Buscar

Resumo Neuroanatomo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Neuroanatomo Fisiologia
Sistema Nervoso 
Entre todas as funções do sistema nervoso estão integrar e coordenar com o sistema endócrino todas as funções corporais. Onde recebe estímulos provenientes do meio interno e externo respondendo-os. O nosso sistema nervoso possui 3 funções especificas:
Entrada Sensorial
Quando os receptores sensoriais presentes na pele respondem a estímulos externos. 
Integração 
O cérebro e a medula espinhal do SNC combinam e somam todos os dados recebidos do corpo e enviam impulsos nervosos. 
 Produção Motora 
Os impulsos nervosos do SNC vão para os nervos efetores (músculos e glândulas). Quanto às contrações musculares e as secreções glandulares, essas são as respostas a estímulos recebidos por receptores sensoriais. 
Sistema Nervoso Central 
Nosso sistema nervoso central é dividido em:
Sistema Nervoso Periférico
 Neurônios Motores 
Irão transmitir as mensagens do cérebro para os músculos afim de gerar movimento.
 Neurônios Sensoriais
Irão detectar sons, luz, sabor, calor, pressão e enviarão ao cérebro. 
 Células da Glia 
São células responsáveis pela manutenção da vida dos neurônios, elas irão manter os neurônios no lugar, proteger, criar um isolamento que chamamos de mielina (ajuda a acelerar os impulsos nervosos), reparar os neurônios e ajuda a restaurar a função do neurônio, elimina neurônios mortos e regula os neurotransmissores. 
 Astrócito
Formato de estrela, elimina os catabólicos, responsáveis pela cicatrização do neurônio, sustentam e protegem o neurônio. 
 Microglias 
Encontradas no SNC, são células de defesa, responsáveis por fagocitar ou destruir uma substância e ajudam na limpeza do neurônio. 
 Ependimárias 
Encontradas no SNC, são ciliadas, revestem as cavidades centrais do cérebro e da medula espinhal, onde formam uma barreira permeável entre o liquido cefalorraquidiano. Responsável por produzir o liquor e nutrir os neurônios. 
 Oligodendrócitos 
Encontrados no SNC são responsáveis por produzir a bainha de mielina que se alinham ao longo dos nervos. 
 Schawnn
Encontrados no SNP são responsáveis por produzir a bainha de mielina no SNP. 
 Satélites
Circundam os corpos celulares dos neurônios no SNP. São semelhantes aos astrocitos. 
Classificação dos Morfológica dos neurônios 
 Unipolar
Possuem apenas um axônio.
 Bipolar
Apresentam dois prolongamentos a partir do corpo celular, porém com um axônio e um dendrito, encontrados na retina, na mucosa olfatória e gânglio vestíbulo-cocleares.
 Pseudo-unipolar
Apresentam um prolongamento a partir do corpo celular que depois dividem-se em dois novos prolongamentos, são neurônios que captam a sensibilidade da pele, localizado no gânglio espinhal. 
 Multipolar
Apresentam mais de dois prolongamentos a partir do corpo célula, podendo ter vários dendritos, porém apenas um axônio, encontrados no córtex. 
Classificação dos Funcional dos neurônios 
 Sensoriais 
São acionados por meios de estímulos físicos ou químicos do ambiente (paladar, olfato, audição, visão, tato, calor e luz).
 Motores
Irão desempenhar o papel do movimento, incluindo os involuntários.
Interneurônios 
São intermediários neurais encontrados no cérebro e na medula espinhal. 
 Aferentes
Levam a informação da periferia ao cérebro. 
 Eferentes
 Levam a informação do cérebro para a periferia. 
Envoltório do SNC 
Meninges são as três camadas de membranas que circundam o cérebro e a medula espinhal. 
 Dura Mater
Primeiro tecido de transição do tecido ósseo para o nervoso. 
 Aracnoide 
Recebe este nome devido as suas fibras que se parecem com uma teia de aranha
 Pia Mater 
Revestimento do cérebro. Permeável e inervada. 
Obs:
Espaço Subaracnóideo: onde se encontra o liquor, responsável por nutrir os neurônios. 
Médula Espinhal 
O termo medula quer dizer miolo, ou seja, o que está dentro. Trata-se de uma massa cilíndrica, composta por tecido nervoso e que se localiza dentro do canal vertebral. Em sua porção superior, há a continuação do bulbo, que está localizado a nível do forame magno do osso occipital. Sua porção inferior no indivíduo adulto se localiza entre a primeira e a segunda vértebras lombares.
Em um corte transversal de qualquer porção da medula, é possível observar a substância cinzenta (corpo celular) disposta centralmente, assumindo a forma aproximada da letra H e a substância branca (axônio) localizada perifericamente.
Existem 31 pares de nervos espinhais, que correspondem a: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e, geralmente, 1 coccígeo. Sendo que existem 8 pares de nervos cervicais, mas somente 7 vértebras. Isso ocorre porque o primeiro par cervical emerge acima da primeira vértebra cervical.
Substância Branca 
Formado por axônios, em sua grande maioria, mielinizados (o que confere a coloração branca), agrupados em tratos e fascículos. Estes formam verdadeiros “caminhos” ou “vias”, por onde passam os impulsos nervosos que sobem e descem em toda extensão da medula espinhal. As vias apresentam trajeto descendente se originam no córtex cerebral ou no tronco encefálico e terminam na medula espinhal, realizando sinapse com os neurônios ali localizados. Essas vias podem ser do tipo: viscerais (Terminando nos neurônios pré-ganglionares do Sistema Nervoso Autônomo) e somáticas (Que podem ser piramidais ou extrapiramidais). Dividimos a substância branca em funículos: posterior, lateral e anterior. 
 Funículo posterior
Existem dois fascículos, o grácil e o cuneiforme, que conduzem impulsos nervosos relacionados à propriocepção consciente (sensação da posição e do movimento da articulação), ao tato discriminativo (localização e descrição das características táteis de um objeto), à sensibilidade vibratória e à estereognosia (capacidade de perceber com as mãos a forma e o tamanho de um objeto).
 Funículo anterior
Localiza-se o trato espinotalâmico anterior, que leva impulsos de tato e pressão. 
 Funículo lateral 
Localiza-se o trato espinotalâmico lateral. Esse conduz informações de dor e temperatura, além dos tratos espinocerebelar posterior e anterior, que conduzem informações sobre propriocepção inconsciente e sobre a intensidade que os impulsos motores chegam à medula para controle da motricidade somática.
Substância Cinzenta 
Sobre a substância cinzenta da medula espinhal, faltou discutirmos sobre os neurônios de axônio curto, também conhecidos como internunciais. São pequenos e estabelecem conexões entre as fibras que entram na medula pelas raízes dorsais e os neurônios motores, interpondo-se, assim, em vários arcos reflexos medulares. Ou seja, eles modificam a “conversa” entre o neurônio motor e o sensitivo, dependendo da resposta desejada.
A substância cinzenta é dividida pelo H medular: corno posterior, corno lateral e corno anterior. 
Tracto Espinotalamico
 Anterior 
Sensibilidade protopática e pressão.
 Lateral 
Sensibilidade térmica e dolorosa.
 Posterior
Propriocepção inconsciente. 
Os estímulos adentram a medula espinhal pelo corno posterior e cruzam imediatamente a linha média, projetando-se para os fascículos antero-laterais e posteriormente para o tálamo. Sua via final é o córtex somatossensorial primário no giro pós central. 
Vias da Propriocepção Inconsciente
 Espinocerebelar Anterior e Posterior
Recebem as informações provenientes dos fusos neuromusculares e OTG´s e projetam-se para o cerebelo, afim de manter o tônus e a postura. 
-Anterior: cruza no nível medular e novamente na ponte. Motricidade.
-Posterior: não cruza a linha média. Sensorial. 
 
Vias da Propriocepção Consciente
Tato epicritico, sensibilidade vibratória, propriocepção consciente e estereognosia. 
 Fascículo grácil 
Metade inferior de tronco e membros inferiores. Projeção medial. 
 Fascículo cuneiformes 
Metade superior do tronco e membros superiores. Projeção lateral. 
Recebem informações dos gânglios sensitivos e projetam-se para os núcleos correspondentes no bulbo e depois para o tálamo. 
Lâminas de Rexed 
São compostas por 10 lâminas. 
 Lâmina Posterior 
São sensoriais e vão até a quarta lâmina.
 Lâmina 2
Substância gelatinosa ou substânciade rolando. Nela ocorre a seleção por prioridade dos estímulos sensoriais. 
 A partir da 5 lâmina 
Começamos a ter funções motoras e autonômicas (pois não controlamos). 
Tronco Encefálico 
Nosso tronco encefálico é dividido em: mesencéfalo ponte bulbo. 
O tronco encefálico contém uma matriz complexa e heterogênea de neurônios, chamada de formação reticular. Essa matriz apresenta como principal função a ativação do córtex cerebral, ou seja, atua controlando o nível de consciência, além de apresentar como função a percepção da dor e a regulação dos sistemas cardiovascular e respiratório.
 Bulbo
Apresenta o seu limite caudal correspondendo a nível do forame magno do osso occipital.
 Ponte
A ponte está interposta entre o bulbo e o mesencéfalo, e apresenta numerosos feixes de fibras que convergem de cada lado para formar um volumoso feixe, conhecido como pedúnculo cerebelar médio. Este representa bastante importância por se tratar da maior “porta de entrada” para o cerebelo, responsável pela condução de importantes informações vindas da medula espinhal, apresentando íntima relação com o movimento humano.
 Mesencéfalo
O mesencéfalo está localizado entre a ponte e o cérebro. Por ele, passa um estreito canal, o aqueduto cerebral, que une o III ao IV ventrículo. 
Cerebelo 
Essa estrutura muito importante para o movimento humano se assemelha ao hemisfério cerebral e, não à toa, é conhecido como pequeno cérebro.
Também possui uma “capa” de substância cinzenta, o córtex cerebelar, e formações nucleares mergulhadas na substância branca, assim como o nosso cérebro. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital do cérebro por um septo da dura-máter (meninge), conhecida como tenda do cerebelo.
Entre suas funções, estão a manutenção do equilíbrio e da postura, o controle do tônus muscular e dos movimentos voluntários, além de muita relação com a coordenação e aprendizagem motora, exercendo, portanto, função essencialmente motora. Esse órgão nos prepara para condições antecipatórias e reativas do nosso dia a dia e para uma situação de instabilidade. A principal diferença do cérebro, a nível fisiológico, é que ele funciona sempre em nível inconsciente e involuntário, ou seja, nossa vontade não perpassa pela ação cerebelar.
Diencéfalo
O diencéfalo e o telencéfalo formam juntos o cérebro, ocupando cerca de 80% da cavidade craniana. O telencéfalo constitui os hemisférios cerebrais, encobrindo quase que totalmente o diencéfalo, o qual permanece em posição ímpar e mediana, compreendendo: epitálamo, tálamo, subtálamo e hipotálamo.
 Tálamo
O tálamo, importante estrutura composta por duas massas volumosas de substância cinzenta, de forma ovoide e fundamentalmente constituído por vários núcleos bastante numerosos.
 Hipotálamo
Fica localizado abaixo do tálamo, é uma área relativamente pequena, mas com importantes funções relacionadas, principalmente, com o controle da atividade visceral. É considerado o mais importante centro de controle central do Sistema Nervoso Autônomo, atuando na regulação da temperatura corporal, do comportamento emocional, do sono e da vigília, da ingestão de alimentos e de água, do controle da diurese, do sistema endócrino e da regulação dos ritmos circadianos.
 Epitálamo 
O epitálamo contem formações endócrinas e não endócrinas. Em relação às formações endócrinas, seu componente mais importante e mais evidente é a glândula pineal, capaz de produzir um hormônio chamado melatonina, com importante regulação dos ritmos circadianos e que apresenta ação antigonadotrópica. Ou seja, exerce ação inibidora sobre as gônadas, e alterações nesta estrutura podem causar puberdade precoce. O componente não endócrino do epitálamo pertence ao sistema límbico, relacionado com a regulação do comportamento emocional. 
 Subtálamo
O subtálamo, este compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o mesencéfalo, localizado logo abaixo do tálamo, por isso, recebe este nome.
Telencefalo 
Essa estrutura compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, separados (não completamente) pela fissura longitudinal, cujo assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, o corpo caloso, principal meio de união entre os hemisférios. Em cada hemisfério, existem sulcos na superfície que delimitam os giros cerebrais. Os sulcos mais importantes são: sulco lateral (separa lobo temporal dos lobos temporal dos frontal e parietal) e o sulco central (separa os lobos frontal e parietal). 
Os sulcos cerebrais ajudam a delimitar os lobos cerebrais que recebem sua denominação de acordo com os ossos do crânio, com os quais se relacionam, sendo eles: frontal, parietal, temporal, occipital e ínsula.
 Lobo Frontal
Onde são identificados três sulcos principais: pré-central, frontal superior e frontal inferior. Entre o sulco central e o sulco pré-central está o giro pré-central, que representa a principal área motora do cérebro, conhecida como área motora primária. Esta realiza conexões com outras estruturas, como tálamo, cerebelo e núcleos da base, e é de onde se origina grande parte das fibras do trato córtico-espinhal, as quais levam os impulsos nervosos necessários para a contração muscular.
No giro frontal médio, e não à toa situado ao lado do giro pré-central, localiza-se a área motora secundária, que se divide em duas áreas: motora suplementar e pré-motora, que também realiza conexões com os núcleos da base, cerebelo e área motora primária, responsável pelo planejamento, programação e sequência dos movimentos, preparando nosso corpo, especialmente os membros para a realização de movimentos mais delicados.
A porção mais inferior do lobo frontal é subdividida nas partes orbital, triangular e opercular, sendo localizada nessa última porção a área de Broca. Na maioria dos indivíduos, a localização se dá no hemisfério esquerdo, responsável pelo centro cortical da expressão da linguagem, tanto de maneira falada, quanto de maneira escrita.
Já em sua porção mais superior, localiza-se a área relacionada à atenção e ao comportamento, que envolve, principalmente, condutas sociais e aspectos relacionados à personalidade.
 Lobo Parietal
Partindo para o lobo parietal, este apresenta dois sulcos principais, o pós-central e o intraparietal. Entre os sulcos central e pós-central está o giro pós-central, onde se localiza uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex cerebral, a área somestésica. Esta é considerada a área sensitiva primária, responsável pela captação da informação sensitiva relacionada à temperatura, à dor, à pressão, ao tato e à propriocepção consciente.
 Lobo Temporal
O lobo temporal apresenta dois sulcos principais, o sulco temporal superior e inferior. Entre os sulcos lateral e temporal superior está o giro temporal superior, onde se localiza a área de Wernicke, que, assim como a área de Broca, localizada no lobo frontal, também se relaciona com a fala e escrita, porém é responsável pela compreensão dessas informações. 
Ainda no giro temporal superior do lobo temporal, destacamos as áreas responsáveis por captar os impulsos auditivos (área auditiva primária) e interpretá-los (área auditiva secundária). Já os giros temporal médio e inferior estão relacionados à aprendizagem e à memória.
 Lobo Occiptal 
Apresenta dois sulcos importantes: sulco calcarino e sulco parieto-occipital. 
 Ínsula 
O lobo da ínsula está localizado mais profundamente, podendo ser observado após o afastamento dos lábios do sulco lateral, apresentando alguns sulcos e giros. Esse lobo está envolvido com funções emocionais, fortemente relacionadas ao sistema límbico, e está envolvido na modulação das funções viscerais, hormonais e autonômicas.
Liquor
O líquor, também conhecido como líquido cefalorraquidiano, é um fluido aquoso que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares (ventrículos lateral direito e esquerdo ou I e II ventrículo, III e IV ventrículo), apresentando como principal função a proteção mecânica do Sistema Nervoso Central, formando um coxim líquido entre essas estruturas nervosase as estruturas ósseas.
O líquor é produzido nos plexos coroides a partir das células ependimárias localizadas nas paredes ventriculares, principalmente, dos ventrículos laterais, que passa ao III ventrículo por meio dos forames interventriculares e através do aqueduto central chega até o IV ventrículo.
Este, por sua vez, passa para o espaço subaracnóideo, sendo então reabsorvido pelas granulações aracnoides que se projetam para o interior da dura-máter.
Sistema Nervoso Periférico
Esse sistema apresenta como principal função realizar a conexão entre o Sistema Nervoso Central, a nossa “central de comando”, e todas as estruturas corporais, e assim enviar e receber os estímulos do meio tanto interno quanto externo.
 Neurônios Motores 
Irão transmitir as mensagens do cérebro para os músculos afim de gerar movimento.
 Neurônios Sensoriais
Irão detectar sons, luz, sabor, calor, pressão e enviarão ao cérebro. 
Cada nervo que emerge da medula é formado pela união da raiz dorsal e raiz ventral.
 Raiz dorsal 
É responsável pelo recebimento da informação sensitiva, vinda da periferia.
 Raiz ventral 
É responsável pela saída da informação motora.
Além disso, a união dessas duas raízes forma o tronco do nervo espinhal, sendo assim, podemos afirmar que o nervo espinhal é considerado um nervo misto, por apresentar esses dois componentes (motor e sensitivo).
 Afrentes 
As fibras responsáveis pela condução da informação sensitiva, ou seja, aferentes, podem ser consideradas somáticas, e as estruturas receptoras, ou terminações nervosas, são conhecidas como exteroceptores, que a nível consciente levam informações de temperatura, dor, pressão e tato, e também conhecidas como proprioceptores, localizados nos músculos e articulações, que a nível consciente e inconsciente levam informações sobre o tônus muscular, movimento e posição da articulação.
Essas fibras aferentes também podem ser consideradas viscerais, que por meio dos interoceptores conduzem informações sensoriais dos nossos órgãos internos.
 Eferentes 
Já as fibras responsáveis pela condução da informação motora, ou seja, eferentes, também podem ser consideradas somáticas, quando o impulso se direciona aos músculos estriados esqueléticos, e considerados viscerais, uma vez que a informação se destina a musculatura lisa, cardíaca e glândulas.
Sistema Nervoso Autônomo e Somático 
O SNP é dividido em autônomo e somático. O primeiro tem controle involuntário dos órgãos internos, vasos sanguíneos e músculos lisos e cardíacos. Já o segundo tem o controle voluntários dos nossos movimentos.
Nosso sistema nervoso autônomo é divido em simpático e parassimpático. 
 Simpático 
Responsável por estimular atividades associadas à resposta de luta ou fugir, mobilizar os sistemas do corpo para escapar ou atacar fontes de perigo. 
 Parassimpático
Responsável pela estimulação de repouso e digestão que ocorrem quando o corpo está em repouso, incluindo excitação sexual, micção, digestão e defecação. 
 
Bioeletrogênese
Geração de sinais elétricos biológicos. 
 Célula em Repouso 
Em repouso o meio interno é eletricamente negativo e o meio externo positivo. 
 Limiar de Excitabilidade 
Quando atinge o limiar a célula é despolarizada, a carga interna e externa é invertida. Gerando assim o potencial de ação. A célula entrou em atividade. 
 Período refratário 
Período em que o canal fica inativo. 
 Nos neurônios 
- Repouso 
- Ele está mais negativo no meio interno 
- O estimulo é gerado 
- A negatividade diminui com a entrada do sódio
- É atingido o limiar de excitabilidade é gerado o potencial de ação, abrindo os canais em sequencia, em um sentido. 
- O sódio entra despolarizando a membrana. 
Tipos de canais 
 Canais dependentes de voltagem 
Quando a célula é despolarizada e a outra célula detecta isso. 
 Canais dependentes de ligante
Quando uma molécula se liga a um neurotransmissor e abre os canais. 
Potencial de Membrana em Repouso
Ocorre quando o neurônio está inativo, ou seja, quando ele não está enviando um impulso nervoso. O potencial de repouso da membrana é medido pela diferença de concentração de íons entre o meio interno e externo da célula, separados pela permeabilidade da membrana. Quando essas forças se equilibram e a diferença dentro e fora da voltagem do neurônio é medida, temos o potencial de repouso. Em repouso existem mais íons de sódio fora e mais íons de potássio dentro. 
Potencial de Ação 
Ocorre quando um estimulo é gerado ao neurônio. Eles são causados por íons diferentes que cruzam a membrana do neurônio passando por três estágios, são eles: despolarização, repolarização e hiperpolarização. A despolarização vai ocorrer quando o neurônio receber um estimulo fazendo com que os canais de sódio se abram. Com a entrada de grande quantidade de sódio na célula o seu interior estará mais positivo e seu exterior negativo. Na repolarização, com a entrada de grande quantidade de sódio na célula seus canais se fecham e os canais de potássio se abrem, ocorrendo a saída de potássio. Com o potássio passando para fora, a repolarização reestabelece o equilíbrio elétrico, fazendo com que o potencial de membrana volte a ser negativo, retornando ao potencial de repouso. Na hiperpolarização, quando os canais de potássio finalmente se fecham, o neurônio tem um pouco mais de potássio do lado de fora do que sódio do lado de dentro. Isso faz com que o potencial de membrana fique um pouco mais abaixo do potencial de repouso, ocorrendo assim a hiperpolarização. 
Propagação do sinal
A propagação ou a transmissão do sinal nervoso irá ocorrer num único sentido, como uma onda de mudança de polarização da membrana ao longo do axônio. Quando uma porção da membrana do axônio é despolarizada suficientemente para atingir o limiar, os canais de sódio dependentes de voltagem se abrem, iniciando assim o potencial de ação ou a transmissão sináptica. Quando iniciado em uma extremidade de um axônio ele irá se propagar em um único sentido. Geralmente iniciando-se no corpo celular e é transmitido em direção aos axônios. Axônios revestidos de mielina tem a propagação do impulso nervoso feito de nódulo em nódulo, numa condução saltatoria e não ao longo de toda a membrana do axônio, o que aumenta a velocidade do impulso nervoso. A transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outro ocorre por meio das sinapses.
Mecanismos sinápticos 
As sinapses irão ocorrer quando dois ou mais neurônios se comunicam. Está ação irá ocorrer na conversão de sinais elétricos em mensagens químicas carreadas por substâncias neuromediadoras e depois convertidas em impulsos elétricos já na célula pós sináptica. Para que a sinapse ocorra ambos os neurônios deverão manter um complexo do sistema e armazenamento e síntese das substâncias necessárias para a transmissão sináptica. O neurônio pré-sináptico irá produzir o neurotransmissor, síntese que geralmente ocorre no corpo celular por meio de ações enzimáticas ou no próprio terminal do axônio. Alguns neurotransmissores irão completar a sua síntese no interior das vesículas ou serão levados por meio de moléculas transportadoras presentes na membrana vesicular, essas moléculas irão jogar os neurotransmissores dentro vesícula. Quando o potencial de ação é gerado e chega o terminal do axônio ele irá ativar os canais de cálcio dependentes de voltagem. O cálcio permite que as vesículas sinápticas se fundam com a membrana do axônio e ocorra a liberação do neurotransmissor entro da fenda sináptica. Os neurotransmissores passam através da fenda sináptica e irão se ligar às proteínas receptoras na célula pós sináptica levando a abertura ou fechamento de canais iônicos na membrana celular, gerando assim estímulos excitatórios ou inibitórios. Quando a célula alvo dispara um potencial de ação, temos um potencial excitatório pós sináptico. Mas quando a célula alvo se torna menos inclinada a gerar o potencial de ação, temos um potencial inibitório pós sináptico. A somação desses estímulos podem ser definidas em somação espacial (quando se tem mais de um neurônio estimulando outroneurônio) e somação temporal (quando se tem um neurônio “ligado” com o potencial de ação mais forte, soma-se o aumento dos estímulos para fazer a célula responder de forma mais acentuada). 
 Receptor Ionotrópico 
O receptor é o próprio canal. 
 Receptor metabotropico 
Receptor mais complexo. Ligado ao metabolismo. Receptores que se ligam a proteína G. 
Recep. Metab. > Proteina G > Seg. Msgs. Quim. 
 Ativação da célula 
A célula se torna mais positiva no meio intracelular. 
 Inibição da célula
Ela se torna mais negativa no meio intracelular. 
 Receptor Nicotinico 
Possui afinidade com receptor ionotrópico da acetilcolina. 
 Neurônio colinérgico 
Produz acetilcolina. 
Integração sináptica 
 Somação de estímulos 
Modular a ação dos estímulos.
 Somação Espacial 
Quando se tem mais de um neurônio estimulando outro neurônio. Ex: palma da mão na cabeça.
 Somação temporal 
Quando se tem um neurônio ligado com o potencial de ação mais forte. Soma-se o aumentos dos estímulos para fazer a célula responder de forma mais acentuada. A estimulação é aumentada ao longo do tempo. Ex: martelada no joelho várias vezes faz com que ocorra a elevação da perna. 
Neuroplasticidade 
Formas do sistema nervoso se adaptar. 
 Período crítico 
Fase de desenvolvimento, em que o cérebro tem maior capacidade de se adaptar e formar memórias. 
A criança quando hiper estimulada nesta fase tem mais chances de criar mais conexões, ou seja, tem um desenvolvimento maior. Por isso que crianças com crises convulsivas intensas e que precisam fazer hemisfériequitomia depois de anos tem as suas funções restabelecidas.
As memoriais emocionais sempre terão prioridade no processamento, sempre são mais duradouras. 
 Plasticidade 
- Processo de habituação (ex: sensação do relógio no pulso). Dependendo da intensidade do toque (potencial de ação) nosso cérebro pode identificar confundir com dor. 
- Formação de memórias e aprendizagem 
- Regeneração aos lesão
 Fases do desenvolvimento 
- Neurogenese no desenvolvimento intra uterino 
- Neurogenese na maturidade 
 Neurogenese na maturidade 
- Formação de novas conexões (brotamento neuronal – quando um neurônio morre e outro neurônio é recrutado para aquela função). 
- Ativação de conexões adormecidas. 
- Alteração dos receptores pós sinápticos. 
 Memória 
Formada a partir da LTP (potencialização de longa duração). 
Ativas no hipocampo, amigdala e cerebelo. 
 Cognição
Compreensão do meio a nossa volta. Orientação do espaço tempo. 
 Memória de trabalho
Repetição massiva. 
-Glutamato: neurotransmissor responsável ela memória. Facilitador. 
 Plasticidade Sináptica 
Onde se tem dois tipos de receptores: AMPA e NMDA. AMPA é ionotropico, ou seja, ele é o próprio canal. O neurotransmissor se liga ao receptor AMPA com vários estímulos, o potencial de ação vai aumentando, com o aumento do potencial de ação é aberto o canal NMDA, este canal é libera o magnésio, o cálcio entra no canal e ativa os receptores secundários fazendo com que ocorra mais produção de receptores. 
 Regeneração dos nervos 
Os macrófagos limpam a região. As células de schawnn formam um tubo de crescimento, liberam fatores de crescimento neuronal. 
A regeneração não ocorre no SNC. Ex: quando ocorre um AVC hemorrágico o ph do sangue que é liberado que é mais ácido acaba matando o neurônio. 
O astrócito faz a cicatrização do neurônio, celando a ponta do neurônio. 
 Membro Fantasma 
Remapeamento cortical:: quando um neurônio lesionado é recrutado por outo grupo de neurônios responsável por outra parte do corpo. 
Somestesia 
Sensações 
Teloceptiva (visão e audição)
Proprioceptiva (posição segmentar)
Exteroceptiva (tato)
Quimioceptiva (olfato e paladar)
Introceptiva (vísceras)
Temperatura e dor 
Sistema somestésico 
 Funções
- Mecanoreceptores 
- Termoreceptores 
- Nocicepção 
Mecanoreceptores 
Alteração mecânica na pele que se transforma em potencial de ação.
 Termoreceptores 
Percepção da temperatura. 
 Nocicepção 
Noci = nocivo, dor / cepção = percepção 
Percepção da dor. 
Transdução de Sinal
É a conversão de um estimulo à um sinal celular. 
 Tato 
Canal mecânico, o toque na pele gera uma deformação acionando os canais receptores. 
 Integração sensório-motora 
Sem sensibilidade não se tem atividade motora. 
Mecanoreceptores 
 Corpusculo de Meissner 
Receptor de localização superficial, adaptação rápida, campo receptor pequeno e muito sensível à discriminação. Ex: textura. 
 Discos de Merkel
Receptor de localização superficial, campo receptor pequeno, adaptação lenta e muito sensível a discriminação.
 Corpusculo de Paccini 
Receptor de localização profunda, adaptação rápida, campo receptor grande e sensível a vibração. 
 Terminação de Ruffini 
Receptor de localização profunda, campo receptor grande, adaptação lenta, sensível a pressões intensas (batidas). 
 Receptor do folículo piloso 
Receptor sensível ao movimento dos pelos cutâneos. 
** Bulbo de Krauser
Receptor responsável pela percepção do frio. Receptor que detecta a variação dos átomos. 
Classificação do Tato 
 Epicritico (discriminativo) 
 Protopático (grosseiro, inespecífico) Ex: dor e temperatura 
Protopático 
Gerado pelo tato inespecífico, temperatura, dor e pressão. 
Vem da periferia, seguindo o nervo, entrando pelo nervo posterior da medula. Faz sinapse com o primeiro neurônio sensorial. Chegando na região da lâmina II, faz sinapse com o segundo neurônio sensitivo, cruza a linha média e sobe em direção ao cérebro, pelo trato espino-talamico antero-lateral, chegando no tálamo ele encontrará o terceiro neurônio sensorial.
**Obs.: Uma lesão do lado esquerdo, se perde a sensibilidade do lado oposto. 
Epicritico 
Via de propriocepção consciente. Estímulos entram na linha anterior, porém não cruza a linha média. Receptores pequenos, localizados nos tendões, músculos e capas articulares. 
**No meio dos nossos músculos temos o fuso neuromuscular, que são células que detectam a velocidade do estiramento muscular. Nos nossos tendões temos os O.T. Golgi que detecta a tensão, são células responsáveis pela nossa propriocepção. 
Em volta das articulações temos as capas articulares, que tem uma série de receptores que irá disparar e nos dá a noção de propriocepção. 
O estímulo entra pela região posterior e sobe em direção ao bulbo, faz sinapse com o segundo neurônio, o segundo neurônio cruz a linha média e sobe em direção ao tálamo, do tálamo vai para o córtex. 
**O cerebelo é responsável pela coordenação motora, por corrigir o movimento. O paciente com lesão no cerebelo ou no fascículo grácil perdem a propriocepção consciente, ele participa do centro de equilíbrio. Ele vai organizar o ato motor de acordo com as informações que recebe. 
**Obs.: Esterenoguinesia é o ato de identificar os objetos com as mãos. 
Tracto Espinotalâmico 
 Anterior: sensibilidade protopática e pressão. 
 Lateral: sensibilidade térmica e dolorosa. 
O estímulos adentram a medula espinal pelo corno posterior e cruzam imediatamente a linha média, projetando-se para os fascículos antero-laterais e posteriormente ao tálamo. Sua via final é o córtex somatosensorial no giro pós central. 
Vias de propriocepção insconsciente - Tracto espinocerebelar anterior e posterior 
Recebem informações provenientes dos fusos neuromusculares e O.T. Golgi e projetam-se para o cerebelo, afim de manter o tônus e a postura. 
 Anterior: Cruza no nível medular e novamente na ponte. 
 Posterior: Não cruza a linha média. 
Vias de propriocepção consciente - Tato epicritico, sensibilidade vibratória, propriocepção consciente e estereognesia
 Fasciculo Grácil 
Metade inferior do tronco e membros inferiores, Projeção medial. 
 Fasciculo Cuneiforme 
Metade superior de tronco e membros superiores, Projeção lateral.
Recebem informações dos gânglios sensitivos e projetam-se para os núcleos correspondentes no bulbo e depois vão para o tálamo. 
**Obs.: O paciente com uma lesão medular a esquerda, terá perda da sensibilidade tátil, terminação dolorosa do lado oposto e perda da sensibilidade discriminativa do lado esquerdo. Ex: síndrome de browm-sequard.Tabes dorsales 
Doença ocasionada pós infecção de sífilis, onde o paciente perde o tato epicritico, atinge o fascículo grácil e cuneiforme, não tendo a propriocepção consciente. Com marcha talamica, o paciente anda batendo o calcanhar. 
Dor
Experiência sensorial desagradável, podendo estar associada a uma lesão tecidual ou não. Em geral denota uma agressão ao nosso organismo. Quando o estimulo é gerado gradativamente ou de forma abrupta, o nosso cérebro pode interpretar como dor. 
 Lesão tecidual / dor nociceptiva
Quando se sofre uma lesão perfuro-cortante, o conteúdo interno da célula vai extravasar. A substância do meio interno vai para o meio externo, disparando o potencial de ação pela via protopática. 
**Bradssimina e histamina são substâncias que dão a sensação de inchaço e queimação, gerando um processo inflamatório. 
Prostaglandina, quando liberada no meio externo, gera outras substâncias que inicia o processo inflamatório. 
Fibras sensoriais 
 Tipo A (mais grossa, com mielina, proprioceptores, musculo esquelético, tato epicritico) 
 Tipo A Beta (mais grossa que a delta e mais fna que a tipo A, com mielina, mecanoreceptores da pele – tato protopático). 
 Tipo A Delta (mais fina que a tipo A Beta, com mielina, mais grossa que o tipo C levando dor e temperatura). 
 Tipo C (sem mielina, fibras lentas, fina espessura. Temperatura, coceira e dor). 
Dor Aguda X Dor Lenta 
Aguda 
Fibra tipo A delta, intensa e menor tempo. 
 Crônica 
Fibra tipo C, menos intensa, porém dura por mais tempo. 
**Obs.: Tônico – o que se mantém ativo, musculatura de contração. Fasicas – ocorreu durante um momento e parou. 
Teoria das comportas da dor 
O estimulo irá ativar as fibras do tipo A, fazendo com que o interneurônio inibitório seja despolarizado. Mecanismo medular da mecânica da dor. 
Siringomielia 
Siringe = dilatação. Trata-se da dilatação no canal central da medula. Quando temos uma dilatação no canal central da medula, temos perda do canal protopatica, temperatura e dor. É a presença de uma cavidade, a siringe, com coleção liquida na medula espinhal, que pode se expandir e ocasionar lesões nervosas. Em sua maioria dos casos, a siringomielia é congênita e associada a uma má formação, onde reduz o fluxo do liquido cefalorraquidiano, o que força a sua entrada para o canal medular, formando a siringe.
Anestesia em Xale 
Perda da sensibilidade dos membros superiores, o nome da conexão com o “xale da vovó”. Perda sensorial da cervical, onde não se observa o processamento sensorial de tato protopatico, temperatura e dor.
Anestesia em sela
Anestesia da região que fica em contato ao se andar a cavalo. Alteração sensorial da virilia, medial de coxa e também perca sensorial distante. 
Dor 
Gerada muitas vezes por uma lesão tecidual, onde o conteúdo interno das células é extravasado para o meio extracelular e o próprio conteúdo da célula desencadeia um processo inflamatório. Ex: prostaglandina – onde os 2º mensageiros vão para o meio extracelular. 
 Terminações Nervosas 
Fibras finas amielinicas, ou seja, fibras lentas em relação as outras. Isso desencadeia um potencial de ação nas terminações nervosas e elas se projetam pelo corno posterior da medula pelo tato protopatico (inespecífico, irá cruzar a linha média). Pois quando ele entra na lâmina II ele já faz sinapse com o 2º neurônio sensitivo, e essa informação cruza a linha média subindo pela porção antero-lateral da medula até o tálamo, do tálamo se projeta até o córtex sensorial que fica no giro pós central, onde temos a memória para aquele estimulo doloroso. 
 Teoria da comporta da dor 
As fibras mielínicas e amielinicas são estimuladas o tempo todo, pois nós estamos “encostando” o nosso corpo em algo o tempo todo, porém não sentimos dor, isso ocorre pois se for um potencial de ação baixo ela leva a informação para o segundo neurônio sensitivo, onde temos um interneurônio que é inibitório (sua função é inibir o segundo neurônio) por o interneurônio ser uma célula tônica, é ativada constantemente, ela bloqueia a passagem do estimulo para o cérebro, não ocorrendo a dor. Agora se você tropeçar, o potencial de ação é muito mais alto, muito mais intenso. A célula irá sair do estado de repouso e será despolarizada, onde a voltagem de ação é muito maior, fará sinapse com o segundo neurônio e inibe o interneurônio, que deveria inibir o segundo neurônio, com isso o estimulo passará para o cérebro, ele cruza a medula, pois o tato é protopático, ele sobe em direção ao tálamo onde ele faz sinapse com o terceiro neurônio e daí vai para o córtex sensorial primário. 
 Modulação da percepção da dor
Quando um estimulo é adicionado, ou seja, quando eu toco na região estimulada com a minha mão, eu estimulo as fibras do tipo A, que são A beta, fibras grossas e muito mais velozes, por ela ser mais veloz, ela chega na lâmina II e estimula o interneurônio inibitório, que irá diminuir a intensidade da dor. É nisso que o tens vai agir, ele irá estimular as fibras A, fazendo com que o interneurônio iniba os estímulos da dor. 
 Centro Descendente do controle / modulação da dor
Onde as emoções disparam no nosso cérebro bloqueando a entrada da dor. 
** Ópio: droga extraída da papoula, onde se tem uma ação sedativa e analgésica da dor, sendo um importante bloqueador da dor. 
Controle Motor 
O músculo contrai. Nossos movimentos são fluídos, muitas vezes realizamos vários movimentos sem precisar pensar para executa-los. Esse trabalho de controle motor vem de áreas distintas do nosso cérebro. Onde temos 3 níveis:
- 1 nível: controle motor medular (automáticos, não pensamos para realizar). Controle motor de resposta imediata à estimulo, ou seja, reflexo. 
- 2 nível: vem do tronco encefálico e dos núcleos da base. 
- 3 nível: córtex cerebral (área de mais alta ordem). 
** Reflexo: resposta motora mediante a um estimulo sensorial. 
Para que a motricidade ocorra nós temos os aferentes periféricos (vem da periferia em direção a medula ou cérebro), proprioceptores (saber em que posição o nosso corpo se encontra no meio), nociceptores (receptores da dor) e receptores sensoriais (somestesia). 
As informações que vem da parte anterior da medula elas vão para os músculos para executar a contração muscular. 
O nervo periférico chegava no musculo e formava a placa motora, e na placa motora liberava acetilcolina, essa acetilcolina vem do H medular anterior. – Contração Muscular. 
 Reflexo Motor 
 Esses reflexos ocorrem a partir de receptores da periferia (receptores somestesicos). Os receptores da propriocepção são os responsáveis pelo reflexo. Onde temos dois tipos: fuso neuromuscular e os órgãos tendinosos de golgi. 
 Fuso neuromuscular
 Estimula a contração. Fica dentro da fibra muscular, no meio do musculo, na periferia nós temos os órgãos tendinosos de golgi. O fuso neuromuscular é composto por duas partes, uma porção central onde estão as fibras sensoriais, parte que sente, responsável por detectar o estiramento. Ele serve para detectar a variabilidade da extensão muscular, a velocidade do estiramento muscular. Ele irá levar a informação para o cérebro em qual posição o nosso musculo se encontra. Sua função é detectar a variação do comprimento muscular, sendo uma célula sensorial. 
As porções da extremidade do fuso neuromuscular, onde tem aspecto de fibras muscular, onde possuem fibras musculares em seu interior, são chamadas de intra-fusais, responsável por fazer o fuso neuromuscular se adequar para o comprimento do musculo. 
A parte central é sensorial que detecta o comprimento do musculo, leva informação do periferia até a medula. 
Fibras extras fusais: são neurônios alfas. Massa muscular grande. 
Fibras intra fusais: dentro do fuso neuromuscular, recebem informações da medula, do corno anterior da medula. São neurônios gama. 
Sempre que o fuso neuromuscular for estimulado, ele dispara um potencial de ação para o sistema nervoso central que faz um arco reflexo par a o moto neurônio alfa e este moto neurônio alfa que estimula fibra extra fusal. 
- Reflexo miotático: estimulo de um lado e comparocom o do outro lado. É o mesmo que o reflexo monocinático ou arco reflexo. Ou seja, estimulei o fuso neuromuscular, que estimulou o moto neurônio alfa, ocorrendo o reflexo. Teste nos membro inferiores: patelar e aquileu. Nos membros superiores: biciptal, triciptal e radial. **Quando se ocorre uma lesão no nervo periférico, o paciente fica sem reflexo, acompanhado de hipotonia e miofasciculação, já quando a lesão ocorre no sistema nervoso central esse reflexo fica hiper-reflexo, hipertonia e sinal de babinsk.
** Tônus muscular: é o estado de tensão muscular no repouso. 
**Toda lesão no sistema nervoso vai alterar o tônus, seja central ou periférica. 
 Órgão Tendinoso de Golgi 
Trata-se de um receptor inibitório. Inibe a contração. 
- Reflexo miotático inverso: quando a tensão no tendão é muito forte, o potencial de ação disparado é muito forte, ele vai para a medula e estimula um interneurônio inibitório, esse interneurônio inibe o moto neurônio da fibra extra fusal, ocorrendo o reflexo miotático inverso. Pois o cérebro entende que o tendão poderá ser rompido. 
**Aplicabilidade numa situação patológica: Lesão central, onde o paciente tenha espasticidade, o reflexo miotático inverso pode diminuir o padrão de espasticidade por inibição do moto neurônio inferior. 
- Reflexo de retirada: é um reflexo exteroceptivo. 
Por exemplo, se eu piso na taxinha com o pé direito, eu faço uma extensão contra-lateral para me manter em pé. Quando eu faço esse tipo de movimento, eu faço uma triple flexão do mesmo lado e inibo os extensores. 
 Controle Motor Central 
- Medula 
- Tronco encefálico 
- Núcleos das base
- Cortex cerebral 
 Controle Postural 
A manutenção da postura é automática. 
 Núcleos da Base
Base do cérebro, onde nós temos um grupo. 
- Núcleo caudado (estriado)
- Núcleo putâmen (estriado)
- Núcleo globo pálido (externo e interno)
- Núcleo subtalamico
- Substância negra ou nigra (reticular compacta)
 Núcleo caudado e putâmen 
O caudado está agarrado ao ventrículo lateral. Quem corta ele ao meio são fibras do axônio, chamada de capsula interna (conjunto de vias formadas por substâncias brancas que separa o núcleo caudado e putamen). 
 Globo pálido 
Um pouco mais claro que os outros, dividido em interno e externo. Fica localizado ao lado do putâmen. 
**Todo neurônio motor passa pela capsula interna. 
 Núcleo subtalamico 
Fica localizado abaixo do tálamo.
 Substância Negra 
Fica localizado no mesencéfalo. 
 Função dos núcleos da base 
São um mini circuito dentro do cérebro, que tem a função de dar automatismo ao movimento. Também são responsáveis por ajustar o controle motor com as emoções. Eles recebem informações de todo o nosso sistema nervoso. Ele vai processar a informação e enviar a resposta. 
 Núcleos estriados 
São os porteiros, onde entra a informação e processam essa informação. Podendo seguir para duas vias: indireta e direta. 
- Via direta: o núcleo estriado é estimulado, na via direta ele irá inibir o núcleo de saída. Recebeu a informação e encaminha para o globo pálido. O estriado na via direta libera neurotransmissor inibitório (sendo facilitador do tálamo) que inibe o núcleo de saída. 
**Parkinson: degeneração de substância negra. A estimulação no estriado é a mesma, porém ele não tem dopamina o suficiente para inibir os núcleos de saída, com isso deixa liberado a estimulação inibitória para o tálamo, que não é capaz de estimular o córtex motor. Na via indireta a função da dopamina é inibir.
- Via indireta: estimula o GABA, que tem a função de inibir o globo pálido externo (GPE- tem função de inibir o GPI), com isso o subtalamico irá estimular o GPI. Irá inibir o tálamo. O equilíbrio das duas vias irá desenvolver o movimento fluido. 
 Controle Motor Voluntário 
Quando se tem a intenção de realizar o movimento. 
1 – área pré motora (planeja)
2 – área motora (corrigi)
3 – córtex motor primário (executa o movimento)
2 e 3 são áreas associativas. 
- Cortex motor: está sempre ligada a área sensorial, nada se parte do zero. O ato motor está sempre associado ao sensitivo (tato, olfato, audição, visão). 
A via motora voluntária tem apenas 2 neuronios, 1 NM no córtex e o 2 NM no cornos.
 Como ocorre o controle motor voluntário
Ele irá emergir do córtex pré central. Os neurônios irão sair do córtex, pela coroa radiada, passando pela capsula interna e seguindo a periferia. Passa pelo tronco encefálico, descendo pelo pedúnculo, descendo pela ponte, chegando na pirâmide bulbar. Quando ele chega na pirâmide bulbar, de 75 a 90% das fibras cruzam para o outro lado, fazendo conexão com o 1 neurônio (região lateral da medula)
 Sinais clínicos de lesão piramidal 
Hipertonia (tônus – estado de tensão muscular em repouso, irá aumentar o tônus, ou seja, ficará mais rígido), hiperreflexia e sinal de babinski (sinal de reflexo cutâneo plantar. Vai pegar o pé do paciente e fazer uma estimulação da planta do pé, fazendo um risco, numa lesão piramidal fará uma extensão do alox e os dedos em leque.

Continue navegando