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A infância e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM)

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PSICOPATOLOGIA INFANTO-JUVENIL 
AULA 02 – A infância e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) 
 
(CONTINUAÇÃO DA AULA 01 – A FABRICAÇÃO DE LOUCURA NA INFÂNCIA) 
- Podemos observar um certo fenômeno: determinados casos clínicos se tornaram epidêmicos. 
- Psicopatologia adulta vs infantil: conflito de vetores de epidemiologia. 
- Psicopatologia: proliferação dos diagnósticos (entidades nosográficas). Temos um aumento das 
entidades nosográficas. 
- Psicopatologia infantil: uma diminuição das entidades nosográficas. 
- O TDAH, o transtorno desafiador opositivo e o transtorno de conduta lideram os diagnósticos. A 
maioria dos diagnósticos são aplicadas em crianças em idade escolar. A escola tem inserido a criança 
no diagnóstico e medicalização. A medicação é mercadoria, nesse momento ela sofre pela mesma 
lógica de uma mercadoria qualquer. A medicalização passa a ser a forma hegemônica de tratamento. 
- O remédio participa da nomeação do transtorno, agenciando a medicalização da loucura. 
- O diagnóstico não é doença. Não existe o normal, todo mundo desvia. Cada um é de um jeito e cada 
perspectiva interroga a definição de saúde e doença. 
- Etiologia: lida com as causas. A lógica organicista é a hegemônica na Etiologia Psicopatológica. 
- Aplicação do DSM-IV e três falsas epidemias: O transtorno bipolar, o déficit de atenção e o autismo. 
Quando esses três quadros lideram, nós não estamos apenas apontando aos casos encontrados na 
realidade, mas também construindo esses casos. 
- O DSM é neutro, ou ele é um instrumento de trazer a tese do organicismo como a grande tese 
etiológica. O organicismo faz parte, mão não deve ser tratado como o grande organismo etiológico (o 
carro chefe da etiologia). 
- A medicação como recurso está tudo bem, mas tomar como único meio é problemático, pois isso 
reflete o valor mercadológico que a medicação tomou. 
 
(INÍCIO DA AULA 02 – A INFÂNCIA E O MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE 
TRANSTORNOS MENTAIS (DSM)) 
- Na tese organicista, o organismo é tomado como natureza e desvalorizamos as questões da 
linguagem. 
- O tom ideológico que perpassa as descobertas super avançadas que ouvimos atualmente, 
desconsidera os mais de dois séculos de estudos sobre determinadas questões, como por exemplo, 
a esquizofrenia. 
- A propangandização da cura, da descoberta da cura de determinada patologia. Um tom de que 
estamos começando agora a achar a cura destes. 
- A tese organicista no centro faz com que diminuamos o processo de interrelacionar o organicismo 
com outras categorias tão importantes quanto, como a linguagem. 
- A ideia de que agora começamos – com o advento do DSM - o debate clínico e de uma língua comum 
entre os clínicos. E outras teses de que já vivíamos em um debate e de que hoje nós estamos 
diminuindo os debates.

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