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Copia de AnAlise do Cabelo- Giorgia

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Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC
Departamento de Biomedicina
Estudo de caso - Toxicologia - Prof Eduardo João Agnes
Alunas : Ana Beatriz Corrêa, Gabrieli Marangoni, Janaína Ferreira e Karolina Perdona
Em grupos de, no máximo, 4 acadêmicos, desenvolva a seguinte atividade:
Você recebeu um cliente em seu Laboratório de Análise Clínica que pretende fazer a Renovação da CNH. Para isso foi solicitado o exame toxicológico de larga janela de detecção para consumo de substâncias psicoativas. Após duas coletas dos pelos do cliente e enviados ao laboratório de apoio, o resultado do teste preliminar veio como positivo para Cocaína e benzoilecgonina nas seguintes concentrações 552 ng/g e 70 ng/g respectivamente. Ao receber o resultado, e, ao perceber que sua CNH seria suspensa temporariamente, o cliente resolveu fazer o teste em um outro laboratório. A coleta neste segundo laboratório foi feita 15 dias depois da coleta no primeiro e a mostra foi de cabelo. No caso foi retirado 3,5 cm de cabelo e o resultado foi negativo para as drogas. O cliente decidiu processar seu laboratório, e desta forma, juntamente com seu advogado, sua obrigação é de convencer o juiz a dar um parecer positivo para seu laboratório. O que você faria?
O exame toxicológico Detran, tem uma janela de detecção de 90 dias – para exames realizados em cabelos ou 180 dias – para exames realizados em pelos, não sendo possível para amostras de pelos a análise em uma janela inferior. No momento da coleta, a amostra é dividida em dois envelopes — um deles será a contraprova no Exame Toxicológico, caso seja solicitado pelo motorista. Para a segunda análise precisa ser retirado no mesmo dia daquele avaliado inicialmente — cujos resultados apontaram o uso de substâncias. A segunda averiguação precisa ser feita a partir do mesmo material que apontou o resultado. Assim, é possível entender se houve o consumo ou não por parte do profissional. Caso o motorista solicite a contraprova o teste é analisado de maneira diferenciada, já específico para a droga encontrada. Ou seja, as máquinas que analisarão o material coletado tentarão identificar especificamente a substância apontada, podendo ter uma variação 
quantitativa — segundo a legislação, na segunda amostra o importante é analisar apenas a presença do psicoativo, sem considerar a quantidade. Além disso, é preciso destacar que a diferença também pode ser mais facilmente encontrada caso o doador colete amostras de pelo das pernas ou dos braços — como o caso das pessoas carecas. Isso porque, mesmo a coleta sendo realizada em um mesmo momento, as regiões são diferenciadas. Sendo assim, o corpo pode reagir e armazenar a substância de forma diferente. Algo raro, mas que pode justificar resultados opostos.
Questionários:
1. Qual a legislação do CONTRAN que exige tal teste?
R: Lei 13.103 — implantada no ano de 2015, entra em vigou em Março de 2016.
2. Quais as categorias de CNH necessitam deste teste?
R: Categorias C, D ou E. 
3. Quais as drogas procuradas? Quais os cut-off destas drogas? 
R: Anfetaminas, Mazindol, Machonha (THC/ Carboxy TCH), Cocaína, Opiáceos.
4. Como podemos comprovar que o cliente não adquiriu a droga por via ambiental (consumo passivo) e foi consumido mesmo?
R: O método usado para detectar a presença das substâncias psicoativas é o ELISA
5. O cut-off é o mesmo para pelo e cabelo?
R: Anfetaminas – 0.2 ng/mg, Mazindol – 0.5 ng/mg, Maconha – 0.05 ng/mg, Cocaína 0.5 ng/mg, Opiáceos – 0.2 ng/mg.
6. Qual o comprimento do cabelo a ser utilizado? Por quê?
O cabelo cresce em média 1 cm ao mês, o que equivale à janela de detecção do uso de drogas no período de 30 dias. Para que o exame contemple no mínimo 90 dias de sensibilidade, como a lei estabelece, necessita-se de, pelo menos, 4 cm de cabelo.
7. E a quantidade de pelos? Pode ser de qualquer região?
Caso o cabelo não tenha o comprimento necessário para abranger o tempo de detecção solicitado, a coleta deve ser direcionada para os pelos corporais. Estes, devido a sua fisiologia diferenciada, têm um crescimento mais lento e a quantidade necessária para a realização do exame seria o equivalente a uma bola de algodão com 2 cm de diâmetro.
8. Existe algum procedimento que poderia alterar os resultados no caso supra-citado?
Lembre-se, não é possível burlar o exame toxicológico, visto que não há nenhum método ou medidas para alterar o resultado do exame, como por exemplo, ingerir muito líquido, shampoo de limpeza profunda, entre outros.
9. Como você poderia convencer o juiz a utilizar a sua contra-prova? Monte um texto corrido juntando todas as informações acima pesquisadas como Parecer Técnico sobre esse assunto, como o máximo de isenção, para ser adicionado nos autos do processo. Não esqueça das bibliografias utilizadas!!
De acordo com Cláudia Konrado, gerente geral de operações da LABET, o cabelo coletado para a segunda análise precisa ser retirado no mesmo dia daquele avaliado inicialmente — cujos resultados apontaram o uso de substâncias. Para Cláudia, existe a possibilidade do resultado de contraprova ser diferente do primeiro teste, apesar de ser uma situação rara. “O que acontece é que a primeira mostra pode ter tido um resultado próximo do limite. Como existe um máximo permitido e se o resultado for próximo disso, eventualmente na contraprova o laudo será diferenciado. No entanto, é muito raro, mas está previsto na legislação”, afirma. Além disso, é preciso destacar que a diferença também pode ser mais facilmente encontrada caso o doador colete amostras de pelo das pernas ou dos braços — como o caso das pessoas carecas. Isso porque, mesmo a coleta sendo realizada em um mesmo momento, as regiões são diferenciadas. Sendo assim, o corpo pode reagir e armazenar a substância de forma diferente. De acordo com a gerente de operações, caso o motorista solicite a contraprova o teste é analisado de maneira diferenciada, já específico para a droga encontrada. Ou seja, as máquinas que analisarão o material coletado tentarão identificar especificamente a substância apontada, podendo ter uma variação quantitativa — segundo a legislação, na segunda amostra o importante é analisar apenas a presença do psicoativo, sem considerar a quantidade.
10. Fora do parecer, responda as seguintes questões sobre os métodos de análise de drogas no cabelo:
a. Qual o procedimento de preparo da amostra em cabelo?
O cabelo é uma amostra coletada através de método não invasivo, de fácil transporte e armazenamento, justamente devido à sua alta estabilidade. Além disso, é uma matriz de difícil adulteração. Recomenda-se a coleta de aproximadamente 100 mg de cabelo, cortados rentes ao couro cabeludo, localizado na parte posterior e inferior da cabeça, porque nesta região, menos exposta, o cabelo é menos afetado pelas condições externas e apresenta menor variabilidade na taxa de crescimento e o número de fios na fase de crescimento é mais constante
b. Qual o método de análise proposto para este tipo de ensaio?
 Teste de imunoensaio
 O processo é preciso e minucioso, mas também longo e utiliza vários equipamentos. Por este motivo, uma amostra pode também ser testada para a substância alvo através de um teste de imunoensaio. No teste de imunoensaio, uma substância química é adicionada à amostra para causar uma reação, o que indica se a substância alvo está presente. O teste confirmatório quantitativo é realizado por cromatografia líquida ou Gasosa acoplado à Espectometria de Massas (LC/GC - MS), caso o resultado da triagem seja positivo.

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