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PLANO DE AULA _ ECOLOGIA COMPORTAMENTAL

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – CEAD 
ECOLOGIA COMPORTAMENTAL 
 
ALUNA: JÉSSICA DA SOLER 
PLANO DE AULA 
INFORMAÇÕES DA TURMA 
Escola Escola fictícia 
Nível de Ensino Ensino médio 
Série/Turma 1º ano. 
Assunto 
Tipos de Comportamento Animal e Seus Possí-
veis Impactos Ecológicos. 
Duração 90 min 
 
DESCRIÇÃO DA AULA 
1 OBJETIVOS 
 
Conhecer os tipos de comportamento animal e seus possíveis impac-
tos ecológicos. 
 
2 METODOLOGIA 
 
• Aula dialogada e expositiva. 
• Aula interativa. 
• Aula didática com objetivo de motivar o aluno através das atividades pro-
postas. 
 
3 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
*Apresentação em slides com auxílio de um projetor e um notebook* 
 
COMPORTAMENTO ANIMAL : ETOLOGIA 
 
Imagem 1. Fotografia rupestre, homens caçando animais. 
Fonte: http://vidadeprofessor.pro.br/arte-rupestre/ 
 
Trecho falado: 
 
- Ao longo de centenas de milhares de anos da história humana, os homens 
também buscaram na natureza, respostas para seus próprios atos, indivi-
duais ou coletivos. os homens pré-históricos estudavam o comportamento 
dos animais à sua volta (imagem 1), seja para se alimentar ou se defender 
deles, seja para domesticá-los ou apenas para conhecê-los. 
 
OS PIONEIROS NO ESTUDO DO COMPORTAMENTO ANIMAL 
 
Trecho falado: 
 
Charles Darwin Henri Fabre Lloyd Morgan Ivan Pavlov 
 
1809-1882 1823-1915 1852-1936 1849-1936 
Fonte: Oliveira, 2006. 
Imagem 2. Konrad Z. Lorenz 1903 – 1989. 
 
Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/konrad-lorenz/ 
 
Foi agraciado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1973, por seus 
estudos sobre o comportamento animal, a etologia. 
 
Imagem 3. Nikolaas Tinbergen 1907-1988. 
 
Fonte: https://es.wikidat.com/info/nikolaas-tinbergen 
 
Em 1951 publicou The Study of Instinct, um livro influente sobre com-
portamento animal. Foi galardoado com o Nobel de Fisiologia ou Medi-
cina de 1973, juntamente com Karl von Frisch e Konrad Lorenz, pelo seu 
trabalho sobre o comportamento dos animais. 
 
https://amenteemaravilhosa.com.br/konrad-lorenz/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nobel_de_Fisiologia_ou_Medicina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Etologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nobel_de_Fisiologia_ou_Medicina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nobel_de_Fisiologia_ou_Medicina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_von_Frisch
https://pt.wikipedia.org/wiki/Konrad_Lorenz
O QUE É COMPORTAMENTO ANIMAL? 
 
Trecho falado do slide: 
 
O comportamento animal conhecido como ETOLOGIA, é a ciência que 
estuda a motivação do comportamento animal e, principalmente, do com-
portamento inato ou instinto. Não se preocupa com o estudo dos mecanis-
mos físicos das reações aos estímulos, que são investigados pelos fisiolo-
gistas, mas dos quadros de comportamento que são estudados, sob o ponto 
de vista subjetivo, pela psicologia. 
 
Trecho falado: 
 
- A Expressão das emoções no homem e nos animais publicado em 1872. 
Neste livro Darwin analisa uma vasta gama de atitudes ou de sentimentos. 
Sua finalidade é estabelecer uma correlação entre as expressões e os “es-
tados mentais” associados. Como é o caso da imagem 3, apresenta a ex-
pressão de uma gato com medo de um cão. 
 
Imagem 3. Atitude de um gato assustado por um cão. Desenho executado-
por T.Wood a pedido de Darwin para seu livro. 
 
Fonte: Darwin, 1872. 
https://www.infopedia.pt/$comportamento-animal?intlink=true
Trecho falado: 
 
- Tudo que um animal faz pode ser caracterizado como a parte ou totalidade 
de um comportamento? Por exemplo, quando um animal se alimenta, isso 
é comportamento? Um animal caçando, outro fugindo, um voando, outro 
pairando, um cortejando, outro se esquivando. 
 
Questionar os alunos com a seguinte pergunta: 
 
Será que tudo isso é comportamento? 
 
- Aguardar os alunos responderem. 
- retomar a aula. 
 
Trecho falado: 
 
A resposta é, sim. 
 
- Comportamento pode ser entendido como tudo aquilo que um animal é 
capaz de fazer. 
- Mas para que essa definição fique ainda mais completa, temos que lembrar 
que os animais podem exibir comportamentos nos quais deixam de realizar 
atividades que envolvem movimentações ou deslocamentos. Ao nosso olhar, 
parece que não estão fazendo nada. Por exemplo, dormir, hibernar, conge-
lar-se, fingir-se de morto, o que denominamos tanatose. 
- Mesmo quando um animal aparentemente não está fazendo nada, esse 
"não fazer nada", também representa um tipo de comportamento e tem sua 
função. 
- Como por exemplo: no caso da Hyla geográfica (imagem 4), a tanatose 
serve para enganar seus predadores. Fingindo-se de morta ela pode, por 
exemplo, escapar do ataque de serpentes. Assim sendo, podemos entender 
comportamento como sendo o conjunto de todos os atos que um animal 
realiza ou deixa de realizar. 
Imagem 4. Hyla geográfica, se fingindo de morta (tanatose). 
Fonte: Del-Claro, 2002. 
 
Trecho falado do slide: 
 
No caso da Hyla geografica, a tanatose serve para enganar seus pre-
dadores. Fingindo-se de morta ela pode, por exemplo, escapar do ataque 
de serpentes. Assim sendo, podemos entender comportamento como sendo 
o conjunto de todos os atos que um animal realiza ou deixa de realizar. 
 
Pausa na aula: 
 
Momento para os alunos tirarem dúvidas. 
Após sanar as dúvidas dos alunos dar continuidade na aula. 
 
AS QUESTÕES EM ETOLOGIA 
 
Trecho falado: 
 
- Imagine que você esteja sentado em um gramado, comendo um doce 
muito cremoso e cheio de recheio. É tanto recheio que um pouco do creme 
cai no seu colo e na grama abaixo de você. Após uns quinze minutos haverá 
dezenas de pequenas formigas subindo em você e se alimentando do doce. 
- Como tantas formigas apareceram tão repentinamente em um local onde 
antes, aparentemente, não havia nenhuma? Como essas formigas encon-
traram o creme tão facilmente? 
 
Trecho falado do slide: 
 
Muitas espécies de formigas têm um senso de orientação química 
apurado. Sendo espécies sociais, algumas têm a capacidade de deixar pis-
tas no substrato, substâncias secretadas por glândulas presentes no ab-
dome da formiga, que orientam as companheiras durante o forrageio. Assim 
sendo, o que ocorre é que uma "operária exploradora" encontra casual-
mente o creme, ingere um pouco dele e volta para o ninho. 
No caminho para casa, deixa pistas químicas (gotinhas de secreções) 
que outras operárias seguirão até encontrar a fonte de alimento. As próxi-
mas operárias reforçarão a trilha química, e brevemente uma carreira de 
formigas se formará até o recurso, num ir e vir intenso para o ninho, até 
que o alimento acabe. 
 
OS TIPOS DE COMPORTAMENTO ANIMAL 
 
 Trecho falado do slide: 
 
Alguns comportamentos são inatos ou geneticamente programados, 
enquanto outros são adquiridos ou desenvolvidos por meio da experiência. 
Em muitos casos, os comportamentos têm tanto um componente inato 
quanto um componente adquirido. 
O comportamento é moldado pela seleção natural. Muitos comporta-
mentos aumentam diretamente a aptidão de um organismo, ou seja, aju-
dam-no a sobreviver e a reproduzir. 
 
NIKOLAAS TINBERGEN 
 
Trecho falado do slide: 
 
Nikolaas Tinbergen criador do livro Comportamento animal, propôs 
quatro perguntas básicas, úteis para a compreensão de qualquer compor-
tamento animal. 
Examinaremos essas questões, usando a produção musical do man-
darim (imagem 5), um pássaro canoro comum, como exemplo. 
 
Imagem 5. Mandarim. 
 
Fonte: https://blog.cobasi.com.br/passaro-mandarim/ 
 
Trecho falado do slide: 
 
Perguntas: 
 
1. NEXO DE CAUSALIDADE: O QUE CAUSA O COMPORTAMENTO? 
Quais partes do corpo, funções e moléculas estão envolvidas no seu 
desenvolvimento? 
 
Exemplo: Nos mandarins o canto é desencadeado por pistas sociais, como 
a proximidade de um potencial parceiro, assim como o estado hormonaladequado. A capacidade de produzir música é influenciada por hormônios 
masculinos e ocorre principalmente em machos. As canções são produzidas 
quando o ar flui dos sacos de ar nos brônquios através de um órgão cha-
mado siringe. Certas partes do cérebro controlam a produção de música e 
são bem desenvolvidas nos mandarins machos. 
 
2. DESENVOLVIMENTO: COMO O COMPORTAMENTO SE DESEN-
VOLVE? O comportamento está presente no inicio da vida? Muda ao 
longo do tempo? Que experiencias são necessárias para o seu desen-
volvimento? 
 
Exemplo: Mandarins jovens e machos primeiro ouvem as músicas dos ma-
chos de sua espécie nas proximidades, especialmente seus pais. Então, eles 
começam a praticar o canto. Na idade adulta, os mandarins machos apren-
deram a produzir suas próprias músicas, que são únicas, mas muitas vezes 
têm semelhanças com as de seus pais. Quando o mandarim aperfeiçoa sua 
canção, ela permanece para a vida toda. 
 
3. FUNÇÃO/VALOR ADAPTATIVO: COMO O COMPORTAMENTO 
AFETA A APTDÃO? Como o comportamento influencia as chances de 
sobrevivência e de reprodução de um ser? 
 
Exemplo: O canto ajuda os mandarins machos a atrair companheiras, au-
mentando as chances de reprodução. O canto é parte de um ritual elaborado 
de namoro que estimula a fêmea a escolher o macho. 
 
4. FILOGENIA: COMO O COMPORTAMENTO EVOLUI? Como se com-
para ao comportamento das espécies relacionadas? Por que evolui 
dessa forma? 
 
Exemplo: Quase todas as espécies de aves conseguem realizar sons vocais, 
mas somente os da subordem Passeri são pássaros canoros. Com relação 
ao mandarim, outras espécies de pássaros canoros diferem na sincroniza-
ção de suas fases de escuta e de prática, quanto à plasticidade da canção 
ao longo de suas vidas, quanto à medida em que a canção é semelhante 
entre indivíduos da espécie e quanto ao modo como o canto é usado—por 
exemplo, para defesa de território versus cortejo de companheiros. 
 
Pausa na aula: 
 
Momento para os alunos tirarem dúvidas. 
Após sanar as dúvidas dos alunos dar continuidade na aula. 
 
O QUE PODE DESENCADEAR O COMPORTAMENTO? 
 
Imagem 6. Urso pardo. 
 
Fonte: https://www.portaldosanimais.com.br/curiosidades/porque-os-ursos-hibernam/ 
 
Questionar os alunos com a seguinte pergunta: 
 
Quais fatores podem desencadear um comportamento? 
 
- Aguardar os alunos responderem. 
- retomar a aula. 
 
Trecho falado do slide: 
 
 
Quando os fatores são externos: 
 
HIBERNAÇÃO 
 
Um animal entra em uma caverna ou toca, diminui a taxa metabólica 
e entra em um estado de inatividade durante o inverno, conservando assim 
recursos enquanto as condições são rigorosas e a comida é escassa. Sinais 
ambientais muitas vezes podem desencadear o comportamento de hiber-
nação. Por exemplo, ursos pardos (imagem 5) entram em suas tocas para 
hibernar quando a temperatura cai a 0C e começa a nevar. 
 
ESTIVAÇÃO 
 
Semelhante à hibernação, mas ocorre durante os meses de verão. 
Alguns animais do deserto entram em estivação em resposta a condições 
de seca. Essa mudança os ajuda a sobreviver aos meses mais severos do 
ano. Durante a seca, para se defender da desidratação, os sapos (imagem 
7) se enterram ou procuram micro-habitats, onde exista umidade e a tem-
peratura se mantenha mais fria em relação ao meio ambiente. Além disso, 
embora fiquem enterrados na areia, numa profundidade que pode chegar 
até 1,80 m, ao serem encontrados e tocados, eles saltam de imediato, mos-
trando que seus músculos não se atrofiam durante a estivações 
 
Imagem 7. Sapo da espécie Pleurodema diploslister após fenômeno cha-
mado estivação, que ocorre com anfíbios em desertos e onde água é es-
cassa. 
 
Fonte: Carlos Jared. 
 
MIGRAÇÃO 
 
É um comportamento no qual os animais movem-se de uma locali-
dade para outra em um padrão sazonal. Por exemplo, Uma andorinha-azul 
(imagem 8) fez o trajeto entre a Amazônia e o Estado americano da Pensil-
vânia em apenas 13 dias, surpreendendo cientistas do Canadá, que pela 
primeira vez conseguiram rastrear toda a rota migratória dessas aves indi-
vidualmente. No inverno, as andorinhas abandonam os locais frios, a pro-
cura de alimentação farta e migram para locais mais amenos e no final do 
inverno voltam em bandos barulhentos à sua região natal. Este retorno 
anuncia que a primavera está chegando. Sinais ambientais que desenca-
deiam a migração de inverno incluem temperatura do ar, duração do dia e 
disponibilidade de alimentos. 
 
Imagem 8. Andorinha azul. 
 
Fonte: https://gorgulho.com/2021/05/06/catastrofe-com-as-andorinhas-azuis/ 
 
Quando os fatores são internos: 
 
Em outros casos, a sinalização para um comportamento pode ser in-
terna. Por exemplo, alguns comportamentos acontecem em um ritmo cir-
cadiano, isto é, são desencadeados pelo relógio biológico interno do animal. 
Você, por exemplo, tende a acordar e se tornar ativo aproximada-
mente na mesma hora todos os dias ou quando uma pessoa pega um voo 
longo, seu relógio biológico interno vai te fazer "desligar" na mesma hora, 
ainda que os sinais externos tenham mudado, que é o que faz com que 
aconteça o jet lag! 
Também é comum que os comportamentos sejam desencadeados por 
uma combinação de sinais internos e externos interagindo. Por exemplo, 
comportamentos de acasalamento podem ser acionados em um animal so-
mente quando há um estado hormonal correto, um sinal interno, e quando 
se vê um membro do sexo oposto, um sinal externo. 
 
Pausa na aula: 
 
Momento para os alunos tirarem dúvidas. 
Após sanar as dúvidas dos alunos dar continuidade na aula. 
 
COMPORTAMENTOS INATOS VS. ADQUIRIDOS 
 
Trecho falado: 
 
- Será que o comportamento é geneticamente pré-programado ou adquirido 
através da experiência? 
 
Trecho falado do slide: 
 
Vamos considerar algum vocabulário: 
 
• Comportamentos inatos são geneticamente programados e são herdados 
dos pais por um organismo. 
• Comportamentos adquiridos não são herdados. Desenvolvem-se durante a 
vida do organismo como resultado da experiência e influência ambiental. 
 
COMPORTAMENTOS MAJORITARIAMENTE INATOS 
 
Trecho falado do slide: 
 
Existem exemplos de comportamentos que são verdadeiramente pro-
gramados. Esses comportamentos ocorrem de uma maneira altamente pre-
visível em resposta a um estímulo certo, mesmo que o organismo nunca 
tenha se deparado com este estímulo antes. 
 
Trecho falado: 
 
- Por exemplo, uma salamandra adulta nadará perfeitamente se for colocada 
na água, mesmo que nunca tenha visto água quando jovem e nunca tenha 
assistido a outra salamandra (imagem 9) nadar. 
- Neste caso, o comportamento de natação só pode ser explicado como algo 
geneticamente pré-programado na salamandra. 
 
Imagem 9. Salamandra. 
 
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/salamandra.htm 
 
COMPORTAMENTOS PARCIALMENTE INATOS E PARCIALMENTE 
ADQUIRIDOS 
 
Trecho falado: 
 
- Em outros casos, um organismo é geneticamente programado para de-
senvolver um comportamento, mas a forma que o comportamento vai to-
mar depende da experiência do indivíduo. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/salamandra.htm
- Um exemplo é a aprendizagem de uma canção por um mandarim ou outro 
pássaro canoro, como falado anteriormente. Todos os mandarins machos 
vão começar a ouvir e aprender música aproximadamente na mesma idade 
e praticar e produzir música em uma idade um pouco mais avançada. Em-
bora esse padrão seja determinado geneticamente, as características exa-
tas da canção que um pássaro canta vão depender das músicas que ouve 
durante seu período de aprendizagem. 
 
COMPORTAMENTOS MAJORITARIAMENTE ADQUIRIDOS 
 
Trecho falado: 
 
- Em outros casos, os comportamentos são amplamente dependentes da 
experiência, são adquiridos, e não podem ser totalmente explicados por 
pré-programação genética. 
- Por exemplo, se um rato (imagem 10) recebe uma recompensa de comida 
cada vezque empurra uma alavanca, ele aprenderá rapidamente a empur-
rar a alavanca para ganhar a comida. 
 
Imagem 10. Exemplo de experimento com rato. 
 
 
Pausa na aula: 
 
Momento para os alunos tirarem dúvidas. 
Após sanar as dúvidas dos alunos dar continuidade na aula. 
A SELEÇÃO NATURAL MOLDA O COMPORTAMENTO. 
 
Trecho falado do slide: 
 
Na medida em que um comportamento é determinado genetica-
mente ou depende de genes, está sujeito a forças evolutivas, tais como a 
seleção natural. Em muitos casos, podemos ver como um comportamento 
oferece uma vantagem de sobrevivência ou reprodução para o animal que 
o executa — em outras palavras, o comportamento aumenta a aptidão. 
 
Aptidão: 
 
- é o número de descendentes deixados em média por organismos com uma 
certa característica hereditária, tais como pássaros capazes de cantar, em 
relação a outros no grupo, como pássaros que são incapazes de cantar. 
 
Seleção natural: 
 
- As características hereditárias que aumentam a aptidão tornam-se mais 
frequentes em um grupo ao longo das gerações porque os organismos com 
essas características deixam mais descendentes do que aqueles que não as 
têm. 
 
EXEMPLO DE COMPORTAMENTOS QUE CLARAMENTE AUMENTAM A 
APTIDÃO 
 
Trecho falado: 
 
- Filhotes de pássaros (imagem 11) de muitas espécies abrem suas bocas 
instintivamente para serem alimentados quando a mãe retorna ao ninho. 
Pássaros com esse comportamento hereditário tendem a ser mais alimen-
tados, e portanto, sobreviver mais à idade adulta, do que aqueles que não. 
- outro exemplo é os Mandarins machos aprendem músicas enquanto são 
aves jovens e usam essas músicas em rituais de corte. Aves com essa ten-
dência hereditária para aprender uma canção vão obter parceiros mais fre-
quentemente do que aqueles que não. 
- Um ponto importante destes ultimo exemplo é que a seleção natural pode 
agir mesmo quando o comportamento em si não é herdado. Um mandarim 
não herda sua canção diretamente, ele tem que aprender a canção. Con-
tudo, sua capacidade e tendência para aprender uma canção são determi-
nadas geneticamente, portanto podem estar sujeitas à seleção natural. 
 
Imagem 11. Filhote de passáro. 
 
Fonte: https://drfala.com.br/post/aves/cuidados-com-os-filhotes/quantidade-e-frequen-
cia-de-papa-que-deve-ser-oferecida-aos-filhotes?pg=post/aves/cuidados-com-os-filho-
tes/quantidade-e-frequencia-de-papa-que-deve-ser-oferecida-aos-filhotes 
 
 
COMPORTAMENTOS ALTRUÍSTAS 
 
Trecho falado: 
 
-Alguns comportamentos são pelo menos superficialmente difíceis de expli-
car em termos de adaptação e seleção natural. 
- Por exemplo, um organismo que emite um grito de alerta para os outros 
membros do grupo ao identificar um predador é provavelmente mais pro-
penso a ser comido pelo predador, não menos. 
- Assim, uma tendência genética para emitir gritos de alerta aparentemente 
reduz a aptidão. 
 
Trecho falado do slide: 
Comportamentos altruístas — comportamentos que reduzem a ap-
tidão do indivíduo, aumentando a de outros organismos — são observados 
em muitas espécies. 
Em outros casos, o comportamento altruísta pode não ser realmente 
altruísta, já que pode ser retribuído pelo organismo que o recebe. 
 
Trecho falado: 
 
- Por exemplo, macacos (imagem 12) podem ser mais propensos a cuidar 
da limpeza de outros macacos que recentemente tenham cuidado deles. 
- Espécies sociais usam frequentemente estratégias olho-por-olho, como 
essa, na qual um organismo vai ajudar um outro que recentemente lhe fez 
um favor. 
 
Imagem 12. Chimpanzés. 
 
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL25941-5603,00.html 
 
Pausa na aula: 
 
Momento para os alunos tirarem dúvidas. 
Após sanar as dúvidas dos alunos dar continuidade na aula. 
 
COMPORTAMENTOS INATOS 
 
Trecho falado: 
 
- Agora iremos nos aprofundar mais sobre comportamentos que são pré-
programados nos genes dos animais, incluindo os reflexos e os padrões 
fixos de ação. 
 
Trecho falado do slide: 
 
Principais pontos: 
 
• Comportamento inato é o comportamento que é geneticamente de-
terminado em um organismo e pode ser apresentado em resposta a 
um sinal sem que haja experiência prévia. 
• Ações reflexas, tais como o reflexo de dobrar o joelho testado pelos 
médicos e o reflexo de sucção dos bebês humanos, são comporta-
mentos inatos muito simples. 
• Alguns organismos apresentam cinese inata, modificação não direci-
onada no movimento, e taxia ou tactismo, mudança direcionada no 
movimento, comportamentos em resposta a estímulos. 
• Padrões fixos de ação consistem em uma série de ações desenca-
deadas por um estímulo-chave. O padrão será concluído, mesmo 
que o estímulo seja removido. 
• Cientistas podem testar se um comportamento é inato oferecendo um 
estímulo para os animais inocentes - não treinados - para ver se o 
comportamento é automaticamente desencadeado. 
 
EXEMPLOS: 
 
• Comportamento inato ou geneticamente programado 
 
Trecho falado: 
 
- Se você observar uma gaivota-prateada cuidando de seus filhotes, você 
poderá perceber um ritual engraçado durante a alimentação. 
- A mãe gaivota (imagem 13) tem uma mancha vermelha em seu bico. 
Quando ela bate o bico no chão, o filhote bica a mancha várias vezes. 
- Este bicar desencadeia uma resposta na mãe gaivota: ela regurgita co-
mida para o filhote. 
- Isto pode parecer nojento para nós, mas, para o filhote de gaivota pra-
teada, é como ter pizza para o jantar! 
- O comportamento de bater o bico é inato, ou geneticamente pré-progra-
mado. 
- Os filhotes de gaivota-prateada irão bicar as manchas vermelhas dos bicos 
de seus pais sem qualquer treinamento prévio. 
- Na verdade, uma gaivota-prateada filhote pode ser enganada por um bas-
tão amarelo adornado com uma mancha vermelha - ele bicará o bastão tão 
ansiosamente como faria no bico dos seus pais. 
 
Imagem 13. Gaivota prateada alimentando os filhotes. 
 
Crédito de imagem: esquerda, Gaivota-prateada em Heiligenhafen por Aiwok, CC BY-SA 
3.0; direita, Refeição da Gaivota-prateada por Jeje42, CC BY-SA 3.0. 
 
• Ação ou ato de reflexo 
 
Trecho falado: 
 
- Está é uma resposta rápida e involuntária a um estímulo ou sinal. 
- Alguns reflexos estão presentes em bebês humanos (imagem 14), mas 
são perdidos ou colocados sob controle consciente a medida que o bebê fica 
mais velho. 
- Por exemplo, um recém-nascido sugará qualquer coisa que toque o palato 
superior de sua boca. 
- Este reflexo ajuda o bebê a conseguir alimento, assegurando que ele su-
gará o seio de sua mãe ou uma mamadeira colocada em sua boca. 
 
Imagem 14. Bebê e a mamadeira. 
 
Fonte: https://soloinfantil.com/bebe/como-fazer-o-bebe-pegar-mamadeira/ 
 
• Cinese e tactismo 
 
Trecho falado do slide: 
 
Alguns organismos têm comportamentos inatos nos quais ele mudam 
seus movimentos em resposta a um estímulo, como alta temperatura ou 
uma fonte de comida saborosa. Na cinese, um organismo muda seu movi-
mento de forma não direcional - isto é, acelerando ou desacelerando - em 
resposta a um sinal. 
 
Trecho falado: 
 
- Por exemplo, tatuzinhos-de-jardim (imagem 15) se movimentam mais 
rapidamente em resposta a temperaturas que são superiores ou inferiores 
ao seu intervalo preferido. 
- O movimento é aleatório, mas uma velocidade maior aumenta as chances 
de que o tatuzinho-de-jardim encontre uma saída do ambiente ruim. 
 
Trecho falado do slide: 
A taxia ou tactismo é uma forma de comportamento de movimento 
que envolve movimento em direção ou para longe de um estímulo. Este 
movimento pode ser em resposta a luz, conhecido como fototaxia; a sinais 
químicos, conhecido como quimiotaxia; ou gravidade, conhecido como ge-
otaxia - entre outros estímulos. 
Também pode ser positivo, em direção à fonte do estímulo, ou nega-
tivo, quando se distancia do estímulo. 
 
Trecho falado: 
 
- Por exemplo, tatuzinhos-de-jardim, apresentamfototaxia negativa, signi-
ficando que eles se afastarão de uma fonte de luz. 
- Este comportamento pode ser útil uma vez que os tatuzinhos-de-jardim 
precisam de um ambiente úmido. Um lugar ensolarado e claro é, mais pro-
vavelmente, quente e seco. 
 
Imagem 15. Tatuzinho-de-jardim. 
 
Crédito da imagem: Tatuzinho-de-jardim por JMK, CC BY-SA 3.0 
 
• Padrões fixos de ação 
 
Trecho falado do slide: 
 
Um padrão fixo de ação é uma série previsível de ações desencadea-
das por um sinal, algumas vezes chamado de estímulo-chave. Apesar de 
um padrão fixo de ação ser mais complexo que um reflexo, ele ainda é 
automático e involuntário. Uma vez desencadeado, seguirá até a sua con-
clusão, mesmo que o estímulo-chave seja removido antes disso. 
 
Trecho falado: 
 
- Nós já vimos um exemplo de um padrão fixo de ação: o comportamento 
de bicar a mancha nas gaivotas-prateadas. 
- Vamos examinar outro exemplo que mostra como os padrões fixos de 
ação funcionam. 
 
Estudo de caso: recuperação do ovo 
 
Trecho falado do slide: 
 
Um exemplo bem estudado de padrão fixo de ação ocorre em aves 
aquáticas que nidificam em terra firme, como os gansos-bravos (imagem 
16). Se o ovo de uma fêmea rola para fora do seu ninho, ela instintivamente 
usará seu bico para empurrá-lo de volta ao ninho em uma série de movi-
mentos previsíveis, bastante estereotipados. A visão de um ovo fora do ni-
nho é o estímulo que desencadeia o comportamento de recuperação. 
 
Imagem 16. Casal de gansos no ninho. 
 
Fonte: https://pt.dreamstime.com/ganso-macho-e-f%C3%AAmea-do-ca-
nad%C3%A1-em-um-ninho-com-ovos-uma-ilha-entre-%C3%A1rvores-branta-
canadensis-masculino-feminino-nova-jersey-usa-image213177488 
Trecho falado: 
Trecho falado: 
 
- Não é muito difícil imaginar por que esta característica pré-programada 
seria favorecida pela seleção natural. 
- Mães ganso que recuperam seus ovos perdidos provavelmente têm mais 
descendentes sobreviventes, em média, do que aquelas que não recuperam. 
- Se o ovo que rola para fora do ninho é apanhado e levado embora, o 
ganso continuará movimentando a cabeça como se estivesse empurrando 
um ovo imaginário. 
- O ganso tentará empurrar qualquer objeto em forma de ovo, tal como 
uma bola de golfe, se este for colocado perto do ninho. De fato, ele até 
mesmo executará o padrão de recuperação em resposta a um objeto muito 
maior, tal como uma bola de vôlei! 
 
• Como sabemos se um comportamento é inato? 
 
Trecho falado do slide: 
 
Por definição, um comportamento inato é aquele que é geneticamente 
integrado em um organismo, ao invés de aprendido. 
Mas como os biólogos descobrem se um comportamento é inato? 
Em geral, os cientistas testam se um comportamento é inato verifi-
cando se ele é executado corretamente por animais sem experiência, ani-
mais que não tenham tido a chance de aprender o comportamento. 
Para exemplificar, isto pode implicar na criação de animais jovens se-
parados dos adultos ou sem estímulos que acionem o comportamento. 
 
Pausa na aula: 
 
Momento para os alunos tirarem dúvidas. 
Após sanar as dúvidas dos alunos dar continuidade na aula. 
 
COMPORTAMENTOS APRENDIDOS 
 
Trecho falado do slide: 
 
Os tipos de comportamento aprendidos: Habituação, imprinting ge-
nômico, condicionamento clássico, condicionamento operante e aprendiza-
gem cognitiva. 
Em geral, um comportamento aprendido é aquele que um organismo 
desenvolve como resultado da experiência. 
Comportamentos aprendidos contrastam com comportamentos inatos, 
que são geneticamente programados e podem ser realizados sem qualquer 
experiência prévia ou treinamento. É claro, alguns comportamentos têm 
tanto elementos inatos quanto aprendidos. 
Por exemplo, os tentilhões-zebra (imagem 17) são geneticamente 
programados para aprender uma música, mas a música que eles cantam 
depende do que eles ouvem de seus pais. 
 
Imagem 17. Tentilhão-zebra. 
 
Fonte: https://www.istockphoto.com/br/fotos/tentilh%C3%A3o-zebra 
 
Principais pontos: 
 
• Habituação é um comportamento simples aprendido no qual um ani-
mal gradualmente para de responder a um estímulo repetido. 
• Estampagem é uma forma especializada de aprendizagem que 
ocorre durante um breve período em animais jovens - p.e. patos es-
tampam o que suas mães fazem. 
• No condicionamento clássico, um novo estímulo é associado a uma 
resposta já existente por meio do emparelhamento repetitivo de es-
tímulos novos e previamente conhecidos. 
• No condicionamento operante, um animal aprende a executar um 
comportamento com mais ou menos frequência por meio de uma re-
compensa ou punição que segue este comportamento. 
• Alguns animais, especialmente os primatas, são capazes de formas 
mais complexas de aprendizagem, como a resolução de problemas e 
a construção de mapas mentais. 
 
EXEMPLOS: 
 
• Habituação 
 
Trecho falado do slide: 
 
Habituação é uma forma simples de aprendizagem na qual um animal 
para de responder a um estímulo ou sinal após um período de exposição 
repetida. Esta é uma forma de aprendizagem não associativa, que significa 
que um estímulo não está ligado com nenhuma punição ou recompensa. 
 
Trecho falado: 
 
- Por exemplo, cães da pradaria (imagem 18) tipicamente emitem uma cha-
mada de alarme quando são ameaçados por um predador. 
- Primeiramente, eles darão este alarme em resposta auditiva aos passos 
humanos, que indicam a presença de um animal grande e potencialmente 
faminto. 
- No entanto, os cães da pradaria gradualmente ficam habituados ao som 
de passos humanos, por experienciarem repetidamente o som sem nada 
ruim acontecer. 
- Eventualmente, eles param de emitir o alarme em resposta aos passos. 
- Neste exemplo, a habituação é específica ao som de passos humanos, já 
que os animais continuam a responder aos sons de potenciais predadores. 
 
Imagem 18. Cães de pradaria. 
 
Fonte: https://br.pinterest.com/tinhacorrearbc/c%C3%A3es-da-pradaria/ 
 
• Estampagem 
 
Trecho falado do slide: 
 
A Estampagem é um tipo simples e altamente específico de aprendi-
zagem que ocorre em uma idade particular ou estágio da vida durante o 
desenvolvimento de certos animais, como patos e gansos. 
 
Trecho falado: 
 
- Quando patinhos eclodem, eles estampam o primeiro animal adulto que 
veem, tipicamente suas mães. 
- Uma vez que um patinho (imagem 19) estampou em si sua mãe, a visão 
da mãe age como um sinal para engatilhar um conjunto de comportamentos 
que promovem a sobrevivência, como seguir a mãe e imitá-la. 
- Como sabemos que esse não é um comportamento inato, no qual o pati-
nho está programado para seguir um pato fêmea? Isto é, como sabemos 
que a estampagem é um processo de aprendizagem condicionado pela ex-
periência? 
- Se patos recém-nascidos ou gansos veem um humano antes de verem 
suas mães, eles estamparão o humano e o seguirão assim como seguiriam 
sua mãe verdadeira. 
 
 
Imagem 19. Patinhos seguindo a mãe pata. 
 
Fonte: http://maliaria.blogspot.com/2014/07/cuidado-patinhos-e-mae-pata-pas-
sando.html 
 
• Comportamentos condicionados 
 
Trecho falado do slide: 
 
Comportamentos condicionados são o resultado da aprendizagem as-
sociativa, que se apresenta em duas formas: 
condicionamento clássico e condicionamento operante 
 
Condicionamento clássico: 
 
No condicionamento clássico, uma resposta já associada a um estí-
mulo é associada a um segundo estímulo, com o qual não tinha nenhuma 
conexão prévia. 
O exemplo mais famoso de condicionamento clássico vem dos expe-
rimentos de Ivan Pavlov no qual cães eram condicionados a salivar - uma 
resposta previamente associada à comida - ao ouvirem o som de um sino. 
Como Pavlov observou, e como você deve ter observado também, os 
cães salivam ou babam em resposta ao cheiro ou à visão de comida. Isso é 
algo que cães fazem de forma inata, sem qualquer necessidade de apren-
dizado. 
Na linguagemdo condicionamento clássico, este par estímulo-res-
posta existente pode ser quebrado em um estímulo incondicionado, a 
visão ou cheiro de comida, e uma resposta incondicionada (imagem 
19), salivar. 
 
Imagem 19. Resposta incondicionada. 
 
Crédito da imagem: Biologia comportamental: Imagem 7 por OpenStax College, Biology, CC BY 4.0 
 
Trecho falado: 
 
- Nos experimentos de Pavlov (imagem 20 e 21), todas as vezes que um 
cachorro recebia comida, outro estímulo era oferecido juntamente com o 
estímulo incondicionado. 
- Especificamente, um sino era tocado ao mesmo tempo em que o cão re-
cebia comida. 
- Esse toque do sino, pareado com a comida, é um exemplo de um estímulo 
condicionado —um novo estímulo entregue em paralelo ao estímulo in-
condicionado. 
- Ao longo do tempo, os cachorros aprenderam a associar o toque do sino 
com comida e a responder salivando. Eventualmente, eles responderiam 
salivando quando o sino tocasse, mesmo quando o estímulo incondicionado, 
a comida, estivesse ausente. 
 
 
 
 
Imagem 20. Condicionamento: toda vez que o cachorro vê comida, um sino 
toca. 
 
Crédito da imagem: Biologia comportamental: Imagem 7 por OpenStax College, Biology, 
CC BY 4.0 
 
Imagem 21. Resposta condicionada: o cachorro saliva em resposta ao toque 
de um sino. 
 
Crédito da imagem: Biologia comportamental: Imagem 7 por OpenStax College, Biology, CC BY 4.0 
 
Trecho falado do slide: 
 
Esse novo par artificial formado de estímulo-resposta consiste em um 
estímulo condicionado, o sino tocando, e uma resposta condicionada, 
salivar. 
A resposta incondicionada, salivar em resposta à comida, é exata-
mente idêntica à resposta condicionada, salivar em resposta ao sino? Não 
necessariamente. Pavlov descobriu que a composição da saliva nos cães 
condicionados era, na verdade, diferente da saliva de cães não condiciona-
dos. 
 
Condicionamento operante: 
 
Trecho falado do slide: 
 
O condicionamento operante é um pouco diferente do condiciona-
mento clássico pois não depende de um par de estímulo-resposta existente. 
Em vez disto, quando um organismo executa um comportamento - ou um 
passo intermediário no caminho do comportamento completo - recebe uma 
recompensa ou uma punição. 
 
Trecho falado: 
 
- O condicionamento operante é a base da maioria dos treinamentos de 
animais. 
- Por exemplo, você pode dar ao seu cão (imagem 23) um biscoito ou um 
"Bom garoto!" cada vez que ele sentar, rolar ou não latir. 
- Por outro lado, vacas em um campo com cercas elétricas aprenderão ra-
pidamente a evitar se esfregar na cerca. 
- Como os exemplos ilustram, o condicionamento operante por reforço pode 
fazer com que os animais se engajem em comportamentos que não execu-
tariam naturalmente ou que evitem comportamentos que são naturalmente 
parte de seu repertório. 
- Como esses exemplos mostram, ambos reforços positivos e negativos po-
dem ser usados para modelar o comportamento de um organismo no con-
dicionamento operante. 
 
Imagem 23. Pastor alemã sentando com o comando “sentar” efetuado por 
uma menina. 
 
Fonte: https://www.doglicious.com.br/blog/eduque/adestramento-de-caes-como-ensinar-
o-cachorro-a-sentar/ 
Pausa na aula: 
 
Momento para os alunos tirarem dúvidas. 
Após sanar as dúvidas dos alunos dar continuidade na aula. 
 
APRENDIZAGEM E COGNIÇÃO 
 
Trecho falado do slide: 
 
Humanos, outros primatas e alguns animais não primatas são capazes 
de uma aprendizagem sofisticada que não se encaixa no título de condicio-
namento operante ou clássico. Vejamos alguns exemplos de solução de pro-
blemas e aprendizagem espacial complexa em animais não humanos. 
 
EXEMPLOS: 
 
• Resolução de problemas em chimpanzés 
 
O cientista alemão Wolfgang Köhler fez alguns dos primeiros estudos 
de resolução de problemas em chimpanzés. Ele descobriu que os chimpan-
zés eram capazes de ter pensamento abstrato e podiam pensar em soluções 
possíveis para um quebra-cabeça, prevendo o resultado de uma solução 
mesmo antes de realizá-la. 
 
Trecho falado: 
 
- Por exemplo, em um experimento, Köhler pendurou uma banana na gaiola 
dos chimpanzés (imagem 24), em uma altura que não alcançavam. Várias 
caixas também foram colocadas aleatoriamente no chão. Vendo este dilema, 
alguns dos chimpanzés - após algumas tentativas e algumas frustrações - 
empilharam as caixas, subiram em cima delas e pegaram a banana. 
- Este comportamento sugere que eles podiam visualizar o resultado de 
empilhar as caixas antes mesmo de realizarem a ação. 
Imagem 24. Experimento de Köhler. 
 
Fonte: https://www.ufrgs.br/psicoeduc/gestalt/fotos-da-experiencia-de-kohler/ 
 
• Aprendizagem espacial em ratos 
 
Trecho falado do slide: 
 
A aprendizagem que vai além de simples associações não é limitada 
apenas a primatas. Por exemplo, experimentos de labirinto feitos nos anos 
de 1920 - labirinto mostrado abaixo - demonstrou que ratos eram capazes 
de aprendizagem espacial complexa. 
 
Nesses experimentos, os ratos eram divididos em três grupos: 
 
• Grupo I: Os ratos ganhavam comida ao final do labirinto, desde o 
primeiro dia. 
• Grupo II: Os ratos foram colocados no labirinto por seis dias conse-
cutivos e sem receber comida no final do labirinto. 
• Grupo II: Os ratos foram colocados no labirinto por três dias conse-
cutivos e sem receber comida no final do labirinto. 
 
Não é de surpreender que os ratos que receberam o alimento desde 
o primeiro dia pareceram aprender mais rápido - apresentaram uma queda 
mais rápida no número de erros enquanto corriam no labirinto - do que 
ratos que não receberam uma recompensa inicial. O que foi mais marcante, 
no entanto, foi o que aconteceu após os grupos de ratos II e III receberem 
comida. 
 
Imagem 25. Experimento do labirinto. 
 
Crédito da imagem: modificado de Biologia comportamental: Imagem 9 por OpenStax 
College, Biology, CC BY 4.0; baseada em publicações originais por Blodgett6^66start su-
perscript, 6, end superscript, reproduzido por Tolman7^77start superscript, 7, end supers-
cript 
 
 
 
Em ambos os grupos, no dia seguinte ao receberem o alimento, os 
ratos mostraram uma queda acentuada no número de erros, quase alcan-
çando os ratos do grupo I. Este padrão sugeriu que os grupos de ratos II e 
III tinham, de fato, aprendido eficientemente, construindo um mapa mental 
nos dias anteriores. Eles apenas não tinham muitos motivos para demons-
trar seu aprendizado até que a comida aparecesse! 
Esses resultados (imagem 26) sugerem que os ratos são capazes de 
aprendizagem espacial complexa, mesmo na ausência de uma recompensa 
direta, em outras palavras, sem reforço. Experimentos posteriores confir-
maram que os ratos fazem uma representação do labirinto em suas cabeças 
- um mapa cognitivo - em vez de apenas aprenderem séries condicionadas 
de curvas. 
 
 
Imagem 26. Resultado do experimento do labirinto. 
 
Crédito da imagem: modificada de Biologia comportamental: Imagem 9 por OpenStax 
College, Biology, CC BY 4.0; baseada em publicação original por Blodgett e reproduzida 
por Tolman. 
 
 
Pausa na aula: 
 
Momento para os alunos tirarem dúvidas. 
Após sanar as dúvidas dos alunos finalizar a aula apresentando a atividade 
que deverá ser realiza em dupla. 
 
 
ATIVIDADE PARA CASA 
 
Trecho falado do slide: 
 
Cada dupla deverá pesquisar 2 animais diferentes dos demonstrados 
na aula de hoje, mas que tenha um dos comportamentos abordados na aula 
de hoje. 
Será necessário fazer um resumo sobre o animal e seu tipo de com-
portamento. 
- O resumo deverá ser entregue na próxima aula. 
- Poderá anexar imagens. 
- Poderá ser feito a mão ou impresso. 
 
Pausa na aula: 
 
Momento para os alunos tirarem dúvidas. 
Após sanar as dúvidas dos alunos encerrar a aula. 
 
4 RECURSOS DIDÁTICOS 
 
• Projetor multimídia para apresentação dos slides e do vídeo. 
• Notebook. 
• Internet. 
 
 
5 AVALIAÇÃO• Participação em aula, com tira dúvidas. 
• Atividade em dupla sobre o tema abordado. 
 
6 BIBLIOGRAFIA 
 
DEL-CLARO, K. Comportamento Animal - Uma introdução à ecologia 
comportamental. Distribuidora / Editora - Livraria Conceito - Jundiaí – SP, 
2004. 
 
INFOPÉDIA. Etologia. Disponível em: <https://www.infopedia.pt/$etolo-
gia>. Acesso em: 28 nov. 2021. 
 
KHAN ACADEMY. Introdução ao comportamento animal. Disponível em: 
<https://pt.khanacademy.org/science/biology/behavioral-biology/animal-
behavior/a/intro-to-animal-behavior>. Acesso em: 28 nov. 2021. 
 
OLIVEIRA, M. A. B. Psicobiologia, etologia e comportamento animal: con-
versando com o pessoal do PET Biologia sobre interdisciplinaridade. UFRP. 
https://www.infopedia.pt/$etologia
https://www.infopedia.pt/$etologia
2006. Disponível em: <https://www.scribd.com/docu-
ment/235219582/Aula-1-Psicobiologia-Etologia-e-Comportamento-Ani-
mal>. Acesso em: 28 nov. 2021. 
 
SILVEIRA, E. Os sapos da caatinga brasileira que ficam enterrados na areia 
sem comer por mais de 2 anos. BBC News, São Paulo, 2018. Disponível em: 
<https://www.bbc.com/portuguese/geral-46123561>. Acesso em: 28 nov. 
2021. 
 
WIKIPEDIA. Nikolaas Tinbergen. Disponível em: <https://pt.wikipe-
dia.org/wiki/Nikolaas_Tinbergen>. Acesso em: 28 nov. 2021. 
 
BBC. Andorinha leva 13 dias para ir do Brasil aos EUA e surpreende cientis-
tas. BBC News. 2009. Disponível em: <https://www.bbc.com/portu-
guese/ciencia/2009/02/090213_andorinharecordeml>. Acesso em: 28 nov. 
2021. 
 
MARTINEZ, M. Andorinha. Info escola. Disponível em:<https://www.infoes-
cola.com/aves/andorinha/#:~:text=No%20inverno%2C%20as%20andori-
nhas%20abandonam,que%20a%20primavera%20est%C3%A1%20che-
gando>. Acesso em: 28 nov. 2021.

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