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Processo_Civil_01-Teoria-Geral_Resumo

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Teoria do Processo Civil
Conceitos Introdutórios
Conflitos 
Vêm das necessidades diferentes das pessoas, dos conflitos de interesses ou pretensões.
Só acabam quando alguém cede
Elemento essencial do processo.
Resistência: uma das partes não aceita o que a outra quer.
Tutela jurisdicional: a figura do Estado que gerencia os conflitos
Formas de resolução de conflito:
· Autodefesa eu mesma me defendo, sem necessidade de alguém me representando. Não é a regra do sistema atual. As exceções permitidas são a legítima defesa e o direito de greve. Também o desforço imediato (exemplo: eminente tentativa de tomar posse da sua terra – ação para repelir não agredir)
· Autocomposição as próprias partes resolvem o conflito. Podem resolver com ajuda de terceiros, mas esse terceiro não decide.
· Renúncia ou desistência: uma das partes (unilateral) abre mão do interesse dela. 
· Transação: mais comum. Recíproca entre as partes. Cada um cede um pouco para chegar em um denominador comum.
· Heterocomposição nesse caso, quem resolve o conflito é um terceiro estranho à relação. Deve ser uma pessoa imparcial/neutra. 
· Tutela jurisdicional: o Estado (juiz) decide e participa do conflito.
· Substitutiva ou equivalente à tutela jurisdicional: arbitragem. Sentenças arbitrais têm a mesma natureza de sentenças jurídicas. Aqui é o âmbito privado.
Imperatividade da Ordem Jurídica
Estado e os três poderes independentes e harmônicos.
Somos obrigados a respeitar as normas jurídicas, também somos obrigados a respeitar as decisões judiciais.
Existe um vínculo com as leis elaboradas e decisões tomadas.
Exemplos de normas jurídicas: Liberdade religiosa, estipulação de valores de aluguel, pleitear alimentos, dever de cuidar dos filhos, código de trânsito.
Norma processual versus material:
Material: código civil
· normas de direito material. 
· Ingredientes. 
· As regras e direitos em si. 
Processual – código de processo 
· norma de direito processual. 
· Receita. 
· Como se faz para aplicar as regras ou obter os direitos. Como agir.
Normas híbridas: contêm as duas coisas. 
· Exemplo: Código de Defesa do consumidor. Lei de Locações. Constituição Federal.
Teoria Geral do Processo
Jurisdição ação e processo
Jurisdição:
· Estado assume o controle da função jurisdicional. 
· Em caso de conflito deve-se buscar o Estado. 
· Cabe ao Estado declarar no caso/conflito aplicar o Direito daquele caso concreto. 
· A função do Estado de declarar e realizar, de forma prática, a vontade da lei diante de uma situação jurídica controvertida. 
· Poder soberano do Estado.
· As decisões em tese são imutáveis depois do trânsito em julgado.
Ação: 
· o Estado para agir precisa ser provocado. 
· A ação provoca a tutela jurisdicional do Estado. 
· É o direito da parte provocar o Estado-juiz para que este exerça sua obrigação de prestação jurisdicional. 
Processo: 
· como se instrumentaliza a provocação do Estado (ação). 
· A sequência de atos praticados em juízo; que importa no estabelecimento de uma relação jurídica de direito público geradora de direitos e obrigações entre o juiz e as partes, cujo objetivo é obter a declaração ou a atuação da vontade concreta da lei, de maneira a vincular, a esse provimento, em caráter definitivo, todos os sujeitos da relação processual.
· Processo = atos coordenados entre autor, réu e juiz na busca de uma resolução de um conflito.
Evolução da Doutrina Processual
Brasil tem influência de Portugal, Alemão e Italiano.
A ideia sempre foi a pacificação de conflitos.
Começo do século XX surgiu essa influência.
O estado ou município não pode criar regras processuais – somente a União.
Até a independência as ordenações dos reis determinavam os processos.
Código comercial 1850 – até hoje a parte sobre direito marítimo se aplica. Este veio regulamentar as relações comerciais e com ele veio a necessidade de um código processual. 
Regulamento 737 em 1889 – primeiro que foi uma norma puramente processual.
1891 – nova CF que dividiu o Estado em justiça Federal e Estadual onde estados poderiam legislar sobre normas processuais. Assim, cada um começou a fazer de um jeito. Não deu certo.
1939 – primeiro código de processo civil mas ainda era muito travado e as demandas não eram alcançáveis
1873 – código buzaidiano tido como código modelo. Já tinha entrado a influência italiana
2010 – o CPC de 1973 tinha muitas remendas e, assim, entrou em vigor o código de 2015.
Código de 2015: projeto foi de 2010 e aprovou em 5 anos. Seguiu uma lógica parecida com o código civil..
Princípios Processuais:
Diretrizes, bases.
Princípios constitucionais, e quais mais precisamos ter no código (Princípios do Código de Processo Civil)
Princípio da Legalidade: 
Art. 5º CF, caput e ii – ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo se não em virtude lei. 
Art. 8º CPC: o juiz precisa observar diversos critérios, incluindo a legalidade.
Exemplo: 2018 discussão sobre moradia de juízes. Auxílio moradia é legal dentro do princípio porque está na lei. Não necessariamente é justo ou moral, mas isso não tira a legalidade.
Princípio existe para colocar limites no poder público.
Princípio do devido processo legal: 
Art. 5º CF liv. Ninguém será privado de sua liberdade ou bens sem devido processo legal. 
limitação do Estado (ou até privados numa atribuição que é dada para a parte. 
Só através do processo que temos a manifestação da vontade das partes. 
Isso se aplica ao sistema administrativo também.
Exemplo: multas de trânsito, impeachment, expulsão de alguém de uma associação. 
Objetivo é trazer maior segurança e evitar abusos de poder.
Princípio do Acesso à Justiça
CF Art. 5º XXXV – qualquer lesão ou ameaça a direito tem socorro no poder judiciário
CPC Art. 3º - mesmo texto reforçando que temos esse princípio no âmbito civil.
Ou seja, o Estado é o detentor de resolução de conflito.
Não se precisa esgotar as vias administrativas antes de provocar o judiciário.
Exemplo: não é necessário abrir um processo no ProCon antes de abrir um processo judicial
2 requisitos para provocar o judiciário (Art. 17): 
· Legitimidade 
· interesse (precisa demonstrar ao judiciário uma resistência do réu em resolver o conflito)
Exemplo: problemas com um contrato da NET.
Buscamos o Estado para uma resposta ao meu conflito, mas não só uma solução: solução + satisfação (resultado útil)
Exemplo: acidente de carro, busca reparação do dano e ganha essa ação. Além disso, tem que receber o dinheiro. Ou seja: sentença + resultado útil.
Estado tenta facilitar esse acesso.
Em regra, um advogado que precisa iniciar o processo. Mas a Lei 9099/95: Lei do Juizado Especial (demanda de até 20 salários mínimos sem necessidade de contratar um advogado – federal 40 salários mínimos)
gratuidade de justiça: Lei 1060/50: Sem condições financeiras a pessoa tem isenção de custos judiciais. O problema aqui é o volume de ações criados, influenciando no tempo e comportamento.
Contraditório e Ampla Defesa:
CF Art. 5º LV 
CPC Art. 7º, 9º e 10
Judiciário não pode tomar nenhuma decisão sem permitir a ampla participação dos envolvidos.
Algumas exceções que não são violações mas sim relativações .
· Julgamento antecipado do mérito: Art. 355 – abreviação de processo . Autor petição inicial depois réu contestação depois réplica depois despacho de saneamento – juiz avalia se há necessidade de continuar (mais provas) para depois julgar. No julgamento antecipado, o julgamento acontece já nesse momento porque o juiz entende que o que já foi apresentado é o suficiente.
· Inquérito Policial e Inquérito Civil: no IC o objetivo é identificar se houve e quem cometeu crime. A ideia não é condenar, só levantar informações. No IC também é uma ação preparatória PARA O MINISTÉRIO PUBLICO. 
· Execução: exemplo do cheque sem fundo em que você vai iniciar uma ação – execução de título extrajudicial (diferente do processo de conhecimento) – a pessoa não é réu mas sim devedora. Assim, ela é convocada a pagar. 
· Liminar: tutela provisória. Caso da cirurgia urgente não aprovada pelo plano. O juiz tem autorização para pesar osinteresses envolvidos e definir. Nesse caso está só postergando o contraditório e ampla defesa.
Duração Razoável do Processo
CF Art. 5º LXXVIII – duração razoável e celeridade do processo
CPC Art. 4º - solução integral + atividade satisfativa no prazo razoável. 
Entrou no ordenamento a partir de 2004 – reforma do judiciário (projeto de 92)
Como quantificar o que é razoável? Para cada um depende. 
Um prazo hoje seria algo aproximado a 1 ano e meio.
CNJ prazo médio de processo de conhecimento é de 2 anos e 1 mês.
O juiz precisa se preocupar também com o amadurecimento correto do processo. As etapas são necessárias para que o julgador possa entender o que está acontecendo para aplicar o direito no caso concreto.
CNJ tem a função de estabelecer produtividades. Casos entram no sinal de atenção após 2 anos. Nesse ponto entra na lista de prioridades, o que pode causar um problema por acelerar as etapas processuais. 
Sistema de Processo Eletrônico: boa parte dos processos hoje em diversas áreas do Direito são virtuais.
Se demorar 15 anos, por exemplo, seria possível pedir indenização do Estado? Juridicamente sim, mas economicamente não é viável. 
Isonomia:
CPC Art. 7º
Paridade e tratamento igualitário 
Paridade de armas: igual para igual
Exemplo: os prazos são iguais para os dois lados nas diversas etapas.
Exceções:
· Relação de Consumo: no Direito do Consumidor, há um desequilíbrio. PF versus uma grande empresa. Consumidor tem a característica da vulnerabilidade reconhecida pela lei. Mecanismo é a inversão do ônus da prova – enquanto normalmente o ônus está no autor (dever de provar), nesse caso o consumidor não precisa apresentar provas, a empresa/PJ que precisa provar.
· Fazenda e Ministério Publico: Art. 180 – MP tem prazo em dobro, Art. 183 – Estado tem prazo em dobro para manifestações processuais. O volume de demanda é muito alto e o interesse é público. Tudo que vem tem que aceitar. Remessa/Reexame necessário – Art.496 – decisões que geram prejuízo ao Estado, a decisão será submetida para uma segunda análise. Art. 85 §3º: regras diferentes para onerários 
· Idoso e Enfermo: Art. 1048 – prioridades para quem tem uma doença grave e quem tem mais de 60 anos. Tramitação prioritária. Enfermos incluem: câncer, Alzheimer, HIV. 
Imparcialidade:
CF Art. 5º LIII – regras de competência predefinidas.
Serve para evitar excessos do Estado e na escolha do juiz.
Mesmo escolhendo a cidade, a distribuição é por sorteio.
Sistema faz o sorteio. Escolhe a vara e o juiz.
Juiz escolhido não pode ter qualquer relacionamento com as partes nem com os seus patronos.
Art. 144 – impedimentos do juiz – vedado nas hipóteses dos incisos.
Em cidades pequenas: se o juiz estiver em qualquer das hipóteses, pode ir para uma comarca vizinha. 
Recorribilidade
Possibilidade de recorrer através de um recurso – análise de recurso por outra pessoa.
Só existe recurso quando a lei dispõe da figura de recurso. 
Duplo grau de jurisdição está relacionado: possibilidade de levar a decisão para outro grau de decisão. 
Doutrina traz duas falhas: 
· lentidão no processo ou 
· descrédito para o juiz de primeira instância. 
Mesmo assim, continua sendo necessário por alguns motivos: 
· falhabilidade humana, 
· fator psicológico, 
· experiência de quem julga no segundo grau (colégio de pessoas mais experientes), controle porque o juiz pensa antes de proferir a decisão. 
Publicidade:
Art. 5º, CF, LX: lei só pode restringir a publicidade de atos processuais quando na defesa da intimidade.
Visa a transparência do processo. Assim podemos consultar os processos na integra.
Decisões, sentenças, manifestações.
Acesso ao tribunal e aos órgãos judiciários.
Hoje temos, por exemplo, julgamentos que passam na televisão. 
Lado bom: traz transparência ao julgamento e ao convencimento do julgador. 
Lado ruim: alguns aproveitam o espaço para se aparecer. 
Art. 189 CPC: exceções à publicidade – segredos de justiça.
· Quando é do interesse público ou social
· Direito de família: Casamento ou divórcio, questões de filhos,
· Dados protegidos com relação à intimidade. Exemplo do processo relacionado ao tratamento de drogas. 
· Documentos sigilosos: contratos bancários, declarações de imposto de renda.
Intuito do segredo de justiça é preservar a intimidade.
Para casos de direito de família geralmente é automático. Na maioria das vezes será deferido o pedido.
Motivação:
Também chamado de dever de fundamentar as decisões.
Decisões interlocutórias ou finais precisam ser explicadas e precisam ser apontados os fundamentos jurídicos.
Caso concreto relacionado à lei e aos artigos que se aplicam ao conflito.
Aqui estamos falando da fundamentação jurídica – mais do que transcrever o artigo, é a leitura e análise do caso concreto relacionada às leis. 
Quais foram as razões que levaram o magistrado àquela decisão?
Art. 489 CPC: fala dos elementos essenciais da sentença. 
· Descritivo / relatório do conflito
· Fundamentos
· Dispositivo (conclusão)
§ 1º: novidade no novo código: hipóteses em que as decisões não são vistas como fundamentadas. Usar súmulas sem outros fundamentos para embasar, análise sem cuidado, paráfrases. 
Relacionado ao trabalho de hermenêutica.
Eficiência:
Art. 37º CF
Art. 8º CPC
Jurisdição: função do judiciário – essa atividade é um serviço que precisa ser eficiente.
Qualidade na prestação do serviço público.
Ferramenta que ajudou foi a CNJ – concelho nacional de justiça 
Corregedorias são canais para reclamações.
Princípios do Código de Processo Civil
Oralidade
Art. 366 CPC – juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de 30 dias. 
Na prática, difícil acontecer de proferir sentença em audiência.
Complexidade da análise faz com que seja mais difícil.
Acontece mais frequentemente no juizado especial porque são matérias menos complexas. 
· Exemplo: acidente de trânsito, cobranças de portadoras de celular. 
Outras formas 
· Audiência de conciliação e mediação: MOMENTO EM QUE O JUIZ CONHECE AS PARTES.
· Saneamento: pode ser escrito ou oral
· Audiência de instrução e julgamento: novamente INTERAÇÃO entre JUIZ E AS PARTES. 
PRINCÍPIO PERDEU ESPAÇO PORQUE SÓ TEMOS ESSAS TRÊS OPORTUNIDADES.
São etapas obrigatórias no novo CPC.
A Audiência de Conciliação e Mediação só acontece hoje no âmbito do direito de família, não mais no Civil.
Um dos motivos é pela falta de eficiência gerada por elas.
Bastante relevante no juizado especial. 
Persuasão Racional:
Art. 371 CPC
Também livre convencimento motivado
Juiz é livre para decidir desde que demonstre as suas razões pela decisão.
Livre para indicar quais as provas necessárias para o convencimento dele.
Inclusive pode definir algo contrário ao que as partes pedem.
Exemplo: as partes querem perícia mas o juiz acha que não é necessário.
Se torna bem relevante na parte recursal. Exemplo: juiz decide que não é necessária ouvir mais uma testemunha porque seria repetitivo.
O processo serve para convencer o juiz.
Boa fé
Art. 5º CPC
Probidade processual
Como definir a boa fé? 
Comportamento que no bom senso entendemos como adequado.
Código traz alguns elementos da má fé - Art. 80
· Alterar a verdade dos fatos
· Usar do processo para cumprir objetivo ilegal 
· Resistência injustificada ao andamento do processo
· Proceder de forma temerária em qualquer etapa do processo
· Entre outros
A violação pode gerar multas no processo.
Cooperação:
Art. 6º CPC
Todos os envolvidos (autor, réu, juiz, etc.) devem cooperar com a formação do convencimento do juiz e consequente resolução do conflito.
Código coloca alguns elementos para identificar a não cooperação.
· Não comparecimento em audiência.
· Não atualização do endereço
· Decisão tomada sem possibilitar a manifestação das partes.
Violações podem ser penalizadas. 
Verdade Real:
Na área trabalhista se chama primazia da realidade.
O julgador deve descobrir/buscar a verdade dos fatos.
Busca através das narrativas e das provas produzidas no processo.
O que efetivamente aconteceu?
As partes têm o dever de falar a verdade, mas nem sempre acontece.
No trabalhista acontece a partir da provatestemunhal. 
Economia Processual:
Traz a ideia de obter o maior resultado com o mínimo de emprego de atividade processual.
Definição de necessidade ou desnecessidade.
Cumulação de pedidos.
Evitar movimento adicional da máquina jurídica.
Juizado especial também entra aqui pois o custo é menor e o processo vai mais rápido.
Tempo e dinheiro.
Eventualidade:
Preclusão
Cada etapa processual deve ser devidamente respeitada. Cada coisa tem um momento certo.
Petição inicial audiência de conciliação e mediação contestação réplica saneamento audiência de instrução e julgamento sentença 
Exemplo: o momento adequado para o autor apresentar documentos é somente na petição inicial.
Exemplo: o momento adequado para o réu apresentar documentos é somente na Contestação.
Cada ato processual deve ser executado dentro de uma fase, sob pena de se perder a oportunidade de praticar o ato respectivo.
Meios Alternativos de Composição de Conflitos:
CPC 2015 mudou as formas de resolução alternativa a privilegiando.
Art. 3º CPC
Mesmo que se possa procurar o Estado, temos outras opções: arbitragem, solução consensual, conciliação e mediação.
Há uma necessidade dessas alternativas.
Art. 165 CPC – papel dos tribunais de criarem centros para essas formas de resolução. 
Exemplo: CEJUSC 
Um problema seria o preparo desses profissionais que, na prática, nem sempre têm a qualificação ou habilidades de conduzir as audiências. 
Art. 167 - § 6º - processo seletivo é a critério dos estados. 
Jurisdição:
Funções e Teorias
Funções do Estado: legislação, administração e jurisdição.
Separação dos poderes (Art. 2º, CF):
· Legislativo: elaboração das normas para a vida em coletividade.
· Executivo: administração do Estado e da coisa pública
· Judiciário: resolução de conflitos. Declarar e aplicar o Direito.
Jurisdição: declarar e aplicar o Direito.
· Poder/dever do Estado quando provocado
· Declarar e realizar a lei de forma prática diante de uma situação jurídica de conflito.
· Substitui a vontade das partes.
· Processo democrático e justo.
· Tutela jurisdicional para a paz social.
· Poder, função e atividade.
Teorias da Jurisdição
· Teoria Dualista:
· Jurisdição tem caráter substitutivo.
· Substitui a vontade das partes para aplicação concreta da lei.
· Substituição da atividade dos interessados.
· Teoria Unitária:
· Jurisdição com objetivo de resolução de conflitos.
Espécies de Jurisdição:
A jurisdição é única – sem divisões. 
Classificações para fins didáticos.
Primeira divisão entre Jurisdição Civil e Penal: o que muda é o tipo de sanção. Aqui vamos estudar a jurisdição civil.
Dradação (hierarquia): permitem a revisão das decisões.
· Jurisdição inferior: Primeira instância. juízes que tem contato com o início do processo, conhece e decide as causas. 
· Jurisdição superior: Instâncias superiores. recebem recursos contra decisões proferidas por juízes inferiores.
Origem:
· Jurisdição Legal: vem do juiz no seu cargo com as atribuições de dizer e aplicar o Direito.
· Jurisdição Convencional: exercida por árbitros e pela força do compromisso entre as partes.
Organismos Judiciários e Matéria
· Jurisdição especial
· STF
· TST (Trabalho), TSE (Eleitoral), STM (Militar)
· TRT (Regional do Trabalho), TER (Eleitoral Regional), TJM (Justiça Militar)
· Juízes do Trabalho, juízes/juntas eleitorais, auditor militar
· Jurisdição comum:
· STF (11 minístros) – matéria constitucional
· STJ 33 minístros) – matéria infraconstitucional
· Justiça Federal Tribunal Regional Federal Juiz Federal
· Justiça Estadual Tribunal de Justiça Juiz de Direito
· Justiça desportiva 
· não pertence ao judiciário (trata-se de Direito Privado) – ligadas a confederações. (Art. 217 CF)
· comissões disciplinares tribunal de justiça desportiva STJD 
Forma:
· Jurisdição Contenciosa presença de litígio ou conflito de interesses. Autor (quem busca resposta) e réu. Resultado é uma sentença que favorece uma das partes e esta é obrigatória. Processos e partes.
· Jurisdição Voluntária sem litígio – para negócios jurídicos. Não temos sentenças mas sim um pronunciamento judicial. Procedimentos e interessados.
Substitutivas/Equivalentes da Jurisdição
Formas alternativas para resolução de conflito
Autotutela: não é a regra. A própria pessoa defende os seus interesses.
Autocomposição: terceiro ajuda a decidir mas não impõe decisão. 
· Transação: Resolução 125/2010 – Tribunal Multiportas – acordo entre as partes, cada uma cede algo
· Renúncia: unilateralmente uma das partes abre mão.
Arbitragem: Lei 9.037/96. As partes buscam uma terceira pessoa para a resolução dos conflitos.
· Mecanismo de Heterocomposição.
· Constituição: Art. 3º da lei diz que se constitui pelas partes através de convenção arbitral em duas formas:
· Cláusula arbitral
· Compromisso arbitral
· Características:
· Só direitos disponíveis podem ser levados (Art. 1º)
· Árbitro deve ser pessoa natural/física mas não necessariamente precisa ser bacharel em direito (pode ser de qualquer área do conhecimento) Art. 13
· Sentença tem efeito imediato e á autônoma. Não precisa ser homologada.
· Sentença deve ser proferida em até 6 meses (Art. 23) e não é possível recurso (Art. 18.
Características da Jurisdição:
Secundária: normalmente, as partes devem cumprir com as suas obrigações para que não seja necessária a intervenção da justiça/jurisdição. O Estado só deve entrar quando isso não acontece.
Instrumental: instrumento usado pelo Estado para resolução de conflitos. 
Declarativa ou Executiva: aplica o Direito no caso concreto, estabelece a regra a ser seguida e resolve conflitos.
Desinteressada: característica relacionada à inercia. 
Provocada: só pode entrar no conflito quando for provocada por uma das partes. Se o juiz pudesse entrar de ofício, provavelmente impactaria na imparcialidade. 
Princípios da Jurisdição:
Juiz Natural:
Juiz que ocupa o cargo de juiz.
Uma vez investido no cargo, é designado a uma causa com base em regras gerais e abstratas de competência. 
Competência fixada pela CF, que organiza todo o poder judiciário. CF delega para os estados organizarem a estrutura dentro de cada estado.
Ou seja, as atribuições do juiz são definidas pela CF e pelas leis estaduais.
Competência fixada em lei.
Art. 5º 37 e 53: não terá juízo/tribunal por exceção e ninguém será julgado por órgão incompetente.
Tribunal de exceção: ideia de criar uma competência que não existe na lei sabendo já quem será o julgador.
· Exemplo: quero levar alguém para uma vara específica porque sei que um juiz vai julgar da forma que quero.
Juiz natural está ligado à imparcialidade e maneira desinteressada.
Emenda CF 45: antes dela, que também trouxe a duração razoável do processo e criou o CNJ, não se tinha justiça do trabalho como conhecemos hoje. Ou seja, foi necessária uma emenda para alterar o que tinha antes (porque era ligada à União). Daquele momento em diante, houve uma mudança de competência. O que já estava em andamento ficou como estava.
Investidura:
Jurisdição só pode ser exercida por juízes investidos.
Aqueles que forem devidamente aprovados no concurso público de provas e títulos.
Juiz aposentado não exerce mais mesmo que tenha passado no passado. No momento da aposentadoria perde a investidura.
Aderência ao Território:
Juiz tem uma base territorial na qual ele está adstrito. 
Só pode atuar nessa base. 
Não pode ir para outro lugar e proferir sentença. 
Competência territorial.
Para estender, precisa de uma autorização especial do TJ ao qual ele está ligado.
Isso pode acontecer em cidades pequenas quando um juiz, por exemplo, entra em férias e outro entra para substituir.
Indeclinabilidade:
Juiz não pode declinar de ofício quando legitimamente provocado.
Não pode deixar de atender nem que seja por falta de lei para julgar um tema.
Ofício = julgar
Quando não tem uma lei, pode se utilizar os princípios gerais do direito, jurisprudência, doutrinas.
Exceção: Art. 144 e 145 CPC – impedido ou suspeição . Casos em que deve declinar.
Indelegabilidade:
Juiz não pode delegar – deve exercer a função dele de maneira pessoal.
Nãopode atribuir funções que são dele para outra pessoa.
Competência para julgar é só dele.
Na prática, muitas vezes isso não acontece.
Exemplo: trabalhar com os seus assessores. Em geral um juiz tem 2. Geralmente o assessor passou em concurso público de escrevente e se mostrou uma pessoa bem preparada. Elabora despachos, decisões interlocutórias e profere sentenças.
Ato fora do território de jurisdição: temos atos de colaboração como, por exemplo, quando um juiz trabalha com outro.
Inercia:
Função jurisdicional só pode ser exercida quando provocado.
Não existe atividade jurisdicional sem interesse das partes.
Inafastabilidade da Tutela Jurisdicional:
Também conhecido como Acesso à justiça.
Estado não pode declinar das demandas que são levadas até ele.
Imperatividade:
Decisão do Estado é obrigatória/imposta aos litigantes.
Já que a função de resolução é assumida pelo Estado, ele pode impor a decisão tomada.
Decisão impositiva
Lide (não é um princípio oficial):
Alguns doutrinadores colocam como princípio mas nem todos.
Definição seria um conflito ou pretensão resistiva da parte contrária.
Não só temos jurisdição litigiosa/contenciosa.
Atividade judicial criativa:
Ativismo judicial
Jurisdição vem mudando ao longo dos últimos anos.
Civil Law: sistema positivado – sistema escrito com normas jurídicas positivadas.
Diferente do Common Law: baseado mais na jurisprudência e precedentes com costumes.
Brasil está mais próximo do Civil Law, mas vem mudando e deixado para se aproximar mais do sistema Common Law.
Isso aparece no CPC/15 e nas emendas da CF (exemplo, 45).
· Criação da súmula vinculante (disposta na CF Art. 103 A): STF pode por ofício ou provocação decidir em 2/3 aprovar súmula que a partir da sua publicação terá efeito vinculante nas esferas. Enunciado, entendimento consolidado. súmula normal é só uma consolidação do entendimento (pode ter em diferentes níveis).
· Repercussão geral: STF determina se um determinado assunto é de interesse geral da sociedade. 
· Causas repetitivas (Art. 932 CPC: a partir de uma decisão, todos os tribunais precisam seguir um determinado entendimento. Exemplo da clausula de tolerância das construtoras que foi vista como válida.
Distanciamento da ideia do judiciário como a vontade concreta da lei -a boca da lei. (concepção clássica)
Gradualmente, o poder judiciário começa a ter um protagonismo político e econômico. Participação mais ativa.
· Desaposentação: possibilidade de alguém já aposentado querer voltar a trabalhar para contribuir mais. pode requerer uma revisão do benefício? Chegou no STF, que decidiu que não era permitido. Não existia nada na lei, protagonismo legislativo/econômico. 
· Prisão antes do trânsito em julgado: STF determinou que não. Protagonismo político. 
· CNJ: resolução 176/13 – obrigatoriedade dos cartórios realizarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Devia ter sido feito pelo legislativo.
· STF afastou o Eduardo Cunha do processo de Impeachment.
Postura mais ativa, análise dos conteúdos, grande influência.
Jurisdição Contenciosa versus voluntária:
Estado assume posição de resolução de conflitos, ou seja se assume que só se procura o Estado em caso de conflitos.
Por isso que muitos doutrinadores entendem a lide como princípio.
Contenciosa = resolução de conflitos.
No entanto, nem toda jurisdição envolve conflito.
Voluntária: integra/fiscaliza a vontade das partes, não substitui. Não tem litígio. Relação em que a parte leve algo mas sem conflito.
Art. 719 CPC: a não ser que esteja disposto no código, regem os dispositivos da jurisdição voluntária.
Art. 720 – início
Exemplos:
· Retificação de registro civil (mudança de nome social) nos casos em que não dá para fazer no cartório
· Interdição curatela: pessoa sem capacidade plena – em conflito, a ideia é cuidar e regularizar.
· Autorização de venda de imóvel que está em nome de incapaz (exemplo: menor)
· Alvará judicial de INSS ou FGTS: obter o valor de um pai/mãe falecido.
· Homologação de autocomposição judicial. 
· Notificação judicial – ainda não há o conflito, está só notificando.
Des judicialização: Gradativamente, o legislador tem transferido aos cartórios algumas funções que eram do judiciário.
· Separação e divórcio desde que não envolvendo direitos de menores
· Usocapião extrajudicial – decorrência do tempo de posse adquirir a propriedade
Diferenças chave (contenciosa versus voluntário:
· Lide versus sem lide
· Resistência de uma das partes versus sem resistência
· Coisa julgada versus algo que pode ser revisto
· Substitutiva versus integrativa
· Tipos de sentença
Ação:
Estado tem monopólio/soberania para resolver conflitos, ou seja as pessoas não podem fazer isso na forma privada.
O cidadão precisa, então, procurar o Estado.
Direito de ação: a forma pela qual se provoca o Estado para que o poder judiciário possa dar uma resposta ao que está levando.
Direito de ir ao juízo, provocar o Estado e receber uma resposta.
Essa ação tira o Estado da inércia. 
Resposta do Estado = provimento ou tutela jurisdicional (sentença)
Não somos obrigados a provocar, mas só resta essa alternativa quando outras formas não funcionam.
Monopólio da resolução:
· Obrigação do Estado de resolver – mecanismos são necessários. 
· Mecanismo é a Ação
Condições da Ação:
CPC anterior deixava claro quais eram as condições. No atual, temos o Art. 17: Interesse e Legitimidade
Condições são os elementos necessários para que possa se exercer o direito de ação.
Sem isso, você pode até chegar até o juiz mas ele/ela não vai analisar o mérito (não se analisa o Direito que se diz violado).
· Matéria de ordem pública
· Art. 485, VI (CPC. Legislador deixa claro que o juiz não vai analisar o mérito sem as condições.
· § 3º: diante da ausência das condições, o vício é tão grave que o juiz deve considerar de ofício. Pode ser definido a qualquer tempo e grau de jurisdição, e se for o processo não pode continuar.
Filtros que fazem com que não há atividade de jurisdição quando não temos os essenciais.
Juízo de cognição Sumária: primeiro contato do juiz com o processo é superficial. Nem sempre olhando para a petição inicial é possível identificar a falta das condições. 
Além da legitimidade e interesse, o CPC/73 trazia a possibilidade jurídica do pedido. 
Em regra, quando se identifica o prejudicial de ordem processual o juiz vai extinguir a análise do mérito.
Art. 337, XI – reforça a necessidade de sanar esses vícios. Se o juiz não observar falta das condições, é dever do réu alegar.
Interesse de Agir
Dois elementos: Necessidade e utilidade
Necessidade: a última alternativa que restou para essa pessoa seria provocar o poder judiciário.
· Provar que foram tentadas outras formas de resolução do conflito. 
· Exemplo: notificação extrajudicial com prazo para a outra parte se manifestar, registro de serviço de atendimento ao cliente
· Não tem definição de prazo mínimo, mas a recomendação é que seja um prazo razoável para a resposta. 
· Para atendimentos, é importante ter o protocolo. 
Utilidade: o próprio resultado desejado pela tutela jurisdicional (sentença).
· Qual é o objetivo buscado?
· A sentença resolverá o problema?
Não basta só a existência do conflito. Precisa ser um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida.
Perda superveniente do interesse: exemplo da pessoa que pagou a dívida enquanto o autor do processo esperava o início do processo.
Legitimidade:
Titularidade ativa e passiva da ação.
· Sujeitos da relação processual.
· Ativa: O autor é parte legítima para ser autor?
· Passiva: O réu é parte legítima para ser réu?
Em geral, nada mais é do que uma constatação de que as partes descritas no Direito Civil Material são as do processo.
· Exemplo: relações descritas em contratos.
Nem sempre temos a figura certa descrita no Direito Material.
Ilegitimidade passiva: quando a pessoa citada não foi responsável pelo conflito.
· exemplo da ação contra alguém que bateu no seu carro que prova que não era o dono do carro no momento do acidente. 
· Exemplo: ação contra a agência de viagens que ajudou na locaçãode um carro no exterior.
· Cabe ao réu que se vê como parte ilegítima se manifestar. Art. 339.
· Cabe ao juiz remover o réu ilegítimo e substituir pelo legítimo, que precisa ser indicado pelo réu.
Ilegitimidade do Autor: quem de fato pode exigir o direito.
· Exemplo: ação aberta por uma mãe em nome dos filhos pedindo alimentos para os filhos. A parte legítima é o filho, não a mãe.
· A mãe representa, mas o processo precisa estar em nome dos filhos.
Art. 932, CC: responsabilidade de terceiros
Art. 37 §6º, CF – responsabilidade do Estado
Legitimação ordinária: demanda em nome próprio um direito próprio
Legitimação extraordinária(Art. 18, CPC): casos excepcionais em que se pode pleitear um direito em nome de outra pessoa.
· Exemplo: Ministério Público pleiteando um direito alheio 
· Exemplo: associações de defesa ao consumidor. 
· Exemplo: MP pode abrir ação de investigação de paternidade.
· Normalmente quando falamos de direitos coletivos. 
· Aqui não entra o exemplo da mãe pleiteando em nome do filho porque a mãe está representando o filho que pleiteia um direito próprio.
Limites Temporais da Apreciação das Condições da Ação:
Em regra, reconhecer a ausência de interesse ou a ilegitimidade já quer dizer que o juiz extingue o processo sem avaliar o mérito.
Sentença sem resolução de mérito.
O juiz, no começo do processo, ainda tem informações talvez mais precárias. Pode ser que ele/ela não descubra a ausência das condições logo no início.
Quando se descobre em uma fase avançada do processo, exemplo da fase final, temos a análise de mérito.
Exemplo: quando se descobre ao longo do processo que o suposto pai não é, de fato, o pai. Pedido será julgado como improcedente.
Elementos da Ação:
Estado precisa considerar: Alegações, provas e ordenamento jurídico.
Elementos essenciais que o juiz precisa para identificar a discussão para se convencer das alegações e proferir sentença.
Função é estabelecer uma segurança jurídica pois evitarão que o Estado atue mais de uma vez sobre o mesmo conflito.
Isso não aparece em um artigo específico, mas é uma estrutura do código. Art. 319, 330
Partes
Art. 319 CPC: itens que precisam ser incluídos na petição inicial.
Sujeitos do processo: aqueles que figuram em juízo – autor e réu 
Também podemos dizer requerente e requerido.
Preocupação com a legitimidade das partes.
Causa de Pedir
Art. 319 CPC: itens que precisam ser incluídos na petição inicial.
Motivo da movimentação da máquina do poder judiciário.
Objetivo: delimitar o pedido e o objeto.
Como Direito está sendo violado ou ameaçado?
Importante para que o réu possa exercer o contraditório.
Duas teorias:
· Substanciação (sistema brasileiro – Art. 319 CPC): conteúdo é formado por um conjunto de fatos junto com um fundamento jurídico. 
· Individuação: conteúdo do fundamento jurídico, sendo os fatos secundários. 
O fato é visto como essencial para a avaliação do juiz.
revelia - Art. 344 CPC: réu não é obrigado a se defender, mas se não contestar a ação são presumidas verdadeiras as alegações feitas pelo autor. Isso não quer dizer que o autor tenha razão quanto ao direito que busca.
Ônus da impugnação específica – Art. 341: mesmo quando o réu se manifesta, se só se manifestar com relação a uma parte dos fatos, os que ele não se manifestou são considerados verdadeiros. 
Classificação das causas de pedir Montans):
· Remota: fatos constitutivos. Fatos são a narrativa, mas os que interessam ao processo são apenas os fatos jurídicos.
· Fatos simples: fatos secundários. Sem relevância jurídica mas integram a lógica da narrativa. 
· Exemplo: ao contar sobre um acidente de trânsito, o autor conta que aconteceu no sábado às 16h00. O dia e horário são fatos simples.
· Fatos jurídicos: fatos essenciais pra caracterizar a pretensão da parte.
· Ação indenizatória decorrente de um acidente em que o acidente aconteceu à noite depois de uma tempestade que quebrou os semáforos da cidade. São elementos que são essenciais no caso porque fazem diferença para os eventos.
· Próxima: fundamento jurídico. Enquadrar os fatos ao que dispõe o ordenamento jurídico. 
· Exemplo: aluna que devia à universidade teve o diploma segurado. O fundamento jurídico é o que diz que essa atitude da faculdade é proibida.
· História + legislação + conclusão
· Análise dos fatos em conjunto com a legislação.
· Não se confunde com fundamento legal: fundamento legal é quando o autor indica artigos da lei.
Pedido
Art. 319 CPC: itens que precisam ser incluídos na petição inicial.
Pretensão do autor.
Todos os elementos geram efeitos processuais, mas especificamente aqui temos efeitos bem sérios.
Sem os primeiros dois efeitos, não tem resolução do mérito – o juiz não analisa o conflito. 
Coisa julgada:
· Art. 485 
· Art. 337, VI
· Quando se reproduz ação anteriormente julgada, que já foi decidida e transitou em julgado.
· Mesmos elementos da ação.
Litis Pendência:
· Art. 485
· Processo que ainda está em andamento.
· Não podemos ter duas ações iguais caminhando ao mesmo tempo.
Se fosse em frente com esses dois pontos, poderia ser proferida uma sentença diferente e gerar insegurança jurídica.
A regra é que o magistrado não conceda nada além do que foi pedido pelo autor. Responde de forma positiva ou negativa, não concede nem menos nem mais.
Réu também só pode se defender/contestar dentro do que está sendo pedido.
Art. 141: juiz decide o mérito nos limites propostos pelas partes. 
Art. 492: Juiz não pode proferir decisão diversa do que foi pedido nem condenar a pagar valores diferentes.
Precisa avaliar cada pedido com base no pedido e pode ter conclusão diferente para cada.
Sentenças em que o juiz não cumpre essa regra:
· Extrapetita: soluciona o processo diferentemente do que foi pedido pelo autor com base em um fundamento jurídico diferente. 
· Exemplo: Art. 18 CDC – se um consumidor não tem os defeitos de um produto sanados em 30 dias, ele tem a escolha do que acontece. Substituição, Abatimento, Restituição. O autor pediu uma coisa mas a loja definiu outra. Juiz só pode decidir igual ao consumidor. Se não, encaixa a sentença extrapetita.
· Sentença nula.
· Ultrapetita: juiz decide o pedido mas vai além do que foi pleiteado pelo autor. Sentença parcialmente nula.
· Exemplos da justiça do trabalho.
· Citrapetita: juiz decide por menos do que foi pedido. Não examina todas as questões propostas pelo autor.
Requisitos do Pedido:
Deve ser certo e determinado.
Art. 322 CPC
Descreve com exatidão o que está sendo pedido.
Delimitado quanto à qualidade e quantidade.
Quando se fala no dano moral, também precisa ser quantificado. Art. 292, V. não existia no CPC anterior. Antigamente, o autor trazia valor determinado ao dano material mas deixava para o juiz quantificar o dano moral. Isso dava margem para recorrer da decisão. 
Em regra não podemos ter pedido genérico nem implícito, mas às vezes temos exceções:
· Genérico: Art. 324. 
· Ações universais onde o autor não consegue individuar os bens demandados. Exemplo: petição de herança quando não se sabe quais são os bens. 
· Quando não for possível determinar as consequências do ato ou do fato. Exemplo: casos de indenização que tem um tratamento continuado em que você não sabe quanto vai ficar no total. 
· Quando a determinação do valor só pode ser determinado por um ato que depende do réu. Exemplo: ação de exigir contas. Caso, por exemplo, de uma ação contra o síndico do condomínio. Ação que exige a prestação de contas depende do ato dele, por isso você não consegue pedir o valor final no início.
· Implícito: não foi formulado mas o juiz pode apreciar. 
· Art. 322 e súmula STF
· Juros legais – 1% ao mês
· Correção monetária
· Sucumbência: reembolso de custo judicial (quem perde paga as despesas arcadas pela que ganhou) + honorários em porcentagem paga pela parte que perdeu ao advogado do que ganhou.
Classificações de Pedido:
Imediato:
· Tipo de provimento que está buscando.
· Qual é a natureza? Condenatória? Mandamental? Declaratória?
· Declaratória: reconhece algo
· Condenação: pode ser dano material ou moral.
Mediato:
· Resultadoprático que estão buscando.
· Exemplo: no caso de um pedido declaratório, por exemplo, não ter que pagar algo ou ter propriedade de algo
· No caso de um condenatório, por exemplo, pode ser o valor da indenização. 
Espécies de Pedidos:
Unitário: a parte formula um só pedido em juízo.
Cumulado: mais de um pedido em uma ação.
· Aditivo/Simples: o autor formula dois ou mais pedidos autônomos em ordem aditiva. Requer que todos sejam apreciados. Exemplo: dano moral + dano material – cada um tem uma fundamentação jurídica diferente e o juiz pode ter decisões diferentes entre eles.
· Sucessivo: várias pretensões contra um mesmo réu mas uma está relacionada interdependentemente a outra. Não são independentes, existe uma correlação. Exemplo: não deferindo o primeiro, provavelmente não defere os próximos, mas se defere o primeiro não necessariamente defere os outros.
· Alternativo: autor formula mais de um pedido mas dá uma opção de qual deve ser avaliado. Exemplo: Art. 18 CDC – consumidor pode dar todas as opções previstas no artigo para que o juiz avalie. Juiz defere um ou outro.
· Subsidiário: ordem de preferência. Autor estabelece um pedido principal, mas também um subsidiário caso o principal não seja concedido. Escala de interesse. A ideia é minimizar a perda da ação.
Processo
Série de atos concatenados/ligados/relacionados entre o pedido e a resposta final (sentença).
Atos coordenados regulados pelo direito processual. 
Instrumentalização do direito de ação.
Não se submete a uma única forma. Pode se apresentar de várias formas. Processo versus procedimento.
· Ideia do Waze: destino = processo (ponto de partida ponto de chegada) rota = procedimento (caminhos diferentes que levam ao mesmo destino)
· Procedimento normal (de regra) é o comum.
· A Lei determina quando há um procedimento diferente/especial a ser seguido.
Espécies:
· Tutela de cognição: processo de conhecimento. Juiz precisa conhecer o que aconteceu. Recebe as informações das partes para formar o seu convencimento. 
· Procedimento comum – regra. 
· Tutela provisória: de urgência ou de evidência. 
· Procedimento especial – a lei traz os casos. Exemplos: lei de alimentos, Lei de locação.
· Tutela de Execução: quando temos a certeza prévia do Direito. Não se busca o Estado para declarar, já está declarado em título executivo judicial ou extrajudicial. Sentença ou documentos com forma executiva (nota promissória, cheque, condomínio). O que se busca do Estado a satisfação daquela obrigação. 
Pressupostos Processuais:
Assim como no direito de ação temos a necessidade da legitimidade e do interesse, no processo temos requisitos para que ele exista e tenha um desenvolvimento válido e regular.
Caso não existam os requisitos, o juiz não analisará o mérito. Não analisará se houve ameaça ou violação ao direito.
Matéria de ordem pública: Art. 485, IV
Assim como no direito de ação, o juiz pode reconhecer de ofício a ausência das condições processuais.
Pressupostos Positivos 
Itens necessários e obrigatórios
Existência: Sem os seguintes itens, o processo não existirá.
· Demanda (Petição Inicial): Art. 2º CPC – jurisdição é inerte, então a parte ameaçada/violada precisa provocar através do direito de ação. Ação é formalizada pela petição inicial. 
· Jurisdição: deverá ser desenvolvido por um órgão investido previamente de jurisdição (Art. 92, CF – órgãos do Poder Judiciário). Ou seja, não basta ter só a petição inicial sem que ela chegue no órgão judiciário.
· Citação:: aqui entra o princípio do contraditório e ampla defesa. O réu precisa ser chamado. Relação jurídico-triangular: juiz, autor e réu. 
Validade/Desenvolvimento: não basta o processo existir, precisa ser válido.
· Petição inicial apta: diferente da demanda porque a PI precisa atender os requisitos mínimos exigidos pela lei. Art. 319 CPC. Juiz pode dar um prazo para que a parte corrija erros.
· Petição é inepta quando (Art. 330 § 1º):
· I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
· II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
· III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
· IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
· Competência do juízo: não basta que o juiz a quem foi direcionada a PI seja investida, mas o órgão precisa ter competência para atuar naquele caso.
· Imparcialidade do juiz: não podemos ter vícios que maculam a imparcialidade do juiz (Arts. 144 e 145). 
· Capacidade processual para estar em juízo: capacidade de fato da pessoa natural. Não pode ser absolutamente incapaz (precisa de devida representação legal) nem relativamente incapaz (precisa ser devidamente assistido por representante legal)
· Capacidade postulatória: Necessidade de assistência técnica de um profissional do Direito. Advogado privado ou público (procuradores, MP, defensoria). Essa é a regra, mas temos exceções (ius postulande)
· Justiça do Trabalho (Art. 791CLT
· Juizados especiais até 20 salários mínimos (estadual) ou 40 (Federal) 
· Habeas corpus Art. 1º Lei de HC
· Credor de alimentos
· Citação válida: citação é um ato solene porque tem várias regras dispostas na lei. Exemplo: deve ser um ato pessoal: a pessoa que está sendo citada que precisa receber o aviso. 
Pressupostos Negativos
Aqueles que não podem existir
Perempção: Art. 486 CPC. Mesmo que haja extinção sem resolução de mérito, nada impede que a parte entre com nova ação. Mas, se entrar 3 vezes e for extinto sem resolução por abandono de causa, a parte não pode provocar por uma 4ª vez. 
· Comum, por exemplo, na área do juizado especial.
LitisPendência: concomitância de duas ações idênticas – mesmas partes, pedido e causa de pedir. Juiz deve extinguir sem analisar o mérito.
Coisa julgada: sucessão de duas ações idênticas, sendo que uma delas já transitou em julgada. Já foi objeto de análise e já foi avaliado pelo poder judiciário. Art. 512 CPC.
Convenção arbitral: as partes escolheram levar o conflito para a esfera privada. A partir desse momento, indica-se que não se quer que o Estado avalie aquele conflito. Inibe a atuação do Estado. Obrigação do réu levantar a existência da convenção.
· Art. 337 CPC – incumbe ao réu antes de discutir o mérito – X convenção de arbitragem.
· Art. 485, VII – juiz não analisa o mérito quando tem convenção de arbitragem.
· Art. 337 § 6º: ausência de alegação implica aceitação da jurisdição do Estado. Renuncia ao juízo arbitral.
Competência:
Competência decorre da jurisdição.
Relacionada à atividade jurisdicional.
A pergunta central: Quem será responsável por aplicar o direito no caso concreto?
Jurisdição Internacional:
Alguns conflitos não podem ser analisados pela justiça brasileira.
Isso está estabelecido em lei.
Da mesma forma, decisões estrangeiras encontram abses no direito brasileiro.
Art. 105 CF: compete ao STJ I, alínea I: homologação de sentença estrangeiras 
Para que uma decisão produzida fora do Brasil seja válida aqui, precisa ser homologada. 
Se a sentença não ofender o ordenamento jurídico brasileiro, terá eficácia. Caso contrário, é ineficaz. 
Muitas vezes depende de tratados internacionais.
Competência concorrente: ação pode ser ajuizada no Brasil ou fora
Citação para fora do Brasil acontece por Carta Rogatória.
· Art. 21 CPC: réu domiciliado no Brasil (independente da nacionalidade), obrigação precisa ser cumprida no Brasil, fato ocorrido ou ato praticado no Brasil,
· Exemplo: ação de responsabilidade civil - indenização
· Art. 22: alimentos quando o credor tiver domicílio no Brasil ou quando o réu mantiver vínculo no Brasil, decorrentes de relação de consumo quando o consumidor tiver domicílio no Brasil, as partes se submetem à jurisdição nacional (expressa ou tacitamente)
· Exemplo: Brasileiro que compra um produto online vindo da China. 
· Exemplo: as partes podem se submeter à jurisdição brasileira via contrato.
Competência Exclusiva do Brasil: somente a justiça brasileira pode apreciar
Sentença estrangeira sobre qualquer uma das hipóteses abaixo não produz efeito no Brasil.
· Art. 23: ações relativas a imóveis noBrasil, sucessão hereditária e bens situados no Brasil mesmo que o autor da herança seja estrangeiro ou more fora, divórcio/separação/dissolução de união estável a partilha de bens situados no brasil mesmo que a parte seja estrangeira ou more fora do Brasil
· Fator determinante: aspecto patrimonial estar localizado no Brasil.
Art. 24: ação proposta perante tribunal estrangeiro não obsta que tribunal brasileiro conheça da mesma causa nem gera litispendência.
· Não se aplica o conceito de ações idênticas (só se aplica aos Arts. 21 e 22).
· Prevalecerá no Brasil a que for transitada em julgado primeiro.
Se for a sentença estrangeira a primeira, terá que ser homologada no STJ para que transite em julgado.
Art. 27: Cooperação Internacional
· Não existia antes do CPC/15
· Cooperação depende de tratados internacionais.
· CPC traz uma visão geral, mas o tratado traz o detalhe de como funciona.
Competência Interna:
Considerações Gerais:
Diretamente relacionada à jurisdição.
Em tese, poderia se ter um único órgão ligado ao poder judiciário. Mas isso não seria possível porque não daria conta de tratar de diversos conflitos em matérias totalmente distintas.
Todos os órgãos têm jurisdição, mas cada um é competente para julgar um assunto.
O Estado distribui as atividades jurisdicionais entre juízes e órgãos para que seja mas ágil e efetivo e especializado.
Sociedade mais complexa = necessidade de órgãos especializados.
Competência decorre da lei.
Temos uma hierarquia na lei (Art. 44 CPC):
· Constituição Federal Arts. 92 – 126
· Código de Processo Civil e Leis Especiais (Leis Federais)
· Exemplo: Art. 50 CPC ou Art. 101 Código de Defesa do Consumidor, Art. 661 CLT
· Leis de organizações judiciárias (Leis estaduais)
· Regras específicas de cada estado que regulamentam as unidades judiciárias.
· SP capital: maior quantidade de juízes e varas instituídas. Comarca tem vários foros que contêm várias varas (juízos)
· Importante que essas leis precisam respeitar a CF e as Leis Federais.
· Provimentos e Regimentos internos dos próprios tribunais.
· Obrigatórios ou facultativas
· Dentro do TJ em SP temos a seção de direito privado e do direito público. Cada uma tem subseções. 
Foro versus Juízo:
Foro é base territorial. Ou seja, sob qual espaço aquele órgão exerce jurisdição.
· STF e STJ: nacional
· TJ SP: base territorial estado de SP
· Na justiça estadual, o foro pode ser considerado como comarca. 
· Foro de jundiaí = comarca de Jundiaí
· Na justiça Federal, cada vara federal exerce sua competência dentro de certos limites. Demanda é menor.
Juízo: unidades judiciárias.
· Integradas por juízes e auxiliares.
· Juízos = varas.
· 1ª vara Civil do Foro Central
· Juízo está dentro de foro. 
· Comarca/foro de Jundiaí tem diferentes juízos/varas
· Na justiça estadual, se divide muito porque as comarcas são muito numerosas, o que gera uma divisão mais complexa de juízos/varas.
Cuidado ao usar comarca como sinônimo de cidade: normalmente é, mas nem sempre.
· Exemplo de cidades pequenas.
· Comarca de Barueri se reflete na cidade de Barueri mas bem próximo temos Santana de Parnaíba, que era abraçada pela comarca de Barueri.
· Depois foi criada uma vara única. 
· Ou seja, pode ser que na cidade pequena não tenha vara própria por falta de demanda. Assim são abraçadas por comarcas maiores.
 
Fixação da Competência:
No caso concreto, pode se aplicar respondendo as perguntas.
Passo a Passo:
1. Natureza da Relação jurídica: qual é a matéria? Tema? Relação jurídica? A que se refere?
2. Justiça Comum ou Especializada (Trabalho, Eleitoral, Militar)?
3. Específica dentro da Comum ou Especial
a. Se comum: Federal (Art. 109 CF) ou Estadual?
b. Se especial: Trabalho? Militar? Eleitoral?
4. Há competência originária? – conflito que será levado originariamente a um tribunal. 
a. Foro privilegiado: Exemplo: Presidente ou Governador que pratica crime comum na gestão é julgado diretamente pelo STF ou STJ respectivamente
b. Ação rescisória: quando se descobre que o juiz que tinha proferido a sentença estava impedido. Essa ação é ajuizada diretamente no tribunal competente daquele juiz. 
c. Se for alguma dessas situações, já encerra aqui pois cada caso já fala onde é a competência.
5. Comarca (foro, território). Regra principal no CPC mas também nas outras leis conforme descrito acima.
6. Juízo (vara) aqui novamente talvez tenha que avaliar a matéria/tema.
a. Se comarca for pequena, fica mais simples
b. Na comarca média/grande, fica mais complexo porque já entram as leis de organização judiciária.
7. Valor da causa: pode ser um fator determinante ou não.
Incompetência Absoluta e Relativa:
Art. 64 CPC: incompetência relativa ou absoluta será alegada como questão preliminar e incompetência. Defeito processual.
Não gera a extinção do processo como acontece na ausência das condições de ação e dos pressupostos processuais.
· Autos são remetidos ao juiz competente.
· Absoluta: norma cogente – deve ser controlada e observada pelas partes e pelo Estado. Pode ser conhecida de ofício pelo juiz.
· Matéria
· Pessoa
· funcional
· Relativa: norma dispositiva – permite flexibilização das partes. 
· Em razão do valor
· Em razão do território
Perpetuação da Jurisdição: Art. 43 CPC
· Competência se define no momento do registro ou no momento do sorteio 
· Mudanças são irrelevantes depois desse momento mesmo que altere o endereço ou outros fatores.
· Juiz fica com o processo até o final dele.
· Exceções:
· Supressão de órgão judicial: quando uma vara deixa de existir. Processo é redistribuído.
· Alteração superveniente da competência absoluta. Processo é remetido.
· Desmembramento de comarca: modificação – redistribuição 
· Perda de competência por critérios modificativos. (Conexão, Contingência, derrogação e Prorrogação).
Exemplos de aplicação do Passo a Passo:
Ação indenizatória em que a União é ré.
· Natureza: indenização (relação à matéria defeito seria Incomp. Absoluta)
· Justiça Comum (relação à Pessoa – União defeito seria incomp. Absoluta)
· Justiça Federal (relação à Pessoa defeito seria Incomp. Absoluta)
· Não é competência originária
· Comarca (relação ao território defeito seria Incomp. Relativa)
· Juízo
· Valor (defeito seria Incomp. Relativa)
Critérios de Fixação da Competência:
Teoria Tripartite
É possível utilizar um dos três critérios, mas a recomendação é que se utilize os três para entender.
Objetivo: elementos da ação
· Matéria (causa de pedir)
· Valor da causa (pedido) – em regra é competência relativa mas temos exceções
· Juizado da Fazenda Pública – quando tem na comarca e o valor é menor que 60 mil reais, precisa ser lá.
· Capital de SP – Resolução 148 2001 – ações na capital com valor superior a 500 salários mínimos tem competência absoluta no foro central. 
· Pessoa (partes): nacionalidade, cargo, função 
Territorial:
· Divisão do território nacional em circunscrições territoriais.
· CPC chama essa competência de Foro (Comarca)
· Duas divisões: Foro Geral (Art. 46) e Foros especiais 
· Geral (Art. 46): direito pessoal ou direito real sobre bens moveis = foro de domicílio do réu. Busca trazer mais tranquilidade para a pessoa que precisa se defender. 
· Exemplos: contrato (que não traz outro foro), direito que assegura o aproveitamento completo de uma coisa móvel.
· Se o réu tem mais de um domicílio, ação pode ser no foro de qualquer um deles.
· Quando não se sabe o domicílio do réu, a ação pode ser no lugar onde ele for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
· Quando autor mora fora do Brasil ou ambos moram fora do Brasil pode ser da escolha. 
· Quando são mais de 1 réu, autor pode escolher com base no domicílio de qualquer dos réus.
· Execução Fiscal também fica no domicílio do réu ou onde for encontrado.
· Foros Especiais (Arts. 47-53)
· Art. 47: direitos reais envolvendo coisas imóveis foro = situação da coisa (localização do imóvel)Normalmente, o território é competência relativa, mas nas ações possessórias de imóveis ela se torna absoluta (não há negociação quanto à escolha).
· Art. 48: herança e afins foro = domicíliodo falecido mesmo se o óbito tenha acontecido fora do Brasil ou a sua última residência. Se não tinha uma residência estabelecida, será a localização dos bens imóveis (qualquer um). 
· Art. 49: Ações em que réu é ausente foro = último domicílio dele
· Art. 50: ação quando incapaz é réu foro = domicílio do representante. Aqui também estamos falando de pessoas curateladas (incapacidade relativa como por exemplo uma deficiência cognitiva grave).
· Art. 51: quando a autora é a Únião foro = domicílio do réu. 
· Art. 52: autor é estado e DF foro = domicílio do réu.
· Art. 53: diferentes hipóteses relacionadas a divórcio (etc.), ações de alimentos, PJ (cuidado com Art. 101, I CDC – quando a ação é contra uma PJ com relação de consumo, pode se escolher o foro), idosos, acidente de veículos, reparação de danos, entre outros. 
Funcional:
· Repartição das atividades judicias entre diversos órgãos atuando no mesmo processo.
· Nem sempre um só órgão consegue prestar todos os serviços.
· O processo tem duração longa.
· São três pontos:
· Fases do Procedimento: exemplo do Art. 516 CPC – execução de sentença em regra é onde foi ajuizada ação. Mas pode ser que o autor opte pelo juízo do local onde se encontram os bens em execução. 
· Grau de jurisdição: casos de competência hierárquica. Exemplo: competência originária. Exemplo: competência Recursal.
· Objeto do juízo: quando o distribuição de matérias diferentes. Exemplo: dentro do TJ temos divisões por matéria.
Modificação de competência:
Só se pode mudar competência relativa – competência absoluta é inderrogável. (Art. 54)
Doutrina divide em blocos:
Convencional:
· Derrogação: modificação mediante eleição de foro. As partes estão convencionando sobre a competência. Se vê muito na questão territorial. Eleição de foro precisa estar explicita em instrumento jurídico (exemplo: contrato). Importante: lembrar da exceção em que ação possessória de imóvel é sempre competência absoluta que não pode ser modificada, nem por cláusula. Só se pode estabelecer comarca, não foro regional.
· Prorrogação (Art. 65): criada para facilitar acesso ao judiciário. Quando não se declara incompetência relativa, o processo fica no juízo onde iniciou. Juiz não pode reconhecer incompetência relativa de ofício (só a absoluta). 
Legal:
· Conexão: quando o pedido ou causa de pedir de duas ações forem iguais. São reunidos para decisão em conjunto a não ser que algum já tenha sido decidido. O objetivo é trazer segurança jurídica para evitar decisões distintas. Art. 337: dever do réu reconhecer a conexão, mas o juiz também pode reconhecer de ofício. Autor também pode indicar a conexão quando ajuíza a ação. Art. 58 e 59 dizem pra qual juiz vai a ação – vale a data de distribuição da ação. Distribuição por dependência. As ações precisam estar em 1ª instância, não serem de justiças distintas e nem estarem sentenciadas.
· Exemplo: acidente de carro envolvendo 3 o mais veículos.
· Continência: entre duas ou mais causas houver identidade entre as partes e a causa de pedir, mas que o pedido de uma é mais ampla que da outra. Art. 57: se a primeira ação tem o pedido mais abrangente, a segunda (pedido menos abrange) será extinta sem resolução do mérito. Se a primeira ação for menos abrangente, a segunda será reunida com a primeira já proposta. 
· Exemplo: A entra com ação de declaração de nulidade de 10 clausulas contratuais contra B, B entra com a mesma ação declaratória sobre só 1 das clausulas.
Conflito de competências:
Hipótese em que dois juízos da mesma hierarquia apresentam-se como competentes ou incompetentes para julgar uma demanda.
Art. 66 CPC
Conflito positivo: dois ou mais se declaram competentes
Conflito Negativo: dois ou mais se consideram incompetente, atribuem ao outro. (incidência é maior)
Pode ser também quando não se concorda sobre conexão ou continência.
Quem julga esse conflito?
· Entre juízes estaduais: TJ do estado. Se são de estados diferentes, quem julga é o STJ.
· Entre juízes federais: TRF ao qual os juízes estão ligados. Se estão em regiões diferentes, quem julga é o STJ.
· Juiz estadual e Federal: STJ
Sujeitos do Processo:
Sujeitos: pessoas que integram o processo.
Relação triangular jurídico-processual: Autor, réu e juiz
· Essencial pois só com essa relação temos como ter o exercício do contraditório em ampla defesa.
· Partes: os que participam e estão sujeitos às consequências. Ainda precisamos lembrar da legitimidade das partes.
· Autor: quem invoca a tutela jurisdicional. Toma uma posição ativa em relação à instauração processual.
· Réu: posição passiva. Se sujeita à relação processual. Também chamado de demandado.
· Formas de entrar como parte: ajuizar a ação, ser demandado, sucessão processual e intervenção por terceiro.
· Outras formas de chamar dependendo do procedimento e da fase processual ou da própria ação:
· Demandante e demandado
· Requerente e requerido
· Recorrente e recorrido (fase de recurso – nem sempre o autor é recorrente)
· Apelante e apelado (fase recursal
· Execuente e executado (fase da execução)
· Entre outros
Auxiliares da justiça (Art. 149 CPC): profissionais que não são parte do processo mas que auxiliam na prestação da tutela jurisdicional. 
A Lei de Organização do Judiciário pode estabelecer mais profissionais auxiliares da justiça.
Legitimação:
Legitimação para a causa:
A mesma legitimidade que vimos como condição de ação.
Art. 17
Análise de quem está requerendo o juízo ou sendo demandado.
Titularidade do Direito.
Divide em dois:
· Ordinária: coincidência entre aquele se encontra em juízo (pleiteando algo) com aquele que figura como titular do direito material. Em nome próprio tutelando direito próprio
· Exemplo: contrato de locação entre A e B. A para de pagar o aluguel então B entra com ação de despejo acumulada com cobrança. Ou seja, o B postulando em direito próprio de receber o que é devido.
· Extraordinária: exceção. Admite-se uma ruptura entre o plano do direito material e a pessoa que está em juízo. Temos alguém em nome próprio tutelando direito alheio.
· Exemplo: Ações pelo Ministério Público: em nome próprio tutelando o direito da sociedade.
· Exemplo: Art. 51 CDC – MP pode postular em razão de danos coletivos a consumidores, e associações de proteção ao consumidor também podem.
Legitimação Processual:
Capacidade/aptidão para estar em juízo pessoalmente
Em regra, a capacidade processual é a mesma que se exige para os atos da vida civil.
A partir dos 18 anos ou depois dos 16 nos casos da maioridade antecipada.
Pensando no caso geral, quem tem 18 anos pode realizar atos da vida civil como também pode ser parte em juízo.
Art. 70 CPC: todos que podem exercer os seus direitos podem estar em juízo.
Exceções:
· Incapaz por ser menor de 16 anos (incapacidade absoluta) pode ser parte se for representada.
· Entre 16 e 18 = incapacidade relativa – deve ser assistido.
· Para Pessoas com Deficiência, desde 2015 são considerados relativamente incapazes e precisaão de assistência através de um curador. Aqui estamos falando de deficiências que impactam no critério intelectual/cognitivo. Só o judiciário pode estabelecer a relação de curatela.
· Sobre síndrome de down: existe a tomada de decisão apoiada. Eleição de duas pessoas que atuam como conselheiros. 
Capacidade da Pessoa Jurídica:
Pode ser parte em juízo como autor ou réu.
Importante lembrar que a PJ é uma ficção criada pelo Direito.
Precisa saber quem representa a PJ – pessoa física que representa em juízo.
· Contrato social: indica os representantes em casos de empresas.
· Estatuto social: nos casos de associações, fundações etc.
Massas patrimoniais: mesmo não tendo CNPJ, podem configurar relações processuais como autor ou réu.
· Exemplo: massa falida – depois da falência não existe mais o CNPJ. Representada pelo administrador judicial.
· Exemplo: espólio: massa patrimonial de uma pessoa falecida. Representado pelo inventariante (geralmente um parente).
· Exemplo: herança jacente ou vacante: quando não temos herdeiros para uma herança.
Capacidade relacionada a cônjuge:
Para ser autorou réu, temos algumas regras. Objetivo de salvaguardar o património comum da família/casal.
Regimes de casamento interferem na capacidade processual:
· Comunhão parcial de bens: regime adotado pelo CC. Bens adquiridos na constância do casamento pertencem aos dois.
· Comunhão universal de bens: regime legal do CC anterior (só mudou em 1977). Todo o património se comunica e vira uma coisa só para ambos.
· Separação total de bens: bens adquiridos a qualquer momento não se comunicam. 
Na capacidade dos cônjuges como autor (Art. 73 CPC): em regra nenhum dos dois precisa de permissão do outro para entrar com uma ação, mas precisa no caso de direitos reais imobiliários a não ser que estejam em regime de separação total de bens.
Art. 1647: nenhum dos dois sem a autorização do outro pode... 
Importante: se aplica à união estável mas com algumas ressalvas porque na prática nem sempre é formalizada. 
Juiz deve declarar de ofício qualquer falta de consentimento nessas situações.
Cônjuge como réu Art. 73 §1º: quando o tema é direito real imobiliário, ambos precisam ser citados como réus na ação. Litisconsórcio passivo necessário. 
· Qualquer fato que envolva os dois.
· Dívida contraída por um bem familiar. 
Quando não se cumpre a regra de ter os dois (Art. 114 CPC): juiz determina ao autor que requeira a citação de ambos sob pena de extinção do processo.
Se a providência couber ao autor e ele não agir, o processo é considerado extinto. Se o réu não cumprir alguma determinação será considerado como revelia.
Capacidade Postulatória:
Capacidade de litigar sem representação de profissional legalmente habilitado.
Ou seja, para litigar em juízo a regra é que tenha essa representação por advogados ou representantes das funções da justiça (MP, defensoria pública etc)
Exceções (ius postulande):
· Justiça do trabalho
· Juizado especial (até 20 salários mínimos no Estadual) e até 40 salários mínimos no Federal)
· Habeas Corpus
· Credor de alimentos
Curador especial: não deve se confundir com o curador da curatela do caso de assistência. O Especial pode ter várias funções no processo mas é necessário para o equilíbrio da relação processual em caso de alguma desvantagem (Art. 72 CPC). Exercida pela defensoria pública.
· Pode acontecer com o interesse do incapaz assistido colide com o interesse do curador.
· Também para réu preso revel (não apresentou defesa)
Direitos e Deveres das partes e Procuradores:
Deveres (Art. 77 e 78 CPC):
Expor os fatos em juízo conforme a verdade.
Não fundamentar ou apresentar defesa que não esteja relacionada. processo.
Não produzir provas ou praticar atos inúteis para a defesa do Direito.
Cumprir as decisões judiciais provisórias ou finais sem criar obstáculos para elas*.
Declinar de providenciar ou atualizar endereços.
Não fazer alterações que impactem no estado de fato do bem que será objeto de perícia*.
Vedado empregar expressões ofensivas sob pena de ser cassada a palavra. Juiz pode determinar de ofício que retire dos autos e, inclusive, podem ser utilizadas em ação de dano moral (Art. 78).
Sanções:
· Ato atentatório à dignidade da justiça (marcados com *) – juiz adverte dizendo que a conduta pode ser punida. Se acontece novamente, o juiz aplica ao responsável multa de até 20% do valor da causa a ser definido pelo juiz. Multa vai para o Estado. 
· Responsabilidade das partes por dano processual: litigância de má fé (Art. 80). Prejuízo direto da parte prejudicada. Quem se sentir prejudicado pode pedir indenização por danos. Juiz pode, de oficio (Art. 81), sujeitar quem pratica a uma multa de 1 a 10% + futura indenização à parte prejudicada, ambas indo para a parte prejudicada.
· Alterar a verdade dos fatos
· Utilizar defesa que não seja da lei ou baseada nos fatos.
· Usar o processo para um objeto ilegal
· Proceder de modo temerário
· Provocar incidente manifestamente infundado
· Interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Direitos:
Tratamento igualitário.
Duração razoável do processo.
Contraditório e ampla defesa.
Tramitação prioritária (direito de alguns Art. 1038 CPC: idoso (65+), doenças graves)
Despesas Processuais (Art. 82 e 84):
Prestação da tutela jurisdicional é um serviço público remunerado.
Ou seja, tem um preço para movimentar a máquina judiciária.
Art. 84. As despesas abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha.
Cada etapa do processo tem custos.
Ônus maior é do autor: Incumbe ao autor adiantar as despesas que o juiz determinar. 
Cada parte arca com as despesas dos atos que requerer. Exemplo da perícia.
O não recolhimento gera a extinção do processo sem resolução do mérito. (Art. 485
Honorários periciais (Art. 95):
· Assistente técnico: auxilia a parte que contratou. Facultativo. a parte que pede cobre o custo.
· Perito nomeado pelo juiz: de confiança do juiz. Quem requereu a prova pericial vai cobrir, mas se ambas quiseram temos um rateio. 
· honorários provisórios e fixos. 
Sucumbência e Obrigações Financeiras:
CPC traz a obrigação que a parte vencida faça o ressarcimento do vencedor pelas despesas que antecipou.
Lembrando que as despesas mencionadas acima são um adiantamento.
O vencido também pagará os honorários sucumbenciais do advogado do vencedor, valor que vai para o advogado.
· Somente paga os honorários sucumbenciais: fixados entre o mínimo de 10% e 20% sobre o valor da condenação ou do aproveitamento econômico. 
· Critérios no Art. 85, incisos
· I - o grau de zelo do profissional;
· II - o lugar de prestação do serviço;
· III - a natureza e a importância da causa;
· IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
· Para desestimular recursos protelatórios, o juiz pode aumentar baseado em recurso.
Pontos relevantes:
· Legitimidade do advogado 
· Advogado não recebe salário, então o honorário tem relação alimentar (Art. 85, § 14).
· Não se confundem com honorários contratuais: o primeiro é fixado pelo juiz na ação, o segundo é combinado com o cliente. Os contratuais o advogado recebe de qualquer jeito 
Múltiplos litigantes vencidos: Art. 87 – respondem proporcionalmente. Proporção deve ser definida na sentença.
Jurisdição Voluntária (Art. 88): como não temos vencidos, há rateio das despesas considerando que o requerente é responsável pelo adiantamento.
Desistência/Renúncia/Reconhecimento do Pedido (Ar. 90): quem deu causa e desistiu ou reconheceu fica responsável porque deram causa à provocação da tutela jurisdicional.
Transações/Acordos: precisa estar claro na minuta. Se não estiver, fica dividida igualmente.
Extinção por perda do objeto (Art. 85, § 10): nesse caso, os honorários são pagos pelo causador do processo.
· Exemplo: quando alguém que está devendo paga depois que já iniciou a ação mas antes que fosse citado. A dívida era o objeto, e com o pagamento foi perdida. Quem paga os honorários seria o devedor
· Por isso que é tão importante mostrar a resistência do réu. 
Sucumbência Recíproca (Art. 86) se cada lado ganhar e vencer alguma coisa, as despesas serão divididas proporcionalmente. § 1º traz que se a perda for mínima, o outro que paga.
· Exemplo: de 10 pedidos, o autor ganha 8 – será que 2 pedidos perdidos não seria parte mínima?
Vedação de compensação de honorários: cada lado precisa pagar (Art. 85 § 6º)
Em mandado de segurança, não cabe a fixação de honorários sucumbenciais.
Juizado Especial: não há fixação de honorários sucumbenciais.
Ação que envolve a fazenda pública: honorários sucumbenciais diferenciados. Pode ir de 1% a 20% dependendo do valor da causa. Ler Art. 85 § 3º
· Também importante considerar o Art. 85 § 19: advogados públicos farão juz a uma sucumbência. exemplo dos fundos de dividendos para defensores públicos em SP.
Causa própria: advogado não precisa contratar advogado (ainda que seja recomendado). Art. 85 § 17. Honorários continuam sendo devidos.
Gratuidade de Justiça:
Regra: serviço público à disposição de qualquer cidadão. Ou seja, é um serviço remunerado para o qual precisam ser recolhidos custos.Quem perde precisa pagar à parte contrária.
Exceto para quem se beneficia da justiça gratuita.
Diferente do serviço prestado pela Defensoria Pública, que atende quem não tem dinheiro para pagar.
Nesse caso, a pessoa contrata um advogado mas tem dificuldade para pagar.
Art. 98 e incisos cobre os fatores que a justiça gratuita vai cobrir:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
§ 1º A gratuidade da justiça compreende:
· I - as taxas ou as custas judiciais;
· II - os selos postais;
· III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios;
· IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse;
· V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais;
· VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;
· VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução;
· VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório;
· IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.
Quem seriam essas pessoas?
· Em SP: pessoa que ganha até 3 salários mínimos – mesmo critério usado pela Defensoria Pública.
Pode ser solicitada a qualquer momento. Precisa mostrar mudança no status financeiro da pessoa.
Importante lembrar que existem advogados que cobram valores diferentes, inclusive alguns que só cobram no êxito. Mas os custos do processo existem do mesmo jeito.
A parte contrária pode impugnar esse pedido: pode ser que a parte esteja mentindo dizendo que não pode arcar com os custos processuais. 
Se o beneficiário for vencido, os custos devidos ficarão suspensos e poderão ser executados se em até 5 anos o ganhador provar que mudou a situação (revertendo a gratuidade da justiça).
Nesses casos da justiça gratuita, o advogado que vence fica sem os honorários sucumbenciais e a parte que arcou com os custos não recebe reembolso.
Sucessão das Partes:
Quando sai uma parte e entra outra.
Sucessão mediante alienação da Coisa ou Direito (Art. 109):
Em regra, se algo é objeto de uma ação não poderia ser vendido.
Mas quando acontece...
Quem compra não pode suceder quem vendeu sem que a parte contrária concorde.
Se não tiver esse consentimento, o que comprou pode entrar como assistente litisconsorcial do vendedor.
Sucessão mediante a Morte (Art. 110):
Uma das partes morre.
Quem sucede é o respectivo herdeiro (s).
Espólios (complexo patrimonial) ou sucessores.
Art. 51 Lei 9.099/95: existe prazo curto para as partes sucederem o falecido. Se não acontecer, o processo é extinto.
Sucessão dos procuradores (Advogados):
· Falecimento: cabe à parte indicar outro procurador. Eventuais valores remanescentes relacionados ao trabalho do que o primeiro fez, devem ser levados em consideração. Isso não se aplica quando temos uma sociedade de advogados.
· Revogação de mandato: Art. 111. A parte que revoga o mandato do advogado precisa constituir um novo. Se não fizer até 15 dias, o processo pode ser extinguido.
· Renúncia: Art. 112. Advogado pode renunciar a qualquer tempo desde que prove que comunicou a renúncia à parte para que ele/ela possa constituir. Para formalizar, precisa-se enviar uma carta de aviso de renúncia e que o cliente está ciente. Se não tiver outro advogado, o renunciante fica com o processo por mais 10 dias.
Litisconsórcio (a partir do Ar. 13):
Pode acontecer de ter mais do que um autor, mais de um réu, ou mais de ambos.
Cumulação/pluralidade de partes.
Pode acontecer por duas razões:
· Economia processual
· Harmonia dos julgados – segurança jurídica
Classificação:
Obrigatoriedade: 
· Facultativo: pode ou não ter litisconsórcio. Não é obrigatória. Art. 113.
· Exemplo: pessoa prejudicada pode ajuizar ação contra ou proprietário ou contra o condutor do veículo ou contra ambos.
· Pode ser quando há comunhão de direitos ou obrigações das partes envolvidas.
· Quando se entre as causas ou causa de pedir temos conexão. Por exemplo, um mesmo fato envolvendo a mesma pessoa. Inclusive pode ser pessoas naturais ou jurídicas.
· Afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. 
· Necessário: não existe a opção. Precisa ser litisconsórcio. Se não acontecer, pode gerar nulidade da decisão proferida ou extinção do processo.
· Diferentemente da facultativa, Não temos um rol taxativo, mas sim algumas hipóteses abertas. Art. 114
· Vontade da Lei – qualquer lei pode criar
· Art. 73: Cônjuges que precisam entrar juntos na ação quando se trata de direitos reais sobre bens imóveis.
· Art. 246: no usucapião precisa citar todos os vizinhos.
· Incindibilidade do objeto jurídico: não pode ser divisível. Eficácia da sentença deve ser única.
· Relação única com mais de um titular.
· Exemplo: ação declaratória de nulidade de casamento.
· Exemplo: ação declaratória abusiva sobre um contrato com mais de uma parte.
Posição:
· Ativo: pluralidade de autores
· Passivo: pluralidade de réus
· Misto: pluralidade de ambos
Momento de formação:
· Inicial: formado pelo autor já na distribuição da petição inicial.
· Ulterior: formado posteriormente, no decorrer do processo.
Uniformidade da Decisão: possibilidade de se decidir igualmente para todos os litisconsortes.
· Unitário (especial): juiz tem o dever de julgar de maneira uniforme a todos.
· Não Unitário (Simples): decisão pode ser diferente. 
Ausência do Litisconsórcio no Processo:
Somente nas hipóteses em que é necessário.
Art. 115
Sentença será nula se a decisão deveria ter sido aplicada a todos (unitário).
Nos casos não unitários, Sentença será ineficaz para as outras partes.
Litisconsórcio Multitudinário:
Somente nas hipóteses do litisconsórcio facultativo.
Não temos um número máximo, mas um número excessivo pode causar problemas no andamento processual.
Pode prejudicar a duração razoável do processo.
Art. 113 § 2º. 
Fica a critério do juiz avaliar qualquer requerimento de uma das partes sobre excessividade.
Se o juiz decidir que é um número excessivo , a sugestão é que sejam fracionados os processos dentro do mesmo juízo. Cada um com o seu andamento.
Prazo:
Art. 229
Prazos contados em dobro quando contam com advogados de diferentes escritórios.
Não se aplica o prazo em dobro aos processos em autos eletrônicos.
Intervenção de terceiros:
Transito em julgado provoca a coisa julgada.
Coisa julgada só produz efeitos para as partes envolvidas no processo. Não pode produzir efeitos para partes diferentes.
Terceiros não podem ser afetados.
Art. 506
Motivo: o terceiro não exerceu o princípio do contraditório e ampla defesa.
No contexto atual, no entanto, é comum termos ramificações que impactam em outras pessoas.
Ou seja, aqui estamos falando de um terceiro que entra na relação jurídica.
Precisa de um mecanismo processual para que deixe de ser terceiro e vire parte.
Assistência:
Modalidade espontânea/voluntária. O Próprio terceiro que tem interesse que mostra interesse. Por meio de petição simples a qualquer momento do processo até o transito em julgado. O juiz não pode chamar. Não pode formular novos pedidos (não há ampliação da lide, está limitado ao que as partes pediram). Art. 119.
· Quando se manifestar, as partes serão intimadas para em 15 dias se manifestarem se deixam o terceiro entrar ou não.
· Se ninguém falar nada, o pedido será deferido (poderá participar).
· Se um ou ambos discordarem: juiz cria um incidente sem suspender

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