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Os principais sinais e sintomas de doenças respiratórias

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Clara Rosa Muniz Martins
Principais sinais e sintomas de doenças respiratórias
Os principais sinais e sintomas das afecções do aparelho
respiratórios são: dor torácica, tosse, expectoração,
hemoptise, dispneia e sibilância.
- Tosse -
- Mais significativo e frequente sintoma respiratório.
- Consiste em uma inspiração rápida e profunda, seguida
do fechamento da glote, contração dos músculos
expiratórios, terminando com uma expiração forçada,
após abertura súbita da glote.
- É um mecanismo de defesa das vias respiratórias.
- O reflexo da tosse apresenta três fases: inspiratória,
compressiva e expiratória.
Ps: quando o paciente apresenta doenças musculares que
afetam a compressão do reflexo da tosse, ele não
consegue ter uma tosse eficiente, não sendo eliminada as
secreções.
Mecanismo da tosse: Vias aferentes partem das zonas
tussígenas indo até o bulbo, mediadas pelo vago → As
vias eferentes dirigem-se do bulbo à glote e aos músculos
expiratórios, formadas pelo nervo laríngeo inferior,
responsável pelo fechamento da glote , pelo nervo frênico
e pelos nervos que inervam a musculatura expiratória.
- Os receptores são encontrados nas vias aéreas altas, na
laringe, carina e brônquios( grande quantidade); ouvido,
pleura, pericárdio, diafragma e estômago.
- Os estímulos podem ser de natureza inflamatória,
mecânica, química e térmica.
- A investigação da tosse inclui a segmentação de
características:
- Frequência
- Intensidade
- Tonalidade
- Existência ou não de expectoração
- Relação com o decúbito
- Período do dia de maior intensidade
- Tempo de instalação
Tipo de tosse Característica
Tosse produtiva ou úmida - Acompanhada de
secreção
- Não deve ser combatida
- Tipo de secreção:
hialina, catarral, com fios
de sangue
Tosse seca - Quando é inútil,
causando apenas irritação
das vias respiratórias
- A tosse “cheia” (quando
não há expectoração,
também é um tipo de
tosse seca.
Tosse - síncope - Após crise intensa
resulta na perda de
consciência.
Tossa bitonal - Deve-se a paresia ou
paralisia de uma das
cordas vocais
- Pode significar
comprometimento do
nervo laríngeo inferior
Tosse rouca - Própria da laringe
crônica, comum nos
tabagistas
- Grande números de
laringites é causado pelo
paracoccidioides
brasiliensis (fungo)
Tosse reprimida - Pacientes evitam a tosse
em razão da dor torácica
ou abdominal
- Acontece no início das
pleuropneumopatias, no
pneumotórax espontâneo,
nas neuralgias
intercostais, nos
toracoabdominais e nas
fraturas de costela.
➔ Classificação da tosse
- Tosse aguda
Duração inferior a três semanas;
Causas mais comuns: Infecções das vias aéreas
superiores, quadros gripais e infecções bacterianas,
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e asma com
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Clara Rosa Muniz Martins
exacerbação, e outras doenças como ICC e exposição
ambiental ou ocupacional.
- Tosse subaguda
Duração entre três e oito semanas
Causas mais comuns: Doenças infecciosas e não
infecciosas, como por exemplo doença do refluxo
gastroesofágico (DRGE) e a síndrome da tosse crônica de
vias aéreas superiores.
- Tosse crônica
Duração superior a oito semanas
Causas mais comuns: síndrome da tosse de vias aéreas
superiores, asma e DRGE, tabagismo ativo e uso de
IECA.
- Expectoração -
- Costuma ser consequência da tosse;
- Características semiológicas: Volume ,cor, odor,
transparência e consistência.
➔ Característica do escarro e composição
-Seroso → Água, eletrólitos, proteínas e é pobre em
células.
- Mucóide → Água, proteína, mucoproteína, eletrólito e
celularidade baixa
- Purulento → rico em piócito e tem celularidade baixa
- Hemoptoico → observa-se rajas de sangue.
Tipo de escarro Doença associada
Serosa, hialina e
espumosa, podendo
apresentar color. rósea
Edema agudo de pulmão
Mucóide, com pequenas
formações sólidas
arredondadas
Asma
Secreção espessa,
abundante,
amarelo-esverdeada
Pneumonia bacteriana
Secreção com aspecto de
geleia, achocolatada
Pneumonias por
Klebsiella, aerobacter,
pseudomonas
Secreção com sangue
desde o início, purulenta,
numular e inodora.
Tuberculose
Fétido Abscesso pulmonar
→ Vômica: eliminação brusca através da glote de grande
quantidade de secreção purulenta ou líquido : abscesso
pulmonar, empiema, abscesso subfrênico.
- Dispneia -
- Termo usado para caracterizar uma experiência
subjetiva de desconforto respiratório.
- Relacionar a dispnéia às atividades físicas diárias para
classificá-la: aos grandes esforços, médios, pequenos e
em repouso.
- Determinar o tempo de início: aguda, insidiosa, crônica.
- Ortopnéia: dispnéia ao deitar;
- Trepopneia: dispneia em determinado decúbito lateral;
→ geralmente relacionada ao derrame pleural → o
paciente deita do lado em que ocorreu o derrame para
possibilitar maior expansão do pulmão são.
- Platipnéia: dispnéia em decúbito sentado que melhora
ao deitar.
- Dispnéia paroxística noturna: dispneia ao deitar → não
ocorre somente à noite, ela ocorre por aumento do
retorno venoso dos membros inferiores para o coração.
Ocorre na ICC.
Escala de dispnéia - MRC
- Dor torácica -
Interrogar:
- Local
- Tipo/qualidade
- Irradiação
- Intensidade
- Duração
- Fatores desencadeantes e aliviantes
A dor relacionada com o respiratório geralmente é uma
dor relacionada com a movimentação da caixa
torácica(pleurítica), descrita como brusca, em pontada ou
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Clara Rosa Muniz Martins
facada, superficial. → Ela tem essa caraterística porque a
dor da caixa torácica em relação ao pulmão só ocorre se a
pleura parietal estiver inflamada. Não existem receptores
para dor no parênquima pulmonar nem na pleura visceral.
- Dor aguda: embolia pulmonar, pneumonia,
pneumotórax ou infecção na pleura.
- Dor crônica: tuberculose, empiema, neoplasia.
- Hemoptise -
- É a eliminação de sangue pela boca, passando através
da glote. O sangramento é proveniente das vias aéreas
inferiores.
- As hemoptises podem ser devidas a hemorragias:
- Brônquicas → quando há ruptura de vasos
previamente sãos, como ocorre em carcinomas
brônquicos, ou de vasos anormais dilatados,
neoformados, como sucede nas bronquiectasias e
tuberculose.
- Alveolares → quando há ruptura de capilares ou
transudação de sangue, sem que haja solução de
continuidade no endotélio.
Origem da hemoptise Características
Artérias brônquicas - Maciças
- Sangue pode ser recente
ou não
- Saturado ou não
- Com ou sem catarro
- Ocorrem nas
bronquiectasias, na
estenose mitral e nas
fístulas arteriovenosas.
Ramos da artéria
pulmonar
- Volume costuma ser
menor
- Ocorre nas pneumonias,
nos abcessos e no
tromboembolismo.
Hemoptise leve: até 300ml, moderada até 500ml e maciça
acima de 600ml.
➔ Diagnósticos diferenciais
- Sangramento da cavidade oral, nasal e gástrico.
➔ Hematêmese
Ocorre sangramento em borra de café ou com resto
alimentares, odor ácido, antecedido por náuseas, dor
epigástrica.
➔ Hemoptóicos:
Pequenos sangramentos ou expectoração com rajas de
sangue.
➔ Hemoptise x Pseudo-hemoptise
→ Hemoptise:
- Sangue vivo
- Estertores localizados na ausculta torácica
- Secreção envolvida pelo sangue vivo
→ Pseudo - hemoptise:
- Sangramento vermelho escuro
- Raias de sangue entre as secreções
- Orofaringe com sinais inflamatórios
- Rinofaringe com descarga purulenta
- Sibilância -
- Ruído percebido pelo paciente, predominante na fase
expiratória da respiração, com tom musical. Quase
sempre acompanhado de dispnéia.
- Geralmente é referida no período noturno quando o
paciente se encontra no leito. Isso ocorre devido a:
1. Nesse momento o ambiente costuma estar mais
silencioso.
2. A posição deitada pode reduzir os volumes
pulmonares e o diâmetro das vias respiratórias
3. Sempre ocorre redução fisiológica da produção
de corticóide e catecolaminas endógenas no
período noturno
- O chiado resulta da redução do calibre da árvore
brônquica, devido principalmente a espasmos.
-Sibilância unilateral e persistente pode indicar obstrução
brônquica por tumor ou corpo estranho.
- Sibilância bilateral indicada Asma, ou DPOC, ou
drogas, ou colagenoses, etc.
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