Buscar

Úlcera por Pressão: Causas e Tratamentos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

curativo: 
Úlcera por pressão é o termo para designar o 
comprometimento da integridade da pele 
relacionado com pressão sem alívio e 
prolongada. 
A principal causa da úlcera, é a pressão, visto 
que atrapalha o fluxo sanguíneo e o oxigênio 
e os nutrientes não chegam de maneira 
adequada àquela região ocorrendo a 
isquemia tecidual e necrose. 
 
3 fatores são determinantes para a úlcera por 
pressão: 
- Intensidade da pressão; 
- Duração da pressão; 
- Tolerância do tecido. 
Além disso, fatores relacionados com o 
quadro do paciente são importantes para a 
formação de úlceras: 
- Comprometimento da percepção sensorial; 
- Comprometimento da mobilidade; 
- Alteração do nível de consciência; 
- Fricção; 
- Cisalhamento; 
- Umidade. 
Um método utilizado para avaliação de uma 
úlcera é o de estadiamento – se baseiam na 
descrição da profundidade do tecido 
destruído (uma vez estadiada, esse estágio 
dura até que ela se feche). 
- Estágio I: vermelhidão não branqueável de 
pele intacta. Geralmente ocorre sobre uma 
eminência óssea, pode haver alteração da 
coloração, dor, calor, edema. 
 
- Estágio II: perda de pele em espessura 
parcial ou bolha. Úlcera sem esfacelo (é um 
tecido suave, úmido e não vascularizado) 
nem contusão. 
 
- Estágio III: perda de pele em espessura 
completa (gordura visível). A gordura 
subcutânea fica visível, mas ossos, tendão ou 
músculo, não. Pode ter certo esfacelo e a 
formação de “túnel”. 
 
- Estágio IV: perda de tecido em espessura 
completa – osso/músculo visível. Tudo fica 
visível, com presença de esfacelo ou escara 
e com formação de túnel. 
 
 
- Não estadiável/não classificada: perda de 
pele ou tecido em espessura completa – 
profundidade desconhecida. A profundidade 
não é determinada e está coberta por 
esfacelo. 
 
Para avaliar as intervenções adequadas é 
importante analisar o tipo de tecido presente 
na base da ferida: 
- Tecido de granulação: vermelho e úmido, 
composto por vasos sanguíneos novos e é 
indicativo daquilo que está progredindo para 
a cicatrização. 
- Esfacelo: tecido amarelo ou branco mole 
que precisa ser retirado antes da ferida se 
fechar. 
- Tecido necrótico: tecido escuro, escara que 
também precisa ser retirado antes de fechar 
a ferida. 
Exsudato excessivo indica a presença de 
infecção. 
 
Existem 2 tipos de feridas: as com perda de 
tecido e as sem perda e os tipos de 
cicatrização. 
- 1ª intenção: as bordas estão próximas ou 
fechadas e o risco de infecção é mínimo 
(incisão cirúrgica). 
 
- 2ª intenção: feridas que envolvem perda de 
tecido e que ficam abertas até que se encha 
de tecido cicatricial – chance de infecção é 
maior (queimadura, úlcera por pressão). 
 
- 3ª intenção: primeiramente a ferida é 
deixada aberta para evoluir com 
cicatrização de segunda intenção e há o 
processo de limpeza e desbridamento 
(retirada de tecido morto – “limpeza”) do 
tecido. Posteriormente, é realizada sutura 
para que a ferida evolua com cicatrização 
de primeira intenção. 
3 componentes estão envolvidos no processo 
de cicatrização de uma ferida: 
- Processo inflamatório; 
- Proliferação e migração epitelial: migração 
das células epiteliais para o leito da ferida – 
apenas para locais úmidos e formação do 
tecido de granulação. 
Para uma ferida de espessura total, ocorre 4 
fases: 
- Hemostasia; 
- Fase inflamatória; 
- Fase proliferativa; 
- Remodelação. 
Complicações podem ocorrer, como é o 
caso de hemorragias, infecções, dentre 
outras. 
 
Outros fatores também estão envolvidos para 
a cicatrização das feridas: 
- Idade; 
- Nutrição; 
- Impacto psicossocial das feridas; 
- Perfusão tecidual. 
E quanto mais exsudado mais demorado é o 
processo de cicatrização. 
 
Os tipos de drenagem de feridas, incluem: 
- Purulenta; 
- Serossanguinolenta; 
- Sanguinolenta; 
- Serosa. 
Se a drenagem tiver um odor forte ou acre, 
deve-se suspeitar de infecção. 
 
A técnica de desbridamento é essencial para 
a recuperação da ferida e existem diferentes 
tipos: 
- Desbridamento mecânico: uso de curativo 
de úmido a seco com gaze com solução 
salina. 
- Desbridamento autolítico: usa curativos 
sintéticos para que a escara seja digerida por 
meio de ação enzimática presente no líquido 
da ferida (filme transparente e curativo com 
hidrocoloide); 
- Desbridamento químico: preparação 
enzimática tópica, solução de Dakin ou larvas 
estéreis. 
- Desbridamento cirúrgico: uso de bisturi, 
tesouras ou outro instrumento cortante. 
 
Os curativos servem para ter um cuidado 
maior com essa ferida e auxiliar no processo 
de cicatrização. 
Limpeza: essencial para fazer a retirada de 
contaminantes que possam ser a causa de 
infecções. Utiliza soluções de limpeza 
apropriadas e um meio mecânico que não 
cause lesão tecidual. A solução ideal é o soro 
fisiológico. Pode fazer a escovação (com a 
parte macia da escovinha) e vai ser sempre 
do meio MENOS contaminado para o meio 
MAIS contaminado. 
 
 
O tipo de curativo varia e depende do tipo 
da ferida. Eles servem para auxiliar na 
hemostasia, protege contra microrganismos, 
proporciona um ambiente úmido, absorve a 
drenagem, dentre outros. 
Para fazer a retirada o ideal é que umedeça 
ele para evitar lesionar novamente a ferida. 
Para a irrigação da ferida usa-se seringa de 
35ml com agulha de calibre 19. 
 
 
 
 
 
Os materiais utilizados para fazer o curativo, 
são: 
 1 pinça dente-de-rato (para retirar 
curativo); 
 1 pinça de Kocher (para retirar 
curativo); 
 1 pinça de Kelly (limpeza da ferida); 
 1 pinça anatômica (dobrar a gaze 
com auxílio da pinça de Kelly – NÃO vai 
para a ferida, fica só na bancada); 
 Gaze estéril (quantidade de acordo 
com o tamanho e tipo de curativo); 
 Bandeja ou cuba rim (opcional); 
 Luva de procedimento; 
 Solução fisiológica (SF 0,9%); 
 Fita adesiva (esparadrapo ou fita 
adesiva hipoalergênica); 
 Atadura de crepom se necessário; 
 Mesa auxiliar; 
 Lixeira com saco branco leitoso; 
 Lixeira com saco preto. 
 
Passo a passo: 
1. Explicar ao paciente sobre o cuidado 
a ser feito; 
2. Preparar o ambiente: 
- Fechar as janelas para evitar 
correntes de ar e poeira; 
- Desocupar a mesa de cabeceira; 
- Colocar biombo, se necessário. 
3. Lavar as mãos; 
4. Separar e organizar o material de 
acordo com o tipo de curativo a ser 
executado; 
5. Levar a bandeja com o material e 
colocar sobre a mesa de cabeceira; 
6. Descobrir a área tratada e proteger a 
cama com forro de papel, pano ou 
impermeável; 
7. Colocar o paciente em posição 
apropriada e prender o saco plástico 
para lixo em local acessível; 
8. Abrir o pacote de curativo e dispor as 
pinças com os cabos voltados para o 
 
executante, em ordem de uso – pinça 
Kocher e Dente de Rato na 
extremidade do campo, próximo ao 
paciente, e Pinça Kelly e Anatômica 
na extremidade oposta; 
9. Abrir o pacote de gaze e colocá-lo no 
campo. Se necessário colocar 
também chumaços de algodão; 
10. Retirar o curativo anterior utilizando a 
pinça Kocher e Dente de Rato; 
- Ao despejar soluções, virar o rótulo 
para a palma da mão; 
- Preferencialmente, só usar éter ou 
benzina após a retirada do 
esparadrapo, para remover os resíduos 
do adesivo; 
- Retirar o esparadrapo no sentido dos 
pelos; 
- Ao embeber a gaze, fazê-lo sobre a 
cuba-rim; 
11. Desprezar o curativo anterior e as 
pinças abertas na cuba rim; 
12. Com a pinça Anatômica pegar uma 
gaze e dobrá-la em 4 com auxílio da 
pinça Kelly, limpar as bordas da lesão 
com gaze embebida em soro 
fisiológico; 
13. Com as mesmas pinças proceder a 
aplicação de antisséptico; 
- Obedecer ao princípio: do menos 
contaminado para o mais 
contaminado, usando quantas gazes 
forem necessárias; 
- Usar técnica de toque com 
movimentos rotativos com a gaze, 
evitando os movimentos de dentro 
para fora daferida, tanto quanto os de 
fora para dentro; 
- Usar cada gaze ou tampão uma só 
vez; 
- Remover ao máximo os exsudatos 
(secreções: pus e sangue), corpos 
estranhos e tecidos necrosados; 
14. Proteger com gaze e fixar com adesivo 
(se indicado); 
15. Desprezar as pinças e envolver as 
pinças no próprio campo, que será 
encaminhado ao expurgo. 
16. Deixar o paciente confortável e o 
ambiente em ordem; 
17. Lavar as mãos; 
18. Providenciar a limpeza e a ordem do 
material; 
19. Checar o horário e fazer as anotações 
de enfermagem, especialmente 
quanto à evolução da lesão e queixas 
do paciente. 
pinça de Kelly 
dente-de-rato 
pinça de kocher 
anatômica 
 
 
 
Uso de curativo com carvão ativado: 
A camada de carvão ativado absorve as 
bactérias, removendo-as eficazmente do 
leito da lesão, resultando em um efetivo 
controle do odor em feridas com odor fétido. 
A prata impregnada no tecido 
de carvão exerce efeito bactericida sobre os 
micro-organismos, auxiliando no controle de 
infecção da ferida.

Continue navegando