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Sistema Respiratório DIVISÃO ANATÔMICA DO TÓRAX ANAMNESE Tabaco: enfisema ou bronquite Quando paciente fala que está com sensação de “cansado”, pergunta se é cansaço no corpo ou se a respiração que está fraca. Pois astenia é diferente de dispneia Na asma intermitente, por exemplo, o diagnóstico é firmado pelos sintomas de vias respiratórias inferiores, atopia e história familiar, pois ALUNA: Láisa Renata nessa situação, tanto a prova de função pulmonar quanto a radiografia de tórax fora da crise são normais. No diagnóstico das doenças do sistema respiratório, a anamnese tem grande destaque. Além disso, este é o momento decisivo na relação médico-paciente. HDA Dispneia Escala de MMRC Postural Quando começou, como evoluiu e como está agora Tosse Catarro – hemoptise Aguda: processos alérgicos, corpo estranho, etc Crônica: > 4 semanas Tuberculose é tosse com mais de 2 semanas Chiado Dor torácia É a meta principal da anamnese. No primeiro momento, o médico deixa o paciente falar livremente, sem interrompê-lo. IDENTIFICAÇÃO Idade. Existem malformações congênitas ligadas diretamente ao sistema respiratório ou com repercussão sobre ele. São exemplos: atresia do esôfago e fístulas que condicionam o aparecimento de pneumonias aspirativas, cistos pulmonares congênitos, pneumotórax, pneumomediastino, agenesia lobar congênita. Na criança, o sarampo, a coqueluche e a tuberculose primária não devem ser esquecidos. A bronquiolite surge nos primeiros meses de vida, notadamente entre os 6 e os 12 meses. A fibrose cística ou mucoviscidose manifesta-sedesde o nascimento por sintomas digestivos como íleo meconial, má absorção, diarreia e prolapso retal. Ortopnéia: insuficiência cardíaca esquerda Treptopnéia: dispneia em decúbito lateral normalmente doença da pleura O lado depende de onde está a doença. Quando dói do mesmo lado que deita, pensa-se em algo osteomuscular Os sintomas respiratórios surgem normalmente após a fase de lactente, advindo em sequência infecções respiratórias de repetição, quadros de bronquiolite e bronquiectasias. Não se deve esquecer as pneumonias por colibacilo no período perinatal, as atelectasias por obstrução mecânica na coqueluche e na asma, as hemorragias pulmonares por deficiência de vitamina K, a síndrome da membrana hialina ou síndrome da angústia respiratória idiopática (SARI). Sexo. Muitas doenças que afetam o pulmão têm predominância de gênero; por exemplo: doenças pulmonares parenquimatosas difusas associadas às doenças do tecido conjuntivo (lúpus, artrite reumatoide) e sarcoidose são mais comuns em mulheres. Já a linfangioleiomiomatose (esporádica ou associada à esclerose tuberosa) ocorre exclusivamente em mulheres. Devido à maior exposição ocupacional, os homens têm maior risco para o desenvolvimento de pneumoconioses. Como o tabagismo é mais prevalente no sexo masculino (22,6% em homens versus 13,1% em mulheres - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2008), as doenças relacionadas com o tabaco (doença pulmonar obstrutiva crônica [DPOC] e câncer de pulmão) são mais frequentes nos homens. A tuberculose, a criptococose e a paracoccidioidomicose são mais frequentes em homens. Cor da pele. Estatisticamente, a tuberculose e a sarcoidose predominam entre os negros. As colagenoses são mais comuns entre os caucasianos. Procedência, profissão e ocupação. Cada continente, país, estado ou região tem sua nosologia prevalente. Nos países mais industrializados, as pneumoconioses são mais frequentes, em oposição àqueles agrícolas, onde o leque das doenças é outro. No interior de alguns estados brasileiros, como São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro, a paracoccidioidomicose é endêmica, atingindo, em certas áreas, caráter epidêmico. Impõe-se fazer um levantamento da ocupação atual e das anteriores, tendo importância saber com qual material o paciente lida, se exerce atividade ao ar livre ou em ambiente fechado. ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES Infecções pulmonares graves e extensas na infância ou juventude podem, no futuro, reduzir as reservas respiratórias em razão da proliferação de tecido cicatricial (fibrose pulmonar). A desorganização tecidual broncopulmonar cria condições que facilitam o aparecimento de bronquiectasias, como ocorre no sarampo e na coqueluche. Na infância, uma pneumonia acompanhada de impetigo, otite, sinusite ou de outro foco supurativo faz pensar na possibilidade de a afecção pulmonar ser de natureza estafilocócica. Antecedentes traumáticos, com ou sem fraturas, podem causar pneumotórax, hemotórax ou hérnias diafragmáticas. Episódios de perda da consciência, sonoterapia, anestesia, extração dentária e epistaxe condicionam pneumomas asprrativas e até abscessos. Indivíduos com passado alérgico, eczema, desidrose, dermatite seborreica e conjuntivite primaveril podem vir a apresentar rinite alérgica, bronquite, asma e edema angioneurótico. As doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus eritematoso disseminado e esclerose sistêmica progressiva, têm manifestações pulmonares bem conhecidas. Os diabéticos são muito vulneráveis às infecções, particularmente à tuberculose, cujas formas clínicas fogem aos padrões clássicos de localização, isto é, preferindo as bases, e não os ápices. A tuberculose com frequência se associa ao linfoma tipo Hodgk.in. O uso de corticoides, imunodepressores e antibióticos prescritos indiscriminadamente e em doses elevadas faz suspeitar da existência de agentes oportunistas. As pneumonias de repetição muitas vezes marcam bronquiectasias preexistentes ou têm por causa corpos estranhos aspirados, não revelados aos raios X por serem radiotransparentes, como acontece com os plásticos. Conhecer a ocorrência nos ascendentes de casos de tuberculose, asma, atopia, bronquite, enfisema, mucoviscidose, síndrome de Kartagener (síndrome da imobilidade ciliar), deficiência de alfa-1-antitripsina, bronquiectasias, telangiectasias (doença de Rendu-Osler), fístula arteriovenosa, doença de Marfan e doença de Recklinghausen pode ser importante no raciocínio diagnóstico. HÁBITOS DE VIDA O tabagismo apresenta relações diretas com a bronquite, a asma, o enfisema e o carcinoma brônquico. O etilismo é fator decisivo na eclosão de determinadas pneumonias, como as causadas pela Klebsiella. Pacientes que fazem da nebulização um hábito, e não um método terapêutico, correm maior risco de exacerbar a atividade de certas bactérias, particularmente as do grupo Pseudomonas-Aerobacter. Superdose de heroína provoca edema pulmonar. INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO A indagação metódica de todos os sintomas pode ser necessária para que possamos esclarecer se estamos diante de uma doença primitivamente pulmonar ou se o pulmão está funcionando como espelho de uma doença geral. Exemplos: sinusite e cefaleia na bronquite crônica; sinubronquite, rinite crônica e conjuntivite na asma alérgica; dores articulares, alopecia, despigmentação e eritema nodoso nas colagenoses ou na sarcoidose; hematúria e proteinúria na granulomatose de Wegener; hemoptise e glomerulonefrite na síndrome de Goodpasture; meningite como manifestação da criptococose; baqueteamento digital nas supurações pulmonares crônicas não tuberculosas; insuficiência cardíaca provocando edema pulmonar; bronquite crônica e enfisema levando ao cor pulmonale; neoplasia ovariana, ascite e derrame pleural (síndrome de Meigs); obesidade e sonolência na síndrome de apneia do sono e na síndrome de Pickwick; perda de peso, sudorese noturna e febre na tuberculose e na doença de Hodgkin; distúrbios nervosos com perda da consciência favorecendo as pneumonias aspirativas. Finalmente,as manifestações paraneoplásicas que ocorrem a distância nos pacientes portadores de carcinoma brônquico, classificadas em conjuntivas ósseas ( osteoartropatia pnêumica de Bamberg-Marie), endocrinometabólicas (síndrome de Schwartz-Battes ou secreção inapropriada do hormônio antidiurético, síndrome de Cushing, síndrome carcinoide), hematológicas (anemia, tromboflebite migratória), cutâneas (prurido, herpes-zóster, acanthosis nigricans), neurológicas (encefalopatia, mielopatia, neuropatia) e musculares (miastenia gravis-símile). SINAIS E SINTOMAS Os principais sintomas e sinais das afecções do aparelho respiratório são: dor torácica, tosse, expectoração, hemoptise, vômica, dispneia, sibilância, rouquidão e cornagem. DOR TORÁCICA A isquemia do miocárdio manifestada pelo quadro de angina do peito ou de infarto do miocárdio, as pleurites, as alterações musculoesqueléticas, as disfunções do esôfago e as afecções pericárdicas são causas mais comuns A identificação da causa depende das características semiológicas da dor Nas pleurites diafragmáticas, o paciente adota uma posição antálgica (semissentado), comprimindo o hemitórax oposto com uma das mãos As pleurites apicais provocam dor no pescoço e no ombro A dor no pneumotórax espontâneo benigno dos jovens é característica – súbita, aguda e intensa. Pcte quase sempre a compara com uma punhalada Quando o foco pneumônico é apical, mediastinal ou diafragmático, as vias nervosas aferentes conduzem o estímulo até os centros cerebrais e os pacientes relatam uma sensação dolorosa profunda, não localizada, bem diferente da anterior O infarto pulmonar cortical, parietal ou diafragmático, provoca dor muito parecida com a das pleuras e das oneumonias A sensação dolorosa provocada pelas viroses respiratórias é bem diferente. O pcte queixa-se de dor difusa, como um desconforto, quase sempre de localização retroesternal, que se exacerba com a tosse, que é seca A dor mediastínica, surge principalmente nas neoplasias malignas da região, é uma sensação dolorosa profunda, sem localização precisa, surda e mal definida. A dissecção aórtica aguda, também denominada aneurisma dissecante da aorta, provoca dor cuja característica principal é sua intensidade: é lancinante; o paciente relata sensação de ruptura retroesternal, que repercute na parte posterior do tórax, entre as escápulas A dor na hipertensão da artéria pulmonar decorre de seu estiramento e lembra a dor cardíaca, com a diferença de que não se beneficia com os nitritos Na esofagite, a dor é um sintoma frequente. Tem característica de queimação retroesternal, de aparecimento quando o pcte se deita. Indagar sobre uso de bebidas alcoólicas, tabagismo, alimentação excessivamente quente ou muito condimentada. TOSSE Resulta de estimulação dos receptores da mucosa das vias respiratórias. Os estímulos podem ser de natureza inflamatória (hiperemia, edema), mecânica (poeira, corpo estranho), química (gases irritantes) e térmica (frio ou calor excessivo). É um mecanismo de defesa das vias respiratórias, as quais reagem aos irritantes ou procuram eliminar secreções anormais, sempre com o objetivo de se manterem permeáveis Pode provocar hemorragias conjuntivais, fratura de arcos costais, hérnias inguinais em pessoas idosas e grande desconforto nos pctes recém- operados Investigação clínica: frequência, intensidade, tonalidade, existência ou não de expectoração, relações com o decúbito, período do dia em que é maior sua intensidade Pode ser produtiva ou úmida, quando acompanhada de secreção, não devendo nesses casos ser combatida; ou seca, quando é inútil, causando apenas irritação das vias respiratórias A tosse quintosa caracteriza-se por surgir em acessos, geralmente pela madrugada, com intervalos curtos de acalmia, acompanhada de vômitos e sensação de asfixia A tosse seca pode ter origem em áreas fora da árvore brônquica, como o canal auditivo externo, a faringe, os seios paranasais, o palato mole, a pleura e o mediastino Tosse seca que não sede a medicação nenhuma, pode ser equivalente da asma Nos enfisematosos (tipo PP, Pinker puffer [magro]), a tosse é mais seca. Nos bronquíticos (tipo BB, blue bloater [gordo]) é produtiva. Denomina-se tosse síncope aquela que, após crise intensa, resulta na perda de consciência A tosse bitonal deve-se a paresia ou paralisia de uma das cordas vocais, que pode significar comprometimento do nervo laríngeo inferior A tosse rouca é própria da laringite crônica, comum nos tabagistas Tosse reprimida é aquela que o pcte evita, em razão da dor torácica ou abdominal Tosse associada a beber ou comer está associada com doença do esôfago superior EXPECTORAÇÃO A confirmação da presença de escarro é o primeiro passo para diferenciar uma síndrome brônquica de uma síndrome pleural Características semiológicas: volume, cor, odor, transparência e consistência Seroso: contem água, eletrólitos, proteínas e é pobre em células Mucoide: embora contenha muita água, proteínas, inclusive mucoproteínas, eletrólitos, apresenta celularidade baixa Purulento: rico em piócitos e tem celularidade alta Hemoptoico: observa-se “rajas de sangue” No asmático é mucoide, com alta viscosidade, aderindo às paredes do recipiente que a contém, lembrando clara de ovo Pcte com DPOC costuma produzir pequena qntd de escarro diariamente. Quando em exacerbação, apresenta pelo menos 2 ou 3 seguintes critérios: mudança na cor do escarro, aumento do volume e piora da dispneia HEMOPTISE É a eliminação de sangue pela boca, passando através da glote Podem ser devidas a hemorragias brônquicas ou alveolares VÔMICA É a eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de pus ou líquido de outra natureza Na maioria das vezes, origina-se de abcessos ou cistos nem sempre localizados no tórax, mas que drenam para o brônquios DISPNEIA É a dificuldade de respirar, podendo o pcte ter ou não consciência desse estado Dispneia paroxística noturna: pcte acorda com falta de ar Subjetiva: qnd só for percebida pelo pcte Objetiva: qnd se acompanha de manifestações que a evidenciam ao exame físico Pode classificá-la em dispneia aos grandes, médios e pequenos esforços Pode acompanhar-se de taquipneia (frequência aumentada) ou hiperpneia (amplitude aumentada) Fisiopatologia: as causas da dispneia podem ser divididas em atmosféricas, obstrutivas, pleurais, toracomusculares, diafragmáticas, teciduais ou relacionadas ao sistema nervoso central Ortopneia: dispneia que impede o pcte de ficar deitado e o obriga a sentar-se ou ficar de pé para obter algum alívio Trepopneia: é a dispneia que aparece em determinado decúbito lateral, como acontece nos pctes com derrame pleural que se deitam sobre o lado são Platipneia: é a dispneia que aparece quando o pcte passa da posição deitada para sentado ou em pé SIBILÂNCIA Chiado ou “chieria” Ruído que pode ser percebido pelo pcte, predominantemente, na fase expiratória da respiração Quase sempre acompanhada de dispneia Timbre elevado e o tom é musical Comparado ao miado de um gato A insuficiência ventricular esquerda é a causa não pulmonar que mais provoca chiado ROUQUIDÃO OU DISFONA Rouquidão ou mudança no timbre da voz traduz alteração na dinâmica das cordas vocais Quando for aguda, de curta duração, não tem maior significado, ocorrendo com frequência nas laringites virais Quando se prolonga é necessária investigação detalhada CORNAGEM É a dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias superiores, na altura da laringe, e que se manifesta por um ruído (estridor) e tiragem INSPEÇÃO Estática:1. Forma do tórax: atípico, chato ou plano, infundibiliforme, cariniforme, cônico ou em sino, cifótico, escoliótico, cifoescoliótico, traumático e em barril. Tórax chato: musculatura pouco desenvolvida, encontrado em pacientes com doença pulmonar crônica Tórax em tonel: observado nos enfisematosos do tipo PP. Encontrado também no processo normal de envelhecimento Infundibiliforme: natureza congênita. Cariniforme: origem congênita ou adquirida (raquitismo na infância) Cônico: hepatoesplenomegalias e ascites volumosas Cifótico: pode ser de origem congênita ou resultar de postura defeituosa. Também a tuberculose óssea, a osteomielite ou as neoplasias Cifoescoliótico: comum e desprovida de significado patológico Em barril: DPOC 2. Baqueteamento digital: apresenta ou não sinal de Schamroth (não apresenta losango) O conhecimento atual é de que estas doenças causam vasodilatação na circulação distal que leva a hipertrofia do tecido do leito ungueal (da unha), e consequentemente leva ao formato típico. 3. Estruturas: Ossos, pele (cianose, icterícia e lesões), presença de cicatriz ou lesões, depressões e abaulamentos. Longilíneo < 90º Normolíneo = 90º Brevilíneo > 90º Cianose: quanto mais central, pior Câncer de pulmão Doença pulmonar intersticial Tuberculose Bronquiectasia Doença pulmonar supurativa Fibrose cística Hipertensão pulmonar https://pt.wikipedia.org/wiki/Vasodilata%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertrofia Dinâmica: 1. Respiração: ritmo normal ou anormal (Cheyne-Stokes, Biot, Kussmaul, Suspirosa, Dispneia e de Cantani), frequência (12 à 20 ipm), amplitude (movimento do tórax) e tipo respiratório (costal superior ou diafragmático <mulher> e toraco abdominal <homem>) Cheyne-Stokes: insuficiência cardíaca grave, hipertensão intracraniana, acidentes vasculares cerebrais e traumatismo cranioencefálicos Biot: mesmas causas que a de Cheyne-Stokes. Quase sempre indica comprometimento encefálico. Kussmaul: acidose, principalmente a diabética, é a sua principal causa Suspirosa: tensão emocional e ansiedade Dispneia: DPOC, asma, doenças intersticiais pulmonares, câncer http://revista.fmrp.usp.br/2004/vol37n3e4/2_dispneia.pdf http://revista.fmrp.usp.br/2004/vol37n3e4/2_dispneia.pdf 2. Sinais de respiração forçada: batimento de asas nasais, uso de musculatura assessória e tiragem (intercostal e fúrcula) Fases de apneia seguida de incursões inspiratórias cada vez mais profundas, até atingir um máximo, para depois decrescer até nova pausa. 2 fases. A primeira de apneia, seguida de movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e à amplitude 1º inspirações ruidosas, 2º apneia em inspiração, 3º expirações ruidosas e 4º apneia em expiração Mov. Inspiratórios de amplitude crescente seguidos de expiração breve e rápida. Pode ter “suspiros” PALPAÇÃO Analisar sensibilidade, dor, alterações osteomusculares/tônus muscular, lesões de pele e subcutâneo/feridas operatórias, sudorese, edema, enfisema subcutâneo e grupo ganglionares (axilares, quando duros e isolados, levantam a suspeita de malignidade). Com o dorso da mão verificar a temperatura cutânea, comparando com o lado oposto Somente com as articulações falângeas, sem a palma da mão 1. Expansibilidade: expansibilidade lobo superior e inferior (ápices e bases pulmonares e medialmente <abaixo da mama>) Ambas as mãos espalmadas, as bordas internas devem tocar a base do pescoço, os polegares devem apoiar na 7ª vertebra (proeminente) e os demais dedos nas fossas supraclaviculares (na parte superior do tórax) Para avaliar as bases pulmonares: polegares apoiados na linha paravertebral e os outros dedo devem recobrir os últimos arcos costais O MÉDICO DEVE FICAR ATRÁS DO PACIENTE Essa manobra é utilizada para identificar processos localizados nas bases e que reduzem a mobilidade da região 2. Frêmito toracovocal: vibrações das cordas vocais (meia lua e em Z, pedir para falar 33). Analisar anterior, lateral, posterior e pescoço. Mão direita espalmada sobre a superfície do tórax, comparando a intensidade das vibrações em regiões homólogas É mais acentuado à direita Colocar o 2º, 3º e 4º quirodáctilo (dedo) Fossas supraclaviculares (atrás do paciente) Hemitórax direito e esquerdo (alternadamente), seguindo a linha medioesternal de cima para baixo (à direita do paciente) 3. Estruturas: ossos, abaulamentos, depressões, pele (temperatura, gânglios <supraclavicular, infraclavicular e axilar> e dor) 4. Enfisema subcutâneo Frêmito brônquico – catarro Frêmito pleural – ruído de atrito pleural, pode preceder o derrame PERCUSSÃO Sons: (fazer mesmos movimentos do FTV) Movimento de báscula Anterior, posterior e lateral 1. Claro pulmonar (normal ou atimpânico) 2. Submaciço (região precordial) 3. Maciço (coração e fígado) 4. Timpânico (abdome <bolha gástrica>) AUSCULTA Começa-se analisando no pescoço (direito e esquerdo) Normal: 1. Traqueal ➡ pescoço 2. Brônquico ➡ início da clavícula (dentro) 3. Bronquicovesicular ➡ predominantemente em regiões medioesternal superior e interescapulovertebral direito 4. Murmuro vesicular ➡ praticamente em todo o tórax Anormal: o Sons anormais contínuos 1. Estridor ➡ ruídos inspiratórios (parece falta de ar) 2. Roncos ➡ ruídos expiratórios (liquído) 3. Sibilos ➡ ruídos expiratórios (parece choro e tem pus) É mais fino, parece miado “sibilância” o Sons anormais descontínuos 1. Estertores finos➡ final da inspiração (característico de doenças com líquidos no alvéolos) 2. Estertores grossos ➡ altera com a tosse, início na inspiração e dura por toda a expiração (característico de doenças com líq. nos bronquíolos. Ex.: bronquite) Roncos e sibilos são diferenciados pelo tom. ORIGEM DOS RONCOS E SIBILOS: broncoespasmo, edema e secreção SOPROS: tubários, cavitários e anfóricos ORIGEM: abertura e fechamento de pequenas vias aéreas que estão, na maioria das vezes, colabadas por secreção, inflamação das vias aéreas mais superiores de menor calibre Hipersonoridade (hiperinsuflação) o Sons de atrito pleural ➡ ausculta lateral e comum na inspiração (parece um esfregar de mãos) AUSCULTA DA VOZ Fazer mesmo procedimento do FTV OBS.: quanto mais escutar a voz, é porque tem algo facilitando Ressonância Vocal Normal (claridade) Ressonância Vocal Diminuída Ressonância Vocal Aumentada Egofonia PULMÃO Dentro do pulmão: aumenta FTV Fora do pulmão: diminui FTV Pleura: diminui o FTV Dor é causada pelo estiramento pleurítico SÍNDROMES Conjunto de sinais e sintomas relacionados a um conjunto de doenças ou uma doença SÍNDROMES BRÔNQUICAS Síndrome Brônquica Inspeção Palpação (FTV) Percussão Ausculta Causas Obstrução Triagem Inspiratória Normal Ou Diminuído Hipersonoridade Murmuro vesicular diminuído Sibilos Asma Brônquica Infecção Expansibilidade Variável Variável Estertores grossos disseminados Bronquite Aguda e crônica Dilatação Normal ou Expansibilidade diminuída Normal Ou Aumentado Normal Estertores Grossos localizados Bronquiectasias 1. ASMA BRÔNQUICA: - Afecção inflamatória crônica - Hiper-reatividade das vias inferiores - Limitação do fluxo respiratório - Estreitamento dos condutos respiratórios de pequeno calibre, devido ao edema da mucosa - Broncospasmo (constrição musc.lisa) - Hipersecreção das células brônquicas 1.1. MANIFESTAÇÕES: - Crise de dispneia (expiratória) - Sensação de aperto no tórax - Dor toráxica difusa - Chieira -Tosse seca progride para produtiva - Expectoração mucoide, espessa, aderente, difícil eliminação. 2. BRONQUITE - Causada por vírus, micoplasma, clamídia ou bactérias - Sintomas (febre, cefaleia, mal-estar) - Desconforto retroesternal - Roquidão, tosse seca - Expectoração mucosa que passa a ser purulenta, se houver infecção bacteriana secundária - Inspeção, palpação e percussão normal - Ausculta: estertores grossos (dois lados), roncos e sibilos esparsos, inconstantes. 3. BRÔNQUITE CRÔNICA - Secreção excessiva de muco na árvore brônquica - Relacionada com asma brônquica (Bronquite asmática) - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) - Tosse com expectoração mucopurulenta por meses - Influência de infecções, poluição e tabagismo. - Principais achados: Estertores grossos (ambos os lados) Roncos e sibilos frequentes 4. BRONQUIECTASIA: - Significa dilatação dos brônquios por destruição das paredes dos ductos e tecido de sustentação - Pode ser congênita ou sequelas de processos infecciosos: (coqueluche, sarampo, broncopneumonia, tuberculose, pneumonia aspirativa, inalação de subst. química, fibrose cística, discinesia ciliar, aspergilose, artrite reumatoide) - Comprometem segmentos ou lobos pulmonares, raramente vários lobos. - Sintomas: febre, suores noturnos, emagrecimento, astenia, hipocratismo digital - Manifestação clínica comum: Tosse produtiva Expectoração mucopurulenta abundante, pela manhã principalmente Hemoptises - Exame físico variável, depende da localização e extensão da área. - Bronquiectasia basal extensa: Redução da expansibilidade e submaciez na base - Ausculta: estertores grossos na área da bronquiectasia, roncos e sibilos - Quando localizadas podem se infectar simulando broncopneumonia 5. BRONCOPNEUMONIA - Lesões brônquicas com comprometimento alveolar pelo processo inflamatório - Não se caracteriza por áreas de condensação, como na pneumonia - Exame físico: Estertores finos nas áreas de foco - Se bronquite associada, surgem sinais e sintomas de comprometimento difuso dos brônquios. SINDROMES PULMONARES Síndrome Inspeção Palpação (FTV) Percussão Ausculta Causas Consolidação Expansibilidade diminuída Aumentado Maciez ou submacicez Estertores finos Broncofonia Pectoriloquia Pneumonia Infarto Pulmonar Tuberculose Atelectasia Retração dos espaços intercostais Tiragem Diminuído Ou Abolido Maciez ou submacicez Murmúrio ves. Abolido Respiração broncovesicular Neoplasia bronq. Corpo estranho intrabrônquico Hiperaeração Expansibilidade diminuída Diminuído Hipersonoridade Murmúrio ves. diminuído Enfisema pulmonar Congestão passiva do pulmão Expansibilidade normal Normal Sonoridade normal ou submacicez Estertores finos nas bases pulmonares Insuficiência ventricular esquerda 1. Síndrome de Consolidação Pulmonar: - Dispneia e tosse (seca ou produtiva) - Comum ter expectoração hemoptoica - Tuberculose, hemoptises frequentes, desconforto retroesternal - Quando comprometimento da pleura surge dor localizada em um dos hemitórax com caraterística de dor pleurítica - Condensação caracteriza-se pela ocupação dos espaços alveolares por células e exsudato 2. Atelectasia: - Desaparecimento de ar dos pulmões sem ocupação do espaço alveolar por células ou exsudato - Provocada por obstrução das vias respiratórias ou compressão (cardiomegalia, derrame pleura neoplasia, pneumotórax e hemotórax) - Causa mais comum por obstrução da luz, por muco ou objeto estranho, podendo ser restrita a um lobo ou segmento pulmonar - Quanto maior a área, maior a sensação de dispneia, desconforto e tosse seca 3. Enfisema pulmonar (DPOC): - Hiperaeração resultante de alterações anatômicas, pelo aumento anormal dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal - Modificações estruturais das paredes alveolares, limitando o fluxo aéreo nos alvéolos - Manifestações clínicas iniciais: Dispneia ao esforço Redução do murmúrio vesicular e expiração prolongada - Manifestações clínicas finais Dispneia em repouso Insuficiência respiratória - Enfisema e bronquite vão estar no mesmo paciente, pois as causas etiopatogênicas são comuns (tabagismo) 4. Congestão Passiva dos Pulmões: - Principal causa: insuficiência ventricular esquerda - Outras causas: lesão da valva mitral, glomerulonefrite, síndrome nefrótica e aumento da pressão intracraniana - Líquido acumula-se no interstício, causa: Dispneia de esforço Dispneia de decúbito Dispneia paroxística noturna Tosse seca e chieira Expansibilidade normal Frêmito normal Percussão: submacicez nas bases Ausculta: estertores finos nas bases, prolongamento do componente expiratório quando há broncoespasmos e ressonância vocal normal. 5. Escavação ou Caverna Pulmonar: - Por consequência de eliminação de parênquima em área que já sofreu necrobiose - Pode ocorrer por abcessos, nas neoplasias e micoses, mas principalmente por tuberculose - Manifestações clínicas: tosse seca e vômica - Para ser detectada no exame físico, deve estar próxima a periferia do pulmão e ter diâmetro mínimo de 4 cm Inspeção: diminuída na região afetada Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito aumentado Percussão: sonoridade normal ou som timpânico Ausculta: respiração broncovesicular ou brônquica no lugar o murmúrio vesicular, ressonância vocal aumentada ou pectoriloquiva. SÍNDROMES PLEURAIS Síndrome Inspeção Palpação (FTV) Percussão Ausculta Causas Pleurite Seca A G U D A Expansibilidade diminuída Retração torácia Diminuído Submacicez discreta Atrito pleural Pleurite aguda C R Ô N I C A Expansibilidade diminuída Diminuído Macicez ou submacicez Murmúrio vesicular diminuído Espassamento da pleura Derrame Pleural Expansibilidade diminuída Diminuído Macicez Ressonância skodica acima do derrame Abolição do murm. vesicular Egofonia na parte superior Derrame líquido Pneumotórax Abaulamento dos espaços intercortais Diminuído Hipersonoridade ou som timpânico Murmúrio ves. diminuído Presença de ar no espaço pleural 1. Pleurite: - Inflamação dos folhetos pleurais - Ocorre por: tuberculose, moléstia reumática, viroses e neoplasias da pleura e pulmão - Aguda ou crônica / com ou sem derrame 1.1. Pleurite Seca Aguda: - Principal sintoma: dor localizada em um dos hemitórax, podem ocorrer também: tosse, dispneia e febre - Inspeção 1.2. Pleurite Crônica: - Espessamento dos folhetos pleurais (PAQUIPLEURIZ) - Não tem dor acentuada como na pleurite - Dispneia relacionada a grande esforço 2. Derrame Pleural: - Observados na pleurite, pneumonia, neoplasia, colagenoses, insuficiência renal, síndrome nefrótica e insuficiência cardíaca - Dor, sem características de dor pleurítica, tosse seca e dispneia de acordo com o volume de líquido acumulado 3. Pneumotórax: - Acumulo de ar no espaço pleural, através de lesão traumática, ruptura de bolha subpleural ou afecções (tuberculose, pneumoconiose, neoplasia), que comunica o ducto com o espaço pleural - Manifestações clínicas: Dor no hemitórax Tosse seca Dispneia (depende da quantidade de ar) SONS ESTERTORES
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