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Resumo Humanismo e Rollo May

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Resumo Humanismo e Rollo May
Ser humano como centro de interesse do conhecimento. Após o fim da Idade Média (estarcismo, voltado a Deus, teocentrismo, misticismo), passou a ter o renascimento cultural que ficou conhecido como Renascimento (hedonismo, antropocentrismo, racionalismo).
O ocidente tem três grandes pilares o cristianismo, a cultura grega e o direito romano.
Três grandes ataques ao narcisismo humano (de acordo com Freud) 1º quando Copérnico demonstrou que a Terra não era o centro do mundo, 2º quando Darwin apontou que o homem passou por um longo processo de evolução, 3º quando Freud definiu o inconsciente, que tem grande influência no homem. 
Praxis prática reflexiva. Heteronomia regras do outro. Autonomia nossas regras.
Surge o humanismo na psicologia com Abraram Maslow. Ele critica a visão que o ser humano é apenas resultado de tudo que aconteceu com ele. Na Psicologia a corrente humanista surgiu como uma reação às ideias de análise apenas do comportamento, defendida pelo Behaviorismo, e do enfoque no inconsciente e seu determinismo, defendido pela psicanálise.
O humanismo tem forte influencia existencial e fenomenológica, a Psicologia humanista busca conhecer o ser humano, tentando humanizar seu aparelho psíquico, contrariando assim a visão do homem como um ser condicionado pelo mundo externo. No existencialismo, o ser humano é visto como ponto de partida dos processos de reflexão, e na fenomenologia, esse ser humano tem consciência do mundo que o cerca, dos fenômenos e da sua experiência consciente.
Terceira força da Psicologia Humanismo. Lugar compartilhado por todos os psicólogos insatisfeitos com a visão de homem implícita nas psicologias oficiais disponíveis (Behaviorismo e Psicanálise).
O humanismo reúne nomes como: Abraham Maslow, Carl Rogers, Rollo May, Fritz Perls, Victor Frankl, dentre outros.
Ser pessoa carregar consigo manifestações típicas do ser humano, possuir especificidade.
Perspectiva humanista Valoriza a busca de autossatisfação e dignidade. Ênfase no potencial das pessoas para crescer e mudar, vivendo o momento presente. Somos positivamente motivados e progredimos em direção a níveis mais altos de funcionamento.
Pressuposto humanista ser humano é visto como iniciador de coisas novas, não apenas simples resultado de múltiplas influências. O ser humano tem certo poder sobre as determinações.
Humanismo propõe mudança na forma de abordar o objeto de estudo. O ser humano é visto como totalidade em movimento. Surge na Psicologia como reação ao Behaviorismo e à Psicanálise. Considera as experiências vividas e conduz para o potencial humano de resolver seus problemas. Ser humano como o iniciador de coisas, tem certo poder sobre suas próprias motivações.
A maneira como se reproduz o mundo tem haver com suas percepções, não somos neutros. Humanismo propõe que deveria desviar a visão da patologia.
Psicologia Humanista psicologia como ciência da pessoa, não do comportamento. Estudar o que o ser humano tem de bom e saudável, qualidades. Visa o bem estar e a compreensão da pessoa. Crítica às tentativas de controle presentes na ciência e de quantificação dos fenômenos psicológicos. Propõe que o ser humano existe com a comunicação. Ênfases: centramento na pessoa, busca por autorrealização, livre-arbítrio, poder de criação individual, responsabilidade, etc. Ser humano é uma unidade irredutível (todo é mais do que a soma das partes que o compõem).
Ser humano é incompleto e, por isso, se comunica. Visão humanista que somos palavra, a comunicação. Para Maslow as barreiras de comunicação são geradas por problemas de comunicação do próprio indivíduo com si. Precisamos de uma sociedade boa que promova seres humanos saudáveis, e precisamos de seres humanos saudáveis que promovam uma boa sociedade. Ao nós tentarmos imitar o outro e falharmos é que nos tornamos nós mesmos. Frankl critica a “autorrealização”, pois sempre precisamos de alguém ou de algo. A auto-transcedência é requisito para a autorrealização. A vida sempre tem sentido e é necessário que este seja descoberto pela pessoa (é um sinal de saúde).
Objeto de estudo das teorias da personalidade constituição do ser humano (semelhanças X diferenças).
 Personalidade é dinâmica, está em desenvolvimento, é uma organização, processo dinâmico no interior do indivíduo.
Rollo May - Psicologia Existencial
O existencialismo se opõe a dissociação entre o sujeito e o objeto. Aponta que a existência precede a essência, cada um de nós é responsável pelo que é e pelo que se torna e de que as pessoas são seres pensantes e atuantes, subjetivas e objetivas. 
Conceitos básicos: 
· Ser-no-mundo unidade básica entre as pessoas e mundo, da pessoa e o ambiente, unidade de sujeito e objeto, de pessoa e mundo. Modos simultâneos em ser no mundo: 
· Unwelt: o ambiente a nossa volta (mundo da natureza e leis naturais, dos impulsos);
· Mitwelt: nossas relações com outras pessoas (precisamos relacionar com pessoas como pessoas);
· Eingenwelt: nossas relações com o nosso self (relação consigo mesmo, estar consciente de si mesmo como ser humano, e de quem somos ao se relacionar com o ambiente e as pessoas). 
· Não-ser ou nadaé uma consciência da possibilidade de não ser. A morte é um caminho de não-ser. 
Pessoas sadias vivem simultaneamente nos três modos de ser-no-mundo (se adaptam ao mundo natural, relacionam com os outros como humanos e possuem consciência do que estas experiências significam para eles). 
Alienação é a doença dos tempos modernos. Muitas pessoas sofrem de ansiedade e desespero causados pela alienação de si mesmas e de seu mundo, não possuem uma unidade de Self e mundo. Manifesta em três áreas: 
· Separação da natureza; 
· Falta de relações interpessoais significativas;
· Alienação do self autêntico.
Ansiedadeé experimentada (angústia) quando está consciente de uma ameaça a algum valor importante, de que algo importante pode ser destruído. Liberdade não existe sem ansiedade. 
 Ansiedade normal aquela e proporcional à ameaça, sem repressão e pode ser enfrentada construtivamente.
 Ansiedade neurótica aquela em que envolve a reação desproporcional a ameaça, repressão, formas de conflito interpsíquico.
 Culpa ocorre quando as pessoas negam suas potencialidades. Culpa pode surgir da falta de consciência no ser no mundo:
· Culpa de separação da natureza – do mundo natural (culpa de separação)
· Culpa da falta de capacidade de perceber precisamente o mundo dos outros (incapacidade de julgar do que os outros precisam);
· Culpa da falha ou da negação de nossas potencialidades (relacionado com o complexo de Jonas - de Maslow - medo de ser o melhor de si).
Culpa e ansiedade referem-se à natureza do ser e não ser. Ambas podem ter efeito positivo ou negativo na personalidade. Dependendo como lida com estas, elas podem ser um impulso para podermos nos desenvolver, melhorar nossas relações, ou elas podem conduzir a sintomas não produtivos, neuróticos. 
Intencionalidade é a estrutura que dá significado a experiência e permite que as pessoas tomem decisões. Sem esta a pessoa não consegue escolher nem agir sobre a escolha. Através da intencionalidade o sujeito pode superar de certa forma a dicotomia entre sujeito e o objeto. Ação e intencionalidade são inseparáveis. 
Amor ter prazer na presença do outro e firmar o valor daquela pessoa. Cuidado é a origem do amor e da vontade. As relações adultas sadias misturam todas as formas de amor. Existem formas de amor, 4 formas identificadas por May na cultura Ocidental: 
· Sexo: função biológica, força da procriação, fonte de prazer imediato e de ansiedade, egoísta - desejo de experimentar prazer, banalizado atualmente.
· Eros: desejo de estabelecer uma união duradoura com o outro. Fundamentado em cuidado e ternura.
· Filia: amizade intima não sexual entre duas pessoas, desenvolvimento lento.
· Ágape: amor altruísta, preocupação com o bem estar do outro sem esperar qualquer ganho com isso. 
Liberdade é a possibilidade de mudar, envolve ser capaz de ter diferentes possibilidades.Para May o inconsciente não tem o determinismo que possui o inconsciente proposto por Freud. O inconsciente para May está mais relacionado a algo que não quer ou não pode concretizar, diferente de perspectiva psicanalítica em que não se sabe ao certo o que deseja e o inconsciente vai mandando conteúdos para a consciência (atos falhos, chistes, sentimos, sonhos).
Experiência inconsciente são as potencialidades de ação e percepção que a pessoa não pode ou não quer tornar concretas. 
O poder do mito:
· Mitos são sistemas de crenças, conscientes e inconscientes, que fornecem explicações para problemas sociais e pessoais (respostas pré-científicas para dramas humanos). 
· Mitos servem como um suporte, os mitos eram por onde as pessoas encontravam significado em suas vidas, trazem sentido para um mundo difícil e sem sentido.
· Mitos unificam uma sociedade. 
· A civilização ocidental precisa dos mitos. 
· As pessoas se comunicam pela linguagem racional e se comunicam pelos mitos, uso dos mitos para transcender a situação concreta imediata, para expandir a autoconsciência e para procurar a identidade.
· Para May o mito de Édipo é um mito poderoso para a cultura ocidental. O mito contém aspectos de crises existenciais comum a todos, como crise: nascimento, separação ou exílio dos pais e de casa (separação e exílio), união sexual com um dos pais (incesto) e hostilidade ao outro (patricidio), busca pela identidade e independência, e morte (também tem meditação consciente - antes de morrer, em sua velhice, Édipo reflete sobre seus atos e suas responsabilidades e aceita a morte). 
· O conceito de May sobre mitos é comparável à ideia de Jung de inconsciente coletivo, em que mitos são padrões arquetípicos na experiência humana, são caminhos universais que vão além da experiência individual. E como os arquétipos, os mitos podem contribuir para o desenvolvimento psicológico.
 De acordo com May a apatia e o vazio são o mal-estar dos tempos modernos. Quando as pessoas negam o destino (perdem assim a liberdade) ou abandonam os mitos elas perdem o propósito de ser, ficam sem direção, passando a praticar comportamentos autodestrutivos e contraproducentes. 
Patologia surge da falta de comunicação, incapacidade de conhecer os outros e partilhar a si mesmo com eles. Surge também quando renunciamos a liberdade.
 Psicoterapia deveria deixar as pessoas mais humanas, libertar as pessoas, ajudar as pessoas a experimentarem sua existência. Os terapeutas possuem sua própria humanidade a oferecer.

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