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SISTEMA-CIRCULATORIO-E-RESPIRATORIO (1)

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SUMÁRIO 
1 SISTEMA CIRCULATÓRIO ........................................................................ 3 
1.1 Coração ................................................................................................ 6 
1.2 Morfologia externa do coração ............................................................. 7 
1.3 Morfologia interna do coração .............................................................. 8 
2 SISTEMA VASCULAR SANGUÍNEO ......................................................... 9 
2.1 Sangue ................................................................................................. 9 
2.2 Plasma sanguíneo .............................................................................. 10 
2.3 Hemácias ........................................................................................... 11 
2.4 Leucócitos .......................................................................................... 12 
2.5 Artérias ............................................................................................... 13 
2.6 Principais Artérias do Corpo Humano ................................................ 14 
2.7 Algumas artérias importantes do corpo humano ................................ 15 
2.8 Veias .................................................................................................. 19 
2.9 Principais Veias do Corpo Humano .................................................... 21 
2.10 Capilares ......................................................................................... 23 
3 SISTEMA LINFÁTICO............................................................................... 26 
3.1 Circulação linfática ............................................................................. 29 
3.2 Linfa.................................................................................................... 30 
3.3 Componentes do Sistema Linfático .................................................... 32 
4 SISTEMA RESPIRATÓRIO ...................................................................... 42 
4.1 Respiração ......................................................................................... 44 
4.2 As trocas gasosas .............................................................................. 45 
4.3 O transporte de gases ........................................................................ 46 
4.4 Os movimentos respiratórios .............................................................. 47 
5 ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ............................................ 48 
 
 
5.1 Nariz e cavidade nariz ........................................................................ 48 
5.2 Laringe ............................................................................................... 50 
5.3 Faringe ............................................................................................... 51 
5.4 Funções da faringe ............................................................................. 52 
5.5 Traqueia ............................................................................................. 53 
5.6 Brônquios ........................................................................................... 53 
5.7 Pulmão ............................................................................................... 55 
5.8 Função do pulmão .............................................................................. 57 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 59 
 
 
 
 
1 SISTEMA CIRCULATÓRIO1 
Para manter- se em vida e desempenhar as suas funções, as células do nosso 
organismo necessitam receber de receber oxigênio e materiais nutritivos. A tarefa de 
transportar a elas esses elementos cabe ao sangue, o qual, por sua vez, recebe das 
células as substâncias de rejeição. 
 
 
Fonte: www.mozaweb.com 
Para realizar essa tarefa, o sangue tem necessidade de “circular” 
continuamente. Os canais na qual o sangue circula são os vasos sanguíneos, 
enquanto o coração é a bomba que dá ao sangue o seu impulso para circulação. 
Coração e vasos constituem, no seu conjunto, o aparelho circulatório. O 
sistema circulatório é um conjunto de órgão responsável por levar oxigênio e 
nutrientes para o corpo, assim como transporte de líquidos ao longo de todo o corpo, 
assegurando a condução do sangue, do quilo e da linfa. 
É constituído basicamente por um órgão central de impulsão, o coração, e um 
conjunto de condutos que compõe o sistema vascular, o qual se subdivide em 
sanguíneo e linfático, com isso corresponde a todo o percurso do sistema circulatório 
 
1 http://anatomia-humana.info 
 
 
que o sangue realiza no corpo humano, de modo que no percurso completo, o sangue 
passa duas vezes pelo coração. 
O sangue, material conduzido pelo sistema circulatório, sai do coração 
carregado de oxigênio, passa pelas artérias, veias e capilares, pelo pulmão e então 
retorna para o coração. 
O tempo médio para que o sangue finalize um ciclo completo de circulação é 
de um minuto. Os caminhos usados pelo sangue para circular são chamados de vasos 
sanguíneos. São divididos nas artérias, veias e os capilares. 
As artérias são os canais usados pelo sangue quando ele sai do coração em 
direção ao corpo, sendo mais grossas que os outros dois tipos de canais. As veias 
são canais menores, mas tão fortes quanto as artérias. 
 
 
Fonte: pt.dreamstime.com 
Recebem o sangue vindo dos capilares (vasos menores que as veias e que 
servem para a transição de sangue entre as artérias e as veias) e levam o sangue em 
direção ao coração, para serem encaminhadas para o pulmão. 
A segunda passagem do sangue pelo coração é para ser encaminhada para 
outro tipo de circulação: a circulação pulmonar. 
Nessa circulação, o sangue já está sem oxigênio, pois percorreu o corpo todo 
e já distribuiu esse oxigênio, assim como os nutrientes, para as células e tecidos do 
corpo. 
 
 
Quando chega ao pulmão, o sangue é oxigenado e então volta ao coração pela 
segunda vez, terminando o ciclo do sangue. Agora ele será novamente bombeado 
pelo corpo, levando oxigênio às células. 
O material que o corpo precisa eliminar também tem a contribuição do sistema 
circulatório para fazê-lo. Esses materiais, chamados de excretas, passam pelo 
sistema circulatório para que sejam levados aos órgãos responsáveis para retirá-los 
do corpo. Exemplo de excretas são ureia ou CO2. 
O sistema circulatório 2desempenha importantes funções em nosso organismo: 
 Defesa contra agentes invasores: no sangue há anticorpos e células 
fagocitárias que promovem a defesa contra agentes infecciosos; 
 Coagulação sanguínea: as plaquetas que circulam pelo sangue são 
responsáveis pela coagulação sanguínea; 
 Regulação da temperatura corporal: o sangue é distribuído de forma 
homogênea por todo o organismo, promovendo a manutenção de uma 
temperatura adequada em todas as partes do corpo. Por meio da circulação 
sanguínea o corpo também consegue dissipar o calor até a superfície corporal; 
 Transporte de hormônios: os hormônios são substâncias necessárias para o 
bom funcionamento do organismo, e a circulação sanguínea é a responsável 
por transportar esses hormônios até os órgãos e tecidos que farão uso deles; 
 Intercâmbio de materiais: as substâncias que são produzidas em uma parte 
do corpo e utilizadas em outra, também chegam ao seu destino através da 
circulação sanguínea. É o que acontece com o glicogênio armazenado no 
fígado, que, quando quebrado em glicose, é levado para diversas regiões do 
corpo; 
 Transporte de resíduos: todas as células do corpo produzem resíduos em seu 
metabolismo. Esses resíduos saem das células e caem na corrente sanguínea, 
são levados para o fígado e transformados em ureia. Do fígado, a ureia é 
encaminhada pela circulação sanguínea até os rins, onde serãoeliminadas 
para o meio externo; 
 Transporte de nutrientes: os nutrientes oriundos da nossa alimentação são 
absorvidos ao longo do nosso tubo digestivo e caem na circulação sanguínea, 
 
2 Texto adaptado: Paula Louredo Moraes 
 
 
assim os nutrientes são levados aos tecidos do corpo, sendo aproveitados 
pelas células; 
 Transporte de gases: ao passar pelos pulmões, o sangue elimina o gás 
carbônico proveniente da respiração celular enquanto absorve oxigênio. 
1.1 Coração 
Coração é um órgão muscular, impar e mediano que atua como uma bomba 
contrátil propulsora de sangue, auto ajustável, capaz de proporcionar pressão e 
sucção, atuando em conjunto com uma imensa rede de vasos sanguíneos para 
conduzir sangue a todas as partes do corpo humano. 
O coração é composto por quatro câmaras e divide-se em dois lados, direito e 
esquerdo, cada um dotado de um átrio e um ventrículo. Os átrios agem como 
reservatórios de sangue venoso, possuindo leve ação de bombeamento para o 
enchimento ventricular. Em contraste, os ventrículos são as grandes câmaras de 
propulsão para a remessa de sangue à circulação pulmonar (ventrículo direito) e 
sistêmica (ventrículo esquerdo). O ventrículo esquerdo é de formato cônico e tem a 
missão de gerar maior quantidade de pressão do que o direito, sendo, portanto, dotado 
de parede muscular mais espessa. Quatro válvulas asseguram a direção única do 
fluxo do átrio para o ventrí- culo (valvas atrioventriculares, tricúspide e mitral) e depois 
para as circulações arteriais (valvas semilunares, pulmonar e aórtica). O miocárdio é 
composto por células musculares que podem sofrer contração espontânea e também 
por células marca-passo e de condução dotadas de funções especializadas. 
(NETO;2002). 
Órgão muscular 3 composto por metades que consistem em duas bombas 
musculares frequentemente designadas como coração direito e coração esquerdo. 
Em cada uma destas metades se encontram duas cavidades, um átrio e um 
ventrículo, e suas atuações em série dividem a circulação em dois componentes. 
 
3 Marina Mota; 2012 
 
 
 
Fonte: pt.depositphotos.com 
A circulação pulmonar e a sistêmica (descritas posteriormente). 
Embora as metades do coração estejam separadas por um septo, cada um dos 
átrios se comunica como ventrículo correspondente por um óstio provido de válvulas 
que asseguram, em cada metade do coração, uma circulação sanguínea em sentido 
único. Aos átrios chegam as veias e dos ventrículos partem as artéria. 
1.2 Morfologia externa do coração4 
 Pericárdio 
Saco fibro-seroso que envolve o coração separando-o dos órgãos do 
mediastino e limitando a sua expansão durante a diástole ventricular. 
 
 Fibroso 
Externo e inelástico 
 
 Seroso – interno 
O pericárdio é constituído por 2 lâminas: lâmina parietal (externa que forra a 
superfície interna do pericárdio fibroso, constituindo com o último um pequeno espaço 
 
4 Enfermagem.webnode.com.br 
 
 
virtual); e lâmina visceral (ou epicárdico que é a reflexão ao nível dos grandes vasos 
da lâmina parietal em direção ao coração recobrindo-o totalmente). Cavidade 
pericárdica é a cavidade virtual compreendida entre os dois folhetos do pericárdio. 
O coração a forma de um cone truncado e apresenta uma base (parte superior), 
ápice (parte inferior), três faces; esternocostal (anterior), diafragmática (inferior) e 
pulmonar (esquerda), bordas (direita e esquerda), superfície inferior e sulcos. 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
1.3 Morfologia interna do coração 
As camadas da parede do coração são: 
 
 Epicárdio 
Essencialmente constituído por tecido conjuntivo, e é o músculo situado na 
parte externa da parede do coração, entre o miocárdio e o pericárdio. 
 
 Miocárdio 
É a parte média da parede do coração, composto por tecido muscular especial, 
o músculo cardíaco, e tem como a função básica ejetar o sangue que se encontra no 
interior do coração. 
 
 Endocárdio 
 
 
É a membrana que reveste internamente o coração, forrando os átrios e os 
ventrículos. 
Esta é a camada de tecido que intervém ainda na formação das valvas 
cardíacas, as quais são responsáveis pelo controle do sentido do fluxo de sangue, no 
interior do coração. 
Os septos do coração são: 
Septo Horizontal ou átrio-ventricular – divide o coração em duas porções, 
superior e inferior; 
Septo Sagital Superior ou inter-atrial – divide em duas câmaras: átrios direito e 
esquerdo; 
Septo Sagital Inferior ou inter-ventricular – divide em duas câmaras: ventrículo 
direito e esquerdo. 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
2 SISTEMA VASCULAR SANGUÍNEO 
2.1 Sangue 
O sangue humano faz parte do sistema circulatório, formado também pelo 
coração e vasos sanguíneos. Sua principal função é a distribuição dos nutrientes, gás 
oxigênio e hormônios para as células do corpo humano. 
 
 
 
Fonte: www.amato.com.br 
Enquanto vai passando pelo corpo, ele deixa alimento e oxigênio e recolhe os 
resíduos (excretas) produzidos durante o metabolismo das células dos diferentes 
tecidos. 
Na maioria dos vertebrados o sangue é formado pelo plasma (parte líquida do 
sangue que contém diversas substâncias), hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos 
(glóbulos brancos) e plaquetas (fragmentos celulares). 
Os glóbulos e as plaquetas representam 45% da composição do sangue, que 
circula pelos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares). 
As artérias o conduzem do coração para os órgãos e tecidos do corpo, 
enquanto nas veias ele flui em sentido inverso. 
2.2 Plasma sanguíneo 
É uma solução aquosa amarelada constituída de água, sais minerais e 
proteínas. Sua função é transportar essas substâncias pelo corpo. 
 
 
 
Fonte: www.leparoledellascienza.it 
O plasma representa cerca de 55% do volume sanguíneo. A água constitui 95% 
de sua massa. Os outros 5% são de proteínas, sais, hormônios, nutrientes, gases e 
excreções. 
Entre as proteínas do plasma, encontramos a albumina – a mais abundante e 
fundamental na manutenção da pressão osmótica do sangue com papel importante 
na manutenção da pressão osmótica do sangue, e a imunoglobulinas, importantes 
anticorpos -, as alfa, beta e gamaglobulinas (imunoglobulinas) e o fibrinogênio, 
necessário para a formação da fibrina. 
As alfa e betaglobulinas atuam como transportadores de substâncias insolúveis 
ou pouco solúveis em água, como os lipídeos. 
2.3 Hemácias 
Também chamadas de eritrócitos ou glóbulos vermelhos, elas são células 
compostas por moléculas de hemoglobina, proteína responsável pela cor vermelha do 
sangue. 
Sua função é transportar o oxigênio para o corpo. As hemácias correspondem 
a cerca de 42 a 47% do volume do sangue. 
Homens adultos saudáveis possuem entre 4,1 e 6 milhões de hemácias por 
milímetros cúbicos de sangue. 
Já mulheres adultas saudáveis, entre 3,9 e 5,5 milhões por milímetros cúbicos 
de sangue. 
 
 
 
Fonte: www.fatosdesconhecidos.com.br 
2.4 Leucócitos 
Conhecido como glóbulos brancos, os leucócitos são células responsáveis por 
defender o organismo contra microrganismos invasores e correspondem a 1% do 
volume do sangue no corpo. 
 
 
Fonte: www.biowiki.com.br 
Em condições normais há entre quatro e 12 mil leucócitos em cada milímetro 
cúbico de sangue humano. 
Plaquetas (trombócitos) - são agentes importantes na coagulação do sangue e 
correspondem a menos de 1% do volume do sangue. 
O organismo humano possui cerca de 300 mil por milímetro cúbico. No caso de 
um ferimento as plaquetas são ativadas e aderem ao local da lesão liberando a enzima 
tromboplastina, que resulta no coagulo do sangue. 
 
 
 
Fonte: www.bioquimicayfisiologia.com 
2.5 Artérias5 
As artérias desenvolvem uma rede de vasos ramificados que conduzem o 
sangue arterial do coração para o corpo. 
O sangue é bombeado do ventrículo esquerdoe distribuído pela artéria 
principal do corpo: a aorta. 
Dela partem ramos arteriais, que se ramificam cada vez mais para irrigar todos 
os tecidos. 
As artérias pulmonares agem de outro modo, levam o sangue venoso do 
coração (que sai do ventrículo direito) até os pulmões para ser oxigenado. 
As artérias de grande calibre são chamadas elásticas, as de médio calibre são 
as musculares e as mais finas são as arteríolas. 
As artérias de maior diâmetro possuem paredes mais espessas e elásticas. 
Elas se ramificam em outras de menor diâmetro e assim progressivamente até 
formar as arteríolas. 
Possuem paredes mais elásticas do que as veias e ajudam a controlar a 
pressão sanguínea. Enquanto as veias possuem válvulas para evitar que o sangue 
retorne. 
As artérias são vasos do sistema circulatório, que saem do coração e 
transportam o sangue para as outras partes do corpo. 
A parede da artéria é espessa, formada de tecido muscular e elástico, que 
suporta a pressão do sangue. 
 
5 https://www.todamateria.com.br/sistema-circulatorio 
 
 
O sangue venoso, rico em gás carbônico, é bombeado do coração para os 
pulmões através das artérias pulmonares. 
Enquanto o sangue arterial, rico em gás oxigênio, é bombeado do coração para 
os tecidos do corpo através da artéria aorta. 
As artérias se ramificam pelo corpo, ficam mais finas, formam as arteríolas, que 
se ramificam ainda mais, originando os capilares. 
 
 
Fonte: www.bioquimicayfisiologia.com 
2.6 Principais Artérias do Corpo Humano6 
Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente 
distribuindo-se para todo o organismo. 
Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-se com a pequena circulação, 
ou seja leva sangue venoso para os pulmões através de sua ramificação, duas artérias 
pulmonares uma direita e outra esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial 
para todo o organismo através de suas ramificações) 
 
6 SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana 
 
 
2.7 Algumas artérias importantes do corpo humano 
1 – Sistema do Tronco Pulmonar: 
 
O tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo direito e se bifurca em duas 
artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. 
Cada uma delas se ramifica a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares 
pulmonares. 
Ao entrar nos pulmões, esses ramos se dividem e subdividem até formarem 
capilares, em torno alvéolos nos pulmões. 
O gás carbônico passa do sangue para o ar e é exalado. O oxigênio passa do 
ar, no interior dos pulmões, para o sangue. Esse mecanismo é denominado 
HEMATOSE. 
 
Fonte: www.auladeanatomia.com 
2 – Sistema da Artéria Aorta (sangue oxigenado): 
É a maior artéria do corpo, com diâmetro de 2 a 3 cm. Suas quatro divisões 
principais são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. 
A aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. A parte da aorta que emerge 
do ventrículo esquerdo, posterior ao tronco pulmonar, é a aorta ascendente. 
 
 
 
Fonte: www.auladeanatomia.com 
O começo da aorta contém as válvulas semilunares aórticas. 
A artéria aorta se ramifica na porção ascendente em duas artérias coronárias, 
uma direita e outra esquerda que vão irrigar o coração. 
 
Fonte: www.auladeanatomia.com 
Artéria Coronária Esquerda 
Passa entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar. Divide-se em dois ramos: 
ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e um ramo 
circunflexo. 
 
 
 
Fonte: www.auladeanatomia.com 
A ramo interventricular anterior passa ao longo do sulco interventricular em 
direção ao ápice do coração e supre ambos os ventrículos. 
O ramo circunflexo segue o sulco coronário em torno da margem esquerda até 
a face posterior do coração, originando assim a artéria marginal esquerda que supre 
o ventrículo esquerdo. 
Artéria Coronária Direita 
Corre no sulco coronário ou atrioventricular e dá origem ao ramo marginal 
direito que supre a margem direita do coração à medida que corre para o ápice do 
coração. 
 
Fonte: www.ciencias.seed.pr.gov.br 
Após originar esses ramos, curva-se para esquerda e contínuo o sulco 
coronário até a face posterior do coração, então emite a grande artéria interventricular 
 
 
posterior que desce no sulco interventricular posterior em direção ao ápice do coração, 
suprindo ambos os ventrículos. 
 
Fonte: www.ciencias.seed.pr.gov.br 
Logo em seguida a artéria aorta se encurva formando um arco para a esquerda 
dando origem a três artérias (artérias da curva da aorta) sendo elas: 
1 – Tronco Braquiocefálico Arterial 
2 – Artéria carótida Comum Esquerda 
3 – Artéria Subclávia Esquerda 
O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias: 
4 – Artéria Carótida Comum Direita 
5 – Artéria Subclávia Direita 
 
Fonte: www.ciencias.seed.pr.gov.br 
 
 
2.8 Veias7 
As veias surgem da fusão dos capilares e são responsáveis em trazer o sangue 
pobre em oxigênio até o coração (exceto as veias pulmonares, que levam sangue 
oxigenado dos pulmões ao átrio esquerdo do coração), através de um fluxo 
sanguíneo, que lhes dá um formato cilíndrico, o qual perdem quando não transportam 
o sangue. 
Esta capacidade de se contrair e expandir permite que as veias armazenem 
pequenas ou grandes quantidades de sangue e disponibilizem-no quando necessário. 
Isso porque as veias funcionam como um reservatório, já que mais de 60% do 
sangue em nosso corpo é venoso. Por este motivo, quando há perda de sangue e, 
consequentemente, queda de pressão arterial, ocorre uma vasoconstrição das veias 
para compensar a perda de sangue. 
Outro aspecto da anatomia das veias é a existência das válvulas venosas, que 
agem unidirecionalmente para evitar o contra fluxo causado pela gravidade. 
Estas válvulas unidirecionais são constituídas de músculo esfíncter ou de duas 
ou três dobras membranosas, além de uma fina camada externa de colágeno, que 
auxilia na manutenção da pressão sanguínea e na prevenção de um acúmulo de 
sangue. 
 
Fonte: www.ciencias.seed.pr.gov.br 
 
7 Texto adaptado Marcelo Oliveira 
 
 
Outro aspecto da anatomia das veias é a existência das válvulas venosas, que 
agem unidirecionalmente para evitar o contra fluxo causado pela gravidade. 
Estas válvulas unidirecionais são constituídas de músculo esfíncter ou de duas 
ou três dobras membranosas, além de uma fina camada externa de colágeno, que 
auxilia na manutenção da pressão sanguínea e na prevenção de um acúmulo de 
sangue. 
O diâmetro das veias é muito diverso, pois oscila entre menos de 1 mm, as 
mais finas, e pouco mais de 10 mm, no caso das mais grossas. 
Na periferia, onde são uma continuação dos vasos capilares, o seu diâmetro é 
muito exíguo, mas conforme confluem entre si, unem-se e formam vasos de maior 
diâmetro, sendo as de maior calibre as que acabam no coração. 
O sangue flui pelas veias através de uma cavidade chamada luz, reduzida pela 
constrição dos músculos lisos. Já as paredes das veias são formadas por três 
camadas: 
Túnica íntima: 
É a camada interna e possui uma constituição mais delgada, composta por 
células planas sobre uma membrana basal fina de tecido conjuntivo. 
 
Fonte: slideplayer.com 
Túnica média: 
É a camada mais resistente é formada por tecidos elástico e muscular; 
Túnica adventícia: 
 
 
É a camada mais externa é formada por uma fina camada de tecido conjuntivo 
laxo e flexível, que nutrem as outras duas túnicas e fixam as veias aos tecidos que as 
rodeiam. 
Por sofrerem uma pressão menor do que a sofrida pelas artérias, as veias 
possuem as paredes mais delgadas. 
Uma característica interessante na anatomia venosa é a percepção que temos 
de sua coloração. 
Na luz ambiente, vemos o sangue vermelho porque a maioria das cores é 
absorvida pela hemoglobina, pigmento que contém o oxigênio,com exceção do 
vermelho. 
No entanto, quando temos um filtro bloqueando a cor refletida, no caso a pele, 
essa percepção muda e vemos então nossas veias na cor verde. 
Isso porque o espectro de cor é definido pelos níveis de ferro oxigenado (HbO) 
e o dióxido de carbono (CO2) contidos no sangue. 
As altas taxas de CO2 refletem a cor azul, que misturada com o tom amarelado 
da nossa pele dá a cor esverdeada que vemos. 
2.9 Principais Veias do Corpo Humano 
 Veias Pulmonares 
Essas veias se encarregam de levar o sangue rico em oxigênio dos pulmões 
até o átrio esquerdo do coração. 
 
 
 
 
Fonte: mind42.com 
 Veia Cava 
As veias cavas (superior e inferior) são responsáveis por levar o sangue pobre 
em oxigênio (rico em dióxido de carbono) do corpo até o átrio direito do coração. 
Nesse ínterim, a veia cava superior transporta o sangue da parte inferior do 
corpo, enquanto a veia cava inferior transporta o sangue da parte superior do corpo, 
ou melhor, da cabeça e dos membros superiores. 
 
Fonte: www.slideshare.net 
 Veia Jugular: 
 
 
Essa veia está localizada no pescoço e sua função é transportar o sangue 
venoso (rico em dióxido de carbono e pobre em oxigênio) do crânio para as partes do 
corpo. 
 
Fonte: www.dicasdesaude.info 
 Veia Safena: 
Principais veias do sistema venoso, as veias safenas são responsáveis pelo 
transporte de sangue de cima para baixo. 
 
Fonte: www.dicasdesaude.info 
2.10 Capilares 
Os capilares sanguíneos são vasos finíssimos, com um diâmetro microscópico, 
que fazem a comunicação entre uma arteríola e uma vênula. Isto é, uma veia de 
pequeno diâmetro 
 
 
 
Fonte: escolakids.uol.com.br 
Suas delicadas paredes são formadas por uma única camada de finas células 
endoteliais, o que, em conjunto com a baixa velocidade do fluxo sanguíneo local, torna 
os capilares sanguíneos o ponto ideal para a troca de oxigênio, substâncias nutritivas 
e resíduos metabólicos entre o sangue e os tecidos irrigados por ele. 
Esse pequeno diâmetro interno dos capilares obriga as hemácias, as células 
vermelhas do sangue, sofrerem uma leve deformação, já que os aproximados 
0,008mm das hemácias superam os 0,006mm do diâmetro interno dos capilares. 
Este fluxo sanguíneo, porém não é constante, pelo contrário, é intermitente. A 
cada poucos segundos ou minutos ocorre um fenômeno conhecido como 
vasomotilidade, que consiste na contração das metarteríolas e dos esfíncteres pré-
capilares. 
O principal fator que irá determinar o grau de abertura e fechamento das 
metarteríolas e dos esfíncteres pré-capilares será a concentração de oxigênio nos 
tecidos. 
Em outras palavras, quanto maior o consumo de sangue pelos tecidos, maior 
os períodos intermitentes de fluxo sanguíneo capilar, que permanecem mais 
frequentes e sua duração também. Isso permite que o sangue capilar transporte maior 
quantidade de oxigênio para os tecidos. 
 
 
 
 
Fonte: www.infoescola.com 
Em certas áreas do corpo, principalmente na pele, o sangue não circula pelos 
capilares, sendo desviado diretamente das arteríolas para as vênulas. 
 
Fonte: www.afh.bio.br 
Esse desvio é conhecido por anastomose arteriovenosa ou Shunt AV, com 
paredes espessas e musculares e supridas por fibras nervosas vasomotoras. O Shunt 
AV, além de controlar o fluxo sanguíneo, ajudam a regular a temperatura corporal. À 
medida em que o sangue flui pelo capilar, moléculas de água e partículas dissolvidas 
vão passando para dentro e para fora através da difusão. 
Algumas substâncias, como o oxigênio e o dióxido de carbono, podem se 
difundir através das membranas celulares do capilar diferentemente de outras que só 
podem atravessar através de poros. 
 
 
A permeabilidade da parede dos capilares sanguíneos varia muito, depende da 
necessidade de cada órgão em receber grandes ou pequenas quantidades de 
nutrientes, líquidos ou outras substâncias. 
A intensidade da difusão de uma substância através da membrana capilar se 
dá a diferença de concentração entre os dois lados, quanto maior essa diferença mais 
fácil fica o transporte de substância em uma das direções (transporte passivo). 
A concentração de oxigênio no sangue capilar é maior que no líquido 
intersticial, portanto uma grande quantidade de oxigênio se move para os tecidos, ao 
contrário a concentração de dióxido de carbono que é maior nos tecidos e esse fato 
faz com que esse dióxido se mova para o sangue. 
3 SISTEMA LINFÁTICO 
É uma rede complexa de órgãos linfoides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos 
linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido 
linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório, ou seja, é constituído por uma 
vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por 
todo o corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares sanguíneos, 
filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sanguínea. 
O sistema linfático tem sua origem embrionária no mesoderma, desenvolvendo 
se junto aos vasos sanguíneos. Durante a vida intra-uterina, algumas modificações no 
desenvolvimento embrionário podem constituir características morfológicas pessoais, 
que variam entre os indivíduos (GARRIDO, 2000) 
 
 
 
Fonte: cn.depositphotos.com 
O sistema linfático também é um importante componente do sistema 
imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e 
vírus invasores. 
O estudo do sistema linfático na sala de dissecação não é muito satisfatória 
porque a tenuidade das paredes dos vasos e seu pequeno tamanho fazem com que 
sejam indistinguíveis dos tecidos vizinhos. 
A maior parte da informação sobre o sistema linfático tem sido obtida por 
estudos em laboratórios, com injeção de massa corada dentro de vasos muito 
pequenos. 
O sistema linfático representa uma via auxiliar de drenagem do sistema venoso. 
Os líquidos provenientes do interstício são devolvidos ao sangue através da circulação 
linfática, que está intimamente ligada à circulação sanguínea e aos líquidos teciduais. 
(RIBEIRO, 2004). 
A injeção em grandes vasos não apresenta resultado satisfatório para estudo 
do sistema linfático devido a presença de numerosas válvulas. 
Possui três Funções Inter-relacionadas: 
 Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais; 
 
 
 Absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o 
sistema circulatório; 
 Produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras 
de anticorpos conhecidas como plasmócito). 
 
Fonte: saude.hsw.uol.com.br 
Os Vasos Linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do 
sangue e banha as células. Esse excesso de líquido, que circula nos vasos linfáticos 
e é devolvido ao sangue, chama-se linfa. 
Para Frank (2008), o sistema linfático possui 3 funções básicas: 
Conservação das proteínas plasmáticas: A circulação da linfa faz voltar à 
corrente sanguínea substâncias vitais que escapam dos capilares, como proteínas. 
Absorção de lipídios: Os vasos linfáticos intestinais são as vias de absorção de 
lipídios. 
Defesa contra doenças: O sistema linfático protege o corpo contra 
microrganismos e outros agentes invasores de 2 maneiras: 
a) Pela fagocitose: Processo de englobamento e digestão de material estranho. 
 
 
b) Pela resposta imunológica: Dois tipos de linfócitos proliferam em resposta ao 
contato com substâncias estranhas, dando origem a células que fabricam anticorpo 
Segundo Spence (1991), o sistema linfático possui várias funções importantes, 
como: destruição de bactérias e substâncias estranhas, que são removidas da linfa 
através dos fagócitos presentes nos linfonodos. Respostas imunes específicas à 
presença de bactérias ou substâncias estranhas, com a produção de anticorpos que 
destroem as substâncias invasoras. Retorno do líquido intersticial para corrente 
sanguínea, através dos capilares que estãoprimariamente envolvidos com a coleta 
do plasma dos espaços tissulares e o transporte desse plasma o sistema venoso. No 
seu caminho a linfa passa através dos linfonodos onde partículas são eliminadas por 
fagócitos, prevenindo desse modo que essas partículas entrem pelo sangue. 
3.1 Circulação linfática 
A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas 
que as células produzem durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser 
captadas pelo sistema sanguíneo. 
O sistema linfático coleta a linfa, por difusão, através dos capilares linfáticos, e 
a conduz para dentro do sistema linfático. Uma vez dentro do sistema, o fluido é 
chamado de linfa, e tem sempre a mesma composição do que o fluido intersticial. 
 
Fonte: keywordsuggest.org 
A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, 
da pulsação das artérias próximas e do movimento das extremidades. 
 
 
Todos os vasos linfáticos têm válvulas unidirecionadas que impedem o refluxo, 
como no sistema venoso da circulação sanguínea. Se um vaso sofre uma obstrução, 
o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema. 
Pode conter microrganismos que, ao passar pelo filtros dos linfonodos (gânglios 
linfáticos) e baço são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir 
dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos 
popularmente como “íngua”. 
Para Guirro e Guirro, (2002) os capilares linfáticos são dotados de alta 
permeabilidade, permitindo a passagem de proteínas, cristaloides e água. O fluxo da 
linfa é relativamente lento; aproximadamente três litros de linfa penetram no sistema 
cardiovascular em 24 horas. Esse fluxo é lento porque, ao contrário do sistema 
cardiovascular, o sistema linfático para fluir depende de forças externas e internas ao 
organismo, tais como: a gravidade, os movimentos passivos, a massagem e/ou a 
contração muscular, a pulsação das artérias próximas aos vasos, o peristaltismo 
visceral e os movimentos respiratórios. A linfa absorvida nos capilares linfáticos é 
transportada para os vasos pré- coletores, passando através de vários linfonodos, 
sendo aí filtrada e recolocada na circulação até atingir os vasos sanguíneos. Toda 
linfa do organismo acaba retornado ao sistema vascular sanguíneo através de dois 
grandes troncos: o ducto torácico e ducto linfático direito (GUIRRO E GUIRRO, 2002). 
3.2 Linfa 
A linfa é um líquido que se acumula no espaço intersticial, ou seja, entre os 
tecidos e que está presente nos vasos linfáticos. Sua composição é semelhante a do 
plasma, exceto pela baixa concentração de proteínas. Possui grande quantidade de 
leucócitos, particularmente linfócitos. Geralmente é um líquido claro, porém a do 
intestino delgado torna-se leitosa pela ação dos lipídios digestivos. (Netter;2008). 
 
 
 
Fonte: sistemacardiorespiratorio.webnode 
Segundo Ribeiro (2004), a linfa representa um tecido imunológico circulante 
que transporta uma grande quantidade de leucócitos, predominando quase que 
exclusivamente os linfócitos. As vias linfáticas são constituídas por capilares linfáticos, 
vasos linfáticos e troncos linfáticos. 
A linfa desempenha importante papel no transporte de substâncias no 
organismo, ajuda a eliminar o excesso de líquido e produtos que deixaram a corrente 
sanguínea, tendo ação imunológica, isto é, a linfa é rica em anticorpos. Quando o 
sistema circulatório e/ou linfático não cumpre corretamente suas funções, o corpo fica 
sobrecarregado por excesso de líquido que não consegue absorver. Na maioria dos 
casos, esse fenômeno se traduz por sintomas como celulite, retenção de líquidos, 
peso nas pernas e aparecimento de edema, mais conhecido como linfedema. 
(CUNHA E BORDINHON, 2004). 
 
 
3.3 Componentes do Sistema Linfático8 
3.3.1.1 DUCTO LINFÁTICO DIREITO 
Esse ducto corre ao longo da borda medial do músculo escaleno anterior na 
base do pescoço e termina na junção da veia subclávia direita com a veia jugular 
interna direita. 
 
Fonte: www.auladeanatomia.com 
Seu orifício é guarnecido por duas válvulas semilunares, que evitam a 
passagem de sangue venoso para o ducto. 
Esse ducto conduz a linfa para circulação sanguínea nas seguintes regiões do 
corpo: lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, do membro superior direito, do 
pulmão direito, do lado direito do coração e da face diafragmática do fígado 
3.3.1.2 DUCTO TORÁCICO 
Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É o tronco comum a 
todos os vasos linfáticos, exceto os vasos citados acima (ducto linfático direito). Se 
estende da segunda vértebra lombar para a base do pescoço. 
 
8 NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana, 2000. 
 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
Ele começa no abdome por uma dilatação, a cisterna do quilo, entra no tórax 
através do hiato aórtico do diafragma e sobe entre a aorta e a veia ázigos. 
Termina por desembocar no ângulo formado pela junção da veia subclávia 
esquerda com a veia jugular interna esquerda. 
 
3.3.1.3 CAPILARES LINFÁTICOS 
Os capilares linfáticos possuem um endotélio mais delgado em relação ao 
sanguíneo. Suas células endoteliais sobrepõem-se em escamas, formando 
microválvulas que se tornam pérvias, permitindo sua abertura ou fechamento 
conforme o relaxamento ou a contração dos filamentos de proteção. 
Quando tracionados os filamentos permitem a penetração de água, partículas, 
pequenas células e moléculas de proteínas no interior do capilar, iniciando então a 
formação da linfa (GARRIDO, 2000). 
 
Fonte: emecolombia.foroactivo.com 
 
 
Segundo Leduc e Leduc (2000) os capilares linfáticos constituem a rede de 
absorção que coletam o líquido da filtragem carregada de dejetos do metabolismo 
celular. Os capilares ou linfáticos iniciais são valvulados. Eles encontram-se dispostos 
em dedos de luvas, isto é, num sistema tubular fechado. A progressão da linfa no nível 
dos capilares é facilitada por pressões exercidas pelas concentrações dos músculos 
vizinhos e pela pulsação arterial. As mobilizações de diversos planos tissulares entre 
si, durante movimentos do corpo, favorecem a progressão da corrente linfática. Enfim, 
as pressões líquidas e tissulares têm um papel discreto, mas essencial, na 
manutenção da corrente linfática. 
 
3.3.1.4 BAÇO 
O baço está situado na região do hipocôndrio esquerdo, porém sua 
extremidade cranial se estende na região epigástrica. Ele está situado entre o fundo 
do estômago e o diafragma. Ele é mole, de consistência muito friável, altamente 
vascularizado e de uma coloração púrpura escura. O tamanho e peso do baço varia 
muito, no adulto tem cerca de 12 cm de comprimento, 7 cm de largura e 3 cm de 
espessura. 
 
Fonte: emecolombia.foroactivo.com 
O baço é um órgão linfoide apesar de não filtrar linfa. É um órgão excluído da 
circulação linfática porém interposto na circulação sanguínea e cuja drenagem venosa 
passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, 
através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecidos, substâncias estranhas, 
 
 
células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e 
plaquetas. 
Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído 
tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a 
agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo 
linfático. 
 
 
Fonte: emecolombia.foroactivo.com 
Suas principais funções são as de reserva de sangue, para o caso de uma 
hemorragia intensa, destruição dos glóbulos vermelhos do sangue e preparação de 
uma nova hemoglobina a partir do ferro liberado da destruição dos glóbulos 
vermelhos. 
 
3.3.1.5 LINFONODOS (NÓDULOS LINFÁTICOS): 
São pequenos órgãos em forma de feijões localizados ao longo do canal do 
sistemalinfático. São os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo. 
Armazenam células brancas (linfócitos) que tem efeito bactericida, ou seja, são 
células que combatem infecções e doenças. 
Quando ocorre uma infecção, podem aumentar de tamanho e ficar doloridos 
enquanto estão reagindo aos microrganismos invasores. 
 Eles também liberam os linfócitos para a corrente sanguínea. Possuem 
estrutura e função muito semelhantes às do baço. 
 
 
 
Fonte: www.fisioterapiaparatodos.com 
Distribuem-se em cadeias ganglionares (ex: cervicais, axilares, inguinais etc). 
O termo popular “íngua” refere-se ao aparecimento de um nódulo doloroso. 
Os linfonodos tendem a se aglomerar em grupos (axilas, pescoço e virilha). 
Quando uma parte do corpo fica infeccionada ou inflamada, os linfonodos mais 
próximos se tornam dilatados e sensíveis. 
Existem cerca de 400 gânglios no homem, dos quais 160, encontram-se na 
região do pescoço. 
Os vasos que chegam aos linfonodos (linfáticos aferentes) são mais numerosos 
e mais finos do que os que saem (linfáticos eferentes) e é por esse motivo que o fluxo 
nessa região é lento. Há grupos de linfonodos na axila, virilha, pescoço, perna, bem 
como em várias regiões profundas do corpo. (GUIRRO, 2002). 
Algumas células de defesa do nosso organismo são fundamentais entre elas 
estão: 
Macrófagos 
 Eles tem capacidade de fagocitose, podendo ingerir até 100 bactérias antes 
deles mesmos morrerem, o que os tornam também, importantes na eliminação de 
tecidos necrosados. 
 
 
 
Fonte: www.misistemainmune.es 
Linfócitos 
Um tipo de glóbulo branco do sangue. 99% dos glóbulos brancos presentes na 
linfa são linfócitos. Produzem anticorpos para defender o organismo de infecções. Tal 
como outros tipos de células sanguíneas, os linfócitos se desenvolvem na medula 
óssea e se deslocam no sistema linfático. 
 
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br 
Células T 
Eles começam a viver como células imaturas chamadas de células-tronco. 
Ainda na infância, alguns linfócitos migram para o timo, onde amadurecem e se 
transformam em células T. 
Em condições normais, a maioria dos linfócitos em circulação no corpo são 
células T. Sua função é a de reconhecer e destruir células anormais do corpo (por 
 
 
exemplo, as células infectadas por vírus). Os linfócitos T aprendem como diferenciar 
o que é próprio do organismo do que não é ainda no timo. Os linfócitos T maduros 
deixam o timo e entram no sistema linfático, onde eles atuam como parte do sistema 
imune de vigilância. 
 
Fonte: visao.sapo.pt/actualidade 
Células B 
Permanecem na medula óssea e amadurecem transformando-se em células B. 
As células B reconhecem células e materiais ‘estranhos’ (como bactérias que 
invadiram o corpo). 
Quando essas células entram em contato com uma proteína estranha (por 
exemplo, na superfície das bactérias), elas produzem anticorpos que ‘aderem’ à 
superfície da célula estranha e provocam sua destruição. Derivados de uma célula-
tronco (célula-mãe) da medula óssea e amadurecem até transformarem-se em 
plasmócitos, os quais secretam anticorpos. 
Ambos linfócitos T e B desempenham papel importante no reconhecimento e 
destruição de organismos infecciosos como bactérias e vírus. 
As células assassinas naturais, discretamente maiores que os linfócitos T e B, 
são assim denominadas por matarem determinados micróbios e células cancerosas. 
 
 
 
Fonte: linfocitos.net 
O “natural” de seu nome indica que elas estão prontas para destruir uma 
variedade de células-alvo assim que são formadas, em vez de exigirem a maturação 
e o processo educativo que os linfócitos B e T necessitam. 
As células assassinas naturais também produzem algumas citocinas, 
substâncias mensageiras que regulam algumas das funções dos linfócitos T, dos 
linfócitos B e dos macrófagos. 
 
TONSILA FARÍNGEA (ADENOIDES): 
As Tonsilas que são massas pequenas de tecido linfoide incluídas da mucosa 
de revestimento das cavidades bucal e faríngea. As tonsilas palatinas estão 
localizadas na parede póstero-lateral da garganta, uma em cada lado. As tonsilas 
faríngeas se localizam na parte nasal da faringe. As tonsilas linguais estão localizadas 
na face dorsal da língua, próxima a sua base. Compostas por tecido linfóide e 
circundando a união das vias bucal e nasal, as tonsilas desempenham papel adicional 
contra invasão bacteriana (SPENCE, 1991). 
É uma saliência produzida por tecido linfático encontrada na parede posterior 
da parte nasal da faringe. 
Esta, durante a infância, em geral se hipertrofia em uma massa considerável 
conhecida como adenoide. 
 
 
 
Fonte: drauziovarella.com.br 
TONSILAS PALATINAS (AMÍGDALAS): 
A tonsila palatina encontra-se na parede lateral da parte oral da faringe, entre 
os dois arcos palatinos. Produzem linfócitos. 
 
Fonte: paulosaraceniotorrino.blogspot.com.br 
TIMO 
O timo de uma criança é um órgão proeminente na porção anterior do 
mediastino superior, enquanto o timo de adulto de idade avançada mal pode ser 
reconhecido, devido as alterações atróficas. Durante seu período de crescimento ele 
se aproxima muito de uma glândula, quanto ao aspecto e estrutura. 
 
 
 
Fonte: www.teliga.net 
O timo consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito contato por meio de 
tecido conjuntivo, o qual também forma uma cápsula distinta para o órgão todo. Ele 
situa-se parcialmente no tórax e no pescoço, estendendo-se desde a quarta 
cartilagem costal até o bordo inferior da glândula tireóidea. 
Os dois lobos geralmente variam em tamanho e forma, o direito geralmente se 
sobrepõe ao esquerdo. Ele apresenta uma coloração cinzenta rosada, mole e 
lobulado, medindo aproximadamente 5 cm de comprimento, 4 cm de largura e 6 mm 
de espessura. 
O timo confere a determinados linfócitos a capacidade de se diferenciarem e 
maturarem em células que podem efetuar o processo de imunidade mediada por 
células. Há certas evidências de que o tio também produz um hormônio que pode 
continuar a influenciar os linfócitos após eles terem deixado a glândula. 
(CAMARGO;2000). 
Considerado um órgão linfático por ser composto por um grande número de 
linfócitos e por sua única função conhecida que é de produzir linfócitos é um órgão 
linfático que mais desenvolve no período pré-natal, evolui desde o nascimento até a 
puberdade. 
O sistema linfático que antes vinha sendo considerado apenas um sistema 
paralelo ao sistema circulatório sanguíneo, passou a ser valorizado e reconhecido 
como auxiliar do sistema sanguíneo e imunológico. Desde o século XVII, quando os 
 
 
vasos linfáticos e o sistema linfático foram reconhecidos começaram as pesquisas 
nesse assunto, com o intuito de divulgar mais sobre o assunto e principalmente 
enfocar a importância do sistema linfático no funcionamento geral do organismo. 
(GARRIDO;2002). 
 
 
Fonte: www.tuasaude.com 
4 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
O sistema respiratório é responsável pelo mecanismo de troca gasosa 
(hematose) com o ar atmosférico para garantir que a concentração de oxigênio seja 
mantida no sangue. Além das trocas gasosas, o sistema respiratório também auxilia 
na regulação da temperatura corporal e na manutenção do pH do sangue. O 
mecanismo de hematose pulmonar é fundamental para manter o equilíbrio 
acidobásico do sangue. (DÂNGELO 2005). 
 
 
 
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br 
O sistema respiratório permite o transporte do O2 para o sangue, a fim de ser 
distribuído para as células, e a retirada do CO2, dejeto do metabolismo celular, do 
sangue para o exterior. 
Ele está envolvido na fala e nele ocorre ainda o olfato e, implicado com este, a 
percepção de sabores mais apurados.1 
O sistema respiratório é um conjunto de canais, cuja última e fina ramificações, 
os bronquíolos terminam em câmaras microscópicas. 
Nos dois pulmões existem cerca de 300 milhões de alvéolos para a troca de 
gases(hematose) os pulmões são dois sacos róseos, infláveisprotegidos por duas 
membranas, as pleuras. 
Entre a pleura e o pulmão há uma fina camada de liquido viscoso, que lhes 
permite escorregar um sobre o outro durante os movimentos respiratórios. 
Os dois pulmões ocupam a cavidade torácica, limitada pelo os ossos (costelas, 
esterno) e, inferiormente, por um músculo membranoso o diafragma, que separa o 
tórax do abdome. 
 
 
Do meio exterior até atingir os alvéolo, pulmonares, o ar atmosférico faz um 
percurso relativamente curto. 
A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases 
com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, 
necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de 
eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas 
pelo gás carbônico. Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior 
e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa 
torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traqueia. O 
trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte 
inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das 
pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato 
respiratório inferior. (ARTMED; 2000.). 
4.1 Respiração9 
Entende-se por respiração a união do oxigênio com o alimento (substâncias 
dissolvidas) nas células e a liberação de energia, calor, gás carbônico e água. 
A respiração é uma das características básicas dos seres vivos, em qualquer 
forma que se apresente. A respiração consiste na absorção de oxigênio, pelo 
organismo. É a eliminação do gás carbônico resultante de oxidações celulares. 
A respiração é essencial à manutenção da vida e pode ser definida, de um 
modo simplificado, como uma troca de gases entre as células do organismo e a 
atmosfera. 
 
9 Cesar da Silva Junio; biologia 2, editora saraiva, 11ª edição- 2013 
 
 
 
Fonte: htpilates.wordpress.com 
É um processo bastante simples nas formas de vida unicelulares, como as 
bactérias, por exemplo. 
Nos seres humanos, depende da função de um sistema complexo, o sistema 
respiratório. 
Embora viva imerso em gases, o organismo humano precisa de mecanismos 
especiais do sistema respiratório, para isolar o oxigênio do ar e difundi-lo no sangue 
e, ao mesmo tempo, remover o dióxido de carbono do sangue para eliminação na 
atmosfera. 
4.2 As trocas gasosas 
Na hematose o oxigênio passa dos alvéolos para o sangue, e o gás carbônico 
passa do sangue para os alvéolos. Essa difusão e passiva, dependendo de um 
gradiente de concentração. 
Dessa maneira, as trocas se explicam pelo fato de haver diferença na 
concentração dos gases CO₂ e O₂ entre o sangue venoso e o ar que chegam aos 
alvéolos: como a concentração de O₂ no sangue venoso é menor do que a 
concentração desse gás no ar, ocorre difusão passiva de O₂ do ar para o sangue Já 
para o CO₂ observa-se o contrário. 
 
 
 
Fonte: explorarasciencias.yolasite.com 
A difusão se dá por meio de duas camadas celulares que separam o ar alveolar 
do plasma sanguíneo. Uma e o epitélio pavimentoso dos próprios alvéolos; a outra e 
o endotélio dos capilares que envolvem esses alvéolos. 
4.3 O transporte de gases 
A hemoglobina é um pigmento formado por um radical heme, contendo ferro, 
responsável pela cor vermelha, e pela globina, uma proteína conjugada. 
Muitos milhões de moléculas de hemoglobina distribuem-se homogeneamente 
uma citoplasma de uma hemácia, que pode assim, capacitar os gases respiratórios 
(gás oxigênio e gás carbono) que atravessam a sua delicada membrana plasmática. 
A hemoglobina forma, com esses gases, compostos instáveis, ou seja, pode 
recebê-los e doá-los com facilidade. 
Praticamente todo gás oxigênio que deixa os pulmões em direção aos tecidos 
é transportado pela hemoglobina. Já o CO₂, muito mais solúvel em água do que o O₂, 
tem outras formas de transporte, em valores aproximados, são: 
 9% dissolvidos no plasma 
 27% combinados a hemoglobina 
 64% sob a forma de íons HCO₃ (íons bicarbonatos). 
 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
Nesse último caso, o transporte depende de enzima anidrase carbônica 
presente nas hemácias. 
Essa enzima catalisa a reação de informação do ácido carbônico quando o CO₂ 
dos tecidos chega aos glóbulos vermelhos. 
Em seguida, o ácido carbônico se dissocia em H⁺ e o HCO₃⁻ o íon H⁺ não 
permanece livre, pois combina-se com hemoglobina formando a HHB no interior das 
hemácias, enquanto o HCO₃⁻ passa para o plasma. 
4.4 Os movimentos respiratórios 
Os movimentos de inspiração e expiração dependem da ação dos músculos 
intercostais e do diafragma. 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
 
A contração dos músculos intercostais, situados entre as costelas faz com que 
elas se elevem e a caixa torácica aumente o plano horizontal. Simultaneamente o 
diafragma de contrai e abaixa, determinando a expansão da caixa no plano vertical. 
Com isso aumenta o volume interno do tórax e diminui a pressão sobre os 
pulmões que se dilatam recebendo o ar do exterior. 
Este movimento é a inspiração. Na expiração os músculos relaxam, o volume 
interno da caixa torácica diminui, a pressão sobre as paredes pulmonares aumenta e 
ocorre expulsão do ar. 
5 ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
As cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e os brônquios formam a parte 
condutora do ar até os pulmões, também chamadas espaços mortos, pois, não há 
troca gasosa nessas regiões. 
5.1 Nariz e cavidade nariz 
O nariz, situado no andar médio da face, tem importantes aspectos estéticos e 
funcionais. Sua presença é fundamental para a concepção de urna face normal, 
mesmo que se apresente com maior ou menor tamanho ou de melhor e pior desenho. 
O forro nasal, local frequente de ulcerações, pode ser destruído levando a 
retrações cicatriciais. O septo cartilaginoso resulta exposto e tornar-se perfurado. Se 
houver destruição total do septo, teremos o desabamento nasal. 
Além da sua participação fundamental na estética facial, o nariz tem relevantes 
funções de admissão e expulsão do ar de que necessitamos. Esta estrutura apresenta 
condições anatômicas especiais para aquecer, umidificar e filtrar o ar que aspiramos, 
além de perceber odores (KERNAHAN, 1993). 
É uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior 
denominada nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por 
cavidade nasal. 
O ar penetra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas. 
 
 
 
Fonte: anatomiaonline.com 
Em seguida, flui pelas cavidades nasais, direita e esquerda, que estão 
revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa essas duas cavidades. 
Os pelos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira que podem 
ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contém células receptoras para o olfato. 
 
 
Fonte: anatomiaonline.com 
Na parede lateral de cada cavidade nasal, encontramos saliências ósseas 
recobertas por mucosa especializada chamadas de cornetos: superior, médio e 
inferior. O corneto superior é revestido principalmente por mucosa do tipo olfatório. O 
corneto inferior, o maior deles, é um órgão erétil revestido por mucosa do tipo 
 
 
respiratório que se projeta para o interior da cavidade nasal. Por outro lado, o corneto 
médio geralmente tem pequeno tamanho e é pouco visível. (LOCKHART; 1995). 
5.2 Laringe10 
É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte 
superior do pescoço, em continuação à faringe. 
O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das 
peças cartilaginosas da laringe. 
A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de 
“lingueta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona comoválvula. 
Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. 
Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. 
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes 
de produzir sons durante a passagem de ar, que resulta na fonação. 
Na sua superfície interna, encontramos uma fenda ântero-posterior 
denominada vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega vestibular (cordas 
vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras). 
A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens. Três são 
ímpares (cartilagem tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três são pares (cartilagem 
aritenóidea, cuneiforme e corniculada). 
 
Fonte: anatomiaonline.com 
 
10 Adaptado: Ana Luisa Miranda-Vilela;2011 
 
 
A laringe tem três funções: 
 Atua como passagem para o ar durante a respiração; 
 Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz). 
 Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas 
respiratórias (como a traqueia). 
5.3 Faringe 
A faringe é um órgão tubular que inicia-se nas coanas com prolongação para 
baixo no pescoço com a forma de um funil, seu tamanho varia de 12 à 15 cm de 
comprimento e de cerca de 35 mm em seu início e cerca de 15 mm no seu término. 
Possui comunicação com o esôfago, fossas nasais e os ouvidos. A faringe 
situa-se atrás das fossas nasais e a frente às vértebras cervicais, se mantém ligada a 
laringe e o esôfago. 
 
Contudo é possível distinguir estas ligações em diferentes segmentos: 
 A laringofaringe ou faringe inferior, é denominada a continuação da 
orofaringe ou faringe média, pela frente possui ligação com a laringe o 
por baixo com o esôfago; 
 A orofaringe ou faringe média, está ligada pela parte anterior com a 
cavidade bucal e comunica-se com a faringe superior. 
 A nasofaringe, rinofaringe ou faringe superior, é ligada pelas cavidades 
nasais, fazendo uma ligação com a orofaringe, é a parte mais espessa 
da faringe, compreende-se da base do crânio até o palato mole (céu da 
boca). 
A faringe é composta por uma camada de músculo circular na parte externa, 
um revestimento fino. A parte interna é de músculos esqueléticos e revestida por uma 
túnica mucosa (sempre úmida com o muco produzido). 
Nessa membrana mucosa consta acumulações de células do sistema 
imunológico, chamados de folículos linfoides. 
Funcionam como um “filtro” protegendo a mucosa faríngea dos microrganismos 
presentes no ar e nos alimentos. Alguns dos folículos são denominado de amígdalas, 
volumosos e salientes. 
 
 
Destacam-se: as amígdalas tubárias (duas saliências situadas na faringe 
superior), as amígdalas palatinas (duas saliências localizadas nas faces laterais da 
faringe média) e as amígdalas faríngeas (situada no teto da laringe superior). 
Os ouvidos também se comunicam com a faringe, isso ocorre através do ósteo 
farínico da tuba auditiva, ele é ligado na parte nasal da faringe com a cavidade média 
timpânica do ouvido. 
5.4 Funções da faringe 
A função da faringe é a circulação de alimentos e ar. Ao respirarmos o ar entra 
nas fossas nasais ou pelo orifício da boca passando pela faringe, encaminhando-se 
para traqueia e pelos brônquios até chegar aos pulmões. 
No caso dos alimentos, eles sempre entram pelo orifício da boca, seguindo até 
a faringe média, indo ao esôfago e seguem para o estômago. É graças a presença da 
epiglote que ocorre essa dupla função na faringe. 
Ela situa-se na parte superior da laringe e serve para controlar a entrada de ar 
para a laringe e os alimentos para o esôfago, pois, durante a deglutição ela fecha-se, 
não permitindo a entrada do alimento na laringe. 
 
 
Fonte: blocs.xtec.cat 
 
 
5.5 Traqueia 
A traqueia é um tubo de 10 a 12,5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. 
Constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se 
bifurcando nos 2 brônquios principais. 
Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, 
desvia-se ligeiramente para a direita. 
O arcabouço da traqueia é constituído aproximadamente por 20 anéis 
cartilagíneos incompletos para trás, que são denominadas cartilagens traqueais. 
Internamente a traqueia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o 
epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos. 
Inferiormente a traqueia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais: 
direito e esquerdo. 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência 
ântero-posterior que recebe o nome de carina da traqueia, e serve para acentuar a 
separação dos 2 brônquios. 
5.6 Brônquios 
Os brônquios principais fazem a ligação da traqueia com os pulmões, são 
considerados um direito e outro esquerdo. 
 
 
A traqueia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis 
incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e 
glândulas. 
O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o 
esquerdo. Como a traqueia, os brônquios principais contêm anéis de cartilagem 
incompletos. 
Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao 
atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos 
brônquios lobares. 
Os brônquios lobares subdividem-se em brônquios segmentares, cada um 
destes distribuindo-se a um segmento pulmonar. 
 
 
Fonte: pt.dreamstime.com 
Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores 
denominados bronquíolos. 
As paredes dos bronquíolos contêm músculo liso e não possuem cartilagem. 
Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos 
denominados ductos alveolares. 
Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva 
chamados alvéolos. 
 
 
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias 
respiratórias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. 
 
 
Fonte: www.canstockphoto.com.br 
A função dos alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da 
membrana capilar alvéolo-pulmonar. 
5.7 Pulmão11 
John B(1996) afirma que o pulmão direito é dividido em três lobos (superior, 
médio e inferior), enquanto que o pulmão esquerdo tem apenas dois (superior e 
inferior). Ambos se dividem em segmentos bronco-pulmonares (dez à direita, nove à 
esquerda). No total, são aproximadamente 23 divisões da via aérea entre a traqueia 
e os alvéolos. 
As paredes bronquiais contém músculo liso e tecido elástico, bem como 
cartilagens nas vias aéreas maiores. 
O movimento de gás ocorre como um fluxo de volume nas vias maiores, ao 
passo que nas menores (a partir da 17a geração) ocorre apenas por difusão. 
 
 
11 Graziele Kaminski Guidi 
 
 
 
Fonte: www.infoescola.com 
A pleura é uma membrana dupla. A pleura parietal envolve a cavidade torácica, 
enquanto que a pleura visceral envolve diretamente os pulmões. 
Em circunstâncias normais, o espaço inerpleural contém apenas uma pequena 
quantidade de fluido lubrificante. 
A pleura e os pulmões estendem-se a partir de debaixo das clavículas até as 
8as costelas anteriormente, as 10as costelas lateralmente e o nível de T12 
posteriormente. 
Os pulmões são órgãos pares em forma de cone, localizados na cavidade 
torácica, no mediastino médio. São divididos por fissuras. 
O pulmão direito possui as fissuras horizontal e oblíqua que o divide em 3 lobos, 
superior, médio e inferior. 
O esquerdo possui apenas a fissura oblíqua e 2 lobos, o superior e o inferior. 
O pulmão adulto é uma massa esponjosa de cor cinza-azulada em virtude da poeira 
e fuligem inalada. 
 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
Na criança ele é róseo e antes do nascimento cheio de líquido. O pulmão 
esquerdo é menor e possui apenas2 lobos em virtude do coração. 
Ao ceder espaço para o coração, o pulmão esquerdo sofreu uma involução no 
lobo médio, o que o tornou menor. 
Um resquício desse processo é a presença de uma estrutura chamada lígula, 
presente apenas no pulmão esquerdo. Os pulmões são a mais extensa área do corpo 
em contato com o meio ambiente. 
5.8 Função do pulmão 
A principal finalidade dos pulmões é fornecer ao nosso sangue oxigênio, que é 
transportado para as células do corpo. 
Os demais órgãos respiratórios têm a função de encaminhar o ar aos pulmões, 
é nos mesmos que ocorre conversão do sangue venoso (sangue pobre em oxigênio 
e rico em dióxido de carbono) em sangue arterial (sangue rico em oxigênio). 
 
 
 
Fonte: assovia.blogspot.com.br 
Ao respirarmos iniciamos um caminho complexo, o ar entra pelas narinas (ou 
pela boca), encaminha-se para traqueia seguindo por pequenos tubos, os brônquios. 
A partir dos brônquios o ar é levado para outras regiões pulmonares. Um 
movimento involuntário que é controlado pelo cérebro controla a entrada e saída de 
ar dos pulmões. 
Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas 
uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com 
o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles 
estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às 
costelas. 
 
 
 
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