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Introdução à neonatologia e Patologias Desenvolvimento pulmonar Período embriogênico (aproximadamente 26ª dia de vida) Ramificações progressivas Período canicular: viável 24ª semana: início da produção de surfactante (pneumócito tipo II) Surfactante Discussão sobre viabilidade 24 semanas Período alveolar até a vida adulta Surfactante serve para diminuir a tensão superficial dos alvéolos, permitindo que não colabem É composto por proteínas, lipídeos, fosfatidilglicerol, entre outros Circulação sanguínea fetal Placenta: faz as trocas gasosas (faz um regime de baixa pressão) A expansão pulmonar ocorre no nascimento, que leva à redução da resistência vascular pulmonar (RVP), aumentando o fluxo sanguíneo que chega nos pulmões, para que o RN comece a fazer troca gasosa diretamente com o meio externo O pulmão possui resistência pulmonar enquanto está no período neonatal pois tem líquido, então são necessários shunts para garantir fluxos sanguíneas Shunts: ducto venoso, foram oval e ducto arterioso ou canal arterial Ducto venoso: sangue proveniente da placenta, passa pela veia cava inferior, forame oval (que é outro shunt), atravessa ducto arterioso/canal arterial (outro shunt) e vai para o organismo Alta resistência pulmonar: alta resistência do AD, levando a um shunt D/E Classificação do recém-nascido Com relação: Idade gestacional Termo: 37 a 41 semanas e 6-7 dias Pós-termo: ≥ 42 semanas Pré-termo: ≤ 36 semanas e 6-7 dias Tardio: 34 semanas e 36 semanas e 6-7 dias Moderado: 30 semanas e 33 semanas 6-7 dias Extremo: ≤ 29 semanas e 6-7 dias Adequação do peso para idade gestacional Peso Normal: 2500-3500g Baixo peso: 1500-2500g Muito baixo peso: 1000-1500g Extremo baixo peso: <1000g Macrossômico: > 4000g Avaliação clínica da idade gestacional Realizada entre 4-6h de vida Método de Capurro somático Utilização de 5 parâmetros somáticos: forma da orelha, glândula mamária, formação do mamilo, textura da pele, pregas plantares Capurro somático: 5 parâmetros + 204 = idade gestacional (em dias) Método de Capurro somatoneurológico Utilização dos 5 parâmetros + 2 neurológicos Somatoneurológico: 5 parâmetros + 2 neurológicos + 200 = idade gestacional em dias Sinal do cachecol: puxar o braço do RN para ver até onde alcança (geralmente RN termos vão até antes da linha média) Método de New Ballard 6 parâmetros somáticos e 6 neurológicos Avaliação do RN 24h de vida 1-2h após a amamentação RN sem roupa Ectoscopia: pele, fáscies, boca, mamilo, palmas das mãos Aparelhos cardiovascular, respiratórios, abdome, genitália e membros Desconforto respiratório no RN Definição Presença de pelo menos um sinal de aumento do trabalho respiratório no RN (FR normal do RN: até 60irpm) Batimento de asas nasais Gemido expiratório Retrações torácicas Sinais de desconforto respiratório Geralmente começa de baixo para cima Etiologia Obstrução das vias aéreas Doença da parede torácica Cardiopatias Doenças neurológicas Sepse neonatal (pneumonia é a principal causa) Anemia ou policitemia Hipo ou hipertermia Hipo ou hipernatremia Hipoglicemia Erros inatos do metabolismo Uso de medicações maternas (opiaceos, sulfato de magnésio, drogas de abuso) Doenças respiratórias Alteração do desenvolvimento e crescimento pulmonar Mal-formações congênitas pulmonares Hérnia diafragmática congênita Imaturidade pulmonar Inativação do surfactante (excesso de líquido pulmonar, hemorragia pulmonar, aspiração meconial, pneumonia) Fatores aceleradores da maturação pulmonar (pré-eclâmpsia, rotura prematura de membranas ovulares, restrição de crescimento intra-uterino, uso de antenatal de corticoides) Intercorrências no período de crescimento: taquipneia transitória do RN, síndrome de aspiração meconial, pneumonia neonatal, hipertensão pulmonar persistente neonatal Taquipneia transitória do RN (TTRN) - Taquipneia nas primeiras horas de vida (melhora após 24-72h) - Pré-termo tardio/termo - RX: hiperinsuflação pulmonar, infiltrado difuso geralmente do hilo para a periferia, leve a moderado aumento da área cardíaca, presença de líquido nas fissuras interlobares (cisurite), marcas proeminentes da vasculatura pulmonar, inversão da cúpula diafragmática, herniação intercostal e derrame pleural RX: congestão perihilar radiada simétrica com espessamento de cisuras interlobares e líquido - Quadro clínico: taquipneia (pode chegar de 100 a 200bpm), gemência, batimentos de asa de nariz, tiragem intercostal e aumento de diâmetro anteroposterior - Tratamento: oxigenoterapia, suporte ventilatório CPAP - Causa ainda não é certa, mas há fatores associados: deficiência leve de surfactante, pequeno grau de imaturidade pulmonar e retardo na absorção de líquido pulmonar fetal - Diagnóstico diferencial mais frequente: doença de membrana hialina, edema pulmonar, pneumonia bacteriana e pneumonia de aspiração Síndrome de aspiração meconial (SAM) - Líquido amniótico meconial: presente em 10-20% das gestações - Composto por lanugo, bile, vérnix caseoso, enzimas pancreáticas, epitélio descamados, muco - Presente no TGI desde a 16ª semana; no cólon descendente 34ª semana - Pode variar desde formas leves até quadro de insuficiência respiratória grave, com hipotensão pulmonar persistente (HPP) - A aspiração de mecônio pode ocorrer intraútero ou durante os primeiros movimentos respiratórios (mais comum), sendo que o mecônio pode provocar alterações obstrutivas e inflamatórias - Fatores predisponentes para eliminação meconial: maturidade fetal, sofrimento fetal, compressão mecânica do abdome durante o trabalho de parto - Fisiopatologia da síndrome de aspiração meconial: Sofrimento fetal levando à eliminação de mecônio intra-útero + gasping Aspiração de mecônio: obstrução + inativação surfactante + inflamação: atelectasia + hiperinsuflação Shunt pulmonar: hipoxemia, vasoconstrição pulmonar e hipertensão pulmonar - Quadro clínico RN termo ou pós termo Líquido amniótico meconial Asfixia perinatal Desconforto respiratório precoce: estertores grossos, resolução em 5-7 dias Complicação: pneumotórax RX: atelectasia granular grosseiro alternadas com áreas de hiperinsuflação - Tratamento Suporte ventilatório e oxigenioterapia Controverso surfactante exógeno Antibioticoterapia: para cobertura Gram negativo Mecônio inativa surfactante tanto endógeno quanto exógeno Síndrome do desconforto respiratório (SDR)/doença da membrana hialina (DMH) Fisiopatologia: deficiência quantitativa e qualitativa do surfactante levando ao aumento da tensão superficial dos alvéolos e atelectasia. Assim, ocorre redução da relação ventilação/perfusão: hipercapnia, hipoxemia, acidose (todos esses fatores são associados à redução da complacência pulmonar e CRF) Fatores de risco - Prematuridade (<28sem) - Ausência de corticoide antenatal - DM gestacional (associado ao atraso de maturação pulmonar) - Asfixia perinatal - Sexo masculino - Gestação múltipla Evolução clínica - Progressivo nas primeiras 24h - Pico em 48h - Melhor após 72h - RX: infiltrado retículo granular difuso (infiltrado em vidro moído/vidro fosco) e a presença de broncograma aéreo. Prematuros de extremo baixo peso podem apresentar poucas alterações radiológicas pois seus pulmões ainda são muito imaturos Tratamento da SDR - Suporte nutricional, ventilatório e oxigenoterapia - Reposição de surfactante: profilática ou terapêutica - Protocolo INSURE: Intube, SURfactant, Extubate to CPAP Cardiopatias congênitas Definida por Mitchell como: alteraçãoestrutural do coração ou dos grandes vasos da base, que apresenta significância funcional real ou potencial Prevalência 6, 16/10 – 1000 nascidos vivos Diagnóstico no período fetal e neonatal Internamentos: a maioria ocorre nos primeiros 6 meses e metade no 1º mês e a maior proporção na primeira semana O pediatra é fundamental na mudança do curso natural da cardiopatia congênita Reconhecimento da cardiopatia Tratamento de emergência Encaminhamento para centro terciário especializado precocemente Ecocardiograma fetal Evita complicações graves e desfechos fatais Assistência neonatal e equipe especializada Mortalidade: 20% nos primeiros meses Sobrevida: 15 anos (77,11%) Teste do coraçãozinho Diagnóstico precoce de cardiopatias críticas Dependentes de canal arterial Deve ser feito antes da alta da maternidade Teste de oximetria Realizado entre 24-48h de vida do RN Oximetria de pulso do RN > 34sem Membro superior e um dos membros inferiores Sinais e sintomas na clínica Neonatos e lactentes: cianose, insuficiência cardíaca, sopro, arritmia Crianças maiores e adolescentes: sintomas associados às anormalidades congênitas (dor precordial, tontura e síncope) Cardiopatias Hipofluxo Hiperfluxo Normofluxo Pulmonar Diagnóstico cardiopatias Radiografia ECG Ecocardiogrma Estudo hemodinâmico TAC Angiotomografia RMN Estudo eletrofisiológico Abordagem inicial de uma criança com alteração cardíaca congênita Neonatos e lactantes geralmente são encaminhados pelas seguintes alterações: cianose, IC, sopro, arritmia RX tórax: fluxo pulmonar aumentado ou não Eletrocardiograma: presença de hipertrofia ventricular D e E Sopros cardíacos É a expressão acústica de um fluxo turbulento originado no coração e/ou no sistema vascular Fisiopatologia: aumento do fluxo; fluxo através da valva anormal; fluxo através de uma valva insuficiente; súbito aumento de calibre Obs: Frêmito é a sensação tátil do sopro, presente nos sopros cardíacos de grande intensidade Classificação Sopro inocente: coração estrutural e funcionamento normal. Exame físico e exames complementares sem anormalidades Sopro patológico/orgânico: presença de anomalias estruturais e funcionais do sistema cardiovascular. Exame físico e complementares sem alterações Sopro funcional/fisiológico: existe uma alteração hemodinâmica que concorre para alteração do fluxo sanguíneo normal (anemia, hipertireoidismo, febre) com ausência de anomalia cardiovascular Etiopatogenia Sopro inocente: anemia, febre, taquicardia, gestação Sopro patológico: em idade pediátrica, causado marioritariamente por alterações valvulares ou defeitos septais Cardiopatias: congênitas (CIV, CIA, PCA, EP) e adquiridas (endocardite reumática, endocardite infecciosa, miocardiopatias, miocardite, pericardite, doença de Kawasaki) Epidemiologia Neonatal: prevalência do sopro é entre 0,6-4,2% da população A partir do período neonatal: 90% das crianças terão um sopro detectável durante a infância Idade escolar: 50-70% têm o sopro identificado durante a avaliação médica de rotina, sendo o pico de incidência em 5 anos, diminuindo após os 10 anos de idade Sopro cardíaco é o principal motivo de consulta na cardiopediatria Classificação de Freeman e Levine: Intensidade Grau I: audível com muito esforço (fraco) Grau II: suave, mas facilmente detectável (fraco) Grau III: proeminente, sem frêmitos (moderado) Grau IV: intensos, com frêmitos (moderado) Grau V: muito intenso, sendo audível com o estetoscópio próximo à pele (intenso_ Grau VI: sem necessidade de estetoscópio (intenso) Sopros cardíacos Sopro inocente (still) Sopro holossistólico: CIV Sopro contínuo em maquinaria: canal arterial Sopro sistólico ejetivo: estenose aórtica Conduta: sopro detectado em consulta de rotina, paciente assintomático anamnese + exame físico sopro inocente ou patológico; doença não cardíaca causando alteração da ausculta; existência de cardiopatia não diagnosticada Encaminhas ao especialista quando: Circulação fetal 3 shunts Ducto venoso Canal arterial Forame oval Etiologia: Genética Uso de substâncias psicoativas Infecções virais Anormalidades: anatômicas e funcionais Cardiopatias congênitas acianóticas Classificação Normofluxo: coarctação da aorta, estenose pulmonar, estenose aórtica Hiperfluxo: comunicação interventricular (CIV), comunicação interatrial (CIA), persistência de canal arterial, defeito de septo atrioventricular total Comunicação interventricular (CIV) Cardiopatia mais frequente (40%) Defeito no septo interventricular SIV: porção membranosa e porção muscular (entrada, trabecular e de saída) Tipos de CIV: CIV perimembranosa/membranosa; CIV muscular/septo trabecular; CIV duplamente relacionada (infundibular, subpulmonar, subarterial); CIV justatricuspídea Quadro clínico - Varia pelo tamanho da CIV: pequena, moderada e grande - Frêmito em BEE baixo - Hipertensão pulmonar - Síndrome de Eisenmenger - Relacionado ao DSAV Diagnóstico - Eco: padrão ouro - Tratamento clínico na vigência de IC - Tratamento cirúrgico: indicado em qualquer idade para aqueles que mantém sinais de IC mesmo com o tto clínico Comunicação interatrial (CIA) Desvio do sangue do AE para o AD, sem turbilhonamento e sem sopro identificável Pacientes assintomáticos Eco confirma o diagnóstico Correção cirúrgica por volta dos 2 anos para evitar IC no adulto Sopro contínuo sistólico ejetivo (maior) e diástole (menos), com 2ª bulha hiperfonética (desdobramento de 2ª bulha) e os pulsos periféricos amplos (sopro em locomotiva) Pode estar associado a SARA e piorar o padrão repiratório, aumentando a taquicardia, taquipneia e edema pulmonar Classificação - CIA ostium secundum (OS): fossa oval (mais comum) - CIA ostium primum (OP) - CIA seio venoso (SV): associado à drenagem anômala de veias pulmonares - CIA seio coronário (SC) Persistência do canal arterial: estrutura fundamental na circulação fetal, com fechamento entre 12 e 15ª hora de vida e anatômico entre o 5º e 7º dia; pode ocorrer devido prematuridade também Quadro clínico parecido com o de CIV Tratamento medicamentoso: indometacina (inibidor de prostaglandina) Tratamento cirúrgico é indicado na falência do tto medicamentoso Estenose aórtica Obstrução na via de saída do ventrículo esquerdo Pode ocorrer nas regiões subvalvar, valvar e supravalvar Podem ser progressivas Mais comum: subaórtica fixa (membranosa, fibromuscular e túnel fibroso) Quadro clínico - Não se manifesta nos primeiros meses de vida, evoluindo bem e assintomática - Crianças maiores: dor precordial, tontura, síncope, sopro sistólico com irradiação para fúrcula e faces laterais de pescoço (sinal mais importante) Diagnóstico: ECO Tratamento: dilatação com cateter balão ou cirurgia quando paciente sintomático Coarctação da aorta Estreitamento da aorta (localizada ou segmentar) Pode se apresentar nas regiões pré-ductal (é mais comum: entre a subclávia esquerda e a junção aorto- ductal), paraductal e pós-ductal Síndrome de Shone: lesões obstrutivas múltiplas esquerdas, associadas à coarctação da aorta Quadro clínico: coarctação grave pode evoluir com choque cardiogênico na 2ª ou 3ª semana de vida Tratamento - É de urgência nos RNs e lactentes com IC - Eletivo nos pacientes assintomáticos - A abertura da coarctação é feita pelo cateterismo cardíaco ou por cirurgia Estenose pulmonar Associada à rubéola congênitca Pode ser infundibular, valvar ou supravalvar Tratamento: dilatação com cateter balão Defeito do septo atrioventricular (DSAVT) Quando as 4 veias pulmonares estão drenando anormalmente no AD ou uma das veias sistêmicas CIA + CIV + valva única Pode ser total ou parcial Quadro clínico: dispneia, baixo desenvolvimento pondero-estatural, infecções respiratórias de repetição Desdobramento da 2ª bulha Cardiopatias congênitas cianogênicas Manifestação clínica principal: cianose Sat O2< 85% T4F: lesão obstrutiva D com shunt da D para E TGA: conexão anômala Ampla comunicação: ventrículo único (uma única cavidade recebe as 2 valvas atrioventriculares) Baixo débito sistêmico Lesões obstrutivas do lado esquerdo, onde o fluxo sistêmico é dependente do canal arterial Quadro clínico: RN nasce bem e em 24h evolui de forma abrupta com sinais de baixo débito sistêmico (taquipneia progressiva, cansaço às mamadas, palidez cutânea, sudorese acentuada, taquicardia e hipotensão) Edema pulmonar Taquipneia e aumento do trabalho respiratório Podem aparecer nos primeiros dias de vida ou mais tardiamente, por volta da 2ª semana de vida Quadro clínico: taquipneia, cansaço durante as mamadas, sudorese, taquicardia, cardiomegalia , hepatomegalia, sopros cardíacos Fisiopatologia Rx de tórax: avaliação de cardiomegalia pela medida do índice cardiotorácico (ICT) e grau de congestão pulmonar - ICT < 0,6 no RN - ICT < 0,55 no lactente - ICT < 0,50 na criança Tetralogia de Fallot Conjunto de 4 alterações cardíacas: - Estenose pulmonar (EP) - Comunicação interventricular (CIV) - Dextroposição ou cavalgamento da aorta - Hipertrofia do VD Quadro clínico - Depende do grau de obstrução ao fluxo pulmonar - Cianose - Sopro sistólico ejetivo em foco pulmonar - Presença de 2ª bulha e frêmito - Baqueteamento digital (em crianças menores) - Crises hipoxêmicas Pink Fallot - Estenose discreta e shunt da esquerda para direita - Acianótico - Quadro clínico é semelhante ao de uma CIV pequena ou moderada Diagnóstico - Ecocardiograma - Rx de tórax: tamanco holandês ou bota (trama vascular pulmonar diminuída) Tratamento - Cirúrgico: assintomático ou oligossintomático (6 meses até 1-2 anos) - Sintomáticos/cianose importante: precocemente - T4F: é a cardiopatia cianogênica mais comum após o 1º anos de vida Transposição de grandes artérias (TGA) Relação anormal entre as grandes artérias e os ventrículos: aorta se origina do VD e a artéria pulmonar do VE Circulação em paralelo: sangue venoso sistêmico que chega no AD passa para o VD e dele para a aorta, levando o sangue insaturado para a circulação sistêmica. É incompatível com a vida (a não ser que tenha uma comunicação entre os dois circuitos que promova uma mistura adequada entre o sangue saturado e o não saturado – como FO, CIV ou canal arterial) Prognóstico ruim sem correção cirúrgica Cirurgia de Jatene: bom prognóstico - Restabelece a conexão do VE/aorta e VD/pulmonar - Primeiras semanas de vida - TGA complexas: procedimentos mais complexos Tipos - Simples ou clássica: integridade do septo ventricular e ausência de obstrução na via de saída do VE - Complexa: outras lesões associadas - Defeitos associados (CIA, CIV, PCA) que permitem a mistura de sangue das duas circulações são essenciais à vida Quadro clínico - Cianose notável desde as primeiras horas de vida - SatO2 entre 30-50% - Hipóxia e acidose metabólica (devido baixa circulação de oxigênio) - Hiperfonese de B2 no foco pulmonar - Sopro, quando presente, melhor audível em foco pulmonar ou tricúspide (2ª bulha é única e alta devido a posição da aorta) RX tórax - Circulação pulmonar aumentada - Pedículo vascular estreito - Coração em forma de ovo deitado Atresia pulmonar Ausência de conexão entre VD e artéria pulmonar (o canal arterial é a única forma de suprimento sanguíneo pulmonar) Valva pulmonar imperfurada ou atrésica Fisiologia: quase todo sangue venoso eu chega no átrio direito é desviado para o átrio esquerdo. No AE, ele mistura com o sangue da circulação pulmonar e dirige-se para o VE e a aorta. Ou seja, o fluxo pulmonar fica dependente do diâmetro do canal e da resistência vascular pulmonar Alta mortalidade Sem tratamento: 50% morrem no 1º mês de vida Quadro clínico - Cianose central nas primeiras horas de vida ou mais tardiamente na dependência do fechamento do canal arterial - Taquipneia e dispneia - 2ª bulha em foco pulmonar - Sopro cardíaco presente ou não Rx tórax - Área cardíaca normal ou aumentada - Arco pulmonar escavado - Trama vascular variável Uso de prostaglandina E para garantir a permeabilidade do canal é imprescindível se existir hipóxia grave Estabelecimento de shunt sistêmico pulmonar Blalock-Taussing modificada Caso clínico 1) RN com 6h de vida com batimento de asa nasal, gemência, taquidispneia e retração intercostal. História materna de diabetes melito, sendo indicado o parto cesáreo por sofrimento fetal. Peso ao nascer de 2650g, idade gestacional de 35 semanas e sexo masculino. Radiografia de tórax com infiltrado reticulogranular difuso, presença de broncograma aéreo e aumento do líquido pulmonar. Qual a hipótese diagnóstica mais provável? a) Hipertensão pulmonar persistente neonatal b) Taquipneia transitória do RN c) Pneumonia precoce d) Síndrome do desconforto respiratório neonatal Respostas 1) D
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