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Direito do Consumidor

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Direito do Consumidor
1. Estado, Direito e democracia
2. Igualdade e liberdade
a. O CDC não está exatamente no CC, porque o CC trata todos igualmente, sem
exceção
b. Já o CDC, existe a desigualdade
3. Aspectos históricos (sociais/econômicos)
a. Revolução Industrial (mudança de paradigmas)
b. Estado Liberal X Estado Social
c. EUA - 1960 → estudo de direitos do consumidor
4. Finalidade → vulnerabilidade
5. Brasil
a. Proteção Constitucional
i. Art. 5, XXXII, CF
ii. Art. 170, V, CF
iii. Art. 48, ADCT
6. CDC - Art. 1 (norma de ordem pública/interesse social)
a. Conceito: ramo do direito que busca tutelar o consumidor, tido como vulnerável,
em uma relação jurídica de consumo, e ao mesmo tempo compatibiliza com a
liberdade de iniciativa do fornecedor
Relação Jurídica de Consumo
1. Elementos
a. Sujeitos
i. Consumidor
ii. Fornecedor
b. Objetos
i. Serviço
ii. Produto
c. Vínculo jurídico
2. Conceitos de consumidor
Existem 4 conceitos: Arts. 2 (caput e parágrafo único), 17, 29 CDC
a. Consumidor padrão/standard (art. 2, caput)
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final.
i. Destinatário Final
● Maximalista (era adotada no início da vigência do CDC, mas
protegia demais, até quem não precisava) → consumidor é o
destinatário fático, aquele que retira mercado de consumo, para uso
profissional ou não
● Finalista (mais adotada) → tem que ser aquele que retira do
mercado e não pode utilizar para fins profissionais, ou seja,
consumidor é o destinatário fático e econômico
● Finalista mitigada - REsp 476.428/SC STJ → posso aplicar
quando, ainda que o destinatário seja ele econômico, ou seja, com
fins profissionais, se ficar demonstrado sua vulnerabilidade no
caso concreto posso aplicar o CDC (por exemplo um pequeno
produtor) (vulnerabilidade está conectado não apenas com
econômico, mas também conhecimento técnico, jurídica ou
informacional)
3. Conceito de fornecedor
Art. 3, CDC
a. Habitualidade
b. Natureza econômica
c. Fornecedor equiparado - Estatuto do torcedor (Lei 10.671/03 Art. 3)
4. Produto e serviço
a. Art. 3, s1
b. Art. 3, s2
i. Remuneração
● Direita
● Indiretas
Serviço público
● Interrupção do serviço público
● Continuidade
Direitos básicos do consumidor
1. Informação
Conteúdo
Utilização
Preço
Advertência
2. Modificação de cláusulas contratuais
Art. 6, V, CDC
3. Reparação integral dos danos
STF - RE 363 331
2 Bimestre
Vício do Produto e do Serviço (art. 18 e 20 CDC)
Princípio da vinculação da oferta ou publicidade (art. 30)
Jurisprudência: princípio da boa fé em erro grosseiro
(por exemplo um ventilador que fala que custa 12 reais, mas na hora de passar o sistema
diz 1200 reais, nesse caso pela lei fria o fornecedor teria que fornecer por 12 reais apenas,
contudo a jurisprudência acredita na boa fé e no acontecimento de erro grosseiro, logo o
fornecedor não precisa)
Prazo conferido ao fornecedor:
● Vício de qualidade → 30 dias para sanar
Exceção: (exigir de imediato quando…)
1. Produtos essenciais (art. 18, § 3) (celular)
2. Produtos vencidos
3. Produtos com divergência na embalagem, rotulagem ou mensagem
publicitária
4. Produtos “in natura” (naturais, hortifruti)
● Vício de quantidade (art. 19)
Não se aplica o prazo do art. 18
● Vício de serviço (art. 20)
Não se estabelece prazo
Exemplo: Está previsto que embarcarei às 8h eu embarquei às 18h, ou pior, é
cancelado ou pedi para pintar minha casa de azul e o pintor pintou de verde →
houve vício do serviço
Nesse caso, o consumidor pode:
1. Reexecução do serviço sem ser cobrado por isso;
2. Restituição da quantia paga;
3. O abatimento proporcional do preço.
Atenção: art. 21, utilização de produtos não originais, responsabilização solidária
Exemplo: você foi trocar uma tela do seu celular na loja A, autorizada pela Apple de
acordo com a pesquisa feita no google. Não ficou bom, tentei de novo em outra loja, na
loja B falaram que a tela não era original, assim não poderiam arrumar. Ele entrou com
uma ação a loja A restituir o valor que ele pagou pelo serviço, e uma ação dizendo a
responsabilidade solidária com a Apple, que teria que dar a ele um novo produto
(utilizando a teoria da aparência). Ele pode cobrar a loja A, mas não pode com a Apple
pois não foi serviço dela, nem objeto dela, e ela oficialmente não deu informação sobre
essa loja ser uma técnica oficial.
Prescrição
● Fato do Produto e Serviço
○ Prazo prescricional de 5 anos para propor a ação contra o fornecedor
○ Art. 27
Decadência
● Vício de Produto e Serviço - art. 26
a. Vício aparente prazo prescricional de
■ 30 dias tratando-se de produto ou serviço não durável (exemplo:
perecíveis, sabonete - aqueles cujo o consumo é imediato ou consumidos
logo após a compra)
■ 90 dias tratando-se de produto ou serviço durável
→ Durabilidade diz o quanto aquele produto vai durar. Corte de cabelo não é
durável, uma dedetização que demorou 3 minutos para ser feita é durável se ele
diz que o produto vai durar 1 ano nos lugares que ele passou
→ Inicia-se a contagem do prazo prescricional começa com a entrega efetiva do
produto ou a finalização do serviço
→ A jurisprudência diz que compras que envolvem técnicos para montar o prazo
para prescrever só começa com o fim do serviço. Exemplo: um homem compra
um móvel, e recebeu, 4 meses depois o técnico chega e está faltando uma peça,
nesse caso o prazo começa quando o técnico averiguou isso.
b. Vício oculto
■ No caso desse vício começa no momento em que ficar evidenciado o
defeito, assim
● 30 dias tratando-se de produto ou serviço não durável
● 90 dias tratando-se de produto ou serviço durável
Prescrição e Decadência no CDC
1. Prescrição
Fato → 5 dias (art. 27)
2. Decadência
Vício
● 30 dias bens não duráveis (consumíveis)
● 90 dias bens duráveis (uso constante)
2.1. Contagem de prazo
○ Vício aparente
○ Vício oculto
■ Um vício preexistente
■ Art. 26, ss 3, CDC
■ Você tem o tempo da vida útil para achar o vício oculto e tem 90 dias para
reclamar
■ Evidenciado o vício começa os 90 dias
2.2. Causas que obstam o prazo decadencial (art. 26, ss2, I e II)
1. Reclamação
2. Instauração de inquérito civil, até seu encerramento
a. Termo de ajustamento de conduta é um acordo entre o MP e a
empresa
2.3. Natureza do prazo decadencial: interruptivo (começa a contar de novo), essa é a
visão majoritária da doutrina, mas não unânime, assim como a questão do vício oculto e
vida útil
2.4. Garantia estendida
● Garantia Legal: a contagem de 90 dias de prazo decadencial
● Garantia Contratual: qualquer tipo, uma liberalidade do fornecedor, podendo o
fornecedor colocar limitações e condições (só pode ser manuseado o celular por
uma autorizada, só pode fazer revisão em tal concessionária)
● Garantia estendida: não vale a pena se visualizarmos a existência da garantia
gerada por vício oculto calculada com a vida útil do produto
Exercício:
● No caso de cobrança indevida o prazo prescricional é de 10 anos. Pois repetição de
indébito não é fato nem vício, então vai para o CC.
Desconsideração da Personalidade Jurídica no CDC
Desconsideração: é uma exceção, pois por regra há uma autonomia patrimonial
Lei da liberdade econômica: alterou art. 50 do CC, a lei especificou colocando parágrafos no art.
50 e prevê a desconsideração inversa
Característica para desconsideração: 1. Confusão Patrimonial e 2. Desvio de finalidade
No CDC:
Teoria Maior: é prevista no CC, no art. 50, que tem como requisitos, que são a confusão
patrimonial e o desvio de finalidade
Teoria Menor: é prevista no CDC, no art. 28, ss 5. Ela impõe requisitos menos restritivos do que
a teoria maior;
Art. 28.
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua
personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados
aos consumidores.
Exemplo:
Uma mulher comprou uma cadeira de 28 mil no shopping, não foi entregue
o produto, e a loja foi fechada no shopping. A loja contudo continuava ativa na junta
comercial, assim a mulher conseguiu o endereço deuma das sócias citando-a para que
pudesse receber seu recebimento de crédito.
Para conseguir o dinheiro de volta ela apenas precisou demonstrar que o fechamento
físico da loja era um obstáculo para conseguir ser ressarcida, demonstrado há a
desconsideração da personalidade jurídica, alcançando os bens das sócias.
Práticas Comerciais
1. Oferta e Publicidade
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por
qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou
apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o
contrato que vier a ser celebrado.
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar
informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas
características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e
origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e
segurança dos consumidores.
Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados
oferecidos ao consumidor, serão gravadas de forma indelével. (Incluído pela Lei nº
11.989, de 2009)
Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e
peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto.
Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida
por período razoável de tempo, na forma da lei.
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, deve constar
o nome do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos
utilizados na transação comercial.
Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e serviços por telefone, quando a
chamada for onerosa ao consumidor que a origina. (Incluído pela Lei nº 11.800, de 2008).
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos
de seus prepostos ou representantes autônomos.
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta,
apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação
ou publicidade;
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada,
monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
2. Fase Pré-contratual
3. Oferta - vinculação da oferta (art. 30, CDC)
a. “Puffing”
b. Erro grosseiro
4. Publicidade (+ propaganda)
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e
imediatamente, a identifique como tal.
Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços,
manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos,
técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.
CDC - Publicidade
a. Enganosa
● Qualquer informação total/parcial falsa ou induz o consumidor em
erro
b. Abusiva
● Publicidade com caráter discriminatório
● Discriminatória de qualquer jeito, desrespeite, que seja capaz a
induzir o consumidor a agir de jeito
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter
publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por
omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características,
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre
produtos e serviços.
§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a
que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de
julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de
induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou
segurança.
§ 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando
deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.
5. Técnicas de publicidade
a. Comparativa
No CBAP (código brasileiro de autorregulamentação publicitária) aceita a
publicidade comparativa, só que tem muitos requisitos.
b. Teaser
● Já o TEASER nada mais é do que um aperitivo da publicidade principal. É
a publicidade que introduz apenas parte daquilo que o consumidor terá à
disposição em momento próximo, muitas vezes sem sequer ter noção
acerca do produto que o teaser envolve – o que provoca ainda mais o
imaginário das pessoas e, por consequência, quando de fato o produto é
anunciado, surge a instigação para adquiri-lo –.
O termo vem do verbo em inglês to tease, que significa provocar, incitar.
Cria uma expectativa, uma curiosidade acerca de eventual produto que
ainda será lançado. Para Herman Benjamin, a função do teaser é “preparar
o mercado para a verdadeira campanha publicitária. É um anúncio do
anúncio²”.
● É um anúncio do anúncio
● “Vem aí o carro do ano”, mas não aparece o carro
c. Merchandising
● O MERCHANDISING, segundo Herman Benjamin, é caracterizado pela
“aparição de produtos no vídeo, no áudio ou nos outros artigos impressos,
em sua situação normal de consumo, sem declaração ostensiva da marca¹”.
Ou seja, quando alguém utiliza esta técnica, a publicidade que
normalmente é transmitida nos intervalos comerciais de uma novela acaba
sendo inserida no próprio programa televisivo. Por exemplo: enquanto os
atores são filmados almoçando, a câmera desvia e foca a marca do
refrigerante que estão bebendo; ou, quando estão dirigindo, a imagem
volta-se para a traseira do carro, local em que comumente está a marca do
veículo.
● Admitido pelo código
d. Subliminal
● O PUFFING é a publicidade exagerada. Pode ser utilizado como técnica
publicitária quando for perfeitamente possível que o consumidor entenda o
caráter exagerado e suntuoso da publicidade, quando se tratar, por
exemplo, de exagero que tenha por objeto um aspecto subjetivo (melhor
lugar do mundo)6. É o caso do restaurante Madero, ao afirmar que o
produto anunciado trata-se do “melhor do mundo”:
● Vedada
Ônus da prova
Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária
cabe a quem as patrocina.
● Quem tem que provar é o fornecedor
Práticas Abusivas
Aspectos iniciais
● Rol exemplificativo
● Trata-se de um abuso de direito (liberdade de iniciativa) do fornecedor
Ps: nenhum lugar pode negar pagamento em dinheiro
Hipóteses
1. Venda casada
a. Art. 39,I
b. Quando você condiciona a aquisição de um produto ou serviço a outro, que fere a
liberdade de escolha do consumidor (mitigada ou anulada)
c. Por exemplo: se você quer comprar esse carro, o seguro do carro deve ser feito em
tal lugar
d. STJ - REsp. 1331948 (pipoca do cinemark)
e. “No show” - caso de companhia aérea, quando você compra uma promoção de ida
e volta e se você não usar o de ida o de volta é cancelado, isso é venda casada
2. Entrega de produto/serviço não solicitado
a. Súmula 532, STF
3. Prevalecer da fraqueza/ignorância do consumidor
a. Art. 39, IV, CDC
b. STJ - Plano de Saúde
i. O reajuste não tem problema desde que dentro das leis
4. Exibir vantagem manifestamente excessiva
a. Exemplo: cheque caução, por exemplo, quando você sofre um acidente e vai pro
hospital e plano de saúde não aceita a cirurgia e o hospital exige um cheque
caução, é abusivo
5. Necessidade de orçamento prévio
a. Art. 39, VI c/c art. 40
b. Tem que ter o orçamento, e o consumidor tem que autorizar
6. Elevar, sem justa causa, o preço de produtos e serviços
a. Lei 13455/2017
7. Permitir o ingresso em estabelecimento de um número maior de consumidores que o
fixado pela autoridade administrativa
a. Art. 65, ss2, CDC
b. Exemplo: boate kiss
c. Está ligado à prática abusiva que afeta a segurança do consumidor
Cláusula Abusiva (art. 51, CDC)
● Rol exemplificativo
● Nulidade de pleno direito
○ O juiz pode reconhecer de ofício (pois o CDCD é norma juridica decaráter social)
○ Em geral o juiz tenta
Hipóteses
1. Cláusula de não indenizar - art. 51, I
● É a exoneração de responsabilidade de antemão (sem qualquer acontecimento
anterior)
Ex: estacionamento que não se responsabiliza por danos no carro
SÚMULA N. 130. A empresa responde, perante o cliente, pela
reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu
estacionamento. Referência: REsp. 4.582-SP. (3ª T, 16.10.1990 —
DJ 19.11.1990). REsp ...
Se o estacionamento é público então afasta
Se é gratuito e há ganho indireto para o estabelecimento então é
responsável
● Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a
indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis (provada o
desequilíbrio)
2. Cláusula geral - art. 51, IV / Súmula 302, STJ
● Quando coloca o consumidor em uma situação de exagerada desvantagem
● SÚMULA N. 302. É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no
tempo a internação hospitalar do segurado. Referências: CC/1916, art. 5º. CDC,
art. 51, IV. Precedentes: EREsp 242.550-SP (2ª ...
3. Redução do contrato - art. 51, s
● Princípio da conservação/manutenção do negócio jurídico
i. É o princípio que rege a ação do magistrado de não invalidar o contrato,
apenas altera (reduz) ou exclui (invalida) a cláusula abusiva.
4. Outorga de crédito/financiado - art. 52
○ Limite de multa - art. 52, s1
i. Multa contratual é limitado a 2% do valor da prestação
ii. Qualquer contrato de consumo na visão do STJ tem previsão de multa de
no máximo 2% do valor da prestação
○ Liquidação antecipado do crédito - art. 52, s2
i. Trata da porcentagem dos juros remuneratórios e quantos meses serão, se
o consumidor pagar antes deve a liquidação dos encargos ser reavalizadas
5. Resolução 3517/07 CMN
● Você instituição financeira tem que cuidar de juros, taxas, encargos
6. STJ - Ag Rg no AResp 347751
● O que pode ou não ser outorgado
7. Vedação da cláusula de decaimento - art. 53
● O consumidor não vai perder tudo o que ele já tenha pago, apenas um percentual
que ficará retido pelo inadimplemento
● Ou seja, comprado um carro com financiamento, se ele paga só parte das parcelas
torna-se inadimplente com uma dívida de 5 mil, o veículo será apreendido, e o
que já foi pago. O carro é levado a leilão e vendido por 10 mil, 5 mil vai pro
banco, 5 mil volta para o consumidor
Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis mediante pagamento em
prestações, bem como nas alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de
pleno direito as cláusulas que estabeleçam a perda total das prestações pagas em
benefício do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e
a retomada do produto alienado

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