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GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC SÍNDROMES MOTORAS ✦ OBS: Vamos seguir aquele raciocínio básico que é basicamente o diagnóstico sindrômico → diagnóstico topográfico → diagnóstico etiológico → finalmente as doenças. ✦ A motricidade ela depende fundamentalmente da apreensão da realidade do meio, onde aquele organismo, seja micro ou macro, ele quer se movimentar. Então a motricidade ela não se resume aos neurônios efetores, não apenas a execução do movimento... para entender a motricidade como um todo, é necessário compreender as suas divisões, os demais neurônios como ordenadores, controladores, receptores e planejadores do movimento. Só para ter uma ideia, 60% dos neurônios que compõem a área motora primária (área que sai o trato corticoespinhal) são sensitivos, eles são sensoriais. ✦ Precisamos o tempo todo estar captando informações do meio para se movimentar, precisamos entender as circunstancias que nos cercam (por meio dos sentidos tátil, visual, auditivo...) para exercer um movimento voluntário eficiente (então a forma como eu me movimento na chuva é uma, a forma como eu me movimento em um dia ensolarado é outra, a forma como eu me movimento em um piso escorregadio é outra e por aí em diante). Então, todo movimento que é executado precisa ser planejado, logo, antes da iniciar o movimento propriamente dito, existem neurônios planejadores do movimento nas áreas pré- motora e motora suplementares que fazem a apreensão da realidade, eles planejam o movimento de acordo com as circunstâncias ao redor. Essas áreas pré-motora e motora suplementar, ao compreender as circunstancias para o planejamento do movimento, ela se comunica com o cerebelo (ordenadores do movimento – o cerebelo então fica responsável pelo equilíbrio necessário para a gestação do planejamento do movimento) e os núcleos da base (controladores do movimento – determina a quantidade de movimento que será necessária para realizar aquele movimento planejado... então eu quero andar rápido porque o ônibus já vai sair ou eu quero andar devagar já que o ônibus está parado? Essa questão de quantidade de movimento perpassa pelos núcleos da base). Então é o seguinte, a informação chega na área pré-motora e motora suplementar (planejadores), depois segue para o cerebelo (ordenadores) e para os núcleos da base (controladores), depois esse estimulo planejado volta para as área pré- motora e motora suplementar, para aí sim executar o movimento, informando a área motora primária no córtex frontal (localização do trato corticoespinhal)... saindo dessa área, o estímulo seguirá pelo corticoespinhal e corticoespinhal nuclear (neurônio efetor), que vai determinar o movimento a partir da chegada do estimulo em um determinado ponto da medula e a informação desse neurônio com o neurônio de segunda ordem (neurônio periférico), que vai contrair um musculo esquelético responsável por aquele movimento planejado. ✦ Então entendendo essas áreas motoras, se cada uma dessas áreas estando disfuncionais, elas vão gerar uma síndrome motora especifica. Quando estivermos falando de uma disfunção do equilíbrio do movimento, nós temos as GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC ataxias que representam um problema do cerebelo. Quando nós tivermos um problema na quantidade de movimento para mais ou para menos (síndromes dos movimentos hipercinéticos ou hipocinéticos) que o problema é fundamentalmente nos núcleos da base. Quando não conseguimos planejar adequadamente os movimentos, nós temos as apraxias que são fenômenos de natureza cognitiva. ✦ Já adianto que nessa aula a gente vai tratar sobre os problemas que envolvem os neurônios efetores (disfunções do trato corticoespinhal) e a clínica básica dos pacientes que se apresentam com tal disfunção aparecerá basicamente na forma de fraqueza muscular (podendo ser um problema no neurônio efetor de 1ª ou de 2ª ordem). ✦ OBS: ainda tem os neurônios receptores. SEGUINDO... ✦ É importante no exame físico praticar a observação uma vez que o paciente ao apresentar uma queixa de fraqueza muscular, há uma necessidade de diferenciar a origem dessa fraqueza em central X periférica, pois é dessa forma que conseguiremos topografar o local da lesão e pensar num diagnóstico etiológico. Devemos pensar também se é voluntário X automático e sincronicidade entre agonista X antagonista. JUNÇÃO MIONEURAL... ✦ A via básica de transmissão nervoso que culmina com a motricidade é essa... O que é que a gente vê? Um 2º neurônio motor que envia o sinal para uma fibra muscular esquelética voluntária. Existe uma junção neuromuscular como evidenciada na imagem, onde ocorre a liberação de acetilcolina na fenda muscular, levando a contração do músculo voluntario esquelético. Lembrando que esse neurônio ele é trófico para a musculatura, então ele participa da trofia do músculo do indivíduo. Então a informação ela sai da medula, a partir da chegada do efetor primário (trato corticoespinhal), sai o neurônio de 2ª ordem que leva essa informação até o músculo. Como esse neurônio periférico ele trófico para o músculo, uma disfunção nele (neurônio motor de segunda ordem = inferior) vai levar uma atrofia muscular. Então se você não tem mais uma ligação entre o músculo e o neurônio motor, acaba desenvolvendo atrofia desse músculo (consequência direta de uma lesão do neurônio motor inferior). ✦ Outra situação que envolve o neurônio motor inferior, é a possibilidade de fasciculação da musculatura (movimento vermicular, contrações involuntárias de uma unidade motora, visíveis e perceptíveis pelo paciente como pequenas contrações arrítmicas de parte de um músculo, sem deslocamento do segmento afetado, porque a tensão exercida é insuficiente). E obviamente o que pode acontecer é uma fraqueza muscular (quando existe lesão do neurônio de segunda ordem = neurônio motor inferior). NÍVEL MEDULAR... ✦ Em tese, não existe só o trato corticoespinhal que desce até a medula e controla os movimentos, tem também outros tratos como o trato corticomedular, trato vestibuloespinhal, reticuloespinhal, rubroespinhal, existem vários outros tratos e fascículos que descem junto com trato corticoespinhal e modulam o movimento. Todos esses tratos e fascículos que atuam no neurônio periférico na medula, eles atrasam o movimento, obviamente é um atraso relativo, é uma modulação (é óbvio que se você coloca vários obstáculos no caminho você acaba modulando a passagem do estímulo... vejamos que de Feira para Salvador existem 2 pedágios, e esses 2 pedágios eles acabam que modulam o trajeto que você faz de uma cidade a outra e também atrasam a viagem quando a gente pensa que você precisa parar para pagar a viagem... é mais ou menos isso que acontece no neurônio motor... então existem múltiplos passos da saída da informação do cérebro até o nervo periférico, não é uma ligação direta, existem múltiplos neurônios que modulam esse movimento... E o que é que acontece se ocorre uma lesão do neurônio motor superior por consequência? Esse movimento ele é liberado, só existe agora a função do nervo periférico para movimentar esse músculo, então quando GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC ocorre a famosa liberação piramidal, você retira os moduladores do movimento para que a ligação seja mais direta entre nervo e músculo, e por isso a consequência da lesão do neurônio motor superior é a hiperreflexia, é como se tivesse a destruição de todos os pedágios e por isso é chamado de liberação piramidal). O contrário é verdadeiro, quando você lesiona o neurônio motor periférico, você impede a saída desse estimulo do neurônio final do movimento, por isso a consequência da lesão do neurônio motor inferior é a hiporreflexia (não liberação piramidal). ✦ Então lesão do nervo motor superior tem hipertonia, fraqueza muscular e hiperreflexia. ✦ E se for uma lesão medular, haverá fraqueza muscular a partir daquele nível que a medula foi lesada.NÍVEL PIRAMIDAL... ✦ A informação motora ela é direcionada para a área a qual se quer movimentar lá no homúnculo motor, e esse homúnculo é funcional e será estimulado na área que se quer que o movimento aconteça, sendo que esse estimulo contralateral. Como assim? O homúnculo do lado direito comanda o lado esquerdo do corpo e vice versa (isso faz parte das células piramidais... veja na imagem onde uma mão, um braço, um pé... isso aí é o homúnculo que fica na região cortical). ✦ Vamos lá, para entender o nível da lesão, é importante saber o trajeto que o estimulo passa. Ex., se a lesão for na medula, haverá a partir de um nível uma paraparesia, uma monoparesia ou uma tetraparesia. Se a lesão for no nível supramedular, ou seja, em qualquer ponto do cérebro, haverá uma hemiparesia dependendo do nível do cérebro em associação com outras alterações... por exemplo, se for em tronco encefálico, então terá uma hemiparesia com alguma alteração de nervo craniano, se for na cápsula interna (ponto de junção das fibras) haverá uma hemiparesia pura, se for já um lesão em uma área especifica do trato corticoespinhal lá no homúnculo, terá uma hemiparesia dita proporcionada, com alguma incapacidade em uma região especifica do corpo (lá no homúnculo motor... então eu lesei a parte pontual de pé lá no homúnculo, então a monoparesia vai se apresentar pontualmente em um dos pés). NÍVEL EXTRAPIRAMIDAL... ✦ No nível extrapiramidal nós temos os núcleos da base que fazem parte do controle da quantidade de movimento (coreia, balismo, Parkinson, são todas questões consequentes de alterações dos núcleos da base... mas vale ressaltar que quando acomete só os núcleos da base, não envolve alteração de fraqueza muscular... então estamos falando das síndromes cinéticas, hipo ou hipercinéticas). ✦ Tudo que não é piramidal (que não gera fraqueza no distúrbio do movimento) é chamado de extrapiramidal. EXAME DA FUNÇÃO MOTORA → Inspeção (ver atrofias, malformação, postura viciosa, etc.) → Pesquisa do tônus. → Teste de força muscular. → Equilíbrio. → Reflexos superficiais e tendinosos. → Exame da marcha. ✦ EX., alguém que tenha uma dificuldade de movimentação/fraqueza do pé direito. Onde é que esse paciente pode ter uma lesão do ponto de vista motor? Esse paciente ele pode ter uma lesão no neurônio motor inferior se ele tiver uma lesão no neurônio tibial ou fibular? Se o problema é na flexão plantar ou na dorsoflexão, o tibial e o fibular podem estar lesados e gerando essa fraqueza no pé? Podem! Aí os comemorativos de hiporreflexia, hipotonia, atrofia, vão estrar presentes para favorecer ou não essa consideração (se estiverem presente, favorecem essa teoria). Continuando... esse paciente poderia ter uma lesão em nível medular? Em tese é improvável, já que a lesão em nível medular ela é segmentar, ela estabelece um nível lesado, é GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC improvável que a pessoa tenha uma fraqueza exclusivamente no pé se tiver uma lesão medular... ele pode ter uma fraqueza na perna, mas não do pé. Essa lesão pode ser supramedular? Se a lesão é no tronco encefálico esquerdo, pode envolver fraqueza do pé direito? É improvável já que as fibras elas acabam enviando informações para todo um lado do corpo, esse paciente deveria ter uma hemiparesia direita e não uma monoparesia de membro inferior direito, do mesmo modo para tálamo, cápsula interna, são topografias improváveis que representam a lesão topográfica para essa fraqueza no pé direito. Esse paciente poderia ter lesionado a área motora do homúnculo onde tem pontualmente o pé? Pode! Então ele pode ter uma lesão de um neurônio motor inferior (um nervo periférico) ou ele pode ter uma lesão do neurônio motor superior na representação do pé no homúnculo. O que vai diferenciar ser central ou periférica? Nesse caso, de ser no neurônio motor inferior ou superior? Os comemorativos. TÔNUS MUSCULAR ✦ O tônus muscular (pode estar aumentado ou diminuído) é a semi-contração do músculo em repouso, ele é produto da necessidade de localizarmos cada parte do corpo no espaço. Explico-me, como é que o meu cérebro sabe onde está o meu hálux direito? Por meio de gasto energético! O cérebro só percebe algo no espaço em relação a si o que envolve gasto energético, a única forma que o cérebro consegue identificar algo no espaço é porque houve gasto de energia e essa energia foi suficientemente capaz de estimular o cérebro para esse entendimento. Então o estado de propriocepção consciente (no paciente acordado) das minhas partes do corpo no corpo, se dá por esse estado de semi-contração muscular. Essa semi-contração não envolve necessariamente movimentação, contração não necessariamente envolve movimento. ✦ O tônus muscular possui uma certa relação com o cerebelo e núcleos da base, o sistema extrapiramidal. INSPEÇÃO E PESQUISA DO TÔNUS ✦ Devemos fazer a inspeção da musculatura, observação de movimentos anormais, palpação da musculatura e a movimentação passiva. ✦ Esse tônus muscular ele pode ser pesquisado pela inspeção da musculatura e da movimentação passiva do membro. Toda vez que tiver hipertonia o movimento passivo estará dificultado e toda vez que tiver hipotonia o movimento passivo estará patologicamente facilitado. TESTE DE FORÇA MUSCULAR GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC ✦ Quantificar o grau de perda de força muscular. O grau de força do paciente que consegue vencer a força da gravidade é diferente do grau daquele paciente que não consegue nem sair da cama por conta de fraqueza muscular. Então eu preciso graduar a força para ver a intensidade do problema. ✦ As provas de força de barré e mingazzini são utilizadas principalmente para a verificar força de grau IV que é mais difícil de perceber. ✦ Prova de mingazzini: teste para evidenciar uma paresia ligeira de um membro inferior. O teste é positivo quando, ao mandar o doente elevar em paralelo os dois membros inferiores, o membro afetado cai. ✦ Provas de barré (pode ser feita em MMII ou MMSS): colocando o indivíduo com os membros superiores estendidos com as palmas das mãos viradas uma para a outra e os polegares para cima ou com os membros inferiores (com o indivíduo em decúbito ventral) e a perna fletida em ângulo reto sobre a coxa. A prova é positiva quando o membro afetado não consegue manter-se nessas posições e cai, com maior ou menor rapidez. ✦ Prova dos braços estendidos: vencer a ação da gravidade sem deixar o membro cair. MEMBROS SUPERIORES ✦ Então diante de uma monoparesia, é importante tentar entender se o problema não é exclusivamente de um nervo ou de um agrupamento muscular. Então precisa-se entender os nervos que estão associados a cada movimento dos membros superiores. Dentro da fraqueza de um membro, tentar determinar qual porção desse membro não executa corretamente o movimento, pois a decomposição do movimento facilita a topografia da lesão. Por exemplo, um paciente mexe o braço normal, mas tem problema de movimentação na flexão do antebraço vamos pensar em lesão de nervo radial, mas se ela apresenta uma alteração que envolve o braço inteiro, aí vamos pensar mais em algum de origem central e não de nervo periferico. GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC MEMBROS INFERIORES ✦ Envolvimento do plexo lombo-sacro. ✦ Ex., se tem uma monoparesia do membro inferior direito e nos testes ele tem uma flexão-plantar normal e uma dorsoflexão normal, enquanto ele movimenta a perna normalmente, então provavelmente não é uma lesão central, é uma lesão do nervo fibular. EQUILÍBRIO ESTÁTICO ✦ Teste de Romberg: Nele, o paciente é orientado a ficar em pé, com os braços juntos ao corpo. A princípio, os olhos devem ficar abertos, mas precisam ser fechados alguns segundos depois. Isso é feito para observar a diferença entre a oscilação com e sem o auxílio da visão. São esperadas algumas oscilações, principalmente nas articulações enos tornozelos e nos joelhos, mas quedas são preocupantes. Quando elas são laterais, há indícios de lesões labirínticas periféricas. Em outros tipos de quedas, como as para trás, há a possibilidade de lesões centrais. ✦ Positividade do teste romberg quando o paciente dá um passo lateral, ou pela abertura dos olhos ou desequilíbrio, daí temos alteração do equilíbrio estático... lesão na propriocepção e/ou vestibular. ✦ Teste de fukunda pode ajudar a refinar o romberg. EQUILÍBRIO DINÂMICO ✦ Aqui são provas cerebelares. ✦ A coordenação apendicular (capacidade de movimentar os membros ou manusear objetos com eles) é testada por meio das provas index-nariz, index-index e calcanhar- joelho, realizadas com os olhos abertos e fechados. Na prova de index-nariz, o paciente deve tocar o indicador na ponta do nariz e estender o braço, repetindo o movimento diversas vezes. Na prova index-index, o alvo é o próprio dedo do examinador, que muda de posição quando o indivíduo está levando seu dedo ao nariz. Na prova do calcanhar-joelho, o paciente é orientado a tocar o joelho de uma perna com o calcanhar contralateral e deslizar o calcanhar pela tíbia até o pé. O movimento é repetido algumas vezes. O movimento normal é harmonioso, e a presença de decomposição do movimento, erros de medida ou de direção sugere ataxia apendicular. Nas patologias centrais e cerebelares os erros da manobra são na medida. ✦ Prova de diadococinesia: O paciente realiza movimentos repetitivos e alternados em pronação e supinação das mãos sobre os joelhos. Este teste estará alterado em patologias cerebelares. Então é positiva quando o paciente é incapaz de executar movimentos coordenados e alternados. REFLEXOS SUPERFICIAIS E TENDINOSOS ✦ São reflexos osteotendineos ou superficiais, podendo estar diminuídos ou aumentados. GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC ✦ O músculo reto abdominal foi adaptado para segurar as vísceras abdominais. Quando você estimula superficialmente essa região, você contrai essa região em resposta ao estimulo instintivo de segurar as vísceras. Quando essa musculatura não contrai, você tem uma perda do reflexo cutâneo abdominal que infere uma lesão do neurônio motor superior, esse neurônio está perdendo a sua maturação. A mesma coisa para o reflexo cutâneo plantar. Normal é a flexão dos dedos e anormal a extensão dos dedos... o ser humano precisa não cair ao andar de pé (até 6 meses é normal o reflexo ser extensor, porém depois é normal fazer flexão) ... quando uma pisa numa lasca de madeira, ou um prego, precisa fixar o pé no solo e por isso ela faz o movimento de flexão. Quando ocorre o movimento extensor dos dedos, dizemos então que tem uma lesão do nervo motor superior. EXAME DA MARCHA SÍNDROMES MOTORAS → Síndrome do neurônio motor superior. → Síndrome do neurônio motor inferior. → Doenças de junção. → Miopatias. → Síndrome do movimento hipercinético. → Síndrome do movimento hipocinético. → Ataxias. ✦ Todas as pessoas com dificuldade na motricidade, terá uma dessas síndromes. FRAQUEZA ✦ Paresia (= fraqueza) X Plegia (= incapacidade total de realizar movimento). ✦ Mono (= 1 membro) X Para (= 2 membros inferiores) X Tetra (= 4 membros) X Hemi (= 1 lado do corpo). ✦ Padrões (esses termos acima são importantes na descrição do padrão). ✦ Dimidio = hemicorpo. SÍNDROME DO NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR ✦ O problema é no neurônio motor de primeira ordem = neurônio motor superior. São alterações piramidais. GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC ✦ O sinal mais conhecido associado a esta síndrome é o sinal de Babinski (resposta plantar extensora). ✦ Reflexos cutâneo abdominais abolidos (conforme topografia da lesão). ✦ Atenção à fraqueza da face. ✦ Pode ser que no começo tenha uma hipertonia e uma hiporreflexia, podendo se estabelecer uma hiperreflexia depois de umas 4 semanas (para esse tipo de síndrome o “normal” é uma hiperreflexia). SÍNDROME DO NEURÔNIO MOTOR INFERIOR ✦ Fasciculação. ✦ Reflexos diminuídos. ✦ Atrofia. ✦ Hipotonia. ✦ Fraqueza. ✦ Hiporreflexia/arreflexia. MIOPATIAS ✦ Os sintomas incluem fraqueza nos músculos esqueléticos, atrofias, cãibras musculares ou mialgias e problemas funcionais nos músculos respiratórios, faríngeos, faciais ou oculares. ✦ Reflexos diminuídos. SÍNDROME DO MOVIMENTO HIPERCINÉTICO ✦ Tremor. ✦ Coréia. ✦ Hemibalismo ou balismo (quando bilateral) é um distúrbio neuromotor raro caracterizado por movimentos involuntários abruptos e possivelmente violentos e envolve mais a musculatura proximal do que distal (especialmente nas extremidades dos membros superiores). Ocorre em virtude de uma lesão no núcleo subtalâmico (não para durante o sono, a pessoa tem que ser sedada). ✦ Mioclonia refere-se a espasmos rápidos e repentinos (contrações) em um músculo ou grupo de músculos. SÍNDROME DO MOVIMENTO HIPOCINÉTICO ✦ É o estilo Parkinson! ✦ Rigidez. ✦ Bradicinesia. ✦ Tremor. ✦ Distúrbio postural. DOENÇA DE JUNÇÃO ✦ Junção neuromuscular normalmente diminuem a atividade das células nervosas e causam fraqueza muscular. Mas eles não afetam a sensibilidade (ou seja, não causam perda de sensibilidade ou sensações anormais, como sensação de formigamento ou agulhadas). ✦ Geralmente tem relação com disponibilidade de acetilcolina. ✦ Uma característica dessa alteração é a fatigabilidade, à medida que se faz movimentos repetitivos com o membro, vai-se gerando fraqueza... por isso a relação com a liberação de acetilcolina na fenda. ATAXIAS ✦ ATAXIA é um transtorno neurológico caracterizado pela falta de coordenação de movimentos musculares voluntários e de equilíbrio. ✦ Ataxia cerebelar: Causada por danos às vias cerebelares, resultam na perda de coordenação motora e planejamento dos movimentos. Os sintomas dependem da área do cerebelo afetada. ✦ Ataxia vestibular: Causada por danos à via vestíbulo- ponto-cerebelar, resultam da perda de equilíbrio, gerando vertigem e náusea. ✦ Ataxia sensorial: Causada por danos às vias aferentes e posteriores, resultam da perda de propriocepção (percepção de si mesmo no espaço). ✦ Pode ser aguda, subaguda e crônica ✦ Sempre merece investigação. ✦ Tratamento conforme etiologia. DICIONÁRIO ✦ A APRAXIA é a incapacidade para realizar tarefas que exijam recordar padrões ou sequências de movimento. Pessoas com apraxia não conseguem se lembrar ou fazer a sequência de movimentos necessários para completar tarefas complexas ou de habilidade simples, apesar de ter a capacidade física para realizar tarefas. ✦ Os neurônios sensitivos e motores na via central viajam por caminhos distintos, por isso não tem acometimento de sensibilidade (só se for uma lesão extensa). Já o nervo não, o nervo tem um entrelaçado de fibras motoras e sensitivas, então no segundo neurônio motor você tem sensibilidade acometida porque esses neurônios viajam juntos. ✦ Reflexo bulbar envolve alterações disautonômicas. GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC ✦ Tudo que é súbito em neurologia a gente tem que pensar em situações vasculares. Nesse caso, trauma e infecção também poderiam surgir como algo súbito, mas nesse caso não há comemorativos que evidenciem esse pensamento. ✦ Paralisia de quadrante inferior remete a uma lesão central que justamente ocorreu por conta do AVC. ✦ Paciente tem força grau 2 porque não vence a gravidade. ✦ Paciente ele não verbaliza, não escreve, mas entende comandos, ele tem uma afasia de Brocar (é uma afasia motora, onde é uma afasia da expressão). Ele obedece a um comando motor porque wenicke se comunica com a área motora, mas na parte da expressão da linguagem, um comando verbal, o paciente não obedece por conta de uma lesão na área de brocar. ✦ Giro frontal inferior onde se encontra a área de brocar é um dos locais + Giro pré-central.
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