Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CÂNCER DE PELE MELANOMA E NÃO MELANOMA INTRODUÇÃO - CA de pele é o tumor mais comum e no mundo. - Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chance de cura. - 90% dos casos são de carcinomas. - Corresponde a 25% dos casos de CA no Brasil. - 180 mil novos casos a cada ano. - Representa 30% dos tumores malignos no Brasil. TUMORES CUTÂNEOS - Não melanomas – origem nas células basais (basocelular) ou nas escamosas (espinocelular). - Melanomas – origem nos melanócitos. - Outros tumores raros: carcinoma de células de Merkel. - Linfomas cutâneos. - Sarcomas cutâneos musculatura. MELANOMA - ABCDE: - Assimetria. - Bordas irregulares. - Cores diferentes. - Diâmetro maior que 0,6cm. - Espessura. - Principal causa de morte em dermatologia, sendo a pele o local mais frequente de aparecimento. - 30% de nevus pré-existentes. - Nesse segundo, há uma lesão benigna, com simetria, bordas regulares, cor uniforme, etc. - Todo névus com mais de 2 “letras” já deve ser retirado. - 80% dos óbitos ocorrem em decorrência de seu elevado potencial de metástase. - É o 5º tipo de CA mais comum entre os homens e o 6º entre as mulheres. - O prognóstico está relacionado ao diagnóstico precoce. Pcts com melanomas finos (ponto de corte de 1mm) apresentam maior sobrevida. MELANOMA-BRESLOW - Espessura de Breslow: medida do estrato granuloso até o ponto de maior profundidade do tumor. Fator prognóstico mais fidedigno. - T1 < 0,75mm. - T2 = 0,75-1,5mm. - T3 = 1,51-4mm. - T4 > 4mm. NÍVEL DE INVASÃO DE CLARK - Nível 1 células tumorais estão na epiderme. - Nível 2 Algumas células na derme papilar. - Nível 3 As células ocupam toda a derme papilar. - Nível 4 O tumor invade a derme reticular. - Nível 5 O tumor invade o tecido adiposo. CLASSIFICAÇÃO - Melanoma extensivo superficial: atinge indivíduos entre 30-40 anos e apresenta-se clinicamente como uma mancha levemente elevada e multicolorida. Predomina o crescimento radial. É um pouco mais grosso. - Lentigo (sarda) maligno melanoma: pico de incidência entre 60-70 anos, como uma mancha de coloração irregular acometendo áreas com intenso dano. São nível 1 de Clark, curando com excisão. - Melanoma nodular: predomina o crescimento vertical, como um caroço. É uma tumoração exofítica (cresce para fora). - Melanoma acral: ocorre nas regiões plantares, palmares e subungueais. Apresenta padrão de crescimento lentiginoso e é mais frequente em populações de fototipos mais altos. Observar o sinal de Hutckinson, as linhas estriadas nas unhas. - Melanoma amelanótico: todos os tipos de melanoma podem ser amelanóticos. Na maioria dos casos o diagnóstico é histopatológico. Causa lesões róseas. TRATAMENTO - Excisão cirúrgica precoce, removendo também linfonodos regionais. Fazer pesquisa do linfonodo sentinela. - Possível fazer imunoterapia com interferon alfa. - Quimioterapia, radioterapia. TRATAMENTO DA DOENÇA LOCALIZADA - Biópsia excisional – preferível. - Biópsia incisional – em lesões extensas. - A ampliação de margens da lesão primária varia conforme o Breslow. TRATAMENTO ADJUVANTE - Inibidores do BRAF e MEK, feito em pcts com melanoma em estádio III que foram investigados para os genes BRAF e MEK: nivolumabe, pembrolizumabe, dabrafenibe. - Radioterapia para pcts selecionados com base na localização: - Tamanho, número de linfonodos acometidos. Etc. CÂNCER DE PELE NÃO MELANOMA CARCINOMA BASOCELULAR - Tumor maligno por céluals semelhantes às basais da epiderme, crescimento lento, invasão local, poucos relatos de metástase. - 50% de todas as neoplasias, e 70% dos de pele. - Idade adulta. - FR: radiações, pele clara, traumatismo, calor. - CBC x CEC: localização - Elevado risco: - Característica principal de “peróla” com telangiectasia. - Tipos clínicos: - Esclerodermiforme - Nodular - Ulcerado - Superficial - Pigmentado - Multicêntrico - Terebrante TRATAMENTO - Exérese cirúrgica com margens periféricas de 3 a 5mm e profunda até o TCSC. - Outros: eletrocirurgia, nitrogênio líquido, radioterapia, 5-Fluoracil (citostático), PDT, Imiquimod, Ingenol Mebutato 0,0015%. CARCINOMA ESPINOCELULAR - Neoplasia cutânea de ceratinócitos, com diferenciação escamosa. - Mais comum em lábios e mucosas. - Metastiza. - Etiopatogenia: lesão solar, imunossupressão, úlceras crônicas, queratoses actínicas, vírus, doenças cutâneas crônicas, leucoplasia. CLÍNICA - Inicia-se como pequena pápula com certo grau de ceratose. - Localizações mais frequentes: face, tronco, dorso. - Tipos: ulcerado, infiltrativo, ulcerovegetantes, vegetantes, nodular. DIFERENCIAÇÃO - Broders: I a IV – quanto maior a diferenciação, menor a malignidade. - CEC superficial: doença de Bowen - CEC de pênis: comum ao HPV PROGNÓSTICO DO CEC - Pior: localização em lábios e orelhas. - Maior que 2cm o risco de metástase aumenta. - A profundidade também afeta o prognóstico. TRATAMENTO - Exérese cirúrgica - Margens cirúrgicas de 4mm para CEC de baixo risco e de 6mm para CEC de alto risco. - Cirurgia micrográfica de Mohs. - Quimioterapia, radioterapia. - Esvaziamento ganglionar, se necessário. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS E LESÕES PRÉ-MALIGNAS CERATOACANTOMA (QUERATOACANTOMA) CERATOSES ACTÍNICAS - Evolui para CEC em até 20% dos casos. - Em torno de 10 a 25 anos. - Tratamento com 5-FU QUEILITE ACTÍNICA - Causada pela radiação solar, afetando a vermelhidão dos lábios. - Pode evoluir para CEC (95%). - Quase sempre no lábio inferior. - Tratamento com nitrogênio líquido, afetando pcts com pele clara e sexo masculino. CERATOSE SEBORREICA - Tumor nevoide benigno - Herança autossômica dominante, tronco e face - Sinal de Leser-Trelat: aparecimento súbito e numeroso: adenocarcinoma de estômago, linfoma e leucemia.
Compartilhar