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QUÍMICA Pré-IFES | Página 65 POR QUE ESTUDAR QUÍMICA? A Química contribui para a melhora da qualidade de vida das pessoas, se souber usá-la corretamente. Nosso futuro depende de como vamos usar o conhecimento Químico. A química se relaciona com outras ciências; Ciências Ambientais: Ecologia e Poluição. Botânica: Agronomia. Biologia: Anatomia, biologia celular e microbiologia. Medicina: Farmacologia, radioquímica. Física: Mecânica quântica, física nuclear. Astronomia: Composição da galáxia. Geografia: Composição e estrutura de regiões. O que é MATÉRIA? É tudo aquilo que tem massa e ocupa um lugar no espaço. A matéria pode ter dimensões limitadas, neste caso será um CORPO. Se o corpo possui finalidade específica, teremos então um OBJETO. Exemplos: · A madeira, o vidro e o ferro são matérias. · Um pedaço de madeira, um caco de vidro, uma barra de ferro são corpos. · Uma cadeira de madeira, um copo de vidro, um balanço de ferro são objetos. Energia Capacidade que um corpo, uma substância ou um sistema físico têm de realizar trabalho Temperatura e calor São conceitos fundamentais da Termologia, que é a área da Física que estuda os fenômenos associados ao calor, como a temperatura, dilatação, propagação de calor, comportamento dos gases, entre outros. Muitas vezes, esses dois conceitos são utilizados como sinônimos, porém, apesar de estarem associados, são aspectos distintos. Temperatura A temperatura é uma grandeza física utilizada para medir o grau de agitação ou a energia cinética das moléculas de uma determinada quantidade de matéria. Quanto mais agitadas essas moléculas estiverem, maior será sua temperatura. O aparelho util izado para fazer medidas de temperatura é o termmetro, que pode ser encontrado em três escalas: Celsius, Kelvin e Fahrenheit. A menor temperatura a que os corpos podem chegar é chamada de Zero absoluto, que corresponde a um ponto em que a agitação molecular é zero, ou seja, as moléculas ficam completamente em repouso. Essa temperatura foi definida no século XIX pelo cientista inglês Willian Thompson, mais conhecido como Lord Kelvin. O zero absoluto tem os seguintes valores: 0K – escala Kelvin e -273,15 ºC – na escala Celsius. Calor O calor, que também pode ser chamado de energia térmica, corresponde à energia em trânsito que se transfere de um corpo para outro em razão da diferença de temperatura. Essa transferência ocorre sempre do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura até que atinjam o equilíbrio térmico. É muito comum ouvirmos algumas expressões cotidianas associando calor a altas temperaturas. Em um dia quente, por exemplo, usa-se a expressão “Hoje está calor!”. Porém, corpos com baixas temperaturas também possuem calor, só que em menor quantidade. Isso quer dizer apenas que a agitação das moléculas é menor em corpos “frios”. A unidade de medida mais utilizada para o calor é a caloria (cal), mas a sua unidade no Sistema Internacional é o Joule (J). A caloria é definida como a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de 1g de água em 1ºC. A relação entre a caloria e o Joule é dada por: 1 cal = 4,186 J Toda matéria é constituída por partículas minúsculas chamadas ÁTOMOS. Os átomos apresentam duas partes fundamentais: O NÚCLEO e a ELETROSFERA. As partículas, fundamentais, que constituem os átomos são: PRÓTONS, NÊUTRONS e ELÉTRONS. No núcleo do átomo são encontrados PRÓTONS e NÊUTRONS; enquanto que na eletrosfera são encontrados os ELÉTRONS. PROPRIEDADES DA MATÉRIA Quando olhamos à nossa volta, percebemos que alguns materiais aquecem mais rápidos que outros e que, outros se quebram com maior facilidade, alguns são verdes outros são incolores, temos materiais com algum odor, etc. Em outras palavras, a matéria possui algumas características chamadas de PROPRIEDADES DA MATÉRIA. Algumas destas propriedades podem ser observadas em todas as matérias e outras são características de certo grupo. As propriedades observadas em toda matéria são denominadas de PROPRIEDADES GERAIS enquanto que QUÍMICA Página 66 | Pré-IFES aquelas que podemos observar em certo grupo de matéria são chamadas de PROPRIEDADES ESPECÍFICAS. As propriedades GERAIS mais importantes são: EXTENSÃO - Denomina-se extensão à propriedade que a matéria tem de ocupar um lugar no espaço, isto é, toda matéria ocupa um lugar no espaço que corresponde ao seu volume. A unidade padrão de volume é o metro cúbico (m3 ), mas o litro (L) é também muito usado. MASSA - É a quantidade de matéria que forma um corpo. A massa tem como unidade principal o quilograma (kg). PESO - força exercida por um corpo sobre qualquer superfície que se oponha à sua queda. INÉRCIA- É a tendência natural que os corpos têm de manter seu estado de repouso ou de movimento numa trajetória reta. A medida da inércia de um corpo corresponde à de sua massa. Assim, quanto maior a massa de um corpo, maior será a sua inércia (apresenta maior resistência à mudança do seu estado de repouso ou de movimento). IMPENETRABILIDADE É a propriedade que os corpos têm de não poder ocupar um mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo. COMPRESSIBILIDADE É a propriedade que os corpos possuem de terem seu volume reduzido quando submetido a determinada pressão. Isto ocorre porque a pressão diminui os espaços existentes entre as partículas constituintes do corpo. ELASTICIDADE É a propriedade que um corpo tem de voltar a sua forma inicial, cessada a força a que estava submetido. A elasticidade a compressibilidade varia de um corpo para outro. INDESTRUTIBILIDADE É a propriedade que a matéria possui de não poder ser criada nem destruída, apenas ser transformada. Esta propriedade constitui um dos princípios básicos da química, ciência que estuda as transformações das substâncias. QUÍMICA Pré-IFES | Página 67 Propriedades Específicas Além das propriedades comuns a todas as matérias, há propriedades específicas que, por sua vez, dividem-se em organolépticas, químicas e físicas. ORGANOLÉPTICAS São as propriedades pelas quais certas substâncias impressionam nossos sentidos: Cor, sabor, brilho, odor, etc. Os estados físicos da matéria A matéria pode ser encontrada em três estados: sólido, líquido e gasoso. O que determina o estado em que a matéria se encontra é a proximidade das partículas que a constitui. Essa característica obedece a fatores como: Força de Coesão: faz com que as moléculas se aproximem umas das outras. Força de Repulsão: faz com que as moléculas se afastem umas das outras. Esses estados de agregação da matéria também são chamados de estados físicos da matéria. Importante: O volume, a densidade e a forma de um composto, podem variar de acordo com a temperatura. A matéria pode se encontrar nos estados: Sólido: Nesse estado físico da matéria, as moléculas se encontram muito próximas, sendo assim possuem forma fixa, volume fixo e não sofrem compressão. As forças de atração (coesão) predominam neste caso. Um exemplo é um cubo de gelo, as moléculas estão muito próximas e não se deslocam, ao menos que passe por um aquecimento. O gelo possui forma e volume constantes. Líquido: Aqui as moléculas estão mais afastadas do que no estado sólido e as forças de repulsão são um pouco maiores. Os elementos que se encontram nesse estado, possuem forma variada, mas volume constante. Além destas características, possui facilidade de escoamento e adquirem a forma do recipiente que os contém. Gasoso: O movimento das moléculas nesse estado é bem maior que no estado líquido ou sólido. As forças de repulsão predominam fazendo com que as substâncias não tomem forma e nem volume constante. Se variarmos a pressão exercida sobre um gás, podemos aumentar ou diminuir o volume dele, sendo assim, pode-se dizer que sofre compressão e expansão facilmente. Os elementos gasosos tomam a forma do recipiente que os contém. Mudanças de estados físicos O que caracteriza e define um estado f ísico da matéria são as forças atuantes em seu interior; coesão, a qual tende a aproximar as partículas, e repulsão, a qualtende a afastá-las. Quando a força de coesão supera a de repulsão, a substância se apresentará na fase de agregação chamada de sól ido, quando as forças apresentarem a mesma intensidade, teremos um líquido, quando a de repulsão superar a de coesão, teremos então um gás. Cada um desses estados físicos distingue-se dos outros, entre outros fatores, por sua forma e volume. O estado sólido apresenta forma e volume constante, o líquido apresenta forma variável e volume constante, e o gasoso, forma e volume variáveis. Na fase de agregação sólida, as partículas não apresentam liberdade de movimento, cabendo-lhes apenas movimentos de ordem vibracional, e a matéria terá maior densidade molecular. No estado líquido, as partículas podem literalmente “rolar” umas sobre as outras. Já na fase gasosa, as partículas terão ampla liberdade de movimento, e a matéria estará em sua fase de menor densidade molecular possível. A matéria pode apresentar-se em qualquer estado físico, dependendo dos fatores pressão e temperatura. Assim, de modo geral, o aumento de temperatura e a redução de pressão favorecem o estado gasoso, e pode- se dizer que o inverso favorece ao estado sólido. As transformações de estado físico da matéria apresentam denominações características, como se pode ver abaixo: a) FUSÃO: representa a passagem do estado sólido para o estado líquido. A temperatura na qual ocorre recebe o nome de Ponto de Fusão. Por exemplo, o derretimento de um cubo de gelo. b) VAPORIZAÇÃO: representa a passagem do estado líquido para o estado gasoso. A temperatura na qual ocorre recebe o nome de Ponto de Ebulição. Uma vaporização pode ocorrer de três modos distintos: 1. CALEFAÇÃO: passagem do estado líquido para o gasoso de modo muito rápido, quase instantâneo. Por exemplo, gotas de água sendo derramadas em uma chapa metálica aquecida. 2. EBULIÇÃO: passagem do estado líquido para o estado gasoso por meio de aquecimento direto, envolvendo todo o líquido. Por exemplo, o aquecimento da água em uma panela ao fogão. 3. EVAPORAÇÃO: passagem do estado líquido para o estado gasoso que envolve apenas a superfície do líquido. Por exemplo, a secagem de roupas em um varal. QUÍMICA Página 68 | Pré-IFES c) LIQUEFAÇÃO ou CONDENSAÇÃO : representa a passagem do estado gasoso para o estado líquido. Por exemplo, a umidade externa de um frasco metálico ao ser exposto a uma temperatura relativamente elevada. d) SOLIDIFICAÇÃO: representa a passagem do estado l íquido para o estado sól ido. Por exemplo, o congelamento da água em uma forma de gelo levada ao refrigerador. e) SUBLIMAÇÃO: representa a passagem do estado sólido para o estado gasoso ou o processo inverso, sem passagem pelo estado líquido. Por exemplo, a sublimação do gás carbônico sól ido, conhecido por gelo seco, em exposição à temperatura ambiente. Sistema Sistema é uma porção l imitada do universo, considerada como um todo para efeito de estudo. Sistema homogêneo ou material homogêneo ou matéria homogênea é aquele que apresenta as mesmas propriedades em qualquer parte de sua extensão em que seja examinado. Sistema heterogêneo ou material heterogêneo ou matéria heterogênea é aquele que não apresenta as mesmas propriedades em qualquer parte de sua extensão em que seja examinado. Fases são as diferentes porções homogêneas, limitadas por superfícies de separação, que constituem um sistema heterogêneo. Os sistemas homogêneos são monofásicos ou unifásicos. Os sistemas heterogêneos são polifásicos, podendo ser bifásicos, trifásicos, etc. Sistema com n componentes sólidos como regra tem n fases. Sistema com n gases sempre tem uma única fase. Não existe sistema heterogêneo de dois ou mais gases. Sistema heterogêneo ou é uma mistura (heterogênea) ou é uma substância pura em mudança de estado físico. Sistema homogêneo ou é uma mistura (homogênea) ou é uma substância pura num único estado físico. Mistura e substância pura Mistura é qualquer sistema formado de duas ou mais substâncias puras, denominadas componentes. Pode ser homogênea ou heterogênea, conforme apresente ou não as mesmas propriedades em qualquer parte de sua extensão em que seja examinada. Toda mistura homogênea é uma solução, por definição. Substância pura é todo material com as seguintes características: · Unidades estruturais (moléculas, conjuntos iônicos) quimicamente iguais entre si. · Composição fixa, do que decorrem propriedades fixas, como densidade, ponto de fusão e de ebulição, etc. · A temperatura se mantém inalterada desde o início até o fim de todas as suas mudanças de estado físico (fusão, ebulição, solidificação, etc.). · Pode ser representada por um fórmula porque tem composição fixa. · Não conserva as propriedades de seus elementos constituintes, no caso de ser substância pura composta. As misturas não apresentam nenhuma das características acima. Essas são as diferenças entre as misturas e as combinações químicas (substâncias puras compostas). Mistura eutética e mistura azeotrópica Existem misturas que, como exceção, se comportam como se fossem substâncias puras no processo de fusão, isto é, a temperatura mantém-se inalterada no início ao fim da fusão. Essas são chamadas misturas eutéticas. Existem misturas que, como exceção, se comportam como se fossem substâncias puras em relação à ebulição, isto é, a temperatura mantém-se inalterada do início ao fim da ebulição. Essas são chamadas misturas azeotrópicas. Não é conhecida nenhuma mistura que seja eutética e azeotrópica simultaneamente. Substância simples e alotropia Substância simples é toda substância pura formada de um único elemento químico. Alotropia é o fenômeno em que um mesmo elemento químico (átomos de mesmo Z) forma duas ou mais substâncias simples diferentes. Elemento Carbono (C) Diamante (Cn) Grafite (Cn) Oxigênio (O) Oxigênio (O2) Ozônio (O3) Fósforo (P) Fósforo branco (P4) Fósforo vermelho (Pn) Substância simples gases nobres H2, N2, O2, F2, Cl2, Br2, I2 O3 P4 S8 Pn, Cn, todos os metais (Nan, Can, Agn) moléculas monoatômicas moléculas biatômicas moléculas triatômicas moléculas tetratômicas moléculas octatômicas moléculas gigantes (macromoléculas) Variedades alotrópicas Enxofre (S) Enxofre rômbico (S8) Enxofre monoclínico (S8) Grandeza molecular QUÍMICA Pré-IFES | Página 69 Separação de misturas Entre os principais métodos de separação de misturas estão: destilação, filtração, decantação, levigação, entre outros. A água está sendo usada para separar a mistura de óleo e areia A maioria dos materiais encontrados na natureza não é substância pura, ou seja, não é constituída de um único tipo de partículas ou moléculas; mas, na verdade, trata-se de misturas compostas de duas ou mais substâncias diferentes. Mas a separação dos componentes dessas misturas ou o fracionamento delas (ou ainda sua análise imediata) são importantes para vários aspectos de nossa vida, como para separar os poluentes da água e torná-la própria para consumo, na produção de metais e de componentes especiais que são usados para produzir medicamentos, alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza; na obtenção do sal de cozinha, na análise dos componentes do sangue nos laboratórios, para separar os componentes do lixo e destiná-los ao tratamento correto ou para reciclagem e assim por diante. No entanto, visto que as composições variam, para realizar a separação de misturas, é necessário aplicar técnicas ou métodos especiais para cada caso. As técnicas podem ser físicas ou químicas, pois o princípio fundamental é usar as propriedades dos componentes das misturas para separá-las. Essas propriedades podem ser o ponto de fusão, o ponto de ebulição, a solubilidade, a densidade, entre outros. Conhecendo bem essas propriedades, é possível então determinar se será necessário aplicar somente um dos métodos de separação de misturas ou se será preciso aplicar vários. Conheça agora os principais processos de separação de misturas homogêneas e heterogêneas: * Catação: Método manual de separação, comoquando escolhemos os feijões para cozinhar; * Ventilação: Arraste por corrente de ar de um dos componentes da mistura que seja bem leve. Exemplos: separação das cascas de grãos de café, cereais e amendoim torrado; * Levigação: Arraste de sólidos de baixa densidade por meio de correntes de água, permanecendo no recipiente os sólidos de densidade maior. Isso é feito pelos garimpeiros para separar a areia (menos densa) do ouro (mais denso); * Peneiração ou tamisação: É usada para separar sólidos de diferentes tamanhos, geralmente passando por uma peneira, sendo que os sólidos menores passam por sua malha, sendo separados dos maiores. É muito usada em construções para separar a areia do cascalho e na cozinha quando se quer separar impurezas na farinha de trigo; * Extração por solventes: Usa-se algum líquido para extrair um ou mais componentes da mistura. Por exemplo, se adicionarmos uma solução aquosa de cloreto de sódio em uma mistura de gasolina e álcool, agitarmos e depois colocarmos em repouso, veremos que a água separará o etanol da gasolina. Isso se baseia na diferença de polaridade e no tipo de forças intermoleculares. O etanol possui uma parte polar e outra apolar, sendo que sua parte apolar é atraída pelas moléculas da gasolina, que também são apolares, pela força de dipolo induzido. Mas a sua parte polar, caracterizada pela presença do grupo OH, é atraída pelas moléculas de água, que também são polares, realizando ligações de hidrogênio que são bem mais fortes que as ligações do tipo dipolo induzido. * Flotação: A flotação consiste em adicionar bolhas de ar em uma suspensão coloidal, que, por sua vez, é classificada como uma mistura formada por partículas suspensas em um líquido, sendo que essas partículas possuem tamanho entre 1 e 1000 nm. Por exemplo, na mineração e extração do cobre a partir da calcopirita (CuFeS2), esta é pulverizada e combinada com óleo, água e detergente. Depois de injetar ar através da mistura, o sulfeto mineral revestido de óleo é atraído pelas bolhas de ar e é arrastado para a superfície com a espuma. O resíduo não desejado, que é denominado de ganga, deposita-se na parte inferior. * Filtração: É um método de separação de misturas heterogêneas sólido-líquido ou gases-sólidos que se baseia na passagem da mistura por um filtro. Existem dois tipos de filtração: a comum e a vácuo. A filtração comum é a simples passagem da mistura por um funil com papel de filtro a vácuo onde os sólidos ficam retidos. Já a filtração a vácuo é feita usando-se um funil de Buchner acoplado a um kitassato, que, por sua vez, está acoplado a uma trompa de água que arrasta o ar de dentro do kitassato, causando uma região de pressão baixa. Essa diferença de pressão leva à sucção do líquido da mistura e acelera o processo de filtração. * Decantação, sedimentação, sifonação e centrifugação: Esses processos baseiam-se em um único princípio: a diferença de densidade entre os componentes da mistura. Eles costumam ser usados em conjunto para separar misturas heterogêneas de dois tipos: líquido + sólido e líquidos imiscíveis. Esse tipo de separação inicia-se na sedimentação. A mistura é deixada em repouso para que, depois de um tempo, as partículas do sólido em suspensão no líquido ou o líquido mais denso, por ação da gravidade, depositem- QUÍMICA Página 70 | Pré-IFES se no fundo do recipiente. Esse processo de sedimentação pode ser acelerado pela realização de uma centrifugação ,no caso de misturas do tipo líquido + sólido. A mistura é colocada em um tubo de ensaio dentro de uma centrífuga, que rotaciona em alta velocidade e, por inércia, faz com que as partículas de maior densidade depositem-se no fundo do tubo. A decantação ocorre quando se inclina o recipiente que contém a mistura, derramando em outro recipiente o líquido menos denso, que ficou na parte de cima. Isso pode ser feito também por sifonação, que é a transferência do líquido por meio de um sifão ou uma mangueira plástica, iniciando-se o fluxo por sucção. Processo de separação de mistura envolvendo sedimentação, decantação e sifonação * Separação magnética: É a aproximação de um ímã magnético de uma mistura que contém alguma substância que é atraída pelo ímã, como limalhas de ferro, para separá-la dos outros componentes. Separação magnética de sucatas * Evaporação: Essa técnica é baseada na diferença de pontos de ebulição entre os componentes da mistura. As misturas homogêneas sólido-líquido, isto é, as soluções químicas verdadeiras, são deixadas em repouso ou aquecidas para que o líquido evapore, permanecendo o sólido que possui o ponto de ebulição muito maior. Essa técnica é usada na obtenção de sal de cozinha a partir da água do mar. Evaporação de água em salinas para obtenção do sal de cozinha No entanto, por meio desse método de separação de misturas, um dos componentes é perdido. E se quisermos obter ambos os componentes? Nesse caso, usamos a destilação, explicada a seguir: * Destilação: É usada para separar cada um dos componentes de misturas sólido-líquido ou líquido- líquido miscíveis. Existem dois tipos: a destilação simples e a destilação fracionada. A destilação simples é usada principalmente para misturas sólido-líquido e consiste em aquecer a mistura em um balão de fundo redondo acoplado a um condensador. O líquido de menor ponto de ebulição evapora e chega ao condensador, onde retorna ao estado líquido e é coletado em outro recipiente. Já a destilação fracionada é usada para misturas líquido-líquido miscíveis. A única diferença é que, antes do condensador, há uma coluna de fracionamento, em que há uma barreira, pois esse condensador possui bolinhas ou cacos de vidro ou de porcelana. Assim, somente o líquido que tiver menor ponto de ebulição conseguirá passar pela coluna de fracionamento, enquanto o outro sofrerá condensação e voltará para o balão de destilação. Esquema de destilação simples e fracionada * Cristalização fracionada: É usada quando há vários sólidos dissolvidos em um solvente, sendo que se evapora o solvente ou a temperatura é diminuída. Um dos componentes começa a cristalizar, enquanto os outros estão dissolvidos. Ele é retirado, e o próximo componente cristaliza-se e assim por diante. * Liquefação fracionada: É usada para separar componentes gasosos através da diminuição da temperatura ou elevação da pressão. Um dos gases torna-se líquido primeiro, passando por posterior destilação fracionada. É uma técnica empregada para separar os componentes do ar. QUÍMICA Pré-IFES | Página 71 * Adsorção: São usadas substâncias que retêm em suas superfícies determinadas substâncias gasosas. Por exemplo, as máscaras contra gases venenosos possuem carvão ativo que adsorve os gases poluentes. A máscara contra gases venenosos usada por soldados utiliza o princípio da adsorção * Dissoluo fracionada: Usada para separar misturas do tipo sólido-sólido em que um dos sólidos mistura-se em determinado solvente e o outro não. Por exemplo, se tivermos uma mistura de sal e areia, podemos adicionar água para que o sal se misture nela e separe- se da areia. Podem ser usados outros processos depois, como a filtração para separar a areia, a destilação para separar a água e o sal, ou a evaporação para obter somente o sal. * Fusão fracionada: Método aplicado para separar misturas do tipo sólido-sólido que possuam pontos de fusão diferentes. A mistura é aquecida e um dos sólidos funde-se primeiro. Modelo Atômico de Dalton A base lógica para a crença de que os átomos realmente existem deve-se aos cientistas: J. Dalton(1766-1844), J. L. Gay- Lussac e A. Avogadro, em trabalhos publicados no início do século XIX ao analisarem dados experimentais que relacionavam o “peso” como sendo uma propriedade atômica fundamental, isto é, eles acreditavam que o “peso” poderia diferenciar um átomo do outro. J. Dalton mostrou que os dados experimentais eram coerentes com as seguintes hipóteses: 1. Os átomos, de caráter indivisível, existem, tem uma forma esférica, completamente maciça e são indestrutíveis. (JohnDalton 1766-1844) 2. Átomos de elementos diferentes possuem “pesos” diferentes. 3. Átomos combinam-se em várias proporções de números inteiros simples para formarem compostos. 4. Em uma reação química, os átomos não são criados, nem destruídos mas trocam de parceiros para produzirem novas substâncias. Esse modelo de átomo foi apelidado de “ modelo atômico da bola de bilhar” por se parecer bastante com uma bola de sinuca. O Problema Do Modelo Atômico De Dalton Michael Faraday (1791-1867), físico e químico inglês), observou que quando a “eletricidade” passa por uma determinada solução, ocorre uma deposição de substância, que é proporcional à quantidade de eletricidade que a atravessa, evidenciando o fato de que a eletricidade deve estar relacionada com algum tipo de partícula constituinte da matéria. George Johnstone Stoney (1826-1911), físico irlandês, nomeou a unidade fundamental da eletricidade de ELÉTRON, mesmo ainda desconhecida, porém demonstrada por dados experimentais como os de Faraday. William Crookes (1832-1919), cientista inglês, identificou o elétron realizando experimentos em ampolas de raios catódicos. As ampolas de Crookes continham gás a baixa pressão. Quando submetida a uma fonte de alta tensão, observava- se a produção de raios luminosos que saíam da extremidade da ampola onde havia o pólo negativo da fonte de alta tensão e caminhavam para a outra extremidade onde estava o pólo positivo. Inicialmente, Crookes pensou que esses raios seriam formados por moléculas, mas J. J. Thomson determinou que tais partículas constituintes dos raios eram carregadas negativamente. John Thomson (1856-1909), inseriu dois pólos (positivo e negativo) na região da ampola de Crookes por onde passavam os raios catódicos e observou que esses raios sofriam desvio sempre na direção do pólo positivo. Conclusão: “os raios na ampola de Crookes são partículas carregadas positivamente, os elétrons”. Como o modelo atômico de Dalton propunha a característica da indivisibilidade, seria impossível, segundo seu modelo, haver a presença de partículas carregadas positiva e negativamente na sua constituição. Assim, passa- se a considerar o modelo de átomo proposto por Dalton INCORRETO. Modelo Atômico de Thomson Embora os elétrons formadores dos átomos tenham carga negativa, os átomos como um todo têm carga zero. Por isso, os cientistas, no começo do século XX, sabiam que cada átomo devia conter um número suficiente de cargas positivas para cancelar a carga negativa dos elétrons. Mas onde estava essa carga positiva? QUÍMICA Página 72 | Pré-IFES THOMSON SUGERIU UM MODELO COM UMA BOLHA GELATINOSA POSITIVAMENTE CARREGADA, COM ELÉTRONS SUSPENSOS NELA, COMO PASSAS EM UM PUDIM, mas esse modelo foi derrubado em 1908 por Ernerst Rutherford num experimento bastante simples, conforme veremos a seguir. Em 1895, o f ísico alemão, Wi lhelm Röntgen (1845-1923), fazia pesquisas com um tubo de raios catódicos, como os de Crookes, quando, repentinamente, notou a existência de determinados raios que ultrapassavam determinados materiais e impressionavam uma chapa fotográfica. Como eram desconhecidos, denominou-os de RAIOS-X. Dois anos mais tarde, o físico francês, Henri Becquerel (1852-1908), fazendo experimentos para relacionar a fosforescência de determinados materiais à base de urânio com os raios- X e acreditando que tal fenômeno som ocorria na presença de luz solar, notou, num dia nublado, que o pedaço de urânio que havia guardado embrulhado num espesso papel preto numa gaveta, havia impressionado uma chapa fotográfica ali presente. Becquerel, então, diante desse acaso, concluiu que os raios-X e a fosforescência nenhuma relação apresentavam, contudo, átomos de alguns elementos químicos são capazes, espontaneamente, de emitirem radiações. A radioatividade desses materiais foi incansavelmente pesquisada pelo casal Curie, Marie Curie (1867-1934) e Pierre Curie (1859-1906), mas, mesmo assim, não puderam explicar a origem da radiação emitida. Sendo o átomo, até então, maciço, como expl icar tal fenômeno radioativo? A partícula emitida era positiva, negativa, neutra? Qual sua massa? Perguntas que foram respondidas por um físico neozelandês, Ernerst Rutherford (1871-1937). Modelo Atômico de Rutheford Rutherford, convencido por Thomson, começou a pesquisar materiais radioativos e, aos 26 anos de idade, notou que havia dois tipos de radiação, uma que era atraída pelo pólo positivo de uma de diferença de potencial, chamada de partícula beta (â) e uma outra, que era atraída pelo pólo negativo, chamada alfa (á). Como a partícula alfa desvia muito pouco da sua trajetória, Rutherford concluiu que sua massa deveria ser bem maior que da partícula beta. Para visualizar tais trajetórias utilizou um anteparo de sulfeto de zinco, um material que emite um brilho de pequena intensidade quando submetido a colisões. Em 1909, Rutherford pediu a dois de seus alunos, Johannes Hans Wilhelm Geiger (1882- 1945), doutor em física, e Ernest Marsden (1889- 1970), professor inglês, que bombardeassem finas folhas de metais com feixes dessas partículas alfa. Se os átomos fossem de fato como bolhas de geléia carregadas com cargas positivas homogeneamente distribuídas por elas, então as partículas a deveriam passar facilmente através da folha, com alguma ligeira deflexão ocasional de sua trajetória. Contudo, ao realizarem os experimentos, Geiger e Marsden, observaram que a maioria das partículas atravessou a lâmina sem sofrer nenhum desvio, colidindo com um anteparo contendo sulfeto de zinco (ZnS), cintilava quando as partículas a colidiam com ele. Eventualmente, algumas dessas partículas desviam com ângulos superiores a 90º, tendo alguma alcançado uma deflexão de até mesmo 180º, isto é, algumas partículas a simplesmente retornavam ao aproximarem-se da folha de metal. Rutherford, então, propôs que a massa e a carga positiva do átomo estava concentrada em uma região central e muito pequena no átomo (algo em torno de 10.000 a 100.000 vezes menor do que o átomo com um QUÍMICA Pré-IFES | Página 73 todo). Ao redor dessa região, chamada por ele de NÚCLEO, estava um grande espaço vazio, a ELETROSFERA, contendo os elétrons em movimento circular ao redor do núcleo. Quando a partícula alfa viesse na direção do núcleo pesado do metal, a grande concentração de carga positiva produziria uma forte repulsão sobre ela, fazendo- a voltar ou defletir. Aquelas partículas alfa que passassem longe do núcleo continuariam em linha reta. Como o átomo como um todo é neutro, é de se supor que, para cada elétrons na eletrosfera exista uma outra carga positiva no núcleo para anular a sua carga. A essa partícula positiva nuclear deu- se o nome de PRÓTON (representado por (p+ ) .UM PRÓTON É CERCA DE 1840 VEZES MAIS PESADO QUE UM ELÉTRON E, PARA CADA ELÉTRON EXISTENTE NA ELETROSFERA, HÁ UM PRÓTON NO NÚCLEO AO SE CONSIDERAR O ÁTOMO NEUTRO. O Problema do Modelo Atômico de Rutherford Havia um problema sério com o modelo atômico de Rutherford: de acordo com todos os princípios da física conhecidos em1911, um átomo contendo um núcleo pequeno positivamente carregado deveria ser instável por causa da repulsão entre os prótons. Se os elétrons estivessem parados, nada os impediria de serem atraídos para o núcleo. Se eles estivessem em movimento ao redor do núcleo,segundo uma trajetória circular, as leis do eletromagnetismo, na época bem estabelecidas, prediziam que o átomo emitiria luz dissipando energia continuamente, até que todo o movimento dos elétrons cessasse e novamente colidiriam com o núcleo. Então, dois anos depois da proposição do modelo atômico de Rutherford, Niels Bohr (1885-1962), físico dinamarquês, tentou Resolver o problema do modelo atômico utilizando a teoria quântica da energia, analisando espectros de emissão de luz do hidrogênio. Modelo Atômico de Bohr Ao bombardear moléculas de hidrogênio aprisionadas num tubo por elétrons arremessados por elevadas diferenças de potencial, ocorre ruptura das l igações e conseqüente formação de átomos de hidrogênio.Alguns desses átomos podem adquirir um excesso de energia interna e emitir luz na região do visível, do ultravioleta ou do infravermelho. Ao se fazer passar essa luz por uma fenda e depois por um prisma, as diversas radiações são dispersas na forma de linhas espectrais, indicando as diferentes energias emitidas pelos saltos quânticos dos elétrons. Para expl icar as linhas espectrais do átomo de hidrogênio, Bohr propôs: 1. Os elétrons nos átomos movimentam-se ao redor do núcleo em trajetórias circulares, de energia quantizada e fixa denominada de camadas de energia ou níveis de energia. Essas camadas, ou níveis são infinitos, mas estudaremos apenas sete delas: K, L, M, O, P e Q, uma vez que o átomo conhecido hoje com a maior quantidade de elétrons tem todos eles ocupando até a camada Q. Cada camada suporta um máximo de elétrons: 2. Não é permitido a nenhum elétron permanecer entre dois desses níveis. Ao absorver energia extra, o elétron muda para uma camada mais energética e, ao retornar a sua camada origem, libera essa energia na forma de onda eletromagnética(luz). Observe que para cada “pulo” dado pelo elétron, existe uma certa quantidade de energia envolvida (absorvida). Quando liberada no regresso do elétron, essa energia transforma-se em LUZ, visível ou não. No caso do hidrogênio, por exemplo, ocorre emissão de luz vermelha, mas também ondas no ultravioleta e no infravermelho. QUÍMICA Página 74 | Pré-IFES Modelo Atômico de Somerfeld Para átomos com mais de 1 elétron, isto é, diferentes do hidrogênio, quando tinham suas linhas espectrais ampliadas revelavam que o que parecia ser uma única raia, na verdade era um conjunto de raias f inas, cada uma com um comprimento de onda e frequência distintos. Sommerfeld propôs que cada nível deveria ser composto por subníveis com diferentes energias e a luz emitida quando ocorre uma transição de um nível de maior energia para o de um de menor energia irá depender do subnível onde estava o elétron antes e depois do salto. Sommerfeld, então, propôs: - Os elétrons apresentam órbitas circulares e elípticas. - Para cada nível “n” existia uma órbita circular e “n – 1” órbitas elípticas. EXERCÍCIOS Modelos Atômicos 1. (Fuvest/SP) Há cerca de 100 anos, J. J. Thomson determinou, pela primeira vez, a relação entre a massa e a carga do elétron, o que pode ser considerado como a descoberta do elétron. É reconhecida com uma contribuição de Thomson ao modelo atômico: a) o átomo ser indivisível. b) a existência de partículas subatômicas. c) os elétrons ocuparem níveis com valores específicos de energia. d) o átomo possuir um núcleo com carga positiva e uma eletrosfera. 2. Aponte a diferença fundamental entre os modelos atômicos de Dalton e de Thomson. 3. (PUC/RS) O átomo, na visão de Thomson, é constituído de: a) níveis e subníveis de energia. b) cargas positivas e negativas. c) núcleo e eletrosfera. d) grandes espaços vazios. e) orbitais. 4. (UFGO/GO) Há 100 anos, a ciência dividiu o que era então considerado indivisível. Ao anunciar, em 1897, a descoberta de uma nova partícula que habita o interior do átomo, o elétron, o físico inglês Joseph John Thomson mudou dois mil anos de uma história que começou quando filósofos gregos propuseram que a matéria seria formada por diminutas porções indivisíveis, uniformes, duras, sólidas e eternas. Cada um desses corpúsculos foi denominado átomo, o que, em grego, quer dizer “não divisível”. A descoberta do elétron inaugurou a era das partículas elementares e foi o primeiro passo do que seria no século seguinte uma viagem fantástica ao microuniverso da matéria (Ciência Hoje, vol. 22, n. 131, p. 24, 1997) A respeito das idéias contidas nesse texto, é correto afirmar que: 01 com base na descoberta dos elétrons, foi possível determinar as massas dos átomos. 02 os elétrons são diminutas porções indivisíveis, uniformes, duros, sólidos, eternos e são considerados as partículas fundamentais da matéria. 04 os átomos, apesar de serem indivisíveis, são constituídos por elétrons, prótons e nêutrons. 08) com a descoberta do elétron, com carga elétrica negativa, pode-se concluir que deveriam existir outras partículas, os nêutrons, para justificar a neutralidade elétrica do átomo. 16) faz 100 anos que se descobriu que os átomos não são os menores constituintes da matéria. Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações corretas. 5. (UFPA) A realização de experiências com descargas elétricas em tubo de vidro fechado contendo gás a baixa pressão produz os raios catódicos. Esses raios são constituídos por um feixe de: a) nêutrons. b) partículas alfa . c) elétrons. d) raios-X. e) prótons. 6. (PUC/SP) Uma importante contribuição do modelo atômico de Rutherford foi considerar o átomo constituído de: a) elétrons mergulhados numa massa homogênea de carga positiva. b) uma estrutura altamente compacta de prótons e elétrons. c) um núcleo de massa desprezível, se comparada com a massa do elétron. d) uma região central com carga negativa chamada núcleo. e) um núcleo muito pequeno de carga positiva, cercado por elétrons. QUÍMICA Pré-IFES | Página 75 7. (ESPM/SP) O átomo de Rutherford (1911) foi comparado ao sistema planetário: núcleo – sol; eletrosfera – planetas. Eletrosfera é a região do átomo que: a) contém as partículas de carga elétrica negativa. b) contém as partículas de carga elétrica positiva. c) contém nêutrons. d) concentra praticamente toda a massa do átomo. e) contém prótons e nêutrons. 8. (UFMG) O modelo da estrutura atômica formulado por Rutherford apresentou como novidade a noção de: a) energia quantizada. b) massa atômica. c) núcleo. d) orbital. e) spin. 9. (UERJ) Em 1911, o cientista Ernerst Rutherford realizou um experimento que consistiu em bombardear uma finíssima lâmina de ouro com partículas alfa, emitidas por um elemento radioativo, e observou que: - a grande maioria das partículas alfa ?atravessava a lâmina de ouro sem sofrer desvios ou sofrendo desvios muito pequenos. - uma de cada dez mil partículas alfa ?era desviada para um ângulo maior do que 90º. Com base nas observações acima, Rutherford pôde chegar à seguinte conclusão quanto á estrutura do átomo: a) o átomo é maciço e eletricamente neutro. b) a carga elétrica do elétron é negativa e puntiforme. c) o ouro é radioativo e um bom condutor de corrente elétrica. d) o núcleo do átomo é pequeno e contém a maior parte da massa. 10. (UFPI) O sulfeto de zinco (ZnS) tem a propriedade denominada de fosforescência, capaz de emitir um brilho amarelo-esverdeado depois de exposto à luz. Analise as afirmativas a seguir, todas relativas ao ZnS, e marque a opção correta. a) Salto de núcleos provoca fosforescência. b) Salto de nêutrons provoca fosforescência. c) Salto de elétrons provoca fosforescência. d) Elétrons que absorvem fótons aproximam-se do núcleo. e) Ao apagar a luz, os elétrons adquirem maior conteúdo energético. 11. Em sua experiência, que o levou ao modelo do átomo nucleado, Rutherford bombardeou [1] com [2]. As lacunas 1 e 2 são corretamente preenchidas com: 12. Na experiência de Rutherford, o mesmo observou que: [1] das partículas alfa () atravessavam a lâmina de ouro sem sofrer desvio; [2] das partículas alfa ?atravessavam a lâmina de ouro, mas eram desviadas ao atravessá-la; [3] das partículas eram refletidas na lâmina de ouro. As lacunas 1, 2 e 3 são corretamente preenchidas com: 13. (ITA/SP) Considerando a experiência de Rutherford, assinale a alternativa falsa. a) A experiência consistiu em bombardear películas metálicas delgadas com partículas alfa. b) Algumas partículas alfa foram desviadas do seu trajeto devido à repulsão exercida pelo núcleo positivo do metal. c) Observando o espectro de difração de partículas alfa, Rutherford concluiu que o átomo tem densidade uniforme. d) Essa experiência permitiu descobrir o núcleo atômico e seu tamanho relativo. e) Rutherford sabia antecipadamente que as partículas alfa eram carregadas positivamente. 14. Sobre o bombardeamento de lâminas metálicas compartículas alfa, responda: a) O que a equipe de Rutherford esperava que fosse ocorrer com a lâmina de ouro ao receber o impacto das partículas alfa? b) O que a equipe observou de surpreendente com essa experiência? c) A experiência implicou quais mudanças no modelo atômico de Thomson? 15. Quantos elétrons são necessários para obtermos a: a) carga elétrica equivalente a cinco prótons? b) massa equivalente à de dois prótons? 16. (UFRGS/RS) Uma moda atual entre as crianças é colecionar figurinhas que brilham no escuro. Essas figuras apresentam em sua: Constituição a substância sulfeto de zinco. O fenômeno ocorre porque alguns elétrons que compõem os átomos dessa substância absorvem energia luminosa e saltam para níveis de energia mais externos. No escuro, esses elétrons retornam a seus níveis de origem, liberando energia luminosa e fazendo a figurinha brilhar. Essa característica pose ser explicada considerando o modelo Atômico proposto por: QUÍMICA Página 76 | Pré-IFES a) Dalton. b) Thomson. c) Lavoisier. d) Rutherford. e) Bohr. 17. (UFMG) O modelo da estrutura atômica formulado por Bohr apresentou como novidade a noção de: a) carga elétrica. b) energia quantizada. c) núcleo. d) orbital. e) spin. 18. (UFMG) Dalton, Rutherford e Bohr propuseram, em diferentes épocas, modelos atômicos. Algumas características desses modelos são apresentadas no quadro a seguir: Modelo Características I Núcleo atômico denso, com carga positiva; elétrons em órbitas circulares. II Átomos maciços e indivisíveis. III Núcleo atômico denso, com carga positivia; elétrons em órbitas circulares de energia quantizada. A associação modelo cientista correta é: I I I I I I a) Bohr Dalton Rutherford b) Dalton Bohr Rutherford c) Dalton Rutherford Bohr d) Rutherford Bohr Dalton e) Rutherford Dalton Bohr 19. No modelo atômico de Bohr, o que significa um “salto quântico”? 20. A figura abaixo representa três níveis de energia de um átomo: Com relação a essa figura, um estudante fez as seguintes afirmações: I. Um elétron precisa receber energia correspondente à diferença E2 – E1 para saltar de E1 para E2. Ao voltar para a posição inicial, ele deve devolver a energia recebida na forma de ondas eletromagnéticas (luz). II. O salto quântico de E1 para E3 é menos energético que o salto de E1 para E2. III. O salto quântico de E1 para E2 libera energia na forma de luz. Está(ao) correta(s) somente a(s) afirmativa(s): a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III. 21. (PUC/MG) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, relacionando os nomes dos cientistas com os modelos atômicos: 1ª Coluna 2ª Coluna 1. Dalton ( ) descoberta do núcleo do átomo e de seu tamanho relativo. 2. Rutheford ( ) átomos esféricos, maciços, indivisíveis. 3. Niels Bohr ( ) modelo semelhante a um 'pudim de passas'. 4. J.J.Thomson ( ) os elétrons giram em torno do núcleo em determinadas órbitas. Assinale a sequência correta encontrada: a) 1 – 2 – 4 – 3. b) 1 – 4 – 3 – 2. c) 2 – 1 – 4 – 3. d) 3 – 4 – 2 – 1. e) 4 – 1 – 2 – 3. 22. (PUC/MG) “As diferentes cores produzidas por distintos elementos são resultado de transições eletrônicas. Ao mudar de camadas em torno do núcleo atômico, os elétrons emitem energia nos diferentes comprimentos de ondas, as cores.” (O Estado de São Paulo, Caderno de Ciências e Tecnologia, 26 dez. 1992). O texto anterior está baseado no modelo atômico proposto por: a) Niels Bohr. b) Rutherford. c) Heisenberg. d) John Dalton. e) J. J. Thomson. 23. (UFRGS) Em fogos de artifício, as diferentes colorações são obtidas quando se adicionam sais de diferentes metais às misturas explosivas. Assim, para que se obtenha a cor verde, é utilizado o cobre, enquanto, para a cor vermelha se utiliza o estrôncio. A emissão de luz com cor característica para cada elemento deve-se: a) aos elétrons desses íons metálicos, que absorvem energia e saltam para níveis mais externos e, ao retornarem para os níveis internos, emitem radiações com coloração característica. b) às propriedades radioativas desses átomos metálicos. c) aos átomos desses metais que são capazes de decompor a luz natural em um espectro contínuo de luz visível. d) à baixa eletronegatividade dos átomos metálicos. e) aos elevados valores de energia de ionização dos átomos metálicos. QUÍMICA Pré-IFES | Página 77 24. (UFRN) Considere o seguinte diagrama de níveis de energia para o átomo de hidrogênio: As transições em que ocorre apenas absorção de energia são: a) I, II, III e IV. b) III e IV. c) I e II. d) I e III. 25. Quando aquecida ao rubro, uma barra de ferro emite luz. Baseado no modelo de Bohr, proponha um modelo para explicar esse fenômeno. 26. (UFPI) Um elétron no estado excitado pode retornar ao estado fundamental de duas formas diferentes emitindo fótons de comprimento de onda de acordo com as figuras a seguir: Assinale entre as opções a equação que relaciona corretamente 1, 2 e 3. 27. O modelo atômico planetário foi criado por [1] e aperfeiçoado por [2]. As lacunas 1 e 2 são corretamente preenchidas com: [1] [2] a) Rutherford Bohr b) Bohr Rutherford c) Bohr Thomson d) Thomson Bohr e) Rutherford Thomson 28. Para que o elétron de um átomo no estado fundamental salte de uma camada para outra mais afastada do núcleo, ele precisa [1] uma determinada quantidade (quantum) de energia. Na volta para a camada de origem, esse elétron [2] a mesma quantidade )o mesmo quantum) de energia sob forma de [3]. As lacunas 1, 2 e 3 são corretamente preenchidas com: [1] [2] [3] a) Ceder Absorve Raios gama b) Absorver Cede Raios gama c) Ceder Absorve Onda eletromagnética d) Absorver Cede Onda eletromagnética e) Ceder Absorve Raio catódico 29. (UFPI) A luz fornecida por uma lâmpada de vapor de sódio utilizada em iluminação pública é resultado de: a) transição de elétrons de um dado nível de energia para outro de maior energia.. b) remoção de elétrons de um átomo para formar cátions. c) transição de elétrons de um nível de energia mais alto para um mais baixo. d) adição de elétrons e átomos para formação de ânions. e) combinação de átomos para formar moléculas. 30. Sobre o modelo atômico de Bohr, responda: a) No que Bohr se baseou para construir seu modelo atômico? b) Quais os postulados propostos por Bohr? c) Quando podemos dizer que um átomo se encontra em seu estado fundamental? d) O que ocorre quando um elétron “salta” para um nível de energia imediatamente superior e quando “salta” para outro nível imediatamente inferior ao que ele se encontra? 31. Considere a afirmação: “A massa total de 1836 elétrons corresponde à massa de um próton.” Agora, leia o texto: “A massa de um próton está para a massa de uma pessoa que pesa 50kg assim como a massa de um elétron está para a massa de uma caneta que tem massa ...... gramas.” Qual deverá ser a massa da caneta mencionada no texto? 32. Considere que o diâmetro do átomo seja 100.000 vezes maior que o diâmetro do núcleo. Se o núcleo tivesse o tamanho de uma bola de futebol (diâmetro médio = 30 cm), qual seria o diâmetro do átomo correspondente? 33. Na célebre experiência de Rutherford, foi verificado que, para cada 150 partículas ?desviadas de sua direção, havia 1.500.000 partículas ?que atravessavam as finas lâminas de ouro sem se desviar. Isto leva à conclusão de que o tamanho do átomo é quantas vezes maior que do núcleo, baseando-se apenas na informação prestada? 34. De acordo com o modelo atômico de Bohr, o elétron do átomo de hidrogênio: I. poderia possuir apenas determinados valores de energia. II. deveria ficar em uma posição fixa ao redor do núcleo. III. deveria ser diretamente atraído para o núcleo. Está(ao) correta(s) somente a(s) afirmativa(s): a) I. b) II. c) III. d) I e II. 35. Considerando o modelo atômico de Bohr, foram feitas as seguintes afirmações: QUÍMICA Página 78 | Pré-IFES I. Ao receber energia, o elétron salta de um nível mais energético para outro menos energético. II. Ao retornar de uma posição mais energética para outra menos energética, o elétron libera energia naforma de ondas eletromagnéticas. III. A perda ou o ganho de energia por um elétron ocorre por meio de um número inteiro de “pacotes de energia”, denominado quantum. Está(ao) correta(s) somente a(s) afirmativa(s): a) I e IIII. b) I e II. c) III. d) II e III. 36. Leia o texto: “O espectro visível da luz solar, que corresponde ao conhecido arco-íris, vai da radiação vermelha à violeta, mais energética.” A respeito do texto acima, responda: a) Existem radiações eletromagnéticas não-visíveis? Se sim, dê dois exemplos. b) Qual a radiação mais energética: a infravermelho ou a ultravioleta? 37. Como o modelo atômico de Bohr explicou o fato de que os elétrons não caem no núcleo atômico? 38. Se um pouco de óleo cai no fogo enquanto fritamos algum alimento, surge uma característica chama amarela, devido à presença de sódio no sal de cozinha que, provavelmente, estava misturado ao óleo. De acordo com o modelo de Bohr, explique como os átomos de sódio emitem luz quando ativados. 39. Dissolva NaCl em água, em seguida, mergulhe um pedaço de madeira na solução, retire-o e deixe secar. Ao queimá-lo, aparece uma chama amarela. Esse fenômeno ocorre porque: a) o calor transfere energia aos elétrons dessa substância, fazendo com que eles se desloquem para níveis energéticos mais altos, emitindo luz. b) o calor transfere energia aos elétrons dessa substância, fazendo com que eles se desloquem para níveis energéticos mais baixos, emitindo luz. c) o calor transfere energia aos elétrons dessa substância, fazendo com que eles se desloquem para níveis energéticos mais altos. Quando esses elétrons excitados voltam a níveis energéticos inferiores, eles devolvem a energia absorvida sob a forma de luz. d) os elétrons, para não se deslocarem de seu nível energético, ao receberem calor, emitem luz. 40. Modelos atômicos são concepções que os cientistas fazem a respeito do átomo, como resultado de dados experimentais e que também são fortemente influenciados pela criatividade do cientista. Analise, então, as duas colunas abaixo: A. Modelo Atômico de Dalton B. Modelo Atômico de Thomson C. Modelo Atômico de Rutherford I. Roda-gigante II. Bola de boliche III. Sopa de feijão. A melhor associação entre as colunas é dada pela alternativa: a) A-II; B-III, C-I. b) A-II, B-I, C-III. c) A-I, B-II, C-III. d) A-I, B-III, C-II. 41. Atritados um contra o outro, um pedaço de lã e um bastão de vidro passam a se atrair mutuamente. Baseando-se no modelo atômico de Thomson, como este fenômeno poderia ser explicado? 42. Modelos são parte integrante do modo de trabalho da Ciência. Considerando-se o modelo de átomo elaborado por Rutherford, decida se as afirmações a seguir são corretas ou não. a) O núcleo é a região de menor massa do átomo. b) Os prótons e os elétrons localizam-se no núcleo. c) O átomo, apresenta, predominantemente, espaço vazio. d) A região central do átomo é chamada de eletrosfera. 43. Qual a função do sulfeto de zinco uti l izado na experiência de Rutherford? 44. Qual seria o diâmetro de um átomo se o núcleo fosse do tamanho de uma bola de futebol (diâmetro = 20cm)? 45. Considerando a experiência de Rutherford, assinale a alternativa FALSA: a) A experiência consistiu em bombardear películas metálicas delgadas com partículas alfa. b) Algumas partículas alfa foram desviadas do seu trajeto devido à repulsão exercida pelo núcleo positivo do metal. c) Observando o espectro de difração das partículas alfa, Rutherford concluiu que os átomos têm densidade uniforme. d) Essa experiência permitiu descobrir o núcleo do átomo e seu tamanho relativo. e) Rutherford sabia antecipadamente que as partículas alfa eram carregadas positivamente. 46. (FUNORTE_2_2003) Leia com atenção o texto a seguir: “(...) Isso sinalizou a revelação bombástica de que todos os objetos sólidos – inclusive o corpo humano – são constituídos quase que inteiramente de espaço vazio (...). Levando em conta os padrões subatômicos, um átomo seria algo como uma ervilha (o núcleo) no centro de uma área do tamanho de set campos de futebol, rodeada de alguns grânulos de poeira (os elétrons) espalhados na superfície”. – (Superinteressante, novembro de 2002) QUÍMICA Pré-IFES | Página 79 O universo atômico-molecular é fascinante, com teorias muitas vezes difíceis de serem imaginadas e, por isso mesmo, de serem aceitas. O fragmento acima revela parte da teoria de um modelo atômico que, na época em que foi lançada, provocou uma grande agitação no mundo dos químicos e físicos. O modelo atômico descrito no texto trata-se do modelo de: a) Dalton. b) Rutherford. c) Thomson. d) Bohr. 47. Com base no modelo de Bohr: a) Onde estão localizados os elétrons? b) Qual a condição para um elétron permanecer em uma determinada camada? c) O que acontece com um elétron quando recebe energia? d) O que acontece com o elétron quando está no estado ativado (excitado)? 48. Se um elétron move-se de um nível de energia para outro mais afastado do núcleo do mesmo átomo, pode- se afirmar que: a) há emissão de energia. b) há absorção de energia c) não há variação de energia. d) há emissão de luz de um determinado comprimento de onda. 49. O que ocorre quando um elétron excitado volta à sua órbita de origem? 50. Arranje, em ordem crescente de energia, os seguintes tipos de radiação eletromagnéticas emitidas por um determinado átomo: ondas de rádio, radiação infravermelha, luz visível, radiação ultravioleta. 51. Considere os modelos atômicos de: I. Dalton; II. Thomson. III. Rutherford. a) Qual deles foi proposto baseado nos resultados da medida da massa dos participantes de reações químicas? b) Qual introduziu a natureza elétrica da matéria? c) Qual apresenta a matéria como sendo descontínua? d) Qual é o mais recente? 52. As alternativas a seguir referem-se ao modelo atômico de Sommerfeld. Indique a falsa: a) O modelo de Sommerfeld foi desenvolvido a partir da observação de espectros de emissão de átomos mais complexos que o hidrogênio. b) Segundo Sommerfeld, cada nível de energia n possui n subníveis. c) Cada nível n é constituído de uma órbita circular e (n – 1) órbitas elípticas de diferentes excentricidades. d) O núcleo do átomo também descreve uma trajetória determinada, ocupando em cada momento um dos focos da elipse descrita pelo movimento do elétron. e) A energia mecânica total do elétron é determinada pela distância que o elétron se encontra do núcleo (energia potencial) e pelo tipo de órbita que ele descreve (energia cinética). Gabarito / Modelos Atômicos 1. b 2. Enquanto o modelo atômico de Dalton determina a indivisibil idade do átomo, o modelo atômico de Thomson pressupõe a divisibilidade do átomo em partículas negativas (os elétrons) e uma massa homogeneamente positiva onde estão incrustados os elétrons.. 3. b 4. 16 5. c 6. e 7. a 8. c 9. d 10. c 11. d 12. b 13. c 14. a) Esperava que as partículas alfa atravessassem a lâmina metálica, tal como um projétil de revólver atravessa uma folha de papel; no máximo, as partículas sofreriam pequenos desvios. b) Observou algumas cintilações surgirem em ângulos próximos a 180º, indicando que partículas alfa haviam colidido frontalmente com algo extremamente denso. c) Em vez de ser constituído de uma esfera positiva e pouco densa (como um pudim), o átomo continha imensos espaços vazios onde ficavam os elétrons com um núcleo central positivo e muito denso. 15. a) 5 elétrons. b) 3672 elétrons. 16. e 17. b 18. e 19. Mudança do elétron para um nível de energia maior quando ele recebe uma quantidade de energia (quantum). 20. a 21. c 22. a 23. a 24. c 25. Aquecer a barra significa fornecer energia aos átomos de ferro. Os elétrons absorvem essa energia e saltam, para níveis mais energéticos. Ao retornarem, devolvem a energia na forma de luz. QUÍMICA Página 80 | Pré-IFES 26. a 27. a 28. d 29. c 30. a) No modelo atômico de Rutherford e, principalmente, nos espectros luminosos do hidrogênio. b) O elétron move-se em órbitas circulares em torno de um núcleo atômico central. Para cada elétron do átomo,existe uma órbita específica, em que ele apresenta uma energia bem definida e característica; essa energia não varia enquanto o elétron estiver nessa órbita. Os espectros dos elétrons são descontínuos porque os níveis de energia são quantizados. c) Quando todos os seus elétrons estiverem ocupando seus respectivos níveis de menor energia. d) Se o elétron salta de um nível de menor energia para outro nível imediatamente superior, ele absorve um quantum de energia; se ele salta de um nível de maior energia para outro nível imediatamente inferior, ele emite um quantum de energia. 31. 27g. 32. 30km. 33. 10000 vezes maior. 34. a 35. d 36. a) Sim, infravermelho e ultravioleta. b) Ultravioleta. 37. Os elétrons estão girando ao redor no núcleo em órbitas de energia fixa. 38. Ao receber calor da chama os elétrons se excitam. Ao retornarem à camada de origem, liberam essa energia absorvida na forma de luz amarela. 39. c 40. a 41. Com o atrito, um dos materiais fica eletrizado com carga positiva e o outro fica eletrizado com carga negativa. Essas cargas elétricas opostas se atraem mutuamente. 42. FFVF. 43. Detectar os pontos sobre os quais as partículas a incidiam. 44. De 2 a 20km. 45. c 46. b 47. a) Nas camadas de energia fixa. b) Não perder nem ganhar energia. c) Ele pula para uma camada mais externa. d) Tende a devolver a energia recebida na forma de energia radiante e retornar à camada de origem. 48. b 49. Devolve a energia recebida na forma de luz ou calor. 50. ondas de rádio < infravermelha < luz visível < ultravioleta. 51. I, II, III, III. 52. d MODELO ATÔMICO ATUAL (ORBITAL OU QUÂNTICO) A teoria atômica de Bohr foi abandonada apenas 12 anos após a sua formulação. O primeiro questionamento surgiu em 1924, quando Louis de Broglie introduziu a ideia da dualidade da matéria, isto é, todas as partículas materiais em movimento apresentam propriedades ondulatórias, isto é, toda e qualquer massa pode apresentar propriedades como comprimento de onda, frequência, difração, etc. Se analisarmos a tabela abaixo, perceberemos que, quanto maior a massa, menor o comprimento de onda característico, de maneira que nem mesmo poderemos medir tal comprimento com os equipamentos que temos hoje. Mas para corpos com uma massa praticamente desprezível como o elétron, tais fenômenos, com certeza serão observados, de maneira que, quando um feixe de elétrons atinge a superfície de um cristal, ele deve ser difratado. Heisenberg também contribuiu para a modificação do modelo atômico de Bohr ao introduzir a idéia do PRINCÍPIO DA INCERTEZA que, segundo ele, seria impossível determinar ao mesmo tempo a posição e a velocidade do elétron. Como, segundo o princípio da incerteza de Heisenberg, a localização exata do elétron seria impossível, esta possibil idade então foi abandonada e os cientistas começaram a desenvolver maneira de verificar tão somente se o elétron estava longe ou perto do núcleo, relacionado tal localização à sua energia. Schrödinger, desenvolveu uma equação de onda capaz de nos dar um significado físico ao comportamento dual da matéria, desenvolvendo regiões onda a probabilidade de se encontrar o elétron ao redor do núcleo fosse máxima. A essa região deu-se o nome de ORBITAL. Assim, o elétron poderia descrever movimentos de duas maneiras diferentes ao redor do núcleo: numa região esférica, podendo ser encontrado inclusive diretamente sobre o núcleo, algo que seria impossível segundo o modelo atômico de Bohr; ou nas laterais do núcleo, nuca sobre ele. QUÍMICA Pré-IFES | Página 81 A combinação dos orbitais determina a formação de subníveis de energia, quais sejam: subnível s, subnível p, subnível d e subnível f. Cada subnível tem uma quantidade máxima de orbitais: Cada orbital suporta, no máximo, 2 elétrons: No final teremos a representação: f14 d10 p6 s2 . Como os subníveis estão localizados nos níveis: Os elétrons em átomos multieletrônicos ocupam orbitais como aqueles do hidrogênio. Entretanto, as energias desses orbitais não são as mesmas que para um átomo de hidrogênio. O núcleo de um átomo com muitos elétrons tem mais cargas que o núcleo do hidrogênio, e a carga maior atrai os elétrons mais fortemente e, portanto, diminui as suas energias. Entretanto, os elétrons repelem- se uns aos outros, o que aumenta suas energias. A essa repulsão elétron-elétron, impedindo ou atenuando a atração nuclear, dá-se o nome de blindagem eletrônica. Se um elétron está num orbital “s” seu poder de penetração e aproximação do núcleo é maior do que qualquer um dos orbitais, uma vez que sua região envolve o núcleo por completo, diminuindo a energia do elétron. Para elétrons nos orbitais “p”, “d” e “f”, há um, ou mais de um nó, passando pelo núcleo, blindando os elétrons e aumenta sua energia, devido ao afastamento do núcleo. Assim, a ordem de energia dos orbitais obedece a sequência: s < p < d < f . Investigando a ordem de energia dos subníveis, podemos observar que não ocorre uma obediência quanto à ordem de energia dos níveis e, para faci li tar a representação dessa ordem crescente de energia, foi proposto um diagrama pelo cientista norte-americano Linus Carl Pauling (prêmio Nobel em 1954 -química- e em 1962 -paz), conforme se segue: ORDEM CRESCENTE DE ENERGIA DOS SUBNÍVEIS 1s2 < 2s2 < 2p6 < 3s2 < 3p6 < 4s2 < 3d10 < 4p6 < 5s2 < 4d10 < 5p6 < 6s2 < 4f14 < 5d10 < 6p6 < 7s2 < 5f14 < 6d10 < 7p6 DISTRIBUIÇÃO/CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA NOS ÁTOMOS NEUTROS ÁTOMO NEUTRO é toda espécie química onde a quantidade de prótons (no núcleo) é igual à quantidade de elétrons (na eletrosfera). É uma tendência natural buscar-se a estabilidade adquirindo menor energia. Os elétrons, ao preencherem os subníveis de energia, iniciam o preenchimento pelos orbitais menos energéticos, isto é, aqueles que estão mais próximos ao núcleo. Quando isso ocorre, dizemos que o átomo está em seu estado fundamental. Considerando um átomo com 23 elétrons, teremos: Distribuição nos subníveis de energia: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d3 (não separá-los com vírgula) Distribuição nos níveis de energia: K-2 L-8 M-11 N-2 ATENÇÃO: Se a distribuição eletrônica terminar em s2 d4 ou em s2 d9, mudar para s1 d5 e s1 d10, respectivamente. Observe: 24Cr 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d4 QUÍMICA Página 82 | Pré-IFES MUDAR A DISTRIBUIÇÃO PARA 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d5 29Cu 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d9 MUDAR A DISTRIBUIÇÃO PARA 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d10 Justificativa: O subnível 4s é menos energético que o 3d. Ficou comprovado experimentalmente que o subnível 3d, possuidor de 5 orbitais, ao se preencher ou semipreencher completamente com os elétrons traz uma maior estabilidade ao átomo, motivo pelo qual sai um elétron do orbital 4s (menos energético) para o 3d (mais energético). DISTRIBUIÇÃO/CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA NOS ÍONS ÍON é toda espécie química que perdeu ou ganhou elétrons, carregando-se eletricamente com carga negativa (se receber elétrons) ou com carga positiva (se perder elétrons). Assim, o íon difere de um átomo neutro apenas na quantidade de elétrons. Nos íons, os elétrons saem e entram na última camada. Exemplo: Fazendo a distribuição para o íon 29Cu+ 3 (perdeu 3 elétrons): Configuração eletrônica do átomo neutro de cobre: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d10 (4s pertence à camada de maior energia, nesse átomo) Ao retirar o único elétron presente no 4s, teremos a configuração: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10. Precisamos, ainda, retirar mais 2 elétron que agora serão retirados do subnível 3d, obtendo, então a configuração: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d8. O 29Cu3+, pelo que vimos, tem configuração: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d8. Exemplo: Fazendo a distribuição para o íon 23V- 1 (ganhou 1 elétron): Configuração eletrônica do átomo neutro de vanádio: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d3 (4s pertence à camada de maior energia, nesse átomo) Deveríamos adicionar o elétron no subnível 4s, porém, ele já está com o número máximo de elétrons. Então colocá- lo-emos no subnível 3d que está incompleto, configurando: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d4. O 23V1-, pelo que vimos,tem configuração: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d4. OBSERVAÇÃO: O íon positivo recebe o nome de CÁTION e o íon negativo recebe o nome de ÂNION. As Partículas Subatômicas Em 1.932, o inglês James Chadwick descobriu uma outra partícula subatômica de massa muito próxima à do próton, porém sem carga elétrica. Essa partícula, que passou a ser chamada de nêutron localiza-se no núcleo do átomo, juntamente com os prótons. Nêutrons e prótons são partículas muito parecidas, exceto pela carga elétrica (próton, positivo e nêutron, neutro); juntos, são denominados de núcleons. Dessa forma, podemos representar as partículas subatômicas do átomo assim: Através da notação de uma espécie química podemos extrair vários dados acerca deles: Z, A, nº, p+, e-, configuração eletrônica... QUÍMICA Pré-IFES | Página 83 Isótopos, Isóbaros e Isótonos Ao bebermos um copo de água, estamos ingerindo moléculas formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O). Será que todos os átomos de hidrogênio presentes nas moléculas de água são exatamente iguais? E os de oxigênio? A resposta às duas perguntas é NÃO. A grande maioria dos átomos de hidrogênio pode ser representada por H1 Contudo,além desses, também existem outras, em menor quantidades, representadas por H2 (deutério) e H 3 (trítio), diferenciados apenas pela quantidade de nêutrons no núcleo. Como todos eles têm número atômico 1, isto é, 1 próton no núcleo, dizemos que todos eles pertencem ao mesmo elemento químico. ISÓTOPOS: átomos com mesmo número atômico (mesma quantidade de prótons). ISÓBAROS: átomos com mesmo número de massa (A). ISÓTONOS: átomos com mesma quantidade de nêutrons. Alótropos A alotropia ocorre quando um mesmo elemento químico forma duas ou mais substâncias simples diferentes. Essa diferença pode ser na proporção dos átomos ou na disposição deles na substância sólida. Alótropos do Carbono Carbono Grafite A grafite consiste de camadas planas de átomos de carbono, em hibridização sp2, em arranjo hexagonal. Os elétrons são livres para se moverem de um átomo para outro de carbono, através da rede p deslocalizada formada pelos orbitais p não-hibridizados de cada átomo de carbono. Quando impurezas estão presentes, os planos podem deslizar uns sobre os outros faci lmente, caracterizando a grafite como excelente lubrificante. Além disso, a grafite é boa condutora de eletricidade dentro dos planos, mas má perpendicularmente aos planos. Carbono Diamante No diamante, cada átomo de carbono é hibridizado sp3 e ligado tetraedricamente a seus quatro vizinhos, com todos os elétrons em ligações s. O diamante é um sólido rígido, transparente e isolante elétrico. É a substância mais dura conhecida. Teoricamente, o diamante deveria se transformar em grafite, uma vez que este é mais estável que aquele. Entretanto, seria necessária uma temperatura de 3500ºC para se processar a transformação. Não é interessante transformar um anel com diamante em grafite. Mas, transformar grafite em diamante é mais interessante e pode ocorrer essa transformação a uma pressão de 100.000 atm e a uma temperatura de 2.000ºC, dando origem ao diamante sintético que não tem uma estrutura tão perfeita quanto à do diamante natural. EXERCÍCIOS - Estrutura fundamental da matéria - Números quânticos - Distribuição eletrônica em átomos neutros e íons - Semelhanças atômicas (isóbaros, isótopos e isótonos ) 1. (UFMG) O modelo atômico atual apresenta uma descrição probabilística para os elétrons. Esse modelo inclui todos os seguintes conceitos, exceto: a) energias quantizadas. b) nêutron. c) núcleos atômicos. d) prótons. e) órbitas eletrônicas. 2. (Fatec/SP) Considere as afirmações abaixo: I. em um subnível d há 7 orbitais. II. em um subnível p há 3 orbitais. III. em um orbital s cabem 2 elétrons. IV. em um orbital p cabem 6 elétrons. Quanto a tais afirmações: a) apenas a II é correta. b) apenas a I e a II são corretas. c) apenas a II e a III são corretas. d) apenas a II, a III e a IV são corretas. e) todas são corretas. 3. (UFG/RJ) Um átomo possui os subníveis s, p, e d de uma camada completamente preenchidos. Considerando que somente esses subníveis estão presentes nessa camada, o total de elétrons aí encontrado é: a) 2. b) 6. c) 8. d) 14. e) 18. 4. (UFMG) De um modo geral, os sucessivos modelos atômicos têm algumas características comuns entre si. Com base na comparação do modelo atual com outros, a afirmativa correta é: QUÍMICA Página 84 | Pré-IFES a) No modelo de Dalton e no atual, cada átomo é indivisível. b) No modelo de Rutherford e no atual, cada átomo tem um núcleo. c) No modelo de Rutherford e no atual, os elétrons têm energia quantizada. d) No modelo de Bohr e no atual, os elétrons giram em órbitas circulares ou elípticas. e) No modelo de Dalton e no atual, as propriedades atômicas dependem do número de prótons. 5. (FURRN) A afirmativa correta é: a) No subnível s o número máximo de elétrons é 2 porque possui 2 orbitais. b) No subnível p o número máximo de elétrons é 6 porque possui 3 orbitais. c) No subnível d o número máximo de elétrons é 5 porque possui 5 orbitais. d) No subnível f o número máximo de elétrons é 10 porque possui 5 orbitais. e) No subnível f o número máximo de elétrons é 14 porque possui 14 orbitais. 6. Qual a distribuição eletrônica em camadas do átomo 25Mn 55 ? a) 2-8-13-2. b) 2-8-8-7. c) 2-8-15. d) 2-8-18-18-8-1. e) 2-8-18-26-1. 7. A pedra ímã natural é a magnetita Fe3O4 . O metal ferro pode ser representado pór 26Fe 56 e seu átomo apresenta a seguinte distribuição eletrônica por níveis: a) 2-8-16. b) 2-8-8-8. c) 2-8-10-6. d) 2-8-14-2. e) 2-8-18-18-10. 8. (UFR/RJ) O íon Fe 2+, que faz parte da molécula de hemoglobina e integra o sistema de transporte de oxigênio no interior do corpo, possui 24 elétrons e número de massa igual a 56. O número atômico e o de nêutrons desse íon correspondem, respectivamente, a: Z n a) 26 30 b) 24 30 c) 24 32 d) 30 24 e) 26 32 9. (Fuvest/SP) Considere os seguintes elementos e seus respectivos números atômicos: I. Na (Z = 11). II. Ca (Z = 20). III. Ni (Z = 28). IV. Al (Z = 13). Dentre eles, apresenta (ou apresentam) elétrons no subnível d de suas configurações eletrônicas apenas: a) I e IV. b) III. c) II. d) II e III. e) II e IV. 10. (ITA/SP) Com relação às duas configurações eletrônicas de um mesmo átomo: Identifique a alternativa falsa: a) É necessário fornecer energia para passar de I para II. b) A passagem de I I para I emite radiação eletromagnética. c) I representa a configuração eletrônica de um átomo de sódio não excitado. d) A energia de ionização de II é menor que a de I. e) I e II representam eletrosferas de elementos diferentes. 11. (PUCC/SP) A espécie química 2 Pb + apresenta 127 nêutrons. Com base nessa informação podemos afirmar que o número total de partículas no seu núcleo é igual a: (Dado: Z do chumbo igual a 82) a) 205. b) 206. c) 207. d) 208. e) 209. 12. (UFV/MG) Os átomos do elemento químico índio (In), com número atômico igual a 49 e número de massa igual a 115, possuem: a) 98 nêutrons. b) 49 nêutrons. c) 115 nêutrons. d) 164 nêutrons. e) 66 nêutrons. 13. (FUCMT) O bromo, único halogênio que nas condições ambiente se encontra no estado líquido, formado por átomos representados por35Br 80 , apresenta: a) 25 elétrons na camada de valência. b) 2 elétrons na camada de valência. c) 7 elétrons na camada de valência. d) 35 partículas nucleares. e) 45 partículas nucleares. 14. (OSEC) Sendo o subnível 4s1 (com um elétron) o mais energético de um átomo, podemos afirmar que: I. o número total de elétrons desse átomo é igual a 19; II. esse apresenta quatro camadas eletrônicas; III. a sua configuração eletrônica é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s1 a) Apenas a firmação I é correta. b) Apenas a firmação II é correta. c) Apenas a firmação III é correta. d) As afirmações I e II são corretas. e) As afirmações II e III são corretas. QUÍMICA Pré-IFES | Página 85 15. Assinale a alternativa que possui apenas ânions bivalentes compostos: 16. (FEI/SP) Um cátion metálicotrivalente tem 76 elétrons e 118 nêutrons. O átomo do elemento químico, do qual se originou, tem número atômico e número de massa, respectivamente: a) 76 e 194. b) 76 e 197. c) 79 e 200. d) 79 e 197. e) 79 e 194. 17. (UEL/PR) Considere as afirmações abaixo: I. O elemento químico de número atômico 30 tem 3 elétrons de valência. II. Na configuração eletrônica do elemento químico com Z igual a 26, há 6 elétrons no subnível d. III. 2 3 3 3 s p corresponde à configuração eletrônica dos elétrons de valência do elemento químico de número atômico 35. IV. Na configuração eletrônica do elemento químico de número atômico igual a 21, há 4 níveis energéticos. Estão corretas somente as afirmações: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. 18. (FEI/SP) São dadas as seguintes informações relativas aos átomos X, Y e Z: I. X é isóbaro de Y e isótono de Z. II. Y tem número atômico 56, número de massa 137 e é isótopo de Z. III. O número de massa de Z é 138. O número atômico de X é: a) 53. b) 54. c) 55. d) 56. e) 57. 19. (Osec/SP) São dados 3 elementos genéricos A, B e C. O átomo A tem número atômico igual a 70 e número de massa igual a 160. O átomo C tem 94 nêutrons, sendo isótopo de A. O átomo B é isóbaro de C e isótono de A. O número de elétrons do átomo B é igual a: a) 160. b) 70. c) 74. d) 78. e) 164. 20. (ITA) São definidas quatro espécies de átomos neutros em termos de partículas nucleares: Átomo I – possui 18 prótons e 21 nêutrons Átomo II – possui 19 prótons e 20 nêutrons Átomo III – possui 20 prótons e 19 nêutrons Átomo IV – possui 20 prótons e 20 nêutrons Pode-se concluir que: a) os átomos III e IV são isóbaros; b) os átomos II e III são isoeletrônicos; c) os átomos II e IV são isótopos; d) os átomos I e II pertencem ao mesmo período da Classificação Periódica; e) os átomos II e III possuem o mesmo número de massa. 21. (UFF/RJ) Alguns estudantes de Química, avaliando seus conhecimentos relativos a conceitos básicos para o estudo do átomo, analisam as seguintes afirmativas: I. Átomos isótopos são aqueles que possuem mesmo número atômico e números de massa diferentes. II. O número atômico de um elemento corresponde à soma do número de prótons com o de nêutrons. III. O número de massa de um átomo, em particular, é a soma do número de prótons com o de elétrons. IV. Átomos isóbaros são aqueles que possuem números atômicos diferentes e mesmo número de massa. V. Átomos isótonos são aqueles que apresentam números atômicos diferentes, números de massa diferentes e mesmo número de nêutrons. Esses estudantes concluem corretamente que as afirmativas verdadeiras são as indicadas por: a) I, III e V. b) I, IV e V. c) II e III. d) II, III e V. e) II e V. 22. (UEBA) O número de elétrons do cátion X 3+ é igual ao de prótons do átomo Y, que, por sua vez, é isótppo do átomo W, que apresenta números atômico e de massa, respectivamente, 36 e 84. O número atômico do elemento X é: a) 33. b) 36. c) 39. d) 45. e) 51. 23. Com base nos dados do quadro a seguir, referentes aos átomos A, B e C, descubra os números atômico (Z) e de massa (A) desses átomos e indique quais são isótopos entre si. QUÍMICA Página 86 | Pré-IFES 24. Dentre as alternativas a seguir, indicar a que contém a afirmação correta. a) Dois átomos que possuem o mesmo número de nêutrons pertencem ao mesmo elemento químico. b) Dois átomos com o mesmo número de elétrons em suas camadas de valência pertencem ao mesmo elemento químico. c) Dois átomos que possuem o mesmo número de prótons pertencem ao mesmo elemento químico. d) Dois átomos com iguais números de massa são alótropos. 25. (UFMG) Recentemente, foi sintetizada uma nova forma alotrópica do carbono, que ficou conhecida como buckybola ou futeboleno. Essa forma alotrópica difere da grafite e do diamante em relação: a) à variedade de átomos ligados ao carbono. b) ao modo como os átomos de carbono estão arranjados. c) ao número de elétrons na camada de valência do átomo de carbono. d) ao número de nêutrons no núcleo do átomo de carbono. Gabarito 1. e 2. c 3. e 4. b 5. b 6. a 7. d 8. a 9. b 10. e 11. e 12. e 13. c 14. d 15. d 16. d 17. d 18. c 19. c 20. e 21. b 22. c 23. 14A 29, 7B 3, 30C 14 24. c 25. b CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS Dimitri Ivanovich Mendeleyev (1834 – 1907) História da Tabela Periódica Um pré-requisito necessário para construção da tabela periódica, foi a descoberta individual dos elementos químicos. Embora os elementos, tais como ouro (Au), prata (Ag), Estanho (Sn), cobre (Cu), chumbo (Pb) e mercúrio (Hg) fossem conhecidos desde a antiguidade. A primeira descoberta científica de um elemento, ocorreu em 1669, quando o alquimista Henning Brand descobriu o fósforo. Durante os 200 anos seguintes, um grande volume de conhecimento relativo às propriedes dos elementos e seus compostos, foram adquiridos pelos químicos. Com o aumento do número de elementos descobertos, os cientistas iniciaram a investigação de modelos para reconhecer as propriedades e desenvolver esquemas de classificação. A primeira classificação, foi a divisão dos elementos em metais e no-metais. Isso possibilitou a antecipação das propriedades de outros elementos, determinando assim, se seriam ou não metálicos. As primeiras tentativas A lista de elementos qumicos, que tinham suas massas atômicas conhecidas, foi preparada por John Dalton no início do século XIX. Muitas das massas atômicas adotadas por Dalton, estavam longe dos valores atuais, devido a ocorrência de erros. Os erros foram corrigidos por outros cientistas, e o desenvolvimento de tabelas dos elementos e suas massas atômicas, centralizaram o estudo sistemático da química. Os elementos não estavam l istados em qualquer arranjo ou modelo periódico, mas simplesmente ordenados em ordem crescente de massa atômica, cada um com suas propriedades e seus compostos. Os químicos, ao estudar essa lista, concluíram que ela não estava muito clara. Os elementos cloro, bromo e iodo, que tinham propriedades químicas semelhantes, tinham suas massas atômicas muito separadas. Em 1829, Johann Wolfgang Dbereiner teve a primeira ideia, com sucesso parcial, de QUÍMICA Pré-IFES | Página 87 agrupar os elementos em três - ou tríades. Essas tríades também estavam separadas pelas massas atômicas, mas com propriedades químicas muito semelhantes. A massa atômica do elemento central da tríade, era supostamente a média das massas atômicas do primeiro e terceiro membros. Lamentavelmente, muitos dos metais não podiam ser agrupados em tríades. Os elementos cloro, bromo e iodo eram uma tríade, lítio, sódio e potássio formavam outra. A segunda tentativa Um segundo modelo foi sugerido em 1864 por John A.R. Newlands (professor de química no City College em Londres). Sugerindo que os elementos, poderiam ser arranjados num modelo periódico de oitavas, ou grupos de oito, na ordem crescente de suas massas atômicas. Este modelo, colocou o elemento lítio, sódio e potássio juntos. Esquecendo o grupo dos elementos cloro, bromo e iodo, e os metais comuns como o ferro e o cobre. A idéia de Newlands, foi ridicularizada pela analogia com os sete intervalos da escala musical. A Chemical Society recusou a publicação do seu trabalho periódico (Journal of the Chemical Society). Nenhuma regra numérica foi encontrada para que se pudesse organizar completamente os elementos químicos numa forma consistente, com as propriedades químicas e suas massas atômicas. A base teórica na qual os elementos químicos estão arranjados atualmente - número atômico e teoria quântica - era desconhecida naquela época e permaneceu assim por várias décadas. A organização da tabela periódica, foi desenvolvida não teoricamente, mas com base na observação química de seus compostos, por Dimitri Ivanovich Mendeleiev. A Tabela Periódica, segundo Mendeleyev Dimitri Ivanovich Mendeleyev (1834 – 1907) nasceu na Sibéria, sendo o mais novo de dezessete irmãos. Mendeleyev foi educado em St. Petersburg, e posteriormente na França e Alemanha. Conseguiu o cargo de professor de química
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