Buscar

TUTORIA Alojamento conjunto e alimentação do lactente

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Laís Flauzino | TUTORIA | 4°P MEDICINA 
Problema 3M3 – E Agora, Papai? 
Maria Fernanda, 20 anos, solteira, modelo, universitária, residente no Setor Universitário, Goianésia, cursando o 6º 
período de Direito, descobriu que estava grávida. No momento do parto disse que preferia ficar em um quarto separado 
do bebê, para que pudesse dormir bem. 
Maria Fernanda, muito vaidosa, na alta da maternidade, solicitou ao Pediatra uma receita de leite NAN para o bebê, 
pois não iria amamentar para os seios não caírem. Júlia, colega de turma de Maria FernanAloda, a orientou oferecer 
leite de vaca com água, pois o custo seria menor do que o NAN, e que o aleitamento materno não era tão importante 
como dizem as pessoas. A colega disse ainda que tem um sobrinho de 3 meses, muito saudável, o qual só toma leite 
de vaca, papinhas de frutas e verduras, sucos 2x ao dia, com crescimento e desenvolvimento normais, sendo o P = 
7.200g. 
Instrução: Compreender o alojamento conjunto, aleitamento materno e a alimentação na infância. 
 
Definição do problema: 
O desconhecimento da importância do aleitamento 
materno, alojamento conjunto e alimentação na 
primeira infância. 
 
Objetivos: 
O1. Conceituar e identificar as vantagens do 
alojamento conjunto. 
O2. Descrever as vantagens do aleitamento materno 
para a mãe e para o bebê e as situações em que há 
restrição a este. 
O3. Identificar os “dez passos para uma alimentação 
saudável” e citar os problemas nutricionais mais 
prevalentes na infância. 
 
O1. Conceituar e identif icar as vantagens do 
alojamento conjunto. 
o Idealmente, mãe e bebê devem permanecer 
juntos após o parto. 
o Sempre que as condições da mãe e do RN 
permitirem, o primeiro contato pele a pele deve 
ser feito imediatamente após o parto. 
o Na primeira hora após o parto, o estado de 
consciência da mãe e do bebê favorece a 
interação entre eles – deve-se evitar 
procedimentos desnecessários ou que possam 
ser realizados mais tarde. 
o A separação da mãe e do bebê e a sedação da 
mãe privam o binômio desse momento tão 
especial. 
o Após a finalização dos procedimentos de sala de 
parto, a mãe com o RN devem ir para um local 
dentro da maternidade que permita a eles ficarem 
juntos 24 horas por dia até a alta hospitalar. Para 
isso, foi implantado o sistema de alojamento 
conjunto nas maternidades. 
Critérios: APGAR > 6 no 5°minuto. Peso 1,8kg. 
 
Independente da via de parto – não dar alta antes de 
48h para preservar a saúde do bebê. 
 
Histór ia: 
Em 1977, o Ministério da Saúde passou a recomendar 
que os RNs saudáveis permanecessem com as suas 
mães, e, em 1983, o hoje extinto Inamps publicou 
portaria tornando o alojamento conjunto obrigatório 
em todos os hospitais públicos e conveniados. Essa 
portaria foi revisada e atualizada em 1993 e contém as 
normas básicas que norteiam o funcionamento dos 
alojamentos conjuntos do País. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente no Capítulo I, 
art 10°, inciso V, estabelece que: 
“Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção 
à saúde de gestantes, públicos e particulares, são 
obrigados a manter alojamento conjunto, 
possibilitando ao neonato a permanência junto à 
mãe”. 
Vantagens do alojamento conjunto: 
Desde a década de 1970, o alojamento conjunto tem 
sido valorizado e recomendado no mundo inteiro 
pelas inúmeras vantagens que oferece para a mãe, 
para a criança, para a família e para a própria 
instituição, entre as quais destacam-se: 
o Humanização do atendimento do binômio mãe-
filho e sua família. 
o Convivência contínua entre mãe e bebê, o que 
facilita o conhecimento mútuo e a satisfação 
imediata das necessidades físicas e emocionais 
do RN. Bebês em alojamento conjunto choram 
menos e dormem mais (permanecem no estado 
“sono quieto”) do que quando se encontram em 
berçários. 
o Maior envolvimento dos pais e/ou de outras 
significativas no futuro cuidado com a criança. 
o Promoção do estabelecimento precoce do 
vínculo afetivo entre a mãe e o seu filho. Há relatos 
de que o alojamento conjunto aumenta a ligação 
afetiva da mãe a sua criança e reduz os casos de 
abuso ou de negligência infantil e de abandono 
da criança. 
o Promoção do aleitamento materno. Vários 
estudos demonstram o efeito benéfico do 
alojamento conjunto na prática da amamentação: 
descida do leite mais rápida, melhor atitude em 
relação ao aleitamento materno e tempo mais 
prolongado de amamentação. 
o Oportunidade para as mães, em especial as 
primigestas, aprenderem noções básicas dos 
cuidados com os RNs. Isso aumenta sua 
autoconfiança. 
o Tranquilidade para as mães que ficam inseguras 
quanto ao atendimento prestado a seus filhos 
quando não estão perto deles. A ansiedade pode 
inibir a produção de ocitocina, importante para a 
liberação do leite materno e para a contração do 
útero, enquanto a presença da criança e seu 
 
2 Laís Flauzino | TUTORIA | 4°P MEDICINA 
choro costumam estimular o reflexo de ejeção do 
leite. 
o Troca de experiências com outras mães quando 
compartilham o mesmo quarto, em especial com 
mães mais experientes que também estão 
cuidando dos seus filhos. 
o Maior interação entre a mãe e sua família e os 
profissionais de saúde responsáveis pela atenção 
à criança. 
o Diminuição do risco de infecção hospitalar. Há 
vários relatos de redução das taxas de infecção 
neonatal após a implantação do alojamento 
conjunto em maternidades. 
 
O2. Descrever as vantagens do ale itamento 
materno para a mãe e para o bebê e as situações 
em que há restr ição a este . 
Evidências da superioridade da amamentação 
Os efeitos do AM sobre a saúde da criança e da 
mulher que amamenta, apresentados a seguir, 
comprovam a superioridade da amamentação sobre 
outras formas de alimentar a criança pequena: 
• redução da mortalidade infantil: estima-se que o 
AM pode reduzir em 13% a mortalidade em crianças 
menores de 5 anos por causas preveníveis. Nenhuma 
outra estratégia alcança o impacto da amamentação 
na redução das mortes de crianças dessa faixa etária.5 
A amamentação na primeira hora de vida tem sido 
associada à redução da mortalidade neonatal;6 
• redução da incidência e gravidade da diarreia: há 
fortes evidências epidemiológicas de que a 
amamentação confere proteção contra diarreia, 
sobretudo em crianças de baixo nível 
socioeconômico de países de baixa renda. 
É importante salientar que essa proteção diminui 
quando o AM deixa de ser exclusivo; 
• redução da morbidade por infecção respiratória: 
a proteção da amamentação contra infecções 
respiratórias e otite média foi demonstrada em vários 
estudos;8 
• redução de alergias: há evidências de que o risco 
de dermatite atópica em crianças com história familiar 
de atopia, nascidas a termo e amamentadas 
exclusivamente por pelo menos 3 meses, é menor 
quando comparadas com crianças amamentadas por 
menos tempo, assim como é menor a chance de 
desenvolver asma em crianças sem história familiar de 
asma, quando comparadas com crianças não 
amamentadas. A ex-posição a pequenas doses de 
leite de vaca nos primeiros dias de vida parece 
aumentar o risco de alergia ao leite de vaca.8 Por isso, 
é muito importante evitar o uso desnecessário de 
fórmulas infantis nas maternidades; 
• redução de doenças crônicas: há relatos bem 
consistentes da associação entre AM e menor chance 
de desenvolver obesidade e diabete tipo 2, pressões 
sistólica e diastólica mais baixas e níveis menores de 
colesterol total;10 
• melhor nutrição: por ser próprio da espécie, o leite 
materno contém todos os nutrientes essenciais para o 
crescimento e o desenvolvimento ótimos da criança 
pequena, além de ser mais bem digerido, quando 
comparado com leites de outras espécies. 
Atualmente, o crescimento da criança amamentada é 
a referência utilizada nas curvas de crescimento da 
OMS; 
• melhor desenvolvimento cognitivo e inteligência: a 
maioria dos estudos publicados sobre AM e 
desenvolvimento cognitivo conclui que as crianças 
amamentadas apresentam vantagem nesse aspecto, 
quando comparadas comas não amamentadas ou 
amamentadas por um período inferior.10 
Essa 
vantagem foi observada em diferentes faixas etárias, 
até mesmo em adultos;11 
• melhor desenvolvimento da cavidade bucal: a 
interrupção precoce do exercício que a criança faz 
para retirar o leite do seio da mãe pode determinar 
ruptura do desenvolvimento motor-oral harmônico, 
prejudicando o alinhamento adequado dos dentes e 
as funções de mastigação, deglutição, respiração e 
fala;12 
• proteção contra doenças na mulher que amamenta: 
há evidências de proteção do AM contra câncer de 
mama e de ovário, e o desenvolvimento de diabete 
tipo 2, além do efeito an-ticoncepcional;8 
• economia: não amamentar tem implicações 
financeiras, podendo onerar uma família de modo 
substancial. Ao gasto com leites industrializados, 
devem-se acrescentar custos com mamadeiras, bicos 
e gás de cozinha, além de eventuais gastos 
decorrentes de doenças, que são mais comuns em 
crianças não amamentadas. Onera também o sistema 
público de saúde e as empresas/serviços públicos e 
privados, pelas faltas ao trabalho de mães e pais por 
doença da criança; 
• promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho: 
apesar de difícil comprovação, é praticamente 
consenso que a amamentação traz benefícios 
psicológicos para a criança e para a mãe. É uma 
oportunidade ímpar de intimidade e afeto, gerando 
sentimentos de segurança e proteção na criança e de 
autoconfiança e realização como mãe na mulher. 
Pediatria, Sociedade Brasileira D. Tratado de 
Pediatria, Volume 1. Disponível em: Minha Biblioteca, 
(4th edição). Editora Manole, 2017. 
 
Benefícios para a mãe: 
o Menor sangramento pós-parto e menor 
incidência de anemias 
o Recuperação mais rápida do peso pré-
gestacional 
o Menor prevalência de câncer de ovário, 
endométrio e mama. 
o Melhor homeostase da glicose nas mães e 
proteção contra diabetes para elas e os bebês. 
o Menos fraturas ósseas por osteoporose. 
o Menor custo financeiro 
o Contraceptivo natural para as mães 
Benefícios para a criança: 
o Redução da mortalidade na infância 
o Proteção contra diarreia 
 
3 Laís Flauzino | TUTORIA | 4°P MEDICINA 
o Proteção contra infecções respiratórias 
o Proteção contra alergias 
o Proteção contra hipertensão, hipercolesterolemia 
e diabetes 
o Proteção contra obesidade 
o Promoção do crescimento 
o Promoção do desenvolvimento cognitivo 
o Promoção do desenvolvimento da cavidade bucal 
o Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho 
o Auxilia o desenvolvimento da cavidade bucal – 
não dar mamadeira e chupeta, mas a chupeta não 
é de todo maléfica, ela é um fator protetor contra 
a Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL). 
 
CONTRAINDICAÇÕES: 
Absolutas: 
• Infecção por HIV 1-1 
• Infecção por HTLV 1-2 
• Criança portadora de Galactosemia – não pode 
ingerir lactose. 
Relativas: 
• Varicela-zóster (início 5 dias antes a 2 dias após o 
parto) 
• Afasta enquanto lesão ativa 
• Hepatite B: vacina e imunoglobulina nas primeiras 
12 horas 
• CMV: não pode ser RN com menos de 30 sem ou 
menos de 1,5kg 
• Tuberculose: usar máscara. 
• Hanseníase 
Contraindicações – medicamentos: 
• Isótopos radioativos 
• Ác, retinóico (VO) 
• Sais de ouro 
• Antineoplásicos 
• Imunossupressores (ciclofosfamida, ciclosporina) 
• Amiodarona 
• Ergotamina 
• Misoprostol 
 
O3. Identif icar os “dez passos para uma 
al imentação saudável” e citar os problemas 
nutr ic ionais mais prevalentes na infância. 
Passo 1 
✓ Dar somente leite materno até os 6 meses, sem 
oferecer água, chás ou qualquer outro alimento. 
Para que isso ocorra, são necessárias ações das mães 
e orientações dos profissionais de saúde. 
o Algumas mães acham que seu leite é insuficiente 
ou para acalmar/diminuir cólicas, oferecem outros 
tipos de alimento. 
o O leite dos primeiros dias pós-parto é o colostro – 
ele vem em pequena quantidade, mas é o 
suficiente para nutrir o bebê. 
o O leite materno contém tudo que o bebê 
necessita até o 6° mês de vida (inclusive água). 
o A pega errada vai prejudicar o esvaziamento total 
da mama, impedindo que o bebê mame o leite 
posterior (leite ao final da mamada) que é rico em 
gordura – interferindo na saciedade e encurtando 
os intervalos entre as mamadas. 
o A hidratação da mãe é importante no período de 
lactação. 
Passo 2: 
o Ao completar 6 meses, introduzir de forma lenta e 
gradual outros alimentos, mantendo o leite 
materno até os 2 anos de idade. 
o Apesar do leite materno ser importante fonte de 
nutrientes, as necessidades nutricionais da 
criança já não são mais atendidas só com o leite 
materno. 
o A partir dessa idade (6 meses), a criança já 
apresenta maturidade fisiológica e 
neurológica para receber outros alimentos. 
o Até os 2 anos a criança deve mamar no peito – 
pois o leite materno continua alimentando e 
protegendo a criança. 
o Com a introdução de alimentos, a criança deve 
receber água nos intervalos (tratada, filtrada e 
fervida) 
o 6 meses: o bebê perde seu reflexo de protusão da 
língua + possui mais enzimas digestivas para o 
início da alimentação. 
Passo 3: 
Ao completar 6 meses, dar alimentos 
complementares (cereais, tubérculos, carnes, 
leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a 
criança estiver em aleitamento materno. 
o Complementa-se a oferta de leite materno com 
alimentos saudáveis que são mais comuns a 
região e ao hábito alimentar da família. 
o Ao completar 6 meses os alimentos 
complementares auxiliam no fornecimento de 
energia, proteína e micronutrientes, além de 
preparar a criança para a formação dos hábitos 
alimentares saudáveis. 
o A partir do momento que a criança começa a 
receber qualquer outro alimento – a sua absorção 
do ferro do leite materno reduz significativamente 
– a sua absorção do ferro do leite materno reduz 
significativamente. Dessa forma deve ser ofertado 
carnes, vísceras e miúdos (mesmo em pequena 
quantidade), no mínimo 1 vez por semana. 
o Para aumentar a absorção de ferro não heme, 
presente nos alimentos – ofertar alimentos de 
origem vegetal verde-escuro (fonte de vitamina 
C). 
 
4 Laís Flauzino | TUTORIA | 4°P MEDICINA 
 
 
 
Passo 4: 
✓ A alimentação complementar deve ser oferecida 
de acordo com os horários de refeição da família, 
em intervalos regulares e de forma a respeitar o 
apetite da criança. 
o Crianças amamentadas desenvolvem muito cedo 
a capacidade de autocontrole sobre a ingestão de 
alimentos, pelo aprendizado da saciedade e pela 
sensação fisiológica da fome durante o período 
de jejum. 
o A criança que inicia a alimentação complementar 
está aprendendo a testar novos sabores e texturas 
de alimentos e sua capacidade gástrica é 
pequena. 
o O tamanho da refeição está relacionado 
positivamente com os intervalos entre as 
refeições. Isto é, grandes refeições estão 
associadas a longos intervalos e vice-versa. 
o Obs: o bebê deve receber alimentos quando 
demonstrar fome – horários rígidos prejudicam a 
capacidade da criança de distinguir a sensação de 
fome e de estar satisfeito. 
Passo 5: 
✓ A alimentação complementar deve ser espessa 
desde o início e oferecida de colher; iniciar com a 
consistência pastosa (papas/purês) e, 
gradativamente, aumentar a consistência até 
chegar a alimentação familiar. 
o A introdução da alimentação complementar 
espessa vai estimular a criança nas funções de 
lateralização da língua, jogando os alimentos para 
os dentes trituradores e no reflexo de mastigação. 
o Com 8 meses, a criança que for estimulada a 
receber papas com consistência espessa, vai 
desenvolver melhor a musculatura facial e a 
capacidade de mastigação 
o As refeições, quanto mais espessas e 
consistentes, apresentam maior densidade 
energética (caloria/grama de alimento), 
comparada as dietas diluídas do tipo suco e sopas 
ralas. 
 
Evitar alimentos crus porque predispõem alergias. 
 
Passo 6: 
✓ Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. 
Uma alimentação variada é uma alimentação 
colorida.o Todos os dias devem ser oferecidos alimentos de 
todos os grupos e deve-se variar os alimentos 
dentro de cada grupo. 
o A oferta de diferentes alimentos, durante as 
refeições, como frutas e papas salgadas vai 
garantir o suprimento de todos os nutrientes 
necessários ao crescimento e desenvolvimento 
normais. 
Passo 7: 
✓ Estimular o consumo diário de frutas, verduras e 
legumes nas refeições. 
o Os alimentos do grupo dos vegetais podem ser, 
inicialmente, pouco aceitos pelas crianças 
pequenas. 
o Normalmente, elas aceitam melhor os alimentos 
com sabor doce. As frutas devem ser oferecidas in 
natura, amassadas, ao invés de sucos. 
o O consumo de suco natural deve ser limitado e, se 
for oferecido, em pequena quantidade, após as 
refeições principais para ajudar a absorver melhor 
o ferro inorgânico. Porém, os sucos não devem 
ser utilizados como uma refeição ou lanche, por 
conterem menor densidade energética que a 
fruta em pedaços. 
Passo 8: 
✓ Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, 
refrigerantes, balas, salgadinho e outras 
 
5 Laís Flauzino | TUTORIA | 4°P MEDICINA 
guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal 
com moderação. 
o Já foi comprovado que a criança nasce com 
preferência para o sabor doce, portanto a adição 
de açúcar é desnecessária e deve ser evitada nos 
dois primeiros anos de vida. 
o Essa atitude vai fazer com que a criança não se 
interesse pelos cerais, verduras e legumes, 
aprendendo a distinguir outros sabores. 
o Até 1 ano a criança possui mucosa gástrica 
sensível e, portanto, substâncias como: café, chás, 
mate, enlatados e refrigerantes podem irritá-lo. 
o O uso do sal deve ser moderado na preparação 
das papas salgadas. 
o A criança não deve comer alimentos 
industrializados, enlatados, embutidos e frituras 
(alimentos que contêm um excesso de sódio). 
o O mel é totalmente contraindicado no primeiro 
ano de vida pelo risco de contaminação com o 
Clostridium botulinum, que causa botulismo. 
Passo 9: 
✓ Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos 
alimentos; garantir o seu armazenamento e 
conservação adequados. 
o Quando a criança passa a receber a alimentação 
complementar aumenta a possibilidade de 
doenças diarreicas. 
o Os alimentos consumidos pela criança ou 
utilizados para preparar as suas refeições devem 
ser guardados em recipientes limpos e secos, em 
local fresco, tampados e longe do contato de 
moscas ou outros insetos, animais e poeira. 
o O uso de mamadeira é um risco de contaminação 
do alimento pela dificuldade para limpeza e 
adequada higienização. O ideal é utilizar copos 
ou xícaras. 
o Nos alimentos preparados, a proliferação de 
microrganismos pode ocorrer se os mesmos 
permanecerem à temperatura ambiente ou se o 
refrigerador não for mantido em temperatura 
adequada (abaixo de 5°C). Orienta-se que os 
alimentos sejam preparados em quantidade 
suficiente para o momento do consumo. 
Passo 10: 
✓ Estimular a criança doente e convalescente a se 
alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e 
seus alimentos preferidos, respeitando a sua 
aceitação. 
o O aleitamento materno é a melhor e mais eficiente 
recomendação dietética para a saúde da criança 
pequena. O leite materno protege contra as 
infecções e contribui para que elas sejam menos 
graves, fornecendo agentes imunológicos 
eficazes e micronutrientes que são melhor 
absorvidos e aproveitados. 
o A prioridade dietética para a criança doente é a 
manutenção da ingestão adequada de calorias, 
utilizando alimentos complementares pastosos ou 
em forma de papas com alta densidade 
energética 
o Uma boa prática para aumentar o teor energético 
diário da alimentação de crianças que 
apresentarem baixo peso para a estatura é 
acrescentar, às refeições salgadas, uma colher de 
sobremesa de óleo para crianças menores de 
uma no e uma colher de sopa para maiores de um 
ano. 
o Logo que a criança recupere o apetite pode-se 
orientar à mãe oferecer mais uma refeição extra 
ao dia, pois no período de convalescença o 
apetite da criança aumenta para compensar a 
inapetência da fase aguda da doença. 
 
É indissociável uma boa alimentação com o 
desenvolvimento neurológico. 
 
Problemas nutr ic ionais mais prevalentes na 
infância. 
• Raquitismo 
• Obesidade 
• Anemia 
• Hipovitaminose A

Continue navegando