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ARIANE ALVES RGM: 19531729
CAROLINA RODRIGUES LUIZ RGM: 19069090
DANIEL DE OLIVEIRA PAIVA RGM: 18876901
JULIANA OLIVATTI SILVA RGM: 19576544
JULIANA ARAUJO BERTERO RGM: 19253273
MAYARA C. LEANDRO DA SILVA ALMEIDA RGM: 19436921
MARIA ALCISLENE R. M. ALMEIDA RGM: 18826253
REGIANE FERREIRA SANTANA RGM: 19059094
THAIS CRISTINA COSTA DANTAS RGM: 18991149
THAIS OLIVEIRA SOUZA RGM: 18990983
YAMARA THAYANE ROCHA DO SOUZA RGM: 18917488
Turma: 3º B
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA INFANTIL:
ESTUDO DA INTELIGÊNCIA
Universidade Cidade de São Paulo
Área de Ciências Biológicas e da Saúde
Curso de Psicologia
2019
ARIANE ALVES RGM:19531729
CAROLINA RODRIGUES LUIZ RGM: 19069090
DANIEL DE OLIVEIRA PAIVA RGM:18876901
JULIANA OLIVATTI SILVA RGM: 19576544
JULIANA ARAUJO BERTERO RGM:19253273
MAYARA C. LEANDRO DA SILVA ALMEIDA RGM: 19436921
MARIA ALCISLENE R. M. ALMEIDA RGM: 18826253
REGIANE FERREIRA SANTANA RGM: 19059094
THAIS CRISTINA COSTA DANTAS RGM: 18991149
THAIS OLIVEIRA SOUZA RGM: 18990983
YAMARA THAYANE ROCHA DO SOUZA RGM: 18917488
Turma: 3º B
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA INFANTIL:
ESTUDO DA INTELIGÊNCIA
Relatório apresentado na área de Ciências Biológicas e da Saúde no curso de Psicologia, atendendo às exigências da disciplina de Avaliação Psicológica e Praticas Integrativas I, sob orientação da Profa. Mara Poltronieri
Área de Ciências Biológicas e da Saúde
Curso de Psicologia
2019
SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO…………………………………………………………….04
1.1 Autores ..................................................................................................04
1.2 Participantes .........................................................................................04
1.3 Assunto .................................................................................................04
1.4 Interessadas ........................................................................................04
2 DESCRIÇÃO DA DEMANDA ...............................................................05
2.1 Conceituando inteligência .....................................................................05
2.2 Psicometria ...........................................................................................10
3 PROCEDIMENTOS ..............................................................................16
4 RESULTADOS .....................................................................................19
4.1 Dados da Observação ..........................................................................19
4.2 Dados de entrevista ..............................................................................23
4.3 Resultados dos testes ...........................................................................25
4.3.1 O Desenho ......................................................................................26
5 ANÁLISE DE DADOS ......................................................................... 27
6 CONCLUSÃO ......................................................................................31
7 REFERÊNCIAS ....................................................................................32
8 ANEXOS ...............................................................................................34
1 IDENTIFICAÇÃO
1.1 Autores 
Ariane Alves - RGM: 19531729
Carolina Rodrigues Luiz - RGM: 19069090
Daniel de Oliveira Paiva -RGM:18876901
Juliana Olivatti Silva - RGM: 19576544
Juliana Araujo Bertero-RGM: 19253273
Mayara C. Leandro da Silva Almeida -RGM:19436921
Maria Alcislene R. M. Almeida - RGM: 18826253
Regiane Ferreira Santana - RGM: 19059094
Thais Cristina Costa Dantas - RGM: 18991149
Thais Oliveira Souza - RGM: 18990983
Yamara Thayane Rocha de Souza-RGM: 18917488
1.2 Participante 
Nome: F. O. B.
Sexo: Masculino 
Data de nascimento: 12/02/2007 Idade: 12 anos, 02 meses e 23 dias
Escolaridade: 7º Ano Ensino Fundamental
Tipo de escola: Particular 
Data da aplicação: 02/05/2019
Duração total: 1 hora e 08 segundos
1.3 Assunto 
Avaliação Psicológica Infantil 
1.4 Interessadas 
Profa. Mara Poltronieri 
2 DESCRIÇÃO DA DEMANDA
Este relatório tem o propósito de apresentar dados obtidos mediante a realização de uma avaliação psicológica infantil, possibilitando a nós, alunos do 3° semestre da Graduação em Psicologia, o aperfeiçoamento de nossos estudos no que tange ao uso dos instrumentos e técnicas de investigação psicológica. Por fim, temos, como intuito, investigarmos o desenvolvimento cognitivo de uma criança, e, para tal, será utilizado o teste DFH IV (Desenho da Figura Humana), versão publicada por Solange Muglia Wechsler, no ano de 2018.
Analisando que o nosso propósito para este estudo diz respeito ao desenvolvimento cognitivo infantil, nesse caso, em específico, o examinando, apresenta-se com idade de 12 anos, 02 meses e 23 dias. Mediante essa informação, olharemos para os estágios cognitivos baseando-nos em teoria conforme proposta por Piaget (1986), focando-nos no estágio Operatório-formal (11 anos até a idade adulta), estágio no qual a criança participante se encontra. Dando continuidade à análise do processo avaliativo, teremos também, como base consultada, as teorias de inteligência múltiplas fundamentadas por Gardner (1995). No entanto, antes da apresentação dos conceitos descritos acima, é de grande relevância que apresentemos o desenvolvimento da inteligência aplicada a esses fundamentos, ressaltando a sua definição conforme as abordagens: desenvolvimentista, cognitiva e psicométrica.
2.1 Conceituando inteligência
Iniciando com a abordagem desenvolvimentista, Piaget (1986) apresenta o conceito de inteligência, e, mais precisamente, do seu desenvolvimento como um processo que se torna possível através da maturação biológica do indivíduo e de sua adaptação ao meio no qual está inserido, ou seja, a inteligência não é inata, sendo que a sua evolução depende de fatores provenientes tanto da herança biológica quanto da interação com o ambiente no qual se vive, o que condiciona o desenvolvimento intelectual, resultando numa estruturação do funcionamento cognitivo.
Segundo Papalia (2013), para a teoria piagetiana, o desenvolvimento cognitivo ocorre num processo natural de adaptação da criança em relação a seu ambiente. Ressalta-se aqui três elementos necessários para o processo evolutivo da cognição, sendo estes: Organização, o qual inicia-se com a formação de esquemas, que é a habilidade que a criança adquire de organizar as informações recebidas por ela através do ambiente no qual se insere controlando, por exemplo, como irá se comportar numa determinada situação. Em segundo lugar, a adaptação, a qual é a forma como a criança se adapta a novas informações de que já tenha algum conhecimento. Ocorre através de dois processos, a saber, assimilação - receber a nova informação e integrá-la a estruturas já existentes; acomodação - o ajuste das estruturas já existentes, para a inserção de novas informações. Por fim, a equilibração, ​a qual é a maneira pela qual ocorre o equilíbrio necessário no acesso entre a assimilação e a acomodação.
Dando continuidade ao desenvolvimento cognitivo, Piaget propôs quatro estágios necessários para a sua estruturação, assim ocorrendo a sucessão de um estágio para o próximo, tornando-se condição primordial para o desenvolvimento da cognição. São estes, em primeiro lugar, o Sensório-motor (de 0 a 2 anos): Desenvolvimento inicial da coordenação e do relacionamento entre as ações. O bebê consegue, nessa fase, estruturar suas percepções sensoriais, o que resulta em comportamentos motores simples. Tem-se, a seguir, o estágio Pré-operatório (de 2 a 7 anos), o qual simboliza a passagem da inteligência sensório-motora para a inteligência representativa. Este estágio se Inicia com o desenvolvimento da representação simbólica, onde a criança representa mentalmente, por exemplo, um objeto, atribuindo a este seu significado. As representações destes objetos podem tomar a forma de palavras, números ou imagens. No próximo estágio, o Operatório-concreto (de 7 a 11anos), a criança alcança o raciocíniológico, permitindo-lhe utilizar-se de uma ação mental na resolução de um problema real. A capacidade de equilibração, no que tange ao processamento da atenção, envolve reter informações, seja para conquistar um objetivo ou solucionar uma questão, e então atualizar o esquema até então formado na criança. Temos, por fim, o estágio Operatório-formal (dos 11 anos até a idade adulta), no qual, partindo-se da experiência lógica-matemática, é possível à criança realizar raciocínios sem ter como base um fato concreto, ou seja, consegue resolver um problema através de uma formulação, partindo de uma hipótese para chegar a uma conclusão. A possibilidade de analisar seu próprio pensamento, percebendo que existem outras formas de pensar, principalmente quando provenientes de outras pessoas, é marca do desenvolvimento cognitivo neste estágio. (PAPALIA, 2013).
Segundo Banks (1997) ao discorrer sobre a teoria piagetiana, onde é proposto que no estágio sensório motor (do nascimento até os 02 anos aproximadamente), mais precisamente por volta do oitavo mês, que se torna possível perceber o aparecimento da inteligência na criança. Dessa forma, podemos observar, conforme exposto a seguir, quais são os aspectos do desenvolvimento cognitivo observáveis no estágio sensório-motor: de 0 a 1 mês, a criança dispõe de reflexos inatos, e não existe coordenação dos sentidos (exemplo: ocorre a sucção quando o seio da mãe já se encontra na boca da criança). De 1 a 4 meses há a repetição de comportamentos agradáveis, hábitos de origem casual e não apenas por intervenção do ambiente (exemplo: o movimento de chupar o dedo pode ser repetido, e até mesmo se tornar compulsivo). Dos 4 a 8 meses, com a repetição de movimentos, e buscando-se a reprodução dos mesmos, a criança repete ações que produzem efeitos interessantes, prolongando a presença das mesmas. Dos 8 aos 12 meses, há a coordenação de esquemas previamente aprendidos, utilizando-se dos esquemas já adquiridos para atingir metas. (Exemplo: engatinhar de um lado ao outro da sala para pegar um chocalho). A equilibração desses esquemas torna-se os meios que permitem atingir objetivos mais complexos (BANKS, 1997).
Segundo esse mesmo autor:
A inteligência não aparece, de modo algum, num dado momento do desenvolvimento mental, como um mecanismo completamente montado e radicalmente diferente dos que o precederam. Apresenta pelo contrário uma continuidade admirável com os processos adquiridos ou mesmo inatos respeitantes à associação habitual e ao reflexo, processos sobre os quais ela se baseia, ao mesmo tempo que os utiliza (PIAGET, 1986, p.23).
No construto de inteligência, porém, conforme apresentado por Howard Gardner, e considerando a abordagem cognitivista, o mesmo propõe que não exista uma inteligência em forma única nos indivíduos, mas que cada um detenha uma determinada capacidade em relação a diversas habilidades, o que os possibilitam a criar, resolver problemas ou até mesmo proporcionar o desenvolvimento de algo específico dentro do contexto social e cultural no qual está inserido. (SMOLE, 1999).
Gardner apresenta, a princípio, sete inteligências, as quais serão descritas a seguir. A primeira delas, a ​inteligência linguística, diz respeito à facilidade com habilidade que envolvam a linguagem e a estruturação de palavras, tanto ao escrever quanto ao falar. Esta Inteligência é desenvolvida, por exemplo, em jornalistas e poetas. ​A Inteligência lógico-matemática, por sua vez, diz respeito a habilidades que envolvam o raciocínio quanto a números e elementos matemáticos. Dentre todas as inteligências, esta é a mais associada ao pensamento científico, seguindo a ideia tradicional de inteligência. Alguns exemplos de pessoas que desenvolvem estas habilidades são cientistas, advogados e matemáticos.
A inteligência musical diz respeito a ​habilidades que envolvam desde a identificação de timbres e sons, criação e a composição de melodias e músicas como um todo. Exemplos de pessoas que desenvolvam esta inteligência são maestros e compositores musicais. A inteligência espacial diz respeito a habilidades e capacidades de se perceber formas espaciais e visualização de espaços tridimensionais e na construção de modelos relacionados entre si. Exemplos de pessoas que desenvolvam arquitetos e navegadores. A Inteligência corporal-cinestésica diz respeito a habilidades que envolvam o autocontrole e utilização do seu próprio corpo ou parte dele, seja para a resolução de um problema ou moldar produtos, e na manipulação de objetos. Exemplos de pessoas que desenvolvam esta inteligência são Atores, malabaristas e atletas.
Das inteligências pessoais, a primeira, a ​inteligência interpessoal, diz respeito à habilidade que envolvam a compreensão e interação com as outras pessoas, entendendo-as no convívio social de forma eficiente para um bom relacionamento entre ambas as partes. Exemplos de pessoas que desenvolvam estas habilidades são Professores, líderes e políticos. Do outro lado das inteligências pessoais encontra-se a ​inteligência Intrapessoal, a qual diz respeito às habilidades que envolvam conhecer a si mesmo, compreender e administrar seus próprios sentimentos, buscando o auto desenvolvimento em todos os campos de sua vida. Exemplos de pessoas que desenvolvam esta inteligência são Terapeutas e líderes políticos. (SMOLE,1999).
Para Alves (2002), Gardner propõe que todo indivíduo é capaz de possuir todas estas inteligências em alguma medida, porém, algumas destas se mostram mais desenvolvidas em relação às outras, apresentando características específicas mais bem desenvolvidas nas inteligências que melhor trabalharam.
Segundo Gardner (1995), partindo-se de um entendimento tradicional, a inteligência pode ser estabelecida como um atributo capaz de ser mensurado através da capacidade do sujeito em responder a testes de habilidades específicas. Como consequência disso, a partir desses testes que tem como base técnicas estatísticas, os resultados apresentados permitem a comparação entre indivíduos de diversas idades, onde se pressupõe que a capacidade intelectual quanto a uma inteligência específica não se altera diante de fatores como: experiências vivenciadas, idade e práticas ao longo da vida. Desse modo, a inteligência é tratada como uma capacidade inata ao indivíduo.
Gardner considera que
A teoria das inteligências múltiplas, por outro lado, pluraliza o conceito tradicional. Uma inteligência implica na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural. A capacidade de resolver problemas permite à pessoa abordar uma situação em que um objetivo deve ser atingido e localizar a rota adequada para esse objetivo. A criação de um produto cultural é crucial nessa função, na medida em que captura e transmite o conhecimento ou expressa as opiniões ou os sentimentos da pessoa. Os problemas a serem resolvidos variam desde teorias científicas até composições musicais para campanhas políticas de sucesso. (GARDNER, 1995, p.21)
2.2 Psicometria: Método de avaliação da inteligência
Quanto à abordagem da Psicometria, iremos ressaltar seu surgimento e construção, trazendo a sua relação com o conceito de inteligência.
A esfera que a psicologia percorria, durante o século XIX e XX, criaram necessidades como, por exemplo, a análise através de medidas científicas. Houve, então, uma aproximação entre as ciências físicas e psicológicas. Em meados do século XIX, com os trabalhos de Ernst Heirch Weber (1795-1878), Gustav Theodor Fechner (1801-1887) e ​Hermann Von Helmholtz (1821-1894), dentre outros, e com a apresentação dos limiares envolvendo a audição, visão, percepção de estímulos e etc., estes tornaram-se influências para o desenvolvimento das medidas em psicologia (​ERTHAL, 2009).
A respeito da origem da Psicometria, Pasquali (2009) declara que:
Historicamente, a psicometria tem suas origens na psicofísica dos psicólogos alemães Ernst Heinrich Weber e Gustav Fechner. O inglês Francis Galton também contribuiu para o desenvolvimento da psicometria,criando testes para medir processos mentais; inclusive, ele é considerado o criador da psicometria (p.993).
Este mesmo autor considera que a psicometria seria uma possibilidade para se medir a inteligência, segundo os fundamentos da psicologia, através da construção e análise de fatores que tem como base hipóteses científicas. Desse modo, a psicometria traz como objeto principal de análise as estruturas latentes e traços psicológicos, sendo medida por teoria pertinente ao que se avalia. A inteligência pode ter sua consideração na psicometria como um subsistema dos processos cognitivos, sendo estes provenientes da estrutura latente geral. Sendo considerado um subsistema, a inteligência pode apresentar características, como por exemplo, níveis específicos de raciocínio lógico ou verbal. Portanto, o sistema é fundamentado por teoria pertinente, sendo este interpretado através de pesquisas específicas relacionadas a seus atributos (PASQUALi 1996).
No final do século XIX com James Cattel (1860-1944) e Francis Galton (1822-1911) surgiram testes que tinham como finalidade, mensurar a inteligência através da velocidade sensorial e o tempo de reação. A verificação partia do princípio que, o melhor tempo ocorria nos mais capazes. Em 1905 Alfred Binet e Théodore Simon, elaboraram juntos a escala Binet-Simon, e o seu objetivo era o estudo das diferenças individuais de inteligência entre as crianças, esse interesse surgiu na intenção de investigar quais as prováveis causas de reprovação na escola. Entre 1908 e 1911 a escala passou por aprimoramentos, onde foi possível sua extensão até a sua vida adulta (ERTHAL, 2009).
Para Binet, a inteligência não tinha que ser determinada tendo como principal fator a herança biológica, em sua opinião um resultado apresentado através da escala permitia a intervenção num dado ponto abordado, resultando na possibilidade de sua melhora. (​RIGHETTO et al. 2012).
Em 1939 ​David Wechsler após vários estudos, principalmente levando em consideração os testes já apresentados e padronizados, criou a escala de Inteligência Wechsler-Bellevue, indicada à avaliação intelectual de adultos. Entre os testes elaborados por Wechsler estão eles: (WAIS – a escala de inteligência para adultos; WISC- a escala de inteligência para crianças; WPPSI- escala Wechsler de Inteligência para Pré-Escolares). Wechsler utiliza o termo global para a inteligência, pois no seu entendimento, o comportamento proveniente da inteligência é caracterizado de uma forma total no indivíduo, tendo ele a competência para agir, pensar e se relacionar de uma maneira decisiva de acordo com o ambiente no qual se encontra. Mediante isso, a inteligência global como assim se refere, é composta tanto por elementos afetivos e não intelectivos, não se restringindo apenas a uma habilidade intelectual. (SCHELINI, 2000).
Após uma breve apresentação de alguns testes mencionados nos parágrafos acima, é necessário ressaltarmos conforme (Erthal, 2009), quando menciona a importância das técnicas e dos instrumentos de avaliação sendo estes considerados inseparáveis, principalmente quando o propósito é a avaliação do comportamento na sua totalidade, no que tange em seus domínios cognitivos, afetivo e psicomotor. Quando nos referimos a técnicas de avaliação, compreende-se por forma ou método para obtenção de informações que desejamos ter. Enquanto o instrumento de avaliação é o meio que utilizamos para conseguirmos esses dados. Ambos (técnicas e instrumentos) devem ser escolhidos criteriosamente, conforme casos e situações que o abrangem.
6
Segundo essa mesma autora, ao explicar a técnica de testagem: além de ser a técnica mais precisa para obter resultados efetivos, o teste é considerado o único instrumento utilizado, sendo por intermédio dele, que são alcançadas as informações em torno da cognição no campo afetivo e psicomotor, observando todo o processo cognitivo. Dois tipos de testes são apresentados pela autora: Teste não padronizado - são chamados dessa forma por não seguirem diretrizes específicas e necessárias na sua construção; Teste padronizado - trata-se de instrumentos desenvolvidos por especialistas que na construção do teste em específico, utiliza-se de dados precedendo de experiências já realizadas em determinados grupos regulamentados. (ERTHAL, 2009).
A psicometria vem através de uma abordagem científica, conceituar o desenvolvimento da inteligência por meio de uma análise fatorial, baseando-se nas diferenças apresentadas por cada indivíduo, das quais serão evidenciadas através de testes específicos, avaliando uma mesma capacidade cognitiva. (PRIMI, 2003).
Para Alves (2002), diante das perspectivas históricas, e reconhecendo a sua devida colaboração, entendemos que a Psicometria conceitua a inteligência como algo universal. Através da outras áreas da ciência em conjunto com a psicologia, foi possível a contribuição para o surgimento de testes, os quais possibilitaram aferi-la através de análises fatoriais, permitindo a avaliação de toda a sua estrutura mental, no que envolve a cognição, aptidões e habilidades, trazendo contribuições para estudos no intuito do desenvolvimento do indivíduo em si. (ERTHAL, 2009).
Para finalizarmos, como já havíamos mencionado no início da descrição da demanda, iremos utilizar para esse estudo o teste DFH IV (Desenho da Figura Humana) trata-se de uma versão brasileira adaptada por Solange Muglia Wechsler, publicado em 2018 que tem como objetivo a interpretação do desenvolvimento cognitivo infantil.
Tanto o desenho quanto a escrita precedem à oralidade no que tange às formas de comunicação humana, e podemos traçar nos desenhos as primeiras formas de se registrar a comunicação sem usar a oralidade. Wechsler (1996/2003) propõe que o desenho seja uma forma de linguagem básica e universal. No meio acadêmico, entretanto, o desenho se tornou objeto de interesse, também, no que tange à avaliação psicológica.
Os resultados do DFH podem ser interpretados de mais de uma forma, levando-se em consideração desde aspectos evolutivos e cognitivos, até aspectos emocionais. Quanto aos sistemas que avaliam aspectos evolutivos e cognitivos do desenvolvimento infantil, Bandeira et al. (2007) destaca Goodenough (ALVES, 1981), Koppitz - indicadores desenvolvimentais (KOPPITZ, 1984), Naglieri (1988), e, especificamente para o Brasil, Wechsler (1996/2003) e Sisto (2006). Enquanto instrumento de medição do desenvolvimento cognitivo infantil, o desenho é entendido como “expressão de aspectos desenvolvimentais existindo um ciclo infantil típico que pode ser observado a partir da produção gráfica.” (BANDEIRA et al., 2007, p.332). Com o progresso do desenvolvimento infantil, o sujeito adquire habilidades de representação que antes não possui, as quais podem ser mensuradas de forma a determinar um relação entre sua idade, habilidades esperadas e aquilo que de fato se desenvolveu ou não. No que tange à validade do DFH, Parvathi e Natarajan (1985) apontaram uma relação direta entre a inteligência abstrata da criança e o desenvolvimento de suas habilidades para desenhar.
Florence Goodenough (1926) foi a primeira a propor a sistematização dos aspectos evolutivos da representação durante a infância, de forma a serem avaliados no que tange a, segundo a autora, maturidade intelectual. Wechsler (1996/2003), no Brasil, baseando-se em Harris, Koppitz e Naglieri, elaborou seu próprio sistema para avaliação a partir do DFH.
A versão proposta por Wechsler sugere dois desenhos, um de homem e um de mulher. Ambos os desenhos são analisados individualmente, e a pontuação dos resultados é, então, somada. Os desenhos possuem itens com subdivisões a serem avaliados, os quais culminaram num resultado padronizado e respectivo percentil a variar de acordo com a faixa etária do sujeito e seu sexo. Além disso, pode-se encontrar quais itens são esperados, comuns, incomuns e excepcionais nos desenhos analisados.
Por fim, o DFH tem por objetivo medir, através dos desenhos e da contação de histórias, as habilidades intelectuais do examinando conforme lhefor requerido pelo teste.
3 PROCEDIMENTOS
A aluna Regiane entrou em contato com os pais do examinando primeiramente para autorizar sua participação em algumas atividades no Laboratório de Avaliação Psicológica da Universidade Cidade de São Paulo, campus Tatuapé, e lhes foi informado que estas atividades tinham como objetivo contribuir com nossos estudos acadêmicos. A seguir foi-lhes lido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e, de acordo com o aceite dos mesmos, solicitou-se a assinatura de um responsável.
O examinando chegou à sala de espera acompanhado da aluna Regiane, conforme o horário combinado. Após aguardar 15 minutos, o mesmo foi apresentado aos integrantes do grupo, as monitoras e ao técnico do Laboratório de Psicologia Felipe G. Melo. A seguir, a criança foi encaminhada para a sala de aplicação pelas examinadoras Thais e Juliana. Na sala de aplicação a examinadora Juliana fez o rapport em 0,32 segundos. Que tem como proposta estabelecer uma relação equilibrada entre o examinando e as examinadoras, criando um clima amistoso desde o início da avaliação, devendo ser executado preferencialmente bem ou primorosamente, com o intuito de aumentar a confiança e também a validez dos resultados (URBINA, 2007). 
A seguir a examinadora Thaís realizou o enquadre, que tem como foco evitar alterações de algumas variantes que influenciam no processo, esclarecendo a função de cada um dos participantes, onde está sendo realizada a entrevista, o horário e a duração aproximada, deixando claro que não será muito curta e nem muito longa [...] (OCAMPO; ARZENO, 2009). Ele durou 0,56 segundos e teve como objetivo: a apresentação das aplicadoras, agradecimento, objetivo do encontro, duração, sigilo, cronômetro, anotação, devolutiva e espelho. O enquadre foi realizado de maneira completa e clara pela examinadora Thais.
Após o enquadre, a examinadora Thais deu início à entrevista semi-dirigida. O roteiro de entrevista (anexo 1) foi baseado na entrevista inicial caracterizada como entrevista semi-dirigida segundo Ocampo e Arzeno (2009), teve como proposta investigar a rotina, condições físicas, alimentação, saúde, sociabilidade, vida escolar e afetividade do examinando.
Este tipo de entrevista é definido como:
Uma entrevista é semidirigida quando o paciente tem liberdade para expor seus problemas começando por onde preferir e incluindo o que desejar. Isto é, quando permite que o campo psicológico configurado pelo entrevistador e o paciente se estruture em função de vetores assinalados pelo último. Mas diferindo da técnica de entrevista totalmente livre, o entrevistador intervém a fim de: a) assinalar alguns vetores quando o entrevistado não sabe como começar ou continuar. Estas perguntas são feitas, é claro, da maneira mais ampla possível; b) assinalar situações de bloqueio ou paralisação por incremento da angústia para assegurar o cumprimento dos objetivos da entrevista; c) indagar acerca de aspectos da conduta do entrevistado, aos quais este não se referiu espontaneamente, acerca de “lacunas” na informação do paciente e que são consideradas de especial importância, ou acerca de contradições, ambiguidades e verbalizações “obscuras” (O CAMPO; ARZENO, 2009, p. 17). 
Terminada a entrevista, iniciou-se a aplicação dos testes.O teste aplicado pela examinadora Juliana, foi o DFH IV (Desenho da Figura Humana) 4º edição ampliada e atualizada, versão para adaptação brasileira por Solange Muglia Wechsler, PH.D. publicada em 2018. Este teste foi construído em 1926 por Goodenough e tem como objetivo medir o desenvolvimento cognitivo ou medir o desenvolvimento conceitual. (WECHSLER, 2018).
Em 1996 foi realizada por Wechsler a primeira proposta de avaliação cognitiva do desenho da figura humana, sua teoria teve como base a revisão do sistema Goodenough proposta por Harris (1963) e no sistema de itens de desenvolvimento criado por Koppitz (1984). Podem ser diferenciado pela quantidade de detalhes, a de Harris é mais elaborado, já o de Koppitz por observar o desenho em suas partes principais, e o avaliar em faixas de desenvolvimento é mais rápido. E a proposta de um manual com folhas de correção mais simplificada surgia com base no trabalho de Naglieri (1988) (WECHSLER, 2018). 
A realização deste teste teve a duração de 1 hora e 8 segundos, e para finalizar esta etapa, foi realizado pela examinadora Juliana o encerramento, onde foi questionado o que o examinando achou das atividades, se de modo geral achou fácil ou difícil, qual das atividades achou mais fácil e o que achou mais difícil e qual o motivo de suas respostas. O examinando foi agradecido novamente pela sua participação nas atividades, e acompanhado pelas examinadoras até a recepção ao encontro de sua mãe.
4 RESULTADOS
 A seguir, serão apresentados e analisados os resultados.
4.1 Dados da Observação
Durante a explicação da atividade e aplicação do teste Desenho da figura Humana o examinando ficou compenetrado sinalizando compreender com a cabeça, e esperou a examinadora terminar a explicação para que perguntasse sobre a escolha de qual desenho começaria. Põe em prática a tarefa solicitada tentando desenhar da melhor forma, por vezes apagando para acrescentar melhoria no formato do desenho com dedicada concentração.
Na sala de recepção, o examinando aguarda com sua mãe e o grupo que havia requisitado sua presença observando todos os presentes com as mãos no bolso do casaco. Ao ser apresentado pela aluna Regiane participante do grupo 06 que o trouxe, ao grupo que seria responsável por sua atividade, sorriu brevemente olhando para um lado e para o outro e mantendo as mãos no bolso, demonstrando ansiedade em olhar algumas vezes em direção à porta de entrada para sala de aplicação. 
Durante o Rapport dedicou sua atenção olhando para cada participante do grupo apresentado, validando entendimento sobre o que lhe era esclarecido balançando a cabeça positivamente e respondendo de forma breve o que lhe era perguntado mostrando grande interesse.
Ao entrar na sala o examinado é direcionada a cadeira aonde irá se sentar, logo após sentar-se na cadeira, colocou os braços e as mãos entrelaçadas sobre a mesa. Durante o enquadre permanece na mesma posição, aparentemente prestando bastante atenção, balançando a cabeça afirmativamente e ao final do enquadre não apresentou nenhuma dúvida.
Antes de iniciar a entrevista, a examinadora Thais prioriza saber como o examinando se sentia tomando ciência se ele estava bem, se tinha alguma dúvida e se poderia iniciar a entrevista. Prosseguindo a entrevista, demonstrou sentir-se cada vez mais confiante e prestimoso no avanço das perguntas, e em alguns momentos olhava para cima como se estivesse buscando na memória as respostas, balançando a cabeça e gesticulando com as mãos, enquanto respondia de forma clara o que lhe era perguntado sem objeções.
Aparentemente demonstrava tranquilidade e a vontade com a forma que a entrevista decorria. Quase na mesma posição do início da entrevista o examinando passa a bater um dedo no outro com as mãos entrelaçadas, às vezes mexendo-se na cadeira e outras vezes gesticulando com as mãos enquanto respondia as perguntas. 
Agora sob a orientação e explicação da examinadora Juliana, de como seria feito o Desenho da figura Humana, o examinando fica compenetrado sinalizando compreender com a cabeça balançando a para cima e para baixo. Após esperar a examinadora terminar a explicação, põe em prática a atividade solicitada, levantando as mangas de seu casaco e debruçando-se sobre a mesa e o caderninho, para desenhar aparentando tranquilidade.
Iniciando a atividade pelo desenho do homem, começou o desenho de cima para baixo e seguiu desenhando calmamente, algumas vezes pega a borracha que estava sobre a mesa, e coloca o lápis sobre a mesa enquanto usa a borracha, sempre limpando a mesa após, então coloca a borracha no mesmo lugar em que ela estava e pega o lápis novamente, repetiu o mesmo processo todas as vezes que precisou apagar algo, tentando desenhar da melhorforma, por vezes apagando para acrescentar melhoria no formato do desenho com dedicada concentração e organização, informando em voz alta ao ter finalizado o desenho masculino. 
Seguidamente orientado pela examinadora Juliana a fazer então o desenho da mulher, iniciou pela cabeça e considerando ter ficado pequena, apaga, limpa a folha e recomeça outra vez, deitando a cabeça sobre uma das mãos enquanto seguiu desenhando bem devagar demonstrando capricho, e informando em voz alta ter acabado .Outra vez a examinadora Juliana passa nova orientação pedindo que contasse uma história sobre os desenhos feitos, o examinando pergunta então se deverá ser uma história dos dois juntos, após a resposta da examinadora, ele também pergunta se pode iniciar com “Era uma vez...”, demonstrando incerteza por medo de fazer alguma coisa errada. 
Começando a contar a história posicionou os desenhos a sua frente na mesa e cruzando os braços e entrelaçando seus dedos das mãos na ponta da mesa, no espaço que havia antes do caderninho, iniciou pela história do homem demonstrando-se agitado e detalhista ao relatar a história, tentando por em ordem cronológica as pessoas citadas, narrando uma história completa e longa.
Agora direcionado a contar a história da mulher que ele desenhou, afirmando positivamente com a cabeça e iniciando com “Era uma vez...”, permanece na mesma posição que estava desde o início do teste olhando para a examinadora Thais. Dado o fato de que mesmo a examinadora Juliana mantendo sempre o contato visual enquanto anota a história, precisando às vezes desviar para escrever os pontos necessários da atividade, o examinando mostra querer uma atenção especial a sua história.
Durante a história da mulher citou a depressão demonstrando ter um pouco de conhecimento sobre o assunto, ainda sim de forma mais resumida evidenciou querer finalizar a história mexendo no zíper do casaco indicando um pouco de agitação, expressando desejo veemente em finalizar logo a história, falando em voz alta ter acabado. Quando indagado que atividade considerou mais difícil e qual considerou mais fácil, o examinado sorriu dizendo que achou bem legal e que foi mais difícil fazer a entrevista, pois não costuma falar de assuntos familiares com qualquer pessoa, considerando mais fácil contar a historia porque se considera com bastante imaginação.
Ao finalizar as atividades a criança deixou o material organizado, e saiu tranquilamente da sala de aplicação acompanhado das examinadoras em direção à recepção.
Na recepção, as examinadoras Thais e Juliana foram receptivas e calorosas com o examinando. No decorrer do Rapport, a conduta de ambas foi satisfatória, assegurando que o examinando reagisse com naturalidade de uma forma aparentemente confortável.
A examinadora Thais guiou a entrevista de maneira adequada e plácida, demonstrando domínio embora demonstrasse um pouco de nervosismo controlado soube conservar um tom de voz adequado. Durante o esclarecimento do teste, a examinadora a Juliana conservou boa postura e um bom tom de voz mesmo exibindo um pouco de nervosismo, não atrapalhou no dinamismo do período que compôs o processo. A mesma examinadora transcreveu a historia narrada pelo examinando com rigor e concentração . A prática de ambos, entrevista e teste, foram finalizadas de forma equilibrada. Ao concluir a atividade, as examinadoras seguiram acolhedoras e acompanharam o examinando até a recepção.
A sala utilizada para execução da atividade estava em ordem, todos materiais necessários como lápis, borracha, apontador, folhas A4,e lenços de papel estavam a disposição para o examinando, e mesmo depois de concluída a atividade continuava posta em ordem, seguindo as devidas determinações do laboratório, decorrendo dessa forma a aplicação sem intermitência.
O tempo operado em cada fase da atividade foi bem conduzido, apresentando um total a contar da entrada do examinando á sala de aplicação do teste até a sua saída, de 1 hora e 08 segundos, dos quais considerando cada atividade em suas devidas fases como:
· Rapport: 0: 32 segundos
· Enquadre: 0: 56 segundos 
· Entrevista: 22 minutos e 09 segundos 
· Explicação para realização do desenho: 0: 50 segundos
· Desenho da figura masculina: 4 minutos e 59 segundos
· Desenho da figura feminina: 5 minutos e 44 segundos
· História do desenho: 22 minutos e 46 segundos
· Encerramento: 1 minuto e 26 segundos 
4.2 Dados da Entrevista
O examinado inicia relatando sua rotina informando que acorda, se arruma, toma café e vai para escola no período intermediário com aulas pela manhã e tarde. No início da entrevista quando solicitado ao examinado que contasse como foi seu dia, desde a hora que acordou até aquele momento, o mesmo questiona se pode contar tudo mesmo. Retomando de onde parou, diz ter ido ao mercado com sua mãe depois que chegou da escola.
No âmbito escolar, cursa o 7º Ano Ensino Fundamental, denominando a escola como muito legal. Informa que leitura, interpretação de texto e matemática são suas matéria preferidas, porém, considera a matemática por conta do professor conversar mais com ele, referindo-se a didática dos professores como muito boa. Classifica-se como desorganizado, e por conta disso foi mal na prova sem consulta. Declarou ter amigos na escola e que no intervalo da escola, joga pimbolim, anda pelo pátio e interage com as pessoas, relatando gostar muito das pessoas com quem convive por considerá-los gentis. Diz ter amigos fora da escola, no whatsapp, e considera um amigo que cresceu junto com ele como um primo.
Ainda no ambiente escolar relata que não toma café na escola, mas almoça o que lhe é dado. Informa receber bastante lição de casa, e que sua mãe só o ajuda a fazer a capa do trabalho e o resto ele consegue fazer sozinho, e quando não tem lição fica jogando vídeo game, sai para jogar bola, as vezes toma sorvete.
Quanto à vida familiar alega ter um bom relacionamento com seus pais e irmão descrevendo seu pai como de boa, afirmando passar mais tempo com sua mãe, considerando por conta dela, ficar um pouco na sala de televisão e ás vezes no quarto, marcando presença na sala de uns 10 minutos. Relata não ter muito contato com o pai durante a semana, porém aos finais de semana, ás vezes consegue ficar mais tempo juntos. Diz que aproveita para ficar junto com o pai sempre que possível, já que na semana fica com sua mãe, passando mais tempo com ela. Tem um irmão, informando que se desentende como o mesmo por coisas bobas, e que por conta disso seu pai intervém dizendo que vai tirar o vídeo game. Salienta ter mais atenção de sua mãe, e relata que ela ensina que irmãos tem que amar um ao outro e ter uma parceria.
Diz que costuma assistir séries, com sua mãe, mas que preferia juntar todos. Refere-se ao pai como caseiro e rígido e que por vezes leva bronca, e relata já ter apanhado do mesmo.
O examinado diz que não viaja muito por agora, mas relata ter viajado mais antes, citando os anos que viajou e a cidade que visitou, afirmando ter gostado e se sentindo realizado.
Menciona que seu pai quando novo não tinha condições de ter um vídeo game, e que agora ele tem uma coleção. Informa que quando seu pai está em casa e tem jogo de futebol na televisão eles assistem juntos, conversam mais o que o torna feliz.
O examinando relata também que em alguns finais de semana costuma ir para casa de sua avó e avô, onde ajuda seus avós, e demonstra gostar deles com abraços. Diz que dá mais atenção ao seu avô por ele ser bem velhinho, e que como sua avó dorme tarde ele a faz companhia vendo televisão juntos.
Referente à alimentação, diz que prefere a comida da avó, mas que se sua mãe permitir que ele coma pipoca, ele não vai pensar duas vezes.
Relata também que não gosta de ler muito, gosta de ouvir Funk, mas que não tenha palavras erradas por causa da batida. O examinando recorda de um passeio que fez com seu pai, tio, primo e a mãe ao qual ficou muito contente e enfatiza que prefere sair a fica jogando vídeo game.
Em seu aniversário relata que acha legal, pois sua mãe costuma fazer um boloe chamar algumas pessoas da família.
No que envolve a saúde, o examinado informa que ele tinha insônia e que é hiperativo e que costuma dormir umas 22h30min, mas que se puder ele ficaria acordado a noite toda.Informa que a sua mãe que o acorda para ir à escola, e que se ela não o acorda ele consegue acordar sozinho até umas 07h10min. Costuma sonhar bastante, mas não se lembra do que sonhou a não ser dos pesadelos que ele acha estranho, e quando isso acontece ele vai para o quarto de sua mãe que o acalma fazendo o sentir protegido. O examinado afirma ter feito recentemente exames de tireoide e que às vezes sente dor nos dedos, relatando fraqueza e palidez, e afirma não tomar muito remédio.
Ao ser questionado como estava se sentindo naquele momento, ele informa que se sentia bem, demonstrando-se atencioso com as aplicadoras.
4.3 Resultados dos testes
4.3.1 DFH
A - Análise Quantitativa 
	Tipo Desenho
	Resultado 
	Resultado
	Classificação
	Percentil 
	Classificação 
	
	Bruto 
	Padronizado
	
	
	
	F. Feminina 
	36
	109
	Média 
	73
	Média
	F. Masc. 
	35
	103
	Média
	58
	Média
	F. Total 
	71
	107
	Média
	68
	Média
	
Intervalo de Confiança: Figura Total Nível %= 95 EPM= 7 
	DE 107 (+7) A 107 (-7) = 100 - 114 
	Classificação na Faixa de Intervalo de Confiança (FIC) Média/Acima da Média 
Faixas Desenvolvimentais
	Itens 
	Figura Feminina 
	Figura Masculina 
	Itens esperados 
	12/12 – 100%
	11/11 – 100%
	Itens comuns 
	12/15 – 80%
	14/21 – 66,66%
	Itens incomuns 
	11/21 – 52,38%
	9/16 – 56,25%
	Itens excepcionais 
	1/7 – 14,28%
	0/6 – 0%
Diante dos resultados alcançados pelo examinando quando equiparado com crianças do mesmo intervalo de idade e sexo, nota-se que sua maturidade teórica esta dentro da media.
Levando em conta seu intervalo de confiança de 95%, seus resultados calculados podem estar classificados entre dentro e acima da media.
Tendo em vista os resultados obtidos no desenho da figura humana feminina e masculino, ambos apresentaram 100% dos itens esperados, respectivamente 80% e 66,66% dos itens comuns, 52,38% e 56,25% dos itens em comum, 52,38% e 0% nos itens excepcionais. Desta maneira, pode-se concluir que o examinando esta dentro da media em seu desenvolvimento cognitivo em relação às crianças de sua mesma faixa etária. 
B- Análise Qualitativa
Diante dos resultados obtidos e as observações realizadas, pode-se concluir que o comportamento inicialmente tímido com um progresso desinibitório do examinando no decorrer da atividade colaborou em todo o processo de execução.
Conforme entrevista, não demonstrou qualquer conflito emocional que prejudicasse as atividades orientadas. O examinando realizou grande parte dos itens esperados dentro de sua faixa etária de idade, indicando uma porcentagem significativa nos itens comuns e incomuns, quanto aos itens excepcionais o fez em menor quantidade.
5 ANÁLISE DE DADOS
O examinando foi avaliado com o teste Desenho de Figura Humana (DFH) com o objetivo de, através do teste, avaliarmos suas habilidades cognitivas na medida em que o teste as aborda. Foi utilizada a adaptação de 2018, 4ª edição para brasileiros realizada por Wechsler (1996/2003)
Após aplicação e correção do teste, constata-se que trata-se de uma criança com desempenho médio/acima da média. Deve-se ressaltar, entretanto, que a criança avaliada possuía, na data da aplicação do teste, 12 anos, 2 meses e 23 dias de idade, e, portanto, classificada como acima de 12 anos para fins de cálculo dos resultados.
O examinando, durante a aplicação do teste, demonstrou estar nervoso, porém lutando contra este nervosismo percebeu-se um aparente desejo de se mostrar capaz, e, portanto, buscando responder o que lhe era requerido com riqueza de detalhes entusiasmo. Conforme o andar da entrevista ficou mais menos tenso quanto a sua participação no teste. Como exemplo disso, ao se pedir que contasse como foi seu dia, desde a hora em que acordou até àquele momento, o examinando perguntou se realmente poderia falar tudo, demonstrando aparente receio quanto a falar certas coisas sobre si, receio esse que foi desaparecendo conforme o decorrer da entrevista.
Quanto à suas relações familiares, o examinando demonstra vontade e apreço por reunir mais seus familiares. Papalia (2006) propõe que a família é um dos pilares no que tange às crenças da criança sobre sua competência.
Ao ser questionado quanto a sua família, demonstrou grande apreço por seus parentes, e mesmo pelo conceito em si, reforçando de forma positiva o relacionamento com sua mãe e irmão, os quais foram apresentados como muito mais íntimo que o que mantém com seu pai. Ao mencionar a mãe, relata afetividade e presença constante, ao passo que, quanto ao pai, apresenta-nos uma pessoa, a seu ver, ausente, e com o qual se relaciona de maneira mais impessoal. Conforme relato do examinando, ao falar da relação com seu pai:
“Meu pai é de boa, mas eu não passo muito tempo com ele. Ah, porque ele fica na sala vendo televisão e eu no meu quarto, desço um pouquinhio, fico uns 10 minutos, marco presença… ah, eu acho até bom, porque a gente não tem muito contato, mas de final de semana agente fica junto, na semana eu fico mais com minha mãe.”
Destacamos aqui que a relação impessoal que mantém com o pai é mencionada mais de uma vez pelo examinando, demonstrando que este gostaria que fosse diferente.
Quanto ao ambiente escolar, o examinando demonstrou boa socialização com amigos e, em especial, seu professor de matemática, além de esforço nos estudos, apesar de relatar ser desorganizado. Demonstrou entender a função dos estudos na escola e de seus estudos, e, conforme proposto por Erikson (1982), o quarto desenvolvimento psicossocial do sujeito diz respeito à relação entre produtividade versus inferioridade. A autoestima da criança será em grande parte moldada pelo resultado obtido deste momento. Podemos observar, a partir dos dados coletados sobre o examinando, que este possui autoestima em nível alto no que tange à sua produtividade, o que nos leva a entender que resolveu o conflito que diz respeito ao quarto estágio do desenvolvimento pendendo para a produtividade, e não para a inferioridade.
Quanto às múltiplas inteligências propostas por Gardner (1995), podemos notar, pelos dados coletados, que o examinando possui, de forma geral, bom desenvolvimento de suas inteligências, das quais destacamos, primeiramente, as inteligências pessoais. O examinando foi capaz de articular suas ideias e expressá-las aos examinadores, ao mesmo tempo que, em diversos momentos, demonstrou como se sentia a respeito do que acontece em sua vida, o que denota a capacidade de articular seus pensamentos e sentimentos tanto internamente, para si, quanto externamente, para se comunicar e interagir.
As inteligências verbal e lógica-sequencial seguem aqui a mesma linha, tendo sido desenvolvidas satisfatoriamente. Podemos ver evidências disso na história de grande extensão contada sobre os desenhos que escreveu, e como este ligou ambos os desenhos à história contada, criando uma cadência coesa na narrativa dos acontecimentos contados.
Quanto à inteligência espacial, o sujeito examinado demonstrou entender, por exemplo, quando está fora de sua cidade. Ao lhe ser perguntado se já fez alguma viagem, respondeu o seguinte:
“Não muito porque não tá dando agora, mas a gente viaja bastante. 2017, 2016 fomos pra Minas Gerais, ficamos com a irmã do meu pai, sabe? Foi legal, teve outras.”
Das inteligências tradicionalmente propostas por Gardner (1995), a que menos tivemos chance de avaliar, por limitações em relação ao teste aplicado, foi a coporal-sinetésica, e uma das únicas evidências a respeito dessa é a habilidade do examinando de desenhar sem grandes dificuldades.
Pudemos observar no examinando flexibilidade quanto a adequar suas ações ao momento em que vive, o que, de acordo com Piaget, demonstra a habilidade de equilibração de esquemas, ou seja, entender que uma situação ou objeto com o qual se relaciona pode vir a possuir novas características,e que essas, ao serem incorporadas, atualizam os conhecimentos que possuía sobre o objeto com o qual interagia. Um exemplo disso, coletado das falas do examinando, diz respeito a sua escolha quanto ao que comer. Segundo ele:
“Quando eu tô em casa prefiro a comida da minha vó, mas depende… aí eu tô com fome, se minha mãe deixa eu colocar uma pipoca, eu não vou pensar duas vezes. Na janta prefiro arroz, feijão, batata e uma carne.”
O examinando demonstra, em sua fala, que, apesar de suas preferências, sabe reconhecer quando pode comer o que gosta , e quando deixar seus gostos de lado para comer o que é proposto por sua mãe. Percebemos aqui, como mencionado, a habilidade de relacionar diferentes esquemas para moldar seu comportamento, a saber, gostos pessoais quanto a comidas, e regras de convivência no que tange à mãe e estruturas hierárquicas. 
As habilidades acima relatadas demonstram capacidade de assimilação, acomodação e, portanto, equilibração de esquemas, o que certamente contribui para entendermos que o examinando está, até o momento, tendo um desenvolvimento cognitivo satisfatório.
Com base nos dados analisados, podemos avaliar que o examinando possui, em relação a sua faixa etária e sexo, um desenvolvimento cognitivo conforme o esperado, o que se corrobora com os resultados obtidos no teste aplicado, os quais apontam o examinando como alguém situado entre a média/acima da média em relação à amostra padronizada.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após aplicação do teste e análise dos dados, fundamentados em todas as teorias que se fizeram necessárias ao longo deste, concluímos que o examinando possui, de modo geral, habilidades cognitivas de média para acima da média em relação à amostra padronizada, e, não apresentando nenhuma deficiência notável.
Devemos ressaltar, novamente, que a criança entregue a nós possuía, na data da aplicação do teste, mais de 12 anos, sendo assim avaliada no que tange às exigências em relação à amostra padronizada.
O examinando, desde sua chegada, se mostrou disposto e participativo, e, ainda que nervoso a princípio, com o andar da aplicação do teste se sentiu confortável o suficiente para que houvesse uma investigação satisfatória em relação às exigências do teste aplicado.
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WECHSLER, S. M. DFH VI- ​O desenho da figura humana: Avaliação do Desenvolvimento Cognitivo Infantil. Campinas: LAMP/PUC, 2019.
ANEXO A - ROTEIRO DA ENTREVISTA
Anexo A - Roteiro da entrevista 
Aplicadora A - Thais Cristina Costa Dantas 
Durante o enquadre:
01-Você tem alguma dúvida?
02-Podemos continuar?
Início da entrevista:
1. Como foi seu dia, desde a hora que você acordou até agora?
2. O que você acha da sua escola?
3. Quais matérias você tem na escola?
4. Tem alguma matéria que você prefere?
5. Por qual motivo?
6. Tem alguma matéria que você tem dificuldade?
7. Por qual motivo?
8. Você chegou a pedir ajuda?
9. Tem amigos na escola?
10. Como você se sente em relação a eles?
11. O que você costuma fazer no intervalo?
12. O que você costuma comer na escola?
13. Você costuma ter lição de casa?
14. Procura ajuda para fazer a lição?
15. Nos horários que não está na escola, o que costuma fazer?
16. Com quem você mora?
17. Como é a relação com a sua mãe? Como você se sente?
18. Como e a relação com seu pai? Como você se sente?
19. Por qual motivo você não passa mais tempo com seu pai? Como você se sente em relação a isso?
20. Como é a sua relação com seu irmão?
21. Pode citar um momento?
22. Como você se sente em relação a isso?
23. O que seu pai e sua mãe dizem em relação a isso?
24. Quando você e sua família estão juntos, o que costumam fazer?
25. E como você se sente em relação a isso?
26. Sua mãe faz algo para aproximar vocês? 
27. O que ela faz pode me falar?
28. Você costuma viajar,você e sua família?
29. Você pode citar uma viajem?
30. Como se sentiu?
31. Você costuma assistir televisão?
32. Qual programa você assiste?
33. Como você se sente em relação a isso, com sua mãe e seu pai?
34. Você diz que aos finais de semana também costuma ficar com seus primos e seus avós, o que costumam fazer juntos? Como se sente em relação a isso?
35. Quando você esta em casa, o que você prefere comer?
36. Você tem amigos fora da escola F?
37. Você comentou que costuma ir ao cinema com seus primos, qual a última vez que foi ao cinema, e que filme assistiram?
38. Com você se sentiu em relação a esse dia, em ter ido ao cinema?
39. Nas férias da escola o que você costuma fazer?
40. Você tem o hábito de ler?
41. Você tem o hábito de ouvir música?
42. Qual música você prefere?
43. Por qual motivo você prefere esse tipo de música?
44. Em seu aniversário, o que você costuma fazer?
45. Como se sente em relação a isso?
46. Qual série você costuma assistirquando está com a sua mãe?
47. Em questão do seu sono, que horas você costuma dormir F?
48. A sua mãe te avisa que você tem que dormir?
49. Que horas você costuma acordar?
50. Alguém te acorda ou você acorda sozinho?
51. Você costuma sonhar F?
52. Você não consegue lembrar dos sonhos, por qual motivo?
53. Pode me contar sobre o pesadelo?
54. Como você se sente em ralação a isso, ao pesadelo?
55. Como sua mãe costuma reagir quando você procura ajuda em um momento desses?
56. Com você se sente?
57. E sua saúde F?
58. Você esta tomando algum remédio?
59. E como você esta se sentindo agora?
60. Juliana você tem alguma pergunta?
Aplicadora B - Juliana Olivatti Silva.
Durante a continuação do Rappor:
 01-Você veio com quem?
 02-Você conhecia a universidade?
 03-O que você esta achando da universidade?
 04-Você sabe o que veio fazer aqui?
 05-Você tem alguma dúvida?
Após explicação da aplicação do teste...
01-você entendeu?
Após pedir para o examinando contar uma historia...
02-Você entendeu F?
Após examinando finalizar a historia...
03-O que você achou da atividade?
04-qual você achou mais fácil?
05-Por qual motivo?
06-Qual atividade você achou mais difícil?
12-Por qual motivo?
Finalizado a atividade.
ANEXO B - FOLHA DE DESENHO (FORMULÁRIO OFICIAL)
ANEXO C - HISTÓRIA DO EXAMINANDO
Anexo C - História de examinando
A criança iniciou a estória sobre o homem que desenhou...
- Muito pobre, interior, vida dificil, ele decidiu mudar, dar melhores condições para a família, estudou, começou a ganhar dinheiro, guardou dinheiro, não tinha internet, instalou internet, fez um site, quando compravam no site dele, ele ganhava 20% de lucro, com o dinheiro das vendas pelo site ele conseguiu reformar a casa, telhas quebradas, mobilhou a casa, comprou armários, mãe e 2 irmãos, sempre quis mimar eles, trabalhou 2 anos no site, reformou a casa, comprou 1 celular para cada irmão, começou a aperfeiçoar o site, montou uma empresa a partir do site, vendia válvulas, comprou um lugar melhor para trabalhar, com 26 anos contratou 2 ajudantes, pagava um salário mínimo, aperfeiçoou o lugar de trabalho, agora com 2 andares, criou logotipo, uniforme, computadores, aos 30 anos ele teve um filho, contratou seus 2 irmãos para trabalhar com ele, seu pai e sua mãe não trabalhavam mais, ele se tornou empresário, vida corrida, 36 anos 2 filhos, colocou os filhos em uma escola particular, os irmão dele estavam formados, a empresa tinha agora 9 funcionários, o clube do corinthians comprou as válvulas do site dele para construir o estádio, conseguiu dar uma boa vida para a família, todos comem juntos, aos 50 anos passou o cargo dele para o irmão de 33 anos, fecharam a EMpresa por causa de dificuldades nas vendas, depois abriram a empresa novamente, reconquistaram tudo de novo, criou um projeto chamado AC (acreditar de novo), dava bom exemplo para as crianças.
A criança perguntou se poderia relacionar a estória do homem com a estória da mulher que desenhou, foi orientado de que poderia fazer da maneira que preferisse então a criança iniciou a estória da mulher... 
 Uma menina queria muito ser jogadora de futebol, mas os meninos não queriam a deixar jogar, ela decidiu então jogar vôlei, aos 10 anos ela decidiu jogar futebol novamente, se destacou no time, os meninos perderam o preconceito e deixavam ela jogar, continuou treinando, foi para uma escolinha de futebol, os meninos da escolinha brigavam com ela, não deixavam ela jogar, ela largou o futebol, não jogava mais, um dia o homem do AC mostrou o projeto para ela, então ela voltou a jogar, ficou motivada, ganhou muitos campeonatos, o Barcelona queria contratar ela, aos 18 anos ela iria para a Espanha, aos 14 ela foi artilheira no Paulista, depois foi para o Corinthians, depois para o Palmeiras, sempre se destacava pelas notas, gavanha verba, aos 18 anos deixou parte da verba para a mãe grávida de gêmeos, conquistou a Champions League, conquistou seu sonho, mandou beijo para a família pela TV, aos 22 anos ganhou a copa do mundo jogando pelo Brasil, o salário dela não rendia muito, ganhava menos por ser mulher, não conseguia dar muito dinheiro para a sua família, o tio foi morar na casa dela, os irmãos gêmeos foram para uma escolinha de futebol, também sempre ajudava as pessoas, aos 30 anos sofreu uma lesão no tornozelo, ficou 1 ano sem jogar, entrou em depressão, os irmãos com 14 anos jogavam no Corinthians, poderia fazer uma cirurgia, mas tinha medo da cirurgia não correr bem e não poder jogar mais, depois de 3 meses voltou a jogar, não fez a cirurgia, foi se aprimorando, aos 40 anos trabalhou mais os músculos, os irmãos foram trabalhar em times rivais, ela ficou feliz por realizar o sonho da família, descobriu que o homem do AC era avô dela por parte de pai, o avô morreu e ela continuou o projeto do AC, ela casou e teve 1 filho, a família dela sempre ajudava, ajudou a Africa, se sentia realizada, influenciava as pessoas por todo mundo, criou um site para o projeto AC e o filho dela cresceu. 
ANEXO D - FOLHA DE CORREÇÃO DO TESTE

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