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Câncer de Pele

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INSTITUIÇÃO 
CURSO 
 
 
 
LUANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÂNCER DE PELE: PREVENÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA 
2021 
LUANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÂNCER DE PELE: PREVENÇÃO 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado ao 
Curso de Técnico de Enfermagem, 
da Faculdade XXX, a ser utilizado 
como diretriz para manufatura do 
Trabalho de Conclusão de Curso. 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA 
2021 
AGRADECIMENTOS 
[ESCREVER AQUI] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
 
OMS – Organização Mundial da Saúde 
INCA – Instituto Nacional do Câncer 
CPNM – Câncer de Pele Não Melanoma 
MC – Melanoma 
UV – Raio Ultravioleta 
UVC – Raio Ultravioleta categoria C 
UVB – Raio Ultravioleta categoria B 
UVA – Raio Ultravioleta categoria A 
DNA - Ácido Desoxirribonucleico 
 
SUMÁRIO 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................. 4 
RESUMO............................................................................................................ 6 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7 
A PELE E PIGMENTAÇÃO ................................................................................ 9 
A RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA E A FOTO PROTEÇÃO ................................. 11 
PROTETOR SOLAR: O ALIADO ..................................................................... 14 
CÂNCER DE PELE: O VILÃO .......................................................................... 16 
O TRABALHO E O CÂNCER DE PELE: COMO PREVENIR ........................... 19 
A IMPORTÂNCIA DA CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM NO CÂNCER DE 
PELE ................................................................................................................ 21 
CONCLUSÃO ................................................................................................... 23 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 24 
 
 
RESUMO 
 
O câncer é caracterizado por apresentar um crescimento 
desordenado formando um aglomerado de células sem funções no organismo, 
elas podem se deslocar para qualquer órgão e ocasiona metástase. Esse 
trabalho tem por seu objetivo demonstrar as causas, consequências, métodos 
de prevenção de lesões que podem ser causadas por radiação ultravioleta e 
cuidados específicos. O câncer de pele é a neoplasia de maior incidência no 
Brasil. Vários fatores têm sido atribuídos como risco para seu desenvolvimento, 
como: cor da pele, horário e tempo de exposição ao sol, residência em um país 
tropical e uso de imunossupressão crônica. 
Palavras-chave: Câncer de Pele. Prevenção. Proteção Solar. 
 
INTRODUÇÃO 
 
O câncer é uma das doenças que mais intrigam os 
pesquisadores, médicos e estudantes. O mundo inteiro trabalha no objetivo de 
encontrar uma cura para esse grande problema. O câncer é definido por se 
tratar de um grupo de doenças que causam a perda do controle da divisão 
celular e invade outras estruturas orgânicas. O surgimento do câncer pode-se 
dar através dos seguintes fatores: psicológico, químicos, físicos, genéticos e 
virais. Os males que podem ser causados são variáveis, depende da área que 
ele está. 
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) tem como atribuição 
desenvolver uma política de prevenção, detecção e tratamento do câncer, 
visando à qualificação no tratamento e o acompanhamento eficiente dos casos 
da doença no Brasil, além de pesquisas sobre os fatores motivadores da 
doença. 
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, somente no ano de 
2012 foram cerca de 62.680 casos novos de carcinoma entre homens e 71.490 
para as mulheres. 
A neoplasia com maior taxa de incidência no ser humano - 
câncer de pele - é responsável por 1/3 de todos os casos de câncer do mundo. 
Essa neoplasia apresenta diferentes linhagens: câncer de pele não melanoma 
(CPNM) e o tipo melanoma (MC) sendo esses os tipos mais comuns. O CPNM 
é o mais frequente, trata-se de um tumor de crescimento lento, localmente 
invasivo e de bom prognóstico se tratado de forma adequada e oportuna, 
todavia a demora no diagnóstico pode levar a ulcerações e deformidades 
físicas graves. O tipo melanoma é o menos frequente e o mais grave, 
detectado em 4% dos pacientes; nas fases iniciais é curável, mas, sem 
tratamento, pode implicar no surgimento de metástases que causam elevada 
mortalidade. 
Entretanto, apesar das altas taxas de incidência, observamos 
elevados índices de cura, principalmente devido ao diagnóstico precoce. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula-se 
que existam perto de três milhões de novos casos de câncer de pele a cada 
ano e estima que mais de 65 mil pessoas morram todos os anos por câncer de 
pele, sendo o melanoma o principal causa de letalidade. 
Inúmeras causas apontam os fatores de risco para o 
desenvolvimento do câncer de pele: quantidades de nevos, cor de pele branca, 
exposição solar excessiva, história familiar de câncer de pele, história de 
neoplasia maligna. A exposição solar desprotegida cumulativa ou intensa com 
queimadura favorece o desenvolvimento do câncer, em especial quando 
ocorrem nas primeiras décadas de vida. 
O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 
anos, sendo relativamente raro em crianças e negros. Pessoas de pele clara, 
sensíveis à ação dos raios solares ou com doenças cutâneas prévias são as 
principais vítimas. 
A efetiva proteção solar compreende em várias medidas, entre 
as quais roupas adequadas e o uso de filtros solares. Nesse sentido, existem 
três níveis de programas de prevenção: a primária, que previne sobre riscos de 
determinada enfermidade, a secundária, que consiste no diagnóstico precoce, 
e a terciária que previne deformidades, recidivas e morte. 
O diagnóstico precoce tem papel fundamental para a melhora 
do prognóstico e redução da neoplasia. Essa identificação de fenótipos de risco 
pode ser favorável em ações de saúde pública visando às prevenções primária 
e secundária. Esse estudo teve como objetivo sensibilizar a população em 
relação aos riscos do câncer de pele e orientar sobre as práticas de foto 
proteção. 
 
 
A PELE E PIGMENTAÇÃO 
 
De todos os órgãos do corpo, nenhum é mais facilmente 
observado ou exposto a infecções, doenças e lesões do que a pele. É o maior 
órgão do corpo humano em área de superfície e peso. A principal diferença 
entre a pele e os demais sistemas epiteliais é o fato de a pele estar exposta a 
um ambiente externo extremamente agressivo, enquanto os demais sistemas 
epiteliais estão protegidos, por exemplo, da radiação solar e das intempéries. 
Dessa forma, a pele pode ser encarada como uma fronteira mediadora entre o 
organismo e o ambiente. 
A pele possui duas camadas principais, sendo a camada 
epiderme localizada superficialmente, responsável pela produção de melanina, 
que caracteriza a cor da pele e a camada derme localiza numa região mais 
profunda, é formada por colágeno, elastina e tecido conjuntivo fibroso, 
contendo estruturas linfáticas, vasos sanguíneos, nervos, terminações 
nervosas, glândulas sudoríparas e sebáceas. 
As células são produzidas nas camadas mais profundas da 
epiderme, renovam-se constantemente a cada quatro semanas, é a camada 
protetora, pois forma uma barreira contra a entrada de microrganismos, 
radiação ultravioleta (UV), corrente elétrica e substâncias tóxicas. Além disso, 
retém água, eletrólitos e substâncias solúveis. Suas células se diferenciam 
para cumprir funções protetoras, como a síntese da queratina e da melanina. 
A coloração da pele depende de vários fatores que se prendem 
com condicionantes genéticos e principalmente com a sua função protetora 
especialmente em relação à exposição solar. Outros fatores tais como, a 
espessura da pele e a proximidade da vascularizaçãoperiférica, podem 
determinar variações da coloração superficial da pele. A cor da pele é 
determinada pelos seus pigmentos, pelo sangue circundante e pela espessura 
da camada córnea. Sendo a melanina, pigmento castanho, o grande 
responsável pela cor da pele. 
A pigmentação da pele (melanização) constitui o principal fator 
de defesa contra a ação nociva da radiação solar. Mas, nem todas as pessoas 
sintetizam a mesma quantidade de melanina, por este motivo existem 
diferentes tons de pele. A reatividade da pele a exposição solar determina o 
comportamento de resposta da pele a determinada quantidade de radiações 
ultravioleta. 
 
A RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA E A FOTO PROTEÇÃO 
 
A exposição da pele a radiação solar ultravioleta (UV) tem 
como principal beneficio a síntese endógena de vitamina D3, fundamental para 
diversos processos metabólicos do organismo. Por outro lado, uma exposição 
prolongada ou inadequada tem efeitos negativos, cumulativos ao longo da vida. 
Resultado disso é o foto envelhecimento, caracterizado pelo acentuar de rugas, 
manchas pigmentadas ou hiperpigmentadas, perda de elasticidade da 
epiderme danos ao DNA e mutações gênicas, que podem evoluir para 
prejuízos oculares e cânceres de pele. 
A radiação solar que atinge a atmosfera terrestre é absorvida 
pela pele do ser humano e desencadeia diversos processos sobre o 
organismo. A região do espectro que pode causar os efeitos mais nocivos ao 
ser humano é a ultravioleta (UV), compreendida entre 200 –400 nm e a região 
do infravermelho. A radiação solar na região do infravermelho pode causar 
queimaduras na pele, acarretando desde uma simples vermelhidão até 
queimaduras mais profundas, além de provocar insolação devido o excesso de 
aquecimento corporal. 
Já os danos causados ao ser humano, relacionados à 
exposição da radiação na região do ultravioleta, estão associados a alterações 
genéticas. Estas se devem principalmente a capacidade das moléculas mais 
importantes do organismo humano, como proteínas e os ácidos nucleicos, 
absorverem a radiação no comprimento de onda da região do ultravioleta. 
Dentre as doenças associadas a alterações genéticas 
ocasionadas pela radiação solar, o câncer de pele é a mais conhecida. 
A radiação UV é dividida em três categorias, de acordo com o 
comprimento das ondas e seus efeitos biológicos: UVC (100-280 nm), UVB 
(280-320 nm) e UVA (320-400 nm). Os efeitos agudos e crônicos de cada 
comprimento de onda são diferentes. A radiação ultravioleta B (UVB) é a 
principal causadora de danos ao DNA, através de mutações gênicas diretas, 
que levam ao desenvolvimento de câncer de pele. A radiação ultravioleta A 
(UVA) parece ter efeitos indiretos no DNA, através da formação de espécies 
reativas de oxigênio. 
Os principais fatores que determinam a dose de radiações UV 
a que uma pessoa é submetida ao longo da vida são comportamentais, como 
tempo e faixa de horários de exposição solar e adoção ou não de medidas 
protetoras. 
Dentre a população mundial, verifica-se que homens costumam 
estar mais expostos e menos protegidos contra radiações solares do que 
mulheres e, consequentemente, estes tem índices maiores na incidência de 
câncer de pele. 
Ocupações que envolvem exposição solar diária recebem 
carga duas a nove vezes mais elevada de radiações ultravioleta durante o ano 
em comparação com trabalhadores de outras. 
A intensidade da radiação ultravioleta é afetada pelas nuvens, 
mas em muito menor grau do que a luz visível ou os infravermelhos. Assim, 
apesar da temperatura mais amena, a radiação ultravioleta está presente e a 
queimadura solar ocorre muitas vezes neste contexto. 
A radiação ultravioleta a que estamos expostos não é apenas 
a direta, mas também a dispersa e a refletida. A sombra de um guarda-sol 
protege da radiação direta, mas não da refletida, 3 horas debaixo do guarda-sol 
pode equivaler à 1 hora de exposição não protegida. 
O vidro comum também é facilmente atravessado pela UVA, 
mas bloqueia os UVB. Dentro do espectro solar, a radiação ultravioleta é 
aquela capaz de promover os principais fenômenos fotobiológicos no tecido 
cutâneo, com particular destaque para eritema e pigmentação solar, foto 
carcinogênese e foto envelhecimento. 
O termo foto proteção refere-se a medidas preventivas e/ou 
terapêuticas adotadas para proteger a pele contra danos causados pela 
radiação solar. As ações recomendadas incluem: evitar exposição solar 
(principalmente em horários de pico de radiação UV), utilizar roupas, chapéus e 
óculos de sol que minimizem a área de pele exposta, além de aplicar filtro solar 
apropriado. Estas medidas são necessárias para permanência prolongada em 
ambientes externos e particularmente importantes para indivíduos com pele 
clara, sinais ou sardas e histórico de câncer de pele na família. 
 
PROTETOR SOLAR: O ALIADO 
 
Uma vez que as radiações ultravioletas que atingem a 
superfície terrestre estão diretamente relacionadas com o aparecimento de 
Câncer de pele e cuja frequência tem aumentado consideravelmente, o uso de 
protetor solar é inquestionável. Protetor solar, também denominado de 
bloqueador ou filtro solar é uma substância sob a forma de creme, leite, batom, 
spray que têm a capacidade de absorver e/ou refletir a radiação solar, 
impedindo que esta lese as células cutâneas, diminuindo desta forma o risco 
de cancro cutâneo. 
A eficácia de um protetor solar é medida em função do seu 
fator de proteção solar, o qual indica o tempo de exposição ao sol sem o risco 
de eritema que pode ser aumentado com o uso de protetor. Por exemplo, 
considerando as mesmas variantes como: localização geográfica, estação do 
ano, condições climatéricas e período do dia, uma pessoa de pele clara pode 
expor-se durante 20 minutos sem protetor solar, poderá ficar 300 minutos 
exposta ao sol com um foto protetor FPS igual a 15, pois 20 x 15 igual a 300. 
Quanto maior o fator de proteção solar maior será o tempo que a pele fica 
protegida frente a radiação UVB 
Um estudo de 2013 revela que qualquer protetor solar pode 
oferecer proteção suficiente para proteger a pele de eritemas, sendo que a 
uniformidade e a quantidade influenciam a eficácia dos protetores. Desta 
forma, os autores recomendam o uso de FPS 30 e uma utilização uniforme do 
protetor (PISSAVINI, 2013). 
Além do FPS, aplicação correta do produto sobre a pele não 
deve ser descurada. A aplicação do produto já foi padronizada para protetores 
solares, deve ser uma aplicação 2mg/cm2 da superfície corporal (a cada 
aplicação usar 30 a 40g do produto por indivíduo adulto de tamanho e peso 
normal), 30 minutos antes da exposição solar e renovar a sua aplicação após 2 
horas ou após contato com a água /transpiração. Portanto, os protetores 
solares quando usados corretamente, são muito eficazes na proteção da pele 
contra a radiação ultravioleta. 
A proteção solar, em especial o uso de protetor solar, é de 
elevada importância. No entanto, a adequada proteção do sol é muitas vezes 
negligenciada durante o trabalho profissional ao ar livre, realçando os cuidados 
com o sol somente nas épocas de lazer (férias/praia). Torna-se realmente 
importante alertar estes profissionais da necessidade de usar protetor solar no 
decorrer da sua atividade profissional. 
Mesmo os protetores solares muito eficazes e que protegem 
das radiações UVB e UVA não podem garantir proteção completa contra os 
riscos da exposição à radiação ultravioleta (UV), já que nenhum protetor solar 
consegue filtrar na totalidade a radiação UV. Assim, os protetores solares 
devem conter obrigatoriamente proteção UVB e UVA e a sua eficácia deve ser 
apresentada no rótulo com referência a categorias: baixa (FPS 6 e 10), média 
(FPS 15,20 e 25), elevada (FPS 30 e 50) e muito elevada (FPS 50+). 
Os protetores solares representam mundialmente uma forma 
eficaz de prevenir as queimaduras solares, o foto envelhecimento e,sobretudo 
o câncer de pele. Mas também são importantes outros cuidados para a 
proteção solar ser verdadeiramente completa. Recomenda-se a utilização de 
uniformes de proteção solar (camisa de manga comprida, chapéu, calças e 
óculos de sol).Pessoas com alergia ao sol, com manchas cutâneas ou que 
tomem medicamentos fotossensibilizantes devem ter um cuidado redobrado 
com a exposição solar. 
 
CÂNCER DE PELE: O VILÃO 
 
Câncer é um conjunto de mais de 100 tipos diferentes de 
doenças que possuem em comum o desordenado e acelerado crescimento de 
células anormais, estas células se dispõem formando camadas e, de acordo 
com a camada afetada, definimos os diferentes tipos de câncer. A radiação 
ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores 
cutâneos, e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao sol 
ou ao uso de câmaras de bronzeamento. 
A incidência do câncer de pele tem aumentado em todo o 
mundo nas últimas três décadas sendo essa a forma de câncer mais comum. 
Inúmeras causas têm sido apontadas: mudanças dos hábitos de vida com 
exposição solar excessiva rarefação da camada de ozônio envelhecimento 
populacional diagnóstico precoce desses cânceres. 
O câncer de pele costuma apresentar-se sob três principais 
formas: melanoma, carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular (ou 
epidermoide). Os carcinomas basocelular e epidermoide são também 
conhecidos como câncer de pele não melanoma, tipo mais frequentes de 
câncer de pele e câncer mais frequente na população de pele clara. No Brasil, 
o câncer de pele não melanoma é o tumor mais incidente em ambos os sexos 
Qualquer pessoa pode desenvolver Câncer de pele, mesmo 
que não pertença ao grupo mais vulnerável. É considerado grupo vulnerável, 
indivíduos com demasiada exposição solar nomeadamente em lazer ou 
trabalho, de pele clara, com tendência para queimaduras solares ou que na 
infância sofreram de tais, que utilizem solários, que tenham mais de 50 sinais 
no corpo, com antecedentes familiares de câncer de pele, que tenham mais de 
50 anos, ou que tenham sido transplantados. 
A exposição casual, intensa e em horários inadequados, ou em 
países tropicais, favorece eritema ou queimaduras solares, estas lesões são 
facilmente condutoras para o aparecimento de nevos atípicos (sinais 
assimétricos, de borda irregular, cor heterogénea ou muito escura, de diâmetro 
maior que 6 mm e sobretudo de evolução ou alteração recente) ou de lentigos 
solares (sardas) em zonas como o decote ou ombros quando não existe 
proteção adequada. Este tipo de exposição normalmente está mais associado 
ao carcinoma baso celular e ao melanoma. 
Dentre os profissionais mais propensos a desenvolver o câncer 
de pele estão os garis, agricultores, pedreiros, pescadores, marinheiros, 
trabalhadores da construção civil, carteiros, entre outros. Estes profissionais 
que apresentam exposição prolongada constituem o grupo de maior risco e, 
neste caso, a possibilidade de desenvolverem câncer de pele aumenta de 
forma acentuada com o avanço da idade. Quem tem pele clara e olhos azuis 
ou verde-claros corre maior risco, pois se queima com facilidade. Pessoas 
portadoras de xeroderma pigmentoso, deficiência genética que impede o 
reparo dos danos causados pela luz ultravioleta, são muito propensas a 
desenvolver câncer de pele. Indivíduos de pele escura, como os negros ou 
mulatos, raramente desenvolvem esse tipo de câncer e, quando isto ocorre, 
frequentemente a doença atinge a parte não pigmentada da pele, como palma 
da mão e planta do pé. Os albinos, cuja produção de melanina é ausente, em 
geral desenvolvem câncer de pele. Nestas populações de risco, é necessário 
evitar a exposição excessiva ao sol, principalmente no horário entre as 10 e 16 
horas, sobretudo se não houver proteção, como uso de chapéu e protetor solar, 
durante qualquer atividade ao ar livre. 
Cerca de 90% dos cânceres de pele são evitáveis, pois o 
principal fator de risco é a exposição solar. Logo, trabalhadores expostos ao sol 
são as principais vítimas dessa doença e estão mais vulneráveis do que os 
demais grupos, devido à exposição regular e prolongada à RUV. 
De acordo com Nahar, a dose à qual os trabalhadores que 
ficam a céu aberto estão expostos chega a ser de 6 a 8 vezes maior do que o 
recomendado pelos guidelines. Esses autores apontam diversas pesquisas a 
respeito da média desse tipo de exposição solar. No Canadá, por exemplo, 
70% dos participantes ficam mais de 2 horas expostos ao sol durante um dia 
de trabalho; na Grã-Bretanha, trabalhadores da construção civil ficam cerca de 
6 horas por dia ao sol; e nos EUA, trabalhadores da construção civil, de 
transporte e carteiros gastam, respectivamente, uma média de 7,94; 6,95 e 
5,11 horas ao ar livre. 
O Projeto de Lei nº 1008/03, da deputada Ângela Guadagnin 
(PT-SP), aprovado em 21 de fevereiro de 2006 pela Comissão de Seguridade 
Social e Família, considera o câncer de pele uma doença relacionada ao 
trabalho nos casos em que o trabalhador é obrigado a desempenhar suas 
atividades sob a radiação solar. Conforme o texto desse documento, as 
atividades que expõem o trabalhador à radiação solar a céu aberto, sem 
adequada proteção, passam a ser consideradas insalubres em grau médio e, 
portanto, sujeitas ao pagamento de adicional de insalubridade. 
O melanoma é o tipo de câncer de pele mais grave e menos 
frequente, podendo afetar pessoas em qualquer idade. Apresenta lesões que 
variam muito de aspeto, geralmente apresenta uma lesão pigmentada que vai 
escurecendo, desenvolvendo contornos irregulares ou cores variadas, ao longo 
do tempo, ou como um nódulo rosa ou vermelho. 
Todo e qualquer câncer têm de serem tratados previamente, 
mesmo os menos letais, evitando o sofrimento do paciente. Felizmente, 
existem várias opções terapêuticas para o câncer de pele não melanoma, 
como cirurgia excecional, terapia foto terapêutica, cirurgia a laser etc. A melhor 
forma de combater o foto envelhecimento e o câncer é a prevenção, com o uso 
de barreiras físicas e conscientização de protetores solares diários. 
O TRABALHO E O CÂNCER DE PELE: COMO PREVENIR 
 
De acordo com o INCA (2017),para o Brasil, estimam-se 
85.170 casos novos de câncer de pele não melanoma entre homens e 80.410 
nas mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores 
correspondem a um risco estimado de 82,53 casos novos a cada 100 mil 
homens e 75,84 para cada 100 mil mulheres. É o mais incidente em ambos os 
sexos. 
A vida como trabalhadores rurais inicia-se muito cedo pela 
provável falta de emprego na cidade, levando, por vezes, à interrupção nos 
estudos, principalmente entre os homens. Sendo assim, a exposição solar 
excessiva também é precoce, o que os torna um grupo de risco para o câncer 
de pele. 
A intensa exposição ao sol antes dos 18 anos nos trabalhos 
diários ao ar livre, notada neste estudo, pode proporcionar o desenvolvimento 
do espessamento da pele, aumento do enrugamento e a maior incidência do 
carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular, queratose actínica e 
queratose seborreica. 
Outro fator importante é o fato de que a maioria dos 
profissionais é jovem o que indica que eles terão, possivelmente, maior 
possibilidade de exposição aos raios solares durante a vida profissional. A 
maior parte desses trabalhadores exerce atividade laboral em período de alta 
incidência de raios solares, horário este em que há grande incidência de raios 
UVB, principais responsáveis pelo surgimento do câncer da pele e outros 
problemas dermatológicos a médio e em longo prazo. 
O programa de prevenção primária inclui o processo de 
educação em saúde, com conscientização do uso de protetor solar, bonés, 
chapéus, óculos que protegem dos efeitos deletérios da radiação excessiva do 
sol. Já a Sociedade Brasileira de Dermatologia relata que a utilização de 
vestuário e métodos de foto proteção adequados, parauma exposição 
prolongada, oferecem uma proteção uniforme contra ambas as radiações e 
uma proteção confiável para os utilizadores. 
Além disso, os indivíduos submetidos à incidência da radiação 
solar diariamente, sempre nos horários de pico de irradiação, podem promover 
uma aceleração do processo de foto envelhecimento da pele e dos processos 
neoplásicos. 
A importância da comunicação como instrumento para 
aumentar a eficácia do indivíduo em adotar totalmente um comportamento 
sugerido para prevenção de uma doença específica, este tipo de informação é 
fornecido pelos profissionais de saúde e se dá através do esclarecimento 
populacional sendo uma medida preventiva de baixo custo, cuja única 
necessidade é a reavaliação ao longo dos anos externos. 
Quando o alvo da educação preventiva tem um nível de 
conhecimento baixo, o programa de prevenção e orientação deve ser 
estruturado de acordo com a cultura, adequando principalmente o conteúdo e a 
linguagem. Tendo em vista que o público em questão tem um baixo 
conhecimento sobre o assunto por vezes os mesmos entendem a mensagem, 
porém não conseguem compreender como utilizar os recursos para cuidarem 
de sua saúde. 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM NO CÂNCER DE 
PELE 
 
A ação clínica e comunicativa auxilia o enfermeiro no processo 
de prevenção a exposição dos trabalhadores rurais aos riscos potenciais de 
desenvolvimento de câncer de pele, bem como na minimização dessa 
patologia, visto que esses trabalhadores estão expostos, constantemente no 
trabalho, à radiação solar ultravioleta. O profissional de enfermagem atua em 
ações de prevenção e controle, prestando assistência diagnóstica. Também 
desenvolvendo ações educativas, ações integradas com outros profissionais, 
contribuindo na identificação de fatores de risco ocupacional. (SILVEIRA, 2016) 
Na atenção primária, o trabalho do enfermeiro visa ensinar a 
população a reduzir a exposição aos fatores de risco, desenvolvendo também 
campanhas educativas ensinando como realizar o autoexame, pois a maioria 
dos tipos de câncer pode ser curada se diagnosticados precocemente. 
A atuação do enfermeiro na prevenção primária estará voltada 
para a redução da exposição da população a fatores de risco de câncer, tendo 
como objetivo a redução da ocorrência dessa patologia, através da promoção 
da saúde, proteção específica e adoção de modelo de comportamento e 
hábitos saudáveis compatíveis. Esse profissional deve também atuar na 
prevenção secundária, a qual abrange o conjunto de ações que permitem o 
diagnóstico precoce da doença e seu tratamento imediato, melhorando a 
qualidade de vida e diminuindo a mortalidade do câncer. 
Sendo a população alvo geralmente de origem leiga, deve-se 
haver uma estruturação por meio dos profissionais de saúde no programa de 
prevenção e orientação de acordo com a sua cultura, adequando o vocabulário 
com a origem cultural de cada indivíduo. Pode acontecer com esse grupo 
populacional receber um tipo de informação e, em algumas vezes, entender a 
mensagem contida, porém não compreendendo ao certo como utilizarem o 
conteúdo recebido para cuidarem de sua saúde. 
O enfermeiro deve orientar os trabalhadores a usarem os filtros 
solares, a forma correta de aplicação, a importância da quantidade a ser 
aplicada tanto quanto a importância da reaplicação como também evitar 
substâncias que possam aumentar a sensibilidade ao sol (como limão e 
laranja); usar chapéu, óculos escuros, camisa de manga comprida e boné. A 
realização do autoexame de pele é um método simples e fácil de diagnosticar 
precocemente o câncer. Nesse exame, os indivíduos irão procurar manchas 
que coçam, descamam ou que apresentam sangramento, sinais ou pintas que 
mudam de tamanho, forma ou cor. Cabe ao enfermeiro ensinar-lhes sobre 
essas características e treinar os clientes quanto a esse exame. 
 
CONCLUSÃO 
 
Considerando o câncer como um problema de saúde pública, 
há necessidade de fortalecer os estudos e destacar a importância da utilização 
de Equipamentos de Proteção Individual pelos trabalhadores que desenvolvem 
atividades profissionais com exposição prolongada e constituem um grupo de 
maior risco. 
A influência dos médicos e enfermeiros na população é 
relevante e importante para a redução dos casos de câncer de pele nos 
trabalhadores expostos ao sol. Como no caso de qualquer doença ocupacional, 
campanhas de prevenção de forma contínua e dinâmica devem ser realizadas 
para educar e motivar os funcionários a adotarem medidas foto protetores. 
Dada a associação já está estabelecida na literatura médica entre exposição 
solar e câncer de pele, é fundamental também que o médico do trabalho 
oriente os empregadores sobre a importância de fornecer proteções coletivas 
nos locais em que sejam viáveis (abrigos, guaritas etc.), além de prover roupas 
adequadas, óculos, chapéus e protetores solares. 
É inevitável não estabelecer nexo entre uma neoplasia cutânea 
e um trabalhador que ficou anos sob o sol. É inadmissível que uma doença 
causadora de danos estéticos relevantes — ou até mesmo a morte — ocorra 
nos dias de hoje e seja tendência, por desconhecimento e negligência, no 
futuro. São necessárias medidas mais efetivas junto aos órgãos fiscalizadores 
e melhorias no processo de educação continuada de empregadores e 
trabalhadores, no sentido de priorizar, sempre que possível, a menor exposição 
à RUV e, quando inviável, incentivar o uso correto e disseminado dos fotos 
protetores. 
Algumas medidas são primordiais para minimizar e diminuir a 
chance futura do desenvolvimento da neoplasia. Os devidos cuidados com a 
radiação solar permanecem como principal medida contra o câncer de pele. 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
Fundação do Câncer. 2009; [Acessado 2021 13 de julho ]; Disponível em: 
www.cancer.org.br. 
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉALENCAR GOMES DA SILVA. 
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INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA-
INCA. Estimativa 2014: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro, 124 p., 
2014. 
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. 
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José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. – Rio 
de Janeiro: INCA, 2017. 
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conclusão de curso apresentado ao curso de física. Universidade estadual de 
Mato Grosso do Sul, Dourado 2009. Câncer de Pele, Centro de Combate ao 
Câncer. Disponível em: 
http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1334448150pele_net.pdf. Acesso 
em 13 de julho de 2021 
Sociedade Brasileira de Dermatologia. Consenso Brasileiro de Fotoproteção 
[Internet]. 2013 [acesso em 14/07/2021]. Disponível em: 
http://www.sbd.org.br/publicacoes/consensobrasileiro-de-fotoprotecao/ 
Saúde Business. Comissão aprova câncer de pele como doença ocupacional 
[Internet]. 2021. [acesso em 15/07/2021]. Disponível em: 
https://www.saudebusiness.com/mercado/comisso-aprova-cncer-de-pele-como-
doena-ocupacional 
 
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