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Farmacologia da NT adrenérgica e Aminas simpatomiméticas

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Transcription F2 – 13/03 
 
 Farmacologia da NT adrenérgica e Aminas simpatomiméticas - 
GPCR 
Se iniciará um novo tópico que trata da farmacologia do SNA, só que falaremos de outros NT e 
outros receptores, do SNSIMPÁTICO. 
No SNA tem-se a fibra pré ganglionar, que quando estimulada libera Ach, ela precisa fazer a 
sinapse química. Como? Quando for liberada, ela vai precisar interagir com um receptor 
colinérgico, que no caso é o nicotínico ganglionar e vai estimular a fibra pós ganglionar, que no 
SNSimpatico libera majoritariamente, noradrenalina (NA). 
O NT liberado pela fibra pré ganglionar sempre é Ach. No caso do Parassimpático, a Ach também 
é o NT pela fibra pós. E no caso do simpático, o NT majoritário será NA, e aí todos os órgãos que 
recebem inervação simpática sofrerão de uma forma geral a regulação de sua função, pela NA 
liberada. 
Nessa figura, eles colocaram o exemplo de um vaso sanguíneo, mas poderia ser um musc 
cardíaco, intestinal, da bexiga, que regula o tamanho da pupila.. Enfim, qualquer órgão que 
receba a inervação simpática. 
Na aula passada, 
foi introduzido 
um conceito, 
relacionando a 
Ach com o 
SNSimpático. 
Falou-se da 
adrenal. A fibra 
libera Ach, a Ach 
interage com o receptor nicotínico na glândula adrenal ou suprarrenal estimulando a secreção 
de Adrenalina. Então nesse ponto, temos duas distinções a fazer com relação ao SNS. Quais 
seriam as duas substâncias que vão fazer a sinalização do SNS nos órgãos alvos? Adrenalina e 
NA. Como que essas duas substancias endógenas se diferenciam quanto a origem? A fonte delas 
é a mesma? Não. A NA é proveniente da liberação do neurônio pós ganglionar simpático, sendo 
um NT pois ela é liberada e modula localmente o órgão. Em contrapartida, a adrenalina é 
produzida e liberada pela adrenal, majoritariamente. Ela foi liberada na adrenal, mas ela está 
atuando no coração exercendo então o efeito de um hormônio. Então, a adrenalina é um 
hormônio que participa do SNS. Essas são as características mais importantes. Ambos participam 
do SNS, um de fonte neural (NA, pois tem ação local) e a adrenalina que vem da adrenal e tem 
uma ação a longa distância, ação hormonal. 
 
Algumas regras, eventualmente, tem uma exceção. 
A NA é liberada majoritariamente na fibra pós ganglionar, mas isso significa dizer que talvez haja 
uma exceção ou outra. E de fato existe, que é a figura representada acima. 
Note que na fibra simpática pós ganglionar ao invés de NA, aparece a substancia DA que é a 
DOPAMINA. O que é mais importante? NA ou DA? NA. Mas em alguns lugares, essa fibra pode 
liberar preferencialmente Dopamina. Se isso acontece fisiologicamente, tem que ter uma 
função. A função das fibras simpáticas que liberam Dopamina: a dopamina estimularia seus 
receptores (receptores dopaminérgicos) em alguns tecidos, muito particulares, que seriam 
alguns vasos sanguíneos renais e mesentéricos. E se o sistema simpático foi estimulado, 
liberando dopamina, ela fará vasodilatação ao nível renal. A perfusão sanguínea ao nível renal é 
importante para a filtração. Então, uma das substancias endógenas capaz de fazer vasodilatação 
e aumentar a perfusão renal, é a dopamina. Então ficaremos com essa pequena característica 
do SNSimpatico. 
Noradrenalina e Adrenalina vão atuar por receptores próprios da família dos receptores 
adrenérgicos. Dentro da família, quais subtipos de receptores? Alfa e beta adrenérgicos. 
Detalhamento da via de síntese da noradrenalina e adrenalina. 
1 – Podemos ter fármacos que interfiram nessa síntese com o objetivo terapêutico 
2 – Ter substancias de abusos que interferiam em certa etapa, explicando alguns sintomas de 
intoxicação. 
3 – Essa via de síntese também acontece no SNC. Tendo produção de NA perifericamente e 
centralmente. 
Imagine que existe uma membrana que delimitaria o 
neurônio simpático. Tudo isso está contido no 
neurônio simpático, nessa membrana existe um 
sistema de captação que irá captar a Tirosina do meio 
extracelular para o meio intracelular. 
A tirosina presente no meio intracelular tem umas 
características importantes. Ela tem um anel com 
uma hidroxila, grupamento etil ligado ao anel 
aromático e tem uma função amino e de acido 
carboxílico característico de um aa. 
A Tirosina será substrato de uma enzima chamada 
Tirosina-Hidroxilase que fará uma simples 
hidroxilação no anel aromático, criando o padrão de 
duas OH’s vizinhas, na posição 3 e 4 (grupamento 
catecol). Então, NA e adrenalina aparecem muitas 
vezes assim nos livros, como catecolaminas 
endógenas. 
Esse novo intermediário que possui o grupamento catecol, se chama DOPA. Que será substrato 
para uma enzima descaboxilase. Então a carboxila (COOH), será removida e agora terá apenas a 
função amino. Sendo uma outra forma de referenciar a adrenalina e NA são as aminas 
simpáticas, pois tem uma função amina. Tendo o grupamento catecol e a função amina, temos 
a DOPAMINA. Se fosse o neurônio que inerva a vasculatura renal, já teríamos o NT pronto para 
liberar, precisando apenas da exocitose. Mas isso é a exceção, pois a maioria dos neurônios 
simpáticos liberam NA. Então, precisa-se de etapas que façam a conversão de DOPAMINA em 
NORADRENALINA. 
E essa etapa é dada pela enzima DOPAMINA-BETA-HIDROXILASE, que vai hidroxilar o carbono 
vizinho ao anel aromático, dando origem à NA. Estando na fibra simpática, já está pronto para a 
exocitose. Se está na adrenal, ainda precisa de mais uma etapa para converter NOR em 
Adrenalina, que seria a última etapa, tendo a metilação do grupamento amino. A diferença entre 
NOR e Adrenalina é apenas uma metila, e esse processo se dá pela enzima Fenil-etanolamina-
N-metiltransferase. Prefixo NOR = ausência de. 
Com isso temos toda a etapa de síntese dessa transformação. 
A adrenal só libera Adrenalina? Não. O produto principal é a adrenalina, mas a NORADRENALINA 
que ainda não foi convertida também pode ser liberada. O neurônio nunca libera 
exclusivamente algo, ele libera MAJORITARIAMENTE um mediador em detrimento de outro. 
 
Nessa figura, temos o 
terminal sináptico, o 
transportador que vai 
captar a Tirosina. A 
tirosina vai a DOPA, que é 
descarboxilada e vai a 
DOPAMINA (DA). A DA, 
tem duas funções 
químicas importantes: 
tem o catecol e o NH2, 
essas duas extremidades 
da molécula podem ser 
substratos para a 
oxidação e se isso 
acontecer, perde sua 
atividade biológica. Então 
a DA para se proteger do metabolismo e degradação ela é rapidamente vesiculada e a conversão 
de DA à NOR, acontece dentro da vesícula. Então, dentro da vesícula acontece: 1- protege a DA 
; 2- forma a NA. Portanto, ambas ficam protegidas de metabolização. 
Para que a vesícula migre e faça exocitose, precisa de um potencial de ação (despolarização), 
que vai abrir canais de cálcio voltagem-dependentes permitindo o influxo de cálcio. Permitir a 
interação de proteínas de fusão, expressas na vesículas e no terminal sináptico que vai facilitar 
a fusão entre as membranas e consequentemente a exocitose. 
A NA é um NT, que a principio queremos que ela seja liberada em uma quantidade necessária 
para exercer seu efeito fisiológico, mas de magnitude controlada. 
No terminal pré sináptico, existe um sistema de receptação. Então a NA que é liberada por 
exocitose na fenda sináptica tem algumas possibilidades de ação. A primeira, que é o objetivo 
pelo qual ela fo liberada, é interagir com o órgão alvo. Então, p. ex., a NA foi liberada e atuou no 
coração, exerceu seu efeito. Mas ela não pode ficar exercendo o seu efeito de forma 
descontrolada, então ela será removida. Após a captação pro terminal sináptico, ela é 
revesiculada. Além disso, essa NA presente na fenda também poderia fazer um feedback, então 
é muito comum no SNAutonomo, a indicação de receptores pré sinápticos. O parassimpático 
tem receptores muscarinicos M2 pré sinápticos, que fazem feedback negativo. 
No Adrenergico,temos o subtipo de receptor Alfa2 que quando a NA aumenta muito na fenda 
e se a captação dela não está conseguindo controlar bem sua liberação, ela pode acionar um 
segundo mecanismo complementar que fará um feedback negativo. Como? Quando ativar esse 
receptor todo o mecanismo de secreção estará inibido, como se fosse um freio. Todo o sistema 
de liberação de NA, ela vai ter um frio para que a magnitude do efeito da NA seja dentro de uma 
janela fisiológica. Quais são os dois freios dentro desse sistema? Recaptação e feedback via 
receptores pré-sinápticos ou autorreceptores. A priori, qual o mais importante? O de 
receptação. Ambos contribuem, mas de maneira geral o de receptação tem preponderância 
maior. 
A NA que chegou no terminal e foi recaptada, ela pode ficar livre no citosol? Não, pois ela 
também tem o grupamento catecol e amina, que seria reconhecida e degradada. Então ela 
também é revesiculada. Quem é a enzima que degrada as catecolaminas endógenas? No 
terminal sináptico existe a enzima Mono- amino- oxidase (MAO), que irá oxidar o grupamento 
amino. Quando vesícula a DA e a NA que foi recaptada o objetivo é proteger da ação da MAO. 
Farmacologicamente, como atuar? Se tiver uma substancia que iniba o sistema de recaptação 
como fica o teor de NA na fenda? Aumentada. Se aumenta, o sinal pro órgão alvo aumenta 
também. Entao podemos ter substancias que atuam perifericamente quanto ao nível do SNC e 
que são inibidores do sistema de receptação neuronal também chamada de sistema de 
recaptação do Tipo I. 
Mecanismo de ação: inibe o sistema de captação, aumenta os teores de NA na fenda e 
potencializando o seu efeito. Se for periférico, no coração p.ex. vai causar taquicardia. Se for no 
SNC p.ex. causará alteração de humor. Dentro desses exemplos de substancias ou de fármacos 
que inibem esse sistema de recaptação neuronal, temos os anti depressivos tricíclicos. Como o 
nome já sugere é para tratar uma doença chamada depressão. Eles vão atuar inibindo esse 
sistema de recaptação, perifericamente e no SNC o alvo é o SNC, portanto os efeitos periféricos 
responderiam como efeito terapêutico ou adverso? Adverso. Se o paciente utiliza um inibidor 
de recaptação da família dos tricíclicos ele tem uma melhora sintomática, p. ex da depressão 
mas pode reclamar de taquicardia, constipação intestinal... 
Agora uma substancia de abuso que também tem como alvo a inibição do sistema de recaptação 
neuronal é a cocaína. Parte dos efeitos que a cocaína desencadeia perifericamente (taquicardia, 
midríase, retenção urinária) e ao nível de SNC (psicomotor) se relacionam a esse sistema. 
Temos ainda duas representações em vermelho: existe uma classe farmacológica que também 
é capaz de inibir a enzima MAO, e quando inibir a metabolização dessas catecolaminas que estão 
circulando no citosol, o teor de DA e NA na vesícula ficam aumentados. Será que toda a DA 
formada foi imediatamente vesiculada ou teve uma perda? Houve uma perda, um equilíbrio. 
Toda a NA recaptada chegou na vesícula? Não, muitas podem ter ficado sendo metabolizadas 
no meio do caminho, então quando inibe a MAO, aumenta o teor de NA e DA dentro da vesícula, 
tendo mais DA pra ser transformada em NA e logo o conteúdo na fenda de NA aumentaria. 
Então é uma outra forma de potencializar a neurotransmissão simpática. Ou inibindo a 
recaptação ou inibindo a metabolização dentro do neurônio. 
Podemos ter fármacos que inibiam a vesiculação, e aí se isso acontecer qual seria a consequência 
na fenda? Uma diminuição, com isso a vesícula fica vazia e não vai ter nem NA e DA. E quando 
tiver exocitose, terá a fusão de membrana mas a vesícula por estar vazia não irá desencadear 
efeito suficiente. Como exemplo, temos o fármaco Reserpina (bem lipofílico e que atravessa 
com facilidade a membrana, chega na fibra sinaptica e interage com a vesícula, impedindo o 
turn over enzimatico), utilizado como anti hipertensivo. Se o fármaco chegar no SNC, ele poderá 
causar mudança de humor, causando até como efeito adverso a depressão. 
O problema é que do ponto de vista central, quando isso acontece, pode começar a depletar a 
produção central de NA que é um NT importante na regulação do humor, por isso o efeito 
adverso e não recomendado para pacientes que já possuem quadro de depressão. 
A cocaína interfere 
não só na recaptação 
de NA no SNC, mas 
também de DA e 
Serotonina. Então 
aquelas alterações de 
origem central da 
cocaína, tem 
componentes 
noradrenergicos, 
dopaminérgicos e 
serotoninérgicos. É 
uma ação mais 
complexa do que 
vimos. Entretanto, as 
ações periféricas 
como taquicardia, 
crise hipertensiva são mais fáceis de entendermos por que um usuário de cocaína pode ter uma 
crise hipertensiva, pois potencializa o simpático perifericamente, aumenta a FC, força de 
contração e vasoconstricção. 
Captação de NA pelo neurônio é sempre do tipo I. 
Uma das principais formas de aumentar o teor de NA na fenda seria: 1- inibir a captação 
neuronal; 2- inibir a enzima MAO. 
Existe uma classe farmacológica representada pela anfetamina. 
Note, que possui algumas similaridades: Grupamento fenil, etil, 
amina. A mesma característica das catecolaminas endógenas, a 
ausência do grupamento catecol faz com que ela atravesse bem 
a BHE, tendo efeito central bastante forte além do efeito 
periférico. E existem os derivados da anfetamina, com 
aplicabilidade terapêutica ou substancia de abuso. 
Uma das substancias de abuso é o chamado Ecstasy (MDMA). 
Metilfenidato e Femproporex que são, além da metanfetamina, que também é uma droga de 
abuso, são derivados anfetaminicos que compartilham as mesmas características 
farmacológicas da anfetamina. 
O que a anfetamina e seus derivados fazem? 
1) também ↑ dopamina no SNC 
2) pequena afinidade pela MAO 
3) substâncias/potencial de abuso 
Aumentam o teor de NA na fenda, potencializando a neurotransmissão simpática do ponto de 
vista periférico e quando chegam no SNC aumentam o teor de NA na fenda potencializando a 
sinalização da NA. Como fazem? Até hoje não houve um consenso de qual mecanismo de ação. 
Assim como a cocaína, ela não interfere no SNC com a sinalização da NA, ela também 
potencializa a sinalização Dopaminergica, tendo uma ação no SNC maior. E assim como a 
cocaína, independente dos fármacos que tem aplicabilidade terapêutica, toda a classe tem 
potencial de abuso. Então no caso do MetilFenidato e Femproporez existem regulações da 
ANVISA que determinam a questão do receituário. 
A anfetamina vai potencializar os efeitos simpáticos do sistema periférico (taquicardia, aumento 
da PA), como atravessa bem BHE também tem efeito sobre o SNC, e uma das principais 
indicações clinicas dos derivados anfetaminicos é endocrinologia por seu efeito de redução do 
apetite, tendo o efeito chamado ANOREXIGENO, contribuindo na redução de peso. Porém é uma 
utilização criticada dada seu potencial de abuso. 
No caso da MAO, ela tem uma localização pré sináptica, no neurônio que produz a NA mas além 
disso, ela tem uma expressão ao longo de todo TGI, no fígado, nos rins, plaquetas ou seja, o que 
podemos pensar da biodisponibilidade da NA, p. ex. se ela fosse adm por via oral? Seria baixa, 
portanto sua adm é sempre por via parenteral. E tempo de meia vida é baixo. 
Em virtude dessa expressão da enzima, a biodisponibilidade por via oral não é suficiente para 
exercer um efeito terapêutico. 
Existe uma interação alimento-medicamento. 
A tiramina é uma substancia que está presente em alimentos e 
bebidas (queijos, embutidos, cervejas, vinhos). Esses alimentos 
possuem alto teor de tiramina. Quando ela está presente no 
TGI, ela é substrato da MAO que vai metabolizar o grupamento 
amino e ela se torna inativa e é eliminada. Eventualmente, se o 
paciente ingere um alimento rico em teor de tiramina e ele usa um inibidor da MAO, agora 
grande parte da tiramina não será degradada e portantoserá absorvida, e ela no nosso 
organismo tem um efeito tipo anfetamina, pois aumenta a liberação periférica de NA, podendo 
causar uma taquicardia, elevação da PA, desconforto gastro intestinal. Mas isso é 
especificamente, uma interação de uma alimento com o fármaco contendo o inibidos da MAO, 
a probabilidade de isso ocorrer é baixíssima. 
Existe uma segunda enzima que vai metilar o grupamento catecol, essa enzima tem a sigla COMT 
(catecol – O – metil – transferase). Essa enzima está presente em todo trato digestório, no 
fígado, no rim e nos órgãos alvo (coração, vaso, intestino) qualquer órgão que tenha inervação 
simpática, o tecido que será alvo do NT, do hormônio, tem uma enzima que metaboliza o 
agonista dos receptores adrenérgicos. 
Estrutura química de um dos principais metabólitos do SNSimpatico (seja NA ou Adrenalina) 
quando ela for metabolizada pela MAO, o grupamento amino é substituído por um aldeído e 
posteriormente o grupamento catecol é metilado, sobrando o acido carboxílico e terminando 
com o acido vanelil mandélico. Esse ácido é um dos 
principais metabólicos do sistema simpático e é 
dosado na urina, pode ser dosado para avaliar um 
contexto fisiopatológico (ex: desconfiança de que o 
paciente esteja produzindo muita adrenalina. 
Sendo assim, terá muito de seu derivado) ou em 
termos de doping (algumas substancias aumentam 
os níveis endógenos de catecolaminas. 
A COMT metila o grupamento catecol de Dopamina, Adrenalina e Noradrenalina. 
As catecolaminas endógenas no simpático são noradrenalina e adrenalina e ao nível de SNC 
dopamina e noradrenalina. 
A família de receptores do SNP, são receptores adrenérgicos ou adrenoreceptores. 
Família: GPCRs 
Subtipos: alfa (α1A,B,D e α2A-C) e beta (β1, β2 e β3) 
Todos os receptores alfa 1, 2 e Beta 1,2,3 todos eles são metabotrópicos e vão interferir nos 
segundos mensageiros (AMPc ou IP3 e Cálcio). No caso dos receptores Alfa1 podem ser 
subdivididos em 3 tipos: alfa1A, alfa1B e alfa1D e idem pro alfa2. 
 
Representação da bicamada lipidica, com o receptor metabotropico, o agonista Noradrenalina. 
O receptor é do tipo alfa1 adrenergico, que está acoplado a uma proteina Gq que quando 
ativado, ativará a PLC que vai clivar os fosfolipideos da membrana plasmatica, gerando IP3 que 
interage com a membrana do reticulo liberando Cálcio. E o DAG, que é o segundo produto da 
liberação dessa enzima, na presença de cálcio ativa PKC. Proteina cinase, sabemos que fosforila. 
Quando na celula muscular aumenta o cálcio, esse cálcio na célula intramuscular que aumentou 
se complexa com a Calmodulina, formando o complexo Cá/Calmodulina, que vai ativar uma 
proteina cinase da cadeia leve de miosina. O que aconteceu dentro da célula? A cadeia leve foi 
fosforilada. E fisiologicamente quando a miosina é fosforilada, na região da cadeia leve, ela vai 
interagir com a Actina, que formarão pontes permitindo a contração. Se diminui o calcio na 
celula, não tem complexo Calcio/Calmodulina, a cinase da cadeia leve de miosina não é ativada, 
se a miosina fica defosforilada ela não interage com a actina, consequentemente o musculo fica 
relaxado. Tendo o balanço do cálcio regulando o teor de miosina fosforilada indiretamente, no 
musculo liso. 
Para a contração ser sustentada a maior parte do Cálcio vem do meio extracelular, pois o reticulo 
sarcoplasmático que guarda cálcio é pequeno e não consegue estocar grande quantidade dele. 
A via da PKC vai fosforilar e favorecer a abertura desses canais de Cálcio presentes na membrana. 
Simula dois tipos de 
receptores na mesma 
membrana. Na esquerda, 
temos a representação 
dos receptores Beta 
adrenergicos. 
Os receptores Beta 1, 2 e 
3 todos eles são 
acoplados a ptn Gi, então 
significa dizer que 
quando o agonista se 
ligar ao receptor a ptn Gi 
sofrerá uma mudança 
conformacional, a 
subunidade alfa vai se dissociar, interagir e ativar a enzima AC. E qual o papel da AC? Converte 
ATP em AMPc. E o AMPc, por sua vez, ativa a ptn cinase dependente de AMPc, que é a PKA. 
Então, de forma geral, toda vez que um receptor beta for ativado, teremos a ativação de PKA. 
Pois aumenta o AMPc. PKA como uma proteina cinase vai fosforilar proteinas alvo, então todas 
as cascatas de sinalização do receptor beta, depende de fosforilação. 
E na célula que expressa o receptor adrenergico alfa2, o alfa 2 é acoplado a Gi, que vai inibir a 
AC e impedir a formação de APMc, e toda aquela cascata PKA-dependente deixa de acontecer. 
Mas a proteina Gi, tem outra caracteristica. A subunidade beta-gama tem uma papel 
importante, que modula canais ionicos, ativando canais de K+ que levariam a hiperpolarização 
ou ainda inibindo canais de calcio dependentes de voltagem. 
Então, o freio que já estudamos é dado por alfa2, as subunidades beta-gama da proteina Gi 
hiperpolariza o terminal quando o receptor é ativado e com isso impedem a abertura do canal 
de calcio voltagem dependente, sem entrada de calcio não tem fusão e nem exocitose. 
O freio pre-sinaptico no SNA envolve a participação de receptores acoplado a Gi que vão 
hiperpolarizar o terminal sinaptico. 
Alfa1: é a via da Gq que aumenta IP3 e Cálcio e faz o fenômeno de interação no musculo de 
actina e miosina. 
B1,2 e 3: acoplados a Gs, vão sinalizar a via PKA fosforilando eventos intracelulares. 
Alfa2: é acoplado a Gi, sua sinalização vai inibir a ativação da PKA e pode hiperpolarizar a 
membrana da celula em questão. 
Agonistas endógenos principais no nosso sistema: Noradrenalina e Adrenalina. 
Existem pelo menos 5 subtipos de receptores: Alfa 1, Alfa 2, Beta 1, Beta 2 e Beta 3 
Como temos 2 agonistas para 5 receptores? Será que seria logico pensarmos na diferença de 
atividade? Sim. Pois a adrenalina tem ação de hormonio, NA tem ação local quando liberada 
pela fibra simpática. Então como podemos tentar classificar as afinidades dos agonistas pelos 
receptores? 
Na figura, relação de estrutura e atividade de forma simplificada focando nos agonistas 
endogenos. De uma maneira geral, tem a estrutura da noradrenalina, também conhecida como 
Norepinefrina. Tem o grupamento catecol, etil e amino. No que diz respeito aos receptores alfa 
adrenergicos, tanto faz Alfa1 ou alfa 2, temos adrenalina e noradrenalina com afinidades 
semelhantes. Dependendo do tecido adrenalina pode ter 
afinidade um pouco maior, mas não é relevante. Então, para 
ativar alfa a adrenalina e NA são equivalentes. 
ALFA: ADR ≥ NOR (>>> ISO) 
Com relação a Beta, precisamos discriminar um pouco. 
Na porção final, temos a 
estrutura da adrenalina. 
Lembrando que a diferença 
de NA e adrenalina era 
simplesmente a metila. E 
existe um fármaco chamado 
isoprenalina que ajuda 
muito na ánalise de 
estrutura e afinidade. A Isoprenalina, tem o mesmo padrão estrutural das catecolaminas 
endogenas salve pelo substituinte que no caso dela éum grupamento maior que do grupamento 
metil. De uma maneira geral, considerando apenas os agonistas endogenos: 
Beta1: adrenalina e NA são equivalentes, ou seja, com a mesma concentração conseguimos 
ativar os dois receptores de forma semelhante. 
Beta2: Adrenalina tem maior afinidade comparando com a NA. 
Isso significa dizer que se quiser ativar Beta1 com as catecolaminas endogenas usadas como 
fármaco poderia usar tanto NA como Adrenalina, pois as duas seriam capazes de ativar Beta1. 
Mas se quisesse ativar Beta2 com uma dessas catecolaminas, qual seria a única possibilidade? A 
Adrenalina. Portanto, a diferença maior fica em Beta2. 
Esse fármaco isoprenalina, como se comporta? Ele não consegue ativar alfa e consegue ativar 
beta1 e beta2, embora por Beta2 ele seja mais afim. Esse fármaco era utilizado no tratamento 
da asma, cujo alvo era o Beta2 mas não era o fármaco ideal, pois ativava beta2 mas também 
ativava beta1 tendo efeito cardiotoxico. 
NA e adrenalina ativam igualmente receptores alfa, seja alfa 1 ou alfa 2 e beta 1e no caso de 
beta 2 o agonista endogeno com maior afinidade é a adrenalina. NA não tem afinidade 
para Beta2. 
Em Beta3, tem o padrão inverso onde NA tem afinidade muito maior do que Adrenalina. O 
receptor b3 ainda não tem fármaco usado clinicamente de forma segura, uma de suas 
expressoes é no tecido adiposo. 
Temos tres tipos teciduais que 
expressam receptores Beta. 
Representaçao do musculo 
esqueletico que expressam 
receptores Beta adrenergicos. O 
fígado que expressa 
preferencialmente Beta2 e o 
tecido adiposo que expressa 
beta1 e beta3, todos são 
receptores beta adrenergicos, 
então quando tiver ativação do 
receptore beta1 e beta3 por NA 
e adrenalina, e beta2 apenas por 
adrenalina. O que vai acontecer? Vai aumentar os níveis de AMPc e ativar a ptn cinase e as 
consequencias fisiologicas. No caso do musculo esqueletico, a ativação simpática promove a 
glicogenolise (quebra de glicogenio muscular liberando glicose para o proprio metabolismo 
celular). No caso do figado a ativação simpática de beta2 pela adrenalina, vai causar a quebra 
do glicogenio (Glicogenolise hepatica), que nesse caso vai liberar glicose para circulação. Então 
o estimulo simpático via adrenalina tem o efeito sobre a glicemia, favorecendo o aumento da 
glicemia. 
Exemplo: A glicemia está caindo, começa a ter o estimulo simpático que vai ativar a adrenal e 
secretar adrenalina, que vai chegar no fígado e estimular o receptor beta2 quebrar glicogenio 
hepatico para liberar glicose para a circulação para tentar conter a queda da glicemia. 
No tecido adiposo, tem o estimulo beta adrenergico que promove lipolise, que libera AG’s e 
Glicerol, o glicerol chegando no figado pode ir para a gliconeogenese e os AG’s serão fonte de 
energia, via Beta-oxidação. Todas essas ações metabolicas são dadas pela adrenalina ou NA, 
dependendo do receptor. No fígado apenas a adrenalina via beta2, no musculo e no tecido 
adiposo, receptores beta em geral, incluindo beta2 e no tecido adiposo beta 1 e beta3. 
Todas as ações da adrenalina, visam fazer o que com o metabolismo? Com a oferta de glicose? 
Aumentar. O sistema simpático (sistema de luta ou fuga) seria importante para a atividade 
física/situação de estresse? Sim, pois é um sistema que faz a oferta do substrato energético ser 
aumentada. 
 
Outra forma de induzir 
midriase é através da 
ativação do receptor alfa1 
adrenergico (presente do 
musculo radial). 
No olho, temos estruturas 
importantes que é o musculo 
que regula o tamanho da 
pupila e o segundo é o corpo 
ciliar, pois tinha função de 
produzir o humor aquoso. Enquanto que a contração do corpo ciliar fazia o aumento das 
estruturas do canal de xilem, favorecendo a drenagem do humor aquoso. No ponto de vista 
simpático, a única contribuição com relação ao humor aquoso, é que a produção desse humor 
aquoso é mediada por receptores beta. Então o muscarinico facilita a drenagem, mas não 
interfere na produção. O simpático estimula a secreção. 
Nos vasos sanguineos, também temos receptores alfa1 adrenergicos. 
Camada mais externa por onde a inervação simpática 
chega, que vai se entremear entre as fibras 
musculares da camada muscular do vaso e a 
liberação de NA. No musculo representado pelas 
celulas vermelhas, cada celula tem o receptor alfa1 
adrenergico, se elas contrairem a resistencia 
aumenta. Se o musculo relaxar a resistencia diminui. 
 
No esquema, temos o agonista ligado ao 
receptor, a formação de IP3 aumentando 
Cálcio. O cálcio (seja da mobilização ou do 
influxo) formando o complexo 
Cálcio/Calmodulina, ativando a proteina 
cinase da cadeia leve de miosina (MLCK), 
fosforila a cadeia leve e interage com a 
actina. Como alfa 1 está associado ao 
aumento na mobilização e do aumento 
do cálcio intracelular, então miosina 
fosforilada e esse vaso vai contrair. 
PA = DC x RVP 
Alfa1 aumenta Cálcio, contrai o musculo. Então PA e RVP aumentam também. 
Esse é o mecanismo pelo qual NA e adrenalina, que tem capacidade de ativar alfa 1 na mesma 
concentração vão promover vasocontricção e qualquer fármaco que mimetize a ação de NOR e 
Adrenalina também serão vasoconstrictores se tiverem afinidade por alfa1. 
O que vai acontecer no coração? No coração, tem o receptor adrenergico e o subtipo 
predominante é o beta1. O que beta1 faz? Quando ativado, aumenta AMPc e ativa PKA, que 
gera a cascata de fosforilação. E são essas fosforilações que vão modular a função do coração. 
Entretanto, no coração existem algumas estruturas importantes. 
A estrutura que determina a FC é o nodo sino-atrial, lá o potencial gerado precisa ser conduzido 
ao longo de todo coração, pelo sistema de condução que é o nodo atrioventricular e Purkinje. E 
a função bombeadora. Qual o tipo celular/tipo de tecido que é capaz de bombear? Células 
musculares cardíacas, que é do tipo esqueletico. 
Então agora temos o receptor beta1 em cada um desses 3 tipos celulares, então a NA e 
adrenalina são capazes de estimular tanto a FC, condução e força de contração. Nesse momento 
não tem um parametro que seja mais importante que o outro. 
No esquema, tem a variação do 
potencial de membrana –a direita- , 
e no repouso a celula está bem 
polarizada ~-70mV. 
O traçado em azul seria a taxa de 
disparo do marcapasso. Porém 
frente a um estimulo com 
adrenalina, o fenomeno antecede e 
a distancia se torna menor, por 
unidade de tempo tem mais 
eventos de despolarização. No 
traçado original, que é o azul mais 
claro, tinha uma despolarização 
durante a diastole que era bem lenta, e aí vinha o potencial de ação cardiaco. No caso, do 
estimulo adrenergico, essa despolarização leva menos tempo para ocorrer e com maior 
amplitude. Em ultima analise, o que temos é o aumento do numero de disparos do nodo 
sinoatrial por unidade de tempo, aumento da FC. Então temos um efeito cronotropico positivo. 
Na presença do estimulo simpático a velocidade de condução também aumenta (efeito 
dromotropico positivo) e por fim há o aumento da força de contração. O musculo cardiaco 
precisa de que haja o aumento de cálcio no citosol para que contraia mais. 
Como ligar PKA ao aumento do calcio intracelular? Modulando canais ionicos, através de 
fosforilação. 
Neste esquema 
está a 
representação da 
membrana do 
musculo cardiaco, 
com o sarcolema 
que é um tipo de 
musculo 
esquelético. O 
receptor beta 
adrenergico, os 
agonistas 
endogenos (pois 
beta1 é ativado 
tanto por NA 
quanto por 
Adrenalina). 
Agonista se liga ao receptor, muda a conformação da ptn na membrana, fazendo a ptn G se 
dissociar. Quando ela se dissocia a subunidade alfa, se dissocia do resto do trimero. E que tipo 
de subunidade alfa tem? Alfa estimulatória, que vai interagir com a AC formando AMPc. 
A estrutura em verde e lilás que está circulada em vermelho, representa a PKA. A PKA possui 
uma subunidade regulatória e catalitica. A regulatória freia. Quando o AMPc se liga, a regulatória 
se dissocia e a catalitica fosforila duas estruturas do miocito cardiaco: o canal de cálcio presente 
na MP e um canal de calcio presente na organela intracelular que tem a função de armazenar o 
cálcio (Retículo Sarcoplasmático). 
Fisiologicamente, o que aconteceria no coração? Um potencial de ação despolariza a membrana, 
abre canais de cálcio, ele entra, estimula a mobilização do calcio a partir do reticulo 
sarcoplasmatico, ocorre o aumento de cálcio e por fim, contração muscular. 
Se tem um estimulo simpático, o que vai acontecer? A adrenalina vai desencadear a via do AMPc 
estimulando a atividade da enzima PKA, que vai fosforilar e abrir o canal de cálcio da membrana, 
fosforilar e abrir o canal que tem o reticulo e com isso a liberação de calcio pro meio intracelular 
será muito maior. Agora tem uma entrada de cálcio maior e mobilização no reticulo muito maior 
também. Com isso o aumento de calcio é mais intenso e com isso uma contração maior. 
A NA foirecaptada, o receptor não tem agonista, não tem formação de AMPc, nem ativação de 
PKA, o canal não é fosforilado, não tem mobilização de calcio e aí, o musculo relaxa. A sístole, 
onde o calcio aumenta e o musculo contrai e vai contrair de forma calcio dependente (maior 
aumento de calcio na celula, maior a força de contração). Para o musculo relaxar, o agonista 
precisa de dissociar do receptor e o cálcio do citosol vai de volta para o reticulo, atrave´s de uma 
calcio ATPase que vai rebombear o cálcio para dentro e da proxima vez que vier o estimulo já 
tem calcio preenchido no reticulo, mantendo um estoque. 
Se houver um estimulo simpático por que realizou uma atividade fisica ou por um susto, os niveis 
de adrenalina aumentam e aumenta os batimentos cardiacos. 
O Debito cardiaco, que é o volume de sangue ejetado por unidade de tempo, depende da 
capacidade bombeadora do coração (se contrai com mais ou menos força), então é o debito 
sistolico e da FC. O que beta1 faz com a força de contração? Aumenta. O que beta1 faz com a 
FC? Aumenta. Então o DC aumenta e a PA aumenta ainda mais. Esse é o mecanismo fisiologico 
da regulação e farmácologicamente explicamos atrave´s de receptores a cascata de sinalização. 
No musculo cardiaco, a ativação de uma PTN Gi, aumenta o AMPc que ativa PKA, PKA fosforila 
e quando ela fosforilar ela vai iniciar uma potencialização do aumento do cálcio intracelular, 
favorecendo a contração. 
Imaginando o receptor M2 cardiaco, acoplado a ptn Gi. Do ponto de vista de AC, ela iria diminuir 
a formação de AMPc e diminuir a atividade da PKA. Então veja que no coração o simpático vai 
em um sentido e o parassimpático vai para outro sentido. O impacto do muscarinico no musculo 
é muito grande? Não, pois há uma menor expressão desses receptores no nodo sino atrial. 
Ex: Um estimulo simpático, antes de começar a musculação vai para a esteira, aumenta a FC 
mediante a atividade do Sistema Simpático, via beta1. Parou-se uma caminhada na esteira, a 
FC volta para niveis normais. Quem é que está fazendo isso? O SNParassimpático, pois quando 
a PA começou a subir – como são antagonicos -, ele tenta contrapor o estimulo do simpático e 
começa a liberação da Ach, que atua em M2 no nodo sinoatrial e começa a fazer o freio. Na hora 
que o simpático sai de cena, o freio da Ach se torna mais pronunciado e a FC volta para niveis 
normal e a PA se normaliza. 
Qual o sistema que detecta pequenas ou grandes variações no nosso organismo? O seio 
carotídeo que tem a estrutura dos barorreceptores. 
Ex: em um acidente, onde existe uma hemorragia grave o volume de sangue está diminuindo, o 
DC está diminuindo, a PA está diminuindo. O SNS trabalha de forma acelerada, fazendo 
vasoconstricção. 
No coração, o aumento de AMPc promove contração. 
Três parametos foram aferidos: 
RVP, taxa de pulso (FC) e a PA. 
No registro da PA, tem um registro 
inferior (PA minima, PA diastólica), 
intermediário (PA média) e superior (PA 
máxima, PA sistólica). 
Qual o parametro importante na PA 
diastolica? Supondo que a PA esteja 12/8 
mmHg. Esses 80mmHg de PA minima, o 
que significa isso? Para as camaras 
cardiacas preencherem o coração precisa 
estar relaxado, tem a diastole. No momento que o coração bombeia, para ele vencer a RVP, ele 
realiza sistole. Na PA diastolica a pressão que existe no sistema é apenas dos vasos. 
A duração do estimulo farmacologico, a dose de adrenalina por via intravenosa, uma RVP basal, 
quando começou a adm NA via iv. A resistencia aumentou e se manteve elevada durante toda a 
duração do tratamento (area sombreada). Paralelamente a isso, a resistencia diastolica (que 
estava na casa dos 80, foi para a casa dos 100) sofreu um aumento por consequencia da 
contração ou da vasoconstricção. 
A pressão sistolica também aumentou, por que Beta1 aumenta força de contração e aumenta a 
FC. Então na hora que o coração bombeou a pressão é maior, aumentando a sistolica. E a média, 
que é a linha amarela também aumenta por que teve um aumento tanto da minima quanto da 
maxima. Pelo efeito beta1 adrenergico, o que aconteceria com a FC? Aumentar. A Adrenalina 
estimula a FC, NA também. Entretanto, o que se vê é que tinha cerca de 75 bat/min e esse valor 
caiu para quase 50, ou seja, ao inves de ter taquicardia houve uma bradicardia. O que poderia 
explicar essa inesperada queda da FC durante um tratamento com NA? Pode ser uma resposta 
indireta pelos barorreceptores do SNP. E pq seriam acionados? Pelo aumento da PA média, pois 
é isso que é percebido pelo baroreceptores. Então, fisiologicamente se nosso sistema 
cardiovascular está funcionando corretamente, toda vez que estivermos estimulo simpatico 
nossa PAMedia vai aumentar. Mas esse aumento é compensado por mecanismo 
compensatorios, pois houve uma bradicardia reflexa mediada pela liberação da Ach, no nervo 
vago que interage com os receptores M2 no nodo sino atrial e freia o efeito taquicardisante da 
NA. 
 Então, tinha o efeito vascular Alfa1, via IP3, cálcio/calmodulina esse aumento faz com que o 
vaso se contraia e agora a Resistencia ao fluxo sanguineo é maior, então a pressão dentro do 
vaso aumenta. Beta1 aumenta o cálcio no miocito, aumenta a força de contração, aumenta o 
debito sistolico e a soma dos dois leva a PAMedia pra cima. Então a PAM = P S + 2xPD/3 
A PAM, gira em torno de 100mmHg e a medida que ela se distancia para mais, ela ativa 
barorreceptores que sinalizarao a via parassimpatica, e se a PA cai vai ativar SNS, para tentar 
trazer a pressão para niveis fisiologicos. 
 
 
AULA 14/03 – F2 
 
Será que só existe Beta1 no coração? Quando pensamos no controle da PA, precisamos lembrar 
que temos dois componentes importantes: o componente neural (dado pelo SNASimpatico) e o 
controle humoral (produção do hormonio Aldosterona), que também contribui para regulação 
da PA. Do ponto de vista humoral, existe uma estrutura anatomica chamada celula 
justaglomerular, ela está presente nas proximidades da estrutura renal e ela expressa um 
receptor adrenergico beta1, portanto toda vez que temos a ativação simpática e tem a liberação 
de NA, além da liberação da NA pela fibra simpática no coração, temos também a liberação de 
NA pela fibra simpática em outros locais. E na célula justaglomerular a ativação desse receptor 
vai aumentar a secreção de renina. Renina, é importante para o Sistema Renina- Angiotensina- 
Aldosterona. O estimulo simpático aumenta a secreção de renina, naturalmente ele aumenta a 
conversão de Ang I em Ang II, e se tem o aumento de Ang II terá também aumento da secreção 
de Aldosterona. 
A Aldosterona tem como função fisiológica, reter o sódio e a água. Então ela aumenta o volume 
extracelular, logo aumenta o retorno venoso e isso aumenta o DC, consequentemente o 
aumento da PA. 
Quem controla a secreção da Aldosterona? A produção dela tem uma série de fatores que 
regulam o teor de sódio na urina, o nivel de pressao dentro das arteriolas renais e dentre um 
dos fatores, o simpático via beta1. A secreção de Aldosterona não depende apenas do 
SNSimpatico, existem outros mecanismos que regulam a sua secreção. Porém, o receptor beta1 
nas células justaglomerulares, tem a capacidade de favorecer um pouco a secreção de 
aldosterona por que o receptor aumenta a secreção de renina disparando a cascata Renina-Ang-
Aldosterona (RAA). Dentro os efeitos pressólicos no SNS, o mais importante é o que foi estudado 
na ultima aula, vasoconstricção via alfa1 e aumento do DC via beta1 cardiaco. E uma pequena 
parcela desse efeito pressolico, vai ocorrer de uma forma indireta através da secreção de renina, 
aumentando em ultima analise, a secreção de aldosterona. Esse efeito é complementar, o mais 
importante de NA é o efeito de alfa1 que aumenta a resistencia e beta1 que aumenta o débito. 
Outro efeito das aminas simpaticomiméticas, que venham a ativar receptores beta 
adrenergicos. 
O receptor beta adrenergico(não importa qual) todos eles estão acoplados a Gs (aumenta 
AMPc, ativa PKA, então reações de fosforilação). No caso do coração, vimos que o que 
predomina é o beta1, vimos que aumenta a força de contração. Mas no coração tem uma 
particularidade, o tipo de musculo presente nele é o musc esq. Cardiaco. O que acontece no 
musc liso? No caso do musc liso incluindo o vascular, os receptores beta adrenergicos que, em 
geral, são beta2 promovem uma sinalização intracelular que depende do AMPc. Mas qual é a 
consequencia? Pelo que já vimos, a via do complexo Cálcio/Calmodulina, que ativa proteina 
cinase da cadeia leve de miosina (MLCK), fosforila miosina e ela fosforilada, interage com a 
actina promovendo contração. Se existe uma enzima que fosforila miosina, pra que o musc não 
volte ao estado de repouso é necessário que o fosfato seja removido, então existe também uma 
fosfatase. Então, nessa porção da figura do esquema, temos a miosina não fosforilada, pra 
direita, ela é fosforilada por uma MLCK e ela pode ser defosforilada recuperando a miosina em 
seu estado “basal”. Qual a relação entre os agonistas beta adrenergicos no musc liso e a 
contração muscular? Como são capazes de promover esse relaxamento? Qualquer que seja o 
mecanismo o que precisa acontecer com o cálcio intracelular? Tem que diminuir, esse teor de 
miosina fosforilada, tem que diminuir também. Então teriam duas formas: ou não aumenta o 
cálcio, não disparando o processo ou a miosina fosforilada sofre uma defosforilação, e na 
verdade são duas coisas que acontecem. 
Aumentou AMPc, ativou a PKA, essa PKA vai fosforilar 
e fechar canais de cálcio presentes na membrana, 
então a entrada de calcio fica bloqueada. A PKA vai 
fosforilar e estimular a captação de calcio para dentro 
do reticulo. O teor de calcio citosolico fica diminuido. 
Todo aquele processo de ativação da fosforilação fica 
desfavorecido e paralelamente a isso a PKA também 
é capaz de estimular a fosfatase diminuindo o teor de 
miosina fosforilada, se não há miosinha fosforilada 
não tem interação com actina e consequentemente, 
não tem contração. 
É assim que a via do AMPc/PKA vai promover o 
relaxamento do musc liso, qualquer que seja ele 
(uterino, musc liso bronquiolar, da bexiga, 
intestinal...) Qualquer musc liso vai responder ao AMPc e a PKA dessa forma. A célula sob o 
estimulo da PKA terá um menor teor de calcio citosolico, o menor teor de miosina fosforilada e 
a soma dos efeitos tem menos contração. Então por isso ou o musc não contrai ou se estava 
contraido, ele relaxa. 
Ex: Paciente chega com crise de broncoespasmo muito severa, na emergencia, ele faz uso por 
via inalatoria ou via sistemica de um agonista beta2, pois quer ativar só beta2 pulmonar e não 
beta1 cardiaco e o efeito broncodilatador é bem rápido. Por que impede a entrada, o calcio que 
já tinha entrado vai pro reticulo, ativa fosfatase, a miosina que já estava fosforilada vai pro 
estado inativo e acabou, pois relaxa e reverte o broncoespasmo. 
Nos vasos sanguineos que irrigam visceras, tem-se o predominio de alfa ao invés de beta. 
Quando fazemos At. Fis. Qual o tecido precida de maior aporte sanguineo? Os musculos. Os vaos 
sanguineos tem alfa1 predominante e beta2, principalmente. E ai vai depender qual o vaso, o 
receptor e o agonista endogeno que está em cena. 
Por que a PKA no coração aumenta a concentração de Cálcio e o no musc liso diminui? Quando 
falamos do canal de calcio voltagem dependente, estamos falando de uma estrutura que 
pertence a familia voltagem dependente, dentro dessa familia existem subtipos, no caso do 
vascular, o subtipo mais importante é do tipo L. Esse canal, é composto por algumas 
subunidades (unidade formadora de poro e unidades acessórias), a estrutura molecular do canal 
de calcio qe tá no coração é um pouco diferente da que está presente no musc liso, então 
pequenas diferenças de residuos de aa, causam alterações conformacionais distintas. 
O receptor beta leva o aumento do AMPc e por sua vez, a ativação de PKA. Agora o que vai 
acontecer depois, vai depender no tecido que está sendo trabalhado. 
Só tem ação do IP3, só se for via Gq? 
Supondo a celula muscular lisa, tem alfa1 e predominantemente beta2. Se ativar o alfa1 então 
levará a atividade da PLC, que vai gerar IP3 e o DAG. IP3 se difunde no reticulo e interage com 
canal ionico, que só responde a IP3, ele abre o canal e o calcio entra. Isso forma o complexo 
calcio/calmodulina (CaM), ativa a cinase da miosina, favorecendo a fosforilação que interage 
com a actina. Além disso o DAG, pode ativar PKC que fosforila e estimula a entrada de calcio 
através da membrana. 
No caso do beta2, aumentou o AMPc ativou PKA. O que PKA faz? Fosforila o canal, impedindo a 
entrada do calcio. Mas a bomba que fica no reticulo, começa a trabalhar mais para estimular a 
captação de cálcio presente no citosol, para dentro do reticulo. Se tem o bloqueio da entrada e 
o estimulo da captação, o teor de cálcio diminui. Então o CaM não se forma na mesma 
magnitude, logo tem menos ativação da cinase da cadeia leve de miosina, menos miosina 
fosforilada. Só diminuindo o cálcio, já diminui o teor de miosina fosforilada. Além disso, a PKA 
vai fosforilar e ativar o processo de remoção do fosfato, trazendo a miosina para o estado que 
não interage com a actina. 
PKA vai fosforilar e ativar a fosfatase, ela que remove o fosfato. 
 
 
Nesse esquema tem a 
representação de dois 
receptores, alfa1 e beta2. Note 
que nessa expressão, um vaso 
pode eventualmente expressar 
os dois receptores, porém o 
nível de expressão entre ele 
pode ser bem diferente, ou seja, 
não quer dizer que ambos 
estejam em quantidades iguais 
de expressão. 
Receptor alfa1, indicado em 
vermelho, que é essa via do IP3 e do Cálcio. Se ativar essa via do IP3, o que faz com a miosina 
fosforilada? A miosina fosforilada aumenta, tendo interação entre actina e miosina. 
Receptor beta2, está acoplado a via do AMPc, PKA. E quando beta2 é ativado diminui o calcio e 
isso desfavorece a formação da miosina fosforilada além dela ativar a fosfatase. 
Adrenalina é capaz de ativar alfa e beta, como ela se comporta em um vaso sanguineo que 
expresse os dois subtipos de receptores? Precisamos lembrar da particularidade da adrenalina, 
ela tem uma caracteristica farmacologica. O grupamento amino dela, que tem a substituição 
com a metila faz com que esse hormonio tenha mais afinidade por beta do que por alfa. Então 
em baixas concentrações a adrenalina vai ativar primeiro beta, que nesse caso é beta2. A medida 
que fazemos uma atividade fisica e temos uma determinada concentração de adrenalina no 
sangue, nós teremos a tividade predominante de beta2 que vai fazer vasodilatação, SE O VASO 
EXPRESSAR a quantidade significativa de beta2, se ele não expressar o vaso continua do mesmo 
jeito. E se tivermos uma elevação muito intensa de adrenalina, ela continua ativando beta2 mas 
também será capaz de ativar alfa1. E agora, teremos um antagonismo entre essas duas vias. O 
que domina? AMPc relaxando ou IP3 contraindo? Vai depender de quanto de um receptor se 
tem. 
Se pegarmos o exemplo dos vasos sanguineos (VSs) que nutrem a musc esq, qualquer atividade 
fisica (AF) que a gente faça precisamos que o aporte de sangue no musculo aumente durante a 
AF, precisa que chegue mais sangue oxigenado e maior aporte de glicose para o metabolismo 
celular. Em contrapartida, se pegarmos vasos de mucosas ou de visceras esses vasos expressam 
os dois receptores mas proporcionalmente se vê mais pronunciado o efeito constrictor. 
Exemplo clássico: se levamos um susto, a primeira caracteristica é de palidez. 
Quando estamos sob estresse, o que acontece com as pontas dos dedos? Ficam frias. 
Isso é vasoconstricção mediada pelo estimulo simpático. Então a adrenalina, só ela, 
endogenamente, tem a capacidade de deslocar o fluxo sanguineo de um lado para o outro. 
Duranteuma AF, não precisa de um fluxo sanguineo grande em visceras, e sim no musc esq, no 
coração, cerebro.. Então a adrenalina vai priorizar o direcionamento do sangue, para essas 
regioes. Agora se tiver uma concentração muito elevada de adrenalina, ai começa a perder a 
capacidade de redirecionar o fluxo sanguineo, o efeito vasoconstrictor começa a acontecer de 
forma mais proeminente. Se tiver algum vaso que não expresse o receptor beta2, não terá 
adrenalina, por mais que ela esteja na faixa de concentração onde ela ativaria 
preferencialmente beta2, não veremos efeito pois está faltando receptor naquele vaso. 
Esse nível de expressão entre alfa1 e beta2 nos VSs varia em função da região anatomica. A NA, 
sempre irá fazer vasoconstricção, pois ela só tem afinidade para alfa1. Em contrapartida, a 
adrenalina pode fazer vasodilatação ou vasoconstricção, vai depender da sua concentração 
plasmatica ou quando ela é usada como fármaco e de quantos receptores são expressos em 
cada tecido. 
Voltando no esquema da aula passada, sob o efeito cardiovascular da NA: 
A queda da RVP, está relacionado a beta2. Diminuiu a RVP, temos acompanhando a dminuição 
da PA diastolica, ou seja, os vasos estão 
mais relaxados. Contudo, no momento 
em que a adrenalina está ativando beta2 
no vaso ela também está ativando beta1 
no coração, e aí o que vemos é o aumento 
da Força de contração e da FC que vai se 
traduzir em um aumento da PA max 
(sistolica), pois a via do AMPc está 
trabalhando e o calcio dentro da celula 
está maior. 
A PAMedia, depende das duas, então a 
PAM nessa situação é pouco elevada. 
Nessa condição, a adrenalina foi capaz de aumentar o DC, por un/tempo o coração tá 
bombeando mais sangue. Ela foi capaz de promover vasodilatação, incluindo os vasos que são 
importantes para levar o sangue para a musc esq. Ela taá ativando beta2 em outros tecidos, a 
exemplo do pulmão, promovendo uma broncodilatação, aumentando a capacidade respiratória 
e a FC pelo efeito beta1. Então nessa situação, ela está aumentando todos esses parametros 
comentados. 
Se agora, essa dose de adrenalina for muito aumentada aqueles vasos que expressam 
quantidades significativas de alfa1 sofrerão vasoconstricção. Progressivamente, tinha 
vasodilatação predominante, agora se aumenta muito a dose de adrenalina, gera uma 
concentração plasmatica maior e ela começa a ativar receptores alfa1, pelos quais ela tem 
menos afinidade e aí a vasoconstricção começa a acontecer. A ativação de beta2 continua, mas 
começa a acontecer o efeito do IP3 dentro da célula e aí temos uma reversão. A adrenalina em 
dose alta, vai promover um efeito parecido com o da NA. Ela faria uma vasocontricção, 
aumentaria a RVP, a diastolica, a sistolica – aumenta de qq jeito pois é beta1 - , e ai não teria 
mais o efeito taquicardisante proeminente por que seria mascarado por uma bradicardia 
reflexa. Um exemplo de uso da adrenalina: eventualmente, quando vamos ao dentista e vai fazer 
uma extração dentária, ele aplica um anestesico local. Na ampola do anestesico local raramente 
tem só o anestesico, o anestesico muitas vezes está associado com adrenalina. Ao fazer essa 
extração, pode haver sangramento. A adrenalina associada ao anestesico tem por objetivo fazer 
vasoconstricção de forma a diminuir o sangramento naquele local. A dose da adrenalina nessa 
formulação é importante? Sim, se a dose tiver baixa não se tem vasoconstricção e sim 
vasodilatação. A dose da adrenalina nessa formulação deve estar em uma concentração que 
promova o efeito vasoconstrictor. Essa é a vantagem da adrenalina, de ter as duas funções. 
Quem seriam os outros tipos de musc liso não vascular que tem o receptor beta e que sofre o 
relaxamento que já foi descrito? 
de bronquios, bexiga, intestino, útero. 
O esquema presente, já foi visto e 
estudado por nós anteriormente. 
Ao nível de Trato digestório, qual a 
consequencia do efeito simpático? 
Temos receptores beta que quando 
ativados relaxam a musc, então temos 
o relaxamento da musc lisa ao longo 
de todo Trato digetório, diminui a 
peristalse. 
No caso da bexiga, o musculo 
detrusor expressa receptor beta2 
adrenergico, então o estimulo simpático ele relaxa a bexiga aumentando a capacidade de 
retenção da bexiga. Efeito contrário do parassimpático. 
Nas classes farmacologicas, veremos o receptor e principal uso clinico. 
Fármacos Simpáticomiméticos: 
Agonistas β1 (CATECOLAMINAS) 
Uso clínico: inotrópico positivo (uso agudo) 
Via de administração: parenteral (I.V.) 
Começando pelo Beta1, localizado principalmente no coração. 
Existe uma condição clinica onde se faz necessário o aumento da força de contração, aumento 
do DC. Essa condição clinica, de ocorrencia aguda é quando o coração, por algum motivo, como 
o infarto agudo do miocardio ou parada cardiaca, faça com que o coração perca a capacidade 
eletrica e contratil. Então precisa restabelecer a contraçao desse musculo para que o DC vá 
aumentando progressivamente e voltando a níveis normais e com isso normalizando a função 
do coração como uma bomba. Se quero aumentar a força de contração do coração, posso 
traduzir esse feito em um efeito inotropico positivo. 
Se lemos “ fármaco utilizado clinicamente pelo seu efeito inotrópico positivo” já sabemos que o 
fármaco foi usado para aumentar a força de contração do coração. 
Dobutamina: possui o 
grupamento catecol e 
ela tem uma função 
amino que está sendo 
substituida por uma 
porção da estrutura. 
Portanto, a dopamina, 
o que pensariamos em 
relação ao tempo de 
meia vida? Se ela tem o grupamento catecol e a função amina, justamente o fenil etil amina, 
caracteristica de NOR e Adrenalina. Qual o tempo de meia vida dela? Curto. A situação é de 
emergencia, mesmo que não fosse, poderia ser adm por via oral? Não, pois a COMT presente 
em todo o TGI e no fígado e a MAO, iria degrada-la. Então, é um fármaco utilizado por via 
parenteral e I.V. para manter o efeito clinico desejado. 
A Dobutamina é um agonista dos receptores beta1 adrenergicos, temos um carbono quiral. 
Então é uma formulação racemica e apenas um dos isomeros é que tem atividade farmacologica. 
A Dobutamina vai ativar os receptores beta1 cardiacos e desencadear aquela via do AMPc 
dependente, com isso aumentar o DC com o aumento da força de contração. 
Restabeleceu o ritmo e a força de contração cardiaca será feita a avaliação clinica do paciente e 
suspende o tratamento. Tratamento de curta duração que vai depender da evolução clinica do 
paciente. 
Segundo fármaco que pode ser usado por esse efeito inotrópico positivo é a DOPAMINA. 
A DOPAMINA é uma 
catecolamina presente na via de 
sintese das catecolaminas 
endogenas. Ela tem a 
particularidade de também ser 
agonista de receptores beta1 
adrenergicos e logo, se adm com 
os mesmos cuidados por via i.v. 
, parenteral portanto, infusão. 
Ela vai ativar receptores beta1 
cardiacos aumentando a força 
de contração e o DC. Entretanto, 
a DA tem uma familia de 
receptores próprios, os 
receptores dopaminérgicos (D), e por que a dopamina seria util clinicamente? 
Ativa beta1 no coração, aumenta a força de contração. Mas isso a Dobutamina também já fazia. 
Qual a vantagem potencial em relação a Dobutamina? Esse efeito dopaminergico tem algum 
beneficio agregado? Já estudamos que em algum leitos vasculares do rim além dos receptores 
adrenergicos convencionais, temos a expressão dos receptores de Dopamina. Esse tipo de 
receptor presente lá, é o D1 e as fibras simpaticas que fisiologicamente liberam Dopamina 
ajudam a manter algum grau de vasodilatação e a perfusão renal, será que agora usando a 
Dopamina como fármaco além do efeito beta1 também pode ter o efeito dopaminergico renal 
e aumentar a vasodilatação no rim? Sim. E se aumentar a vasodilataçao no rim como isso 
poderia ser benefico pro orgao? Aumentaria a perfusão renal e aumentaria a taxa de fitração 
glomerular.Isso é uma particularidade do paciente, se quando ele chega na emergencia foi 
detectado que ele teve uma queda do DC, mas a função renal ta preservada faz-se o uso de 
DOBUTAMINA. Se foi detectado que ele teve uma queda do DC e ele não está formando urina, 
faz-se o uso de DOPAMINA. Pois além dela aumentar a força de contração no coração, ela vai 
ativar os receptores D1 nos vasos renais, aumentando a perfusão do rim e mantendo o rim 
funcional. 
DOBUTAMINA: aumenta o DC pelo aumento da força de contração 
DOPAMINA: aumenta o DC pelo aumento da força de contração + aumenta a 
vasodilatação/perfusão renal, impedindo que haja isquemia renal. 
Durante uma parada cardíaca, dentro de uma ambulância pode ter o uso de adrenalina(i.v ou 
intracardiaca), choque elétrico ou os dois. 
Receptor beta2, tem localização em 
vários tipos de musc liso, incluindo a 
musc lisa bronquiolar. Do ponto de 
vista pulmonar, essa é a localização 
mais importante. 
A figura temos um esquema 
representando o pulmão. A 
esquerda tem a musc lisa 
bronquiolar de um pulmão saudável, 
tem a camada muscular que quando 
está relaxada promove uma luz 
bronquiolar suficiente para que haja 
passagem de ar sem nenhuma 
resistencia. Entretanto em algumas doenças de cunho inflamatório, como exemplo a asma. O 
que temos é a contração da musc lisa, então a contração por si só já diminui a luz bronquiolar e 
isso já é restritivo por si só para a passagem de ar. Além disso, como é um processo inflamatório 
temos também a produção de muco que junto com a broncoconstricção dificulta ainda mais a 
passagem de ar. 
Broncoconstricção com ou sem produção de muco? Não importa, o musc liso bronquiolar 
precisa relaxar e voltar a condição de normalidade. Como ocorre a contração? O mastócito 
contém vários granulos e cada granulo desse contém uma alta concentração de HISTAMINA (His) 
No paciente asmático, se ele 
entra em contato com o 
alérgeno, este se liga ao 
anticorpo expresso na 
superficie do mastócito e 
estimula o mastócito a 
degranular, com isso ele libera 
His que vai interagir com um 
receptor próprio da musc lisa 
bronq do tipo H1, promovendo 
contração. 
Efeito da Histamina: 
broncoconstricção. 
Paralelamente a isso, a liberação desse mediador inflamatório (His) também sensibiliza o nervo 
vago a liberar mais Ach. Então temos, as cels musc lisas sendo estimuladas simultaneamente 
por His e Ach e ambas fazem contração. 
O Brometo de Ipatropio, é importante pois é capaz de promover algum grau de broncodilatação. 
Se bloquear o receptor muscarinico, tira o componente colinérgico e o musculo então vai ficar 
em um estado menos contraido, mas inibe a his? Não. Precisa-se de um agonista que seja capaz 
de relaxar o musculo independente de qual estimulo que levou a contração. Qualquer o estimulo 
Vasoconstricção Vasodilatação 
que levou a contração, faz o que com o calcio intracelular? Aumenta. Faz o que com o teor de 
miosina fosforilada? Aumenta. Faz o que com a interação actina-miosina? Aumenta. 
Então esse fármaco que vai ser utilizado para relaxar a musc lisa, precisa fazer o que com o 
cálcio? Diminuir. 
No esquema, poderia ser o receptor muscarinico, rec. Histaminergico, rec. Do leucotrieno, 
poderia ser qq mediador inflamatorio que faça parte da fisiopatologia da asma. Todos eles tem 
como caracteristica um receptor que gera IP3 e mobiliza cálcio. Todos eles são receptores 
acoplados a Gq, então a Ach tem o dela, a His tem o dela, o leucotrieno também. Mas todos eles 
aumentam calcio e fazem broncoespasmo. 
Qual a particularidade do receptor beta2? Ele vai simplesmente impedir a entrada de calcio e 
pegar todo o calcio que estava no citosol e jogar para dentro do reticulo, além disso ele pega a 
miosina que estava fosforilada e vai estimular a defosforilação. Não importa que ainda tenha 
presença de Ach e His. Se ativa o receptor beta2, consegue promover a broncodilatação. 
E se por acaso ativar o receptor beta2, com um agonista, e bloquear o receptor muscarinico. 
Melhora a situação? Sera que uma dose menor de agonista beta2 mas na presença do ipatroprio 
tem um efeito tão bom quanto se o agonista beta2 estivesse sozinho? Tem o bloqueio do 
receptor e agora pode diminuir a dose do agonista para ter o mesmo efeito broncodilatador? 
Tem um agonista beta2 que está aumentando a atividade PKA dentro da célula e diminuindo 
calcio e miosina fosforilada, o musculo relaxa. A seletividade não é absoluta, vai depender da 
dose. 
Bloqueando a ação da Ach, tem-se o efeito broncodilatador mais pronunciado. 
No caso de uma crise de broncoespasmo, quem vai tirar o paciente da crise? O agonista beta2 
ou o antagonista muscarinico? O agonista beta2. E o antagonista muscarinico iria ajudar em 
algum grau? Sim. Primeiro ele iria inibiar um pouco a contração, mediada pela Ach e segundo o 
antagonista muscarinico vai inibiar a secreção de muco. 
Para inibir a secreção, o antagonista muscarinico ainda é a melhor classe farmacológica. 
Para promover broncodilatação, o agonista beta2 ainda é o melhor. 
O tratamento com agonista beta2 é PALEATIVO. 
Quando a dose é muito alta de beta2, acaba ativando beta1 cardíaco o que traz como 
consequência aumenta a FC e a força de contração e em casos mais graves, uma parada cardíaca. 
Quem seriam os farmácos? No caso dos agonistas beta2, dividimos os fármacos em termos de 
duração. Os de duração curta e os de ação prolongada. Os de ação curta, tem em geral uma 
duração de ação de até 6h e os de longa duração tem uma ação, em geral, de 12h e se torna 
interessante no manejo do paciente, por que evita que o paciente tenha que acordar no meio 
da noite para fazer uso do medicamento. 
 
Albuterol: nome no Brasil de 
SALBUTAMOL. 
Terbutalina 
Fenoterol: Principio Ativo do 
Berotec 
Salmeterol 
Albuterol, Terbutalina e 
Fenoterol todos eles são 
exemplos de agonistas beta2 de 
curta duração. A adm é feita 
várias vezes ao dia. 
No caso de Salmeterol e 
Formoterol são agonistas de 
longa duração. 
Salbutamol é um fármaco que está disponivel em formulações orais para criança. A via oral 
sabemos que tem a COMT e a MAO, então deve ser um fármaco que seja resistente a esse 
metabolismo. 
Nenhum desses fármacos tem o grupamento catecol (OHs nas posições 3 e 4 do anel), então 
isso interfere no recoheccimento da enzima pelo substrato. 
Na questão da afinidade da adrenalina, uma caracteristica importante da adrenalina que 
conferia mais afinidade para beta2 em relação a beta1 e sobretudo em relação a alfa, era a 
presença do grupamento amino terminal com um substituinte, que no caso da adrenalina é uma 
metila. Então todos os agonistas beta2 adrenergicos tem um substituinte mais volumoso ou 
maior em sua estrutura. No caso do Salmeterol e Formoterol tem estruturas ainda mais longas, 
com uma cadeia de hidrocarbonetos e se acredita que o fármaco se ancore na MP, na vizinhança 
do receptor beta e seria isso que levaria a uma duração de tempo maior e não necessariamente 
um tempo de meia vida mais prolongado do ponto de vista farmacologico, então seria uma 
duração de ação maior e não um tempo de meia vida muito maior. 
Para o tratamento da crise, o ideal é usar fármacos de curta duração pois se a medicação em 
casa não resolver, o paciente vai ao hospital e consegue fazer o uso de outra medicação mais 
forte, pois o fármaco de curta duração já foi metabolizado e eliminado. 
Vias de administração: 
Via inalatória: 
Inalador dosimetrado, inalador de pó seco ou nebulizador (fenoterol) 
Via sistêmica: 
(Oral ou parenteral – depende do quadro clinico do paciente) 
Em associação (brometo de Ipratrópio, Glicocorticoide. Vide anexo) 
Farmacocinética; dessensibilização (a principal característica dos agonistas beta2 é por 
que eles fogem da metabolização via COMT – pois não tem mais o grupamento catecol 
– e pela MAO – por que o substituinte amino causa impedimento esterico, restringindoo acesso do fármaco a enzima MAO) 
Uma caracteristica do rec beta2 adrenergico é que por ser um receptor metabotrópico, 
não podemos estimular de forma continua pois podem dessensibilizar. Então significa 
dizer que toda vez que utilizamos um agonista para estimular o receptor, no caso beta2, 
existe uma posologia que vai levar em consideração o tempo de meia vida do fármaco 
a dose, que estará relacionada a potência/afinidade. E um paciente que não tem essa 
orientação e faz uma alta adm e continua, desrespeitando a posologia fará uma 
superestimulação do receptor beta2 e pode fazer com 
que ele pare de funcionar. 
 
O fenoterol não é um medicamento comercializado em 
todos os paises, e sua base de restrição é por que foi 
associado a ele uma incidencia de arritmias cardiacas. 
Posteriormente, foi descoberto uma caracteristica 
farmacogenetica do fenoterol, pois existem pacientes que 
metabolizam rapido e pacientes que metabolizavam 
lentamente o fenoterol, qualquer grau de absorção se 
traduzia em uma conc plasmatica mais significativa e o 
efeito cardiaco surgiu. 
Independente do broncoespasmo a via inalatoria sempre vai funcionar? Não. 
Representação da árvore bronquica que a medida que ela vai se tornando mais profunda no 
pulmão, o calibre bronquiolar vai diminuindo. O bronquioespasmo é mais severo na região onde 
acontece a troca gasosa. O fármaco por via inalatória precisa chegar o mais profundo possível. 
Existem duas particularidades: uma pela via e outra pela formulação. 
No inicio de sua formulação, a bombinha gerava particulas muito grandes, que tinham 
capacidade de penetração na arvore bronquica muito pequena, então a broncodilatação era 
superior e embaixo quase nada acontecia. Os dispositivos mais modernos são capazes de gerar 
particulas menores que permite que o fármacochegue mais profundamente na arvore 
bronquica, houve uma melhora grande mas relativa, pois se o broncoespasmo for muito severo 
as menores particulas ainda sim, não irão conseguir chegar mais profundamente e aí, somente 
através de uma outra via subcut ou i.v. que será avaliado no momento do atendimento ao 
paciente. 
Agonista beta2 pode ter um outro uso clínico? 
Salbutamol, Ritodrina: Pode ser usado pelo seu efeito relaxante na musc lisa uterina em 
pacientes gestantes. Qual poderia ser a justificativa de promover o relaxamento uterino em uma 
paciente gestante? Evitar a contração do útero e evitar o nascimento prematuro do bebê. 
Essa terceira parte de fármacos simpaticomimeticos 
 
 
 
Fenilefrina: agonista 
alfa1 adrenergico, ou 
seja, é seletiva para 
alfa1 (não ativa alfa2 e 
nem beta, nas conc 
terap.) 
Metoxamina: fármaco 
com a mesma 
propriedade. É seletivo 
para alfa1 adrenergico. 
Nafazolina: fármaco 
com a mesma 
propriedade, É seletivo 
para alfa1 adrenergico. 
A principio, não teria risco de causar uma taquicardia. 
A efedrina é uma fármaco que tem uma caracteristica de: 1 - ser agonista dos receptores alfa e 
beta e 2 - também aumentar a concentração de NA na fenda sináptica. Então ela tem a 
propriedade direta de ser agonista e aumentar o teor de NA na fenda com isso, aumenta a 
concentração do agonista endogeno na vizinhança do receptor, então um efeito indireto. Como 
ela tem um efeito direito e indireto, ela é chamada de fármaco simpaticomimético de ação 
mista, pois tem a capacidade tanto de ativar o receptor como aumentar o teor de NA na fenda. 
E a anfetamina, é um fármaco exclusivamente de ação indireta. Ou seja, ela não é capaz de 
ativar nenhum receptor adrenérgico mas ela aumenta e bastante o teor de NA na fenda. 
Todos esses fármacos (fenilefrina, metoxamina e nafazolina), eles serão resistentes a atividade 
da MAO pela presença de uma substituição que também diminui a afinidade do substrato pela 
enzima. A Nafazolina que não tem o grupamento amino caracteristico. 
E esses 3 fármacos, não tem grupamento catecol. Então todos eles são bem ativos por via oral. 
No caso da anfetamina, já sabemos que ela tem como caracteristica atravessar a BHE e atingir 
o SNC. 
Existe um fármaco de origem natural, que é a Ergotamina, que é usada apenas para tratamento 
de enxaqueca que também é um agonista alfa 1 adrenergico. 
Todos esses exemplos de fármacos que promovem a ativação do receptor alfa1 adrenergico tem 
uma caracteristica em comum: tem a capacidade de fazer vasoconstricção no vaso sanguineo. 
Então todas as suas aplicações terapeuticas estarão relacionadas ao efeito vasoconstrictor. 
A adrenalina na dose correta, vai exercer o efeito em alfa1 e portanto fazer vasoconstricção. 
Uma alternativa que é mais usada é a fenilefrina que é um agonista alfa1 adrenergico. 
Um dos principais usos clinicos dos fármacos simpaticomimeticos que 
causam vasoconstricção, é como descongestionante nasal. 
Qual seria uma situação que possa ter um processo de congestão nasal? Rinite. 
No processo de fundo alergico, um tipo celular que está presente não só na arvore bronquica 
mas ao nível de todo epitelio respiratorio inclusive a mucosa nasal. Que tipo celular é esse? 
Mastócito. 
No quadro alérgico, o mastócito libera Histamina. A histamina, tem um efeito vascular muito 
importante. 
A histamina tem seu receptor H1 no endotelio, e quando ela ativa esse receptor da celula 
endotelial, ela aumenta o cálcio e esse aumento, gera Óxido Nitrico. O NO, s difunde para o 
vaso e promove vasodilatação. Então a histamina é um potente agente vasodilatador. 
Nesse processo de vasodilatação, tem os vasos sanguineos da mucosa nasal na condição normal 
que quando tem um processo alergico, tem a liberação de histamina e a histamina faz 
vasodilatação. Então, a quantidade de sangue que chega na mucosa é maior. Alem disso, a 
histamina aumenta a permeabilidade capilar (a celula endotelial que reveste o vaso, serve de 
barreira. Ela não deixa que constituintes no sangue migrem para o tecido). Num processo 
inflmatório, além da vasodilatação, tem o aumento da permeabilidade capilar e com isso tem a 
passagem de liquido e proteinas – de grande peso, como as imunoglobulinas -. A presença de 
liquido no tecido, se chama EDEMA. Então a mucosa fica inchada. No momento que se tem o 
edema da mucosa, o que acontece com a luz de cada narina? Diminui. E assim se dá o processo 
de congestão nasal. 
Como os agonistas alfa1 adrenergico como a nafazolina, fenilefrina irão atuar? Eles não vão 
interferir na função do mastocito, mas vão impedir a consequencia da ação do mastócito que é 
a liberação da histamina, que vai fazer vasodilatação e aumento da permeabilidade (edema). O 
vasoconstrictor fará voltar com o calibre dos VSs da mucosa para o nivel normal, normalizando 
o fluxo sanguineo e fazendo com que essa celula endotelial volte a ter o contato e diminuindo a 
formação do edema. Um dos principais usos clinicos dos agonistas alfa1 adrenergicos por seu 
efeito vasoconstrictor é seu efeito de descongestionante nasal. 
Neste quadro estão as 
3 caracteristicas do 
processo de congestão 
nasal. 
Rinorreia é a secreção 
nasal. 
Os descongestionantes 
nasai contendo esses 
fármacos 
vasoconstrictores. Se 
tiver apenas o vaso 
constrictor, não vai 
afetar o espirro, nem a 
rinorreia, mas vai 
aliviar a congestão nasal. Então, o uso de medicamento com uso tópico, em poucos minutos se 
consegue ter um alivio dessa obstrução nasal e respirando melhor. 
Qual o risco do uso desses fármacos? O vicio, através da dessensibilização do receptor. Por isso, 
deve-se obedecer o esquema posologico, se é previsto uma, duas vezes ao dia o uso deve ser de 
uma ou duas vezes ao dia. 
Formulação dia e formulação noite, tem composições diferentes. Se de fato queremos combater 
o congestionamento nasal, não vale a pena utilizarmos um descongestionante nasal puro, uma 
vez. Pois vai continuar o processo alergico e o mastocito continua liberando a histamina. O que 
tem que fazer com a histamina? Impedir a liberaçãodela ou bloquear o receptor. 
Que é a classe de anti histaminicos. Só que os anti histaminicos possuem a sonolência como 
efeito adverso, então a formulação dia é só o vaso constrictor e a formulação noite é o 
vasoconstrictor associado a um anti histaminico. 
O anti histaminico combate o espirro e a rinorreia, entao quando tiver a associação dos dois tem 
o combate ao espirro, rinorreia e melhora a congestão nasal. Qual seria a melhor via de adm de 
um agente vasocontrictor para tratar congestão nasal? Tópica. Os agentes vasoconstrictores 
(femilefrina, nafazolina..) geralmente existem tanto como comprimido como em gotas. 
Se o paciente é normotensa, o agonista alfa1 vai fazer algum grau de vasoconstricção não só na 
mucosa mas sistemicamente tambem mas os baroreceptores detectam aquilo, reduzem o tonus 
simpático, aumento o tonus parassimpatico e tudo fica normal. 
Se o paciente é hipertenso e tá fazendo o uso por via oral, a historia muda. 
O que precisa ser observado: 1- não usar o descongestionante nasal além do previsto, pra evitar 
dessensibilização. 2 – hiperemia de rebote 
Se vai usar na forma posologia prevista, tem alguma conta indicação? Sim, se o paciente é 
hipertenso preferencia para via topica e não via oral. Pois isso se dá pelo proprio alfa1 com ação 
vasoconstrictora, pois aumenta a RVP. 
Outros usos clinicos: 
Hipotensão arterial (ex: fenilefrina) 
Oftálmico: midriático, hiperemia (receptores alfa1 na musc radial, e se ela contrai aumenta o 
tamanho da pupila, causando midriase) 
Enxaqueca (alcalóides do ergot – tipo de fungo - ) 
Anorexígenos (femproporex, anfepramona; RDC Nº 50/2014) 
Hipertensão arterial: clonidina (agonista alfa2 pré-sináptico) 
 
Hiperemia: quando os vasos estão muito dilatados, o olho fica avermelhado por exemplo. 
 
Vimos na outra aula, que alfa 2 pre sináptico faz um freio na liberação de NA. 
Se alfa2 é ativado, promove a hiperpolarização e a exocitose de NA é inibida. A clonidina é um 
agonista alfa 2, e o alvo dela é ativar o receptor alfa2 pre sináptico, diminuindo a liberação de 
NA, obviamente vai diminuir a liberação de NA em todo organismo inclusive todo sistema 
cardiovascular. Mas essa é uma estratégia terapêutica para tratar hipertensão arterial. 
 
Efeitos adversos dos fármacos simpaticomiméticos: 
Taquicardia (se estimula receptor beta1 adrenergico) 
Hipertensão arterial (se aumenta o DC e/ou RVP) 
Hiperglicemia (se houver estimulo de receptor beta2 no fígado) 
Retenção urinária e constipação intestinal (receptores beta presentes na bexiga, promovem 
relaxamento dificultando o esvaziamento da bexiga. E se o paciente já tem constipação, relaxa 
e piora mais ainda) 
Agitação psicomotora e tremor da musculatura esquelética (fármacos que atravessam a BHE e 
a ativação de receptores adrenérgicos na musc esq causa tremor) 
 
Contra-indicações dos fármacos simpaticomiméticos: 
Hipertensão arterial 
Risco ou que tenha sofrido Infarto agudo do miocárdio 
Diabetes mellitus (agonistas beta2 aumentam glicemia) 
Glaucoma (rec beta adrenérgico estimula a produção do humor aquoso) 
Retenção urinária 
Constipação intestinal

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