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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Curso de Bacharelado em Engenharia de Computação LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS Relatório 8 Unidade 8: Transitório em Circuito RLC Série I. INTRODUÇÃO Nesta unidade serão analisados o comportamento do circuito denominado de 2ª ordem, RLC série, excitado por uma fonte de tensão contínua, no estado transitório. O objetivo é analisar o comportamento da corrente em três condições de amortecimento, quais sejam, superamortecido, amortecimento crítico e subamortecido. II. PRÁTICA Circuito RLC série excitado com função degrau unitário. Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff, tem-se: onde V = u(t), é uma função degrau unitário. Diferenciando a equação acima, obtém-se: A solução da equação acima tem por raízes: s1 = α + β s2 = α – β onde: é a razão de amortecimento do circuito refere-se à freqüência de oscilação (rad/s) OTÁVIO AUGUSTO MARTINS Verificam-se 3 casos, ou seja, 3 condições de amortecimento: - Caso 1: Superamortecido raízes reais e distintas A solução é dada por: - Caso 2: Amortecimento Crítico raízes reais e iguais A solução é dada por: - Caso 3: Subamortecido raízes complexas conjugadas A solução é dada por: 2.1 – Determinar os valores do resistor para se obter um circuito de 2ª ordem RLC série, nas 3 condições de amortecimento, utilizando um indutor de 32 mH e um capacitor de 1μF. Valores de R (Ω) Condição de Amortecimento 357.77 Amortecimento Crítico 1000 Superamortecido 100 Subamortecido ( 𝑟 2 ∗ 0.032 ) 2 = 1 (0.032 ∗ 0.000001) → 𝑹(𝜴) = 𝟑𝟓𝟕. 𝟕𝟕 2.2 – Para cada caso, montar o circuito, utilizando o gerador de sinal e o osciloscópio, medindo as formas de onda da tensão da fonte e da “corrente”. Para simular a função degrau utilizar uma onda quadrada, com frequência adequada. Amortecimento Crítico Superamortecido Subamortecido 2.3 – Efetuar as medições do valor máximo da corrente e tempo de duração do transitório. Condição de Amortecimento Freqüência da onda Valor de Pico de i(t) Tempo de duração do transitório Amortecimento Crítico 360 Hz 20.363 mA 1.381 ms Superamortecido 100 Hz 9.2165 mA 4.978 ms Subamortecido 156.25 Hz 38.323 mA 3.189 ms 2.4 – Simular o circuito pelo software Multisim e traçar a curva genérica de i(t) x t para os 3 casos. Amortecimento Crítico Superamortecido Subamortecido III. ANÁLISE DE RESULTADOS 3.1 – Comparar o tempo de amortecimento para os 3 casos citados anteriormente. Identificar os fatores que interferem no tempo de duração do transitório. Para os 3 casos de amortecimento, percebe um tempo menor quando se trata de um amortecimento crítico e um tempo maior ao se tratar do superamortecimento. Os fatores que interferem no tempo de duração do transitório são a resistência, capacitância e indutância, isso podendo ser observado também pelas 3 condições de amortecimento demonstradas aqui anteriormente, que indicam que esses componentes são as bases paramétricas, sendo elas que definem se o sistema será superamortecido, subamortecido ou amortecimento crítico. 3.2 – O que acontece com o máximo valor da corrente i(t) no circuito à medida que o valor da resistência R diminui, partindo da condição de superamortecimento para a de subamortecimento? Qual o efeito dessa diminuição da resistência sobre o tempo necessário para o circuito RLC atingir o estado de regime permanente? Para uma melhor visualização, a seguir apresenta-se uma gráfico representativo de i(t) x t para os 3 casos analisados: Percebe-se assim como cada um dos três casos se comporta à medida que a resistência diminui, e como cada caso atinge o seu estado de regime permanente. Destaca-se como o amortecimento crítico atinge rapidamente o regime permanente, como o subamortecimento apresenta um “movimento” oscilatório até atingir permanência, e por fim, como demora a se alcançar o regime permanente quando o superamortecimento está em análise. O efeito da redução da resistência no circuito é o aumento do tempo necessário para que se atinja o regime permanente. 3.3 – Destacar situações aplicadas ao controle de sistemas com as quais este estudo apresenta similaridade. No transitório pode ocorrer mudanças que podem deteriorar o sistema. Por exemplo, ao ser realizado controle de um sistema, caso o valor de corrente ou tensão ultrapasse o valor esperado, é necessário que se conheça o regime transitório, pois é nele que se atinge esse valor em um curto período de tempo, e assim o circuito deve ser capaz de suportar o valor de corrente/tensão durante o tempo de transitório.