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❖ Febre maculosa é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela da espécie Amblyomma cajennense causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e tem o carrapato como principal vetor. ❖ Os principais reservatórios são animais como: capivara, cavalo, boi, cães, animais de sangue frio e o homem, que participam do ciclo de transmissão, por serem transportadores de carrapatos potencialmente infectados. ❖ Multiplicam-se nas células do endotélio vascular, causando processos hemorrágicos. É transmitida pela picada do carrapato (6-10 horas, para que a bactéria entre no corpo). ❖ Para haver a transmissão da doença é necessário a picada do carrapato infectado ❖ Bactérias transmitidas após 5 a 20h de fixação do carrapato no hospedeiro ❖ Há possibilidade de transmissão no processo de arrancamento de carrapatos com mãos desprotegidas, ou seu esmagamento com as unhas (ariquétsia penetra pela pele lesada ou mucosas íntegras) ❖ Outra forma de transmissão é por via trans ovariana ❖ A riquétsia se dissemina pelo organismo via vasos linfáticos e pequenos vasos sanguíneos. Em todos os tecidos atingidos a riquétsia invade o endotélio vascular, onde se replica para atingir células da musculatura lisa. ❖ Com a penetração nas células do hospedeiro, ocorre uma resposta inflamatória de fase aguda, mediada pela produção de citocinas como TNF-alfa e IFN-gama resultando em aumento de permeabilidade vascular e distúrbios de coagulação, levando a edema e plaquetopenia. ❖ A disseminação do microrganismo para outros órgãos, como rins, pulmões, coração, baço, fígado e cérebro, causa lesão tecidual e hemorragia também nestes órgãos. Podendo causar miocardite, pneumonia e encefalite Humanos: ❖ Período de incubação de 2 á 14 dias ❖ Sintomas iniciais: febre, mialgia, cefaleia intensa ❖ Edema em mãos e pés ❖ Quadro grave: insuficiência respiratória aguda, insuficiência renal aguda, meningite, encefalite, icterícia ❖ Pode acarretar em sequelas neurológicas e amputações de extremidades devido a alterações vasculares que levam à necrose ANIMAIS: ❖ Em outras espécies as riquétsias do Grupo Febre Maculosa causam cursos assintomáticos ou subclínicos ❖ Nos cães, a gravidade depende da carga microbiana infectante ❖ Os sinais clínicos são: febre, aumento dos linfonodos, mialgias, icterícia, diarreia sanguinolenta, vômitos, edema de membros, dores musculares, necrose em extremidades, manifestações neurológicas. Em casos graves, epistaxe, hematúria, melena ❖ A reação de imunofluorescência indireta (RIFI) é um exame específico para o diagnóstico da febre maculosa brasileira ❖ PCR em tempo real ❖ Cultura com isolamento ❖ Imuno-histoquímica ❖ Se houver suspeita do diagnóstico de febre maculosa, a terapia antimicrobiana deve ser iniciada o mais rápido possível. ❖ Para adultos e crianças, recomenda-se a doxiciclina. ❖ O cloranfenicol endovenoso é indicado para pacientes com vômitos, instabilidade clínica ou sintomas neurológicos ❖ Nas regiões onde há presença de capivaras, controlar o acesso desses animais às áreas onde há circulação de humanos ❖ Manter o gramado aparado em ambientes domiciliares e de acesso à população humana ❖ Divulgação da doença junto à população PAPEL DA CAPIVARA NA DOENÇA: ❖ Não manifestam sinais clínicos, contaminam os carrapatos em 15min de riquetsemia. Imunes após 14 dias ❖ Só podem ser retiradas do local ou sacrificadas, com autorização. ❖ Evitar contato com carrapatos ❖ Em áreas endêmicas, usar roupas adequadas (calças compridas, botas, roupas claras) ❖ Evitar que cães e gatos circulem em áreas de mata ❖ Medidas de saneamento para não atrair animais silvestres e errantes ❖ Guarda responsável de cães e gatos ❖ Remoção de carrapatos: usar luvas e pinça, realizando movimentos de torção; não espremer entre as unhas
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