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Sedimentologia - Sistema Deposicional Eólico

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
FGEL – FACULDADE DE GEOLOGIA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA 
 
 
 
TEMA 4: 
"SISTEMA DEPOSICIONAL EÓLICO." 
 
 
NOME: RAFAELA NEVES DE OLIVEIRA – MATRÍCULA: 201710131211 
VITÓRIA DE AZEVEDO SILVA – MATRÍCULA: 201710132211 
 
 
 
DISCIPLINA: SEDIMENTOLOGIA 
 
 
 
RIO DE JANEIRO – RJ 
2019 
1 
 
Projeto de pesquisa: Sistema deposicional eólico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto técnico apresentado como requisito 
parcial para obtenção de aprovação na disciplina 
Sedimentologia no Curso de Geologia, na 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 
 Prof. Loren 
2 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................6 
2. IMPORTANTE MECANISMO DE EROSÃO PELO VENTO............................ 7 
 2.1. Abrasão...............................................................................................................7 
 2.2. Deflação..............................................................................................................7 
3. LITOLOGIA DAS DUNAS.....................................................................................7 
4. SISTEMA DEPOSICIONAL EÓLICO...................................................................8 
 4.1.DUNA EÓLICA...................................................................................................8 
 4. 1.1. Dunas Migratórias.......................................................................................9 
 4.1.2. Dunas Estacionárias......................................................................................10 
 4.2 DEPÓSITO DE INTERDUNAS..........................................................................11 
 4.2.1. Geometria........................................................................................................11 
 4.2.2. Litologia..........................................................................................................11 
 4.2.3. Estrutura Sedimentar........................................................................................12 
 4.3. DEPÓSITO EÓLICO MANTIFORME..............................................................12 
 4.4. DEPÓSITO DE EXTRADUNAS........................................................................12 
5. PROCESSO DE SEDIMENTAÇÃO EÓLICA......................................................13 
 5.1. Processos de Transporte.....................................................................................13 
 5.1.1 Saltação............................................................................................................13 
 5.1.2. Suspensão.......................................................................................................13 
 5.1.3. Arrasto............................................................................................................14 
3 
 5.2. PROCESSOS DE DEPOSIÇÃO.......................................................................15 
 5.2.1. Queda livre de grãos (grain fall).....................................................................15 
 5.2.2. Deposição por Avalanche de Grãos................................................................15 
 5.2.2.1. Transporte por Fluxo de Grãos (grain flow)..............................................15 
 5.2.2.2. Transporte por Deslizamento Gravitacional (slide e slumping).................15 
 5.2.3. Deslizamento e Fluxo de Grãos (grain flow).................................................15 
 5.2.4 Deposição associada a migração e cavalgamento ............................................16 
6.CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA ....................................................................16 
 6.1. Dunas Simples......................................................................................................16 
 6.1.1. Dunas Transversais..........................................................................................16 
 6.1.2. Dunas Barcanas................................................................................................16 
 6.1.3. Dunas Barcanóides...........................................................................................17 
 6.2. Dunas Longitudinais.............................................................................................17 
 6.3. Dunas Dômicas......................................................................................................17 
 6.4. Dunas Estreladas....................................................................................................17 
 6.5. Dunas de Retenção...................................................................................................17 
 6.6. Dunas Reversas.........................................................................................................18 
 6.7. Dunas de Deflação.....................................................................................................18 
 6.7.1. Depressão Circular (blow-out).............................................................................18 
 6.7.2. Dunas Parabólica.................................................................................................18 
 6.8. Dunas Compostas ou Complexas.......................................................................19 
4 
7. ESTRUTURAS SEDIMENTARES DE DUNAS EÓLICAS.................................19 
 7.1. Estratificação Cruzada.........................................................................................19 
 7.1.1. A natureza dos Estratos Cruzados....................................................................19 
 7.1.2. Estratos de Fluxo de Grãos (Grain Flow Strata)..............................................19 
 7.1.3 Estratos de Queda Livre de Grãos (Grain Fall Strata)......................................19 
8. OUTRAS ESTRUTURAS SEDIMENTARES DAS DUNAS...............................20 
 8.1. Marcas Onduladas...............................................................................................20 
 8.1.1 Cavalgamento crítico......................................................................................20 
 8.1.2. Cavalgamento supercrítico.............................................................................21 
 8.1.3. Cavalgamento subcrítico.................................................................................21 
9.PADRÃO DE PALEOCORRENTE........................................................................21 
10. ESTUDO DO CASO..............................................................................................22 
 10.1. Caracterização das Feições Eólicas.......................................................................23 
 10.1.1. Dunas Livres......................................................................................................23 
 10.1.1.2 Dunas Barcanas...............................................................................................23 
10.1.1.3. Dunas Transversais de Crista Reta (2D)..........................................................23 
 10.1.1.4. Dunas Transversais de Crista Sinuosa (3D)...................................................24 
 10.1.1.5. Draa ou Duna Complexa de Rio Novo...........................................................24 
101.1.6. Dunas Oblíquas...............................................................................................25 
 10.1.1.7. Dunas Parabólicas...........................................................................................25 
 10.2. Concluindo O Estudo do Caso.............................................................................2611. CONCLUSÃO......................................................................................................27 
5 
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................28 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Um sistema deposicional é um conjunto de fácies geneticamente relacionada 
designado e definidos com base em diversos ambientes, como por exemplo: ambiente 
deposicional fluvial, eólico. 
Em linhas gerais, o trabalho aqui proposto busca analisar o sistema deposicional eólico 
e os demais tipos de depósitos eólicos e sedimentos relacionados. Sistema deposicionais eólicos 
são domínios fisiogeográfico de sedimentação onde o vento tende a ser o principal agente 
geológico. Este sistema envolve os seguintes tipos de depósitos e sedimentos associados: 
Depósitos Eólicos Mantiformes, Dunas Eólicas, Interdunas e Extradunas. 
Vale a pena ressaltar um aspecto fundamental deste sistema é que o nível de base de 
erosão tem a definição por conta da superfície freática, abaixo onde o vento não tem capacidade 
de remover partículas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
2. IMPORTANTE MECANISMO DE EROSÃO PELO VENTO 
2.1. Abrasão 
É o desgaste mecânico de uma superfície através de sucessivos impactos de partículas 
(areia fina, média ou grossa) transportadas pelo vento, com materiais estacionados, que 
geralmente são maiores (seixo,bloco,etc), em que ocorre processo de desgaste e polimento de 
todos esses materiais. Principal exemplo são os ventifactos, que são seixos que apresentam duas 
ou mais faces planas desenvolvidas pela ação da abrasão. 
2.2. Deflação 
É a remoção do sedimento solto da superfície pelo vento. Feições características em 
regiões áridas e semi-áridas são as depressões de deflação ou corredores de vento, depressões 
rasas de dimensões variadas resultantes da erosão diferencial dos materiais da superfície. 
 
3. LITOLOGIA DAS DUNAS 
3.1. Composição: variável desde areias finas principalmente quartzosas, grãos de quartzo 
foscos, feldspática, gipsífera, carbonática. 
3.2. Cor: Depende da composição. 
3.3. Textura de duna: areia fina, bem selecionada, com grãos bem arredondados, pouca 
consolidação, bimodalidade textural em que há variações no tamanho do grão de uma lâmina 
para outra, os grãos não cimentados são foscos, tamanho do grão fica entre 0,1 e 1,0 mm, raro 
a ocorrência de tamanhos superiores a 5mm. 
3.4. Geometria: Dunas como corpo lenticulares, superfícies de truncamento onduladas a 
planas: barcanas, meia lua, longitudinais com grandes alturas e sobre grandes distâncias, dunas 
parabólicas com camadas frontais convexas. 
 
 
 
7 
4. SISTEMA DEPOSICIONAL EÓLICO 
O Sistema deposicional eólico envolve os seguintes de depósitos eólicos e sedimentos 
associados: 
4.1. Dunas Eólicas 
4.2. Depósito Eólico Mantiforme 
4.3 Depósito de Interdunas 
4.4. Depósito de Extradunas 
4.1. Dunas Eólicas 
Dunas são morros ou cadeia de areias depositadas pelo vento. Se forma quando o vento 
sopra sobre um obstáculo, resultando na deposição de grãos de areia, que se acumula e forma 
depósitos de areia. Boa parte das dunas possui um perfil assimétrico com uma encosta suave a 
barlavento e uma declividade íngreme a sotavento, está voltada para a direção em que o vento 
é mais forte. Sua ocorrência e geometria depende da intensidade, direção e regularidade do 
vento, disponibilidade de sedimentos e presença ou ausência de vegetação. 
 
 
 
Figura 1: Processo de formação de dunas. Fonte: Mundo Educação. 
8 
São dois métodos para classificar as dunas: uma considera seu aspecto como parte do 
relevo (morfologia) em que as principais são barcana, transversal, parabólica,estrela e 
longitudinal, e a outra considera a forma em que os grãos de areia se projetam em seu interior 
(estrutura interna). A classificação da estrutura interna das dunas é feita através da dinâmica de 
formação, sendo dois tipos: as dunas migratórias e as estacionárias. 
 4.1.1. Dunas Migratórias 
O transporte das dunas migratório segue o ângulo de barlavento, e depois é depositado 
no sotavento, onde há forte turbulência. Assim os grãos da base do barlavento migram pelo 
perfil da duna até sotavento. Onde gera uma estrutura interna de leitos com mergulho próximo 
a inclinação de sotavento. Esse tipo de duna muda de local constantemente por causa da forte 
ação dos ventos e ausência de vegetação ou barreira natural. Em determinados locais a migração 
das dunas gera problemas de soterramento e assoreamento, a medida mais eficiente encontrada 
é o plantio de vegetação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 2: Dunas de Cabo Frio. Fonte: Vitória Azevedo. 
 
 
9 
4.1.2. Dunas Estacionárias 
Nas dunas estacionárias a areia é depositada de forma em que as camadas 
acompanhem o perfil morfológico da duna, ou seja, as sucessivas camadas são depositadas 
sobre o terreno com o soprar do vento que carrega as partículas, partindo de barlavento para 
sotavento, onde cria uma estrutura interna estratificada. Mesmo com a forte turbulência gerada 
pelo vento, os grãos de areia permanecem de forma agregada aos estratos da formação, que 
pode impedir a movimentação da duna. Este tipo de duna pode ficar imóvel por diversos fatores 
como aumento de umidade, que faz os grãos permanecerem juntos pela tensão superficial da 
água, obstáculos internos (blocos de rocha, troncos, etc) ou a vegetação que se desenvolve sobre 
a duna controlando seus limites. 
 
 Figura 3: Dunas de Cabo Frio. Fonte: Vitória Azevedo. 
 
4.2. Depósito de Interdunas 
Depósito onde apresenta topografia irregular, com algumas ondulações e sem 
orientação definida. Sendo uma planície arenosa, conhecido também como depósito de 
interdunas. Nesse setor do campo eólico, é desenvolvido dunas vegetadas, que são nebka, que 
podem ser denominadas também de coppice dunes ou hummock dunes, sendo pequenas dunas 
10 
monticulares que são controlados por núcleos de vegetação de densidade e tipos distintos. O 
terreno interdunar possui uma espessura baixa, em que pode se aproximar do lençol freático. 
Formado por processos eólicos e nao eólicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 4: Depósito de Interdunas. Fonte: Mundo Educação. 
4.2.1. Geometria 
Tabular mais ou menos horizontal de espessura fina, que varia de acordo com o tempo de 
exposição. 
4.2.2. Litologia 
Composição: Sedimentos clásticos, químicos (evaporíticos) e biológicos. 
Textura: Granulometria varia de argila a seixo, tendo o pior tipo de seleção das dunas. 
4.2.3. Estrutura Sedimentar 
Estratificação: Predomina estratificação de baixo ângulo (horizontal a sub-horizontal, ângulo 
menor que 10º.) 
11 
Ripples de adesão: pequenas ripples sopra areia sobre uma superfície úmida, em que a areia 
dere. é transversal a direção do vento e possui morfológica irregular. 
Bioturbação: comum devido a atividade vegetal e animal. 
Feições deformativas: comuns devido a areia saturada em água. 
Outras estruturas associadas a processos subaquosos: ripples, marcas de ravinamento, canais, 
etc. 
4.3. Depósito Eólico Mantiforme 
Ocorre desenvolvimento de feições onde não é possível identificar a morfologia das 
dunas, como cristas ou faces de deslizamento, porém se apresentam alinhadas na direção do 
vento predominante, e evidencia uma migração rumo a esta direção, em um ambiente 
deposicional eólico transgressivo, sendo estas feições intituladas depósito eólico mantiforme, 
também chamados de depósito eólico de baixo ângulo, representando lençóis ou mantos 
arenosos que se desenvolve na margem vegetada, próximo a praia. 
4.4. Depósito Extradunas 
Esse tipo de depósito corresponde aos sedimentos que estão situados à margem dos 
campos de dunas, e que sua origem não é relacionada à ação eólica, porém se relaciona no 
tempo e no espaço com depósitos de gênese eólica, sendo por exemplo, os depósitos lacustres 
e praias.5. PROCESSO DE SEDIMENTAÇÃO EÓLICA 
5.1. Processos de transporte 
Saltação, suspensão e arrasto são três modalidades de transporte de partículas pelo 
vento. Tal diferenciação se dá por conta do tamanho do grão a ser transportado, e também pela 
energia do vento e pela existência ou não de obstáculos. 
 
 
12 
5.1.1 Saltação 
Processo de transporte eólico de partículas sedimentares que tendem a saltar de ponto 
a ponto, consecutivamente soerguidos e impulsionados pelo agente geológico transportador em 
correntes turbilhonadas ou com variação de fluxo e com energia entre à que permite a 
suspensão e à que alavanca o arrasto de determinadas partículas. O processo de saltação é 
ativado dependendo da intensidade do fluxo, da densidade e do tamanho e forma da partícula 
(tamanho compreendido entre areia fina e areia muito grossa). Gera estratos transladados 
cavalgantes. 
 
 
 
 
 
 Figura 5: Transporte por saltação. Fonte: geografiaopinativa.com.br 
5.1.2. Suspensão 
A suspensão é o tipo de movimentação que acontece com partículas de características 
pequenas, como por exemplo: areia muito fina, argila e silte. Tal transporte em termos de 
volume material é a principal modalidade de transporte. 
As partículas saem do seu local de origem e vão sendo carregadas pelo vento por 
longas distâncias, ou seja, sem voltar a superfície. Posteriormente, as partículas são depositadas 
quando o vento não suporta mais o transporte, por motivos de perda de energia, aporte crescente 
de grãos no ar. Gera estratos de queda livre de grãos. 
13 
 
 Figura 6: Transporte por suspensão. Fonte: geografiaopinativa.com.br 
5.1.3. Arrasto 
Este transporte é o mais restrito em relação a quantidade de material. Sucede apenas 
em grãos maiores, com areias grossas, muito grossas e seixos. Se as partículas forem 
movimentadas de outras maneiras (saltação ou suspensão), ao chegar em contato com a 
superfície, tendem a acabar empurrando estes grãos de maior diâmetro, com consequência 
provocando o arrasto. A velocidade do vento também pode gerar este deslocamento. Neste 
transporte, a partícula não perde o contato com a superfície e o seu deslocamento é travado pelo 
atrito com o solo. Gera estratos de avalanche. 
 
 Figura 7: Transporte por arrasto. Fonte: geografiaopinativa.com.br 
5.2. PROCESSOS DE DEPOSIÇÃO 
Segundo Hunter (1977) e Fryberger & Schenk (1981), a deposição pode ocorrer de 
três formas: deposição por queda livre de grãos, deposição por avalanche de grãos e 
deslizamento de grãos. 
 
14 
5.2.1. Queda livre de grãos (grain fall) 
Ocorre pela a deposição de grãos arenosos que se encontravam em suspensão que ao 
entrarem em zonas abrigadas onde o ar está sem movimento, perdem muita energia e 
experimentam uma queda livre. 
5.2.2. Deposição por Avalanche de Grãos 
Essa deposição se processa ao longo das superfícies com elevada declividade, sempre 
que a acumulação de areia exceder ao ângulo crítico de repouso da areia seca (34°). O processo 
tende se manifestar sob duas formas: 
5.2.2.1. Transporte por fluxo de grãos (grain flow) 
Ocorre quando os grãos são transportados como um fluxo não coesivo com interação 
grão a grão (areia seca) e vão formando uma geometria muito característica arenosa. 
5.2.2.2. Transporte por deslizamento gravitacional (slide e slumping) 
Quando a areia apresenta um grau de coesão interna e o deslocamento se processa em 
declividade baixa, com os blocos arenosos coesos deslizando ao longo de uma superfície de 
cisalhamento bem definida. 
5.2.3. Deslizamento e fluxo de grãos (grain flow) 
Deposição associada à migração e cavalgamento de marcas onduladas. 
5.2.4 Deposição associada a migração e cavalgamento (climbing de marcas onduladas 
eólicas 
Segundo Tomazelli (1990), são desenvolvidos quando a carga transportada pelo vento 
é deslocada através de saltação e rastejo superficial. Nestas condições as ripples cavalgam uma 
sobre as outras, em que cada marca ondulada é preservada através de um estrato transladante 
cavalgante e se desenvolve sobre qualquer tipo de superfície arenosa sempre que o suprimento 
de areia for alto. 
6. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA 
6.1. Dunas simples 
15 
6.1.1. Dunas transversais (ventos unidirecionais) 
Dunas transversais tendem a formar cadeias perpendiculares, em função dessa 
assimetria pode determinar a direção do vento que a formou, onde há presença de areia e pouca 
ou nenhuma vegetação. Ao observar as dunas transversais, fica em evidência a aparência de 
ondas e por conta disso que podem ser chamadas de mares de areia em desertos. Essas dunas 
podem ter até 3 km de largura e as cristas podem atingir até 200m. 
 
Figura 8: Dunas transversais: Fonte: homepageufp.com 
6.1.2. Dunas Barcanas 
Essas dunas se formam em áreas que costumam apresentar uma superfície plana, com 
pouca vegetação, seca, volumes que são limitados de areia em sentido quase constante do vento. 
A sua aparência tem o formato de meia lua ou lua crescente, de extremidades voltadas para o 
sentido do vento, uma característica predominante é que a maioria dessas dunas tendem a ser 
pequenas, com as maiores atingindo a altura cerca de 50m. 
 
 
Figura 9: Dunas Barcanas: Fonte: homepageufp.com 
16 
6.1.3. Dunas Barcanóides 
Vegetação que limita fornecimento de areia que tem a formação de cadeia similares 
as barcanas, ocorre unidas e no litoral. 
6.2. Dunas Longitudinais 
São também conhecidas como dunas Saif, possuem cadeias paralelas de areia, 
ordenada em sentido ao vento. São dunas longas que se formam quando os ventos convergem 
de direções diferentes, tem variação de 3m para mais de 200m de altura e algumas tendem a se 
estender por mais de 100 km. Tais dunas são marcantes na Austrália central, onde cobrem 
aproximadamente 1/4 do continente. 
 
Figura 10: Dunas Longitudinais: Fonte: homepageufp.com 
 
6.3. Dunas Dômicas 
As dunas dômicas correspondem a feições eólicas que são caracterizadas pela 
acumulação de pequenas de "montanhas de areia", que tendem a migrar sobre as superfícies de 
dunas de maiores dimensões. 
6.4. Dunas Estreladas 
Formação relacionada a existência de areia em abundância, vento e velocidade intensa 
e constante, em que há frequente mudança de sentido, ao menos três sentidos, o efeito disso são 
dunas em que suas cristas lembram os raios de uma estrela. 
 
17 
6.5. Dunas de Retenção 
Dunas de retenção, são formadas por fortes ventos bidirecionais que seguem em 
sentido quase oposto. 
6.6. Dunas Reversas 
Essas dunas têm sua gênese associada às modificações das formas transversais e 
cadeias barcanóides, que são ocasionadas em função de mudanças sazonais do sentido 
preferencial do vento que, consequentemente, forma dunas com alturas excepcionais. Ela 
apresenta duas faces de deslizamento, cuja principal diferença reside na variação do grau de 
estabilidade. 
6.7. Dunas de Deflação 
São o reverso das barcanas, possuem face de avalanche com a convexidade que aponta 
para a direção do vento. 
6.7.1. Depressão Circular (blow-out) 
Essas feições ocorrem nas extremidades laterais dos campos de dunas onde a 
vegetação foi temporariamente recoberta pela areia. Com o corte do suprimento, a erosão pelo 
processo de deflação dá origem às feições de "blow out" que podem ter dimensões variadas. 
Durante o período de estiagem, com o rebaixamento do lençol freático, a deflação forma 
depressões que, durante a estação de chuvas, darão origem a lagos e eventualmente córregos. 
6.7.2. Dunas Parabólica 
Tais dunas possuem curvatura em suas extremidades, assemelhando a letra U, por 
conta da deflação, que gera uma depressão, onde o vento transporta areia para fora desta. Suas 
extremidades são voltadas para o sentido contrário do vento, sendo fortes e constantes. A 
vegetação costeira é importante na construção desse tipo de duna, pois é o que limita o 
fornecimento de areia. 
18 
 
Figura 11: Dunas Parabólicas: Fonte: homepageufp.com6.8. Dunas Compostas ou Complexas 
O termo "draa" foi adaptado de WILSON (1972) para denominar as dunas complexas 
e compostas, formadas pelo cavalgamento e empilhamento de outras dunas, sendo as maiores 
formas de leito da fusão de duas (formas de leito menores cavalgam sobre formas de leitos 
maiores). Essa feição eólica, de ocorrência relativamente restrita, costuma possuir sua gênese 
ligada à dinâmica dos processos fluviais deposicionais e erosivos atuantes na atual região que 
é encontrada. 
7. ESTRUTURAS SEDIMENTARES DAS DUNAS EÓLICAS 
 7.1. Estratificação Cruzada 
 7.1.1. A natureza dos estratos cruzados. 
A estratificação cruzada consiste em conjuntos de material estratificado, que são 
depositadas pelo vento ou pela água. Os estratos cruzados tendem a se formar quando os grãos 
são depositados sobre planos inclinados, na direção da corrente das dunas de areia. Tal 
estratificação em dunas arenosas depositadas pelo vento pode ser um pouco complexa, como 
resultado do sentido do vento. Os estratos cruzados que são originados por processos 
gravitacionais na face de deslizamento são: fluxo de grãos (grain flow strata) e queda livre de 
grãos (grain fall strata). 
 7.1.2. Estratos de Fluxo de Grãos (Grain Flow Strata) 
São gerados pela avalanche de areia não-coesiva ao longo da face de deslizamento 
(slip face), sempre que a acumulação de areia exceder ao ângulo crítico de repouso da areia 
19 
seca (cerca 34°). Esses tipos de depósitos correspondem a processo de ressedimentação atinge 
as areias já depositadas (normalmente por queda livre de grão) ao longo da face de 
deslizamento. A deposição ocorre através do assentamento de grãos arenosos quando penetram 
em zonas abrigadas onde o ar se encontra sem movimento da face frontal da duna, desenvolve-
se zona de separação de fluxo de ar ao transporem a crista grãos em suspensão e saltação 
penetram nesta zona desprotegida e se depositam por queda livre e por fim acumulam-se ao 
longo da face frontal da duna moldando -se concordantemente com a topografia preexistente. 
 7.1.3 Estratos de Queda Livre de Grãos (Grain Fall Strata) 
Deposição ocorre através do assentamento de grãos arenosos, que penetram em zonas 
abrigadas onde o ar se encontra sem movimento que é na face frontal da duna, onde molda-se 
de acordo com a topografia pré-existente. É desenvolvido na zona de separação de fluxo do ar 
ao transporem de grãos em suspensão e saltação que entram nesta zona desprotegida, perdem 
momentum (massa x velocidade) e se deposita em queda livre. 
8. OUTRAS ESTRUTURAS SEDIMENTARES DAS DUNAS 
8.1. Marca Onduladas (Ripples) 
Formas de leito de escala centimétrica, desenvolvimento controlado pela natureza dos 
eventos dinâmicos de curta duração horas ou dias. São geradas pela movimentação dos grãos 
de areia (sand ripples), desenvolve-se em lençóis de areia, regiões de interdunas, dorsos e na 
face frontal das dunas e draas. As marcas onduladas cavalgam uma sobre as outras, sendo assim 
ficando preservadas sob a forma de estratos transladantes cavalgantes. Esses estratos variam 
conforme o ângulo de cavalgamento e o volume de sedimento e taxa de migração de marca 
ondulada. Possuindo três tipos de marcas onduladas, que são: 
8.1.1 Cavalgamento crítico 
 Ângulo de cavalgamento (α) = ângulo de inclinação do dorso da marca ondulada (β), 
não ocorre erosão do dorso precedente, conjunto de estratos cruzados representa a forma de 
leito inteira. 
 
 
20 
8.1.2. Cavalgamento supercrítico 
É o ângulo de cavalgamento, ângulo de inclinação do dorso da marca ondulada 
precedente, possibilitando deposição na face frontal e no dorso, as lâminas podem ser traçadas 
ininterruptamente entre os sets de estratos cruzados 
8.1.3. Cavalgamento subcrítico 
 É o ângulo de cavalgamento mais com, sendo o ângulo de inclinação do dorso da 
marca ondulada precedente e ocorre erosão das partes superiores da forma de leito preservando 
pequena fração da altura original. 
 
9.PADRÃO DE PALEOCORRENTE 
Os dados de paleodireção do vento de um determinado local analisado, geralmente são 
interpretados usando o método das exposições tridimensionais dos limbos descrito por 
DeCelles et al. (1983), em que consiste em medir os flancos dos estratos da duna para encontrar 
o eixo que representaria a direção do paleovento. 
10. ESTUDO DO CASO 
Classificação das feições eólicas do setor leste da planície costeira do Estado do 
Maranhão, onde está inserido o maior registro de sedimentação eólica do Quaternário da 
América do Sul, correspondendo a campos de dunas livres e fixas, que juntos alcançam larguras 
de até 50 km, que são os Lençóis Maranhenses.Este estudo analisa estas feições eólicas, nas 
21 
regiões de Barreirinhas e Rio Novo, através de fotografias aéreas, imagens de satélite e 
trabalhos de campo e, em áreas circunvizinhas, por aerofotointerpretação. 
 
Figura 12: Localização da 
área de estudo, setor leste 
da Planície Costeira do 
Estado do Maranhão. 
Fonte: Classificação das 
feições eólicas dos lençóis 
maranhenses. 
 
 
 
9.1. Caracterização das feições eólicas 
9.1.1. Dunas Livres 
Os campos de dunas livres ocupam a maior da área do Parque Nacional dos Lençóis 
Maranhenses. Foram definidas as seguintes feições a partir dessas dunas: 
9.1.1.2 Dunas Barcanas 
As dunas barcanas formam-se sobre a superfície praial (pós-praia) e, aos poucos vão 
sendo deslocadas para o interior dos campos de dunas pela ação de ventos, que aumenta suas 
dimensões devido ao acúmulo de areia proveniente da forma em lençol. Observações feitas em 
campo mostrou que o número de dunas barcanas é maior nos meses de julho a novembro, que 
é o período de estiagem com maior incidência de ventos, obedecendo ao controle climático. 
22 
 
Figura 13: Duna barcana na superfície praial próximo ao rio Novo, de 15m de largura, 3m de 
comprimento e 0,6m de altura. Observam-se estruturas de fluxo de grãos próximos a escala. 
Fonte: Classificação das feições eólicas dos lençóis maranhenses. 
9.1.1.3. Dunas Transversais de Crista Reta (2D) 
 Presentes nas laterais e nos limites interiores do maior campo de dunas do Parque 
Nacional dos Lençóis Maranhenses, são às dunas de maior altura de crista e menor taxa de 
deslocamento anual. O contato frontal e lateral com a vegetação e pequenas drenagens retarda 
seus avanços. 
Figura 14: Dunas 2D e 3D com centenas de metros de largura presentes na região de Buriti 
Amarelo vistas em fotografia aérea. Fonte: Classificação das feições eólicas dos lençóis 
maranhenses. 
23 
9.1.1.4. Dunas Transversais de Crista Sinuosa (3D) 
Possuem feições dominantes, distribuindo-se desde o pós-praia até os limites 
interiores dos campos de dunas (figura 3). Possui sentido dos ventos nordeste e de dimensões 
variadas. As dunas 3D formam-se pela ligação lateral de barcanas, à medida de suas migrações 
pela planície costeira adentro. 
9.1.1.5. Draa ou Duna Complexa de Rio Novo 
Essa feição eólica, de ocorrência restrita à proximidade da desembocadura do rio 
Cangatá, em Rio Novo (figura 4a, b), sua gênese é ligada à dinâmica dos processos fluviais 
deposicionais e erosivos atuantes na região. Apresenta altura de 20 a 35 metros, largura da 
ordem de 2,5 km e taxa de migração média de 10 metros/ano. 
 
 
 
 
 
 
Figura 15: Draa ou duna complexa vista em planta (imagem de satélite LANDSAT-TM 5). 
Fonte: Classificação das feições eólicas dos lençóis maranhenses. 
24 
 
Figura 16: Detalhe do complexo cavalgamento na feição denominada de draa. Fonte: 
Classificação das feições eólicas dos lençóis maranhenses. 
9.1.1.6. Dunas Oblíquas 
Formas distribuídas obliquamente em relação ao sentido dos ventos dominantes. De gênese 
controlada pela ação de processos erosivos, devido a fluxos aquosos durante o período de 
chuvas. Tais fluxos migram para o oceano, onde gera transformações morfológicas nas dunas 
barcanas, transversaise qualquer outro tipo de duna presente no seu caminho. Dobrando de 
tamanho após essas transformações, sendo chamadas de feições eólicas mutantes, chega a 
alcançar dimensões de até 2500 metros de comprimento. 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Figura 17: Dunas oblíquas geradas por transformações de dunas transversais e barcanas. Fonte: 
Classificação das feições eólicas dos lençóis maranhenses. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 18: Esquema apresentando a transformação de dunas transversais em oblíquas. Fonte: 
Classificação das feições eólicas dos lençóis maranhenses. 
 
9.1.1.7. Dunas Parabólicas 
As dunas parabólicas localizadas próximo à sede municipal de Barreirinhas possuem 
larguras da ordem de 250 metros, altura média das cristas em torno de 10 metros e comprimento 
médio de 90 metros (figura 10). Essas dunas sugerem o registro das mudanças paleoclimáticas 
ocorridas no Quaternário, haja vista sua muito inexpressiva e efêmera ocorrência nos campos 
de dunas livres.. 
26 
 
 
Figura 19: Campo de dunas parabólicas fixas visto em fotografia aérea. Fonte: Classificação 
das feições eólicas dos lençóis maranhenses. 
9.2. Concluindo O Estudo do Caso 
A cobertura sedimentar do setor leste da planície costeira do Estado do Maranhão 
apresenta grande variedade de feições eólicas, tanto fixas quanto móveis. As particularidades 
geológicas, climáticas e geomorfológicas da área são constatadas como responsáveis pelas 
diferentes formas de depósitos eólicos descritos neste trabalho, em que foi possível definir um 
conjunto de feições de ambiente eólico, as formas livres apresentam caráter dinâmico, 
evoluindo para outras morfologias sob controle nitidamente sazonal. 
 
 
 
27 
11. CONCLUSÃO: 
O trabalho aqui proposto tem como foco apresentar o sistema deposicional eólico que são 
domínios fisiogeográfico de sedimentação onde o vento é o principal agente geológico. Sendo 
assim suas características principais são o mecanismo de erosão, diversos tipos de dunas eólicas 
com suas litologias, processos de deposição, depósitos de interdunas e extradunas, estruturas 
das dunas eólicas e por fim o estudo do caso mais aprofundado. A maneira como as 
propriedades sedimentológicas (mineralogia textura, estruturas, geometria) de um depósito 
sedimentar pode relacionar entre si constitui um dos assuntos mais debatidos na geologia 
sedimentar. Os produtos sedimentares são classificados em termos de fácies e a compreensão 
dos processos sedimentares e as propriedades sedimentológicas dos depósitos eólicos gerados 
por esse processo é de grande importância para o entendimento da história da terra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
HAHN, Ana Rita. 2016. Evolução do campo de dunas transgressivo da margem leste da 
Lagoa do Peixe, Litoral Médio do Rio Grande Do Sul, de 1948 a 2010. Dissertação de 
Mestrado em Geociências. Porto Alegre: UFRGS. 
GONÇALVES, R.A., LEHUGEUR, L.G.O., CASTRO, J.W.A., PEDROTO, A.E.S. 2003. 
Classificação das feições eólicas dos lençóis maranhenses – Maranhão – Brasil. Mercator, 
02(03): 99-112. 
PRESS, F., Siever, R., Grotzinger, J. & Jordan, T.H. 2006. Para entender a Terra. Porto 
Alegre, Brookman, 656 p. 
TEIXEIRA, Wilson, TOLEDO, Maria Cristina M. de, FAIRCHILD, Thomas Rich 
(organizadores). Decifrando a Terra. São Paulo. Oficina de Textos. 2000. 
TOMAZELLI, L. J. 1990. Contribuição ao Estudo de Sistemas Deposicionais Holocênicos 
do Nordeste da Província Costeira do Rio Grande do Sul - com ênfase no sistema eólico. 
Tese de Doutorado em Geociências. Porto Alegre: UFRGS. 
WICANDER, Reed; MONROE, James S. Fundamentos de Geologia. Editora Nacional. 
2009. 508p.

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