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aulas 7 a 10 farmacoterapia

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Farmacoterapia do 
Sistema 
Respiratório
Professores
Dra. Adriana Moretti
Dr. Silvano Silva
Sistema Respiratório
Conjunto de órgãos responsáveis 
pelas trocas gasosas entre o 
organismo e o meio ambiente, 
possibilitando a respiração celular.
Vias Respiratória: 
cavidades nasais, faringe, laringe,
traqueia e brônquios 
Pulmões.
𝑂2
𝐶𝑂2
Sistema Respiratório
Reações Metabólicas
ex: cadeia respiratória
Reações Metabólicas
ex: Ciclo de Krebs
Sistema Respiratório
Mucosa Respiratória:
Recoberta por fluído:
Aquecimento
Umidificação
Captura e remoção
Composição:
95% - H2O
2% - Glicoproteínas (mucinas)
1% - Eletrólitos
1% - Outras Proteínas e Proteoglicanos
H2O destilada, solução 
salina fisiológica (0,9%) ou 
Hipertônica (3%) ajudam a 
reduzir a viscosidade e 
aumentar o transporte 
mucociliar.
Principias Doenças 
Trato Respiratório 
Superior (TRS)
✓ Asma
✓ DPOC (Doença Pulmonar 
Obstrutiva Crônica):
- Bronquite crônica
- Enfisema pulmonar
✓ Rinite
✓ Sinusite
✓ Faringite
✓ Laringite
Principais Doenças do 
Sistema Respiratório
Trato Respiratório 
Inferior (TRI)
Doenças Trato respiratório superior (TRS)
Rinite:
É uma inflamação da mucosa de revestimento nasal
Sinais e Sintomas:
Obstrução nasal, rinorreia (corrimento exacerbado de muco nasal), espirros e
diminuição do olfato (hiposmia).
Classificação:
As rinites segundo o fator etiológico: Rinite infecciosa; Rinite alérgica; Rinite não
alérgica (por exemplo, induzida por drogas).
Tratamento: antialérgicos (anti-histamínicos), AIE (corticosteroides) e
descongestionantes nasais.
Doenças Trato respiratório superior (TRS)
Sinusite:
É uma inflamação das mucosas dos seios da face (seios paranasais).
Etiologia:
Pode ocorrer devido à infecção bacteriana, fúngica, viral, resultado de gripes e
resfriados, alergia respiratória, desvio de septo nasal, entre outras
Sinais e Sintomas:
Secreção nasal com cor (amarelada, esverdeada); tosse; pressão na face; dores de
cabeça; obstrução nasal e febre.
Tratamento: Tratamento:
Conforme a etiologia: bacteriana (antibioticoterapia), fúngica (antifúngico), viral,
resultado de gripes e resfriados (não há um tratamento específico), alergia respiratória
(antialérgico), desvio de septo nasal (procedimento cirúrgico).
Doenças Trato respiratório superior (TRS)
Laringite:
Na laringe encontramos o músculo vocal que é revestido pelas cordas vocais
(duas dobras da membrana). Na laringite, as cordas vocais ficam inflamadas ou
irritadas.
Etiologia:
Laringite temporária, ou aguda (até duas semanas) que incluem: Infecções virais
semelhantes às que causam resfriado; Esforço vocal e Infecções bacterianas.
Laringite crônica dura mais de duas semanas. Pode ser causada por substâncias
irritantes inalatórias, como a vapores químicos, alérgenos ou fumaça\fumantes;
doença do refluxo gastroesofágico (DRGE); sinusite crônica; uso excessivo de
álcool; uso excessivo habitual da voz, câncer.
Sinais e Sintomas:
Rouquidão, tosse, garganta “seca”, dificuldade para engolir.
Doenças Trato respiratório superior (TRS)
Faringite:
É uma inflamação que costuma causar dor, irritação, coceira e desconforto na
região da faringe - a parte superior da garganta, que conecta o nariz e a boca à
laringe e ao esôfago. Conhecida popularmente como “dor de garganta”.
Etiologia:
exposição à fumaça do cigarro; alergias; exposição à componentes químicos;
infecções; ambientes fechados; baixa resistência imunológica.
Sinais e Sintomas:
Os sintomas são mais comuns no inverno, época em que o ar seco e
aglomeração maior de pessoas em ambientes fechados facilitam a entrada de
vírus (resfriado comum) e bactérias (Streptococcus pyogenes) pelas vias aéreas.
Fatores de risco: menoridade (crianças e adolescentes).
ASMA
Doença caracterizada pelo inflamação das vias aéreas inferiores (traqueia aos brônquios),
causando estreitamento das vias respiratórias.
EIOLOGIA: causas imunológicas
(principais mediadores: histamina,
leucotrienos e prostaglandinas) ou não
definidas.
SINAIS e SINTOMAS: episódios
recorrentes dispneia, aperto no peito e
tosse.
CRISE → Broncoconstrição
Asma - Vias AéreasVias Aéreas Normal
Alvéolo
Alvéolo 
(ar aprisionado)
Músculo
Relaxado
Músculo
Contraído
Muco
Estratégia para o Tratamento da Asma
Glicocorticoides
β-Agonistas
LAMA
Antagonistas Muscarínicos de Longa 
Duração
(Tiotrópio)
ARL e ISL
Antagonistas de Receptores e 
Inibidores da Síntese de 
Leucotrienos
(Montelucaste e Zileuton)
Preferencial
Anti-IgE
(Omalizumabe)
Fenótipo Eosinofílico:
Anti-IL5
(Mepolizumabe e Reslizumabe)
Anti-IL4R
(Benralizumabe)
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2020)
Adrenal 
(Supra Renal)
Pituitária
Eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal
Mecanismo 
Neuroendócrino
Hipotálamo
Ciclo Circadiano (24 horas)
Ameaças internas e externas
ACTH
Hormônio 
Adrenocorticotrópico
Cortisol
Sistema Imunológico
(Apoptose de células e Inibição da Inflamação)
Cardiovascular
(ritmo cardíaco)
Metabolismo
(gliconeogênese)
Cognitivo
(percepção emocional e do humor)
CRH
Hormônio 
Liberador de 
Corticotrofina
Feedback 
Negativo
Síntese do Cortisol
Síntese de Glicocorticoides Extra Adrenais: Sistema Imunológico, pele, cérebro e intestino.
α
β γ
MC2R
ATPAC
AMPc
Colesterol
Colesterol
Pregnenolona
Pregnenolona
CYP11A1
Progesterona
3βHSD
CYP21A2
17α-Hidroxipregnenolona
CYP17A1
17α-Hidroxiprogesterona
CYP11B1
CORTISOL
Corticosterona Aldosterona
CYP21A2
CYP11B2
11-Deoxicortisol
11-Deoxicorticosterona
(Mineralocorticoide)
(Glicocorticoide)
3βHSD - 3β-hidroxiesteroide desidrogenase
Retículo Endoplasmático:
Mitocôndria:
ACTH
Adenilato 
Ciclase
Ação do Cortisol – Mecanismo Anti-inflamatório
Adrenal 
(Supra Renal)
CORTISOL
11β-HSD1
11β-HSD2
Cortisona
Fator protetivo 
aos MR
(Aldosterona)
Maior 
Concentração 
comparado com a 
Aldosterona.
Afinidade 
por MR e GR
MR: receptor de Mineralocorticoide / GR: Receptor de Glicocorticoide
(Forma Inativa)
Supressão e Expressão de Genes
Consequência:
Inibição de genes de citocinas, 
moléculas de adesão, enzimas e 
receptores inflamatórios
NF-κB
Núcleo
AP-1
Atuam na transcrição 
de genes 
pró-inflamatórios
Ação do Cortisol: 
Mecanismos Teciduais
CORTISOL
Gliconeogênese
Aminoácidos (proteínas)
Lactato (Ciclo de Cori)
Glicerol (triglicerídeos)
Fígado:
Glicose
Pâncreas:
Tecido 
Muscular:
Tecido 
Adiposo:
Insulina (diminuição)
Glucagon (aumento)
Proteínas (degradação)
Lipólise (glicerol)
Atenção Terapêutica no Uso de Glicocorticoides
Asma
O tratamento da asma tem por objetivo atingir e manter o 
controle atual da doença e prevenir riscos futuros (exacerbações, 
instabilidade da doença, perda acelerada da função pulmonar e 
efeitos adversos do tratamento).
Isso implica em uma abordagem personalizada, incluindo, além 
do tratamento farmacológico, a educação do paciente, o plano 
de ação por escrito, o treinamento do uso do dispositivo 
inalatório e a revisão da técnica inalatória a cada consulta.
Recomendações para o manejo da asma da 
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2020)
Potência Relativa dos Glicocorticoides
Potência 
Anti-inflamatória
Potência para 
Supressão do Eixo 
HPA
Duração da ação 
(horas)
Hidrocortisona 1 1 8 - 12
Prednisona 4 4 12 - 36
Prednisolona 4 4 12 - 36
Metilprednisolona 5 5 12 - 36
Dexametasona 30 50 36 - 72
Terapêutica da Asma
Recomendações para o manejo da asma da 
Sociedade Brasileira de Pneumologia e 
Tisiologia (2020)
Manejo de Pacientes 
com idade ≥ 12 anos
Figura 1 – Página 6. Manejo da asma em pacientes com idade ≥ 12 anos. CI: corticoide inalatório; LABA: long-acting β2 agonist (β
2
-agonista de longa
duração); CO: corticoide oral; SABA: short-acting β2 agonist (β
2
-agonista de curta duração); e FORM: fumarato de formoterol.
Base do Tratamento:
✓ Corticoide Inalatório com/sem LABA
✓ Considerar capacidade no uso do 
dispositivo inalatório, custo,disponibilidade, preferência e dosagem
Terapêutica da Asma
Recomendações para o
manejo da asma da
Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia
(2020)
Figura 2 – Manejo da asma em crianças com idade entre 6 e 11 anos. CO: corticoide oral; CI: corticoide inalatório; LABA:
long-acting β2 agonist (β2-agonista de longa duração); e SABA: short-acting β2 agonist (β2-agonista de curta duração).
Manejo de Pacientes 
entre 6 a 11 anos de 
idade
Terapêutica da Asma
Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2020)
Figura 3 – Manejo da asma em crianças com idade < 6 anos. CI: corticoide inalatório; e SABA: short-acting β2 agonist (β2-
agonista de curta duração).
Manejo de Pacientes 
com idade < 6 anos
Base do Tratamento:
✓ Corticoide Inalatório + SABA
Atenção Terapêutica no Uso de Glicocorticoides
Asma
• A interrupção do Tratamento em até 2 semanas é segura;
• Terapias superiores a > 2 semanas constante requerem interrupção gradativa;
• A retirada deverá ser gradual, diminuindo a dosagem inicialmente e alternada 
posteriormente entre os dias;
• Atenção no uso concomitante de drogas inibidoras e indutoras do CYP3A4;
• Atenção aos fatores ambientais e ocupacionais (poeira, ácaros, material de 
limpeza, ...)
• Atenção para as infecções virais, bacterianas e fúngicas (imunossupressão);
• Uso de Aspirina, de Anti-inflamatórios Não Esteroidais (AINEs) e β
bloqueadores (via oral e formulações oftálmicas) podem exacerbar a crise 
asmática;
• Fluoroquinolonas + corticoides aumentam risco de ruptura do tendão de 
Aquiles ou tendão do bíceps; 
• Tabagismo passivo e ativo podem levar a exacerbações graves e internações.
Atenção Terapêutica no Uso de Glicocorticoides
Reações Adversas:
• Miopatia (catabolismo de proteínas);
• Hiperglicemia e Diabetes (Gliconeogênese):
(Acompanhar a Glicemia e Hb1Ac)
• Glaucoma e Catarata (aumento da pressão intraocular);
• Supressão do Eixo Hipotálamo Pituitária Adrenal; (2 slides seguintes)
• Osteoporose (ativação dos osteoclastos);
• Imunossupressão (apoptoses de leucócitos)
(Acompanhar com Hemograma)
• Supressão do crescimento;
• Efeitos Cardiovasculares;
• Características Cushingoides “Síndrome de Cushing” (face em lua e obesidade 
do tronco, hematoma fácil e pernas e braços finos);
• Uso de Corticoides Inalatórios pode causar irritação da garganta, disfonia e 
candidíase – uso de inalador pressurizado dosimetrado com espaçador e com 
higiene oral é mais seguro após o uso)
Supressão do Eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal - Glicocorticoides
Pituitária
Hipotálamo
Manifestações Clínicas:
Fatiga, mal-estar, náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, 
retardo do crescimento (0,48 cm/ano) perda de peso, 
hipotensão, perdas de consciência, depressão, letargia, 
hipoglicemia, tonturas e morte (raro).
Recuperação do Eixo HPA após Suspensão do Tratamento:
• Dias, meses ou > 1 ano
(depende da dose, período de uso e outros fatores genéticos, 
comorbidades, ingestão da droga pelo TGI, entre outros)
• Dosagem de Cortisol com ou sem estímulo
• Dosagem de ACTH
Feedback 
Negativo
Atenção a Terapêutica:
• Dosagem de Cortisol com ou sem estímulo
• Dosagem de ACTH
• Educação familiar sobre os sinais, a adesão ao 
Tratamento e a frequência de acompanhamento.
CRH
ACTH
Cortisol
Adrenal
Supressão do Eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal - Glicocorticoides
Pituitária
Hipotálamo
Feedback 
Negativo
Atenção a Terapêutica:
• A interrupção do Tratamento em até 2 semanas é aceita;
• Terapias superiores a > 2 semanas requerem interrupção 
gradativa;
• Educação familiar sobre os sintomas, a adesão ao Tratamento e 
a frequência de acompanhamento;
• Dosagem de Cortisol com ou sem estímulo;
• Dosagem de ACTH;
• Atenção aos inibidores do CYP3A4 (antirretrovirais, 
antifúngicos e antidepressivos) – prolongam a meia vida dos 
Glicocorticoides;
• A Hidrocortisona é a droga de escolha na supressão do Eixo 
HPA (também tem efeito mineralocorticoide) – considerar o 
uso da mesma droga na presença de doença moderada ou 
grave; Crianças usar 8 mg/𝑚2/dia – Adultos 10 a 20 mg de 
glicocorticoide de curta duração;
• Atenção nos indutores do CYP3A4 (fenobarbital, 
Carbamazepina ou Rifampicina) na terapia por Hidrocortisona.
CRH
ACTH
Cortisol
Adrenal
Sistema Nervoso AutônomoSistema Nervoso 
Central
Sistema 
Parassimpático
Sistema 
Simpático
α1
α2
β
M
N
N
N
Ach
Ach
Ach
Ach
Ne
Ne
E
Pré-ganglionar
Pré-ganglionar
Pós-ganglionar
Pós-ganglionar
Ação Sistêmica
Adrenal
Constrição/Dilatação
Contração/Relaxamento
Metabolismo
Secreção
β-Agonistas
β2
β γ
ATP
AC
AMPc
α
Coração:
(Contração) Pulmões:
(Broncodilatação)
Estômago
(inibe a digestão)
PKA
𝐂𝐚𝟐+
Inibe a MLCK que 
atua na fosforilação
dos filamentos de 
Miosina
Inibe a liberação e 
captação de Cálcio 
intracelular
(Vasoconstrição)
Norepinefrina
Sistema Nervoso 
Simpático
Adenilato 
Ciclase
Pupila:
(Dilatação - Midríase)
Classificação dos β2-Agonistas
Albuterol 
Salbutamol
Levalbuterol 
Metaproterenol 
Terbutalina 
(adiar trabalho de parto)
SABA
(Short-Acting Beta-Agonists)
β2-Agonistas de Ação Curta
LABA
(Long-Acting Beta-Agonists)
β2-Agonistas de Ação Longa
Ultra-LABA
(Ultra-Long-Acting Beta-Agonists)
β2-Agonistas de Ação Ultra Longa
Salmeterol
Formoterol
Arformoterol
Olodaterol
Indacaterol
Vilanterol
(associado com Fluticasona)
LAMA
M
β γ
PIP2
PLC
IP3
α
Coração:
(Reduz Contração)
Pulmões:
(Broncoconstrição)
Pupila
(Contração - Miose)
Estômago:
(estimula a digestão)
𝐂𝐚𝟐+
Ativa MLCK que 
atua na fosforilação
dos filamentos de 
Miosina
(Vasodilatação)
Acetilcolina
Sistema Nervoso 
Parassimpático
Retículo 
Endoplasmático
(Ach)
Antagonistas Muscarínicos de Longa 
Duração
(Long-Acting Muscarinic Antagonists)
Tiotrópio
Fosfolipase C
Atenção Terapêutica no Uso do Tiotrópio
Reações Adversas mais comuns:
• Faringite
• Bronquite;
• Sinusite;
• Boca seca;
• Tosse;
• Dor de cabeça;
• Pode desenvolver retenção urinária:
(dor e desconforto ao urinar)
• Glaucoma:
(Danos permanentes na visão)
ARL (Antagonistas de Receptores de Leucotrienos)
ISL (Inibidores da síntese de Leucotrienos)
Fosfolipase A2PLA2
FOSFOLIPÍDEO
Ácido Araquidônico
5-LO (Lipoxigenase 5)
(5-lipoxygenase-activating protein)
LTA4
(Leucotrieno A4)
LTA4H 
(LTA4 Hidroxilase)
LTB4
(Leucotrieno B4)
LTB4
(Leucotrieno B4)
LTC4
(Leucotrieno A4)
LTC4S 
(LTC4 Sintetase)
LTC4
LTD4
LTE4
Leucócitos
Células 
Endoteliais
𝐂𝐚𝟐+ ou 
AMPc
Ativação de 
Quinases
Resposta na Asma:
Atrai Leucócitos
Liberação de Muco 
Liberação de Colágeno
Aumento de Permeabilidade Vascular
Estímulo:
Antígeno
Citocinas
Poluentes
Anticorpos
Montelucaste
Receptores de 
Leucotrienos
Receptores de 
Leucotrienos
CysLT1
Zileuton
Inibidor da Síntese
Atenção Terapêutica no Uso de Montelucaste
Tabletes mastigáveis podem conter Fenilalanina 
• (Atenção com pacientes com Fenilcetonúria)
Monitorar o humor e as mudanças de comportamento:
• Podem ocorrer eventos Neuropsiquiátricos: 
ansiedade, depressão, agressividade, agitação, perda de memória e atenção, 
alterações no sono (insônia, sonambulismo e pesadelos), tontura, parestesia e 
comportamento e pensamentos suicidas.
Eosinofilia (hemograma);
Dor de cabeça;
Febre;
Fatiga;
Alterações gastrointestinais
• (náusea, diarreia, vômito, pancreatite, etc) – presença de Lactose como 
excipiente)
Trombocitopenia;
Elevação da ALT (TGP); etc.
Plasmócito
Mastócitos
Basófilos
Eosinófilos
Mediadores
Inflamatórios:
Histamina
Citocinas Omalizumabe
Anti-IgE
Anticorpo Anti-IgE humano
Atua na asma alérgica
Impede os mecanismo imunológicos inflamatórios
Atenção Terapêutica no Uso de Omalizumabe
Dosagem de IgE;
Droga bem tolerada
Uso em Pacientes acima de 18 anos;
Dose subcutânea baseado na dosagem de IgE (ver tabela) a cada duas 2 ou 4 semanas.
Reações mais comuns:
Reações no localda injeção;
Infecção viral;
Infecção no Trato respiratório superior;
Sinusite;
Dor de cabeça;
Faringite;
Anafilaxia (0,09%) – Monitoramento da equipe multidisciplinar
Tabela da Dose de Omalizumabe
A cada 2 semanas:
Tabela da Dose de Omalizumabe
A cada 4 semanas:
Fenótipo Eosinofílico:
Anti-IL5
Anti-IL4R
IL-5
Proliferação
Eosinofílica
Mepolizumabe (≥ 12 anos)
Reslizumabe (≥ 18 anos) 
Eosinófilos
Mastócitos
Linfócitos
Benralizumabe 
(≥ 12 anos)
IL4R
Atenção Terapêutica no Uso de Fenótipo Eosinofílico
Mepolizumabe
Dosagens dos níveis de IgE;
Contagem de Eosinófilos em Sangue Periférico (Hemograma);
Uso em Pacientes acima de 12 anos;
Dose Subcutânea a cada 4 semanas (100mg);
Reações Adversas:
Dor de cabeça;
Reações no local da aplicação;
Fadiga;
Reações alérgicas sistêmicas e não alérgicas;
Infecção no trato urinário;
Espasmos musculares;
Dores abdominais.
Atenção Terapêutica no Uso de Fenótipo Eosinofílico
Reslizumabe
Dosagens dos níveis de IgE;
Contagem de Eosinófilos em Sangue Periférico (Hemograma);
Uso em Pacientes acima de 18 anos;
Dose intravenosa a cada 4 semanas (3mg/kg);
Reações Adversas:
Elevação da CPK
Dor orofaríngea
Mialgias
Anafilaxia – Monitoramento multiprofissional
Atenção Terapêutica no Uso de Fenótipo Eosinofílico
Benralizumabe
Dosagens dos níveis de IgE;
Contagem de Eosinófilos em Sangue Periférico (Hemograma);
Uso em Pacientes acima de 12 anos;
Dose subcutânea a cada 8 semanas (100mg);
Reações Adversas:
Dor de cabeça;
Faringite;
Febre;
Reações de Hipersensibilidade.
Estratégia para o Tratamento da Asma
Glicocorticoides
β-Agonistas
LAMA
Antagonistas Muscarínicos de Longa 
Duração
(Tiotrópio)
ARL e ISL
Antagonistas de Receptores e 
Inibidores da Síntese de 
Leucotrienos
(Montelucaste e Zileuton)
Preferencial
Anti-IgE
(Omalizumabe)
Fenótipo Eosinofílico:
Anti-IL5
(Mepolizumabe e Reslizumabe)
Anti-IL4R
(Benralizumabe)
Terapêutica da Asma
Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2020)
Teste de Controle de Asma:
https://www.asthmacontroltest.com/
Doenças Tracto respiratório inferior (TRI)
Doença Obstrutiva Pulmonar Crônica (DPOC):
Termo usado para um grupo de doenças pulmonares caracterizado por obstrução
crônica das vias aéreas dentro dos pulmões.
- O ar consegue entrar, mas apresenta dificuldade para sair, ficando preso dentro
dos pulmões. Este aprisionamento do ar ocorre pela destruição do tecido
pulmonar e perda da elasticidade dos bronquíolos e alvéolos, que acabam por
colapsar durante a fase expiratória do ciclo respiratório.
- DPOC costuma ser um doença progressiva causada por uma resposta inflamatória
anormal dos tecidos pulmonares após exposição crônica a partículas ou gases
nocivos, como o fumo, por exemplo.
- Cerca de 20% dos fumantes desenvolvem DPOC. Outras causas mais raras de
DPOC incluem doenças genéticas como deficiência de alfa-1-antitripsina,
exposição crônica a poeira tóxica como nos casos de mineração de carvão,
fumaça de soldagem ou fumaça de fogo.
Doenças Tracto respiratório inferior (TRI)
Doença Obstrutiva Pulmonar Crônica (DPOC)
Dentro deste grupo, duas doenças se destacam por serem responsáveis por quase
todos os casos de DPOC na prática médica:
– Bronquite crônica (brônquios e bronquíolos) tornando-os cronicamente
inflamados, espessos e com constante produção de muco. Etiologia: fumaça de
tabaco e poluentes do ar. Sinais e sintomas: falta de ar e cansaço, um quadro de
tosse crônica com expectoração.
– Enfisema pulmonar: destruição e alargamento dos bronquíolos terminais e
alvéolos, que perdem sua elasticidade e favorecem o aprisionamento do ar dentro
dos pulmões. Etilogia: fumaça de tabaco.
Sinais e sintomas: dispneia (hiperinsuflação mantida dos pulmões devido ao ar que
nunca sai por completo).
Bronquite
• Inflamação especificamente dos brônquios, que pode ser causada por 
infecções (vírus ou bactérias) ou exposição à substâncias irritantes.
SINAIS e SINTOMAS: tosse e expectoração e
sintomas relacionados à obstrução das vias
aéreas → respiração dificultada e chiados no
peito (sibilos episódicos).
TRATAMENTO: Medicamentos 
Expectorantes / Broncodilatadores / Anti-
inflamatórios e Antibióticos*
Cílios que revestem o interior dos brônquios
param de eliminar o muco presente nas vias
respiratórias.
Farmacoterapia
Antitussígenos
Expectorantes/Mucolíticos
Descongestionantes
Anti-histamínicos
Antibióticos
Anti-inflamatórios
(AINES e Corticoesteroides)
A via inalatória assegura rápida oferta do fármaco
(ampla superfície da mucosa do TR) produzindo um
efeito quase tão rápido como pela via IV.
Farmacoterapia
TOSSE é um mecanismo de 
defesa do corpo para 
expulsar qualquer corpo 
estranho que esteja causando 
irritação ou inflamação no 
aparelho respiratório. 
Tosse
PRODUTIVA:
Ocorre produção de escarro, e a hipersecreção levam à tosse. Escarros claros ou
esbranquiçados são não infectados e conhecidos como muco.
Escarros que apresentam cor (verde, amarelo ou ferrugem) podem indicar
infecção bacteriana e pode estar associado à elevação de temperatura, e sempre
necessitam de atenção médica, assim como a presença de sangue.
NÃO PRODUTIVA (seca ou irritativa):
é geralmente causada por infecção viral e tem por característica ser autolimitada
ANTITUSSÍGENOS: 
atuam a nível central, extinguindo ou 
inibindo a tosse, indicados para tosse seca 
ou não produtora de muco.
OPIÓIDES:
São fármacos derivados dos alcaloides do ópio e atuam bloqueando os centros bulbares da tosse. A
Codeína é considerada o fármaco padrão para o efeito antitussígeno dos opioides.
NÃO OPIÓIDES: 
São fármacos que agem elevando o limiar de estimulação do centro da tosse no bulbo (inibindo). 
Estão substituindo os derivados do ópio por não apresentarem risco de dependência. Exemplo: 
Dextrometorfano
Antitussígenos
Dextrometorfano: Antitussígeno (NÃO Opióide)
• Sem efeito analgésico ou sedativo
• Metabolizado pelo fígado, devendo ser evitado em 
hepatopatias.
• Efeitos colaterais: Náuseas, vômitos, diarreia.
• Doses elevadas: euforia, torpor, incoordenação da
• marcha.
• Dose usual adulto: 15-30 mg 3 vezes/dia. 
Antitussígenos
Codeína: 3 metil-éter da morfina (Opioide)
• Analgésico e sedativo (fraco).
• Dose adulto: 5- 20 mg VO.
• Dose analgésica: 30 mg ou mais.
• Efeitos colaterais: sedação, sonolência, náuseas e 
vômitos, tonturas, constipação, xerostomia (“vista 
seca”)...
• Exemplo de xaropes: Setux® xarope (antialérgico + 
codeína); Belacodid
®
gotas.
EXPECTORANTES E MUCOLÍTICOS
Expectorantes:
São fármacos que estimulam os mecanismos que
promovem a eliminação do muco. Estimulam
movimentos ciliares impulsionando a secreção até a
faringe e eliminando o muco.
Mucolíticos:
Promovem a liquefação do muco tornando-o mais
fluido para facilitar sua expulsão
EXPECTORANTES\MUCOLÍTICOS
Fármaco Ação
Ambroxol
Corrige a produção das secreções traqueobrônquicas, reduz a sua 
viscosidade, estimula a síntese e liberação de surfactante pulmonar. 
Acetilcisteína
Diminui a viscosidade da secreção pulmonar e facilita a sua remoção pela 
tosse. Sua ação mucolítica ocorre por meio dos grupos sulfidrilas (-SH) 
livres que atuam na mucoproteína quebrando as ligações dissulfeto 
diminuindo a viscosidade do muco. 
Bromexina
Efeito secretolítico (fluidifica as secreções mucosas por redução da 
viscosidade) e secretomotor (aumenta a expectoração). 
Carbocisteína
A ação não é totalmente conhecida mas parece estar associada à redução 
da viscosidade das secreções.
Guainafenesina
Expectorante por irritar a mucosa gástrica e estimular secreções do trato 
respiratório, e diminui a viscosidade do muco. 
Iodeto de Potássio
Diminui a viscosidade do muco ao aumentar a secreção do trato 
respiratório.
Brometos de Ipratrópio (BI):
• Anticolinérgico que se liga no receptor M1 e M3 no lugar da
acetilcolina, induzindo a broncodilatação.
• Via inalatória• Têm poucos efeitos colaterais, que incluem boca seca, retenção
urinária e cefaleia.
• Indicação terapêutica: É indicado para o tratamento de
manutenção do broncoespasmo (falta de ar repentina) associado
à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Metilxantinas
• Historicamente, o emprego das metilxantinas no tratamento da asma
remonta ao século XVIII, quando médicos recomendavam que os
asmáticos bebessem café forte para o tratamento da dispneia.
• O uso clínico das metilxantinas (aminofilina e teofilina) no tratamento
da asma passou a ser estudado, e elas já foram os medicamentos mais
prescritos para asmáticos em todo o mundo.
• Mecanismo de ação: relaxa diretamente o músculo liso dos brônquios e
dos vasos sanguíneos pulmonares.
• Indicação terapêutica: prevenção das crises e tratamento do ataque 
agudo de asma; obstrução reversível das vias aéreas.
Muitos efeitos adversos e FAIXA
TERAPÊUTICA ESTREITA.
ESTUDO DE CASO
Uma criança de 12 anos, com asma desde os 5 anos, devido a faixa etária trata-se de uma
predisposição hereditária e desencadeante de crises. Nos últimos tempos, o quadro se
manteve estável, com poucas crises ocasionais, cerca de 2 ou 3 por ano, que respondiam
bem ao Salbutamol, utilizado por via inalatória, na dose de 0,1 mg. Em algumas situações
precisava aumentar a dose. No entanto, no último final de semana, a crise foi muito
intensa e não cedeu com aerossol, por isso, precisou de atendimento médico de
emergência, onde o diagnóstico foi de broncoespasmo, foi administrada Adrenalina 0,5
mg, por via subcutânea que reverteu a crise.
• Justifique o uso do Salbutamol neste caso
• Compare o uso da adrenalina e do Salbutamol para tratamento da asma brônquica. 
• Neste caso poderíamos usar também a Noradrenalina? Justifique sua resposta.
• Cite 3 principais reações adversas do Salbutamol.
• Qual a tipo de interação medicamentosa ocorre entre o Salbutamol e o Propranolol e 
com o Atenolol.
Profa. Adriana Moretti
Processo
Inflamatório
X
Fármacos
ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES)
• ATUALMENTE, HÁ MAIS DE 50 AINES DIFERENTES NO MERCADO GLOBAL.
• INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS:
- ALÍVIO SINTOMÁTICO DA DOR E EDEMA EM ARTROPATIA CRÔNICA, COMO POR EXEMPLO,
OSTEOARTRITE E ARTRITE REUMATOIDE;
- EM AFECÇÕES INFLAMATÓRIAS MAIS AGUDAS, COMO TRAUMAS ESPORTIVOS, FRATURAS,
ENTORSES E OUTRAS LESÕES DAS PARTES MOLES;
- ALÍVIO DE DOR PÓS-OPERATÓRIA, DENTAL E MENSTRUAL, DE CEFALEIAS E ENXAQUECAS.
- HÁ MUITAS E DIFERENTES FORMULAÇÕES DISPONÍVEIS, INCLUINDO COMPRIMIDOS, INJETÁVEIS,
ENTRE OUTROS.
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
Todos os AINES tem ações muito semelhantes à aspirina® que foi introduzida na medicina
clínica por volta de 1890. os três principais efeitos terapêuticos são:
• Antiinflamatório: diminuição da Prostaglandina E2 e das Prostaciclinas, reduz a vasodilatação
e indiretamente o edema.
• Analgésico: diminuição da geração de prostaglandinas o que significa menor
sensibilização de terminações nervosas nociceptivas aos mediadores inflamatórios. O alívio da
cefaleia provavelmente decorre da diminuição da vasodilatação mediada pelas
prostaglandinas.
• Antipirético ou antitérmico: a IL-1 libera prostaglandinas no SNC, que atuam diretamente
no hipotálamo controlando a temperatura do corporal, causando assim a febre. os AINES
impedem este mecanismo.
Os AINES são classificados em grupos de acordo com a substância que levou aos respectivos derivados:
1) DERIVADOS DO ÁCIDO SALICÍLICO: Aspirina® (Ácido Acetilsalicílico)
2) DERIVADOS DO PARA-AMINOFENOL: Tylenol® (Paracetamol)
2) DERIVADOS DA PIRAZOLONA: Novalgina® (Dipirona)
4) DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO: Cataflan® (Diclofenaco Potássico), Voltaren® (Diclofenaco Sódico)
5) DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓLICO ou OXICANS: Feldene® (Piroxicam)
6) DERIVADOS DO ÁCIDO FENILANTRANÍLICO: Ponstan® (Ácido Mefenâmico)
7) DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO: Naprosyn® (Naproxeno)
Inibidores Seletivos (COX2)
8) INIBIDORES SELETIVOS DA ENZIMA CICLOXIGENASE-2: Nisulid ® (Nimesulida); Celebra® (Celecoxib);
AINES: PRESCRIÇÃO X CONSUMO
✓NOS EUA ESTIMA-SE QUE 20 MILHÕES DE INDIVÍDUOS CONSUMAM
REGULARMENTE AINES, PRINCIPALMENTE A POPULAÇÃO GERIÁTRICA, CUJA
PREVALÊNCIA DE CONSUMO VARIA ENTRE 10 E 15%.
✓ESTUDO REALIZADO NO ESTADO DE MINNESOTA QUE INCLUIU INDIVÍDUOS COM
IDADE SUPERIOR A 65 ANOS, CONCLUIU QUE PELO MENOS 70% DOS IDOSOS
INGERIAM AINES, ÁCIDO ACETILSALICÍLICO OU AMBOS UMA OU MAIS VEZES POR
SEMANA E QUE 34% O FAZIAM DIARIAMENTE.
✓OS MÉDICOS DE FAMÍLIA SÃO OS PRINCIPAIS PRESCRITORES DESTE GRUPO DE
MEDICAMENTOS. NO ENTANTO, É PRUDENTE LEMBRAR QUE O ACESSO A ESTES DE
FÁRMACOS SEM RECEITA MÉDICA (COM EXCEÇÃO DOS FÁRMACOS SELETIVOS DE
COX2) É RELATIVAMENTE FÁCIL, E QUE A AUTOMEDICAÇÃO CONSTITUI, NESTA
ÁREA, UM VERDADEIRO PROBLEMA.
AINES: EFEITOS ADVERSOS GRASTROINTESTINAIS
✓ENTRE 1 E 4% DOS INDIVÍDUOS QUE CONSOMEM AINE DURANTE UM ANO
DESENVOLVEM EFEITOS GASTRINTESTINAIS GRAVES. A HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
DECORRENTE DE ÚLCERA PÉPTICA, É O PRINCIPAL EVENTO ADVERSO ASSOCIADO AO
USO DE AINE.
✓É NECESSÁRIO DESTACAR QUE OS EFEITOS DESTES FÁRMACOS TAMBÉM SE FAZEM
SENTIR AO NÍVEL DO INTESTINO DELGADO E DO CÓLON, AO AUMENTAREM A
PERMEABILIDADE INTESTINAL E OS RISCOS DE HEMORRAGIA, ESTENOSE,
PERFURAÇÃO E MAL ABSORÇÃO PROTEICA.
✓ESTUDO DEMONSTROU QUE CERCA DE METADE DOS INDIVÍDUOS QUE CONSOMEM
AINE APRESENTAM LESÕES DA MUCOSA DO INTESTINO DELGADO, EMBORA NÃO SEJA
AINDA CLARO QUAL O SIGNIFICADO DE ALGUMAS DESTAS LESÕES.
MEDIADORES LIPÍDICOS
AA
FLA2 FLFLFL
PAF
Radicai
s Livres
Radicai
s Livres
LOX
Leucotrienos 
Prostaciclinas (PGI2)
Tromboxanos (TXA2)
Prostaglandinas (PGE2, PGF2a)
COX 1
Constitutiva (maioria dos 
tecidos)
Estímulo 
Fisiológico
Estímulo 
Inflamatório
Células inflamatórias
Cox-2 (induzida)
Manutenção do organismo 
(homeostase dos tecidos)
Vane et al. Ann. Rev. Pharmacol. Toxicol. 38:97-120, 
1998.
Citocinas inflamatórias primárias 
Interleucina (IL)-1 e Fator de Necrose Tumoral
(TNF-α)
Inflamação
TXA2 PGI2 PGE2
Plaquetas
Brônquios
Endotélio, Rim e 
Mucosa gástrica
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO TXA2
(TROMBOXANO A2):
✓É PRODUZIDO POR PLAQUETAS
ATIVADAS, ESTIMULA A ATIVAÇÃO DE
OUTRAS PLAQUETAS, AUMENTANDO
A AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA.
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DA PGE2 (PROSTAGLANDINA E2):
✓INIBIÇÃO DA SECREÇÃO GÁSTRICA DE HCL (AÇÃO SOB AS CÉLULAS
PARIETAIS DA MUCOSA GÁSTRICA);
✓VASODILATAÇÃO RENAL, ATUANDO NA DILATAÇÃO DA
MICROVASCULATURA RENAL;
✓AUMENTO DA SECREÇÃO DE MUCO PELA MUCOSA GÁSTRICA (AÇÃO
SOB AS GLÂNDULAS MUCOSAS).
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DA PGI2 (PROSTACILCINA):
✓REDUZIR A CONCENTRAÇÃO DO HCL NO ESTÔMAGO E DE AUMENTAR A
CONCENTRAÇÃO DO MUCO PROTETOR, ATUANDO, PORTANTO, COMO UM
PROTETOR GÁSTRICO;
✓AGE COMO VASODILATADOR PARTICIPANDO ATIVAMENTE DE
PROCESSOS CARDIOVASCULARES E DA CIRCULAÇÃO RENAL, PARA
CONTRABALANÇAR OS PROCESSOS DE VASOCONSTRIÇÃO, NO INTUITO
DE EVITAR A NECROSE RENAL.
FATORES DE RISCO: DESENVOLVIMENTO DE ÚLCERA PÉPTICA EM UTILIZADORES 
DE AINES
Relacionados 
ao paciente
Relacionados 
aos AINEs
HDA= Hemorragia digestiva alta; * Controverso
Fatores de risco: Relacionados aos AINEs
✓As doses dos AINEs condicionam importantes variações no risco de
desenvolvimento de úlcera péptica, o que depende majoritariamente da
capacidade de inibição da enzima COX.
✓Para dosagens equivalentes, estudos in vivo descrevem maior segurança na
utilização de Ibuprofeno e diclofenaco, em doses não superiores a 1200 mg/dia
e 150 mg/dia, respectivamente.
✓Para a maioria dos AINEs, não há dados disponíveis que permitam concluir em
relação às doses mais seguras, referindo-se apenas as doses máximas
aconselhadas.
ESTRATÉGIAS 
DE 
PREVENÇÃO
✓Numa perspectiva de custo-
efetividade, a utilização
concomitante de um inibidor da
bomba de prótons (IBP) e a
substituição de um AINE clássico
por um inibidor seletivo da COX-2
são as duas principais estratégias
de prevenção dos efeitos adversos
dos AINEno tubo digestivo.
INIBIDORES SELETIVOS DA ENZIMA CICLOXIGENASE-2 (COX2)
❑AÇÃO SELETIVA SOBRE A CICLOXIGENASE-2 → A
INCIDÊNCIA DE EFEITOS GASTRINTESTINAIS É
INFERIOR A 20% DOS CASOS.
❑EVENTOS ADVERSOS: RISCO DE PRECIPITAR
EVENTOS CARDIOVASCULARES E DEVEM SER
USADOS COM CAUTELA EM PACIENTES COM
COMPROMETIMENTO DA FUNÇÃO RENAL.
ATUALMENTE, SÃO VENDIDO SOMENTE COM
RETENÇÃO DE RECEITA MÉDICA.
ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO
Fatores de risco: Relacionados aos AINEs
Relativamente ao desenvolvimento de úlcera péptica e suas complicações, é
possível definir três graus de risco para a utilização:
BAIXO (= ausência de 
fatores de risco)
INTERMEDIÁRIO (=um ou 
dois fatores de risco)
ELEVADO (=antecedentes de úlcera péptica
complicada, múltiplos fatores de risco ou utilização
concomitante de AAS ou anticoagulantes orais)
As estratégias de
prevenção assentam na
utilização do AINE menos
ulcerogênico durante o
mínimo de tempo possível
e na menor dose que
proporcione alívio
sintomático.
A maior parte dos utilizadores
de AINE, ou seja, os indivíduos
com mais de 65 anos de idade.
As estratégias de prevenção
aconselhadas assentam na
associação de um IBP ou na
escolha de um inibidor seletivo
da COX-2 em alternativa aos
AINE clássicos
Em rigor o uso de AINE neste grupo deve ser bem
ponderada, pois comporta riscos significativos.
Atualmente, a estratégia de prevenção mais eficaz
parece ser a associação de um inibidor seletivo da
COX-2 a um IBP.
Fatores de risco: Relacionados aos AINEs
✓Na prática, a decisão de medicar um doente com um AINE, especialmente se
se tratar de um idoso, com comorbilidade(s) e polimedicado, deve ter em conta
não só o risco gastrintestinal associado, como também o risco cardiovascular.
Estes dois tipos de risco interagem em diferentes perspectivas:
• As doenças cardiovasculares constituem fatores de risco gastrintestinais
independentes;
• Alguns fatores de risco gastrintestinais, como o consumo de álcool e o
tabagismo, também o são para as doenças cardiovasculares;
Fatores de risco: Relacionados aos AINEs
• Na presença de risco cardiovascular elevado, ou seja, história de acidente
vascular cerebral ou de cardiopatia isquêmica ou probabilidade de evento
cardiovascular superior a 10% nos 10 anos seguintes (de acordo com a American
Heart Association), está indicada a anti-agregação plaquetária crónica;
• Os inibidores seletivos da COX-2 foram recentemente associados a um
aumento do risco cardiovascular (trombose, infarto e AVC), pelo que a sua
utilização deve ser evitada;
Fatores de risco: Relacionados aos AINEs
• Também os AINEs clássicos aumentam o risco cardiovascular (com exceção do
naproxeno), embora em menor escala. Perante estes dados, é possível
estabelecer recomendações para a utilização mais segura de AINE, tendo em
conta os riscos gastrintestinal e cardiovascular;
• O risco de desenvolvimento de úlcera péptica é comparável para os diferentes
Anti-agregantes plaquetários (ácido acetilsalicílico, ticlopidina, clopidogrel), pelo
que as recomendações são válidas para todos. Caso se registem efeitos
adversos, não há vantagem na substituição de qualquer destes fármacos por
outro com ação anti-agregante.
RECOMENDAÇÕES PARA O USO DE AINES
DE ACORDO COM OS RISCOS GASTRINTESTINAL E CARDIOVASCULAR
* Recomenda-se por exemplo o Naproxeno.
**A necessidade de associar um IBP deve-se ao fato de os doentes com risco cardiovascular elevado
necessitarem de anti-agregação plaquetária
Profa. Dra. Adriana Moretti
As principais funções do trato gastrintestinal que são
importantes do ponto de vista farmacológico são:
• secreção gástrica;
• vômito;
• motilidade do intestino e expulsão das fezes;
• formação e excreção de bile.
É inervado pelos plexos mioentérico e submucoso, e suas
células recebem fibras parassimpáticas pré-ganglionares
do vago, que são principalmente colinérgicas e
excitatórias.
Funções do trato gastrintestinal 
• A acetilcolina (neuronal) um neurotrasmissor, estimula receptores
muscarínicos (M1) nas células parietais, responsável pela aumento da
secreção ácida.
• A gastrina (endócrina), produzida pelas células G (parede do
estômago), pâncreas e duodeno, tem como função principal estimular a
secreção de ácido gástrico pelas células parietais. Além disso, aumenta
indiretamente a secreção de pepsinogênio (que é o responsável,
juntamente com o HCl, pela digestão de proteínas) e estimula o fluxo
sanguíneo e a motilidade gástrica.
• a histamina (parácrina): provém dos mastócitos localizados nas
células parietais. Estimula as células parietais através dos receptores H2.
Ocorre liberação basal uniforme de histamina, que aumenta sob a ação
da gastrina e da acetilcolina.
Mediadores Químicos no trato gastrintestinal
Estimulação dos
receptores da gastrina
( Ca+2 do citosol )
Estimulação do RH2
(  AMPc )
Estimulação dos receptores 
(M1) muscarínicos para Ach 
( Ca+2 do citosol )
Aumento da SECREÇÃO ÁCIDA (HCl)
Na célula Parietal
Receptor de 
Gastrina
Receptor de 
Histamina (H2)
Receptor de Acetil-
Colina (M1)
Células PARIETAIS
REVISANDOA PRODUÇÃO DA SECREÇÃO DO ÁCIDO CLORÍDRICO
O Cl- é ativamente transportado para o interior da cél P (para os canalículos) que se
comunicam com a luz do estômago.  Esta secreção de Cl- é acompanhada de K+ que a
seguir é trocado pelo H+.  Proveniente do interior da célula através da K+/H+/ATPase.  A
anidrase carbônica catalisa a combinação do CO2+H2O→para produzir H2CO3.  que se
dissocia em íons H+ e HCO3
- (bicarbonato).  Este é trocado pelo Cl- através da membrana
basal.






REVISANDO A ANATOMIA DO ESTÔMAGO :
ANTRO
PILORO
CORPO DO 
ESTOMAGO
FUNDO
pH 1-2
pH 6-7
pH 3-4
Os receptores M1 medeiam a estimulação 
vagal da secreção gástrica. 
Bomba de 
K+/H+/ATPase 
Receptor de 
Histamina 
(RH2)
PGR
Receptor de 
Prostaglandinas
Presença de Bactéria 
Associada ao Câncer 
gástrico
ÚLCERA PÉPTICA
• Úlcera péptica é a erosão em um segmento de
mucosa gástrica, classicamente no estômago
(úlcera gástrica) ou nos primeiros centímetros
do duodeno (úlcera duodenal), que penetra a
mucosa muscular.
ÚLCERA PÉPTICA
• ETIOLOGIA: Praticamente todas as úlceras são causadas
por Helicobacter pylori ou uso de um anti-inflamatório
não esteroide (AINE).
• H. pylori é a causa da infecção em 50 a 70% dos pacientes
com úlcera duodenal e em 30 a 50% dos pacientes com
úlcera gástrica.
• O uso de AINE responde por mais de 50% das úlceras
pépticas.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios-gastrointestinais/gastrite-e-doença-ulcerosa-péptica/infecção-por-helicobacter-pylori
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios-gastrointestinais/gastrite-e-doença-ulcerosa-péptica/infecção-por-helicobacter-pylori
ÚLCERA PÉPTICA
• SINTOMAS: consistem tipicamente em dor epigástrica em
queimação, que em geral é aliviada com a alimentação.
• DIAGNÓSTICO: por endoscopia e teste para Helicobacter
pylori.
ÚLCERA PÉPTICA
✓ COMPLICAÇÕES: É possível curar a maioria das úlceras pépticas
sem complicações. No entanto, em alguns casos, as úlceras
pépticas podem desenvolver complicações de possível risco à vida,
como:
• Sangramento (hemorragia): representa a complicação mais frequente
decorrente das úlceras, mesmo quando elas são indolores. Vômito de
sangue vermelho-vivo ou de aglomerados marrom-avermelhados de
sangue parcialmente digerido que se parecem com borra de café
(hematêmese) ou fezes negras (melena) ou evidentemente
sanguinolentas (hematoquezia) podem ser sintomas de uma úlcera
hemorrágica. A perda de sangue também pode causar fraqueza, redução
da pressão arterial quando a pessoa levanta, sudorese, sede e desmaios.
Embora a presença de pequenas quantidades de sangue nas fezes não
seja perceptível, se persistente, esse quadro clínico pode causar anemia.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/distúrbios-do-sangue/anemia/considerações-gerais-sobre-a-anemia
ÚLCERA PÉPTICA
✓ COMPLICAÇÕES:
• Penetração: Uma úlcera podeperfurar (penetrar) a parede muscular do
estômago ou duodeno e estender-se até um órgão adjacente, como o
fígado ou o pâncreas. Essa penetração causa dor intensa, aguda e
persistente, que pode ser sentida em outra região do corpo, além da
envolvida.
• Perfuração: As úlceras na superfície frontal do duodeno ou, com menos
frequência, no estômago, podem perfurar a parede desses órgãos,
criando uma abertura (perfuração) voltada ao espaço livre no interior da
cavidade abdominal. A dor resultante da perfuração é repentina, intensa
e constante. A dor se propaga rapidamente por todo o abdômen.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/distúrbios-digestivos/emergências-gastrointestinais/perfuração-do-trato-digestivo
ÚLCERA PÉPTICA
✓ COMPLICAÇÕES:
• Obstrução (bloqueio): O inchaço dos tecidos inflamados em torno de
uma úlcera ou cicatrizes deixadas por crises de úlcera anteriores podem
restringir a saída do estômago ou estreitar o duodeno. Uma pessoa com
esse tipo de obstrução pode vir a vomitar repetidamente,
frequentemente regurgitando grandes volumes de alimentos ingeridos
horas antes.
• Câncer: as pessoas com úlceras causadas por H. pylori têm uma
propensão três a seis vezes maior de desenvolver câncer de estômago no
futuro. Úlceras decorrentes de outras causas não estão associadas a um
maior risco de desenvolver câncer.
TRATAMENTO: ÚLCERA PÉPTICA
✓ FÁRMACOS ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2
✓ FÁRMACOS ANTIÁCIDOS
✓ FÁRMACOS INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS – IBP
✓ FÁRMACOS AGENTES DE PROTEÇÃO GASTRO INTESTINAL
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2
Os antagonistas do receptor H2 de Histamina inibem,
competitivamente, as ações da histamina em todos os receptores H2,
mas seu principal uso clínico é como inibidores de secreção de acido
gástrico.
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2
❖Ranitidina (150mg, 300mg e 25mg/mL)
❖Cimetidina (200mg, 300mg e 400mg)
❖Famotidina (20mg e 40mg)
❖Nizatidina (150mg e 300mg)
• Os efeitos indesejáveis são raros. A cimetidina inibe o
citrocromo P450 e pode retardar o metabolismo (e assim
potencializar a ação) de anticoagulantes orais, fenitoína,
carbamazepina, quinidina, nifedipina, teofilina e
antidepressivos tricíclicos.
• Pode causar confusão no indivíduo idoso.
ANTIULCEROSOS
NEUTRALIZADORES DE ÁCIDO 
❖HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO
❖TRISSILICATO DE MAGNÉSIO
❖GEL DE HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO
❖BICARBONATO DE SÓDIO
► ANTIÁCIDOS
MECANISMO DE AÇÃO
▪ NEUTRALIZAM O ÁCIDO GÁSTRICO
• ELEVAM O PH GÁSTRICO. ISTO TEM O EFEITO DE INIBIR A ATIVIDADE
PÉPTICA, QUE PRATICAMENTE CESSA COM UM VALOR DE PH DE 5,0
POR UM DETERMINADO PERÍODO DE TEMPO, SUFICIENTEMENTE
LONGO PODENDO PRODUZIR CICATRIZAÇÕES DAS ÚLCERAS
DUODENAIS, PORÉM SÃO MENOS EFICAZES NAS ÚLCERAS
GÁSTRICAS.
HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO (EFEITO LAXATIVO) (LEITE DE MAGNÉSIA DE PHILLIPS®)
▪ PÓ INSOLÚVEL QUE FORMA CLORETO DE MG+2 NO ESTÔMAGO
▪ NÃO PRODUZ ALCALOSE SISTÊMICA, VISTO QUE O ÍON MAGNÉSIO É
POUCO ABSORVIDO PELO INTESTINO
TRISSILATO DE MAGNÉSIO (KOLANTYL®)
▪ PÓ INSOLÚVEL QUE REAGE LENTAMENTE COM O SUCO GÁSTRICO,
FORMANDO CLORETO DE MG+2 E SÍLICA COLOIDAL. ESSE AGENTE
EXERCE EFEITO ANTIÁCIDO PROLONGADO E TAMBÉM ADSORVE A
PEPSINA.
► ANTIÁCIDOS
► Gel de hidróxido de alumínio (Efeito constipante)
▪ Forma cloreto de Al+3 no estômago. Eleva o pH do suco gástrico para
cerce de 4,0 e também adsorve pepsina.
▪ Tem excreção fecal e renal
► Bicarbonato de sódio
▪ Atua rapidamente
▪ Eleva o pH do suco gástrico para cerca de 7,4
▪ Ocorre absorção no intestino sendo o uso restrito para evitar alcalose.
► ANTIÁCIDOS
► Contra-indicações
▪ Bicarbonato de Sódio: Tratamento a longo prazo
Atua rapidamente, e afirma-se que eleva o pH do suco gástrico para
cerca de 7,4.
pH  CO2  Secreção de gastrina
O CO2 estimula a secreção de gastrina e leva a produção da secreção
ácida (HCl).
▪ Gel de Hidróxido de Alumínio
Foi sugerido que o alumínio, se absorvido, poderia estar envolvido na
patogenia da Doença de Alzheimer. Com efeito diz-se que o Al+3 não
é absorvido, em grau significativo durante a administração de
hidróxido de alumínio, porém alguns médicos, talvez muito cautelosos,
poderão preferir por antiácidos.
INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS 
❖ Omeprazol (20mg e 40mg)
❖ Lansoprazol (30mg)
❖ Pantoprazol (20mg e 40mg)
❖ Robeprazol (10mg e 20mg)
❖ Esomeprazol (20mg e 40mg)
Agem bloqueando a etapa final de liberação do ácido
gástrico devido à formação de uma ligação dissulfeto
(ligação irreversível) entre a forma ativa dos IBP´s e um
resíduo de cisteína da H+/K+-ATPASE , levando a uma
supressão prolongada desta bomba.
ANTISECRETORES
•Síndrome de Zollinger – Ellison
Conceito: Tumor de pâncreas (ou duodeno) secretor maciço de gastrina,
que motiva a liberação de ácido clorídrico gástrico, provocando úlceras
gastroduodenais e jejunais múltiplas e recidivantes.
•Condição rara causada por tumor raro (gastrinomas) : *Secreção de 
gastrina → Secreção excessiva de ácido.
TRATAMENTO: INIBIDORES DE BOMBA DE PRÓTONS (OMEPRAZOL).
► Tratamento da Infecção por Helicobacer pylori
Tratamento lento, que envolve o uso de IBP associado
a pelo menos duas classes de antibióticos com
espectro de ação diferentes. Muito comum, casos de
recidivas ou o tratamento não ser eficiente e
necessitar a troca de medicamentos empregados
inicialmente.
► Tratamento da Infecção por Helicobacer pylori
o Omeprazol
o Amoxicilina
o Metronidazol
► Outras combinações para o tratamento da Infecção por
Helicobacer pylori
▪ Omeprazol + Tetraciclina + Metronidazol
▪ Subsalicilato de bismuto** + Amoxicilina + Metronidazol
▪ Lanzoprazol + Amoxicilina + Claritromicina (Pyloripac; Pylorikit; Helicopac)
▪ Omeprazol + Claritromicina + Amoxicilina (Erradic)
AGENTES DE PROTEÇÃO GSTRO INTESTINAL
❑SUCRALFATO
❑SUBSALICILATO
❑ MISOPROSTOL
AGENTES DE PROTEÇÃO GSTRO INTESTINAL
❑ SUCRALFATO: tem efeito citoprotetor devido à sua
característica polianiônica. Liga-se às proteínas de cargas
positivas através da formação de um gel que adere à
mucosa gástrica e duodenal, proporcionando uma
proteção uniforme contra o ataque ácido, a pepsina e os
sais biliares.
Tem na sua maior parte, sido suplantado por outros
fármacos para o tratamento de distúrbios do trato GI
superior. Ele ainda é usado clinicamente para tratar gastrite
relacionada ao estresse.
AGENTES DE PROTEÇÃO GSTRO INTESTINAL
❑ O SUBSALICILATO é usado para tratar dispepsia, diarreia
aguda, e, como um agente de segunda escolha em
combinação de múltiplos fármacos, infecção por H. pylori
em que se acredita que iniba o crescimento do
microrganismo.
❑ O MISOPROSTOL é utilizado para tratar úlcera péptica
induzida por fármaco anti-inflamatório não esteroide
(AINE).
AGENTES DE PROTEÇÃO GSTRO INTESTINAL: ANÁLOGOS DAS 
PROSTAGLANDINAS
► MISOPROSTOL (CYTOTEC®)
▪ ANÁLOGO ESTÁVEL DA PGE1
▪ INIBE A SECREÇÃO ÁCIDA GÁSTRICA EM RESPOSTA AOS ALIMENTOS, À
HISTAMINA, CAFEÍNA, ATRAVÉS DE UMA AÇÃO DIRETA SOBRE A CÉLULA
PARIETAL
▪ MANTÉM O AUMENTO DO FLUXO SANGUÍNEO DA MUCOSA
▪  SECREÇÃO DE MUCO E DE BICARBONATO
▪ É USADO POR VIA ORAL NA PREVENÇÃO GÁSTRICA QUE PODE OCORRER
COM O USO CRÔNICO DE AINES (ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES)
ANÁLOGOS DAS PROSTAGLANDINAS
► Fármacos que protegem a mucosa
► Misoprostol
► Mecanismo de ação
Ácido Araquidônico
(AA)
Enzimas:
AINES COX 1
COX 2
PGE
MISOPROSTOL
Análogo estável  fluxo sanguíneo da mucosa
da PGE1 (PGR) secreção de muco / bicarbonato;
Secreção 
gástrica
PGR
Antiulcerosos
► Fármacos ANÁLOGOS das prostaglandinas
► Misoprostol
► Indicações
▪ Tratamento e profilaxia de úlceras gástricas e duodenais
▪ Uso hospitalar
▪ Prescrito no Brasil - Uso Hospitalar
▪ Categoria E (FDA)
► Lembrando
▪ As prostaglandinas, que são sintetizadas na mucosa, estimulam a
secreção de muco e de bicarbonato. Diminuem a secreção de ácido e
produzem vasodilatação, sendo todas estas ações destinadas a proteger
o estômago contra lesões. AINES inibem as prostaglandinas ocorrendo
úlceras.
▪ Misoprostol – análogo estável da PGE1,inibe:
►Secreção do HCl tanto no estado basal quanto na resposta a alimentos,
histamina, cafeína, através de uma ação direta sobre a célula parietal.
► Fármacos que protegem a mucosa
► Misoprostol
► Contra-Indicações
▪ Hipersensibilidade ao misoprostol
▪ Gravidez
►PG1E e PG1F promovem contrações coordenadas do corpo
lúteo grávido, enquanto produzem relaxamento do colo uterino
(provocam aborto no início e na metade da gravidez).
► Reações adversas
▪ Diarréia
▪ Dor abdominal
▪ Aborto (primeiro trimestre de gestação)
Terapia farmacológica do vômito
• O ato de vomitar é um processo complicado e exige atividade
coordenada dos músculos respiratórios somáticos e abdominais,
bem como dos músculos involuntários do trato gastrintestinal.
• Consiste na expulsão abrupta do conteúdo gastrintestinal através
do esôfago relaxado, associada a contrações sustentadas de
diafragma e músculos abdominais, e o aumento da pressão intra-
abdominal.
• A náusea é a sensação de urgência de vomitar, ocorrendo
simultaneamente a contração de duodeno e refluxo de conteúdo
intestinal para o estômago.
A estrutura anatômica integradora do vômito é o centro bulbar do vômito, que 
é estimulado por meio de duas vias.
Na primeira via, zona do gatilho
quimioreceptora (ZGQ), por sua vez, é
estimulada por substâncias endógenas e
exógenas que se ligam a receptores
adrenérgicos, Dopaminérgicos e
opióides, razão pela qual os antagonistas
desses receptores têm efeito antiemético.
Estímulos periféricos, tais como
alterações em aparelho vestibular (como
na cinetose, por exemplo), e substâncias
não-identificadas por receptor específico
(quimioterápicos) que desencadeiam
vômitos provavelmente atuam por meio
de estimulação dessa zona.
A segunda via de estimulação do centro
do vômito tem origem em sinais
provenientes da faringe, trato
gastrintestinal, mediastino e áreas do
cérebro relacionadas à visão e ao olfato.
Analgésicos opióides, glicosídeos cardíacos,
estrógenos, anticoncepcionais hormonais,
anestésicos e agentes citotóxicos são
agentes emetizantes que também
sensibilizam a zona do gatilho.
• A ocorrência de episódio de vômito não requer obrigatória
terapia antiemética, pois, pode ser autolimitada e até
resolutivo de alguma agressão externa.
• Por outro lado, o vômito requer controle porque, além do
desconforto, pode causar complicações sistêmicas, como
desidratação, pneumonia aspirativa, dentre outras.
• Sempre que possível, a abordagem terapêutica deve ser
voltada para o fator causal, pois, a correção deste pode ser
suficiente para a reversão do quadro.
• Isso adquire importância quando se considera que esses
agentes são apena sintomáticos e sua toxicidade pode ser
bastante acentuada.
• Os agentes antieméticos são de importância particular como
adjuvantes na quimioterapia do câncer para combater as
náuseas e os vômitos provocados por numerosos agentes
citotóxicos.
1) Antagonistas dos receptores H1
Esses fármacos exercem pouca ou nenhuma atividade contra
os vômitos produzidos por substâncias que atuam
diretamente sobre a ZGQ, porém são eficazes na cinetose e
contra vômitos causados por substâncias que atuam
localmente no estômago. Os exemplos incluem a cinarizina
(Vertix®), dimenidrinato (Dramin®) e a prometazina
(Fenergan®).
Os antagonistas dos receptores H1 são mais eficazes se 
forem administrados antes do início da náusea e dos vômitos.
2) Antagonistas dos receptores muscarínicos
Esses fármacos antagonizam a acetilcolina nos receptores muscarínicos
localizados na zona do vômito.
A escopolamina (Buscopan®) (fármaco antagonista muscarínico similar
à atropina) também é indicada como profilaxia em cinetose cujos
estímulos são de curta duração (viagem de 4 a 6 horas), porém provoca
alta incidência de efeitos adversos, sendo assim os antagonistas H1 apesar
de menos potentes, são agentes de escolha na profilaxia da cinetose.
A vertigem, o mal-estar, a náusea e o vômito são os principais sintomas
da cinetose. Sinais autônomos, como hipotensão, taquicardia e
transpiração excessiva, podem ocorrer.
Se o estímulo da cinetose persistir na mesma intensidade, desenvolve-se
tolerância ao fenômeno em 2 a 3 dias.
3) Antagonistas da serotonina
A serotonina, que é liberada no SNC ou no intestino (ZGQ e aferentes
viscerais do TGI), atua como importante transmissor no vômito.
Antagonistas seletivos dos receptores da serotonina (5-HT3), por
exemplos a ondansetrona (Vonau), a granisetrona (Kitryl) e a
tropisetrona, são utilizados na prevenção e no tratamento dos
vômitos causados por agentes citotóxicos (quimioterápico) e pós
operatório.
Os efeitos indesejáveis consistem em cefaléia e distúrbios
gastrintestinais.
4) Antagonistas dos receptores dopaminérgicos
A metoclopramida (Plasil®) e Bromoprida, assim como as fenotiazinas
antipsicóticas (clorpromazina, proclorperazina e a trifluoperazina) são
antagonistas dos receptores dopaminérgicos, que atuam na ZGQ.
Seus efeitos indesejáveis estão relacionados com o bloqueio de outros
receptores de dopamina no SNC, e incluem distúrbios dos movimentos,
sonolência, fadiga, torcicolo espasmódico, crises oculógiras (movimentos
involuntários rápidos dos olhos).
A metoclopramida também possui ações periféricas, aumentando a
motilidade do estômago e do intestino, sem estimulação concomitante da
secreção ácida gástrica, o que contribui para seu efeito antiemético,
podendo ser usada na terapia de distúrbios gastrintestinais.
5) Canabinóides
A nabilona, derivado sintético do canabinol, diminui os vômitos provocados
por agentes que estimulam a ZGQ, provavelmente através dos receptores
opióides.
Seus efeitos indesejáveis consistem em sonolência, tontura e ressecamento
da boca. Alguns pacientes sofrem alucinações e reações psicóticas,
lembrando o efeito de outros canabinóides.
Atualmente, alguns países como os EUA, vêm liberando o uso da maconha
(Cannabis sativa) com o objetivo de aliviar os efeitos indesejáveis da
quimioterapia no tratamento do câncer.
O tetraidrocanabinol (THC) é o principio ativo em maior quantidade liberado
com o fumo da maconha.
6) Outros agentes antieméticos
Os antipsicóticos não fenotiazínicos, haloperidol e
droperidol produzem bons resultados contra agentes
citotóxicos fortemente eméticos (por exemplo, a cisplatina).
A domperidona, um antagonista dos receptores D2 da
dopamina, também é utilizada como agente antiemético nos
vômitos pós-operatórios e contra agentes quimioterápicos
moderadamente emetogênicos.
❖ A doença de refluxo gastroesofágica (DRGE) é comum, ocorrendo
em 10 a 20% dos adultos.
❖ O refluxo gastroesofágico ocorre em quase todos os recém-
nascidos, e manifesta-se na forma de arrotos úmidos
(regurgitações) após a alimentação.
❖ A incidência do refluxo gastroesofágico aumenta entre 2 e 6
meses de idade (provavelmente em razão do aumento do volume
de líquidos em cada amamentação) e depois começa a diminuir
após 7 meses.
❖ O refluxo gastroesofágico resolve em cerca de 85% dos bebês aos
12 meses e em 95% aos 18 meses. A doença do refluxo
gastroesofágico (DRGE), ou seja, o refluxo que causa
complicações, é bem menos comum.
A causa mais comum da DRGE nos lactentes é semelhante à que ocorre
nas crianças maiores e nos adultos com DRGE:
o O esfíncter esofágico inferior (EEI) não consegue impedir o refluxo do 
conteúdo gástrico para o esôfago.
✓ A pressão no EEI pode diminuir transitoriamente de maneira
espontânea (relaxamento inadequado), que é a causa mais comum de
refluxo, ou depois da exposição a cigarros e cafeína (em bebidas ou
leite materno).
✓ Outras causas são alergias alimentares, mais comumente alergia ao
leite de vaca. Uma causa menos comum é gastroparesia (atraso no
esvaziamento do estômago), em que o alimento permanece no
estômago durante um longo período de tempo, mantendo uma
pressão gástrica elevada que predispõe ao refluxo.
❖ São principalmente decorrentes da irritação causada pelo ácido
estomacal e déficit calórico causadopela regurgitação frequente de
alimentos.
❖ O ácido estomacal pode provocar irritação no esôfago, na laringe e, se
ocorrer aspiração, nas vias respiratórias.
❖ A irritação do esôfago pode diminuir a ingestão de alimentos à medida
que os recém-nascidos aprendem a evitar o refluxo ingerindo uma
menor quantidade de alimento. Irritação significativa do esôfago
(esofagite) pode causar perda de sangue leve e crônica, além de
estenose esofágica. Irritação da laringe e vias respiratórias pode causar
sintomas respiratórios.
❖ Aspiração pode causar pneumonia recorrente.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios-gastrointestinais/doenças-do-esôfago-e-da-deglutição/esofagite-eosinofílica
O principal sinal do refluxo gastroesofágico é:
•Regurgitação frequente
Cuidadores muitas vezes se referem a esse tipo de regurgitação como
vômito, mas não se trata de vômito por não decorrer de contrações
peristálticas. A regurgitação parece não exigir esforço e não é
particularmente forçada.
Lactentes nos quais o refluxo causou DRGE podem ter outros sinais e
sintomas como irritabilidade, recusar a alimentação e/ou quadros
respiratórios como TOSSE recorrente crônica ou SIBILOSE, às vezes,
ESTRIDOR. Lactentes podem não ganhar peso adequado ou, menos
frequentemente, perder peso.
•Diagnóstico clínico
•Normalmente seriografia do trato 
gastrointestinal superior
•Algumas vezes, medição do pH esofágico ou 
endoscopia
❑Modificação da alimentação: Refeições espessadas e 
Refeições menos volumosas e mais frequentes;
❑Posicionamento: Após a alimentação, os lactentes devem der
mantidos em posição vertical por 20 a 30 minutos (mantê-los
sentados, como em um bebê conforto, aumenta a pressão gástrica
e não ajuda)
❑Raramente, cirurgia
❑Inibidores da bomba de prótons (IBP)
❑Bloqueadores de histamina 2 (H2)
❑Fármacos pró-motilidade
Fármacos pró-motilidade ou agentes procinéticos são utilizados
no manejo dos distúrbios motores do trato digestivo, em especial
no refluxo gastroesofágico, na doença do refluxo gastroesofágico
e na Gastroparesia. Também são indicados para o tratamento de
sintomas como a dispepsia, diminuição da motilidade gástrica,
controle de náuseas e vômitos.
A Gastroparesia é definida como uma disfunção na motilidade
gástrica, onde o esvaziamento gástrico é comprometido. Como
não se observa obstrução mecânica, pode ter como causa um
dano em algum nervo que controla a musculatura do estômago.
Pode ocorrer em pacientes diabéticos (Gastroparesia diabética)
Fármacos pró-motilidade ou agentes procinéticos
Os agentes procinéticos atuam de modo a facilitar a motilidade
gastrintestinal, através do aumento do tônus da musculatura lisa do
trato gastrointestinal (TGI), assim como do peristaltismo e da taxa de
esvaziamento gástrico. Com isto, alguns desses fármacos possuem
também ação antiemética, como por exemplo:
- Efeito periférico: Metoclopramida e Bromoprida
- Antagonista periférico do receptor D2 da dopamina: Domperidona.
O estímulo da motilidade do aparelho digestivo, ocorre através da ação 
direta sobre o músculo liso entérico ou através da interação com os 
neurônios do sistema nervoso entérico.
https://www.infoescola.com/sistema-muscular/musculo-liso/
https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/neuronios/
Profa Dra. Adriana Moretti
Conceito 
Conceito
Importância
Classificação
- Tipo I: onde ocorre a destruição das células beta
pancreáticas (secretoras de insulina), geralmente ocasionando
deficiência absoluta de insulina, normalmente de natureza
autoimune ou idiopática (causa desconhecida).
- Tipo II: pode ser originária de uma resistência a insulina; ou
devido a diminuição da secreção, ou os dois associados.
- Outros tipos: diabetes gestacional, diabetes induzida por
fármacos ou agentes químicos, entre outros.
Comparação: Diabetes tipo I e II
Diagnóstico
- Glicose plasmática após jejum de 8 – 12 horas: Alterada 
acima de 110 mg/dl.
- Hemoglobina glicosilada ou glicada: Normal até 7%.
- Modificação do estilo de vida: Suspensão do fumo, álcool,
aumento da atividade física e reorganização dos hábitos
alimentares;
- Medicamentos: se necessários
-Tratamentos dos fatores de risco: redução na mortalidade 
cardiovascular
Tratamento 
diabetes tipo II
Tratamento Medicamentoso
- Empregado quando não se tiver atingido os níveis
glicêmicos desejáveis após o uso das medidas dietéticas e do
exercício.
- A natureza progressiva do DM: necessidade de aumentar a
dose dos medicamentos e acrescentar outros no curso da
doença.
- Combinação é comprovadamente útil.
-Proteína formada por 51aminoácidos, organizados em 2
cadeias peptídicas: uma cadeia A com 21 aminoácidos e uma
cadeia B com 30 aminoácidos.
-As cadeias peptídicas são conectadas por duas pontes 
dissulfeto.
Insulina
Ação da 
Insulina
Existem hoje vários tipos de insulina disponíveis para o tratamento
de diabetes e elas se diferenciam pelo tempo em que ficam ativas
no corpo, pelo tempo que levam para começar a agir.
Tipos de 
Insulina
Existem hoje vários tipos de insulina disponíveis para o
tratamento de diabetes e elas se diferenciam pelo tempo em
que ficam ativas no corpo, pelo tempo que levam para
começar a agir.
Unidades de insulina
A insulina identificada com U-100 significa que existem 100 
unidades de insulina por mililitro (mL) de líquido no frasco. 
Tipos de 
Insulina
O pâncreas secreta a insulina de duas 
maneiras: basal e bolus
Basal entende-se uma secreção constante de insulina
que permanece em níveis baixos no sangue o tempo
todo, mantendo a captação de glicose para as células
do organismo;
Bolus se refere a quantidades maiores de insulina que
são liberadas na circulação sanguínea em momentos de
maior necessidade, como por exemplo às refeições, ou
quando há aumento de açúcar no sangue.
O pâncreas secreta a insulina de duas 
maneiras: basal e bolus
As insulinas de ação rápida encontradas nas farmácias
são utilizadas para proporcionar ação semelhante a
esses bolus de insulina, que ocorrem na fisiologia,
necessários principalmente às refeições.
Já as injeções de insulina de ação intermediária (NPH) e
lenta (análogos) atuam de forma semelhante ao
fornecimento basal e são aplicadas em 1 ou 2
aplicações diárias ou até 3 vezes ao dia (NPH), a fim de
proporcionar o componente “basal” da insulinização.
Tipo de ação Início de 
Ação 
(min)
Pico (horas) Duração (horas) Horário para Injeção
Bolus
Ultrarrápida 
(Análogos 
Ultrarrápidos)
Apidra® 
(Glulisina)
Humalog® 
(Lispro)
NovoRapid® 
(Asparte)
10-15 
minutos
1-2 horas 3-5 horas
Utilizada junto às 
refeições. Deve ser 
injetada imediatamente 
antes das refeições.
Rápida (Insulina 
Humana Regular)
•Humulin®
•Novolin®
30 minutos 2-3 horas
6 horas e 30 
minutos
Utilizada junto às 
refeições ao dia. Deve ser 
injetada entre 30 e 45 
minutos antes do início das 
refeições.
Características dos tipos de insulina
Tipo de ação Início de 
Ação
Pico Duração Horário para Injeção
Basal
Ação 
intermediária 
(NPH – humana)
• Humulin® N
•Novolin® N
1-3 horas 5-8 horas Até 18 horas
Frequentemente, a 
aplicação começa uma 
vez ao dia, antes de dormir. 
Pode ser indicada uma ou 
duas vezes ao dia. Não é 
específica para refeições.
Longa duração 
(Análogos lentos)
•Lantus® 
(Glargina)
•Levemir® 
(Detemir)
•Tresiba® 
(Degludeca)
1-4 horas Sem pico
Lantus: até 24 
horas
Levemir: de 16 a 
24 horas
Degludeca: > 24h
Frequentemente, a 
aplicação começa uma vez 
ao dia, antes de dormir. 
Levemir pode ser indicada 
uma ou duas vezes ao dia. 
Tresiba é utilizada sempre 
uma vez ao dia, podendo 
variar o horário de 
aplicação. Não é específica 
para refeições.
Características dos tipos de insulina
❖ Níveis de glicose ao diagnóstico muito elevados (~300 mg/dl), 
especialmente se acompanhados de perda de peso, cetonúria.
❖ Medicamentos orais não conseguirem manter os níveis 
glicêmicos dentro dos limites desejáveis.
❖ Intercorrênciastais como cirurgias, infecções e acidente 
vascular cerebral, níveis glicêmicos elevados, piora do 
prognóstico.
❖ Gravidez - não houver normalização dos níveis glicêmicos com 
dieta.
Indicações do uso da Insulina
https://www.youtube.com/watch?v=QaQ54NVVDP4
HIPOGLICEMIANTES ORAIS
✓ Ação da maioria Hipoglicemiantes Orais depende da integridade das
Células Beta do Pâncreas.
✓ São drogas que só tem indicação no Diabetes Não Insulina Dependente
(tipo II)
✓ São classificadas de acordo com a sua estrutura química e mecanismo
de ação.
Sulfoniluréias Ex. Glibenclamida
HIPOGLICEMIANTES ORAIS
Biguanidas
Metiglinidas
Glitazonas
Inibidor da alfa 
glicosidase intestinal
Ex. Metformina
Ex. Repeglinida (Prandin®) 
Ex.Rosiglitazona
(Avandia®) 
Ex. Acarbose (Glucobay®) 
Gliptinas
Miméticos e análogos 
da GLP-1
Inibidores da SGLT-2 Ex. Dapagliflozina (Forxiga®) 
Ex.Exenatida (Byetta®) 
Ex. Sitagliptina (Januvia®) 
HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
METFORMINA
Diminui a 
produção 
hepática de 
glicose
Aumenta a 
sensibilidade 
da insulina 
no músculo
Diminui a 
absorção da 
glicose
intestinal
HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
GLP-1 (Peptídeo semelhante ao Glucagon-1)= é um hormônio intestinal que aumenta a
secreção de insulina de forma glicose-dependente, inibe a secreção de glucagon e a
produção hepática de glicose, diminui o esvaziamento gástrico, tem ação sobre os
mecanismos de apetite e saciedade a nível central e sobre a adiposidade.
HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
Ozempic®
Ozempic® (Semaglutida)
HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
SGLT2 (Sodium-Glucose Co-Transporter) faz a passagem da glicose junto do sódio através
da membrana celular, do lúmen para o interior das células. Nos rins, esse transportador tem
função de reabsorver a glicose filtrada no glomérulo.
SGLT2: presente no túbulo contorcido proximal (TCP), responsável por 90% da reabsorção
Disponível em: https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf
Recomendações gerais com base nos 
objetivos de controle glicêmico
Para pacientes com diagnóstico recente, as diretrizes das
sociedades americana, europeia e brasileira de diabetes (ADA,
EASD e SBD) são coincidentes nas recomendações iniciais de
modificações do estilo de vida associadas ao uso de
Metformina.
Recomendações gerais com base nos 
objetivos de controle glicêmico
Características dos pacientes Recomendações
Pacientes com manifestações leves
Glicemia inferior a 200 mg/dL, com
sintomas leves ou ausentes (sem a
presença de outras doenças agudas
concomitantes), estão indicados os
medicamentos que não promovem
aumento da secreção de insulina,
principalmente se o paciente for
obeso. No caso de intolerância a
metformina, as preparações de ação
prolongada podem
ser uteis. Persistindo o problema, um 
dos demais agentes antidiabéticos 
orais pode ser escolhido.
Recomendações gerais com base nos 
objetivos de controle glicêmico
Características dos pacientes Recomendações
Pacientes com manifestações moderadas
Glicemia de jejum é superior a 200
mg/dL, mas inferior a 300 mg/dL na
ausência de critérios para manifestações
graves, o uso de metformina associada a
outro agente hipoglicemiante.
A indicação do segundo agente dependerá
do predomínio de RI ou de deficiência de
insulina/falência da célula beta. Dessa
maneira, o inibidor da DPP-4, a
acarbose, os análogos do GLP-1, a
glitazona e os inibidores de SGLT2
poderiam constituir a segunda ou a
terceira medicação. No paciente com
perda ponderal de peso, poderia ser
combinada uma sulfonilureia ou
metiglinidas.
Recomendações gerais com base nos 
objetivos de controle glicêmico
Características dos pacientes Recomendações
Pacientes com manifestações graves
Para os demais pacientes com valores
glicêmicos superiores a 300 mg/dL e
manifestações graves (perda
significativa de peso, sintomas graves
e/ ou cetonuria), deve-se iniciar
insulinoterapia imediatamente.
Angiotensina II: Resistência Insulínica
↑NADPH 
Oxidase
Angiotensina 
II
AT1
↑ROS
Ser
IECA
(CAPTOPRIL, 
ENALAPRIL,...)
BRA
(LOSARTANA, 
VALSARTANA,...)
Ser
Melhoram a 
sensibilidade 
à insulina e 
↓ ROS
IECA: Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina BRA: Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina
Receptor de 
Insulina
Farmacoterapia 
dos 
Anticoncepcionais
Profa. Adriana Moretti
Revisão: Ovulação e Fecundação
O ciclo menstrual é um processo cíclico decorrente da
secreção alternada de quatro principais hormônios:
• estrógeno e progesterona (secretados principalmente nos
ovários);
• Hormônio Luteinizante (LH) e Hormônio Folículo Estimulante
(FSH), os dois últimos, secretados pela hipófise.
https://www.youtube.com/watch?v=mhmcTP_rz2M
A: liberação pulsátil do LH e do FSH; 
B: aumento da quantidade de estrógeno; 
C: redução dos pulsos de LH e FSH; 
D: surtos pré-ovulatórios de LH e FSH; 
E: estrógeno e grandes quantidades de 
progesterona secretados devido à 
ovulação; 
F: não havendo fecundação a 
concentração de estrógeno e 
progesterona caem. 
SEM FECUNDAÇÃOSEM FECUNDAÇÃO
COM FECUNDAÇÃO
Conceito: 
Anticoncepção
❖Corresponde ao uso de métodos e
técnicas com a finalidade de impedir
que o relacionamento sexual resulte
em gravidez.
❖É recurso de Planejamento Familiar,
para a constituição de prole desejada
e programada de forma consciente.
Os métodos anticoncepcionais podem ser classificados de várias maneiras
MÉTODOS
ANTICONCEPCIONAIS
REVERSÍVEL
NATURAL
BARREIRA
HORMONAIS
DEFINITIVO
Laqueadura
Vasectomia
Temperatura basal
Tabelinha
Mecânica
Química
DIU
Orais
Injetáveis
Adesivos Transdérmico
Outros NÃO
Orais
Espermicidas
Preservativo masculino 
e feminino
DIU, Diafragma
Pílulas combinadas
Pílula de Progestagênio
(Minipílulas)
Trimestral
Mensal
Anel Vaginal
Implante subdérmico
DIU VERSUS DIAFRAGMA
DIU versus DIAFRAGMA: São usados internamente: o diafragma
fica no colo do útero, apoiado no osso púbico; o DIU fica dentro do
útero, próximo ao endométrio, pode ter ou não alguma hormônio
feminino.
O modo de usar o espermicida é bastante simples: basta colocar o
produto o mais próximo possível do colo do útero. Quando a
substância estiver na forma de comprimidos e tabletes, será
necessário colocar e aguardar pelo menos 15 minutos antes da
relação sexual. Dentre as substâncias mais utilizadas estão o
nonoxynol-9, o cloreto de benzalcônio, a clorexidina.
O manejo das 
situações que 
envolvem 
anticoncepção 
obriga
ao uso de 
alguns 
conceitos
1 - EFICÁCIA de um método contraceptivo
é a capacidade deste método de proteger
contra a gravidez não desejada e não
programada. É expressa pela taxa de falhas
próprias do método, em um período de
tempo, geralmente no decorrer de um ano.
O escore mais utilizado para este fim é o
índice de Pearl:
O manejo das 
situações que 
envolvem 
anticoncepção 
obriga
ao uso de 
alguns 
conceitos
2 - SEGURANÇA. É o potencial de o
método contraceptivo causar riscos à
saúde de quem o utiliza.
▪É avaliado pelos efeitos indesejáveis e
complicações que pode provocar.
▪Quanto maior a segurança do método,
menor será a probabilidade de trazer
qualquer tipo de problema à saúde de
quem faz seu uso.
O manejo das 
situações que 
envolvem 
anticoncepção 
obriga
ao uso de 
alguns 
conceitos
3 - ESCOLHA DO MÉTODO.
O critério mais importante para a escolha
de um método anticoncepcional é a opção
feita pelo(a) usuário(a).
O médico deve, sempre, privilegiar esta
opção e considerá-la prioritária.
Entretanto, nem sempre o método
escolhido poderá ser usado, tendo em vista
características clínicas evidenciadas que
podem contraindicar seu uso.
O manejo das 
situações que 
envolvem 
anticoncepção 
obriga
ao uso de 
alguns 
conceitos
3 - ESCOLHA DO MÉTODO.
O médico deve apresentar os demais
métodos possíveis à disposição da pessoa
interessada, explicando-lhe as suas
características,modo de uso, riscos e
benefícios, bem como a eficácia.
Os resultados do uso de qualquer método
anticoncepcional, eficácia, uso correto,
ausência de efeitos indesejáveis, são
diretamente relacionados com o grau de
comprometimento do usuário com a
eleição do método.
Anticoncepcionais 
Hormonais Orais
Os anticoncepcionais 
hormonais orais, também 
chamados de pílulas 
anticoncepcionais são 
esteróides utilizados 
isoladamente ou em 
associação com a finalidade 
básica de impedir a 
concepção.
TIPOS DE 
PÍLULA
Podem ser classificadas em:
❑ Combinadas são compostas
de dois hormônios sintéticos,
o estrogênio e o
progestogênio, semelhantes
aos produzidos pelo ovário da
mulher;
❑ Minipílula é constituída por
progestogênio isolado.
Pílulas 
Combinadas: 
Mecanismo 
de ação e 
eficácia
❖ O componente estrogênico inibe a
ovulação por suprimir LH e FSH e evita a
implantação.
❖ O componente progestagênico inibe a
ovulação suprimindo LH, engrossa o
muco cervical (evita o transporte do
espermatozóide) e afina o revestimento
endometrial (evita a implantação).
❖ São métodos muito eficazes quando
usados corretamente, podendo sua taxa
de falha ser da ordem de 0,1%, no
primeiro ano de uso. Em uso habitual,
atinge valores de 6 a 8%.
PÍLULAS 
COMBINADAS 
MONOFÁSICAS
PÍLULAS 
COMBINADAS 
MONOFÁSICAS
PÍLULAS 
COMBINADAS 
BIFÁSICAS
PÍLULAS 
COMBINADAS 
TRIFÁSICAS
Instruções de uso
1) No primeiro mês de uso, ingerir o 1° comprimido
no 1° dia do ciclo menstrual ou, no máximo, até o 5°
dia.
2) A seguir, a usuária deve ingerir um comprimido
por dia até o término da cartela, preferencialmente
no mesmo horário.
É importante verificar a cartela todas as manhãs no
sentido de certificar-se do seu uso no dia anterior.
Instruções de uso
3) Ao final da cartela (21 dias), fazer pausa de 7 dias e
iniciar nova cartela, independentemente, do dia de início
do fluxo menstrual. Se a cartela tem 22 pílulas, descansar
só 6 dias. Alguns tipos já possuem 7 dias de placebo,
quando deve ocorrer o sangramento, não sendo
necessário haver interrupção.
4) Caso não ocorra a menstruação no intervalo entre as
cartelas, a usuária deve iniciar uma nova cartela e procurar
o serviço de saúde para descartar a hipótese de gravidez.
Instruções de uso
5) Em caso de esquecimento de uso da pílula:
❑ No caso de esquecimento de uso de 1 pílula, a mesma deve
ser ingerida imediatamente e a pílula regular no horário
habitual ou ainda a ingestão das duas pílulas no mesmo
horário.
❑ No caso de esquecimento de 2 ou mais pílulas, a usuária
pode continuar a tomar a pílula mas deve utilizar, também, um
método de barreira ou pode ser orientada a interromper a
anticoncepção hormonal oral até a próxima menstruação.
Instruções de uso
6) Nos casos de vômitos e/ou diarréias, com duração de dois ou
mais dias, as relações sexuais devem ser evitadas ou o uso de
métodos de barreira, pois existem possibilidades da não-absorção
dos esteróides da pílula, com conseqüente perda da ação
anticonceptiva.
7) Não há necessidade de interromper o uso do método para
descanso, pois não existe amparo científico que o justifique, sendo
causa freqüente de ocorrência de gestações.
8) O exame clínico-ginecológico deve ser realizado em intervalos
regulares de 12 meses.
EVENTOS 
ADVERSOS E 
MANEJO
CLÍNICO
EVENTOS 
ADVERSOS E 
MANEJO
CLÍNICO
COMPLICAÇÕES
Acidente vascular cerebral.
Infarto do miocárdio.
Trombose venosa profunda.
Todas essas complicações acontecem com 
maior frequência em fumantes de qualquer 
faixa etária.
BENEFÍCIOS NÃO-
CONTRACEPTIVOS
Redução da doença inflamatória pélvica (DIP).
Redução da frequência de cistos funcionais de 
ovário.
Redução da incidência do adenocarcinoma de 
ovário.
Redução da frequência do adenocarcinoma de 
endométrio.
Redução da doença benigna da mama.
Redução da dismenorréia e dos ciclos 
hipermenorrágicos.
Redução da anemia.
INTERAÇÕES 
MEDICAMENTOSAS
❑Certas drogas são capazes de reduzir a
eficácia anticonceptiva da pílula,
principalmente nos tratamentos
prolongados. Nesses casos, deve-se
indicar métodos alternativos.
❑Os antiretrovirais (ARV) Efavirenz e
Nevirapina (não-nucleosídeos) e os
Nelfinavir e Ritonavir (inibidores da
protease), disponíveis para o controle
da infecção pelo HIV, interagem
diminuindo os níveis séricos dos
hormônios estrogênicos e, portanto,
sua eficácia contraceptiva.
EXEMPLOS DE 
INTERAÇÕES 
IMPORTANTES 
(Indução
Enzimática
Minipílulas
❖As pílulas só de progestagênios (PSPs) OU minipílulas,
consistem na administração oral de comprimidos que contêm
doses baixas de um progestagênio.
❖Por não conterem o componente estrogênio, estas pílulas são
indicadas, preferencialmente, em situações em que há
contraindicação absoluta ou relativa para o uso de
estrogênios, presença de efeitos adversos com o uso do
estrogênio ou durante a amamentação, pois parece não
interferir na produção do leite.
Minipílulas
São encontradas em embalagens contendo 28 ou 35 pílulas
ativas, sendo todos os comprimidos com a mesma composição
e dose.
Os contraceptivos hormonais orais só de progestágenos têm,
no Brasil, vários representantes no mercado farmacêutico, que
são:
Nome Comercial Substância ativa
Micronor®, Minipil®, Norestin® Noretisterona (0,35 mg)/37 comprimidos
Nortrel® Levonorgestrel (0,030 mg)/35 drágeas
Exluton® Linestrenol (0,5 mg)/28 comprimidos
Cerazette®, Nactali® Desogestrel (75 mcg)/28 comprimidos
Minipílulas: mecanismo de ação
– Espessamento do muco cervical impedindo, portanto, a
progressão do espermatozoide.
– Redução da motilidade tubária.
– Inibição da proliferação endometrial, determinando hipotrofia
ou atrofia.
– Algumas preparações podem promover a inibição da ovulação,
dependendo da dose e tipo do progestagênio. A resposta ovariana
com o uso das PSPs varia muito entre as mulheres, ocorrendo
ovulação entre 14% e 84% dos ciclos. A pílula contendo
desogestrel 75 mcg/dia suprime a ovulação em quase todos os
ciclos (97%).
Minipílulas: Benefícios
❖Diminuição da dismenorreia, menor risco de doença
inflamatória pélvica, diminuição dos sintomas de tensão pré-
menstrual e da mastalgia.
❖O regime de uso é mais simples e fixo, todas as pílulas são
iguais na aparência e na dosagem e não há intervalo livre da
pílula.
❖O retorno da fertilidade é imediato após a interrupção.
❖Por não conterem o estrogênio, têm menor risco de
complicações e praticamente não apresentam riscos
importantes à saúde.
Minipílulas: Benefícios
❖ Um estudo caso-controle da Organização Mundial da
Saúde não encontrou um aumento significativo do risco
para acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e
tromboembolismo venoso entre usuárias e não usuárias das
minipílulas.
❖Um estudo de coorte também não encontrou associação
significativa entre as minipílulas e troembolismo.
❖Podem reduzir as crises de falcização em mulheres
portadoras de anemia falciforme.
Praticamente todas as mulheres podem utilizar as minipílulas de
forma segura e eficaz, inclusive mulheres que:
❖ estejam amamentando (iniciando após seis semanas do parto);
❖ qualquer idade (inclusive adolescentes e mulheres acima de 40
anos);
❖ após aborto ou gravidez ectópica;
❖ tabagistas (independente da idade da mulher);
❖ antecedente de anemia (atual ou pregressa);
❖ portadoras de varizes;
❖mulheres infectadas com o HIV (utilizando ou não terapia
antirretroviral);
❖Recomendação especial deve ser dada às mulheres
infectadas pelo HIV: incentivar o uso concomitante dos
preservativos de maneira consistente e correta, pois ajudam a
prevenir a transmissão do HIV e outras DSTs. Os preservativos
também proporcionam proteção contraceptiva adicional para
mulheres em terapia ARV.
Minipílulas: Desvantagens
❖Necessidade de aderência cuidadosa e mudança no padrão
menstrual podendo causar desde amenorreia até
sangramento irregular com ciclos curtos ou longos,
sangramento ocasional ou prolongado.
❖Estão associadas com maior número de dias de sangramento
do que as pílulas combinadas.
❖Não oferecem

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