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Unidade III
POLÍTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER
Profa. Paula Castro
Violência de gênero 
 A palavra violência vem do latim violentia, que significa 
caráter violento ou bravio. Pode ser entendida como o ato de 
brutalidade, constrangimento, abuso, proibição, desrespeito, 
discriminação, imposição, invasão, ofensa e agressão física, 
psíquica, moral ou patrimonial contra alguém, caracterizando 
relações que se baseiam na ofensa e na intimidação pelo 
medo e pelo terror.
“A violência como o uso de força física ou do poder, em ameaça 
ou na prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um 
grupo ou comunidade que resulte ou que possa resultar em 
sofrimento, morte, dano psicológico, desenvolvimento 
prejudicado ou privação” (OMS, 1996).
Violência de gênero 
 A violência afeta a vida de milhões de pessoas, com 
consequências permanentes. Contudo, as mulheres, as 
crianças e os idosos sofrem maior impacto das 
consequências não fatais dos abusos físicos, sexuais 
e psicológicos. 
 25% de todos os adultos já relataram ter sofrido abusos 
físicos quando crianças; 
 1 em 5 mulheres relataram ter sofrido abusos sexuais 
quando criança; 
 1 em 3 mulheres foi vítima de violência física ou sexual 
praticada por parceiro íntimo em algum momento da vida;
 1 em 17 idosos relatou ter sofrido abusos.
Violência de gênero 
 Desde a infância, homens e mulheres são condicionados a 
exercerem um papel socialmente determinado. 
 De acordo com a OMS (2016), a violência contra a mulher está 
enraizada na desigualdade entre os gêneros masculino e 
feminino, fundamentada na cultura patriarcal existente em 
todo o mundo. 
Genitália 
feminina
Genitália 
masculina
Tipos de violência
 a violência perpetrada por parceiros íntimos e por membros 
da família;
 a violência sexual por não parceiros;
 o tráfico, inclusive para exploração sexual e econômica;
 o feminicídio, incluindo o do parceiro íntimo;
 os assassinatos em nome de honra ou por dote, assassinatos 
especificamente dirigidos a mulheres, mas por alguém que não 
seja seu parceiro, ou assassinatos envolvendo violência sexual;
 o ato de atirar ácido no corpo da mulher;
 o assédio sexual em escolas, locais de trabalho e lugares 
públicos;
 a violência on-line por meio da internet ou das mídias 
sociais, que está cada vez mais frequente.
Consequências da violência
Fonte: livro-texto
Aspectos sociais e políticos
 A violência contra a mulher é definida pelo Ministério da 
Saúde do Brasil como toda e qualquer conduta baseada no 
gênero, passível de causar morte, dano ou sofrimento nos 
âmbitos físico, sexual ou psicológico à mulher. 
 É considerada uma questão complexa e multifacetada, que 
viola os direitos humanos. 
 Além disso, possui estreita relação com as categorias de 
gênero, classe, etnia e suas relações de poder.
 No Brasil, a partir das décadas de 1970 e 1980, o governo 
brasileiro propôs as primeiras políticas na área de 
enfrentamento da violência contra a mulher, com destaque 
para a Lei Maria da Penha e a Lei de Obrigatoriedade da 
Notificação de Violência contra Mulher.
Lei no 10.778, publicada em 24 de novembro de 2003
 Estabelece a notificação compulsória no território nacional.
Ela define que a violência contra a mulher inclui a violência 
física, sexual e psicológica que tenha ocorrido:
 dentro da família ou unidade doméstica ou em qualquer outra 
relação interpessoal, em que o agressor conviva ou haja 
convivido no mesmo domicílio que a mulher;
 na comunidade e seja perpetrada por qualquer pessoa e que 
compreende, entre outros, violação, abuso sexual, tortura, 
maus-tratos de pessoas, tráfico de mulheres, prostituição 
forçada, sequestro e assédio sexual no lugar de trabalho, bem 
como em instituições educacionais, estabelecimentos de 
saúde ou qualquer outro lugar;
 a perpetrada ou tolerada pelo Estado ou seus agentes, 
onde quer que ocorra.
Lei Maria da Penha – Lei no 11.340, de 7 de agosto 
de 2006
 Foi importante por criar mecanismos para coibir a violência 
doméstica e familiar contra a mulher.
A referida Lei configura violência doméstica e familiar como a 
violência ocorrida:
 no âmbito da unidade doméstica, entendida como o espaço de 
convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo 
familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
 no âmbito da família, compreendida como a comunidade 
formada por indivíduos que são ou se consideram 
aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por 
vontade expressa;
 em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor 
conviva ou tenha convivido com a ofendida, 
independentemente de coabitação.
Vigilância de Violências e Acidentes
Para fortalecer essas ações e monitorar os acidentes e as 
violências ocorridos no Brasil, o Ministério da Saúde implantou 
o sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) 
integrando dois componentes:
 Vigilância sentinela: realizada por meio de inquérito nas 
portas de entrada de emergências de municípios 
selecionados.
 Vigilância contínua: feita por meio da notificação compulsória 
das violências doméstica, sexual e outras violências 
interpessoais ou autoprovocadas em serviços de referência e 
outros serviços de saúde, que são notificadas no Sistema de 
Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Interatividade
O drama da violência contra a mulher é recorrente e aprisionante, abala 
a autonomia, destrói a autoestima e diminui a qualidade de vida, 
trazendo consequências à estruturação pessoal, familiar e social 
(NETTO, 2014). Podemos afirmar que são consequências da violência:
a) A dor pélvica crônica é classificada como uma doença crônica 
pós-trauma.
b) A realização de abortamento inseguro é exemplo de uma 
doença mental.
c) O aparecimento de queimaduras pode ser sinal de lesões físicas.
d) A realização de sexo inseguro está associada à saúde reprodutiva.
e) A síndrome dolorosa complexa está associada à 
saúde comportamental.
Violência doméstica e sexual
 O estudo desenvolvido pelo Ministério da Saúde no ano de 2010.
 Nesse período foram notificados 27.176 casos de violência nos 
serviços de referência no País. 
As principais vítimas foram:
 mulheres na faixa etária de 20 a 29 anos (42,5%);
 seguida pela faixa etária entre 30 e 39 anos (32,6%); 
 41,7% se autodeclaram brancas e 34,3% eram negras.
 Em relação à escolaridade houve destaque para as mulheres com 12 
anos ou mais de escolaridade (18,1%). 
 Quanto à situação conjugal e à orientação sexual, 34,7% das vítimas 
eram casadas ou com união consensual, 24,4% eram solteiras e 36% 
referiram que mantinham relações sexuais apenas com homens. 
 A maioria das vítimas residia em zona urbana (90%).
Casos notificados
 37,2% da violência eram de repetição e 57,1% ocorreram 
na residência. 
Tipos de violência:
 violência física (76,2%);
 psicológica/moral (34,8%); 
 sexual (9,4%). 
 Meio de agressão, verificou-se que a força corporal ou 
espancamento foi a mais frequente (58,1%), seguida pela 
ameaça (22,9%). 
 Quanto à natureza da lesão, 23,8% das vítimas sofreram 
contusão e 16,8% sofreram corte, perfuração ou laceração.
Gênero e violência
Sociedade
MulherHomem
Crenças
Normas 
culturais
Atenção à vítima de violência doméstica e sexual
Consulta
• Entrevista – registro 
da história
• Exames clínico e ginecológico
• Exames complementares
• Intervenções de emergência / 
internação hospitalar
Acolhimento
• Receber e escutar
• Respeito e solidariedade
confiança
profissional
paciente
Violência doméstica
 Queixas crônicas, porém vagas, sem causa física óbvia.
 Ferimentos que não condizem com a explicação de 
como ocorreram.
 Parceiros que observam excessivamente ou controlam os 
movimentos da mulher com muita insistência ou que não se 
afastam da mulher.
 Ferimentos físicos durante a gravidez.
 Demora a iniciar o atendimento pré-natal.
 Histórico detentativa ou tendência ao suicídio.
 Demora em buscar tratamento para ferimentos sofridos.
 Síndrome do intestino irritável.
 Dor pélvica crônica.
Violência sexual
 Gravidez de mulheres solteiras com menos de 14 anos.
 Infecções sexualmente transmitidas em crianças.
 Prurido ou sangramento vaginal.
 Evacuação dolorosa ou dor ao urinar.
 Dor pélvica ou abdominal.
 Problemas sexuais e perda de prazer na relação.
 Vaginismo (espasmos musculares nas paredes vaginais 
durante a relação sexual).
 Ansiedade, depressão, comportamento autodestrutivo.
 Problemas de sono.
 Histórico de sintomas físicos crônicos inexplicáveis.
 Dificuldade ou recusa em fazer exames pélvicos.
Preparo da equipe
Prevenção de 
violência
Redução na 
desigualdade de 
gênero
Conscientização e 
sensibilização da 
sociedade
Ministério da Saúde – 2010 
 Mulheres adultas jovens, casadas ou em união consensual.
 Residentes da zona urbana.
 Escolaridade mais elevada e de cor branca. 
 O agressor foi predominantemente do sexo masculino e, em 1/3 
dos casos, havia suspeita de uso de álcool. 
Relatos de violência:
 50,16% corresponderam à violência física; 
 30,33%, à violência psicológica; 
 7,25%, à violência moral;
 2,10%, à violência patrimonial; 
 4,54%, à violência sexual; 
 5,17%, ao cárcere privado; 
 0,46%, ao tráfico de pessoas.
Interatividade
O conceito de enfrentamento, adotado pela Política Nacional de 
Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, diz respeito à 
implementação de políticas amplas e articuladas, que procurem 
dar conta da complexidade da violência contra as mulheres em 
todas as suas expressões. Sendo assim, analise as frases a 
seguir:
I. O eixo da prevenção diz respeito a ações punitivas e 
cumprimento da Lei Maria da Penha.
II. O eixo da assistência diz respeito a ações educativas e 
culturais que interfiram nos padrões sexistas.
III. O eixo do acesso e garantia de direitos diz respeito ao 
cumprimento da legislação nacional/internacional e 
iniciativas para o empoderamento das mulheres.
Interatividade
Está(ão) correta(s):
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas III.
e) Apenas II e III.
Direitos e saúde sexual e reprodutiva
Direitos Humanos
• Vida
• Alimentação
• Saúde
• Moradia
• Educação 
• Afeto
• Sexuais e 
reprodutivos
Respeito sem 
discriminação
• Classe social
• Cultura
• Religião
• Raça
• Etnia 
• Orientação sexual
Saúde reprodutiva
 A saúde reprodutiva é um estado de completo bem-estar 
físico, mental e social, e não de mera ausência de doença ou 
enfermidade, em todos os aspectos relacionados ao sistema 
reprodutivo, suas funções e processos. 
 A saúde reprodutiva implica, por conseguinte, que a pessoa 
possa ter uma vida sexual segura e satisfatória, tendo a 
capacidade de reproduzir e a liberdade de decidir sobre 
quando e quantas vezes deve fazê-lo. 
(BRASIL, 2013)
Desenvolvimento sexual saudável
 A saúde sexual é parte da saúde reprodutiva e inclui o 
desenvolvimento sexual saudável; os relacionamentos 
responsáveis e equitativos com prazer sexual; e a ausência de 
enfermidades, doença, deficiências, violência e outras 
práticas de risco relacionadas com a sexualidade.
 A saúde sexual é a habilidade de mulheres e homens para 
desfrutar e expressar sua sexualidade, sem risco de doenças 
sexualmente transmissíveis, gestações não desejadas, 
coerção, violência e discriminação. 
 A saúde sexual possibilita experimentar uma vida sexual 
informada, agradável e segura, baseada na autoestima, que 
implica em uma abordagem positiva da sexualidade humana e 
no respeito mútuo nas relações sexuais. 
Direitos e saúde sexual e reprodutiva no Brasil
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2013c), 
destacam-se cinco marcos referenciais relacionados aos 
direitos sexuais e reprodutivos, os quais estão brevemente 
apresentados a seguir:
 Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher.
 Constituição Federal de 1988.
 Lei no 9.263, de 1996, que regulamenta o planejamento 
familiar.
 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher.
 Política Nacional dos Direitos Sexuais e dos Direitos 
Reprodutivos.
Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher
O PAISM incluía ações educativas, preventivas, de diagnóstico, 
tratamento e recuperação, englobando:
 a assistência à mulher em clínica ginecológica; 
 no pré-natal, parto e puerpério; 
 no climatério; 
 em planejamento familiar; 
 em infecções sexualmente transmissíveis; 
 em casos de câncer de colo de útero e de mama; 
 além de outras necessidades identificadas a partir do perfil 
populacional das mulheres. 
Constituição Federal
 A Constituição Federal Brasileira, promulgada em 5 de 
outubro de 1988, foi importante para a criação do Sistema 
Único de Saúde (SUS) e para garantir aos cidadãos os direitos 
sexuais e reprodutivos no Brasil ao entender o planejamento 
familiar como de livre escolha das pessoas e incluir a 
responsabilidade do Estado nas questões relacionadas ao 
planejamento reprodutivo, devendo disponibilizar recursos 
educacionais e científicos para viabilizar o exercício 
desse direito.
Lei no 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regulamenta 
o planejamento familiar
 O artigo 2o dessa Lei define o planejamento familiar como o 
conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta 
direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole 
pela mulher, pelo homem ou pelo casal, sendo proibida a 
utilização das ações a que se refere para qualquer tipo de 
controle demográfico.
 O artigo 9o descreve que, para o exercício do direito ao 
planejamento familiar, devem ser oferecidos todos os 
métodos e as técnicas de concepção e contracepção aceitos 
cientificamente e que não coloquem em risco a vida e a saúde 
das pessoas, garantida a liberdade de opção.
Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde 
da Mulher
 A PNAISM incorpora, sob o enfoque de gênero, a integralidade 
e a promoção da saúde como princípios norteadores e buscou 
consolidar os avanços no campo dos direitos sexuais e 
reprodutivos, com ênfase na melhoria da atenção obstétrica, 
no planejamento familiar, na atenção ao abortamento inseguro 
e no combate à violência doméstica e sexual. 
 Além disso, ampliou as ações de saúde para os grupos 
historicamente alijados das políticas públicas nas suas 
especificidades e necessidades, como as mulheres vivendo 
com HIV/Aids e as portadoras de doenças crônicas não 
transmissíveis e de câncer ginecológico.
Política Nacional dos Direitos Sexuais e dos Direitos 
Reprodutivos
 ampliação da oferta de métodos anticoncepcionais reversíveis 
no SUS e ao incentivo à implementação de atividades 
educativas em saúde sexual e saúde reprodutiva para 
usuários da rede SUS;
 capacitação dos profissionais da atenção básica em saúde 
sexual e saúde reprodutiva;
 ampliação do acesso à esterilização cirúrgica voluntária 
no SUS;
 implantação e implementação de redes integradas para 
atenção às mulheres e aos adolescentes em situação de 
violência doméstica e sexual;
 ampliação dos serviços de referência para a realização do 
aborto previsto em lei e garantia de atenção humanizada e 
qualificada às mulheres em situação de abortamento.
Política de Planejamento Familiar
 Em 2007, foi lançada a Política Nacional de Planejamento 
Familiar, que também foi considerada um importante marco na 
promoção dos direitos e da saúde sexual e reprodutiva aos 
cidadãos brasileiros.
 Entre as suas ações, a Política Nacional de Planejamento 
Familiar englobou a distribuição gratuita de contraceptivos –
incluindo os anticoncepcionais orais e injetáveis, o 
dispositivo intrauterino (DIU), o diafragma e os 
preservativos –, à venda de anticoncepcionais na Farmácia 
Popular e o fortalecimento de ações educativas relacionadas à 
saúde sexual e reprodutiva em unidades de saúde e escolas.Interatividade
Assegurado pela Constituição Federal e também pela 
Lei no 9.263, de 1996, o planejamento familiar, segundo o 
Ministério da Saúde, é um conjunto de ações que auxiliam as 
pessoas que pretendem ter filhos e também que preferem adiar 
o crescimento da família. Sendo assim, está correto afirmar que:
Interatividade
a) Somente a mulher em idade fértil (de 20 a 49 anos de idade) 
tem acesso aos anticoncepcionais nas Unidades Básicas 
de Saúde.
b) Com a política de distribuição de meios anticonceptivos, não 
houve diminuição no número de gravidezes indesejadas. 
c) É dever do Estado oferecer acesso a recursos cirúrgicos, 
apenas na esfera federal, que assegura o planejamento 
familiar, levando em consideração o desejo do casal.
d) É o conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres, na 
fase adulta a evitar a vinda dos filhos.
e) Além de prevenir a gravidez não planejada, as gestações de 
alto risco e a promoção de maior intervalo entre os partos, o 
planejamento familiar proporciona maior qualidade de vida 
ao casal. 
Humanização da assistência
 O termo “humanizar” significa “tornar humano, dar condição 
humana”. Também é definido como “tornar benévolo, afável, 
tratável” e, ainda, “fazer adquirir hábitos sociais polidos, 
civilizar”. Humanizar é estar coerente com os valores 
humanos. É afirmar o humano na ação.
A humanização está relacionada a distintas e complexas 
dimensões relacionadas à produção e gestão do cuidado em 
saúde, tais como: 
 integralidade, satisfação do cliente, necessidades de saúde, 
qualidade da assistência, gestão participativa, protagonismo 
dos sujeitos e a intersubjetividade envolvida no processo de 
atenção à saúde.
Marcos políticos
No contexto político, os primeiros programas de atenção à 
saúde lançados pelo Ministério da Saúde do Brasil que focaram 
a humanização da assistência foram:
 Programa Nacional de Humanização da Atenção Hospitalar 
(2000-2002).
 Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (2000).
 Norma de Atenção Humanizada ao Recém-nascido de Baixo 
Peso – Método Canguru (2000).
Humanização da assistência
 Deve ser uma diretriz política transversal entendida como um 
conjunto de princípios e diretrizes que se traduzem em ações 
nas diversas práticas de saúde, caracterizando uma 
construção da coletividade. 
 Troca de saberes, incluindo os usuários, diálogo entre os 
profissionais e trabalho em equipe. 
 Estratégia de interferência no processo de produção de saúde 
que considere que quando os sujeitos sociais são 
mobilizados, são capazes de transformar a realidade, 
modificando a si mesmos. 
 Novo tipo de interação entre os sujeitos que constituem os 
sistemas de saúde e deles usufruem, acolhendo e fomentando 
o seu protagonismo.
HumanizaSUS
 Essa política busca efetivar os princípios do SUS no cotidiano 
das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública 
no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, 
trabalhadores e usuários. 
 A PNH estimula a comunicação entre os gestores de saúde, os 
profissionais de saúde e os usuários para construir processos 
coletivos de enfrentamento das relações de poder, trabalho e 
afeto que, muitas vezes, promovem atitudes e práticas 
desumanizadoras, inibindo a autonomia e a 
corresponsabilidade desses atores sociais.
Princípios norteadores
 transversalidade; 
 a inseparabilidade entre a atenção e a gestão dos processos 
de produção de saúde; 
 protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos 
e coletivos. 
Garantia dos princípios da PNH
Valorizar a dimensão subjetiva e social em todas as práticas de 
atenção e gestão, fortalecendo/estimulando processos integradores e 
promotores de compromissos/responsabilização.
Estimular processos comprometidos com a produção de saúde e 
com a produção de sujeitos.
Fortalecer o trabalho em equipe multiprofissional, estimulando a 
transdisciplinaridade e a grupalidade.
Atuar em rede com alta conectividade, de modo cooperativo e 
solidário, em conformidade com as diretrizes do SUS.
Utilizar a informação da comunicação, da educação permanente e 
dos espaços da gestão na construção de autonomia e protagonismo 
de sujeitos e coletivos.
Diretrizes da PNH
 Gestão participativa e compartilhada (cogestão) do processo 
de produção de saúde.
 Clínica ampliada, incluindo as dimensões social e subjetiva.
 Acolhimento, com responsabilização e vínculo, na 
continuidade do processo terapêutico.
 Ambiência acolhedora.
 Valorização do trabalho e da saúde do trabalhador.
 Garantia dos direitos dos usuários: visita aberta, direito 
a acompanhante.
 Inclusão das redes sociais de apoio e controle da prestação 
de serviços.
Humanização da assistência – saúde da mulher
Pré-natal
Parto e 
puerpério
Climatério
Violência
Abortamento
Humanização do parto e do nascimento
 Dar apoio à mulher, ao seu parceiro e à sua família durante o 
trabalho de parto, no momento do nascimento e no pós-parto.
 Observar a parturiente.
 Monitorar o estado fetal e, posteriormente, o estado do 
recém-nascido.
 Avaliar os fatores de risco. 
 Detectar os problemas precocemente.
 Realizar intervenções se necessário, prestar os cuidados ao 
recém-nascido após o nascimento.
 Encaminhar a parturiente a um nível de assistência mais 
complexo, caso surjam fatores de risco ou complicações 
que justifiquem.
Direitos – Rede Cegonha
 Ampliação do acesso aos serviços de saúde, o acolhimento e 
a melhoria da qualidade do pré-natal.
 Transporte para o pré-natal e para o parto.
 Vinculação da gestante à unidade de referência para 
assistência ao parto.
 Realização de parto e nascimento seguros, por meio de boas 
práticas de atenção.
 Acompanhante no parto, de livre escolha da gestante.
 Atenção à saúde da criança de zero a 24 meses com qualidade 
e resolutividade.
 Acesso ao planejamento reprodutivo.
Princípios – Rede Cegonha
 Respeito, proteção e realização dos direitos humanos.
 Respeito à diversidade cultural, étnica e racial.
 Promoção da equidade.
 Enfoque de gênero.
 Garantia dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos de 
mulheres, homens, jovens e adolescentes.
 Participação e mobilização social.
 Compatibilização com as atividades das redes de atenção à 
saúde materna e infantil em desenvolvimento nos estados.
Interatividade
A Rede Cegonha foi instituída por meio da Portaria no 1.459, de 
24 de junho de 2011, no âmbito do Sistema Único de Saúde –
SUS, sendo correto afirmar que:
Interatividade
a) Consiste em uma rede de cuidados que visa a assegurar à 
mulher a atenção humanizada à gravidez. O parto, o 
puerpério e a criança não são de responsabilidades 
dessa rede.
b) Tem como princípios a universalidade, a integralidade e a 
participação social.
c) Organiza-se a partir de quatro componentes: I – pré-natal, II –
parto e nascimento, III – puerpério e atenção integral à saúde 
da criança e IV – sistema logístico: transporte sanitário e 
regulação.
d) Seu objetivo é reduzir a mortalidade materna com ênfase no 
componente biopsicossocial.
e) Deve ser implementada, rapidamente, em todo território 
nacional, considerando critérios epidemiológicos.
ATÉ A PRÓXIMA!

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