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Materiais de Moldagem em Prótese Fixa CONCEITOS: ▪ Moldagem: → É o ato de reproduzir em negativo uma determinada área. ▪ Molde: → É a cópia em negativo de uma determinada área. ▪ Modelo: → É a reprodução positiva da área moldada. ▪ Tempo de Trabalho: → É o tempo entre o início da manipulação até o momento da inserção do material na cavidade, ou seja, até que se desenvolva propriedades elásticas. ▪ Tempo de Presa: → É o tempo necessário para que as reações químicas e físicas do material aconteçam e ele possa ser removido; → Começa desde o início da manipulação do material até a retirada da cavidade; → Sofre deformação plástica. ▪ Moldagem de Estudo: → É uma moldagem inicial para fins de diagnóstico. ▪ Moldagem de Trabalho: → É uma moldagem final que será encaminhada ao laboratório, para a confecção de um trabalho protético. FATORES QUE INFLUENCIAM NO TEMPO DE TRABALHO E NO TEMPO DE PRESA: ▪ Temperatura; ▪ Proporção base para catalizador; ▪ Marca comercial. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS: 1. Reação Química: ▪ Gesso; ▪ Hidrocoloide irreversível; ▪ Elastômeros (silicones, poliéter e polissulfeto). 2. Alteração de Temperatura: ▪ Godiva; ▪ Cera; ▪ Hidrocoloide reversível (ágar). O ágar saiu do mercado devido apresentar odor fétido. Era um material reversível pois ao alterar a sua temperatura ele voltava ao seu estado original. 3. Rígidos: ▪ Gesso; ▪ Pasta ZOE. 4. Elásticos: ▪ Hidrocoloide irreversível; ▪ Elastômeros (silicones, poliéter e polissulfeto). CARACTERÍSTICAS IDEAIS DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM: ▪ Alta precisão; ▪ Fluidez adequada; ▪ Resistência; ▪ Custo X benefício; ▪ Biocompatibilidade com os tecidos orais; ▪ Viscosidade; ▪ Fácil manuseio; ▪ Bom tempo de trabalho e presa; ▪ Estabilidade dimensional. MATERIAIS ELÁSTICOS: 1. Hidrocoloide Irreversível (alginato): ▪ São polissacarídeos de matriz celular de algas marinhas; ▪ Composto por alginato de potássio e sulfato de cálcio; ▪ É irreversível porque passa por uma reação química para tomar presa (reação de geleificação); ▪ Indicado para modelos de estudo ou moldagens não tão específicas, pois possuem baixa estabilidade dimensional. ▪ Vantagens: → Possui baixo custo; → Bom tempo de trabalho; → Facilidade da técnica (fácil manipulação); → Odor agradável. ▪ Manipulação: → Deve ser manipulado em uma cuba exclusiva para o alginato, com o auxílio de uma espátula de plástico; → Agitar o recipiente do pó; → Proporção 1:1 / 15g de pó para 40 ml de água; → Adicionar a água sob a cuba; → Depositar o pó na água; → Realizar movimentos de espatulação para evitar a incorporação de bolhas; → Tempo de trabalho 1 minuto e tempo de presa 4. ▪ Importante: → O material deve ser retirado da embalagem e armazenado em um recipiente hermético, pois o ar tende a interferir na composição do material; → Deve-se utilizar os dosadores específicos da marca; → Desinfectar o molde com hipoclorito de sódio ou glutaraldeído, por 10 minutos. ▪ Meios de impedir a sinérese e embebição: → Vazar imediatamente, após a desinfecção; → Deixar em ambiente com umidade 100%, como por exemplo, em potes ou papel grau cirúrgico; → Envolver o molde em um papel úmido. 2. Silicone de Condensação: ▪ Reação de presa por condensação; ▪ Possui apresentação em pasta leve e pasta densa, além do catalisador. ▪ Vantagens: → Bom tempo de trabalho; → Estabilidade dimensional regular; → Boa reprodução de detalhes; → Boa elasticidade; → Material versátil; → Pode ser manipulado com luva de látex. ▪ Desvantagem: → Baixa resistência ao desgaste (tende a rasgar em áreas de maior retenção, como as ameias); → Possui o álcool etílico como subproduto e como consequência apresenta contração de polimerização (após a presa libera álcool e contrai). ▪ Manipulação: Pasta densa = pote grande; Pasta leve = bisnaga; Mesmo catalisador para as duas pastas. → Pegar 3 porções com a colher dosadora do material; → Amassar com a mão para abrir o material e realizar 3 marcações através da colher dosadora; → Inserir a pasta catalisadora em forma de X ou cruz sob o material; → Misturar as pastas até homogeneizar. ▪ Pasta densa: → Tempo de mistura de 30 a 40 segundos; → Tempo de trabalho de 2 a 3 minutos; → Tempo de presa de 5 a 6 minutos; → Vazamento do gesso imediato. ▪ Pasta leve: → Tempo de mistura de 30 segundos; → Tempo de trabalho de 1 a 2 minutos; → Tempo de trabalho de 3 a 4 minutos; → Vazar imediatamente. 3. Silicone de Adição: ▪ Reação de presa por adição; ▪ Vantagens: → Grande tempo de trabalho; → Estabilidade dimensional excelente; → Excelente reprodução de detalhes; → Boa elasticidade; → Odor agradável; → Permite o vazamento de mais de um modelo; → Permite o envio do molde para o laboratório realizar o vazamento (até 7 dias); → Não possuem subproduto; → Possui adição de surfactante, para que se torne hidrofílico – compatível com a água (os materiais elastoméricos tendem a serem hidrofóbicos). ▪ Manipulação: → Não pode ser manipulado com luva de látex, pois o látex interfere na polimerização do material; → Possui duas apresentações (manual e auto misturáveis); → Possui catalisador individual para cada pasta; → Vazar o molde após 60 minutos, pois ocorre a liberação de hidrogênio nascente por 1 hora, e caso se realize o vazamento imediato, o gás sairá do molde e formará bolhas no modelo de gesso; → O tempo de mistura do material é de 1 minuto, tempo de trabalho de 1 a 2 minutos e tempo de presa de 4. 4. Poliéter: ▪ Primeiro material criado exclusivamente para fins odontológicos; ▪ Muito utilizado para moldagem de trabalho em prótese total; ▪ Possui várias formas de apresentação/ consistência. ▪ Vantagens: → Possui excelente estabilidade dimensional; → Hidrocompatível; → Permite o vazamento com até 7 dias; → Não forma subprodutos. ▪ Desvantagens: → Alto custo; → Possui baixa resistência ao rasgamento; → Sabor amargo; → Elevada rigidez (difícil remoção). ▪ Manipulação: → Tempo de mistura de 45 segundos; → Tempo de trabalho de 2 a 3 minutos; → Tempo de presa de 3 minutos. MATERIAL RÍGIDO: Gessos: ▪ Tem origem de minerais (gipsita); ▪ É um mineral estável, versátil e de baixo custo; ▪ Composto quimicamente por sulfato de cálcio diidratado; ▪ A gipsita passa por um método de calcinação, que determina as diferentes formas estruturais do sulfato de cálcio hemidratado. Quanto pior o gesso, maior será a quantidade de água utilizada; O gesso passa por uma expansão hidrofóbica durante a sua presa, então quanto mais água utilizada, maior será a expansão do material, proporcionando maiores distorções e menor resistência. ▪ Classificação dos Gessos: 1. Gesso Comum ou Paris Acrescido de Partículas Modificadoras – Tipo I: ▪ Era utilizado para moldagem; ▪ Caiu em desuso. 2. Gesso Comum ou Paris - Tipo II: ▪ Beta Hemidratado; ▪ Calcinação em forno aberto; ▪ Possui partículas porosas e com formato irregular; ▪ Menor resistência; ▪ Requer maior quantidade de água – 50% (50 ml); ▪ Indicado para modelos de estudo, moldagens para ortodontia e inclusão de próteses removíveis / casos de pouca precisão 3. Gesso Pedra – Tipo III: ▪ Alfa Hemidratado; ▪ Calcinação em forno fechado, por meio de autoclave; ▪ Possui partículas uniformes e maior resistência; ▪ Requer menor consumo de água – 30% (30 ml); ▪ Indicado para modelos antagonistas de próteses totais, ortodontia e montagem de modelos. 4. Gesso Pedra Melhorado – Tipo IV: ▪ Alfa Hemidratado Modificado; ▪ Além da calcinação em forno fechado, ele passa por um processo de ebuliçãocom acréscimo de cloreto de cálcio e magnésio; ▪ Maior resistência devido o acréscimo de novos componentes; ▪ Partículas menos porosas; ▪ Possui menor consumo de água – 24% (24 ml); ▪ Indicado para confecção de troqueis e modelos de trabalho para prótese fixa e removível. 5. Gesso Pedra Melhorado de Alta Expansão – Tipo V: ▪ Utilizado em laboratórios; ▪ Indicado para confecção de troqueis, modelos de trabalho, para ligas metálicas de maior contração de solidificação. ▪ Proporção água/pó: → O aumento da água diminui a resistência mecânica, deixando-o poroso e quebradiço, diminui a expansão de presa e higroscópica e aumenta o tempo de presa. ▪ Manipulação: → Não utilizar a cuba para alginato; → Colocar inicialmente a água no recipiente; → Pulverizar o pó sobre a água; → Utilizar espátula para gesso (de metal); → Tempo de presa de 40 a 45 minutos.
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