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Resumo Grupos

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Resumo – Grupos
Para a Psicologia “grupo” é diferente do que aponta o senso comum. Normalmente qualquer ajuntamento de pessoas é tido como grupo, porém para a Psicologia não.
Grupo tarefa:
· Aquele que possui objetivo comum que para ser alcançado envolve participação de todos. 
· Encontros sistemáticos em função de cumprir seus objetivos.
· Ações interdependentes (ações que são dependentes uma das outras).
· Exemplo: bombeiros, banda, equipe de esporte coletivo, grupo de dança, etc.
Conjuntos humanos
Pensar a partir de quatro membros, pois tem mais ligações do que membros (A-B; A–C; A-D; B-C; B-D; C-D).
Critérios para diferenciar conjuntos (um critério está relacionado com o outro;):
1) Consciência de objetivos coletivos;
2) Estrutura interna (papéis diferentes, hierarquia, ou seja, como se organiza e para que se organiza);
3) Quantidade de membros;
4) Natureza das relações entre os indivíduos; 
5) Efeito sobre crenças e normas;
6) Natureza das ações comuns;
Conjuntos:
· Multidão: Exemplos: pessoas nas 25 de Março, torcida geral em estádio, etc.
1) Consciência de objetivos coletivos: Consciência Fraquíssima;
2) Estrutura interna: Fraca;
3) Quantidade de membros: Centenas/milhares;
4) Natureza das relações entre os indivíduos: Contágio de emoções (exemplo: começar a correr, pois outros correm);
5) Efeito sobre crenças e normas: Aparecimento de crenças latentes (sensação de anonimato – de que está protegido ou inalcançável se fizer algo, pois ninguém saberá que foi você; a pessoa tem comportamentos que não fariam se pudessem pesar friamente);
6) Natureza das ações comuns: Apatia (indiferença)/ paraxísmo (ações que ocorrem de forma repentina que atingem um pico e somem – como uma onda);
· Bando: de gato, de cachorro, conjunto de pessoas semelhantes, punks, otakus, patricinhas, se vestem de forma semelhante e possuem gostos parecidos. O bando oferece identidade, por isso, é importante para o adolescente. No bando se possui o objetivo de estarem junto de semelhantes.
1) Consciência de objetivos coletivos: Consciência Média (sabem que existem e que estão juntos).
2) Estrutura interna: Fraca;
3) Quantidade de membros: Pequena;
4) Natureza das relações entre os indivíduos: Busca pelo semelhante;
5) Efeito sobre crenças e normas: Reforço (pensam de forma similar e se reforçam);
6) Natureza das ações comuns: Espontâneas;
· Agrupamento/ aglomeração: exemplos: pessoas na sala de aula, na sala de espera, no ponto de ônibus, no show, no teatro, no cinema, na igreja. O símbolo do agrupamento é a fila. No agrupamento possui a coincidência de objetivos.
1) Consciência de objetivos coletivos: Consciência fraca a média (coincidência de objetivos e sabe o porquê está lá);
2) Estrutura interna: Média;
3) Quantidade de membros: Pequena a média;
4) Natureza das relações entre os indivíduos: Superficiais;
5) Efeito sobre crenças e normas: Manutenção (não se modifica, mantém);
6) Natureza das ações comuns: Ações limitadas/ Resistência passiva (exemplo: conversa de elevador);
· Grupo pequeno/grupo primário: exemplos: grupo de trabalho, time de futebol, grupo de professores, etc. O símbolo do grupo primário é o círculo. Quem estudou e denominou como grupo pequeno/primário foi Jacob Kurt Levi. 
1) Consciência de objetivos coletivos: Elevado (o grupo nasceu para realizar o objetivo);
2) Estrutura interna: Elevada (não necessariamente estrutura rígida, mas é forte para atingir os objetivos, estabelece regras - também para quem não cumpre as regras, mas possuem certa flexibilidade para conseguirem alcançar o objetivo);
3) Quantidade de membros: +/- 25 pessoas;
4) Natureza das relações entre os indivíduos: Relações são ricas, intensas e muito próximas (capacidade de resolver o conflito também é característica do grupo primário/ o grupo não é permanente, é dinâmico, importa como age, como funciona, não por quanto tempo);
5) Efeito sobre crenças e normas: Mudança (mudar por necessidade para atingir o objetivo/ dinâmica nasce do próprio grupo); 
6) Natureza das ações comuns: Ações espontâneas, ricas e criativas.
· Grupo secundário: exemplo instituições, organizações, escola, igreja, empresa. O símbolo do grupo secundário é o organograma.
1) Consciência de objetivos coletivos: Escassa até muito elevada (dependendo da posição hierárquica do indivíduo);
2) Estrutura interna: Muito elevada (estrutura rígida forte); 
3) Quantidade de membros: 5 a milhares;
4) Natureza das relações entre os indivíduos: Relações funcionais;
5) Efeito sobre crenças e normas: Indução por pressão (assume as crenças e as normas ou não fica na instituição);
6) Natureza das ações comuns: Ações planejadas/planificadas;
· Família: diferente de qualquer outro conjunto.
1) Na família o objetivo é manter ser família (aspecto que complica a consciência do objetivo);
2) A estrutura depende da família;
3) Quantidade de membros depende da família (qualquer tamanho);
4) Relações de natureza única e afetiva (apesar das complicações e de conflitos ainda fazemos parte da família);
5) A família possui regras de comportamentos (mas cada um age como é possível, e a família age para acomodar);
6) Planejada as ações comuns;
Sociograma (teste sociométrico)
Psicodrama foi criado por Moreno, que não era psicólogo, ele trouxe em Viena a peça de teatro para as praças e liderava com os conteúdos que as pessoas traziam, elas dramatizavam seus conflitos. Ele se interessou pelas minorias e passou a estudar e acabou por desenvolver o psicodrama e baseou o corpo teórico nos papéis sociais.
Papéis sociais: 
· Prescrito- existe uma expectativa do grupo uma prescrição de como o papel deve ser desempenho.
· Adescrito - existe uma expectativa do sujeito sobre como se deve ser desempenhado o papel.
· Desempenhado - como que o indivíduo consegue executar o papel no contexto que está.
O desenvolvimento da personalidade se dá pelo desenvolvimento de pápeis sociais ao longo da vida, desde criança em que brincam de desempenhar papéis, e está desenvolvendo sua personalidade.
No psicodrama o indivíduo que está no foco, não é o grupo. Porém, parte da teoria do Moreno está no estudo do grupo, em que ele denominou a sociometria como estudo do fenômeno social e o sociograma como instrumento de medida. Moreno não tinha o modelo nem definição do que é grupo, então ele entrou em contato com o trabalho de Jacob Kurt Lewin. Então, o sociograma de Moreno mede a definição de grupo de Lewin, que era psicólogo, mas busca na física fundamento para a teoria sobre grupos, no modelo de corpos e de forças de atração, de repulsa e forças neutras (relação possíveis: simpatia, antipatia e indiferença).
Humanidade é uma unidade social real. Fenômeno social é redigido por leis. Leis que regem os fenômenos sociais podem ser conhecidas e controladas. Para ser verdadeira eficaz, uma ação terapêutica terá que visar, em princípios ao conjunto de humanidade. No grupo tem estrutura de forças psicológicas, em que no “espaço vital” se pode se movimentar no grupo. Existem grupos de estrutura mais rígida e existem aqueles que são flexíveis.
Sociograma:
· Concepção de grupo: campo dinâmico de forças psicológicas de atração e repulsão.
· Sociograma: Instrumento que estuda as estruturas sociais que resultam das atrações e repulsas que se manifestam dentro de um grupo.
· Identificação: 
· A posição que cada membro ocupa e julga ocupar no grupo;
· Relações de afinidade/conflito/neutralidade;
· Estrutura do grupo;
· Funcionamento do grupo;
· Número de questões: seis questões (duas para cada área);
· Aplicação: pode ser coletivo ou individual; 
Áreas que existem em qualquer grupo (perpassam pelas redes de relações interpessoais dentro grupo, - estrutura informal – redes de comunicação e de relações e relação de liderança):
· Afetividade
· Relações afetivas;
· Envolve: atração, repulsão e neutralidade; 
· Força coesão (Força afetiva que mantém o grupo - para o grupo funcionar efetivamente é preciso possuir um nível ótimo de coesão nas inter-relações);
· Para medir, utilizar perguntas que abordem situação de lazer;
· Funcional· Relações funcionais;
· Envolve: atração, repulsão e neutralidade;
· Força cooperação (envolve como se dá a relação de cooperação, com quem os integrantes do grupo cooperam, como se dá a cooperação);
· Para medir, utilizar perguntas que abordem situação de atividade ou montar equipe ou trabalho;
· Liderança
· Relações de liderança;
· Envolve: atração, repulsão e neutralidade;
· Força Possibilidade de tomada de decisão por consenso. Tipos:
· Tomada de decisão pela maioria – voto democrático;
· Tomada de decisão por autoridade – tanto do líder de direito e o líder de fato;
· Falta de reação – por sorteio;
· Tomada de decisão por unanimidade;
· Tomada de decisão por consenso, foi aquela que o grupo considerou melhor no contexto (melhor de todos);
· Centralização de poder (é ruim ter o poder centralizado na mão de um só – se não tiver a presença deste mais o grupo pode desfazer);
Líder aquele que cumpre as necessidades do grupo em determinadas situações (liderança situacional). Líder Chefe.
É preciso organizar as respostas de qualquer questionário, inventário, entrevista que realizar. No caso do sociograma é preciso construir uma tabela, que no sociograma é chamado como matriz sociométrica, em que deverá ter uma para cada questão do questionário. Moreno criou o gráfico sociométrico para demonstrar a posição de cada integrante do ponto de vista de afetividade, rejeição, etc.(dependendo de qual área estiver sendo realizado). 
Nas questões referentes à escolha se tem que observar se possui e quem é:
· Estrela: o que liga e dá coesão para o grupo – o mais escolhido;
· Subestrela: aquele que possui o maior número de escolhas depois da estrela (que tem que ter no mínimo metade de escolhas da estrela);
· Periférico: escolhe, mas não é escolhido por ninguém;
· Isolado: é escolhido, mas não escolhe ninguém;
· Solitário: não é escolhido, nem escolhe ninguém;
· Escolhas mútuas: o indivíduo escolhe o outro e é escolhido por este.
· Presença do que mais de 1 átomo social: ver se tem divisão no grupo, se tem a presença de subgrupos no grupo;
· Mediador: em caso de ter subgrupos, o elemento escolhido pelas estrelas dos subgrupos é o indivíduo que poderia mediar as partes;
· Eminência parda: o indivíduo que possui poder pelas sombras, escolhe a estrela e é a única escolha da estrela;
Nas questões referentes à rejeição se tem que observar se possui e quem é:
· Mais rejeitado: aquele que recebeu o maior número de rejeições;
· Número de rejeitados: quantos sujeitos foram rejeitados;
· Número de rejeições: quantidade total de rejeições no grupo;
· Falha de percepção: aquele que escolhe aquele que o rejeitou;
Análise (pontos a serem verificados – importante pensar o que está analisando em que área):
· Verificar se o grupo possui ou não formação de subgrupo(s). “Aparentemente o grupo é ... (área investigada – coeso ou cooperativo ou capaz de tomada de decisão por consenso), pois não apresenta formação nítida de subgrupo.” Ou. “Aparentemente o grupo não é ...., pois parece ter formação nítida de subgrupos”.
· Verificar se tem periférico(s), solitário(s) e isolado(s). Caso o grupo possua muitos (mais do que 1/3 do número de integrantes do grupo) periféricos, isso prejudica o funcionamento do grupo (o mesmo funciona para solitários e isolados). Quando o número for pequeno, o problema é do indivíduo e não do grupo (mas é problema para as áreas afetiva e funcional, não é problema para a área de liderança). Caso some o número de periféricos, solitários e isolados e for grande, isso é ruim para o grupo e o seu funcionamento (em todas as áreas isso é problema).
· Verificar a quantidade de escolhas mútuas. Caso por alto é um problema para o grupo, pois as forças nas relações ficam centralizadas (cristalização de preferências), comprometendo a força no grupo. Se for poucas não há problema. 
· Verificar a existência da eminência parda (se não tiver não há problema).
· Verificar o mais rejeitado. O mais rejeitado é aquele que se for ter intervenção é o primeiro a fazer trabalho. É problema para o grupo se o mais rejeitado for a estrela, ou a subestrela ou a eminência parda, pois mostra que foi escolhido por uma parte e rejeitado por outra, isso é ruim para o grupo e o seu funcionamento.
· Verificar a quantidade de rejeição. Em todos os grupos ocorre rejeição, é ruim para o grupo quando o número de rejeições é maior do que o número de integrantes de grupo.
· Verificar o número de rejeitados. É ruim para o grupo se o número de rejeitados for maior do que a metade de membros do grupo.
· Verificar se tem a falha de percepção. É ruim se for muitas (é ruim na área afetiva, na área funcional, mas não é ruim na área de liderança). Também é ruim para o grupo se as falhas de percepção ocorrem entre estrelas, ou entre estrela e subestrela. 
· Assim, verificar o que reforça/ facilita o aspecto analisado (área investigada – coeso ou cooperante ou capaz de tomada de decisão por consenso), e o que dificulta, justificar com as relações, com os dados obtidos. Podem ter problemas latentes, em que se apresentam sinais de que algo não está bem no grupo, mas não está explicito. Podem ter problemas manifestos, em que estão explícitos e que o grupo apresenta nitidamente divisões, subgrupos.
Análise/Síntese (coesão+cooperação+liderança)verificar se as posições dos membros são as mesmas ou não nas diferentes áreas. Verificar aspectos que definem o grupo no todo e o que mantém esse grupo. 
Abordagens sobre grupos:
· Antiguidade grega mito dos argonautas, em que Jason reúne os maiores heróis da história antiga no navio Argos (por isso o nome), em que o grupo foi de no total 25, para cumprir o objetivo de obter o velocino de ouro, que era guardado por um dragão de mil cabeças que estas regeneram. O grupo foi reunido em torno do objetivo e os integrantes estavam ali por suas habilidades, por suas funções, e para cumprir o objetivo as relações precisariam ser ricas, organizadas e criativas. Eles atacam e mataram o dragão em conjunto, e chegaram ao objetivo.
· Visões sociológicas:
· Fourier era francês, viveu no período pós revolução francesa, em que foi influenciado pelos valores de igualdade, fraternidade e liberdade, por Rousseau (homem bom que a sociedade corrompe), por Newton (lei da harmonia dos compor celestes – em que giram livres em harmonia). Fourier criou comunidades agrícolas, os falanstério, ele apontava que o homem seria orientado por 12 tendências e 7 paixões e que teriam 810 tipos humanos, e que na comunidade ideal teriam 1620 pessoas com líderes de cada um dos sexos e que cada um faria o que fosse de acordo com sua natureza para suprir as necessidades do grupo. Os que foram bem-sucedidos foram o fim dos falanstérios, as populações cresciam muito mais do que o previsto e saiam mais do que o necessário para formar outro falanstério. Foi importante, pois foi pela primeira vez que se realizou um experimento para grupos (apesar de que a falta de controle sob algumas variáveis estranhas foram as que levaram por não funcionar) e também Fourier foi o primeiro a usar o termo “dinâmica de grupo”.
· Durkheim pai da sociologia moderna. Possuía foco no social. Traz a ideia de que o grupo é mais do que a soma de suas partes. Também traz a noção existiria uma consciência coletiva, em que existiriam histórias, experiências e concepções que são apenas do grupo e que dão noção de semelhante, ou seja, o grupo tem percepções, sentimentos e vontades próprias. Outro conceito que Durkhein aponta é funções psicológicas, em que haveriam três: 
· Força psicológica: em que aquele que está fora dos grupos estaria mais fraco psicologicamente, do que aquele que está inserido no grupo, a relação com o grupo fortifica psicologicamente o indivíduo, assim mostra a importância dos laços sociais para a saúde mental do indivíduo.
· Regulação: em que o homem seria de natureza agressivo e na sociedade o homem aprende ser civilizado.
· Função Idolátrica: um grupo unido e eficiente tende a adorar a força que sente em si (coesão sujeita a seu código de valores). Os indivíduosidolatram o grupo, utilizam os símbolos do grupo, e saem em defesa do grupo quando este for ameaçado. 
· Visão filosófica
· Sartre filósofo existencialista que utilizou do método dialético, em que cada vivência que a pessoa possui é uma tese, afirmação, realidade, visão. E que esta tese é confrontada por uma outra, chama de antítese. A integração entre estas duas é chamada de síntese, em que se resulta formando uma nova tese, que posteriormente será confrontada por uma antítese... E segue assim por diante. Sartre irá aplicar este movimento no grupo. O grupo para Sartre é um processo em totalização (se não houver processo o grupo cristaliza e morre, não é mais capaz de se adaptar). A prática do grupo é efetuar continuamente sua própria reorganização. Para sobreviver o grupo estabelece normas, regras, procedimentos de trabalho e decisão e persegue suspeitos de querer se retirar da ação comum. A burocracia é apontada como a morte dos grupos, das instituições, das organizações, pois com a burocracia estas perdem a capacidade de realizar o movimento dialético. A sociedade corre o risco de se organizar como uma aglomeração (uma massa passiva e resignada), e Sartre aponta que a única possibilidade de aglomeração se tornar grupo é se tiver três características:
· Ter um interesse suficientemente forte (o objetivo);
· A comunicação deixe de ser indireta (um para todos) e passe a ser direta (todos para todos).
· Que haja na sociedade grupos de interesse antagônicos (são antagônicos, pois desejam a mesma coisa, mas apenas um pode ter).
· Estudos americanos:
· Elton Mayoimportante para a área da administração. Ele era da época em que o homem era visto como uma peça, uma extensão da máquina, e que havia a busca pela eficiência da produção (época da administração científica, tudo era medido cientificamente). Mayo faz o estudo com objetivo de controlar variáveis para aumentar a eficiência da produção. Ele trabalhou com mulheres que fabricavam bobinas (trabalho repetitivo, tedioso, e mulheres que eram vistas como mais conformistas que os homens e não reclamariam) propôs pausas para o café e realizou método cientifico. A partir deste momento passa a ter administração de recursos humanos, pois no experimento foi demonstrado que as mulheres aumentaram a produtividade, criaram regras e metas próprias – aumentaram até um tanto e mantiveram – e aumentaram a produção, pois se sentiram parte da empresa (se criou um grupo), como se dessem significado, valor para o seu trabalho, a atenção voltada para elas fez com que aumentasse a sua autoestima.
· Visões psicológicas:
· Freudapesar de que Freud nunca tenha trabalhado diretamente com grupos trouxe contribuições a psicologia dos grupos humanos, com inconsciente, processos/mecanismos inconscientes que vinculam as pessoas e os grupos, que influencia na coesão ou na degradação de grupos. Mito do assassinato do pai dá a passagem do individual para o grupo. Na passagem do Complexo de Édipo o indivíduo sai da relação primária primitiva para se tornar indivíduo, logo, torna-se possível a existência do grupo. No momento em que os indivíduos são capazes de tomar o poder (matando o pai – patricidio) e introjetar o poder (antropofagia – incorporar o que o outro tem de bom) para se ter o grupo, pois ao matar em conjunto também é preciso dividir a culpa, assim, por ser capaz de sentir culpa é também capaz de ser fraterno ao outro (importante ser capaz de fraterno ao outro para conviver em grupo). O mito representando uma experiência humana universal. O grupo extrai de si mesmo a sua força e unidade (não é apenas fruto de um herói fundador).
· Moreno Moreno introduziu a expressão “terapia de grupo”, proporcionou a técnica do psicodrama. Ele denominou a sociometria como estudo do fenômeno social e criou o sociograma como instrumento de medida.
· Lewin Lewin criou a expressão de “dinâmica de grupo”, criou concepções sobre “campo grupal” e a formação de papéis, apontava que todo indivíduo participa de seu contexto grupal em que influencia e é influenciado. Lewin também apontava que o grupo como determinado sistema de interdependência entre os membros do grupo e os seus elementos (finalidade, regras, normas, percepção do mundo externo, etc.). Moreno e Lewin ajudaram na psicologia social nos EUA (este desejava conhecer sobre grupos para compreender como funcionou de forma tão eficiente a propaganda nazista).
· Bion psiquiatra com base psicanalista. Propõem que o grupo precede o indivíduo. Aspectos em relação ao grupo aparecem em mitos. Cultura grupal surgindo da interação permanente entre o indivíduo e o grupo. Entende que a noção de grupo é inata e que todo o grupo possui duas dimensões: Dimensão Consciente (egoíca, objetiva, em que se relaciona em torno das tarefas) e Dimensão Inconsciente (a forma como o grupo se organiza é inconsciente). Bion utiliza do modelo de valências da química em sua teoria, para ela o grupo se reuniria/ se organizaria em torno de valências, sendo estas três:
· Primeira valência – Luta e fuga: são os grupos prontos para a agressividade, para matar, ou morrer, ou fugir, são grupos agressivos que precisam manter a agressividade por controle, por isso precisam de um líder tirano para se manter. De natureza paranoide, requer uma natureza tirânica para enfrentar o dito inimigo.
· Segunda valência – dependência: são os grupos que precisam que alguém diga o tempo todo o que devem fazer, apáticos frente as decisões, não são capazes de realizar o movimento por si só se alguém não mandar o que tem que fazer, o líder precisa ser como um professor que dite, ensine passo por passo. Exige um líder carismático que inspire a promessa de promover as necessidades existenciais básicas.
· Terceira valência – pareamento/ acasalamento: os grupos que precisam de um líder messiânico, são os grupos que os membros esperam que os outros resolvam o problema, que o “milagre” surja e que salve o grupo. Alude a formação de pares no grupo que podem se acasalar e gerar um messias salvador.
· Pichon Reviere produz o esquema conceitual-referencial-operativo (ECRO) e a partir disto aprofundou o estudo dos fenômenos que surgem no campo dos grupos e que se instituem para o objetivo de operar uma determinada tarefa. A partir das postulações de Revire abriu-se um leque de aplicações de grupos operativos.
Aspectos técnicos
O ser humano é social por natureza e só existe em função dos relacionamentos intergrupais. Desde o nascimento já nasce inserido em grupos, ao desenvolver tem contado com diferentes grupos e passa por uma constante dialética, busca da identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal e social.
Importância do conhecimento e de utilizar da psicologia grupal é justamente porque o indivíduo passa maior porte do tempo de sua vida interagindo e convivendo com grupos distintos (influenciando e sendo influenciado). Existem grupos de todos os tipos. 
Campo grupal em qualquer grupo constituído se forma um campo grupal dinâmico, o qual se comporta como uma estrutura que vai além da soma dos seus componentes. A estrutura se constitui do arranjo e da combinação dos componentes, esse campo é composto por múltiplos fenômenos e elementos do psiquismo, e a estrutura resulta das articulações de todos os elementos inter e intrassubjetivos, em que tem uma constante interação entre os elementos (variáveis externas e internas, conscientes e inconscientes interagindo, combinando, rearranjando). 
Em técnica/atividade/exercício (não usar dinâmica de grupo) com grupos o aplicador é observador, coordenador, condutor. O aplicador precisa estar preparado para qualquer condição do grupo e com todos os recursos necessários. Ao trabalhar com qualquer grupo o foco é no agora, como está no momento.
Técnica psicológica técnica de natureza psicológica
Precisa ter clareza no objetivo para realizar:
· Planejamento (depende do objetivo e das circunstâncias – logística, estratégia, técnica e tática)
· Seleção e grupamento  (quem escolhe para fazer parte do grupo – depende do objetivo) 
· Enquadre/setting(ao selecionar tudo acima realiza um enquadre – depende do objetivo – soma de todos os procedimentos que organizam, normatizam e possibilitam o funcionamento grupal)
Tipos de natureza de técnicas para trabalhar com grupo:
· Centradas no indivíduo: trabalha com necessidades do individuo; foco de ajudar o indivíduo; natureza psicoterápica; grupos de ajuda;
· Centradas na tarefa: trabalha com os fenômenos do grupo; tarefa diz o que o indivíduo irá fazer; centrado em experiências estruturadas para que emerjam os fenômenos do grupo;
· Centrada no grupo: foco em como o grupo se organiza/se desenvolve para realizar a tarefa; tarefa é um pretexto, foco é em como o grupo se organiza;
Manejo (depende da base teórica):
· Resistências: melhor instrumento técnico que um coordenador de grupo pode possuir para enfrentar as resistências que surgem no campo grupal é o de ter uma ideia clara da função que elas estão representando para um determinado momento da dinâmica de seu grupo. Necessidade do coordenador discriminar entre as resistências inconscientes que de fato são obstrutivas e que visam a impedir a livre evolução exitosa do grupo, e aquelas outras resistências que são bem-vindas a o campo grupal, porquanto estão dando uma clara amostragem de como o self de cada um e de todos aprendeu a se defender na vida contra o risco de serem humilhados, abandonados, não entendidos, etc. exemplo de sinal de resistência: quando sucedem excessivos atrasos e faltas.
· Aspectos transferências: há transferência em tudo, mas nem tudo é transferência a ser trabalhada. No campo grupal, as manifestações transferências adquirem uma complexidade maior do que no individual, por quanto nele surgem as assim denominadas “transferências cruzadas”, que indicam a possibilidade da instalação de quatro níveis de transferência grupal: de cada indivíduo para com os seus pares, de cada um em relação à figura central do coordenador de cada um para o grupo como uma totalidade, e do todo grupal em relação ao coordenador. Os sentimentos transferências não representarem exclusivamente uma mera repetição de antigas experiências emocionais com figuras do passado; eles podem também estar refletindo novas experiências que estão sendo vivenciadas com a pessoa real do coordenador e cada um dos demais.
· Acting: tendência ao acting (atuação) é de curso particularmente frequente. Acting representam uma determinada conduta que se processa como uma forma de substituir sentimentos que não conseguem se manifestar no plano consciente. Podem ocorrer quando: os sentimentos represados correspondem a fatos, fantasias e ansiedades que estão reprimidas e que não são recordadas (como Freud ensinou), ou que não são pensadas (segundo Bion), ou que não são comunicadas pela verbalização,ou que não conseguem ficar contidas dentro do próprio indivíduo e, finalmente, o importante aspecto de que o acting pode estar funcionando como um recurso de comunicação muito primitivo. As atuações adquirem um extenso leque de manifestações; no entanto, o que de fato mais importa é a necessidade de o coordenador do grupo saber discriminar com segurança quando se trata de actings benignos e de quando se trata de actings malignos.
Comunicação o grupo é um excelente campo de observação de como são transmitidas e recebidas as mensagens e verbais, com as possíveis distorções e reações por parte de todos. Não é unicamente comunicação verbal que importa, por quanto cada vez mais se toma relevante a importância das múltiplas formas de linguagem não-verbais (gestos, tipo de roupas, maneirismos, sumarizações, silêncio, choros, actings, etc.).
Atividade interpretativa (depende da base teórica) concebida a atividade interpretativa no grupo constitui-se como o seu principal instrumento técnico, sendo que não existem fórmulas acabadas e "certas" de como e o que dizer, pois as situações práticas são muito variáveis e, além disso, cada coordenador deve respeitar o seu estilo peculiar e autêntico de formular e de ser.
Papéis características mais relevantes que permeiam o campo grupal é a transparência do desempenho de papéis por parte de cada um dos componentes. A importância desse fenômeno grupal consiste no fato de que o indivíduo também está executando esses mesmos papéis nas diversas áreas de sua vida - como a familiar, profissional, social, etc. É um dever do coordenador do grupo estar atento à possibilidade de estar o correndo uma fixidez e uma estereotipada de papéis patológicos exercidos sempre pelas mesmas pessoas, como se estivessem programadas para assim agirem ao longo de toda vida.
Vínculos a configuração que adquirem as ligações vinculares entre as pessoas. Importante a observação atenta de como se manifestam as diferentes formas de amar, de agredir e as interações entre ambas. Bion introduziu o importantíssimo vínculo do conhecimento, que possibilita um melhor manejo técnico com os problemas ligados às diversas formas de "negação. Existência de um quarto vínculo, o do reconhecimento, através do qual é possível ao coordenador perceber o quanto cada indivíduo necessita, de forma vital, ser reconhecido pelos demais do grupo como alguém que, de fato, pertence ao grupo (é o fenômeno grupal conhecido como "pertinência"), e também alude à necessidade de que cada um reconheça ao outro como alguém que tem o direito de ser diferente e emancipado dele. Tendo por base esses quatro vínculos, e as inúmeras combinações e arranjos possíveis entre eles, a compreensão o manejo dos mesmos tomam-se um excelente recurso técnico no trato de casais, famílias, grupos ou instituições.
Término  (se tem ou não duração prevista depende do objetivo) Termo que designa duas possibilidades: uma é a de que o grupo termine, ou por uma dissolução dele, ou para cumprir uma combinação prévia. Deve haver por parte do coordenador de qualquer grupo uma fundamentação técnica que possibilite uma definição de critérios de término e um manejo adequado para cada situação em particular.
Funções do egoA situação do campo grupal propicia o surgimento das funções do ego, de como os indivíduos utilizam a capacidade de percepção, pensamento, conhecimento, juízo crítico, discriminação, comunicação, ação, etc.;
Atributos de um coordenador de grupo conhecimentos (provindos de muito estudo e leituras), habilidades (treino e supervisão), as atitudes são indispensáveis, também é muito importante que: goste e acredite em grupos, ser continente (ser capaz de conter a angustia do outro, de lidar com o conteúdo do outro sem se destruir ou destruir o outro), empatia (capaz de se colocar no lugar do outro, entender o contexto do outro), comunicação, ser verdadeiro - coerente, capaz de integração e síntese, capacidade negativa (ser capaz de não reagir aos conteúdos, apenas espelhar), pensar, conhecer a si próprio, modelo de identificação, ser firme sem ser rígido, respeito, ética, paciência, discriminação (o que é seu e o que é do outro), etc.
Trabalho do psicólogo é basicamente [escutar pensar agir], e envolve uma espiral dialética (tese – antítese sintese...) ascendente.

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