. 
 
As norma por sua vez está distintas a três elementos: regras, 
princípios e critérios. A regra é uma estrutura determinada ao 
direito, a qual permite ou não agir de tal forma, reforçando que 
podem proibir, mandar ou desmandar e permiti. Amba comparação 
ao princípio, pois possuem caráter normativo. O princípio é o valor, 
uma emana pensante e debil, considerável normativo composto de 
abstração e generalidade. Quanto ao critérios, bobbio(1995) 
determina que o grau de importância na ordem jurídica será a base 
dos critérios, ou seja, uma estrutura praticante e de processamento 
metodológicos, que são os modos e as exigências. Tendo em vista 
que, existem normas de estrutura e de conduta, as quais são 
responsáveis na determinação da formação do restantes das normas. 
Sendo assim, a normas de conduta são aquela que requer rigidez, ou 
seja, mais rígidas, em outrora se impõe o que é permitido, proibido e 
são imperativas. Diferentemente, ao se falar em normas de 
estrutura, são normas que estabelecem as condições e 
procedimentos a fim de realizar uma norma válida, sendo 
instrumentos para a criação de outras normas. As lei ordinárias não 
são normas de conduta, mas a normas para a produção de outras 
normas. No entendo, a tripartição das normas, sendo: imperativas, 
permissivas e proibitiva. Se diferenciam em: 
1-Normas que mandam ordenar; 
2-Normas que proíbem ordenar; 
3-Normas que permitem ordenar; 
4-Normas que mandam proibir; 
5-Normas que proíbem proibir; 
6-Normas que permitem proibir; 
7-Normas que mandam permitir; 
8-Normas que proíbem permitir; 
9-Normas que permitem permitir; 
 
Para o melhor entendimento e caracterizar o ordenamento 
jurídico, ou seja, o direito, pôde-se considerar os seguintes critérios. 
O critério formal, critério material, critério do sujeito que põe e 
critério do sujeito ao qual a norma se destina. 
 
O critério formal, é o qual define o Direito por meio de 
qualquer elemento estrutural das normas que também são 
chamadas de jurídicas, sendo, positivas ou negativas, aquelas que 
afirmam ou não tal ação, categóricas ou hipotética, destinadas a 
estabelecer o posicionamento ou caso ocorra determinada situação 
será resultante em tal consequência, e gerais ( abstratas) ou 
individuais (concretas). 
 
O critério material , é a definição do direito pelo conteúdo das 
normas jurídicas, ou seja, ações possíveis e impossíveis, necessárias 
oi desnecessárias e realizáveis ou inexplicáveis, onde são ações 
internas e externas. 
 
O critério do sujeito que põe, é o qual as normas são postas 
pelo poder soberano como normas jurídicas, aquele que está acima 
do qual não existe, num determinado grupo social. 
 
O critério do sujeito ao qual a norma é destinada é 
apresentada por duas variantes, uma se dar a norma jurídica 
direcionada às pessoas, enquanto a outra, são direcionadas aos 
juízes. 
 
As normas estão sempre relacionada umas as outras, tipo em 
movimento, o que faz surgir problemas em relação ao ordenamento 
jurídico, como as antinomias, lacunas e a hierarquia. Logo, portando 
se as normas constituem uma unidade, o ordenamento jurídico 
também constitui, além dessa unidade, como sistema a qual elas 
constituem uma unidade, a que isso levaria. 
 
A pluralidade de normas dentro do ordenamento jurídico, 
com base a essas normas, a maioria são cooperativas, além de 
algumas serem conflitantes. Os ordenamentos tem diversas 
demandas sociais e tem origem nas multiplicidade das fontes, tendo 
diretas e indiretas. No entanto, essa pluralidade há um centro de 
unificação entre normas de um ordenamento, norma fundamental, a 
que dá poder de fixação da norma e põe o dever de ser obediente às 
normas, ou seja, a unidade não significa que as normas são iguais ou 
da mesma natureza, mas possuem um ponto de concorrência. Posto 
isso, a unidade de um ordenamento complexo é aplicada pela 
construção da escala, isto é, a pirâmide.Em um ordenamento, a 
existência de normas inferiores que depende das superiores, tendo 
que a norma fundamental encontra-se ao topo da hierarquia das 
normas, a execução e a produção andam juntas, com excreção do 
topo, que é apenas produção, e da base, que é apenas a execução 
jurídica. No entanto, ao olharmos para a pirâmide de cima para 
baixo veremos uma série de processos de execução judicial, porém 
ao ver ao contrário, de baixo para cima, iremos encontrar uma série 
de processos de execução jurídica. 
 
Se um ordenamento jurídico, além da unidade, constitui um 
sistema, embora suas normas tem coerência e a qual tipo de relação 
ambas tem. O sistema, sendo uma rede integrada de informação, 
também é um conjunto que deve funcionar coerentemente, ou caso 
contrário, entra em decadência. 
 
A anatomia é a existência de normas incompatíveis entre si no 
interior de um sistema jurídico. Ao abordar o direito por Bobbio não 
tolera as antinomia. A definição das normas incompatíveis como 
aquelas que não podem ser ambas verdadeiras, essas 
incompatibilidade normativa é proposta em três casos, a 
contrariedade, entre norma que ordena fazer a outra que proíbe 
fazê-lo; Contraditoriedade, norma que ordena fazer e a outra que 
não permite fazer; Contraditoriedade norma que proíbe fazer e 
outra que permite. 
 
Os critérios para a resolução das antinomias, tem como 
objetivo eliminar o sistema jurídico esse defeito. Surge então a 
questão de qual das novasdeverá ser eliminada e quais critérios 
poderão ser utilizados para realizá-la. Nesse caso, ao tentar 
solucionar antinomias pode-se deparar com duas situações distintas: 
-será possível resolver a antinomia utilizando critérios tradicionais ( 
cronológico, hierárquico e especialidade. -Não base conseguirá 
resolver a antinomia visto que não se pode aplicar nenhum dos 
critérios existentes ou porque se podem aplicar duas ou mais regras. 
 
As antinomias da primeira situação, Bobbio chamará de 
antinomias aparentes ou (solúveis) e às da segunda situação de 
antinomias reais ou (insolúveis). Assim, a solução para as 
antinomias aparentes (solúveis) serão: critério cronológico, chamado 
também de lex posterior, é aquele com base no qual, entre duas 
normas in- compatíveis, prevalece a norma posterior: lex posterior 
derogat priori. Critério hierárquico, chamado também de lex 
superior, é aquele pelo qual, entre duas normas incompatíveis, 
prevalece a hierarquicamente superior: lex superior derogat inferior. 
Critério da especialidade, aquele que entre duas normas 
incompatíveis, uma geral e outra especial, prevalecerá a segunda( 
lex specialis derogat generali). 
 
Contudo, conforme exposto anteriormente, pode-se haver 
conflitos entre os critérios de antinomias. O primeiro conflito pode 
ser entre o critério hierárquico e o cronológico. Esse conflito surge 
quando uma norma anterior-superior é antinômica em relação a 
norma posterior-inferior (BOBBIO, 1995a). 
 
O conflito ocorre devido ao se aplicar o critério hierárquico, 
prevalece a primeira, mas se aplicar o critério cronológico, prevalece 
a segunda. Faz-se a pergunta então sobre qual dos dois critérios tem 
superioridade sobre o outro, sendo que a reposta não é dúbia. 
Assim, o critério hierárquico prevalece sobre o cronológico, 
eliminando a norma inferior, mesmo que posterior. Nesse sentido, o 
princípio lex posterior derogat priori não vale quando o lex 
posterior está abaixo do lex prior (BOBBIO, 1995a). 
 
O segundo conflito é quanto ao critério de especialidade e o 
cronológico. Tal conflito surge quando uma norma anterior-especial 
é incompatível com uma norma posterior-geral. O conflito ocorre 
porque ao se aplicar o critério de especialidade, dá-se prioridade à 
primeira norma; já aplicando o critério cronológico, a prevalência irá 
para a segunda norma. 
Com base nisso, o conflito deve ser resolvido em favor do 
primeiro, onde a lei geral sucessiva não retira do caminho a lei 
especial precedente, levando a uma exceção ao princípio lex 
posterior derogat priori. Esse princípio falha não só quando a lex 
posterior é inferior, mas também quando é generalis. Entende-se 
que lex specialis é menos forte que a lex superior, dando sua vitória 
sobre a lex posterior. 
 
O terceiro conflito ocorre entre o critério hierárquico e o de 
especialidade. Esse é o caso mais interessante, visto que se verifica 
quando se tem oposição dois critérios fortes entre si. É o caso de 
uma norma superior-geral que não é compatível com uma norma 
inferior-especial. Para isso não existe uma regra geral consolidada. 
A solução depende do intérprete, no qual aplicará um ou outro 
critério conforme as circunstâncias. A preocupação quanto a esse 
conflito deriva do fato de que estão em jogo dois valores 
fundamentais do ordenamento jurídico, o respeito a ordem, que 
exige respeito a hierarquia, e o da justiça, que necessita de 
adaptação gradual do Direito às necessidades sociais, precisando 
respeitar o critério da especialidade. 
 
Agora deve-se considerar o problema da completude do 
ordenamento. Por completude, Bobbio salienta ser a prioridade pela 
qual o ordenamento jurídico tem uma norma para orientar qualquer 
caso. Uma vez que não exista essa norma, então diz-se que há uma 
“lacuna”. Assim, completude significa “falta de lacunas”. Nesse 
sentido, um ordenamento é considerado completo, quando o juiz 
encontra nele a norma para orientá-lo no caso em questão, assim, 
não havendo caso que não possa ser regulado visto que se tem 
normas no sistema. 
 
Para solucionar o problema das lacunas, completar o 
ordenamento, temos duas alternativas: a autointegração e a 
heterointegração. A autointegração é quando a integração é feita 
dentro do próprio sistema válido, do mesmo ordenamento, 
recorrendo à analogia e aos princípios gerais do direito. Já a 
heterointegração é quando há a integração de fora do sistema oficial, 
em ordenamentos diversos e fontes diversas daquela que é 
dominante, recorrendo ao Direito natural, ao direito judiciário 
(poder de criativo do intérprete) e aos costumes. A analogia é 
quando se encontra em outros casos existentes uma semelhança que 
pode ser estabelecida para resolução da lacuna. Por outro lado, a 
interpretação extensiva (tipo diferente de analogia) é que esta cria 
uma nova norma jurídica, enquanto a analogia é a extensão de uma 
norma para casos não-previstos por esta (Bobbio). Os princípios 
gerais do Direito, os quais não se confundem com uma forma de 
heterointegração, são basicamente normas fundamentais, “normas 
generalíssimas do sistema”. 
 
Dentro do ordenamento jurídico de Bobbio, tais lacunas 
também poderão ser preenchidas pelo poder discricionário do juiz. 
O juiz pode escolher entre sentidos alternativas, dar às palavras de 
uma lei ou interpretações conflitantes um precedente do que estas 
significam. Assim, o juiz que tiver de proferir uma decisão, deverá 
exercer seu poder discricionário, objetivando criar direito novo para 
o caso concreto. 
 
De acordo com Bobbio, a complexidade de um ordenamento 
jurídico vem do fato de que a necessidade de regras de conduta 
numa sociedade é extremamente necessária. As normas de conduta 
que serão produzidas pelo sistema, acabam encontrando 
mecanismos próprios e oriundos desse mesmo sistema para serem 
alteradas, modificadas e extintas. 
 
Iniciando a análise de outra obra de Norberto Bobbio, Teoria 
da Norma Jurídica, vemos a perspectiva normativista com 
inspiração em Kant. O Direito é considerado como um conjunto de 
normas, regras de conduta que regulam nossas ações, elas nos 
informam os limites, direitos e deveres que devemos seguir. Assim, 
a experiência jurídica é uma experiência normativa. 
 
Temos a liberdade como um dos pilares da vida humana, 
contudo, somos constantemente determinados por um conjunto de 
normas, as quais nos impõem o que é certo ou errado, o que 
podemos, não podemos ou o que 
 
devemos fazer, estamos cercados por uma rede de normas de 
conduta que nos regem desde o nosso primeiro suspiro até o último. 
Seguir essas normas é tão natural e recorrente que, 
majoritariamente, não somos capazes de perceber que estamos 
vivendo dentro de um sistema jurídico e menos na sociedade. Sem 
perceber as pessoas estão, sucessivamente, agindo de forma mais 
padronizada e semelhante, uma vez que tais regras estão inseridas 
nos nossos hábitos e costumes, haja vista que as normas estão cada 
vez mais próximas da nossa realidade. 
 
Sob a perspectiva normativista, as sociedades da história 
humana são caracterizadas/determinadas pelos seus ordenamentos, 
então, a história é uma complexa sucessão de ordenamentos que se 
sobrepõem, contrapõem e se integram. Enfim, busca-se descobrir as 
direções em que se conduziam a vida de cada indivíduo dentro de 
tal sociedade, uma vez que cada sociedade vai ter um perfil. 
 
Toda norma jurídica pode ser submetida a três critérios de 
valoração: justiça, validade e eficácia, os quais são independentes 
entre si, demonstram pontos de vistas distintos e dão valor à norma. 
Em relação à justiça, busca-se saber se a norma corresponde ou não 
com a finalidade de tal ordenamento, sendo que, a questão da 
justiça é um problema moral, deontológico do direito. Já quando se 
fala em validade, quer-se saber se pode-se considerar determinada 
norma como jurídica, assim, tem-se três etapas para confirmar a 
validade das normas: verifica-se se a autoridade tinha legitimidade 
para criar a norma, sehá a compatibilidade da norma e se ela não 
perdeu sua validade em razão de uma nova lei hierarquicamente 
superior (ab rogação). 
 
Por último, a eficácia é um critério que busca saber se tal 
norma é obedecida pelos indivíduos, já que o fato dela existir não 
implica no fato dela ser obedecida. Ser eficaz é diferente de ter 
efetividade, pois a eficácia é o potencial para resolver algum 
problema, já a efetividade é a prática. A eficácia e a validade, esse 
problema da validade e da eficácia, a qual gera dificuldades 
insuperáveis desde que se considere uma norma do sistema, pela 
qual pode ser válida sem ser eficaz, diminui-se nos referimos ao 
ordenamento jurídico, o qual a eficácia é o próprio fundamento da 
validade. 
 
 
Quando se afirma que os critérios citados acima são 
independentes significa dizer que a justiça independe da validade e 
da eficácia, que a eficácia independe da justiça e da validade e assim 
por diante. A exemplo disso, é notório que uma norma pode ser 
justa sem ser válida, porque essa norma pode ser justa mas não é 
consideradas jurídica, da mesma forma que uma norma pode ser 
válida sem ser justa, pois ela pode ser validada, mas corresponde ao 
objetivo do ordenamento; uma norma pode ser válida sem ser 
eficaz, pois ela pode ser considerada de fato uma norma jurídica, 
mas não é obedecida pelos indivíduos; uma norma pode ser eficaz 
sem ser válida, dado que a norma pode ser obedecida de forma 
natural pelas pessoas, mas não tem de fato a validação; uma norma 
pode ser justa sem ser eficaz, haja vista que ela pode atingir um fim 
dentro do ordenamento, porém, não é seguida pelos cidadãos; por 
último, uma norma pode ser eficaz sem ser justa, já que ela pode ser 
seguida pelas pessoas, mas não atinge um objetivo em tal 
ordenamento. 
 
Um dos problemas referentes a esses três critérios é como 
coincidi-los e equilibrá-los, o que resulta na formação de posições 
jusfilosóficas, o Direito natural (jusnaturalismo), o qual dá privilegia 
a justiça das normas a frente da validade e eficácia, uma vez que 
uma norma é inválida caso seja injusta; o positivismo jurídico, 
prevalece a validade ao invés da justiça e eficácia, separando o 
problema jurídico de valor de justiça do valor da moral, e o realismo 
jurídico, o qual inspira-se na realidade social, dando privilégio a 
eficácia. 
 
Quando Bobbio se propõe a estudar a norma, no que diz 
respeito ao seu sentido formal, ele se refere a fazer um estudo da sua 
estrutura, diferentemente do que antes foi analisado (o seu 
conteúdo). A norma jurídica, na sua estrutura lógico-linguística, é 
uma proposição prescritiva, ou seja, é um conjunto de palavras que 
exprimem um sentido completo, sendo essa prescrição um 
comando, conselho, advertência etc., estabelecem um meio de agir e 
resolver problemas. 
 
O normativismo tem o fito de fazer a interpretação correta das 
normas, estuda a qualidade delas e sua capacidade de orientar, 
trabalha com o estudo rígido do texto, analisa o sentido de cada 
palavra e encaixe, pois as proposições podem variar de acordo com 
o contexto em que estão inseridas. Seu objetivo é que ela seja melhor 
aplicada à realidade que estamos inseridos. 
 
As proposições têm dois critérios: a forma gramatical, que 
pode ser declarativa, interrogativa, imperativa e exclamativa, e a 
função, a qual pode ser asserções, perguntas, comandos e 
exclamações, sendo que a maior parte das normas são imperativas e 
dão comandos. Há variadas funções da linguagem, descritiva, 
expressiva e prescritiva, a qual é o nosso objeto de estudo, por ser 
própria da linguagem normativa, dar comandos, conselhos, 
recomendações, pedidos e etc., influenciando e modificando o 
comportamento. 
 
Temos, portanto, diversos tipos de prescrições, chamados de 
imperativos, os quais se relacionam com o sujeito passivo e ativo, 
além da forma e da força obrigante. Os associados ao sujeito ativo e 
passivo são os imperativos autônomos, aqueles que são imperativos 
morais, no qual a pessoa que faz a norma é a mesma que a executa, e 
os heterônomos, são aqueles criados por alguém para que sejam 
obedecidos pelas pessoas. Já os imperativos categóricos são as 
normas éticas, aquelas que se caracterizam por ter uma boa ação em 
si mesma, e os imperativos hipotéticos são aqueles que prescrevem 
uma ação com a finalidade de alcançar um objetivo, é uma ação que 
não é boa em si mesma, uma vez que tem o fim de alcançar tal coisa. 
 
No que concerne à força vinculante temos os imperativos 
(comandos), os quais exprimem que tal comportamento é 
obrigatório, todavia, nem todos exprimem essa obrigatoriedade, elas 
influenciam o comportamento de forma mais branda, que são os 
conselhos e instâncias. Essa diferença entre comandos e conselhos, 
pode, também, diferenciar o direito da moral, porque enquanto o 
direito implica na obrigação, a moral aconselha e recomenda. 
 
Outro aspecto a ser considerado é o positivismo, que nasce da 
necessidade de ter mais controle e rigidez nas normas, o qual está 
intimamente ligado à formação dos Estados modernos, os quais 
necessitavam dessa “segurança” de ter normas concretas, de ordem 
e de reger a vida social humana. Dessa forma, compreende-se que 
Direito é uma necessidade do ser humano, ele nem sempre é 
legalizado, validado, mas nasce da necessidade do homem de viver 
em sociedade, o que cria o Estado, e, assim, o Direito nasce de forma 
válida, já que está validado pelo Estado. Não há um Direito que não 
seja o positivo, uma vez que se precisa da existência de um soberano 
para criação deste. Contudo, essa não era a realidade, uma vez que o 
direito era basicamente costumes acumulados ao longo dos anos, em 
razão da ocorrência de situações constantes. 
 
No cotidiano, encontramos diversas dificuldades no âmbito do 
Direito, pela dificuldade de identificar/interpretar o que tal 
norma expressa ou qual é a sua intenção, dessa maneira, há variados 
tipos de interpretações que são facilmente manipuladas por 
ideologias e motivações pessoais. Diante disso, o positivismo surge 
com sua proposta de análise minuciosa, lógica-gramatical e 
sistemática, estabelecendo um padrão e impondo o máximo de 
objetividade. 
 
Na visão positivista, dominar o sistema normativo é 
indispensável - por isso a existência de lacunas é inaceitável- sendo 
que a ideia de neutralidade jurídica deve ser constantemente 
afirmada, para que os interesses próprios não se confundam com o 
jurídico. Entretanto, deve-se ter atenção para não entrar em dois 
extremismos prejudiciais, o ceticismo, corrente da constante dúvida, 
e o anarquismo, a negação de uma autoridade. 
 
Sob um ponto de vista normativista, vemos que nossas 
relações são artificialmente determinadas por normas que emanam 
poder direito e dever. Essas regras constituem-se como formas e 
tecnologias de informação e controle, elas ficam, gradativamente, 
mais complexas e adaptadas a nossa realidade, tendo uma 
inteligência artificial. 
 
REFERÊNCIAS 
BOBBIO, Norberto - Teoria do Ordenamento Jurídico BOBBIO, 
Norberto - Teoria da Norma Jurídica BOBBIO, Norberto - O 
Positivismo Jurídico

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