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2. INTRODUÇÃO À TUTELA EXECUTIVA 
 
- Execução é o conjunto de atividades atribuídas aos órgãos 
judiciários pra a realização prática de uma vontade concreta da lei 
previamente consagrada num título. 
 
- art. 771 – amplia a aplicação das normas relativas à execução ao 
mesmo tempo em que prevê a aplicação subsidiária das normas 
relativas ao processo de conhecimento. 
 
- Vias de execução 
 
No CPC, são duas as vias de execução forçada: 
 
- cumprimento de sentença 
- processo de execução (títulos executivos extrajudiciais) 
 
Processo de conhecimento e execução forçada 
 
- diferenças 
- a execução sem conhecimento é arbitrariedade, conhecimento 
sem possibilidade de execução da decisão significa tornar ilusórios 
os fins da função jurisdicional 
- execução de título extrajudicial / possibilidade de discutir em 
embargos 
- no conhecimento pesquisa-se o direito 
- a execução parte da certeza do direito 
- não há decisão de mérito na execução 
- no conhecimento o juiz julga; na execução realiza, executa 
- o processo de conhecimento é processo de sentença; o processo 
de execução é processo de coação 
- conhecimento e execução são complementares 
- a execução destina-se especificamente a realizar, no mundo 
fático, a sanção 
 
Espécies de sanções pela via da execução forçada 
 
- execução específica 
- execução da obrigação subsidiária 
 
- só há obrigação forçada se o devedor descumpre a sua obrigação 
e deixa de satisfazer o crédito a que se acha sujeito no tempo e 
modo devidos. 
 
Meios de Execução 
 
- coação (multa e prisão) 
- sub-rogação (o Estado atua como substituto do devedor) 
 
 
Cumprimento de Sentença e Processo de Execução 
 
- realização material do direito do credor 
- são realidades distintas e inconfundíveis 
- no cumprimento de sentença não há instauração de nova relação 
processual 
 
PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
- Princípio da realidade – toda execução é real. Incide sobre o 
patrimônio e não sobre a pessoa do devedor. 
Art. 789, CPC (exceção – devedor de alimentos, art. 5º, LXVII, 
CF) 
Não tendo bens, frustra-se a execução e suspende-se o processo. 
Art. 921, III. 
 
- Princípio da satisfatividade – a execução tende apenas à 
satisfação do direito do credor. É uma limitação da atividade 
jurisdicional. A incidência sobre o patrimônio do devedor é parcial, 
ou seja, não atinge todos os seus bens, mas apenas o necessário para 
realizar o direito do credor. 
 
Arts. 831 e 899 CPC. 
 
 
- Princípio da utilidade da execução – toda execução deve ser útil 
ao credor. Não deve se transformar em castigo ou sacrifício ao 
devedor. Não se penhora só para custas. Art. 836 e 891 § único. 
 
- Princípio da economia da execução – toda execução deve ser 
econômica, ou seja, satisfazendo o direito do credor, deve ser feita 
da forma menos gravosa para o devedor (art. 805 CPC). 
 
 - Princípio da especificidade da execução – a execução deve ser 
específica, ou seja, deve propiciar ao credor exatamente aquilo que 
ele obteria se a obrigação fosse cumprida pelo devedor. 
É permitida a substituição da prestação por equivalente em dinheiro 
(perdas e danos) em casos de impossibilidade de obter a entrega da 
coisa devida (art. 809) ou de recusa de prestação de fato (art. 816) 
Arts. 497, 499 e 806§ 2º 
 
 
- Princípio do ônus da execução – a execução deve ocorrer a 
expensas do devedor. Ele é o inadimplente. É um devedor em mora 
e deve suportar as conseqüências disso. 
Arts. 826 e 831, 837, caput e § 2º) 
Principal, correção, juros, custas e honorários 
 
- Princípio do respeito à dignidade humana – a execução deve 
respeitar a dignidade humana do devedor. É o entendimento da 
doutrina e da jurisprudência. Com isso, o CPC estabelece a 
impenhorabilidade de certos bens (art. 833 CPC) 
 
- Princípio da disponibilidade da execução – o credor tem a livre 
disponibilidade da execução. Não é obrigado a executar o título. 
Difere do conhecimento (485, III e 485 § 4º) 
Na execução pode desistir (art. 775), mas os embargos dependem 
do devedor, dependendo da matéria 
 
Honorários advocatícios na desistência da execução 
 
- Não serão devidos pelo credor e a desistência ocorrer antes dos 
embargos. Mas pode ocorrer se houver advogado constituído para 
indicar bens à penhora, pedir extinção. 
Se houver embargos o credor arcará com os honorários de 
sucumbência. 
 
Exceção de pré executividade – arts. 803, 545, § 11 CPC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. SUJEITOS DO PROCESSO EXECUTIVO E 
COMPETÊNCIA 
 
 
PARTES 
 
Legitimação ativa 
 
- Na execução forçada, as partes ativas e passivas são denominadas 
exequente e executado. 
 
- É a denominação adotada pelo CPC pra tratar as partes ativa e 
passiva da execução. 
 
- Art. 778 – prevê a legitimação originária e a legitimação 
superveniente. 
 
Originária – a que decorre do próprio título executivo e 
compreende o credor e o Ministério Público. 
 
Superveniente – compreende as situações jurídicas formadas 
posteriormente à criação do título – sucessão: inter vivos e 
mortis causa. 
 
 
Legitimação ativa originária do credor 
 
- art. 778, caput 
- No título judicial, credor ou exequente será o vencedor da causa, 
apontado na sentença; 
No título extrajudicial, será a pessoa em favor de quem se contraiu 
a obrigação. 
- a teor do art. 771 (que subordina o processo de execução aos 
princípios gerais do processo de conhecimento) o interessado deve 
ainda: 
- ser capaz, ou estar representado de acordo com a lei civil, 
pelo pai, tutor ou curador; 
- outorgar mandato a advogado. 
 
Legitimação extraordinária do MP 
 
- art. 778, § 1º, I, CPC 
Exemplo: execução no cível da sentença penal condenatória 
quando a vítima for pobre, para obter a indenização do dano. (art. 
68 CPP) 
 
Legitimação ativa derivada ou superveniente 
 
Art. 778, § 1º, II, III e IV, CPC. 
Dão sucessores do credor 
As causas para a sucessão podem ser causa mortis ou inter vivos. 
São eles: 
- o espólio, os herdeiros ou sucessores do credor, 
sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o 
direito resultante do título executivo; 
- o cessionário, quando o direito resultante do título 
executivo lhe for transmitido por ato inter vivos; 
- o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou 
convencional; 
 
Art. 778, § 2º - a sucessão é automática e independe de 
consentimento do executado. 
 
- espólio – art. 75, VII e § 1º CPC 
- herdeiros e sucessores – art. 778, § 1º, II, CPC e 1784 CC 
- cessionário – art. 286 CC e 778, § 1º, III, CPC 
- sub-rogado: 
 
sub-rogação legal – o pagamento é feito por 
um terceiro interessado na relação jurídica 
(ex. avalista, fiador) (art. 346 CC) 
 
sub-rogação convencional – operada em 
favor de terceiro não interessado (art. 347 
CC) 
Legitimação passiva 
 
Art. 779 CPC 
 
- devedores originários – definidos pelo próprio título; 
- sucessores do devedor originário - espólio, herdeiros ou 
sucessores, bem como o novo devedor; 
- responsáveis (e não obrigados pela dívida) – o fiador do débito, o 
responsável titular do bem vinculado por garantia real ao 
pagamento de débito e o responsável tributário; 
 
- devedor – 779, I – o que figura no título (judicial ou extrajudicial) 
 
- espólio e sucessores 
- 796 CPC – espólio – representação – inventariante 
- 796 CPC – herdeiros 
- sucessores causa mortis ou inter vivos – 779, II 
 
- novo devedor – art. 779, III – tem que haver consentimento do 
credor 
- fiador 779, IV 
- responsável titular do bem vinculado por garantia real ao 
pagamento do débito – 779, V 
- responsável tributário – 779, VI 
COMPETÊNCIA 
 
Juízo competente para a execução 
 
As regras sobre competência variam para a execução conforme se 
tratar de título judicial ou extrajudicial 
 
Como regra, a competência é funcional e improrrogável em casode execução de sentença civil condenatória, sendo territorial e 
relativa nos demais casos. 
 
- Execução de sentença 
No cumprimento de sentença a competência é definida 
pelo artigo 516, CPC 
 
- Competência para execução de títulos extrajudiciais 
Art. 781 – ler as hipóteses 
 
- Competência para a execução fiscal 
Art. 46, § 5º CPC 
 
 
4. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL 
 
 
Obrigação e responsabilidade 
 
A obrigação é do devedor. A responsabilidade é patrimonial. Não 
há execução sobre a pessoa do devedor. A execução é real. 
A prisão é medida de coação (528, § 3º). Não realiza a obrigação. 
 
Extensão da responsabilidade patrimonial do devedor 
 
I - Bens presentes e futuros (art. 789) 
A execução é sempre sobre bens presentes. No ato da 
execução. Bens futuros serão atingidos, na ocasião, no 
presente. 
 
A execução, portanto, é feita sobre todos os bens que se 
encontrem no patrimônio do devedor no momento em que se 
pratica a ação executiva, independentemente da época em que 
foram adquiridos. 
 
II – Bens excluídos da responsabilidade patrimonial 
 
Art. 833 CPC – impenhoráveis 
 
 
III – Bens de empresa individual de responsabilidade limitada 
- EIRELI (Lei 12.441, 11.05.2011) art. 44 CC 
Responderão apenas os bens com que o instituidor 
integralizar o respectivo capital social 
 
RESPONSABILIDADE EXECUTIVA SECUNDÁRIA 
 
A execução atinge bens que não são do devedor, mas de terceiro 
que não se obrigou e, mesmo assim, respondem pelo cumprimento 
das obrigações daquele. 
 
São as hipóteses do artigo 790 CPC: 
 
I – Execução de bens do sucessor singular 
 (por negócio oneroso ou gratuito) 
 
- alienação do bem litigioso 
 
a) a responsabilidade do adquirente do bem exeqüível 
compreende tanto os títulos judiciais como os 
extrajudiciais 
b) o bem disputado pode estar sujeito à execução por 
direito real ou por obrigação reipersecutória 
 
- boa fé do adquirente 
Estando o adquirente protegido por boa fé, não terá 
cometido fraude à execução e não prevalecerá a regra 
do 790, I 
 
- posição processual 
o sucessor não é parte na execução e para defender-se 
terá de utilizar os embargos de terceiro 
 
- necessidade de intimação 
o terceiro adquirente deverá ser intimado para que tenha 
direito ao contraditório 
 
- defesa do terceiro adquirente 
Na fraude contra credores depende de ação Pauliana 
(art. 161 CC). Oferecerá contestação. 
Na fraude à execução – embargos de terceiro 
 
II – Excussão de bens do sócio 
 
- é necessária a instauração do incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica (arts. 133 a 
137 CPC 
- art. 50 CC (desvio de finalidade e confusão 
patrimonial) 
A decisão do incidente se dá por meio de decisão 
interlocutória. 
- deve ser observado o benefício de ordem – art. 795, § 1º 
 
BENS DO DEVEDOR EM PODER DE TERCEIROS 
 
Ex.: locação – atinge o bem, mas o contrato será observado 
até seu término 
 
EXCUSSÃO DE BENS DE DEVEDOR CASADO OU EM 
UNIÃO ESTÁVEL: TUTELA DA MEAÇÃO 
 
- em regra não atinge o bem do cônjuge. A defesa da 
meação do cônjuge ou companheiro se faz por meio de 
embargos de terceiro (674, § 2º, I, CPC) 
- obrigação contraída em benefício da família atinge 
(art. 1644 CC) 
 
BENS ALIENADOS EM FREAUDE Á EXECUÇÃO 
 
Fraude contra credores – são atingidos interesses 
privados dos credores (arts. 158 e 159 CC) 
(Ação Pauliana – insolvência e consciência de que irá 
prejudicar credores do alienante) 
 
Fraude à execução – o ato do devedor executado viola a 
própria atividade jurisdicional do Estado. (Art. 792, 
CPC) 
Não precisa de ação própria. 
O juiz reconhece nos próprios autos. 
Não é ato nulo ou anulável, apenas não pode ser oposto 
ao exeqüente (art. 792, § 1º CPC) 
 
Hipóteses do art. 792 CPC 
 
I – bens objeto de ação fundada em direito real ou de pretensão 
reipersecutória 
- depende de averbação no registro público 
- independe de insolvência 
 
II – bens vinculados a processo de execução 
- também não se cogita de má-fé ou não, assim como de 
insolvência 
 
 
III – bens sujeitos à hipoteca judiciária ou outro ato de constrição 
judicial (art. 495 CPC) 
- depende de registro 
 
IV – Alienação que produz ou agrava a insolvência do devedor na 
pendência de processo 
 
V – nos demais casos expressos em lei 
Ex. 856, § 3º; 828, § 4º 
 
 
 
 
 
5. REQUISITOS DA EXECUÇÃO 
 
 
Pressupostos específicos da execução forçada 
 
Formal: existência de título executivo (certeza e liquidez de 
dívida) 
Prático: inadimplemento (exigibilidade) 
 
O título executivo 
 
A execução forçada somente é cabível com base em título 
legalmente qualificado como executivo 
(art. 798, I, “a” e 783, CPC) 
 
Função do título executivo 
 
O título executivo tem tríplice função: 
- autorizar a execução; 
- definir o fim da execução (qual foi a obrigação 
contratada); 
- fixar os limites da execução (define os sujeitos e o 
objeto); 
 
 
REQUISITOS DO TÍTULO EXECUTIVO 
 
Obrigação certa, líquida e exigível. 
Art. 783, CPC. 
 
Carnelutti assim define: 
 
- o direito do credor é certo quando o título não deixa dúvida 
em torno da sua existência; 
- é líquido quando o título não deixa dúvida em torno do seu 
objeto (art. 786, p. un.); 
- é exigível quando não deixa dúvida em torno de sua 
atualidade. 
 
Formas dos títulos executivos 
 
- original da sentença (tanto de condenação como de 
homologação de acordo) 
- certidão ou cópia autenticada da decisão exeqüenda, nos 
casos de: 
- execução provisória (522, p. un., I) 
- execução de sentença penal condenatória (515, VI); 
- sentença arbitral (515, VII); 
- sentença estrangeira homologada (965, p. único); 
- carta de sentença em hipóteses como a do formal de 
partilha (515, IV); 
 
- os documentos extrajudiciais, públicos ou particulares, 
sempre sob a forma escrita, a que a lei reconhece a eficácia 
executiva (art. 784) 
 
A exigibilidade da obrigação 
 
É preciso haver a conjugação de dois requisitos: 
 
- título executivo (515 e 784) 
-inadimplemento do devedor (art. 786) 
 
A exigência dos requisitos é aplicável a todas as espécies de 
execução. 
Considera-se devedor inadimplente aquele que não cumpriu, na 
forma e no tempo devidos, o que lhe competia segundo a obrigação 
pactuada. 
 
Inadimplemento em contrato bilateral 
 
Art. 476 CC “nos contratos bilaterais nenhum dos contratantes, 
antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do 
outro.” 
 
Art. 787 CPC – Deve provar que adimpliu ao requerer a execução 
sob pena de extinção do processo. 
TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS 
 
 - Art. 515 CPC 
Nas hipóteses I a V, o título é formado no mesmo juízo em 
que poderá ocorrer a execução, sendo o cumprimento de 
sentença uma fase complementar do mesmo processo. 
 
Para as hipóteses previstas nos incisos VI a IX, teremos 
liquidação prévia pra a obrigação ainda ilíquida, com a 
citação do devedor (arts. 509 a 512). 
A decisão é interlocutória. 
Há, portanto, processo novo, com petição inicial e citação. 
 
- Sentença civil condenatória (515, I) 
 
Em regra, só a condenatória. Mas também as declaratórias e 
constitutivas, têm no dispositivo provimentos de condenação 
relativos aos encargos processuais. 
Também pode ocorrer nas ações de pedidos múltiplos e 
conseqüentes. Ex. anula o contrato e determina a devolução 
do bem. 
Também em alguns casos de jurisdição voluntária, como 
separação consensual (recusa de cumprir o acordo de partilha 
do patrimônio do casal). 
Também procedimentos provisórios, tutela antecipada, 
evidência, ... 
A sentença declaratória pode, ainda, adquirir força de título 
executivo judicial, desde que de seu conteúdo se possa extrair 
a certificação da existência de obrigação exigível entre as 
partes. 
 
- Decisão homologatória de autocomposição (515, II) 
 
Formas de autocomposição que implicam na resolução domérito da causa (487, III): 
- reconhecimento da procedência do pedido formulado 
na ação ou na reconvenção; 
- transação; 
- renúncia à pretensão formulada na ação ou na 
reconvenção. 
Pode ser sentença ou decisão interlocutória. 
Pode ser total ou parcial. Se for parcial, não colocará fim o 
processo. Será, então, decisão interlocutória. 
 
- Decisão homologatória de autocomposição extrajudicial (515, 
III) 
Transação (840 a 850) CC. 
O pedido será processado como expediente de jurisdição 
voluntária (art. 719 CPC) 
- O formal de partilha e a certidão de partilha (515, IV) 
 
- Formal é a carta de sentença extraída do inventário. 
- Nos inventários pequenos (quinhão inferior a 5 salários 
mínimos), o formal poderá ser substituído por certidão. 
 
- Crédito de auxiliar da justiça (515, V) 
 
No regime anterior, eram títulos executivos extrajudiciais. 
A aprovação do crédito pode ocorrer por meio de sentença ou 
outra decisão proferida acerca das contas apuradas nos autos. 
 
- Sentença penal condenatória (515, VI) 
 
Requisitos: 
 
- a sentença criminal deve ser definitiva; 
- a condenação criminal deve ter trânsito em julgado; 
- a vítima deve preliminarmente promover a liquidação 
(509 a 512 CPC), observando 944 a 954 CC. 
 
Legitimação ativa: ofendido, seu representante legal ou seus 
herdeiros (CPP art. 63) 
 
- Sentença arbitral (515, VII) 
 
Não requer homologação pelo juiz. 
A Lei 9.307 (dispõe sobre arbitragem), art. 31, equipara a 
sentença arbitral à sentença judicial. 
 
- Sentença estrangeira (515, VIII) 
 
Homologação pelo STJ (art. 105, I,”i”, CF) (EC 45/2004) 
Exequatur 
Arts. 960 a 964 CPC 
 
- Decisão interlocutória estrangeira (515, IX) 
 
Mercosul não precisa submeter-se ao regime de delibação no 
STJ. 
 
 
- O inciso X que foi vetado tratava do “acordo proferido pelo 
Tribunal Marítimo quando do julgamento de acidentes e fatos da 
navegação.” 
 
 
 
 
6. REQUISITOS DA EXECUÇÃO – segunda parte 
 
TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS 
 
Classificação: 
 
Particular: é o título originado do negócio jurídico privado e 
elaborado pelas próprias partes; 
 
Público: é o que se constitui por meio de documento oficial 
emanado de algum órgão da administração pública. 
 
Só a lei estabelece quais são os títulos executivos. 
O artigo 784 do CPC estabelece quais são os títulos executivos 
extrajudiciais: incisos I a XII. 
 
I – letra de câmbio, nota promissória, duplicata, debênture e 
cheque 
- dependem da apresentação do título original, não 
admitindo cópia; 
- a força executiva depende da observância dos 
requisitos legais de cada uma das leis específicas; 
 
Art. 889, § 3º do CC – prevê a possibilidade de emissão eletrônica 
do título; 
 
II e III – Documento público ou particular 
- Qualquer documento 
- No particular, só o devedor. Não pode a rogo. Se for 
analfabeto (Público) 
 
IV – Instrumento de transação 
- independe da assinatura de duas testemunhas 
- é um incentivo à autocomposição 
 
V – Hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de 
garantia e caução 
 
- penhor – bem móvel – há transferência do bem ao credor 
- hipoteca – bem imóvel – não há transferência do bem ao credor 
- anticrese – bem imóvel – há transferência do bem ao credor 
(1506 CC – podendo retirar os frutos da coisa para pagamento da 
dívida) 
 
-A hipoteca é um direito real de garantia 
 - hipoteca legal (CC 1489) 
- hipoteca judicial (resulta de uma sentença condenatória) 
(art. 495 CPC) Exige registro pra produzir efeitos perante 
terceiros. 
- hipoteca convencional (deriva de ato de vontade do 
devedor) Exige registro pra produzir efeitos perante terceiros. 
 
VI – Seguro de vida 
- não inclui o seguro obrigatório 
 
VII – Foro e laudêmio 
- Foro é a pensão anual certa e invariável que o enfiteuta 
paga ao senhorio direto pelo direito de usar, gozar e 
dispor do imóvel objeto do direito real de enfiteuse (art. 
678 CC/16) 
Foi abolido no CC de 2002, subsistindo os anteriores, 
art. 2038 CC/2002. 
 
- Laudêmio – é a compensação que é devida ao senhorio 
direto pelo não uso do direito de preferência, quando o 
enfiteuta aliena onerosamente o imóvel foreiro. 
 
VIII – Aluguel de imóvel e encargos acessórios 
- no contrato de locação é dispensada a assinatura de 
duas testemunhas 
- abrange as locações urbanas e rurais, residenciais e não 
residenciais 
 
IX – Dívida ativa da Fazenda Pública 
- Requisitos – Lei 6.830/80, RT 2º, § 5º e CTN 202 e 203 
- 203 – Nulidade se não observar os requisitos 
 
X – Crédito referente às contribuições ordinárias ou 
extraordinárias de condomínio edilício, previstas na 
respectiva convenção ou aprovadas em assembléia geral 
- Expressamente incluídas, não apenas como acessórios 
do aluguel 
 
XI – Certidão expedida por serventia notarial ou de registro 
relativa a valores de emolumentos e outras despesas devidas 
pelos atos Poe ela praticados 
- não se confunde com a hipótese do inciso V (art. 515 
CPC) 
 
XII – Títulos executivos definidos em outras leis 
 
- contrato de honorários de advogado (Lei 8.906/94, art. 24) 
- créditos da Previdência Social (Lei 8.212/91, art. 39) 
- cédulas de crédito rural (Dec. Lei 167/1967, art. 41) 
- cédulas de crédito industrial (Dec. Lei 413/1969, art. 10) 
-contratos de alienação fiduciária em garantia (Dec. Lei 911/69, art. 
5º) 
- cédula de crédito imobiliário (CCI) (Lei 10.931/2004, art. 20) 
- cédula de crédito bancário (Lei 10.931/2004, art. 28) 
- TAC – Lei 7.347/85, art. 5º, § 6º. 
8. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA e 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA 
 
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
 
- arts. 509 a 512 CPC 
- é um incidente. A decisão que resolve a liquidação de 
sentença é interlocutória. Agravo. Art. 1015, p. único; 
- se for pelo procedimento comum (antiga liquidação por 
artigos), cabe sucumbência; 
 
- Limites da Liquidação – art. 509, § 4º 
- É simples complemento da sentença de liquidação. 
- É vedado discutir de novo a lide ou modificar a 
sentença que a julgou. 
 
- Liquidez parcial – art. 509, § 1º 
 
- A liquidação pode ser requerida pelo devedor também – 
art. 509, caput 
 
- Procedimento 
- Modalidades: 
- por arbitramento (509, I) – hipóteses (510) 
- pelo procedimento comum (509, II) – fatos novos, 511 
Simples intimação do devedor. Não há nova citação. 
 
Simples cálculo – é feito pelo próprio credor 
Art. 509, § 2º e o demonstrativo respectivo vai instruir o pedido 
de cumprimento de sentença (art. 524, caput) (525, § 4º - 
Impugnações) 
 
- Não pode haver modificação da sentença 
 
 
 
 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA 
 
Cumprimento provisório de sentença que reconhece a 
exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa 
 
- arts. 520 a 522 CPC 
- Só para títulos executivos judiciais. Sem trânsito em julgado. 
- casos de apelação sem efeito suspensivo e que permitem execução 
provisória, art. 1012, § 1º 
- ocorre do mesmo modo que a definitiva, porém se sujeita ao 
regime previsto no art. 520 e incisos: 
 
I – a responsabilidade é objetiva e depende de requerimento 
da parte; 
II – efeito “ex tunc” 
III – modificação ou anulação parcial 
IV - caução 
 
- Pode ter início e andamento enquanto não alcance os atos 
expropriatórios finais (arrematação, adjudicação, levantamento de 
dinheiro penhorado, etc.) 
- caução necessária 
- dispensa de caução – art. 521, são hipóteses isoladas e não 
cumulativas 
- impugnação – art. 520, § 1º CPC 
- 520, § 5º - aplicação subsidiária para execução provisória de 
sentença relativa à obrigação de fazer, não fazer e de dar 
- petição dirigida ao juiz – art. 522, + requisitos do 523. Se os autos 
forem eletrônicos não precisa. 
 
Título extrajudicial – a execução é definitiva 
Excepcionalidade da execução provisória – art. 1012, § 1º , III. Só 
Pode ocorrer se os embargos estiverem sendo processados com 
efeito suspensivo. 
9 e 10. CUMPRIMENTO DE SENTENÇACUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHECE A 
EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA 
CERTA 
 
- art. 513 – Regra Geral – se aplica ao cumprimento de 
sentença definitivo ou provisório 
- art. 513 caput e 771 – aplicação subsidiária de execução de 
título extrajudicial 
 
- Requerimento do credor – 513, § 1º 
- Iniciativa do devedor – 526, caput (isenção de multa e 
honorários 523, § 2º) 
- Intimação do devedor – 513, § 2º 
 
Cabimento – 523 CPC (a 527) 
 
- Multa legal e honorários – 523, § 1º 
- Pagto. parcial 523,§ 2º 
- a multa do 523, § 1º, atinge a execução de todos os títulos 
judiciais e não apenas a sentença condenatória (ex. arbitral) 
- multa e honorários também são devidos na execução 
provisória – art. 520, § 2º 
 
 
Prazo para pagamento 
 
- 523, caput, 15 dias (dias úteis) – em regra a intimação é feita 
na pessoa do advogado. 
- se não houver pagamento – penhora e avaliação, 523, § 3º 
 
Requisitos do requerimento inicial 
 
Art. 524 – ler 
 
Defesa o executado 
 
 - Impugnação – 15 dias após 15 dias para pagamento 
 - é novo prazo 
 
Parcelamento 
 
 - art. 916, § 7º, não se aplica, mas na prática tem ocorrido, 
ouvida a parte contrária. 
 
Aplicação subsidiária ao cumprimento provisório 
 
- art. 527 CPC 
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHECE A 
EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO 
FAZER- arts. 536 e 537 
- julgamento (497/501) 
 
- medidas sub-rogatórias e antecipatórias no cumprimento de 
sentença – art. 497 
- astreinte – cabível – 537 
- reexame da multa – 537, § 1º 
- exclusão da multa – 537, § 1º, II 
- multa e preclusão – não há preclusão. Mesmo sem recurso. 
 
Defesa do executado 
536, § 4º, Impugnação. Aplica-se o 525. 
 
Procedimento do cumprimento de sentença 
 
- se for judicial – 536 
- se for extrajudicial – 814 a 823 
- pressupõe tutela específica – 497 
 
Trata-se de procedimento destinado a implementar as medidas 
necessárias à satisfação do exeqüente, quando não cumpridas 
espontaneamente pelo devedor a obrigação de fazer e não fazer 
certificada mo título executivo (536 e §1º) 
- art. 536, § 3º - o devedor pode sujeitar-se simultaneamente às 
sanções de litigância de má-fé e atentado à dignidade da justiça. 
 
- Impugnação – art. 525 (por força do 536, § 4º) 
 
Prestações de declaração de vontade 
 
- a infungibilidade é apenas jurídica (art. 501) 
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHECE A 
EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR 
COISA 
 
- as obrigações de dar (ou entregar coisa) são modalidade de 
obrigação positiva, cuja prestação consiste na entrega ao 
credor de um bem corpóreo, seja para transferir-lhe a 
propriedade, seja para ceder-lhe a posse, seja para restituí-la. 
 
- 498 e 538 CPC 
- cabe a multa também 
499 e 538, § 3º - substituição por perda e danos em caráter 
excepcional 
- não se admite alegação de direito de retenção na fase de 
cumprimento de sentença – 538, § 1º e 2º 
 
Defesa do executado 
 
Impugnação – 538, § 3º e 536, § 4º 
 
Obrigação genérica 
 
art. 498, p. único 
 
Multa e outras medidas de apoio 
 
538,§ 3º 
 
11. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
 
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL POR 
QUANTIA CERTA 
 
Objetivo 
 
A execução por quantia certa tem como objetivo expropriar 
bens do devedor para apurar judicialmente recursos 
necessários ao pagamento do credor. 
 
Art. 824 – expropriação dos bens do devedor 
 
Procedimento - 824 e seguintes para título extrajudicial 
 520 a 527 para título judicial 
 (Cumprimento de sentença) 
 
São atos fundamentais a penhora, a alienação e o pagamento. 
 
Execução por quantia certa contra devedor solvente 
 
Devedor solvente é aquele cujo patrimônio apresenta ativo maior 
do que o passivo. 
 
Temos as seguintes fases: 
- proposição (petição inicial e citação) 
- instrução (penhora e alienação) 
- entrega do produto ao credor (pagamento) 
 
Proposição 
 
- não há execução “ex officio”. Deverá ser sempre provocada 
pelo credor, por meio de petição inicial (319 e 829, caput e § 
1º) 
- instrução da inicial – art. 798 
- a memória de cálculo deve ser analítica. Deve demonstrar 
com precisão a composição do débito. 
- acolhida a inicial, o devedor vai ser citado para cumprir a 
obrigação em 3 dias, sob pena de penhora (art. 529, caput, § 
1º) 
- em razão do princípio do contraditório, o direito de defesa 
será exercido por meio dos embargos à execução (art. 914 e 
segts), estabelecendo uma nova relação processual incidente. 
 
Penhora e avaliação 
 
- num só mandado o oficial será incumbido de citar o 
executado, realizar a penhora e a avaliação (art. 829, § 1º). 
- aguarda 3 dias. Se permanecer o inadimplemento, realiza a 
penhora. 
- se o credor indicou bens à penhora recairá sobre esses bens 
(art. 798, II, c e 829, § 2º) 
- se não houver indicação penhorará os bens que houver. 
- se não encontrar, o devedor será intimado para indicar, sob 
pena do (774, V), ou seja, de atentado à dignidade da justiça 
(774, p. único). 
- a intimação para indicar bens será feita na pessoa do 
advogado, se já estiver nos autos. 
- se ainda não tiver advogado, será pessoal (841, §§ 1º e 2º) 
 (analogicamente) 
- a intimação da penhora será feita imediatamente (841, § 1º) 
 
Arresto de bens do devedor não encontrado 
 
- Art. 830 CPC 
- é uma medida cautelar específica 
- é um dever imposto ao oficial de justiça 
- medida cautelar preparatória da penhora 
- se houver ocultação, citação com hora certa (art. 830, § 1º) 
- 830, § 2º - edital 
- 830, § 3º conversão em penhora 
 
Honorários 
 
- 826 e 85, § 1º 
- arbitramento – 827 
- redução – 827, § 1º - só com pagamento integral 
12. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
 
 
PENHORA 
 
É o primeiro ato executivo e coativo do processo de execução por 
quantia certa. 
A responsabilidade patrimonial que a princípio é genérica, sofre 
um processo de individualização. 
 
Natureza jurídica da penhora 
 
É um ato executivo, cuja finalidade é a individualização e 
preservação dos bens a serem submetidos ao processo de execução. 
 
Função da penhora 
 
- individualizar e apreender efetivamente os bens destinados ao fim 
da execução; 
- conservar os referidos bens evitando a sua deteriorização ou 
desvio; 
- criar a preferência para o exeqüente (art. 797 CPC) 
 
 
 
Efeitos da penhora perante o credor, o devedor e terceiros 
 
- Para o credor, a penhora especifica os bens do devedor sobre os 
quais irá realizar o seu crédito, estabelecendo, ainda, preferência. 
 
- Para o devedor a conseqüência é a imediata perda da posse direta 
e da livre disponibilidade dos bens atingidos pela penhora. 
 
- Para o terceiro: 
 
- quando o crédito ou bem do executado atingido pela 
penhora está na posse temporária de terceiro, este fica 
obrigado a respeitar o gravame judicial, como 
depositário, cumprindo-lhe o dever de efetuar sua 
prestação em juízo, à ordem judicial, no devido tempo, 
sob pena de ineficácia do pagamento direto ao 
executado ou a outrem (855, 856, 859); 
 
- há ainda o efeito geral erga omnes da penhora que faz 
com que todo e qualquer terceiro se abstenha de 
negociar com o executado, com relação ao domínio do 
bem penhorado, sob pena de ineficácia da aquisição 
perante o processo. 
 
Penhora de imóvel, veículos e outros bens sujeitos a registro 
público 
 
Art. 844 – pra efeito erga omnes 
A penhora se aperfeiçoa com a lavratura do auto (839), mas sem 
registro, a presunção de eventual adquirente do bem é de boa-fé. 
 
Lugar da realização da penhora 
 
845 – local onde se encontrem 
841 § 1º - exceção para imóvel e veículo. 
Não precisa precatória. 
 
Objeto da penhora 
 
Bens penhoráveis e Impenhoráveis 
Impenhoráveis - (art. 832 e 833 CPC) 
Bem de Família – Lei 8.009/90 
Relativamente impenhoráveis – art. 834 CPC 
 
Limites a penhora – arts. 831, 874 e 836, caput CPCEscolha dos bens a penhorar 
Art. 798, II, “c” – indicação pelo credor na inicial. 
Se não indicar o oficial penhorará os que encontrar, nos 
limites do 831 CPC. 
O devedor pode impugnar se não obedecer a gradação 
legal (art. 835) ou se não observar a forma menos 
gravosa (805) 
 
Ordem de preferência legal 
 
Art. 835 – preferencial 
848, I – substituição da penhora por não observar a 
ordem legal (ver os demais incisos) 
835, § 1º - dinheiro é prioritário 
848 – modificação por qualquer das partes 
847 = modificação pelo devedor 
 
Dever de cooperação do executado 
Art. 774, CPC 
 
Realização e formalização da penhora 
 
- 829, § 1º 
- 838 – auto de penhora (requisitos) I a IV 
- Pelo oficial de justiça (836, § 1º) 
- se houver resistência ou necessidade de arrombamento (2 oficiais) 
(846, § 3º e § 1º) 
 
Intimação da penhora – 841 CPC 
 
Penhoras especiais - 854 e seguintes 
 
Da penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação 
financeira (854) 
- não se aplica a fundos de investimento (não é certo e 
pode não ser líquido) 
- conta conjunta – TJSP entende que não pode, ou seja, 
pode defender metade. STJ entende que pode penhorar 
o todo. 
- 854, § 8º - responsabilidade objetiva da instituição 
financeira. 
- impenhorabilidade – 854, § 3º 
 
Da penhora de créditos (855/860) 
 
Da penhora das quotas ou ações de sociedades personificadas 
(861) 
 
Da penhora de empresa, de outros estabelecimentos e de 
semoventes (862/865) 
- penhora de edifício em construção sob o regime de 
incorporação imobiliária (862, §§ 3º e 4º) 
- empresas concessionárias (863) 
- navio ou aeronave (864) 
 
Da penhora de percentual de faturamento de empresa 
866 CPC 
 
Penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel ou imóvel 
867 a 869 CPC 
 
Das modificações da penhora - 847 a 853 CPC 
 
847 e 848 – substituição da penhora 
847 – 10 dias 
848 – a qualquer tempo 
 
874, II – ampliação da penhora 
874, I – redução da penhora 
849 – lavra-se novo termo 
851 – renovação da penhora 
Simples petição para requerimento 
 
835 – ordem de penhora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13. DEPÓSITO, AVALIAÇÃO, EXPROPRIAÇÃO 
 
 
DEPÓSITO 
 
A penhora se aperfeiçoa mediante apreensão e depósito de 
bens do devedor (839 CPC). 
Os bens são retirados da posse direta do executado. 
O oficial escolhe o depositário. 
Excepcionalmente fica com o executado (840, III e § 2º) 
Ver 840 CPC 
 
- Depósito de móveis, semoventes, imóveis urbanos e direitos 
aquisitivos de imóveis urbanos (840, II) 
 
- Saldo bancário ou aplicação financeira (transferência para conta 
especial – 854, § 5º) 
 
- Jóias, pedras e objetos preciosos (840, § 3º) 
 
Função do depositário 
 
- auxiliar da justiça (art. 159 CPC) 
- tem a função de guardar e conservar os bens, evitando extravios 
e deteriorações, aguardando o ato final expropriatório 
 
Alienação antecipada dos bens penhorados 
 
852 – O depositário deve alertar o juiz (e 730) 
853 – Ouvirá a parte contrária 
 
- o depositário pode ter também função de administrador (862). 
Gestão. 
- o depositário tem responsabilidade civil e criminal 
 
EXPROPRIAÇÃO 
 
Expropriação executiva é o ato estatal coativo por meio do 
qual o juiz transfere a propriedade do executado sobre o bem 
penhorado, no todo ou em parte, independentemente da 
concordância do dono, e como meio de proporcionar a 
satisfação do direito do credor. 
 
Modalidades de expropriação 
 
Art. 825 I – adjudicação 
 II – alienação 
 III – apropriação de frutos e rendimentos 
 
 - Ordem de preferência dos meios expropriatórios – 880 e 881 
AVALIAÇÃO – 870/875 
 
Art. 870 e seguintes (ver) 
871, III – hipótese de cotação oficial 
 
- Laudo de avaliação – requisitos – art. 872 CPC 
- descrição dos bens com suas características 
- estado em que se encontram 
- atribuição de valor 
 
- Dispensa de avaliação – 871 
- Contraditório – 872, § 2º 
- Repetição da avaliação, 873 e ainda a realização especial de nova 
avaliação – 878 
- Regras da nova perícia 873 p. único (480) 
 
ADJUDICAÇÃO 
 
Conceito 
Ato de expropriação executiva em que o bem penhorado se 
transfere in natura para o credor, fora da arrematação. 
 
Requisitos – 876 
- requerimento 
- preço não inferior o da avaliação 
- o executado deve ser intimado - 876, § 1º 
- legitimados – 876, §§ 5º e 7º 
- prazo – após a avaliação 
- o deferimento da avaliação é decisão interlocutória 
 
ALIENAÇÃO POR INICIATIVA PARTICULAR 
 
879, I e 880 
- não deve ter havido adjudicação 
- procedimento 880 – deve ser requerida 
- preço mínimo (não pode ser preço vil - 891) 
- 880, § 2º aperfeiçoamento 
- Carta de alienação – é expedida após a formalização do termo do 
§ 2º, do 880, CPC. 
O conteúdo será equivalente ao previsto no art. 772, § 2º: descrição 
do imóvel... 
- se for bem móvel, expede-se mandado de entrega do bem ao 
adquirente. 
 
 
ALENAÇÃO EM LEILÃO JUDICIAL 
 
Hasta pública (no CPC leilão), é a alienação de bens em pregão, ou 
seja, em oferta pública promovida pelo Poder Público. 
 
Espécies de Hasta Pública 
 
Não há mais distinção entre praça e leilão. 
 
- leilão judicial: 881, caput (presencial ou eletrônico) 
- pregão da bolsa de valores: 881, § 2º 
 
Só ocorrerá se o exeqüente não se interessar pela adjudicação 
ou alienação por iniciativa particular (881, caput) 
 
O leilão será preferencialmente eletrônico (882) 
 
Escolha do leiloeiro 
 
Pode ser indicado pelo exeqüente, mas é nomeado pelo juiz 883. O 
mesmo vale para corretor da bolsa. 
 
Edital do leilão 
 
Conteúdo obrigatório – art. 886 
887 – publicidade do edital 
 
Deveres do leiloeiro 
884. Remuneração – 884, p. único 
 
Intimação da alienação ao devedor 
E outros também 
Art. 889. 
 
Adiamento do leilão 
 
Art. 900 e 888 (ex. encerramento antecipado do expediente 
forense) 
 
Preço vil - 891 
 
Leilão e aquisição a prazo 895 
Proposta – 895, § 1º 
A prazo – 895, §§ 2º, 6º, 7º - (preferência à vista) 
Mora ou inadimplemento 895, § 4º 
 
Legitimação para arrematar 890 
 
Formalização da arrematação – 901/903 - auto 
 
Leilão de imóvel de incapaz – 896 (80% mínimo) 
 
Desistência da arrematação – 903, § 5º 
14. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - 
IMPUGNAÇÕES À PENHORA, AVALIAÇÃO e 
EXPROPRIAÇÃO 
 
EXPROPRIAÇÃO 
 
- 903, §§ 1º e 2º - Impugnação à arrematação. Aplica-se 
também à adjudicação e à alienação por iniciativa privada. 
 
- Ocorre depois da lavratura do auto e antes da expedição da 
respectiva carta e da ordem de entrega. Dentro dos próprios 
autos. 10 dias. 
 
- 903, § 4º - expedida a cata de arrematação ou a ordem de 
entrega, a impugnação somente será possível por meio de 
ação autônoma. 
 
Legitimação: 
- executado ou responsável (autor) 
- arrematante e exeqüente (réus) 
(litisconsórcio necessário) 
 
AVALIAÇÃO 
872, § 2º - Contraditório 
 
PENHORA 
917, § 1º simples petição (847/848) 
 
SATISFAÇÃO DO CRÉDITO 
 
904 a 909 CPC (ver) 
 
15. EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA E 
OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER 
 
 
EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA 
Certa 806/810 CPC 
Incerta 811/813/CPC 
 
EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA CERTA 
 
- citação para satisfazer a obrigação em 15 dias – 806 CPC 
- um só mandado para citação e apreensão 
- com a citação pode ocorrer: 
- entrega da coisa – a contar da citação 
- inércia do devedor 
- depósito da coisa – para tentar efeito suspensivo dos 
embargos 919, § 1º 
- embargos à execução – a contar da juntada (915) 
 
Cominação de multa diária 
 
- Art. 806, § 1º, primeira parte 
- é meio de coerção 
- pode ser revista a qualquer tempo 
 
Alienação da coisa devida 
 
- se foi alienada após a propositura da execução, permanece 
alcançável – 808 CPC. Fraude à execução. Ineficaz perante o 
credor (790, I e 792, § 4º). Embargos de terceiro – 792, § 4º. 
 
- se não estiver mais em poder do adquirente,não tem este 
obrigação de indenizar. A obrigação pelo equivalente é do 
devedor. A responsabilidade do adquirente é limitada 
exclusivamente à entrega da coisa. 
 
Execução da obrigação substitutiva 
 
- Art. 809. Por essa opção, transforma-se a execução para 
entrega de coisa certa em execução por quantia certa. 
- Liquidada a obrigação o devedor será intimado para pagar 
em 3 dias (829 CPC) 
- não há necessidade de nova citação 
 
Execução de coisa sujeita a direito de retenção 
- Art. 810 
 
Embargos de retenção 
- Art. 917, IV, apenas para execução de título extrajudicial 
 
EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA INCERTA 
- Arts. 811 a 813 CPC 
 
EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO 
FAZER – 814/823 
 
- O objeto da relação jurídica é um comportamento do 
devedor. Positivo ou negativo, conforme a obrigação. 
 
Fungibilidade das obrigações 
 
São fungíveis as obrigações de fazer que por sua natureza ou 
por contrato, podem ser substituídas por terceiro, quando o 
obrigado não as satisfaça. Ex. empreitadas de serviços rurais 
(desmatamento, plantio de lavoura), construção, limpeza ou 
reforma de edifícios. 
 
Infungíveis são as prestações que somente podem ser 
satisfeitas pelo obrigado. 
 
Infungibilidade 
- convencional 
- material 
 
A obrigação fungível poderá ser executada especificamente 
pelo credor (816/817) 
 
Astreinte 
- Multa diária para compeli o devedor a cumprir a obrigação 
de fazer e não fazer (814) 
 
Obrigações positivas - podem ser 
 
- de prestação fungível 
- de prestação materialmente infungível 
- de prestação apenas juridicamente infungível (obrigações de 
declaração de vontade) 
 
A execução forçada e o resultado a ser alcançado pelo credor 
variarão conforme a hipótese. 
 
Ver 814 a 823 
16. EMBARGOS À EXECUÇÃO E 
 EXECUÇÃO DE ALIMENTOS 
 
EMBARGOS À EXECUÇÃO - 914 a 920 
 
Natureza jurídica 
Ação de cognição incidental, constitutiva. 
Visa desconstituir a relação jurídica líquida e certa retratada no 
título. 
 
Legitimação 
- pode propor os embargos o sujeito passivo da execução 
- os embargos de coexecutados são autônomos 
- o prazo para embargos é individual e surge com a juntada do 
respectivo mandado de citação. 
- ressalva – 915, § 1º 
 
Competência 
- é incidental, ou seja, o mesmo juízo do principal (arts. 61, 286 e 
914, § 1º, CPC) 
- na execução por carta a competência para os embargos, ora é do 
deprecante, ora do deprecado, conforme a matéria (914, § 2º) 
- contagem do prazo – conforme o caso: 915, § 2º, I 
 915, § 2º, II 
 
Sobre os embargos 
- E ação nova. Tem distribuição, registro e autuação. 
- Distribuição por dependência (286) Conexão. 
- Tem custas e valor da causa. 
- Petição inicial – observar os requisitos 319 e 320 CPC 
- Instrução com as peças 914, § 1º CPC 
- Advogado pode declarar a autenticidade (425, IV) 
- Autos apartados da execução 
 
Segurança do juízo 
- requisito do efeito suspensivo (919) 
- deixou de ser condição de procedibilidade 
 
Prazo 
 - art. 915 
- litisconsórcio no pólo passivo – 915, § 1º 
 
Rejeição liminar dos embargos 
918 CPC 
- Embargos intempestivos (ver 218, § 4º) 
- Indeferimento da inicial 
- Inépcia da inicial – Art. 330 e § 1º 
- Vícios sanáveis – art. 321 
- O indeferimento tem natureza de sentença. Extingue os 
embargos. Desafia apelação. 
- Embargos manifestamente protelatórios 
- argumentos que não se apóiam no direito 
 
Procedimento 
 
Art. 920 
Não há citação – é intimação 
A defesa é impugnação 
 
Multa nos embargos manifestamente protelatórios 
 
Art. 774, II CPC e p. único 
Art. 918, p. único 
Art. 77, § 2º 
É um dever do juiz e não uma faculdade no caso de embargos 
manifestamente protelatórios. 
 
Multa decorrente de má-fé 
80 e 81 CPC 
 
Embargos à execução e revelia do embargado 
 
Não há citação. Não há revelia. A prova cabe ao Embargante, 
mesmo sem impugnação. Há a força do título. 
 
Efeitos dos Embargos 
- 919 CPC – não terão efeito suspensivo 
 
- Exceção para atribuição de efeito suspensivo: 
Art. 919, § 1º + 300 (probabilidade e perigo da demora) 
ou 
311, II e IV CPC 
 
- Em ambos os casos deve estar segura o juízo 
- 919, § 2º - provisoriedade e reversão do efeito suspensivo 
- De qualquer forma, a paralisação da execução somente 
ocorrerá após a penhora e avaliação (919, § 5º) 
 
Embargos parciais 
Se houver suspensão, esta também será parcial. Art. 919, § 3º. 
 
Embargos de um dos coexecutados 
 
Art. 919, § 4º - Não aproveita os demais. Nem o efeito suspensivo. 
Isso se o fundamento disse respeito exclusivamente ao 
Embargante. 
 
Embargos fundados em excesso de execução – 917, § 2º 
Art. 917, § 4º, I e II – o embargante deve juntar memória de cálculo 
do débito que entende devido. 
 
Arguição de incompetência 
Art. 917, V 
 
Direito de Retenção 
Art. 917, IV 
 
Matéria argüível nos embargos à execução – 917, I a IV 
 
- nulidade da execução 
- vícios de penhora e da avaliação (não só nos embargos, mas 
também por simples petição) 
- excesso de execução 
- retenção 
- defesas próprias do processo de conhecimento 
 
Artigo 940 CC – o pedido pode ser feito nos Embargos - STJ 
 
Parcelamento do crédito exequendo 
 
- Art. 916 
- requerido por petição simples 
- é direito do executado, não é poder discricionário 
 
 
Embargos à execução de título extrajudicial contra a Fazenda 
Pública 
Art. 910 CPC 
 
EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE 
 
(525, § 11 e 803 CPC) 
 
- Para acusar a falta de condições da ação de execução, ou ausência 
de algum pressuposto processual, pode o executado usar simples 
petição. 
- Matéria de ordem pública. 
- (Doutrina atual – objeção de pré-executividade) 
- Questão de direito ou de fato documentalmente provado. 
- Se extinguir a execução, cabe sucumbência. 
- Se for rejeitada, a execução prossegue sem sucumbência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXECUÇÃO DE ALIMENTOS 
 
- arts. 528 a 533 CPC 
- prisão – 528, §§ 3º a 7º 
- quantia certa – 528, § 8º 
- a intimação é pessoal e não do advogado 
- competência – regra especial – art. 528, § 9º 
- desconto em folha – 529, caput e § 3º 
- custas e honorários não entram na prisão 
- definitivos e provisórios – art. 531 
- abandono material – art. 532 
- ato ilícito – art. 533 – constituição de capital

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