Buscar

Introdução ao Estudo da Execução civil e normas fundamentais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução ao Estudo da Execução civil e Normas fundamentais 
Tutela executiva- efetivação de direito a uma prestação 
Direito a uma prestação –
Poder jurídico de exigir de outrem que cumpra uma conduta (prestação) que pode ser um fazer, não fazer ou um dar (dar dinheiro ou coisa distinta de dinheiro).
Direito a uma prestação X direito potestativo 
Direito potestativo – cria, altera ou extingue situações jurídicas que envolvam o sujeito (estado de sujeição). 
*Estado de sujeição- passividade do sujeito- desnecessário execução.
Ex: direito resolver um contrato, demitir um empregado, revogar uma procuração, divórcio, interdição, investigação de paternidade etc.
Executar é satisfazer uma prestação devida
Pode ser: 
Espontânea- quando há cumprimento voluntário
Forçada- quando o cumprimento é realizado através de prática de atos executivos do Estado. 
Classificação da execução
-Comum (procedimentos executivos comuns) X Especial (procedimentos executivos especiais * ex. Execução de alimentos) 
Importante esta classificação em razão da cumulação de execuções. 
Procedimentos diferentes não ensejam possibilidade de cumulação. 
Art. 780 NCPC- O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento. 
Sum. 27 STJ- “ Pode a execução fundar-se em mais de um título extrajudicial relativo ao mesmo negócio”
2- Fundada em título judicial (cumprimento de sentença) X Fundada em título extrajudicial (execução)
3- Execução direita ou por sub-rogação (o Estado não precisa da colaboração do executado para tomar as medidas executivas) X Execução Indireta (O Estado busca promover a execução com a colaboração do executado por meio de coerção psicológica ou promessa de recompensa ) 
Ex1. de execução direta: a) desapossamento (retira a posse do executado); b) transformação (terceiro pratique a conduta); c) expropriação 
Ex2. de execução indireta: a) multa coercitiva; b) isenção de pagamento de custas processuais; c) prisão civil do devedor de alimentos. 
Crítica a esta classificação: o resultado buscado é o mesmo nas referidas execuções efetivação da prestação. 
4- Cumprimento provisório (exige alguns requisitos a mais para que se alcance o final da execução) X definitivo (execução completa) 
Diferença substancial está na estabilidade do título e não na possibilidade de se chegar ou não ao final do processo. 
O critério é a estabilidade do título que se funda a execução: decisão acobertada pela coisa material (definitivo); decisão ainda passível de alteração (provisório). 
Há cognição na execução ?
Há inúmeros incidentes cognitivos 
Ex. Incidente de substituição ou alienação de bem penhorado; incidente de desconsideração da personalidade jurídica; etc
Segundo Didier: Não há atividade judicial que não precise de cognição. 
Na execução a cognição, claro, não deve abarcar, ao menos inicialmente questões que dizem respeito a formação do título, mas necessariamente questões que dizem respeito a efetivação da obrigação. 
Juízo de admissibilidade e mérito 
Juízo de admissibilidade: preenchimento de pressupostos processuais.
Ex. pagamento de custas; existência de título etc.
Juízo de mérito: decisões sobre o mérito da execução. Ex. decisão acerca do pagamento da prestação; sobre prescrição; sobre impenhorabilidade de um bem. 
 
Normas fundamentais da tutela executiva
Princípio da boa fé processual 
A fase executiva é um dos campos mais propícios a prática de comportamentos desleais. 
Princípio da responsabilidade patrimonial 
Toda a execução é real. Só o patrimônio, e não, a pessoa submete-se a execução. 
Art. 789 NCPC-. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
No direito romano:
O credor poderia exigir o cumprimento da obrigação pelo devedor sob pena de responder com seu próprio corpo. 
Lei 9 – Lei das XII Tábuas- “se são muitos os credores, é permitido, depois do terceiro dia de feira, dividir o corpo do devedor em tantos pedaços quantos sejam os credores, não importando cortar mais ou menos ; se os credores preferirem, poderão vender o devedor a um estrangeiro...” 
Princípio da efetividade
Art. 4º NCPC- As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
Corolário do devido processo legal!
Processo devido é processo efetivo! 
Sistema de tutela jurisdicional que promova a satisfação da tutela executiva: 
A interpretação das normas devem ser no sentido de extrair a maior efetividade possível; 
O juiz tem o poder dever de adotar os meios executivos necessários a prestação integral da tutela;
Exemplo: 
Regra da impenhorabilidade do bem de família. 
Suponhamos que você tenha um débito judicial no valor de R$ 200.000,00 (Duzentos mil reais). É justo que a justiça penhore seu único bem onde reside com sua família? 
A venda deste imóvel permitiria não só satisfazer o crédito como garantir a você a compra de outro imóvel, preservando a sua dignidade. 
Mas há decisões divergentes. 
Princípio da primazia da tutela específica/ da maior coincidência possível
 A execução deve satisfazer a obrigação como se houvesse o cumprimento espontâneo da prestação pelo devedor.
Por que esse princípio?
Antes as obrigações de fazer, não fazer, ou de entregar coisa, poderiam ser facilmente convertidas em dinheiro. 
Decorrência do pensamento do Estado Liberal que preconizava que :
a) Ninguém poderia ser obrigado a fazer o que não queria, preservando-se o máximo de liberdade ao indivíduo; 
b) Toda prestação poderia ser convertida em dinheiro. 
C) Pelos ideais do liberalismo havia uma rígida delimitação dos seus poderes de intervenção estatal na esfera particular; 
D) A liberdade humana é bem maior, logo a resolução por perdas e danos seria a única consequência para o descumprimento das obrigações de fazer ou não fazer.
Primeiro caso notável em que percebeu-se a necessidade da primazia da tutela específica: 
Compromisso irretratável de compra e venda em que obrigava o vendedor a prestação de fazer (transferência definitiva de propriedade) uma vez pago totalmente o preço. 
Sob pena de adjudicação judicial compulsória. 
Sílvio Rodrigues “a valorização das terras, não apenas provocada pela inflação, (...) apresentou-se como razão importante do inadimplemento das obrigações por parte dos promitentes vendedores. Pois estes, após receberem o preço pelo qual haviam prometido vender lotes de terreno, percebiam que os mesmos valiam importância dez ou vinte vezes maior do que aquela pela qual haviam sido alienadas. E, como se tratava de alienação de bens imóveis, cuja eficácia dependia de instrumento público, permitia a lei o arrependimento, contanto que se sujeitasse o arrependimento ao pagamento de perdas e danos. Recorrer àquele arrependimento 
lícito constituía, assim, um meio de enriquecimento para os promitentes vendedores, porque a indenização a que ficavam sujeitos, quando a ela condenados, era sempre inferior ao proveito auferido.
(...)
O Decreto 58/37, com as modificações trazidas pela lei de 1949, alterou este panorama, pois determinou que inscrito o contrato, surgia para o promissário comprador um direito real oponível a terceiros, e capaz de lhe conferir a prerrogativa de obter a adjudicação compulsória.”
Onde está este princípio no CPC/2015:
Art. 497, caput: “na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.” 
Art. 538 § 3º (dar coisa): Aplicam-se ao procedimento previsto neste artigo, no que couber, as disposições sobre o cumprimento de obrigaçãode fazer ou de não fazer. 
Ordem de prioridade:
Deve-se priorizar a tutela específica;
Se não for possível, recomenda-se alcançar um resultado prático equivalente ao do adimplemento; 
Não sendo possível um resultado equivalente ou a requerimento do credor pode haver a conversão da prestação do fato numa indenização. 
 Princípio da menor onerosidade da execução
-> A execução deve ser menos onerosa ao executado.
-> Visa impedir a execução desnecessariamente onerosa ao executado, ou seja a execução abusiva. 
-> Este princípio protege a ética, a lealdade, impedindo o comportamento abusivo. 
-> A aplicação deste princípio pode dar-se ex officio. 
 
Art. 805 CPC- Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado. 
Jurisprudência: 
A Turma, em ação de execução, deferiu agravo de instrumento interposto por estabelecimento particular de ensino contra decisão que determinou a remoção para depósito público de bens penhorados. Segundo a Relatoria, o estabelecimento devedor alegou que o cumprimento da decisão implicaria a paralisação de suas atividades, bem como a impossibilidade de arcar com compromissos financeiros perante o Fisco. Nesse contexto, o Desembargador destacou que a medida incidiu sobre grande volume de bens da devedora, fato que acarretaria sérios prejuízos ao desenvolvimento de sua atividade voltada ao ensino, bem como causaria a depreciação dos móveis, violando assim, o princípio da menor onerosidade da execução. 
Com efeito, o Julgador lembrou que a satisfação dos interesses do credor deve ser feita pelo modo menos gravoso para o devedor, conforme prescrições do art. 620 do Código de Processo Civil, máxime à míngua de qualquer sinal de vulneração de bens. Nesse sentido, a Turma ponderou que, uma vez determinados os bens sujeitos à expropriação, revela-se viável a reforma da decisão impugnada para que seja previamente verificado o estado em que os bens móveis se encontram e, assim, se identificada qualquer vulneração no patrimônio constrito, permitir-se-à a adoção de medida mais gravosa. Posto isso, o Colegiado deferiu o recurso para determinar apenas a expedição de mandado de verificação dos bens penhorados.
20110020150069AGI, Rel. Des. CRUZ MACEDO. Data do Julgamento 07/12/2011
Princípio do contraditório 
-> Consagra a participação efetiva e adequada dos sujeitos interessados ao longo do procedimento.
 
Princípio da proporcionalidade
Art. 8º CPC- dever de o órgão jurisdicional observar a proporcionalidade e razoabilidade ao aplicar o ordenamento jurídico.
-> Proporcionalidade entre os princípios.
Ex. Princípio da efetividade X dignidade do executado
Princípio do respeito ao autorregramento da vontade na execução
Decorrência do art. 190 NCPC. (negócios jurídicos processuais) 
O direito do sujeito processual regular seus próprios interesses e fazer suas escolhas jurídicas. 
Espaço processual para o exercício da liberdade e vontade em que se permite negociações que envolvam as partes e o juiz. 
Ex. de negócios processuais atípicos: 
Acordo para ampliação de prazos;
Acordo de rateio de despesas processuais;
Pacto de alteração da ordem de penhora.
Atenção!
Regras do processo de execução: 
Toda execução tem título 
Disponibilidade da execução (art. 775 NCPC)
 
 Não executar o título
 Desistir da ação (total ou parcialmente)
 
Encerrada participação 
Fiquem com Deus!

Outros materiais