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AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO

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Otorrinolaringologia 
 
 Audição e Equilíbrio 
Revisando a Anatomia da orelha... 
 
 Orelha externa 
(1) Pavilhão auricular; 
(2) Conduto auditivo externo; 
(3) Membrana timpânica. 
 Orelha média 
(3) Membrana timpânica; 
(4) Martelo, bigorna e estribo. 
Existem dois músculos estriados 
dentro da orelha média, o músculo 
tensor do tímpano e o estapédio. 
O tensor do tímpano está ligado ao 
martelo, é inervado pelo nervo 
trigêmeo e o estapédio conecta-se 
com o estribo e é inervado por um 
ramo do nervo facial, o nervo 
estapediano. 
Certamente uma das funções dos 
músculos da orelha média é 
proteger a cóclea de sons muito 
intensos. Quando sons a partir de 
80 dB NPS são apresentados, 
ocorre o reflexo de contração do 
músculo estapédio em ambas as 
orelhas (bilateral). O músculo puxa 
o estribo perpendicularmente ao 
eixo do movimento de pistão que o 
estribo faz com o estimulo do som, 
causando um movimento de 
deslizamento da articulação 
incudoestapediana. 
Aparentemente o músculo tensor do 
tímpano não responde ao estímulo 
com sons intensos. Sua contração 
puxa o manúbrio do martelo, 
causando um movimento da 
membrana timpânica para dentro. 
Ele contrai durante a deglutição, 
quando a tuba auditiva é aberta, 
auxiliando a troca de ar na cavidade 
timpânica. 
 Orelha interna 
(5) Labirinto 
• Anterior = cóclea (função: 
audição); 
 Cóclea 
Canal espiralado com voltas; 
Início: janela vestibular da cóclea 
(ou janela oval). 
Tem base e ápice (cúpula). 
A cóclea é uma estrutura 
espiralada, composta por 3 
compartimentos separados por 
membranas: a rampa timpânica, a 
rampa vestibular e a rampa média. 
Divisão: rampas 
Otorrinolaringologia 
 
 
- rampa vestibular: comunica c/ 
janela coclear. 
- rampa média: contem órgão de 
Corti. 
Localização: acima da membrana 
basilar 
Composição: 
- Células Ciliadas (Externas e 
Internas): são os receptores 
auditivos; 
- Células de sustentação; 
- Membrana tectórica: permite a 
deflexão dos estereocílios quando a 
membrana basilar vibra. 
- rampa timpânica: comunica c/ 
janela redonda. 
• Posterior = vestíbulo + canais 
semicirculares. 
Camadas: óssea e membranosa 
• Entre elas: perilinfa (rica em Na+); 
• No labirinto membranáceo: 
Endolinfa (rica em K+). 
 
 Fisiologia da Audição 
O papel do aparelho auditivo é 
transformar estímulos sonoros 
mecânicos em sensação auditiva no 
córtex cerebral. Para exercer tal 
tarefa é composto por uma unidade 
que recebe o som, a orelha externa; 
um sistema de condução da energia 
mecânica, a orelha média; e um 
sistema ultraespecializado de 
amplificação e codificação dessa 
energia, a cóclea. 
 
 
Como a audição acontece? 
(1) Chegada do som à membrana 
timpânica, a qual vibra  isso é 
considerando-se o componente 
aéreo, mas não se esquecer do 
componente ósseo! 
[Por isso o paciente com perfuração 
da membrana ouve menos]. 
(2) Vibração da cadeia ossicular. 
Otorrinolaringologia 
 
[Por isso o paciente que sofreu 
traumatismo e desarticulou a cadeia 
ossicular ouve menos]. 
(3) Propagação da onda sonora 
pela orelha interna perilinfa e 
endolinfa vibram Vibração da 
membrana Tectórica. 
(4) Vibração da membrana 
Tectórica. 
(5) Movimentação dos estereocílios. 
(6) Entrada de Potássio 
(7) Ativação neuronal 
(8) Impulso elétrico 
O pavilhão tem a função de 
aumentar a captação de som. 
O meato acústico externo é 
simplesmente um tubo aberto de um 
lado e fechado do outro, 
funcionando como uma cavidade de 
ressonância. 
A capacidade de identificar a origem 
do som, chamada audição 
direcional, no plano horizontal é 
explicada pelas diferenças do tempo 
de chegada e da intensidade do 
som na entrada do meato acústico 
externo. 
Como as orelhas estão localizadas 
nos lados opostos da cabeça, o 
tempo de chegada do estímulo 
sonoro é diferente para cada orelha, 
dependendo da distância de cada 
uma delas em relação à fonte 
sonora. Quanto mais longe da fonte, 
maior o tempo para a chegada do 
estímulo. 
Com relação à intensidade, a 
cabeça age como um obstáculo 
para o som que chega à orelha 
oposta, diminuindo a intensidade do 
som que chega nesta orelha (efeito 
sombra) e aumentando a 
intensidade do som que chega à 
orelha próxima à fonte sonora 
(efeito concha). No sistema nervoso 
central essas diferenças são 
processadas e o cérebro determina 
a exata localização do estímulo 
sonoro. 
O tempo de chegada do som é 
independente da frequência. Já a 
intensidade do som que chega às 
orelhas depende tanto da posição 
da fonte sonora em relação ao 
plano horizontal como também da 
frequência do som. 
No plano vertical, o mecanismo de 
localização da fonte sonora não é 
bem compreendido, mas 
provavelmente também está 
relacionado às propriedades 
acústicas do pavilhão e do meato 
acústico externo. 
Quando o estímulo acústico alcança 
a membrana timpânica pode chegar 
à orelha interna através de três 
formas: por condução óssea, 
alcançando diretamente a cóclea 
sem passar pelos ossículos; por 
difusão pelo ar da cavidade 
timpânica; e através da cadeia 
ossicular, que é o meio mais efetivo. 
A onda sonora conduzida pela 
orelha externa atravessa a orelha 
média levando à vibração do 
estribo. A compressão da janela 
oval cria uma onda hidromecânica 
Otorrinolaringologia 
 
no interior da cóclea que viaja 
através da escala vestibular, 
atravessa o helicotrema e atinge a 
escala timpânica em direção à 
janela redonda. O gradiente de 
pressão criado por esta onda gera 
vibração da membrana basilar e do 
órgão de Corti e a deflexão dos 
estereocílios das células ciliadas. 
A deflexão do feixe de estereocílios, 
desencadeada pelo movimento da 
endolinfa, leva à abertura de canais 
iônicos de transdução. 
Como as células ciliadas têm um 
potencial de repouso em média de 
-60 mV, a abertura do canal produz 
um influxo maciço de cargas 
positivas, principalmente de 
potássio que está presente de forma 
abundante na endolinfa, levando à 
despolarização celular. É nesse 
momento que ocorre a conversão 
da energia mecânica do som em 
energia elétrica, ou seja, a 
transdução mecanoelétrica. 
 
 Fisiologia do equilíbrio 
Sistema vestibular 
periférico 
Sistema vestibular 
central 
- Labirinto -Nervo Vestibular 
-Núcleos 
Vestibulares 
-Vias Vestibulares 
Centrais 
-Cerebelo 
-Formação Reticular 
 
Bom lembrar! 
Sistemas envolvidos no equilíbrio: 
1) Aferência sensorial 
Inclui: visão, propriocepção e 
sistema vestibular. 
2) Processamento central 
Ocorre no SNC em uma área 
cortical específica (núcleos 
vestibulares 1º processador) e no 
cerebelo (processador adaptativo). 
3) Resposta motora 
Se dá pelos neurônios motores, 
responsáveis pelos movimentos 
oculares e pelos movimentos 
posturais. 
 
 LABIRINTO 
Labirinto é a nossa orelha 
interna, assim chamada pelos 
primeiros anatomistas a estudá-la 
por ser um órgão com muitos canais 
interligados entre si. 
Esse órgão é constituído por 
uma porção óssea e uma porção 
membranácea. O labirinto ósseo, 
como o próprio nome já explica, 
encontra-se externamente, como 
uma cápsula óssea, com a função 
de proteger o labirinto 
membranáceo. Entre as duas 
estruturas encontra-se um líquido, a 
perilinfa, que é semelhante ao 
liquor. Dentro do labirinto 
membranáceo existe a endolinfa, 
líquido rico em potássio, semelhante 
ao líquido intracelular. 
O labirinto é dividido em uma 
porção anterior (cóclea) e outra 
posterior (canais semicirculares e 
Otorrinolaringologia 
 
vestíbulo). A esses segmentos 
correspondem as estruturas do 
labirinto membranáceo: ducto 
coclear (no interior da cóclea), 
ductos semicirculares (contidos nos 
canais semicirculares) e sáculo e 
utrículo (ambos dentro do 
vestíbulo). O labirinto posterior está 
relacionado ao equilíbrio corporal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Canais semicirculares 
Existem três canais semicirculares 
em cada labirinto, sendo dois 
verticais – o canal anterior (ou 
superior) e o canal posterior – e um 
canal horizontal(também chamado 
de lateral). 
Os canais laterais são sensíveis à 
movimentação cefálica em rotação 
horizontal; os canais anteriores e 
posteriores, à movimentação em 
rotação para cima e para baixo. 
 
Cada canal semicircular possui, em 
uma de suas extremidades, uma 
dilatação chamada ampola. Dentro 
da ampola existe a chamada crista 
ampular, onde se encontram 
células ciliadas com função 
sensitiva. Cada célula apresenta 
vários estereocílios e um cinocílio, 
que estão envoltos por uma massa 
gelatinosa chamada cúpula. 
 
A deflexão dos cílios transforma 
estímulos mecânicos em sinais 
elétricos. 
 
 Sáculo e Utrículo 
Essas estruturas, assim como os 
canais semicirculares, também 
apresentam células ciliadas 
sensitivas. Essas células 
encontram-se agrupadas nas 
chamadas máculas utriculares e 
saculares. 
Envolvendo as células ciliadas 
existe uma substância gelatinosa, 
a membrana otolítica, sobre a qual 
estão os otólitos, ou otocônias, ou 
estatocônias. 
Nota: Para simplificar o texto, já 
que cada um dos canais 
semicirculares tem seu próprio 
elemento membranáceo (ducto 
semicircular), sempre que nos 
referirmos aos canais estaremos 
considerando canal e ducto 
juntos, como uma unidade 
funcional. No caso do vestíbulo, 
que possui duas estruturas 
membranáceas distintas, vamos 
nos referir, para a abordagem da 
sua fisiologia, a sáculo e utrículo 
separadamente. 
Otorrinolaringologia 
 
 
Os otólitos são cristais de 
carbonato de cálcio que, diante de 
movimentação linear ou mudança 
de orientação com relação à 
gravidade, promovem o 
deslocamento dos cílios das 
células sensitivas. Assim como 
ocorre nos canais semicirculares, os 
estereocílios movem-se em relação 
ao cinocílio das células ciliadas da 
mácula e, dessa forma, as 
despolarizam. 
Cada célula ciliada é inervada por 
uma ou mais fibras nervosas 
aferentes. Essas fibras recebem 
estímulos constantes que permitem 
que o sistema nervoso central 
reconheça a posição da cabeça em 
relação ao espaço, mesmo quando 
o indivíduo está imóvel. 
Essa combinação de estímulos 
aferentes informa ao sistema 
nervoso central o tipo de 
movimento que está ocorrendo, 
permitindo que estímulos eferentes 
alterem a postura do indivíduo de 
forma a se adequar à nova posição. 
 
 
 
Canais semicirculares: Rotação. 
Vestíbulo: Aceleração. 
 
 SISTEMA VESTIBULAR 
CENTRAL 
 
1. Nervo vestibular 
O impulso nervoso gerado nas 
células pilosas – das cristas 
ampulares e/ou das máculas – é 
transmitido ao primeiro neurônio da 
via vestibular, situado no gânglio 
vestibular (de Scarpa). 
Esses neurônios captam estímulos 
elétricos produzidos a partir da 
excitação ou inibição das células 
sensitivas que se encontram nas 
cristas e nas máculas. Esses 
estímulos são conduzidos por fibras 
nervosas que dão origem aos 
nervos vestibulares. 
Os nervos vestibulares atravessam 
o meato acústico interno – 
ocupando a porção posterior do 
meato – levando a informação ao 
Nota: Na VPPB os cristais de um lado saem do 
lugar e, dessa forma, o SNC recebe informações 
discordantes dos dois lados. 
Otorrinolaringologia 
 
sistema nervoso central, onde é 
processada, podendo induzir a uma 
resposta eferente de movimentação 
ocular, de tronco ou membros. 
2. Núcleos Vestibulares 
Estão localizados no assoalho do 
quarto ventrículo, entre a ponte e o 
bulbo, em sua porção superior. 
Os núcleos vestibulares recebem 
não só informações vestibulares, 
mas também de outros órgãos 
relacionadas à orientação espacial. 
Exemplos seriam sinais 
optocinéticos do sistema óptico ou 
informações proprioceptivas do 
pescoço. A partir dos núcleos 
vestibulares, estímulos são 
transmitidos para todo o sistema 
nervoso central, como para os 
núcleos oculomotores, a medula 
espinhal, os núcleos vestibulares 
contralaterais e o cerebelo. Há 
conexões também com o tálamo e o 
sistema nervoso autônomo, 
responsáveis por alterações na 
pressão arterial e pela sensação de 
enjoo. 
Todas essas informações são 
transmitidas por vias específicas, 
chamadas de vias vestibulares 
centrais. 
3. Vias Vestibulares Centrais 
São tratos e fascículos, 
responsáveis pela integração das 
diversas estruturas relacionadas ao 
equilíbrio, à manutenção da postura 
e à estabilização visual. 
4. Cerebelo 
Cerebelo 
Localiza-se na fossa craniana 
posterior e tem como principais 
funções o controle do equilíbrio, do 
tônus postural e do movimento. 
Participa do controle de fixação 
ocular e modula os reflexos 
vestíbulo-oculares, assim como os 
reflexos vestibuloespinhais. Para 
tanto, recebe impulsos originados 
em receptores das articulações, 
tendões, músculos, pele e também 
dos sistemas visual e vestibular. 
Os estímulos vestibulares chegam 
ao cerebelo diretamente do labirinto, 
ou através dos núcleos vestibulares. 
A principal região cerebelar 
relacionada ao equilíbrio é o lobo 
flóculo-nodular e porções do vérmis, 
área filogeneticamente conhecida 
como vestibulocerebelo ou 
arquicerebelo. 
O cerebelo influencia o efeito 
inibidor da fixação ocular sobre o 
Otorrinolaringologia 
 
nistagmo oriundo de síndromes 
vestibulares periféricas. Dessa 
forma, a ausência desse efeito é 
indicativa de acometimento central. 
5. Formação Reticular 
É uma estrutura filogeneticamente 
primitiva, composta de células e 
fibras nervosas difusas, localizada 
no centro do tronco encefálico e que 
se estende da porção superior da 
medula espinhal até o diencéfalo 
(tálamo e hipotálamo). Apresenta 
conexões com córtex cerebral, 
cerebelo, medula espinhal e 
diversos núcleos de nervos 
cranianos, dentre eles os núcleos 
vestibulares. Dessa forma, 
influencia diversas ações do 
sistema nervoso central, entre elas 
o ciclo sono-vigília, o sistema 
nervoso autônomo, a atenção 
seletiva e reflexos importantes, 
como o respiratório e vasomotores. 
Sua região mais intimamente ligada 
com o sistema vestibular é a porção 
pontina paramediana, que 
apresenta papel importante na 
gênese do nistagmo vestibular. 
Assim como o cerebelo, a formação 
reticular participa da integração de 
diversas informações vestibulares, 
visuais e somatossensoriais, 
coordenando reflexos vestíbulo-
oculares e vestibuloespinhais para 
manutenção do equilíbrio corporal. 
 
 
 
 
 Respostas Vestibulares 
 
 Reflexo Vestíbulo-ocular 
Os reflexos vestíbulo-oculares 
(RVO) possibilitam a estabilização 
do campo visual durante a 
movimentação da cabeça. Para 
tanto, levam a uma movimentação 
ocular sincrônica, porém em sentido 
oposto ao deslocamento cefálico. 
Para se verificar o 
funcionamento desses reflexos, 
basta fixar o olhar na palma da mão 
estendida alguns centímetros à 
frente do rosto. Com a mão parada 
consegue-se manter a visão nítida, 
mesmo com a movimentação da 
cabeça para os lados. Isso ocorre 
pelo deslocamento reflexo dos olhos 
em sentido oposto. 
 Seguimento Lento ou 
Perseguição 
Os movimentos de seguimento 
lento são movimentos visualmente 
guiados em que o olho segue um 
objeto que se desloca contra um 
cenário estacionário, com o 
propósito de estabilizar sua imagem 
na retina. São movimentos 
voluntários apenas no que tange à 
decisão de seguir o objeto ou 
ignorá-lo. 
 Reflexo Optocinético 
Ao contrário do reflexo de 
perseguição, o reflexo optocinético 
se dá quando toda a imagem 
retiniana se movimenta, ou grande 
parte dela. Não há controle 
voluntário sobre esse reflexo. 
Quando todo o campo visual se 
Otorrinolaringologia 
 
desloca, o olho segue esse 
deslocamento com a mesma 
velocidade. 
O controle neural desse reflexo é 
similar ao do reflexo de 
perseguição. Uma diferença 
importante é que estímulos 
optocinéticos prolongados, como, 
por exemplo, a passagem de 
vagões de um trem, resultam em 
movimentos oculares cíclicos, 
levando ao nistagmo optocinético. 
 Reflexos Vestibuloespinhal e 
Vestibulocervical 
Esses reflexos têm como objetivo a 
estabilização do corpo e da cabeça 
mediante a contração de 
determinados grupos musculares 
em respostaa informações 
sensoriais provenientes dos canais 
semicirculares e dos órgãos 
maculares. Podem ser estáticos, 
orientados pela relação entre a 
posição da cabeça e a força da 
gravidade, e dinâmicos, deflagrados 
pelo deslocamento da cabeça em 
qualquer sentido ou eixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência Bibliográfica: 
CAMPOS, C. A. H.; SANTOS, M. A. 
O. Fisiologia do Equilíbrio. In: 
PIGNATARI, S. S. N.; ANSELMO-
LIMA, W. T. Tratado de 
otorrinolaringologia. 3. ed. Rio de 
Janeiro: Grupo Editorial Nacional, 
2020.

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