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Caderno de Processo Civil - Execução

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CPC – Parte Especial – Livro 2 
arts. 771 a 924 
Tutela executiva: é a atividade jurisdicional que visa à 
satisfação de um crédito insculpido num título, ou ainda, tem 
por objeto compelir o devedor ao cumprimento da prestação 
devida. 
Formas de Tutela Executiva: 
a) tutela executiva decorrente de título executivo judicial (o 
cumprimento de sentença); 
b) tutela executiva decorrente de título executivo extrajudicial 
(a execução autônoma). 
 
Princípios da Execução: 
Princípio da livre iniciativa – O processo, para iniciar-se, depende de provocação do interessado 
(CPC, art. 2.º), bem assim, a execução depende da promoção dos legitimados ativos arrolados 
no art. 778 do CPC. 
Princípio da disponibilidade - O credor tem a faculdade de executar ou não o devedor e, bem 
assim, o art. 775 do CPC dispõe que o exequente pode desistir da ação executiva ou de 
alguns atos executivos, dependendo a desistência de homologação (CPC, art. 198, par. único); 
após oferecidos embargos pelo devedor, se estes envolverem matéria de mérito, a desistência 
dependerá da anuência do embargante, todavia, se a matéria neles deduzida for de cunho 
processual, haverá extinção do processo (CPC, art. 775, par. único, 1, 11). 
Princípio da realidade (a execução é real) – A execução incide direta e exclusivamente sobre o 
patrimônio do executado e não sobre a sua pessoa (CPC, art. 789); excetuada a hipótese do 
devedor de alimentos (CPC, art. 528, § 3º). 
Princípio da satisfatividade - A execução objetiva a satisfação do direito do credor, sendo que 
a incidência patrimonial ocorrerá sobre tantos bens do devedor, quantos bastem para o 
pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios (CPC, 
art. 831). 
Princípio da utilidade – A execução deve ser útil ao credor, não servindo como mero 
instrumento de castigo ou sacrifício ou prejuízo do devedor; assim, a execução e os meios 
executórios devem ser afastados quando forem inócuos para a satisfação do direito 
do exequente (CPC, art. 891). 
Princípio do ônus da execução – A execução corre às expensas do devedor; não satisfeita a 
obrigação no termo ou pela forma especificada no título, caracterizado estará o inadimplemento 
do devedor que deverá suportar todas as consequências de sua demora – principal atualizado, 
juros, custas e honorários; (CPC, arts. 826, 831). 
Princípio do resultado – A execução se desenvolve no interesse do credor, havendo 
predominância da posição processual do credor em relação ao devedor (CPC, art. 797). 
Princípio da dignidade da pessoa humana – A execução não deve levar o executado a uma 
situação incompatível com a dignidade humana, não podendo servir como instrumento para 
causar a ruína, o desabrigo do devedor e sua família (CPC, art. 833). 
 
 
 
 
Legitimidade ativa (CPC, art.778) – A execução forçada pode ser promovida pelo 
credor. Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao 
exequente originário (§ 1°) 
1. o Ministério Público, nos casos previstos em lei; 
2. o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, 
lhes for transmitido o direito resultante do título executivo; 
3. o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido 
por ato entre vivos; 
4. o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. 
Obs.: A sucessão prevista no §1 depende de consentimento do executado (§ 2°) 
 
Legitimidade passiva (CPC, art. 779) – A execução pode ser promovida contra: 
1. o devedor, reconhecido como tal no título executivo; 
2. o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; 
3. o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação 
resultante do título executivo; 
4. o fiador do débito constante em título extrajudicial; 
5. o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito; 
6. o responsável tributário, assim definido em lei. 
Competência – CPC, art. 781: 
A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo 
competente, à escolha do credor, que poderá ser: 
1. o foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de 
situação dos bens a ela sujeitos; 
2. tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de 
qualquer deles; 
3. sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser 
proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente; 
4. havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será 
proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente; 
5. a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato 
ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais 
resida o executado. 
 
Tipos de Processo: 
a) Conhecimento: Gera pronunciamento judicial, aplicando-se à 
realidade fática (situação concreta) o direito vigente (norma 
legal), nele se conhecem os fatos e se os discutem, se produzem 
provas, e se decide quem é o titular do direito - portanto, haverá 
produção de provas, contraditório, cognição exauriente, sentença 
de mérito – Parte Especial, Livro 1, do CPC. 
b) Execução: Visa o cumprimento do mandamento judicial (título 
executivo judicial - sentença), ou do mandamento contido em 
documento legalmente reconhecido (título executivo extrajudicial) - 
exigir, de forma coercitiva, o cumprimento da obrigação, o 
pagamento da dívida, a que tem direito o credor, compelindo-se, a 
tanto, o devedor - não há produção de provas, contraditório, 
prolação de sentença; a oposição é procedida através de 
Embargos à Execução, ação incidental de conhecimento - Parte 
Especial, Livro 11, do CPC. 
 
 
CPC – Art. 784 
Art. 799. Incumbe ainda ao exequente: 
 
1. requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou 
fiduciário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, 
hipoteca, anticrese ou alienação fiduciária; 
2. requerer a intimação do titular de usufruto, uso ou habitação, quando a 
penhora recair sobre bem gravado por usufruto, uso ou habitação; 
3. requerer a intimação do promitente comprador, quando a penhora recair 
sobre bem em relação ao qual haja promessa de compra e venda registrada; 
4. requerer a intimação do promitente vendedor, quando a penhora recair sobre 
direito aquisitivo derivado de promessa de compra e venda registrada; 
5. requerer a intimação do superficiário, enfiteuta ou concessionário, em caso 
de direito de superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de 
moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre 
imóvel submetido ao regime do direito de superfície, enfiteuse ou concessão; 
6. requerer a intimação do proprietário de terreno com regime de direito de 
superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou 
concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre direitos do 
superficiário, do enfiteuta ou do concessionário; 
7. requerer a intimação da sociedade, no caso de penhora de quota social ou 
de ação de sociedade anônima fechada, para o fim previsto no art. 876, § 
7º; 
8. pleitear, se for o caso, medidas urgentes; 
9. proceder à averbação em registro público do ato de propositura da execução 
e dos atos de constrição realizados, para conhecimento de terceiros. 
10. requerer a intimação do titular da construção-base, bem como, se for o caso, 
do titular de lajes anteriores, quando a penhora recair sobre o direito real 
de laje; 
11. requerer a intimação do titular das lajes, quando a penhora recair sobre a 
construção-base. 
 
 
 
 
 
 
Emenda / indeferimento 
Art. 801. Verificando que a petição inicial está incompleta ou 
que não está acompanhada dos documentos indispensáveis à 
propositura da execução, o juiz determinará que o exequente a 
corrija, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento. 
Art. 802.Na execução, o despacho que ordena a citação, desde 
que realizada em observância ao disposto no § 2º do art. 240, 
interrompe a prescrição, ainda que proferido por juízo 
incompetente. 
Parágrafo único. A interrupção da prescrição retroagirá à data 
de propositura da ação. 
 
Petição Inicial: 
 
A Petição Inicial da ação de execução, além dos requisitos especificados no art. 319, 
observará a orientação dos art. 798 e 799, todos do CPC. 
Art. 319. A petição inicial indicará: 
1. o juízo a que é dirigida; 
2. os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a 
profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no 
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a 
residência do autor e do réu; 
3. o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
4. o pedido com as suas especificações; 
5. o valor da causa; 
6. as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos 
alegados; 
7. a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de 
mediação. 
 
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente: 
1 - instruir a petição inicial com: 
a) o título executivo extrajudicial; 
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se 
tratar de execução por quantia certa; 
c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso; 
d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou 
que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua 
prestação senão mediante a contraprestação do exequente; 
2 - indicar: 
a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser 
realizada; 
b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no 
Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica; 
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível. 
 
 
 
Art. 798, CPC, 
Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter: 
1. o índice de correção monetária adotado; 
 
2. a taxa de juros aplicada; 
3. os termos inicial e final de incidência do índice de 
correção monetária e da taxa de juros utilizados; 
4. a periodicidade da capitalização dos juros, se for o 
caso; 
5. a especificação de desconto obrigatório realizado. 
 
 
 
CPC – Art. 784 
Espécies de Execução: 
▪ Execução para Entrega de Coisa Certa – CPC, arts. 806 a 810; 
▪ Execução para Entrega de Coisa Incerta – CPC, arts. 811 a 813; 
▪ Execução de Obrigação de Fazer – CPC, arts. 815 a 821; 
▪ Execução de Obrigação de Não Fazer – CPC, arts. 822 a 823; 
▪ Execução Por Quantia Certa – CPC, arts. 824 a 909; 
▪ Execução Contra a Fazenda Pública – CPC, arts. 910; 
▪ Execução de Alimentos – CPC, arts. 911 a 913. 
 
 
A execução deve ser aparelhada com o título executivo (nulla executio sine titulo), que a 
lei prevê como tal (nulla titulus sine lege). 
 
Dispõe o CPC, no art. 784 – São títulos executivos extrajudiciais: 
1. a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; 
2. a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; 
3. o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas 
4. o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria 
Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por 
conciliador ou mediador credenciado por tribunal; 
5. o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de 
garantia e aquele garantido por caução; 
6. o contrato de seguro de vida em caso de morte; 
7. o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
8. o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como 
de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; 
9. a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; 
10. o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio 
edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, 
desde que documentalmente comprovadas; 
11. a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de 
emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados 
nas tabelas estabelecidas em lei; 
12. todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força 
executiva. 
 
 
➢ A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não 
inibe o credor de promover-lhe a execução (§ 1o). 
➢ Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem 
de homologação para serem executados (§ 2o). 
➢ O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de 
formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for 
indicado como o lugar de cumprimento da obrigação (§ 3o). 
 
 
 
 
 
 
Requisitos do título (CPC, art.783) 
A execução fundar-se-á em título de obrigação certa, líquida e 
exigível (CPC, art. 783). 
Certeza – da existência e da qualidade da obrigação (objetiva) e, 
de quem são os sujeitos da relação jurídica obrigacional, credor 
e devedor (subjetiva) – – tipo da obrigação, o objeto da 
obrigação, os sujeitos da obrigação, em suma, envolve a 
perfeição formal do título; 
Liquidez – em saber o quanto e o que se deve, isto é, a exata 
quantidade, medida, do que é devido, ou ainda, a exata 
determinação, identificação do que é devido; 
Exigibilidade – está vinculada ao vencimento da obrigação, da 
dívida, isto é, somente após vencido o termo ou cumprida a 
condição será exigível o título e, portanto, exequível se não 
cumprido espontaneamente pelo devedor. 
 
Execução para Entrega de Coisa Certa – arts. 806 a 810; 
Coisa específica, certa, determinada (veículo da marca Y, placa CFO 0535) 
Citação - para o executado satisfazer a obrigação em 15 dias (art. 806), 
podendo o juiz desde logo fixar multa por dia de atraso no cumprimento da 
ordem de entrega (§ 1º); do mandado citatório constará ordem de imissão na 
posse (imóvel) ou de busca e apreensão (móvel), cujo cumprimento se dará 
de imediato, se o executado não satisfizer a obrigação no prazo que lhe foi 
designado (§ 2º); 
▪ Posicionamentos do Executado: 
a) Entrega da coisa (art. 807) – lavratura do termo respectivo e 
considerada satisfeita a obrigação - prossegue a execução (por quantia certa), 
para o pagamento de frutos ou o ressarcimento de prejuízos, se houver. 
Sentença de Extinção da Execução (art. 925); 
b) Coisa não é entregue, se deteriora, não é encontrada – direito do exequente 
de receber o valor da coisa mais perdas e danos (art. 809); se o valor da 
coisa não constar do título e sendo impossível sua avaliação, o exequente 
apresentará estimativa, sujeitando-a a arbitramento judicial (§ 1º), apurando-
se em liquidação o valor da coisa e os prejuízos (§ 2o); 
c) Coisa é alienada quando já litigiosa - expedição de mandado contra o 
terceiro adquirente, que somente será ouvido após depositá-la (art. 808); 
d) Existência de Benfeitorias ou Saldo - benfeitorias indenizáveis feitas na 
coisa, ficam sujeitas a liquidação prévia e obrigatória (art. 810); saldo 
existente, se em favor do executado, o exequente o depositará ao requerer a 
entrega da coisa (par. único, 1); se o saldo for em favor do exequente, este 
poderá cobrá-lo nos autos do mesmo processo (par. único, 11) 
 
Execução para Entrega de Coisa Incerta – arts. 811 a 
813; 
Obrigações ditas genéricas, pois da coisa sabe-se o gênero e a quantidade, não 
a qualidade – 02 sacas de café, sem determinar se é tipo X ou Y 
Petição Inicial – observadosos requisitos do art. 798 do CPC, é dirigida ao 
juízo competente (art. 781), se a escolha couber ao credor, este já deverá 
indicá-la (art. 811, par. único); 
Citação - o executado será citado para entregá-la individualizada, se lhe 
couber a escolha (art. 811); 
Impugnação à escolha – qualquer das partes, em 15 dias, poderá impugnar 
a escolha feita pela outra, seguindo-se decisão judicial, de plano ou após 
instrução, se necessário, com realização de perícia (art. 812); 
Prosseguimento do feito – individualizada, identificada a coisa, terá 
seguimento o processamento como execução para entrega de coisa certa - 
CPC, arts. 806/810. 
 
 
Petição inicial 
Citação do Executado para entregar a coisa escolhida pelo 
Credor ou pelo próprio devedor – CPC, art. 811
Impugnação da escolha em 15 dias - CPC, art. 812 
Julgamento de plano 
Nomeação de perito – CPC, art. 812 
Julgamento – CPC, art. 812 
Prosseguimento como Execução para entrega de coisa certa- 
CPC, art. 813 
Art. 811 a 813 Art. 811 a 813 Art. 806 a 810 
Petição inicial (art. 781, 798) 
Citação para cumprir a obrigação em 15 dias – CPC, art. 806 
Devedor Entrega a Coisa 
Lavra-se termo –CPC, art.807 
Prossegue a execução para 
pagamento de frutos/ressarcimento 
de prejuízos - CPC, art.807 
Sentença de Extinção da 
Execução – CPC, art. 925 
Devedor deposita a 
coisa para embargar 
Executado opõe embargos 
– CPC, art. 914 
Apreensão Judicial da coisa 
– CPC, art. 806 § 2º 
Devedor não 
entrega a coisa 
Coisa não encontrada em 
poder do executado 
Opções do exequente 
Execução volta-se ao 3º 
- CPC, art. 808 
Perdas e Danos – 
CPC, art. 809 
Deposita Entrega 
Execução por 
Quantia Certa 
Extinção da 
Execução 
Embargo de 3º 
- CPC, art. 792 
 
 
 
 
CPC – Art. 771 a 924 
Obrigações de Fazer Fungíveis 
Procedimento - CPC, arts. 815/820: 
✓ Petição Inicial – observados os requisitos do art. 798 do CPC, dirigida ao juízo 
competente (art. 781); ao despachar a petição inicial, o juiz fixará prazo para o 
cumprimento da obrigação e multa por atraso no cumprimento (art. 814); havendo 
especificação de multa no título, poderá o juiz reduzir seu valor/percentual caso entenda 
excessivo (par. único, art. 814); 
✓ Citação - para o executado satisfazer a obrigação no prazo que o juiz designar ou 
naquele constante 
no título (art. 815); 
✓ Posicionamentos do Executado: 
• Satisfação da obrigação voluntariamente pelo executado no prazo da citação, extingue-
se o processo por sentença (arts. 924, II, 925); 
• Não cumprida a obrigação no prazo, fica à escolha do exequente o modo como será 
satisfeita: 
✓ poderá reclamar perdas e danos, convertendo-se a prestação de fato em 
indenização ou, 
✓ a obrigação será realizada por terceiro e à custa do executado (art. 816); 
a) Satisfação da obrigação por Perdas e Danos - o valor da indenização será 
apurado em liquidação, seguindo-se a execução como quantia certa (art. 816, 
par. único); 
b) Satisfação da obrigação pelo Terceiro – será realizada à custa do executado, 
adiantando o exequente as quantias previstas na proposta do terceiro que, 
após ouvidas as partes, o juiz houver aprovado (art. 817 e par. único); 
1. Cumprida a obrigação, o juiz ouvirá as partes a respeito em 10 dias; 
havendo concordância, o juiz considerará satisfeita a obrigação e 
extinguirá a execução (arts. 818, 925); havendo impugnação, o juiz a 
decidirá (art. 818, par. único); 
2. Terceiro não cumpre a obrigação, deixa de realizá-la no prazo ou a faz de 
modo defeituoso ou incompleto, o exequente poderá, no prazo de 15 dias 
requerer ao juiz que o autorize a concluí-la ou repará-la à custa do próprio 
terceiro (art. 819); o contratante (terceiro) será ouvido em 15 dias e o juiz 
determinará a avaliação do custo das despesas necessárias, condenando-o 
a pagá-las (art. 819, par. único); 
3. Preferência terá o exequente na realização da obrigação, em igualdade de 
condições com o terceiro, quanto à oferta, caso pretenda executar ou mandar 
executar, sob sua direção e vigilância, as obras e os trabalhos necessários 
à realização da prestação (art. 820); tal direito de preferência deverá ser 
exercitado no prazo de 05 dias contados da aprovação da proposta ofertada 
pelo terceiro (art. 820, par. único). 
 
 
 
➢Execução das Obrigações de Fazer e de Não Fazer 
O Capítulo 111 (do Título 11, do Livro 11, Parte Especial do CPC), 
trata da execução das obrigações que envolvem a realização de um ato 
ou a abstenção de um ato pelo executado, subdividindo-se em duas 
Seções: 
a) Execução de Obrigação de Fazer (CPC, arts. 814/821; CC, arts. 
247/249), 
✓ Fungíveis (satisfeitas por terceiros, quando não realizadas 
pelo devedor) 
✓ Infungíveis (satisfeitas apenas pelo devedor) 
b) Execução de Obrigação de Não Fazer (CPC, arts. 822,823; CC, 
arts. 250/251) 
 
 
Execuções das Obrigações de Não Fazer 
Procedimento - CPC, arts. 822 e 823 
 
✓ Petição Inicial – observados os requisitos do art. 798 do CPC, dirigida ao 
juízo competente (art. 781), o exequente requererá ao juiz que assine prazo para 
o executado desfazer ato a cuja abstenção estava obrigado por lei ou por contato 
(art. 822); 
✓ Citação - para o executado para desfazer o ato no prazo assinado pelo juiz 
(art. 822); 
✓ Posicionamentos do Executado: 
• Satisfação da obrigação voluntariamente pelo executado no prazo da citação, 
extingue-se o processo por sentença (arts. 924, 11, 925); 
• Recusa ou mora do executado, o exequente requererá ao juiz que mande 
desfazer o ato à custa daquele (sob o rito da execução de obrigação de fazer), 
que responderá por perdas e danos, em execução por quantia certa (art. 823); 
não sendo possível o desfazimento, resolve-se a obrigação em perdas e danos, 
apurados em liquidação, prosseguindo como execução por quantia certa (art. 
823, par. único) 
 
 
 
Obrigações de Fazer Infungíveis 
Procedimento - CPC, arts. 821 
 
✓ Petição Inicial – observados os requisitos do art. 798 do CPC, 
dirigida ao juízo competente (art. 781); o requerente requererá ao juiz que 
fixe prazo para o executado cumprir a obrigação (art. 821); 
✓ Citação - para o executado satisfazer pessoalmente a obrigação no 
prazo que o lhe foi assinado 
(art. 821); 
✓ Posicionamentos do Executado: 
• Satisfação da obrigação voluntariamente pelo executado no prazo da 
citação, extingue-se o processo por sentença (arts. 924, 11, 925); 
• Recusa ou mora do executado, sua obrigação pessoal será convertida 
em perdas e danos, prosseguindo o processo como execução por quantia 
certa (art. 821, par. único). 
 
 
Petição inicial 
Citação do Executado no prazo que o juiz assinar – CPC, art. 815
Art. 815 a 820 
Executado não cumpre a prestação - art. 816 Executado cumpre no prazo fixado - art. 818 
Impugnação do 
exequente – art 818 
Acolhimento da 
impugnação 
Prossegue a execução 
Exequente não exerce a 
preferência 
Exequente pede autorização p/ 
realizar a obra – art. 820 
Obra é concluída Obra é concluída 
Não há impugnação 
Rejeição da impugnação 
Extinção da execução por 
sentença – arts. 818, 925 
Opções do exequente 
Realização da Obra à custa 
do executado – art. 816 
Obra passa para 3º 
- art. 817 
Proposta 
Converte a execução em 
perdas e danos – art. 816 
Liquidação 
Segue execução por quantia certa 
– art. 816, parágrafo único 
Proposta aprovada 
 
 
Petição inicial (art 781, 798) 
Citação para o executado fazer pessoalmente a obra no prazo 
assinado – arts. 821
Obrigação é cumprida 
pelo executado 
Há recusa ou demora do executado 
Segue como execução por quantia 
certa – art. 821, parágrafo único 
Art. 821 Art. 822, 823 
Petição inicial (art. 781, 798) 
Citação para o executado desfazer o ato no prazo assinado – CPC, art. 822 
Executado cumpre 
Termo nos autos 
Sentença de extinção da obrigação 
Não é possível desfazer 
Há recusa ou demora do executado – art. 823 
Sendo possível desfazer, juiz autoriza a medida 
a serrealizada à custa do executado - segue 
procedimento da execução de obrigação de fazer 
Executado responde por 
perdas e danos - segue como 
execução por quantia certa 
Termos nos autos 
Sentença de extinção da 
obrigação 
Perdas e danos - segue 
como execução por 
quantia certa 
 Execução por Quantia Certa 
Execução das obrigações que envolvam dívida de valor monetário, cujo patrimônio do 
devedor é a garantia de satisfação do credor. 
Objeto da ação: será a expropriação de bens do executado para pagamento do montante 
devido ao exequente (CPC, art. 824). 
 
A expropriação consiste em: 
1 - Adjudicação; 
2 – Alienação; 
3 - Apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros 
bens (CPC, art. 825); 
Faculta-se ao executado antes de adjudicados ou alienados os bens, remir a execução, 
pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, acrescida de juros, custas 
e honorários advocatícios (CPC, art. 826). 
 
Procedimento - CPC, arts. 827 e seguintes: 
 
1. Petição Inicial: 
➢ requisitos do art. 798 do CPC, 
➢ dirigida ao juízo competente (art. 781); 
➢ ao despachar a petição inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios 
de 10% a serem pagos pelo executado (Art. 827); 
➢ em caso de integral pagamento no prazo de 03 dias, o valor da verba honorária 
será reduzido pela metade (§ 1º). 
➢ Poderá, entretanto, ser elevado a até 20% o valor dos honorários, em caso de 
rejeição aos Embargos à Execução e, no caso de não opostos Embargos, a 
majoração advirá ao final do procedimento executivo, levando-se em conta o trabalho 
desenvolvido pelo advogado do exequente (§ 2º). 
 
2. Citação: 
➢ para o executado pagar a dívida no prazo de 03 dias, contado da citação (art. 
829), constando do mandado, ainda, a ordem de penhora e a avaliação, a serem 
cumpridas pelo oficial de justiça tão logo se tenha escoado o prazo para pagamento, 
lavrando-se de tudo auto, do que será intimado o executado (§ 1º). 
➢ A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo se outros forem 
indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante demonstração de que a 
constrição proposta lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente (§ 
2º). 
➢ Não sendo encontrado o executado, o oficial de justiça arrestar-lhe-á tantos bens 
quantos bastem para garantir a execução (art. 830); 
➢ nos 10 dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça 
procurará o executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo 
suspeita de ocultação, realizará a citação com hora certa, certificando 
pormenorizadamente o ocorrido (§ 1º). 
➢ Incumbe ao exequente requerer a citação por edital, uma vez frustradas 
a pessoal e a com hora certa (§ 2o). 
➢ Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de pagamento, o arresto 
converter-se-á em penhora, independentemente de termo (§ 3º). 
 
3. Penhora - CPC, arts. 831 a 833: 
➢ recairá sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do 
principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários 
advocatícios (art. 831); 
➢ não estando sujeitos à execução os bens que a lei considera 
impenhoráveis ou inalienáveis (art. 832). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Penhora Inútil (art. 836): 
➢ Não se realizará a penhora se evidente que o produto da execução dos 
bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas. 
➢ Não encontrando bens penhoráveis, independentemente de determinação 
judicial expressa, o oficial de justiça descreverá na certidão os bens que 
guarnecem a residência ou o estabelecimento do executado, quando este 
for pessoa jurídica (§ 1º); neste caso, elaborada a lista de bens, o 
executado ou seu representante legal será nomeado depositário 
provisório dos mesmos até ulterior determinação do juiz (§ 2o). 
Penhora por Meios Eletrônicos: 
➢ Podem ser de bens imóveis e móveis, obedecidas as normas de 
segurança instituídas sob critérios uniformes pelo Conselho Nacional 
de Justiça. 
➢ Em caso de pedido de penhora de dinheiro ou de aplicação financeira, 
o juiz, sem dar ciência prévia ao executado, determinará às instituições 
financeiras que torne indisponíveis os ativos existentes, limitando-se a 
indisponibilidade ao valor indicado na execução (art. 854), observando- 
se quanto ao mais o disposto nos artigos 856 e seguintes. 
 
Bens impenhoráveis (art. 833): 
1 - Os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à 
execução; 
2 - Os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência 
do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades 
comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
3 - Os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo 
se de elevado valor; 
4 - Os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os 
proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como 
as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do 
devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários 
de profissional liberal, ressalvado o § 2o; 
5 - Os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou 
outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; 
6 – O seguro de vida; 
7 - Os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem 
penhoradas; 
8 – A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada 
pela família; 
9 - Os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação 
compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
10 - A quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 
(quarenta) salários-mínimos; 
11 - Os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos 
termos da lei; 
12 - Os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de 
incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. 
§ 1o A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio 
bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição. 
§ 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora 
para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem 
como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, 
devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º, e no art 520, § 
3º (para títulos judiciais, em cumprimento de sentença). 
§ 3o Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os 
equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa 
física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham 
sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico 
ou quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou 
previdenciária. 
 
 
 
CPC – Art. 771 a 924 
 
 Bens penhoráveis: 
➢ São penhoráveis, inexistindo outros, os frutos e os rendimentos dos bens 
inalienáveis (art. 834). 
➢ Ordem preferencial da penhora (art. 835): 
1. dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; 
2. títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação 
em mercado; 
3. títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
4. veículos de via terrestre; 
5. bens imóveis; 
6. bens móveis em geral; 
7. semoventes; 
8. navios e aeronaves; 
9. ações e quotas de sociedades simples e empresárias; 
10. percentual do faturamento de empresa devedora; 
11. pedras e metais preciosos; 
12. direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação 
fiduciária em garantia; 
§ 1º Priorização da penhora sobre dinheiro - podendo o juiz alterar a ordem prevista no 
caput, de acordo com as circunstâncias do caso concreto. 
§ 2º Substituição da penhora - equiparam-se a dinheiro a fiança bancária e o seguro 
garantia judicial, desde que em valor não inferior aodo débito constante da inicial, 
acrescido de trinta por cento – é possível a substituição quando o executado comprove 
que lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente (art. 847). 
§ 3º Execução de crédito com garantia real - a penhora recairá sobre a coisa dada em 
garantia; pertencendo a coisa a terceiro garantidor, este também será intimado da 
penhora. 
 
4. Expropriação de bens: 
Concluídas a penhora e a avaliação, terá início a fase expropriatória, que pode consistir 
em Adjudicação, Alienação, Apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de 
estabelecimentos e de outros bens (CPC, art. 825). 
 
Espécies: 
4.1 Adjudicação: representada pela possibilidade de aquisição do bem penhorado por 
valor não inferior ao da avaliação, que pode ser exercida pelo exequente (art. 
876), tanto quanto pelos credores concorrentes que haja penhorado o mesmo bem, 
pelo cônjuge, pelo companheiro, pelos descendentes ou pelos ascendentes do 
executado (§ 5º) e, pelos indicados no art. 889, 11 a V111 
A adjudicação pode ser de bens móveis e imóveis. 
 
Praceamento – alienação de bem imóvel (lembrar – praça é imóvel) 
Leilão – alienação de bem móvel 
 
Lance ou lanço? Os dois estão corretos 
 
Partes de uma decisão: 
1. Relatório 
2. Fundamentação 
3. Dispositivo 
 
 
 
 
ii. o coproprietário de bem indivisível do qual tenha sido penhorada 
fração ideal; 
iii. o titular de usufruto, uso, habitação, enfiteuse, direito de superfície, 
concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de 
direito real de uso, quando a penhora recair sobre bem gravado com 
tais direitos reais; 
iv. o proprietário do terreno submetido ao regime de direito de superfície, 
enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou 
concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre tais 
direitos reais; 
v. o credor pignoratício, hipotecário, anticrético, fiduciário ou com 
penhora anteriormente averbada, quando a penhora recair sobre bens 
com tais gravames, caso não seja o credor, de qualquer modo, parte 
na execução; 
vi. o promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem em 
relação ao qual haja promessa de compra e venda registrada; 
vii. o promitente vendedor, quando a penhora recair sobre direito 
aquisitivo derivado de promessa de compra e venda registrada; 
viii. a União, o Estado e o Município, no caso de alienação de bem 
tombado. 
 
 
Adjudicação: 
➢ Intimação do Executado – requerida a adjudicação, o executado será dela 
intimado (§ 1º, 1, 11, 111); 
➢ Valor do Crédito (§ 4º) – sendo inferior ao dos bens, o requerente da 
adjudicação depositará de imediato a diferença, que ficará à disposição do 
executado; se superior ao dos bens, a execução prosseguirá pelo saldo 
remanescente; 
➢ Pluralidade de Pretendentes (§ 6º) - proceder-se-á a licitação entre eles, 
tendo preferência, em caso de igualdade de oferta, o cônjuge, o companheiro, 
o descendente ou o ascendente, nessa ordem. 
➢ Lavratura do Auto de Adjudicação – o juiz ordenará a lavratura, após 
transcorrido o prazo de 05 dias da intimação e decididas eventuais questões 
(art. 877); 
➢ Expedição da carta de adjudicação e o mandado de imissão na posse, quando 
se tratar de bem imóvel e, a ordem de entrega ao adjudicatário, quando se 
tratar de bem móvel (§ 1º). 
➢ Caso resultem frustradas as tentativas de alienação do bem, será reaberta 
oportunidade para requerimento de adjudicação, caso em que também se 
poderá pleitear a realização de nova avaliação 
 
4.2 Alienação: 
➢ Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a alienação que 
far-se-á por iniciativa particular ou em leilão judicial eletrônico ou presencial 
(art. 879). 
➢ Caberá ao juiz a designação de leiloeiro público, podendo também ser indicado 
pelo exequente (art. 883). 
➢ Fixação de Prazo para a Alienação – O juiz fixará o prazo em que a 
alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o preço mínimo, as 
condições de pagamento, as garantias e, se for o caso, a comissão de 
corretagem (art. 880, § 1º). 
➢ Formalização da Alienação - por termo nos autos, com a assinatura do 
juiz, do exequente, do adquirente e, se estiver presente, do executado, expedindo-
se: 
a) carta de alienação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de 
bem imóvel, 
b) a ordem de entrega ao adquirente, quando se tratar de bem móvel (art. 880, 
§ 2º). 
 
 
 
 
CPC – Art. 771 a 924 
 4.2 Alienação 
➢ Leilão Público – será realizado, caso não efetivada a alienação por iniciativa 
particular (art. 881); não sendo possível a sua realização por meio eletrônico, o 
leilão será presencial (art. 882), no local designado pelo juiz (§ 3º). O leilão será 
precedido de publicação de edital (art. 886). 
➢ Lance – Não será aceito lance que ofereça preço vil (art. 891), assim considerado 
aquele inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e constante do edital e, não tendo sido 
fixado preço mínimo, o preço inferior a 50% do valor da avaliação (par. único). 
Pode oferecer lance quem esteja na livre administração de seus bens, exceto: tutores, 
curadores, testamenteiros, administradores ou liquidantes, quanto aos bens 
confiados à sua guarda e à sua responsabilidade; mandatários, quanto aos bens 
de cuja administração ou alienação estejam encarregados; juiz, membro do Ministério 
Público e da Defensoria Pública, escrivão, chefe de secretaria e os demais servidores 
e auxiliares da justiça, em relação aos bens e direitos objeto de alienação na 
localidade onde servirem ou a que se estender a sua autoridade; servidores públicos 
em geral, quanto aos bens ou aos direitos da pessoa jurídica a que servirem ou que 
estejam sob sua administração direta ou indireta; leiloeiros e seus prepostos, quanto 
aos bens de cuja venda estejam encarregados;advogados de qualquer das partes 
(art. 890). 
➢ Pagamento do Preço – deverá ser realizado de imediato pelo arrematante, por 
depósito judicial ou por meio eletrônico (art. 892). 
➢ Se o exequente é o arrematante - e for ele o único credor, não estará obrigado a 
exibir o preço, salvo se o valor dos bens exceder ao seu crédito, quando depositará 
e diferença em 03 dias, sob pena de tornar- se sem efeito a arrematação e, realizar-
se novo leilão à custa do exequente (art. 892, § 1º); havendo mais de um de um 
pretendente, proceder-se-á entre eles à licitação, e, no caso de igualdade de oferta, 
terá preferência o cônjuge, o companheiro, o descendente ou o ascendente do 
executado, nessa ordem (§ 2º). 
➢ Aperfeiçoamento da Arrematação (art. 903) - Qualquer que seja a modalidade de 
leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo leiloeiro, a arrematação 
será considerada perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados 
procedentes os embargos do executado ou a ação autônoma de sua invalidação (§ 
4º), assegurada a possibilidade de reparação pelos prejuízos sofridos. 
 
 
 
➢ Desistência da Arrematação (art. 903, § 5º) – o arrematante poderá 
desistir da arrematação, sendo-lhe imediatamente devolvido o depósito 
que tiver feito: 
1 - Se provar, nos 10 dias seguintes, a existência de ônus real ou 
gravame não mencionado no edital; 
11 - Se, antes de expedida a carta de arrematação ou a ordem de 
entrega, o executado alegar alguma das situações previstas no § 1º; 
111 - Uma vez citado para responder a ação autônoma de que trata o 
§ 4º deste artigo, desde que apresente a desistência no prazo de que 
dispõe para responder a essa ação. 
 
 
 
 
 
➢ Ato Atentatório à Dignidade da Justiça (art. 903, § 6º) – considera-
se suscitação infundada de vício com o objetivo de ensejar a desistência 
do arrematante, devendo o suscitante ser condenado, sem prejuízo da 
responsabilidade por perdas e danos, ao pagamento de multa, a ser 
fixada pelo juiz e devida ao exequente, em montante não superior a vinte 
por cento do valor atualizado do bem 
 
4.3 Apropriação de frutos e rendimentos da empresa(art. 825) 
 
 
Embargos à Execução (Art. 914/920) 
➢ Meio pelo qual o executado argui as matérias de direito processual e de 
direito material, diante de um título executivo extrajudicial, opondo- se, total 
ou parcialmente, à execução forçada que visa a satisfação do direito 
reclamado pelo exequente. 
➢ Representam uma ação de conhecimento incidental ao processo de execução. 
➢ Dispensa de Garantia – independem de garantia do juízo, isto é, de 
penhora, depósito ou caução (art. 914); 
➢ Distribuição – serão distribuídos por dependência, autuados em apartado 
e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser 
declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade 
pessoal (art. 914, § 1º); 
➢ Prazo (art. 915) – serão opostos no prazo de 15 dias, contado, conforme 
o caso, observando-se o disposto no art. 231. 
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do 
prazo: 
1- a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a 
intimação for pelo correio; 
2 - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou 
a intimação for por oficial de justiça; 
3 - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato 
do escrivão ou do chefe de secretaria; 
4- o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação 
ou a intimação for por edital; 
5 - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao 
término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação 
for eletrônica; 
6 - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo 
esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, 
quando a citação ou a intimação se realizar em cumprim.de carta; 
7- a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça 
impresso ou eletrônico; 
8 - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, 
em carga, do cartório ou da secretaria. 
§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar 
corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a V1 do caput. 
§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado 
individualmente. § 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte 
ou por quem, de qualquer forma, participe do processo, sem a intermediação de 
representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da 
determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação. 
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso 11 do caput à citação com hora certa. 
 
 
CPC – Art. 771 a 924 
 Litisconsórcio Passivo – havendo mais de um executado, o prazo para cada um deles 
embargar conta-se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no 
caso de cônjuges ou de companheiros, quando será contado a partir da juntada do 
último (art. 915, § 1º), não se aplicando o previsto no art. 229 (art. 915, § 3º). 
(não se aplicando o prazo em dobro. Aliás, não se aplica o prazo em dobro em autos 
eletrônicos) 
 
Execução por Carta Precatória – os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou 
no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se 
versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação 
dos bens efetuadas no juízo deprecado (art. 914, § 2º); 
 
Prazo - Sendo por Carta (art. 915) – conta-se: 1 - da juntada, na carta, da certificação 
da citação, quando versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da 
avaliação ou da alienação dos bens; 11 - da juntada, nos autos de origem, do comunicado 
de que trata o § 4o deste artigo (§ 4o Nos atos de comunicação por carta precatória, 
rogatória ou de ordem, a realização da citação será imediatamente informada, por meio 
eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante) ou, não havendo este, da juntada da 
carta devidamente cumprida, quando versarem sobre questões diversas da prevista no 
inciso 1 deste parágrafo 4º. 
 
Moratória (art. 916) – no prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e 
comprovando o depósito de 30% do valor em execução, acrescido de custas e de 
honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o 
restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros 
de um por cento ao mês. O exequente será intimado para manifestar-se sobre o 
preenchimento dos pressupostos do caput, e o juiz decidirá o requerimento em 05 dias 
(§ 1o); enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de depositar as parcelas 
vincendas, facultado ao exequente seu levantamento (§ 2o); deferida a proposta, o 
exequente levantará a quantia depositada, e serão suspensos os atos executivos (§ 3o); 
indeferida a proposta, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito, que será 
convertido em penhora (§ 4o). 
 
Moratória – Descumprimento (art. 916) – havendo inadimplemento, ou seja, o não 
pagamento de qualquer das prestações, implicará cumulativamente (§ 5º): 
1 – no vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o 
reinício dos atos executivos; 
11- na imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações 
não pagas. 
 
Moratória = Renúncia aos Embargos – optando pelo parcelamento, haverá renúncia ao 
direito de opor embargos (art. 916, § 6o). A hipótese de moratória não é aplicável ao 
cumprimento da sentença (art. 916, § 7o). 
 
 
 
Rejeição Liminar dos Embargos (art. 918) 
Serão rejeitados pelo juiz: 
1 - quando intempestivos; 
11 - nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência 
liminar do pedido; 
111- manifestamente protelatórios. 
Parágrafo único. Considera-se conduta atentatória à dignidade da justiça o 
oferecimento de embargos manifestamente protelatórios. 
Concessão de Efeito Suspensivo (art. 919) – o juiz poderá, a requerimento 
do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os 
requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já 
esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes (§ 1o ). Poderá 
a qualquer tempo ser revogada ou modificada a decisão relativa ao efeito 
suspensivo dos embargos, de forma fundamentada, se alteradas as 
circunstâncias que a motivaram (§ 2o ); 
 
 
 
 
 
Efeito Suspensivo – Parte do Objeto da Execução (art. 919) – quando disser 
respeito apenas a parte do objeto da execução, esta prosseguirá quanto à parte 
restante (§ 3o). 
Litisconsórcio Passivo e Efeito Suspensivo (art. 919) – a concessão de efeito 
suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderá a 
execução contra os que não embargaram quando o respectivo fundamento disser 
respeito exclusivamente ao embargante (§ 4o). 
Efeito Suspensivo – Alcance (art. 919) – a concessão de efeito suspensivo 
não impedirá a efetivação dos atos de substituição, de reforço ou de redução da 
penhora e de avaliação dos bens (§ 5o). 
Recebidos os Embargos (art. 920): 1 - o exequente será ouvido no prazo de 15 
(quinze) dias (impugnação aos embargos); 11 - a seguir, o juiz julgará 
imediatamente o pedido ou designará audiência; 111 - encerrada a instrução, o juiz 
proferirá sentença. 
 
 
 
Fundamentos dos Embargos (art. 917) – o executado poderá alegar: 
1 - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; 
11- penhora incorreta ou avaliação errônea; 
111 - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; 
1V- retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução 
para entrega de coisa certa; 
V- incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
V1- qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de 
conhecimento. 
§ 1o A incorreção da penhora ou da avaliação poderá ser impugnada por 
simples petição, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da ciência do ato. 
§ 2o Há excessode execução quando: 
1 - o exequente pleiteia quantia superior à do título; 
11 - ela recai sobre coisa diversa daquela declarada no título; 
111 - ela se processa de modo diferente do que foi determinado no título; 
1V – o exequente sem cumprir a prestação que lhe corresponde, exige o 
adimplemento da prestação do executado; 
V- o exequente não prova que a condição se realizou. 
§ 3o Quando alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia 
superior à do título, o embargante declarará na petição inicial o valor que 
entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu 
cálculo. 
§ 4o Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os 
embargos à execução: 
1 - serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o excesso de 
execução for o seu único fundamento; 
11- serão processados, se houver outro fundamento, mas o juiz não examinará 
a alegação de excesso de execução. 
§ 5o Nos embargos de retenção por benfeitorias, o exequente poderá requerer 
a compensação de seu valor com o dos frutos ou dos danos considerados 
devidos pelo executado, cumprindo ao juiz, para a apuração dos respectivos 
valores, nomear perito, observando-se, então, o art. 464. 
§ 6o O exequente poderá a qualquer tempo ser imitido na posse da coisa, 
prestando caução ou depositando o valor devido pelas benfeitorias ou 
resultante da compensação. 
§ 7o A arguição de impedimento ou suspeição observará o disposto nos arts. 
146 e 148. 
 
CPC – Art. 771 a 924 
 Suspensão da Execução (art 912) 
1- nas hipóteses dos 313 e 315, no que couber; 
11- no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução; 
111 - quando o executado não possuir bens penhoráveis; 
1V- se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o 
exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens 
penhoráveis; 
V- quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916. 
§ 1o Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano, 
durante o qual se suspenderá a prescrição. 
§ 2o Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou 
que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos. 
§ 3o Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer 
tempo forem encontrados bens penhoráveis. 
§ 4o Decorrido o prazo de que trata o § 1o sem manifestação do exequente, começa a 
correr o prazo de prescrição intercorrente. 
§ 5o O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício, 
reconhecer a prescrição de que trata o § 4o e extinguir o processo. 
 
Suspensão da Execução por Convenção das Partes (art. 922) – o juiz declarará 
suspensa a execução, por convenção das partes, durante o prazo concedido 
pelo exequente para que o executado cumpra voluntariamente a obrigação; não sendo 
cumprida no prazo a obrigação, o processo retomará o seu curso (parágrafo único). 
 
Vedação à Prática de Atos Processuais (art. 923) - suspensa a execução, não serão 
praticados atos processuais, podendo o juiz, entretanto, salvo no caso de arguição de 
impedimento ou de suspeição, ordenar providências urgentes. 
 
Extinção 
 
Extingue-se a Execução quando (art. 924): 
1 - a petição inicial for indeferida; 
11 – a obrigação for satisfeita; 
111 – o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida; 
1V- o exequente renunciar ao crédito; V - ocorrer a prescrição intercorrente. 
 
A extinção só produz efeito quando declarada por sentença (art. 925). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º grau: pedido deferido ou indeferido 
2º grau: pedido conhecido ou não conhecido 
 
1º grau: pedido procedente ou improcedente 
2º grau: pedido provido ou improvido 
CPC – Art. 771 a 924 
 
Petição inicial 
Citação do Executado – 15 dias 
Art. 914 a 920 
Embargos à Execução- art. 917 
Reconhecimento da dívida e pede parcelamento 
- art. 916 
Parcelamento pago 
Extinção da Execução 
Improcedência 
Procedência 
Prossegue a 
execução 
Extinção da excução 
Parcelas não paga 
Prossegue a execução 
sem cabimento de 
embargos 
Independentemente de Penhora 
Penhora com possibilidade de 
efeito suspensivo – art. 919 
Julgamento dos 
Embargos 
Rejeição Liminar dos 
Embargos – art. 918 
Juiz defere parcelamento 
 
 
 
Execução contra a Fazenda Pública 
 
Art. 910. Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será 
citada para opor embargos em 30 (trinta) dias. 
§ 1º. Não opostos embargos ou transitada em julgado a decisão que os rejeitar, 
expedir-se-á precatório ou requisição de pequeno valor em favor do exequente, 
observando-se o disposto no art. 100 da Constituição Federal. 
§ 2º. Nos embargos, a Fazenda Pública poderá alegar qualquer matéria que lhe 
seria lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento. 
§ 3º. Aplica-se a este Capítulo, no que couber, o disposto nos artigos 534 e 
535. 
 
Cabimento e legitimação passiva = fundada em título extrajudicial - entendimento 
anteriormente sumulado, STJ/279 - em casos de execução por quantia certa 
contra a Fazenda Pública (Cap. V – Da Execução contra a Fazenda Pública) 
– execução para entrega de coisa, fazer e não fazer seguem o procedimento comum 
aplicável a esses tipos de obrigações. 
 
❖ Procedimento 
➢ Processo autônomo – iniciado por ação nova consubstanciada em título 
extrajudicial - ao contrário do previsto para o cumprimento da sentença, em curso 
nos mesmos autos, apenas em nova fase (arts. 534 e 535). 
➢ Citação da Fazenda para em 30 dias opor embargos (art. 910), que serão 
distribuídos por dependência ao Juízo da execução e, autuados em apartado ; 
➢ Não havendo oposição de embargos será expedido precatório ou requisição de 
pequeno valor em favor do exequente; idêntico procedimento será adotado em caso 
de sentença que rejeitar os embargos, após transitada em julgado - perceba-se por 
esta hipótese que aos embargos, se conferido efeito suspensivo independem de 
garantia do juízo (art. 910, § 1º); 
➢ Toda a matéria de defesa arguível em processo de conhecimento pode ser 
alegada nos embargos da Fazenda (cognição exauriente – art. 910, § 2º); 
➢ Aplicação supletiva dos artigos 534 e 535 - Do cumprimento da sentença 
que reconhece a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa pela fazenda 
pública - Capítulo V, Livro II, Parte Especial (art. 910, § 3º), tais como: 
✓ Demonstrativo discriminado e atualizado do crédito acompanhando a petição 
inicial (art. 534, I a V); 
✓ Havendo litisconsórcio ativo, cada exequente deverá apresentar o seu próprio 
demonstrativo discriminado e atualizado do crédito, sendo ainda viável a 
limitação/desmembramento do litisconsórcio nos termos do artigo 113, §§ 1º e 2º 
(art. 534, § 1º); 
✓ Arguíveis, ainda, como matérias de defesa nos embargos, as enumeradas no 
art. 535 – impedimento e suspeição, alegação de excesso de execução (art. 910, § 
2º). 
Execução de Alimentos (art 911 a 913) 
Da execução de prestação alimentícia 
Art. 911, CPC: Na execução fundada em título executivo extrajudicial que 
contenha obrigação alimentar, o juiz mandará citar o executado para, em 3 
(três) dias, efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao início da execução 
e das que se vencerem no seu curso, provar que o fez ou justificar a 
impossibilidade de fazê-lo. 
Parágrafo único. Aplicam-se, no que couber, os §§ 2 o a 7 o do art. 528.” 
 
Art. 912., CPC: Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou 
gerente de empresa, bem como empregado sujeito à legislação do trabalho, o 
exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento de pessoal da 
importância da prestação alimentícia. 
§ 1 ° Ao despachar a inicial, o juiz oficiará à autoridade, à empresa ou ao 
empregador, determinando, sob pena de crime de desobediência, o desconto a 
partir da primeira remuneração posteriordo executado, a contar do protocolo 
do ofício. 
 
 
 
§ 2 ° O ofício conterá os nomes e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas 
Físicas do exequente e do executado, a importância a ser descontada 
mensalmente, a conta na qual deve ser feito o depósito e, se for o caso, o tempo 
de sua duração. 
 
Art. 913. Não requerida a execução nos termos deste Capítulo, observar-se-á o 
disposto no art. 824 e seguintes, com a ressalva de que, recaindo a penhora 
em dinheiro, a concessão de efeito suspensivo aos embargos à execução não 
obsta a que o exequente levante mensalmente a importância da prestação.” 
 
 
 
 
Cabimento: fundada em título executivo extrajudicial – escritura pública, 
documento ou instrumento lavrado extrajudicialmente entre as partes (Cap. 
V1 – Da Execução de alimentos, Título 11, Livro 11, Parte Especial). 
 
Procedimento: 
➢ Citação do executado para em 3 dias pagar as parcelas anteriores ao 
início da execução e as que se vencerem no seu curso, provar que pagou ou 
justificar a impossibilidade de fazê-lo (art.911); 
➢ Aplicação supletiva do previsto no art. 528, no caso de o executado não 
cumprir a obrigação no prazo de 03 dias, não provar que efetuou o 
pagamento ou não apresentar justificativa da impossibilidade absoluta de 
efetuá-lo, quando: 
✓ o juiz mandará protestar o título, aplicando-se, por analogia e no que 
couber o disposto no art. 517 (art. 528, § 1º); 
✓ o juiz decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de um a três meses, que será 
cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos presos 
comuns, para o caso de pedido que envolva as 03 últimas prestações 
anteriores ao ajuizamento da ação (art. 528, §§ 3º); 
✓ o cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das 
prestações vencidas e vincendas, nem o libera do protesto (art. 528, § 5º); 
✓ com o pagamento da prestação alimentícia, o juiz suspenderá o 
cumprimento da ordem de prisão e mandará levantar o protesto (art. 528, 
§ 6º). 
➢ Se o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de 
empresa, bem como empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente 
poderá requerer o desconto da importância da prestação alimentícia 
diretamente em folha de pagamento (art. 912): 
✓ o juiz, ao despachar a inicial, oficiará à autoridade, à empresa ou ao 
empregador para desconto em folha, mensalmente, a partir da primeira 
remuneração a contar-se do protocolo do ofício, sob pena de desobediência; 
✓ o ofício conterá os nomes e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas 
Físicas do exequente e do executado, a importância a ser descontada 
mensalmente, a conta na qual deve ser feito o depósito e, se for o caso, o 
tempo de sua duração. 
➢ Em caso de prestações devidas pretéritas, superiores a três meses, sua 
execução terá caráter expropriatório (art. 824), com citação do executado 
para pagamento em 03 dias, sob pena de penhora de bens e sua alienação 
para satisfação do exequente (art. 829); se a penhora recair sobre dinheiro, 
independentemente de efeito suspensivo concedido aos embargos, levantará o 
exequente, mensalmente, o valor da prestação (art. 913). 
Ou seja, aqui cabe uma execução por quantia certa, sem necessidade de prisão 
civil!!!! 
 
CPC – Art. 910 a 913 
 
Petição inicial 
Citação com prazo de 30 dias - art. 910, CPC
Sem embargos – Art. 
910, CPC 
Com embargos – 
art. 910, CPC 
Art. 910 Art. 911 a 913 
Petição inicial 
Forma do art. 911 
(pena de prisão) 
Citação para pagamento em 3 
dias –CPC, art.911 
Desconto em folha de 
pagamento – art. 912, §1° e 2° 
Justifica não pagamento 
art. 528, §2° 
 
Forma do art. 913 
(penhora de bens) 
Segue conforme art. 824 e segs. 
(execução por quantia certa) 
Não paga a dívida Paga a dívida 
Cessa a 
execução 
Prisão Civil, art. 
528, §3° 
Expedição de 
Precatório 
(+ de 60 salários 
mínimos) 
Expedição de 
Requisição de 
Pequeno Valor 
(inferior a 60 
salários mínimos) 
Sentença rejeita 
embargos 
Sentença acolhe 
Embargos 
Extinção da 
execução

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