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2. INTRODUÇÃO À TUTELA EXECUTIVA - Execução é o conjunto de atividades atribuídas aos órgãos judiciários pra a realização prática de uma vontade concreta da lei previamente consagrada num título. - art. 771 – amplia a aplicação das normas relativas à execução ao mesmo tempo em que prevê a aplicação subsidiária das normas relativas ao processo de conhecimento. - Vias de execução No CPC, são duas as vias de execução forçada: - cumprimento de sentença - processo de execução (títulos executivos extrajudiciais) Processo de conhecimento e execução forçada - diferenças - a execução sem conhecimento é arbitrariedade, conhecimento sem possibilidade de execução da decisão significa tornar ilusórios os fins da função jurisdicional - execução de título extrajudicial / possibilidade de discutir em embargos - no conhecimento pesquisa-se o direito - a execução parte da certeza do direito - não há decisão de mérito na execução - no conhecimento o juiz julga; na execução realiza, executa - o processo de conhecimento é processo de sentença; o processo de execução é processo de coação - conhecimento e execução são complementares - a execução destina-se especificamente a realizar, no mundo fático, a sanção Espécies de sanções pela via da execução forçada - execução específica - execução da obrigação subsidiária - só há obrigação forçada se o devedor descumpre a sua obrigação e deixa de satisfazer o crédito a que se acha sujeito no tempo e modo devidos. Meios de Execução - coação (multa e prisão) - sub-rogação (o Estado atua como substituto do devedor) Cumprimento de Sentença e Processo de Execução - realização material do direito do credor - são realidades distintas e inconfundíveis - no cumprimento de sentença não há instauração de nova relação processual PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO - Princípio da realidade – toda execução é real. Incide sobre o patrimônio e não sobre a pessoa do devedor. Art. 789, CPC (exceção – devedor de alimentos, art. 5º, LXVII, CF) Não tendo bens, frustra-se a execução e suspende-se o processo. Art. 921, III. - Princípio da satisfatividade – a execução tende apenas à satisfação do direito do credor. É uma limitação da atividade jurisdicional. A incidência sobre o patrimônio do devedor é parcial, ou seja, não atinge todos os seus bens, mas apenas o necessário para realizar o direito do credor. Arts. 831 e 899 CPC. - Princípio da utilidade da execução – toda execução deve ser útil ao credor. Não deve se transformar em castigo ou sacrifício ao devedor. Não se penhora só para custas. Art. 836 e 891 § único. - Princípio da economia da execução – toda execução deve ser econômica, ou seja, satisfazendo o direito do credor, deve ser feita da forma menos gravosa para o devedor (art. 805 CPC). - Princípio da especificidade da execução – a execução deve ser específica, ou seja, deve propiciar ao credor exatamente aquilo que ele obteria se a obrigação fosse cumprida pelo devedor. É permitida a substituição da prestação por equivalente em dinheiro (perdas e danos) em casos de impossibilidade de obter a entrega da coisa devida (art. 809) ou de recusa de prestação de fato (art. 816) Arts. 497, 499 e 806§ 2º - Princípio do ônus da execução – a execução deve ocorrer a expensas do devedor. Ele é o inadimplente. É um devedor em mora e deve suportar as conseqüências disso. Arts. 826 e 831, 837, caput e § 2º) Principal, correção, juros, custas e honorários - Princípio do respeito à dignidade humana – a execução deve respeitar a dignidade humana do devedor. É o entendimento da doutrina e da jurisprudência. Com isso, o CPC estabelece a impenhorabilidade de certos bens (art. 833 CPC) - Princípio da disponibilidade da execução – o credor tem a livre disponibilidade da execução. Não é obrigado a executar o título. Difere do conhecimento (485, III e 485 § 4º) Na execução pode desistir (art. 775), mas os embargos dependem do devedor, dependendo da matéria Honorários advocatícios na desistência da execução - Não serão devidos pelo credor e a desistência ocorrer antes dos embargos. Mas pode ocorrer se houver advogado constituído para indicar bens à penhora, pedir extinção. Se houver embargos o credor arcará com os honorários de sucumbência. Exceção de pré executividade – arts. 803, 545, § 11 CPC. 3. SUJEITOS DO PROCESSO EXECUTIVO E COMPETÊNCIA PARTES Legitimação ativa - Na execução forçada, as partes ativas e passivas são denominadas exequente e executado. - É a denominação adotada pelo CPC pra tratar as partes ativa e passiva da execução. - Art. 778 – prevê a legitimação originária e a legitimação superveniente. Originária – a que decorre do próprio título executivo e compreende o credor e o Ministério Público. Superveniente – compreende as situações jurídicas formadas posteriormente à criação do título – sucessão: inter vivos e mortis causa. Legitimação ativa originária do credor - art. 778, caput - No título judicial, credor ou exequente será o vencedor da causa, apontado na sentença; No título extrajudicial, será a pessoa em favor de quem se contraiu a obrigação. - a teor do art. 771 (que subordina o processo de execução aos princípios gerais do processo de conhecimento) o interessado deve ainda: - ser capaz, ou estar representado de acordo com a lei civil, pelo pai, tutor ou curador; - outorgar mandato a advogado. Legitimação extraordinária do MP - art. 778, § 1º, I, CPC Exemplo: execução no cível da sentença penal condenatória quando a vítima for pobre, para obter a indenização do dano. (art. 68 CPP) Legitimação ativa derivada ou superveniente Art. 778, § 1º, II, III e IV, CPC. Dão sucessores do credor As causas para a sucessão podem ser causa mortis ou inter vivos. São eles: - o espólio, os herdeiros ou sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo; - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transmitido por ato inter vivos; - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional; Art. 778, § 2º - a sucessão é automática e independe de consentimento do executado. - espólio – art. 75, VII e § 1º CPC - herdeiros e sucessores – art. 778, § 1º, II, CPC e 1784 CC - cessionário – art. 286 CC e 778, § 1º, III, CPC - sub-rogado: sub-rogação legal – o pagamento é feito por um terceiro interessado na relação jurídica (ex. avalista, fiador) (art. 346 CC) sub-rogação convencional – operada em favor de terceiro não interessado (art. 347 CC) Legitimação passiva Art. 779 CPC - devedores originários – definidos pelo próprio título; - sucessores do devedor originário - espólio, herdeiros ou sucessores, bem como o novo devedor; - responsáveis (e não obrigados pela dívida) – o fiador do débito, o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento de débito e o responsável tributário; - devedor – 779, I – o que figura no título (judicial ou extrajudicial) - espólio e sucessores - 796 CPC – espólio – representação – inventariante - 796 CPC – herdeiros - sucessores causa mortis ou inter vivos – 779, II - novo devedor – art. 779, III – tem que haver consentimento do credor - fiador 779, IV - responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito – 779, V - responsável tributário – 779, VI COMPETÊNCIA Juízo competente para a execução As regras sobre competência variam para a execução conforme se tratar de título judicial ou extrajudicial Como regra, a competência é funcional e improrrogável em casode execução de sentença civil condenatória, sendo territorial e relativa nos demais casos. - Execução de sentença No cumprimento de sentença a competência é definida pelo artigo 516, CPC - Competência para execução de títulos extrajudiciais Art. 781 – ler as hipóteses - Competência para a execução fiscal Art. 46, § 5º CPC 4. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL Obrigação e responsabilidade A obrigação é do devedor. A responsabilidade é patrimonial. Não há execução sobre a pessoa do devedor. A execução é real. A prisão é medida de coação (528, § 3º). Não realiza a obrigação. Extensão da responsabilidade patrimonial do devedor I - Bens presentes e futuros (art. 789) A execução é sempre sobre bens presentes. No ato da execução. Bens futuros serão atingidos, na ocasião, no presente. A execução, portanto, é feita sobre todos os bens que se encontrem no patrimônio do devedor no momento em que se pratica a ação executiva, independentemente da época em que foram adquiridos. II – Bens excluídos da responsabilidade patrimonial Art. 833 CPC – impenhoráveis III – Bens de empresa individual de responsabilidade limitada - EIRELI (Lei 12.441, 11.05.2011) art. 44 CC Responderão apenas os bens com que o instituidor integralizar o respectivo capital social RESPONSABILIDADE EXECUTIVA SECUNDÁRIA A execução atinge bens que não são do devedor, mas de terceiro que não se obrigou e, mesmo assim, respondem pelo cumprimento das obrigações daquele. São as hipóteses do artigo 790 CPC: I – Execução de bens do sucessor singular (por negócio oneroso ou gratuito) - alienação do bem litigioso a) a responsabilidade do adquirente do bem exeqüível compreende tanto os títulos judiciais como os extrajudiciais b) o bem disputado pode estar sujeito à execução por direito real ou por obrigação reipersecutória - boa fé do adquirente Estando o adquirente protegido por boa fé, não terá cometido fraude à execução e não prevalecerá a regra do 790, I - posição processual o sucessor não é parte na execução e para defender-se terá de utilizar os embargos de terceiro - necessidade de intimação o terceiro adquirente deverá ser intimado para que tenha direito ao contraditório - defesa do terceiro adquirente Na fraude contra credores depende de ação Pauliana (art. 161 CC). Oferecerá contestação. Na fraude à execução – embargos de terceiro II – Excussão de bens do sócio - é necessária a instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica (arts. 133 a 137 CPC - art. 50 CC (desvio de finalidade e confusão patrimonial) A decisão do incidente se dá por meio de decisão interlocutória. - deve ser observado o benefício de ordem – art. 795, § 1º BENS DO DEVEDOR EM PODER DE TERCEIROS Ex.: locação – atinge o bem, mas o contrato será observado até seu término EXCUSSÃO DE BENS DE DEVEDOR CASADO OU EM UNIÃO ESTÁVEL: TUTELA DA MEAÇÃO - em regra não atinge o bem do cônjuge. A defesa da meação do cônjuge ou companheiro se faz por meio de embargos de terceiro (674, § 2º, I, CPC) - obrigação contraída em benefício da família atinge (art. 1644 CC) BENS ALIENADOS EM FREAUDE Á EXECUÇÃO Fraude contra credores – são atingidos interesses privados dos credores (arts. 158 e 159 CC) (Ação Pauliana – insolvência e consciência de que irá prejudicar credores do alienante) Fraude à execução – o ato do devedor executado viola a própria atividade jurisdicional do Estado. (Art. 792, CPC) Não precisa de ação própria. O juiz reconhece nos próprios autos. Não é ato nulo ou anulável, apenas não pode ser oposto ao exeqüente (art. 792, § 1º CPC) Hipóteses do art. 792 CPC I – bens objeto de ação fundada em direito real ou de pretensão reipersecutória - depende de averbação no registro público - independe de insolvência II – bens vinculados a processo de execução - também não se cogita de má-fé ou não, assim como de insolvência III – bens sujeitos à hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial (art. 495 CPC) - depende de registro IV – Alienação que produz ou agrava a insolvência do devedor na pendência de processo V – nos demais casos expressos em lei Ex. 856, § 3º; 828, § 4º 5. REQUISITOS DA EXECUÇÃO Pressupostos específicos da execução forçada Formal: existência de título executivo (certeza e liquidez de dívida) Prático: inadimplemento (exigibilidade) O título executivo A execução forçada somente é cabível com base em título legalmente qualificado como executivo (art. 798, I, “a” e 783, CPC) Função do título executivo O título executivo tem tríplice função: - autorizar a execução; - definir o fim da execução (qual foi a obrigação contratada); - fixar os limites da execução (define os sujeitos e o objeto); REQUISITOS DO TÍTULO EXECUTIVO Obrigação certa, líquida e exigível. Art. 783, CPC. Carnelutti assim define: - o direito do credor é certo quando o título não deixa dúvida em torno da sua existência; - é líquido quando o título não deixa dúvida em torno do seu objeto (art. 786, p. un.); - é exigível quando não deixa dúvida em torno de sua atualidade. Formas dos títulos executivos - original da sentença (tanto de condenação como de homologação de acordo) - certidão ou cópia autenticada da decisão exeqüenda, nos casos de: - execução provisória (522, p. un., I) - execução de sentença penal condenatória (515, VI); - sentença arbitral (515, VII); - sentença estrangeira homologada (965, p. único); - carta de sentença em hipóteses como a do formal de partilha (515, IV); - os documentos extrajudiciais, públicos ou particulares, sempre sob a forma escrita, a que a lei reconhece a eficácia executiva (art. 784) A exigibilidade da obrigação É preciso haver a conjugação de dois requisitos: - título executivo (515 e 784) -inadimplemento do devedor (art. 786) A exigência dos requisitos é aplicável a todas as espécies de execução. Considera-se devedor inadimplente aquele que não cumpriu, na forma e no tempo devidos, o que lhe competia segundo a obrigação pactuada. Inadimplemento em contrato bilateral Art. 476 CC “nos contratos bilaterais nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.” Art. 787 CPC – Deve provar que adimpliu ao requerer a execução sob pena de extinção do processo. TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS - Art. 515 CPC Nas hipóteses I a V, o título é formado no mesmo juízo em que poderá ocorrer a execução, sendo o cumprimento de sentença uma fase complementar do mesmo processo. Para as hipóteses previstas nos incisos VI a IX, teremos liquidação prévia pra a obrigação ainda ilíquida, com a citação do devedor (arts. 509 a 512). A decisão é interlocutória. Há, portanto, processo novo, com petição inicial e citação. - Sentença civil condenatória (515, I) Em regra, só a condenatória. Mas também as declaratórias e constitutivas, têm no dispositivo provimentos de condenação relativos aos encargos processuais. Também pode ocorrer nas ações de pedidos múltiplos e conseqüentes. Ex. anula o contrato e determina a devolução do bem. Também em alguns casos de jurisdição voluntária, como separação consensual (recusa de cumprir o acordo de partilha do patrimônio do casal). Também procedimentos provisórios, tutela antecipada, evidência, ... A sentença declaratória pode, ainda, adquirir força de título executivo judicial, desde que de seu conteúdo se possa extrair a certificação da existência de obrigação exigível entre as partes. - Decisão homologatória de autocomposição (515, II) Formas de autocomposição que implicam na resolução domérito da causa (487, III): - reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; - transação; - renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. Pode ser sentença ou decisão interlocutória. Pode ser total ou parcial. Se for parcial, não colocará fim o processo. Será, então, decisão interlocutória. - Decisão homologatória de autocomposição extrajudicial (515, III) Transação (840 a 850) CC. O pedido será processado como expediente de jurisdição voluntária (art. 719 CPC) - O formal de partilha e a certidão de partilha (515, IV) - Formal é a carta de sentença extraída do inventário. - Nos inventários pequenos (quinhão inferior a 5 salários mínimos), o formal poderá ser substituído por certidão. - Crédito de auxiliar da justiça (515, V) No regime anterior, eram títulos executivos extrajudiciais. A aprovação do crédito pode ocorrer por meio de sentença ou outra decisão proferida acerca das contas apuradas nos autos. - Sentença penal condenatória (515, VI) Requisitos: - a sentença criminal deve ser definitiva; - a condenação criminal deve ter trânsito em julgado; - a vítima deve preliminarmente promover a liquidação (509 a 512 CPC), observando 944 a 954 CC. Legitimação ativa: ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros (CPP art. 63) - Sentença arbitral (515, VII) Não requer homologação pelo juiz. A Lei 9.307 (dispõe sobre arbitragem), art. 31, equipara a sentença arbitral à sentença judicial. - Sentença estrangeira (515, VIII) Homologação pelo STJ (art. 105, I,”i”, CF) (EC 45/2004) Exequatur Arts. 960 a 964 CPC - Decisão interlocutória estrangeira (515, IX) Mercosul não precisa submeter-se ao regime de delibação no STJ. - O inciso X que foi vetado tratava do “acordo proferido pelo Tribunal Marítimo quando do julgamento de acidentes e fatos da navegação.” 6. REQUISITOS DA EXECUÇÃO – segunda parte TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS Classificação: Particular: é o título originado do negócio jurídico privado e elaborado pelas próprias partes; Público: é o que se constitui por meio de documento oficial emanado de algum órgão da administração pública. Só a lei estabelece quais são os títulos executivos. O artigo 784 do CPC estabelece quais são os títulos executivos extrajudiciais: incisos I a XII. I – letra de câmbio, nota promissória, duplicata, debênture e cheque - dependem da apresentação do título original, não admitindo cópia; - a força executiva depende da observância dos requisitos legais de cada uma das leis específicas; Art. 889, § 3º do CC – prevê a possibilidade de emissão eletrônica do título; II e III – Documento público ou particular - Qualquer documento - No particular, só o devedor. Não pode a rogo. Se for analfabeto (Público) IV – Instrumento de transação - independe da assinatura de duas testemunhas - é um incentivo à autocomposição V – Hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e caução - penhor – bem móvel – há transferência do bem ao credor - hipoteca – bem imóvel – não há transferência do bem ao credor - anticrese – bem imóvel – há transferência do bem ao credor (1506 CC – podendo retirar os frutos da coisa para pagamento da dívida) -A hipoteca é um direito real de garantia - hipoteca legal (CC 1489) - hipoteca judicial (resulta de uma sentença condenatória) (art. 495 CPC) Exige registro pra produzir efeitos perante terceiros. - hipoteca convencional (deriva de ato de vontade do devedor) Exige registro pra produzir efeitos perante terceiros. VI – Seguro de vida - não inclui o seguro obrigatório VII – Foro e laudêmio - Foro é a pensão anual certa e invariável que o enfiteuta paga ao senhorio direto pelo direito de usar, gozar e dispor do imóvel objeto do direito real de enfiteuse (art. 678 CC/16) Foi abolido no CC de 2002, subsistindo os anteriores, art. 2038 CC/2002. - Laudêmio – é a compensação que é devida ao senhorio direto pelo não uso do direito de preferência, quando o enfiteuta aliena onerosamente o imóvel foreiro. VIII – Aluguel de imóvel e encargos acessórios - no contrato de locação é dispensada a assinatura de duas testemunhas - abrange as locações urbanas e rurais, residenciais e não residenciais IX – Dívida ativa da Fazenda Pública - Requisitos – Lei 6.830/80, RT 2º, § 5º e CTN 202 e 203 - 203 – Nulidade se não observar os requisitos X – Crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembléia geral - Expressamente incluídas, não apenas como acessórios do aluguel XI – Certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e outras despesas devidas pelos atos Poe ela praticados - não se confunde com a hipótese do inciso V (art. 515 CPC) XII – Títulos executivos definidos em outras leis - contrato de honorários de advogado (Lei 8.906/94, art. 24) - créditos da Previdência Social (Lei 8.212/91, art. 39) - cédulas de crédito rural (Dec. Lei 167/1967, art. 41) - cédulas de crédito industrial (Dec. Lei 413/1969, art. 10) -contratos de alienação fiduciária em garantia (Dec. Lei 911/69, art. 5º) - cédula de crédito imobiliário (CCI) (Lei 10.931/2004, art. 20) - cédula de crédito bancário (Lei 10.931/2004, art. 28) - TAC – Lei 7.347/85, art. 5º, § 6º. 8. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA e EXECUÇÃO PROVISÓRIA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA - arts. 509 a 512 CPC - é um incidente. A decisão que resolve a liquidação de sentença é interlocutória. Agravo. Art. 1015, p. único; - se for pelo procedimento comum (antiga liquidação por artigos), cabe sucumbência; - Limites da Liquidação – art. 509, § 4º - É simples complemento da sentença de liquidação. - É vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou. - Liquidez parcial – art. 509, § 1º - A liquidação pode ser requerida pelo devedor também – art. 509, caput - Procedimento - Modalidades: - por arbitramento (509, I) – hipóteses (510) - pelo procedimento comum (509, II) – fatos novos, 511 Simples intimação do devedor. Não há nova citação. Simples cálculo – é feito pelo próprio credor Art. 509, § 2º e o demonstrativo respectivo vai instruir o pedido de cumprimento de sentença (art. 524, caput) (525, § 4º - Impugnações) - Não pode haver modificação da sentença EXECUÇÃO PROVISÓRIA Cumprimento provisório de sentença que reconhece a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa - arts. 520 a 522 CPC - Só para títulos executivos judiciais. Sem trânsito em julgado. - casos de apelação sem efeito suspensivo e que permitem execução provisória, art. 1012, § 1º - ocorre do mesmo modo que a definitiva, porém se sujeita ao regime previsto no art. 520 e incisos: I – a responsabilidade é objetiva e depende de requerimento da parte; II – efeito “ex tunc” III – modificação ou anulação parcial IV - caução - Pode ter início e andamento enquanto não alcance os atos expropriatórios finais (arrematação, adjudicação, levantamento de dinheiro penhorado, etc.) - caução necessária - dispensa de caução – art. 521, são hipóteses isoladas e não cumulativas - impugnação – art. 520, § 1º CPC - 520, § 5º - aplicação subsidiária para execução provisória de sentença relativa à obrigação de fazer, não fazer e de dar - petição dirigida ao juiz – art. 522, + requisitos do 523. Se os autos forem eletrônicos não precisa. Título extrajudicial – a execução é definitiva Excepcionalidade da execução provisória – art. 1012, § 1º , III. Só Pode ocorrer se os embargos estiverem sendo processados com efeito suspensivo. 9 e 10. CUMPRIMENTO DE SENTENÇACUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA - art. 513 – Regra Geral – se aplica ao cumprimento de sentença definitivo ou provisório - art. 513 caput e 771 – aplicação subsidiária de execução de título extrajudicial - Requerimento do credor – 513, § 1º - Iniciativa do devedor – 526, caput (isenção de multa e honorários 523, § 2º) - Intimação do devedor – 513, § 2º Cabimento – 523 CPC (a 527) - Multa legal e honorários – 523, § 1º - Pagto. parcial 523,§ 2º - a multa do 523, § 1º, atinge a execução de todos os títulos judiciais e não apenas a sentença condenatória (ex. arbitral) - multa e honorários também são devidos na execução provisória – art. 520, § 2º Prazo para pagamento - 523, caput, 15 dias (dias úteis) – em regra a intimação é feita na pessoa do advogado. - se não houver pagamento – penhora e avaliação, 523, § 3º Requisitos do requerimento inicial Art. 524 – ler Defesa o executado - Impugnação – 15 dias após 15 dias para pagamento - é novo prazo Parcelamento - art. 916, § 7º, não se aplica, mas na prática tem ocorrido, ouvida a parte contrária. Aplicação subsidiária ao cumprimento provisório - art. 527 CPC CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER- arts. 536 e 537 - julgamento (497/501) - medidas sub-rogatórias e antecipatórias no cumprimento de sentença – art. 497 - astreinte – cabível – 537 - reexame da multa – 537, § 1º - exclusão da multa – 537, § 1º, II - multa e preclusão – não há preclusão. Mesmo sem recurso. Defesa do executado 536, § 4º, Impugnação. Aplica-se o 525. Procedimento do cumprimento de sentença - se for judicial – 536 - se for extrajudicial – 814 a 823 - pressupõe tutela específica – 497 Trata-se de procedimento destinado a implementar as medidas necessárias à satisfação do exeqüente, quando não cumpridas espontaneamente pelo devedor a obrigação de fazer e não fazer certificada mo título executivo (536 e §1º) - art. 536, § 3º - o devedor pode sujeitar-se simultaneamente às sanções de litigância de má-fé e atentado à dignidade da justiça. - Impugnação – art. 525 (por força do 536, § 4º) Prestações de declaração de vontade - a infungibilidade é apenas jurídica (art. 501) CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA - as obrigações de dar (ou entregar coisa) são modalidade de obrigação positiva, cuja prestação consiste na entrega ao credor de um bem corpóreo, seja para transferir-lhe a propriedade, seja para ceder-lhe a posse, seja para restituí-la. - 498 e 538 CPC - cabe a multa também 499 e 538, § 3º - substituição por perda e danos em caráter excepcional - não se admite alegação de direito de retenção na fase de cumprimento de sentença – 538, § 1º e 2º Defesa do executado Impugnação – 538, § 3º e 536, § 4º Obrigação genérica art. 498, p. único Multa e outras medidas de apoio 538,§ 3º 11. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL POR QUANTIA CERTA Objetivo A execução por quantia certa tem como objetivo expropriar bens do devedor para apurar judicialmente recursos necessários ao pagamento do credor. Art. 824 – expropriação dos bens do devedor Procedimento - 824 e seguintes para título extrajudicial 520 a 527 para título judicial (Cumprimento de sentença) São atos fundamentais a penhora, a alienação e o pagamento. Execução por quantia certa contra devedor solvente Devedor solvente é aquele cujo patrimônio apresenta ativo maior do que o passivo. Temos as seguintes fases: - proposição (petição inicial e citação) - instrução (penhora e alienação) - entrega do produto ao credor (pagamento) Proposição - não há execução “ex officio”. Deverá ser sempre provocada pelo credor, por meio de petição inicial (319 e 829, caput e § 1º) - instrução da inicial – art. 798 - a memória de cálculo deve ser analítica. Deve demonstrar com precisão a composição do débito. - acolhida a inicial, o devedor vai ser citado para cumprir a obrigação em 3 dias, sob pena de penhora (art. 529, caput, § 1º) - em razão do princípio do contraditório, o direito de defesa será exercido por meio dos embargos à execução (art. 914 e segts), estabelecendo uma nova relação processual incidente. Penhora e avaliação - num só mandado o oficial será incumbido de citar o executado, realizar a penhora e a avaliação (art. 829, § 1º). - aguarda 3 dias. Se permanecer o inadimplemento, realiza a penhora. - se o credor indicou bens à penhora recairá sobre esses bens (art. 798, II, c e 829, § 2º) - se não houver indicação penhorará os bens que houver. - se não encontrar, o devedor será intimado para indicar, sob pena do (774, V), ou seja, de atentado à dignidade da justiça (774, p. único). - a intimação para indicar bens será feita na pessoa do advogado, se já estiver nos autos. - se ainda não tiver advogado, será pessoal (841, §§ 1º e 2º) (analogicamente) - a intimação da penhora será feita imediatamente (841, § 1º) Arresto de bens do devedor não encontrado - Art. 830 CPC - é uma medida cautelar específica - é um dever imposto ao oficial de justiça - medida cautelar preparatória da penhora - se houver ocultação, citação com hora certa (art. 830, § 1º) - 830, § 2º - edital - 830, § 3º conversão em penhora Honorários - 826 e 85, § 1º - arbitramento – 827 - redução – 827, § 1º - só com pagamento integral 12. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL PENHORA É o primeiro ato executivo e coativo do processo de execução por quantia certa. A responsabilidade patrimonial que a princípio é genérica, sofre um processo de individualização. Natureza jurídica da penhora É um ato executivo, cuja finalidade é a individualização e preservação dos bens a serem submetidos ao processo de execução. Função da penhora - individualizar e apreender efetivamente os bens destinados ao fim da execução; - conservar os referidos bens evitando a sua deteriorização ou desvio; - criar a preferência para o exeqüente (art. 797 CPC) Efeitos da penhora perante o credor, o devedor e terceiros - Para o credor, a penhora especifica os bens do devedor sobre os quais irá realizar o seu crédito, estabelecendo, ainda, preferência. - Para o devedor a conseqüência é a imediata perda da posse direta e da livre disponibilidade dos bens atingidos pela penhora. - Para o terceiro: - quando o crédito ou bem do executado atingido pela penhora está na posse temporária de terceiro, este fica obrigado a respeitar o gravame judicial, como depositário, cumprindo-lhe o dever de efetuar sua prestação em juízo, à ordem judicial, no devido tempo, sob pena de ineficácia do pagamento direto ao executado ou a outrem (855, 856, 859); - há ainda o efeito geral erga omnes da penhora que faz com que todo e qualquer terceiro se abstenha de negociar com o executado, com relação ao domínio do bem penhorado, sob pena de ineficácia da aquisição perante o processo. Penhora de imóvel, veículos e outros bens sujeitos a registro público Art. 844 – pra efeito erga omnes A penhora se aperfeiçoa com a lavratura do auto (839), mas sem registro, a presunção de eventual adquirente do bem é de boa-fé. Lugar da realização da penhora 845 – local onde se encontrem 841 § 1º - exceção para imóvel e veículo. Não precisa precatória. Objeto da penhora Bens penhoráveis e Impenhoráveis Impenhoráveis - (art. 832 e 833 CPC) Bem de Família – Lei 8.009/90 Relativamente impenhoráveis – art. 834 CPC Limites a penhora – arts. 831, 874 e 836, caput CPCEscolha dos bens a penhorar Art. 798, II, “c” – indicação pelo credor na inicial. Se não indicar o oficial penhorará os que encontrar, nos limites do 831 CPC. O devedor pode impugnar se não obedecer a gradação legal (art. 835) ou se não observar a forma menos gravosa (805) Ordem de preferência legal Art. 835 – preferencial 848, I – substituição da penhora por não observar a ordem legal (ver os demais incisos) 835, § 1º - dinheiro é prioritário 848 – modificação por qualquer das partes 847 = modificação pelo devedor Dever de cooperação do executado Art. 774, CPC Realização e formalização da penhora - 829, § 1º - 838 – auto de penhora (requisitos) I a IV - Pelo oficial de justiça (836, § 1º) - se houver resistência ou necessidade de arrombamento (2 oficiais) (846, § 3º e § 1º) Intimação da penhora – 841 CPC Penhoras especiais - 854 e seguintes Da penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira (854) - não se aplica a fundos de investimento (não é certo e pode não ser líquido) - conta conjunta – TJSP entende que não pode, ou seja, pode defender metade. STJ entende que pode penhorar o todo. - 854, § 8º - responsabilidade objetiva da instituição financeira. - impenhorabilidade – 854, § 3º Da penhora de créditos (855/860) Da penhora das quotas ou ações de sociedades personificadas (861) Da penhora de empresa, de outros estabelecimentos e de semoventes (862/865) - penhora de edifício em construção sob o regime de incorporação imobiliária (862, §§ 3º e 4º) - empresas concessionárias (863) - navio ou aeronave (864) Da penhora de percentual de faturamento de empresa 866 CPC Penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel ou imóvel 867 a 869 CPC Das modificações da penhora - 847 a 853 CPC 847 e 848 – substituição da penhora 847 – 10 dias 848 – a qualquer tempo 874, II – ampliação da penhora 874, I – redução da penhora 849 – lavra-se novo termo 851 – renovação da penhora Simples petição para requerimento 835 – ordem de penhora 13. DEPÓSITO, AVALIAÇÃO, EXPROPRIAÇÃO DEPÓSITO A penhora se aperfeiçoa mediante apreensão e depósito de bens do devedor (839 CPC). Os bens são retirados da posse direta do executado. O oficial escolhe o depositário. Excepcionalmente fica com o executado (840, III e § 2º) Ver 840 CPC - Depósito de móveis, semoventes, imóveis urbanos e direitos aquisitivos de imóveis urbanos (840, II) - Saldo bancário ou aplicação financeira (transferência para conta especial – 854, § 5º) - Jóias, pedras e objetos preciosos (840, § 3º) Função do depositário - auxiliar da justiça (art. 159 CPC) - tem a função de guardar e conservar os bens, evitando extravios e deteriorações, aguardando o ato final expropriatório Alienação antecipada dos bens penhorados 852 – O depositário deve alertar o juiz (e 730) 853 – Ouvirá a parte contrária - o depositário pode ter também função de administrador (862). Gestão. - o depositário tem responsabilidade civil e criminal EXPROPRIAÇÃO Expropriação executiva é o ato estatal coativo por meio do qual o juiz transfere a propriedade do executado sobre o bem penhorado, no todo ou em parte, independentemente da concordância do dono, e como meio de proporcionar a satisfação do direito do credor. Modalidades de expropriação Art. 825 I – adjudicação II – alienação III – apropriação de frutos e rendimentos - Ordem de preferência dos meios expropriatórios – 880 e 881 AVALIAÇÃO – 870/875 Art. 870 e seguintes (ver) 871, III – hipótese de cotação oficial - Laudo de avaliação – requisitos – art. 872 CPC - descrição dos bens com suas características - estado em que se encontram - atribuição de valor - Dispensa de avaliação – 871 - Contraditório – 872, § 2º - Repetição da avaliação, 873 e ainda a realização especial de nova avaliação – 878 - Regras da nova perícia 873 p. único (480) ADJUDICAÇÃO Conceito Ato de expropriação executiva em que o bem penhorado se transfere in natura para o credor, fora da arrematação. Requisitos – 876 - requerimento - preço não inferior o da avaliação - o executado deve ser intimado - 876, § 1º - legitimados – 876, §§ 5º e 7º - prazo – após a avaliação - o deferimento da avaliação é decisão interlocutória ALIENAÇÃO POR INICIATIVA PARTICULAR 879, I e 880 - não deve ter havido adjudicação - procedimento 880 – deve ser requerida - preço mínimo (não pode ser preço vil - 891) - 880, § 2º aperfeiçoamento - Carta de alienação – é expedida após a formalização do termo do § 2º, do 880, CPC. O conteúdo será equivalente ao previsto no art. 772, § 2º: descrição do imóvel... - se for bem móvel, expede-se mandado de entrega do bem ao adquirente. ALENAÇÃO EM LEILÃO JUDICIAL Hasta pública (no CPC leilão), é a alienação de bens em pregão, ou seja, em oferta pública promovida pelo Poder Público. Espécies de Hasta Pública Não há mais distinção entre praça e leilão. - leilão judicial: 881, caput (presencial ou eletrônico) - pregão da bolsa de valores: 881, § 2º Só ocorrerá se o exeqüente não se interessar pela adjudicação ou alienação por iniciativa particular (881, caput) O leilão será preferencialmente eletrônico (882) Escolha do leiloeiro Pode ser indicado pelo exeqüente, mas é nomeado pelo juiz 883. O mesmo vale para corretor da bolsa. Edital do leilão Conteúdo obrigatório – art. 886 887 – publicidade do edital Deveres do leiloeiro 884. Remuneração – 884, p. único Intimação da alienação ao devedor E outros também Art. 889. Adiamento do leilão Art. 900 e 888 (ex. encerramento antecipado do expediente forense) Preço vil - 891 Leilão e aquisição a prazo 895 Proposta – 895, § 1º A prazo – 895, §§ 2º, 6º, 7º - (preferência à vista) Mora ou inadimplemento 895, § 4º Legitimação para arrematar 890 Formalização da arrematação – 901/903 - auto Leilão de imóvel de incapaz – 896 (80% mínimo) Desistência da arrematação – 903, § 5º 14. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - IMPUGNAÇÕES À PENHORA, AVALIAÇÃO e EXPROPRIAÇÃO EXPROPRIAÇÃO - 903, §§ 1º e 2º - Impugnação à arrematação. Aplica-se também à adjudicação e à alienação por iniciativa privada. - Ocorre depois da lavratura do auto e antes da expedição da respectiva carta e da ordem de entrega. Dentro dos próprios autos. 10 dias. - 903, § 4º - expedida a cata de arrematação ou a ordem de entrega, a impugnação somente será possível por meio de ação autônoma. Legitimação: - executado ou responsável (autor) - arrematante e exeqüente (réus) (litisconsórcio necessário) AVALIAÇÃO 872, § 2º - Contraditório PENHORA 917, § 1º simples petição (847/848) SATISFAÇÃO DO CRÉDITO 904 a 909 CPC (ver) 15. EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA E OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA Certa 806/810 CPC Incerta 811/813/CPC EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA CERTA - citação para satisfazer a obrigação em 15 dias – 806 CPC - um só mandado para citação e apreensão - com a citação pode ocorrer: - entrega da coisa – a contar da citação - inércia do devedor - depósito da coisa – para tentar efeito suspensivo dos embargos 919, § 1º - embargos à execução – a contar da juntada (915) Cominação de multa diária - Art. 806, § 1º, primeira parte - é meio de coerção - pode ser revista a qualquer tempo Alienação da coisa devida - se foi alienada após a propositura da execução, permanece alcançável – 808 CPC. Fraude à execução. Ineficaz perante o credor (790, I e 792, § 4º). Embargos de terceiro – 792, § 4º. - se não estiver mais em poder do adquirente,não tem este obrigação de indenizar. A obrigação pelo equivalente é do devedor. A responsabilidade do adquirente é limitada exclusivamente à entrega da coisa. Execução da obrigação substitutiva - Art. 809. Por essa opção, transforma-se a execução para entrega de coisa certa em execução por quantia certa. - Liquidada a obrigação o devedor será intimado para pagar em 3 dias (829 CPC) - não há necessidade de nova citação Execução de coisa sujeita a direito de retenção - Art. 810 Embargos de retenção - Art. 917, IV, apenas para execução de título extrajudicial EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA INCERTA - Arts. 811 a 813 CPC EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER – 814/823 - O objeto da relação jurídica é um comportamento do devedor. Positivo ou negativo, conforme a obrigação. Fungibilidade das obrigações São fungíveis as obrigações de fazer que por sua natureza ou por contrato, podem ser substituídas por terceiro, quando o obrigado não as satisfaça. Ex. empreitadas de serviços rurais (desmatamento, plantio de lavoura), construção, limpeza ou reforma de edifícios. Infungíveis são as prestações que somente podem ser satisfeitas pelo obrigado. Infungibilidade - convencional - material A obrigação fungível poderá ser executada especificamente pelo credor (816/817) Astreinte - Multa diária para compeli o devedor a cumprir a obrigação de fazer e não fazer (814) Obrigações positivas - podem ser - de prestação fungível - de prestação materialmente infungível - de prestação apenas juridicamente infungível (obrigações de declaração de vontade) A execução forçada e o resultado a ser alcançado pelo credor variarão conforme a hipótese. Ver 814 a 823 16. EMBARGOS À EXECUÇÃO E EXECUÇÃO DE ALIMENTOS EMBARGOS À EXECUÇÃO - 914 a 920 Natureza jurídica Ação de cognição incidental, constitutiva. Visa desconstituir a relação jurídica líquida e certa retratada no título. Legitimação - pode propor os embargos o sujeito passivo da execução - os embargos de coexecutados são autônomos - o prazo para embargos é individual e surge com a juntada do respectivo mandado de citação. - ressalva – 915, § 1º Competência - é incidental, ou seja, o mesmo juízo do principal (arts. 61, 286 e 914, § 1º, CPC) - na execução por carta a competência para os embargos, ora é do deprecante, ora do deprecado, conforme a matéria (914, § 2º) - contagem do prazo – conforme o caso: 915, § 2º, I 915, § 2º, II Sobre os embargos - E ação nova. Tem distribuição, registro e autuação. - Distribuição por dependência (286) Conexão. - Tem custas e valor da causa. - Petição inicial – observar os requisitos 319 e 320 CPC - Instrução com as peças 914, § 1º CPC - Advogado pode declarar a autenticidade (425, IV) - Autos apartados da execução Segurança do juízo - requisito do efeito suspensivo (919) - deixou de ser condição de procedibilidade Prazo - art. 915 - litisconsórcio no pólo passivo – 915, § 1º Rejeição liminar dos embargos 918 CPC - Embargos intempestivos (ver 218, § 4º) - Indeferimento da inicial - Inépcia da inicial – Art. 330 e § 1º - Vícios sanáveis – art. 321 - O indeferimento tem natureza de sentença. Extingue os embargos. Desafia apelação. - Embargos manifestamente protelatórios - argumentos que não se apóiam no direito Procedimento Art. 920 Não há citação – é intimação A defesa é impugnação Multa nos embargos manifestamente protelatórios Art. 774, II CPC e p. único Art. 918, p. único Art. 77, § 2º É um dever do juiz e não uma faculdade no caso de embargos manifestamente protelatórios. Multa decorrente de má-fé 80 e 81 CPC Embargos à execução e revelia do embargado Não há citação. Não há revelia. A prova cabe ao Embargante, mesmo sem impugnação. Há a força do título. Efeitos dos Embargos - 919 CPC – não terão efeito suspensivo - Exceção para atribuição de efeito suspensivo: Art. 919, § 1º + 300 (probabilidade e perigo da demora) ou 311, II e IV CPC - Em ambos os casos deve estar segura o juízo - 919, § 2º - provisoriedade e reversão do efeito suspensivo - De qualquer forma, a paralisação da execução somente ocorrerá após a penhora e avaliação (919, § 5º) Embargos parciais Se houver suspensão, esta também será parcial. Art. 919, § 3º. Embargos de um dos coexecutados Art. 919, § 4º - Não aproveita os demais. Nem o efeito suspensivo. Isso se o fundamento disse respeito exclusivamente ao Embargante. Embargos fundados em excesso de execução – 917, § 2º Art. 917, § 4º, I e II – o embargante deve juntar memória de cálculo do débito que entende devido. Arguição de incompetência Art. 917, V Direito de Retenção Art. 917, IV Matéria argüível nos embargos à execução – 917, I a IV - nulidade da execução - vícios de penhora e da avaliação (não só nos embargos, mas também por simples petição) - excesso de execução - retenção - defesas próprias do processo de conhecimento Artigo 940 CC – o pedido pode ser feito nos Embargos - STJ Parcelamento do crédito exequendo - Art. 916 - requerido por petição simples - é direito do executado, não é poder discricionário Embargos à execução de título extrajudicial contra a Fazenda Pública Art. 910 CPC EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE (525, § 11 e 803 CPC) - Para acusar a falta de condições da ação de execução, ou ausência de algum pressuposto processual, pode o executado usar simples petição. - Matéria de ordem pública. - (Doutrina atual – objeção de pré-executividade) - Questão de direito ou de fato documentalmente provado. - Se extinguir a execução, cabe sucumbência. - Se for rejeitada, a execução prossegue sem sucumbência. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS - arts. 528 a 533 CPC - prisão – 528, §§ 3º a 7º - quantia certa – 528, § 8º - a intimação é pessoal e não do advogado - competência – regra especial – art. 528, § 9º - desconto em folha – 529, caput e § 3º - custas e honorários não entram na prisão - definitivos e provisórios – art. 531 - abandono material – art. 532 - ato ilícito – art. 533 – constituição de capital
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