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Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II CONFORTO POSSUI 3 NÍVEIS • Alívio: desconforto específico aliviado, quando algo está incomodando e o profissional resolve de forma imediata, aliviando. • Calma: estado de tranquilidade. • Transcendência: estado no qual alguém está acima dos problemas ou da dor, é uma satisfação mais elevada, como um crescimento pessoal. • O conforto precisa existir em ambientes: físico, social, psicoespiritual e ambiental. UNIDADE DO CLIENTE • Ambiente do cuidado: local onde vamos fornecer o nosso cuidado. TEORIA AMBIENTALISTA – FLORENCE • Uma maneira de pensar sobre os pacientes e seu meio ambiente. • Quando um ou mais componentes estão em desequilíbrio, o paciente usa maior energia para contrabalancear o estresse ambiental. Esse estresse retira do paciente a energia necessária para a cura. O enfermeiro pode intervir nesse ambiente. Exemplo: Quando se está com enxaqueca, o que o paciente irá precisar no meio para que essa dor seja aliviada? Elementos como: um banho, um local mais escuro e confortável, com pouco barulho. • Segundo Florence, o paciente precisa de energia para se recuperar, por isso ele precisa de um ambiente favorável para essa reenergização. O QUE É UM AMBIENTE TERAPÊUTICO? CAI NA PROVA • Para ser um ambiente terapêutico necessitamos de conforto e segurança. A UNIDADE • Manter o ambiente limpo e arrumado também contribui para a sensação de bem-estar. • Organização do ambiente como componente do cuidado. O QUE É PRECISO QUE TENHA NA UNIDADE DO CLIENTE: • Leito; • Mesa sobre o leito (usada para alimentação); • Mesa de cabeceira; • Cadeira; • Escada; • Armário; • Banheiro privativo; • Suporte para infusão venosa; • Rede de oxigênio, ar comprimido e vácuo; • Lata de lixo. Domínio conforto Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II • Muitas vezes a mesa sobre o leito é usada para outros fins além de apoiar a comida, mas não devemos colocar comadres na mesa sobre o leito, por exemplo. • Comadre: serve para o paciente urinar, o que traria odor desagradável para o conforto do paciente. CUIDADOS NECESSÁRIOS NA UNIDADE DO CLIENTE: • Não colocar comadres na mesa sobre o leito; • Esvaziar comadres e urinóis imediatamente; • Remover o material em excesso; • Organizar e identificar os materiais de uso em locais de fácil acesso; • Organizar os pertences em local apropriado; • Observar e manter as roupas limpas e esticadas. LIMPEZA • Concorrente/diária: é feita diariamente e consiste na limpeza da superfície externa do imobiliário; • Geral/terminal: é feita após a saída do paciente por alta, óbito, transferência, permanência prolongada no leito ou suspensão de medidas de precaução e isolamento. É a clássica faxina com limpeza de paredes por exemplo. POSIÇÕES DA CAMA POSIÇÃO DE FOWLER • Ângulo de 45 graus ou mais. • A elevação no joelho faz com que o paciente não escorregue. • Muito usada em aspiração nasotraqueal, passagem de sonda, quando o paciente está comendo, dispneico e etc. POSIÇÃO SEMI-FOWLER • Ângulo de até 30 graus. • A elevação no joelho faz com o que o paciente não escorregue. • Promove expansão pulmonar, usada em pacientes com ventilação mecânica. Usada comumente também para pacientes com alimentação nasogástrica. POSIÇÃO DE TREDENLENBURG • Muito utilizada para aumentar o retorno venoso do paciente, em pacientes hipotensos por exemplo. • Toda estrutura do leito é inclinada com a cabeça do leito para baixo. POSIÇÃO TREDELENBURG REVERSA • Utilizada geralmente para esvaziamento gástrico. • Evita refluxo. • Toda estrutura do leito é inclinada com os pés do paciente para baixo. POSIÇÃO HORIZONTAL • Geralmente pacientes que não têm nenhuma complicação podem ficar nesse posicionamento. • O paciente usa para dormir ou para algum procedimento específico. • Toda estrutura do leito fica em posição horizontal em paralelo com o assoalho. IMPORTANTE • Mudar posições do leito promove conforto, minimiza os sintomas, promove a expansão pulmonar e melhora o acesso durante determinados procedimentos. • Os leitos contêm recursos de segurança, como trava nas rodas. Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II • Grades laterais: permitem que os pacientes de movam mais facilmente no leito e evitem acidentes. Temos que ter muito cuidado no manuseio da grade pois ela possui uma pressão muito grande. • é possível remover os pés e a cabeceira da maioria dos leitos. O que é fundamental em determinadas situações. ARRUMAÇÃO DO LEITO LEITO FECHADO • o leito fechado sinaliza que não tem paciente internado, está aguardando uma internação. • Existem literaturas que recomendam que o travesseiro fique na vertical e com a grade elevada para que ninguém sente, deite etc. • A única coisa que alteraria na imagem, é levantar a grade para ninguém se sentar na cama. LEITO ABERTO • Não tem paciente no momento, mas encontra-se ocupado. • Tem uma dobradura para indicar que tem um paciente no leito. LEITO CIRÚRGICO • Ele é organizado lateralmente, pode ser feito por dobras, localizado onde ficaria os membros inferiores, ele indica que o paciente está vindo do centro cirúrgico. • Na foto, as dobras são laterais. LEITO OCUPADO • É onde o paciente se encontra sobre o leito. • Ele possui determinados tipos de dobras: - Lençol oleado: lençol de baixo, usado para impedir que a sujidade passe para o lençol de baixo, como um plástico mais resistente. - Traçado: fica logo acima, usado para mobilidade na hora de mover o paciente etc. ARRUMAÇÃO DO LEITO Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II • A organização do leito é de baixo para cima, ou seja, a primeira coisa a se colocar é o lençol de baixo, depois oleado, traçado, lençol de cima, fronha, cobertor e colcha. HIGIENE • Pacientes que não podem tomar banho, mas que pedem para tomar banho devemos analisar a situação de saúde e os riscos. • A higiene serve para promover conforto e relaxamento, prevenir infecções e promover autoimagem positiva e pele saudável. FATORES QUE INFLUENCIAM A HIGIENE • A higiene é influenciada por diversos fatores que envolvem o indivíduo como práticas sociais, preferências pessoais, imagem corporal, condição socioeconômica, crenças de saúde e motivação e variáveis culturais. O QUE É IMPORTANTE? • Se o paciente puder realizar sua própria higiene e autocuidado ele irá realizar, a intenção não é deixar essa pessoa dependente. • Muitas vezes no momento do banho o próprio paciente vai dando orientações para a realização desse cuidado de acordo com o que ele se sentir confortável. • O respeito é fundamental, esse paciente muitas vezes fica em uma situação de constrangimento. HIGIENE ORAL • Se o paciente for consciente, estimular que ele faça sua própria higiene. • Realizar o reflexo faríngeo, com o abaixador de língua. • Não devemos nunca enfiar o dedo na boca do paciente, para isso temos utensílios como o abaixador de língua. • Se o paciente estiver com sonda, a gente também realiza. A frequência é no mínimo uma vez, mas avaliar sempre a necessidade (para mais vezes). • Materiais: escova de cerdas macias, creme dental, fio dental, espátula, recipiente com água, antisséptico bucal, cuba, toalha de rosto, toalha de papel, luva. PACIENTE INCONSCIENTE • Se o paciente foi inconsciente: precisamos ter um cuidado em prevenir a bronco aspiração. • Devemos usar: solução antibacteriana, pequena escova de cerdas macias ou cotonete, equipamento para aspiração, espátula, toalha de rosto, via respiratória oral ou cânula de guedel (para que não haja obstrução), toalha de papel, recipiente com água, cuba, luva, protetor labial. IMPORTANTE • Exceto se contraindicado,elevar o leito, abaixar a grade lateral e posicionar o paciente com cabeceira elevada até 30º, lateralizar a cabeça do paciente. • Clorexidina a 0,12% • Aspirar as secreções conforme se acumulam • Aplicar uma camada fina de gel nos lábios • Registrar (o que vale é o que está escrito) HIGIENE CORPORAL • Os tipos de banho são: banho de aspersão, banho de leito completo, banho de leito parcial. É importante: • Proporcionar privacidade; • Manter a segurança; • Manter o aquecimento; • Promover a independência; • Antecipe as necessidades: precisamos avaliar o paciente primeiro, quanto material iremos utilizar, se vamos precisar de ajuda, se vai precisar de fralda, de curativo, etc. Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II BANHO DE ASPERSÃO • É quando encaminhamos o paciente para tomar banho no chuveiro. • Fique próximo e implemente medidas de segurança. • Antes de encaminhar pro banho: avaliar a capacidade física, nível de consciência, motivo da internação, estado de saúde, temperatura da água, problemas de saúde, riscos no trajeto pro banheiro (ele vai andando ou na cadeira?) etc. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Considerar a condição do paciente e atentar para precauções relativas à movimentação; • Verificar os sinais vitais, ficar próximo sempre.; • Auxiliar o paciente a se deslocar até o banheiro, se necessário; • Instruir o paciente a usar a campainha, se necessário; • Ficar atento aos sinais de descompensação. BANHO NO LEITO • O banho é um cuidado de enfermagem muito implementado, precisamos usar da melhor forma possível para ficar próximo ao paciente, fazendo aquele momento ser uma boa experiencia para essa pessoa. • É um momento que exige confiança e respeito. • A privacidade do cliente durante o banho deve ser respeitada. • Esse respeito implica: pedir autorização para tocar no seu corpo, realizar o banho protegido de olhares alheios, solicitar a sua ajuda, dentre outros. MATERIAIS • Toalhas de banho; • Compressas de banho; • Itens de higiene; • Papel higiênico; • Água quente; • Bacia; • Hamper; • Camisola; • Luvas; • Biombo; • Oferecer a comadre/papagaio ao cliente antes do banho. • Higienizar as mãos, verificar que o leito está travado, abaixar a grade lateral, decúbito dorsal, retirar o pijama, cobrir o paciente. • É importante não despir o paciente como um todo, à medida em que vamos retirando a roupa vamos cobrindo para não expor o paciente. • O banho é sempre em direção cefalocaudal. PASSOS 1. Lavar o rosto 2. Lavar o tronco e membros superiores 3. Lavar as mãos e unhas, se estiver em condições ele mesmo pode realizar essa higienização 4. Lavar o abdome 5. Lavar os membros inferiores: muito importante fazer passadas longas e firmes do tornozelo ao joelho e do joelho até a coxa para estimular o retorno venoso. Não devemos massagear a parte da panturrilha para não causar embolia devido ao risco relacionado a TVP. (pergunta de prova) 6. Fornecer higiene perineal, antes, devemos trocar a água, trocar a luva. 7. Lavar as costas 8. Lavar as nádegas e ânus 9. Ajudar a o paciente a se vestir 10. Arrumar o leito do paciente 11. Higienizar as mãos. • Devemos sempre promover a autonomia do paciente, então se ele é capaz de realizar certas higienizações, ele deve fazer. • Realizar movimentos circulares, longos e firmes, das áreas distais para proximais. • Secar bem o paciente. • Avaliar sinais de calor, rubor, edema e dor, maceração. CUIDADO COM O CABELO • Cuidado com os ouvidos. • Secar bem, escovar os cabelos e prendê-los conforme preferência da paciente. • Devemos analisar a necessidade. CUIDADOS PERINEAIS • O direcionamento da higiene perineal é sempre do menos contaminado para o mais contaminado. • Na mulher: higienização dos grandes lábios, depois indo do períneo para o ânus, lateralizando sempre a gaze de forma com que não lesione a paciente. Sempre devemos jogar água abundante para não gerar ardência ou desconforto. Se ela puder realizar esse cuidado, ela realiza. • No homem: higienizamos do meato uretral para a parte externa (para baixo), é importante retrair o prepúcio do paciente. Podemos ir trocando a gaze de acordo com a sujidade. Depois higienizamos a base do Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados II pênis e região escrotal. Caso ele possa realizar essa higiene, ele será responsável. BANHO NO LEITO PARCIAL • Quando o paciente não pode realizar o banho no leito e quer uma higienização, damos um banho parcial. • O banho no leito tem um gasto energético muito grande para o paciente. • Consiste em banhar as partes do corpo que causariam desconfortos se não lavadas, como as mãos, rosto, axilas e região perineal. • O banho parcial também pode incluir massageamento das costas. • É uma higiene básica.
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