Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
OFICINAS DE EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO UNIDADE 1 ➔ WEBAULA 1 ➢ DESENHOS PRÓXIMOS Natureza morta: A escala dos objetos representados aproxima-se da proporção 1/1 em relação aos objetos reais. E busca pelo pormenor na observação dos objetos e na meticulosidade para o alcance de um grande realismo na imitação da natureza. ➢ DESENHOS DISTANTES São chamados também de paisagem. Os desenhos das paisagens naturais e urbanas caracterizam-se principalmente pela posição do observador diante da paisagem: proximidade ou afastamento. 1. Representação: Uma tradução com maior fidelidade através dos meios, técnicas, suportes e materiais associados à capacidade técnica de quem desenha. 2. Invenção: Níveis de afastamento com relação à realidade (artistas/arquitetos/designers criam obras provindas de exercícios de livre criação), uma expressão da subjetividade do criador. 3. Exploração e articulação no desenho: Mescla entre a representação e invenção, onde o Artista utiliza elementos colhidos da realidade, mas os transforma, alterando partes da realidade e/ou reorganizando-as em outras composições. Proximidade ou afastamento. 1. Macrovisão: é quando vemos detalhes arquitetônicos e de vegetação mais precisos, mas vemos um panorama maior. 2. Mesovisão: quando temos uma visão intermediária da construção fotografada. Permite que o olho humano perceba minimamente detalhes de textura. 3. Microvisão: é o isolamento de um elemento que está inserido num contexto, representando-o de forma mais aproximada. Apenas uma pequena parte é observada. ➢ EXPLORAÇÃO GRÁFICA DA PAISAGEM 1. Marinhas: o foco são os elementos aquáticos. 2. Terrestres: elementos terrestres são protagonistas. 3. Terra-água: mescla entre os elementos terrestre e aquáticos. ➢ PANORAMA Caracteriza-se pelas composições em que os espaços são amplamente extensos na sou horizontalidade. ➔ LIVRO Principais funções do uso do desenho durante um projeto: persuasão, registro do que existe, registro de ideias, especulação, planejamento e o processo desde o conceito até a proposta final. Um desenho pode ser realizado por meio da observação direta (uma pessoa está sentada em frente a uma casa desenhando exatamente essa casa) ou de memória (a pessoa esteve em frente à casa, mas a desenhou num outro dia, com base nas memórias visuais que guardou dessa casa). Do ponto de vista técnico, a natureza-morta é um retrato de objetos. Os desenhos das paisagens naturais e urbanas caracterizam-se principalmente pela posição do observador diante da paisagem: proximidade ou afastamento. Invenção: níveis de afastamento com relação à realidade. Mescla entre representação e invenção. ➔ WEBAULA 2 ➢ ESCALA TONAL ACROMATICA Valor tonal: propriedade física da luz que indica o grau relativo de luminosidade ou escuridão de uma imagem. Pontilhismo: essa técnica consiste em pequenos pontos que dão a sensação de se fundirem, provocando unidade visual, com efeitos de texturas e áreas de diferentes tonalidades. Tons esfumados: é uma técnica que se deve levar conta à superfície do material e a pressão exercida pela mão no instrumento de desenho. 1. Chiaroescuro(claro-escuro): efeitos da atmosfera criando ilusões de que os objetos representados eram circuncidados pelo espaço em todos os seus lados. 2. Sfumato: técnica de sombreamento, perfis imprecisos ou nebulosos. ➔ WEBAULA 3 ➢ HACHURAS PARALELAS E CRUZADAS São técnicas de desenha que usam a linha como elemento protagonista para, através de ações de justaposição e cruzamento, criarem efeitos de luz e sombra nos objetos representados. 1. Hachuras: Riscos ou traços repetidos formados por um instrumento de desenho, que produz linhas organizadas (geralmente paralelas) que criam os valores tonais. As hachuras podem ser paralelas ou cruzadas. 2. Hachuras paralelas: São definidas por uma série de traços relativamente paralelos realizados na mesma direção, sendo que estes traços podem ser longos ou curtos, feitos com régua ou desenhados à mão livre. 3. Hachuras cruzadas: São feitas a partir de uma ou mais séries de linhas paralelas que são cruzadas em diferentes direções e criam variações de valores tonais. Geralmente as hachuras cruzadas são utilizadas quando necessitamos empregar valores tonais mais baixos, pois com o acúmulo de sobreposições de linhas em diferentes direções conseguimos tons mais escuros. A linha é o elemento da linguagem visual que se apresenta como protagonista da técnica. Define-se a linha como ponto em movimento. Demarca espaços e registra um gesto numa superfície. Traça caminhos, dá lugar à forma, atribui dinamismo ao desenho de acordo com suas qualidades de espessura, comprimento e com a intenção no desenho. ➔ WEBAULA 4 ➢ ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO – CONTRASTE E PORPORÇÃO Harmonia: a. Elementos organizados de formas semelhantes: agrupamento, alinhamento e espaço. b. Equilíbrio – organização – sem grandes variações de cores, texturas, etc. c. Pode parecer estático. Contraste: a. Caracterizado pela oposição e diferença entre os elementos da composição. b. O contraste é enfatizado através da proximidade de diferentes elementos. c. Variações contrastantes geram dinâmica e interesse visual. Os contrastes intensos podem tornar as composições menos harmoniosas, mas também podem se tornar mais instigantes ao nosso olhar, mais entusiasmantes. Permite que algumas partes do desenho podem ser realçadas ou se tornar mais dominantes dentro do contexto apresentado. Os contrastes de tonalidades são os efeitos produzidos pela comparação de uma ou mais tonalidades diferentes. Luz e sombra no desenho – combinação de diferentes valorações dos tons pelo contraste, dando a sensação de volume do que está sendo representado. Nós identificamos as diferenças entre as tonalidades no desenho através da relação com o seu contexto, da relação entre as partes: “esse tom é mais escuro que esse”. ➢ CONTRASTES SIMULTÂNEOS Quando duas cores que são contrastantes em suas tonalidades estão justapostas, uma irá aprofundar as qualidades visuais da outra: a cor mais clara tornará a cor escura mais escura e a cor mais escura tornará a cor clara ainda mais clara. Isso acontece pelas relações entre as cores, as quais alteram a nossa percepção das mesmas. ➢ LUZ E CONTRASTE A qualidade, a quantidade e a origem da luz poderão influenciar nas intensidades de iluminação e contraste dos objetos. Uma luz direta é mais agressiva e gera altos contrastes de tonalidades, ressaltando os volumes de forma mais intensa. ➢ O CONTRASTE NA REPRESENTAÇÃO DE AMBIENTES Podemos observar essas diferenças de usos de tonalidades e os variados contrastes gerados nas representações de um mesmo ambiente. ➢ PROPORÇÃO Quando as proporções dos elementos representados no desenho se relacionam de forma lógica, ela irá criar efeitos de harmonia e equilíbrio. A proporção é observada através da comparação entre a altura e a largura dos motivos que estão a ser desenhados. É uma relação comparativa entre partes que considera a sua grandeza, quantidade ou a ordem. O cálculo das proporções é fundamental para que não ocorram representações errôneas do que se tem por objetivo. ➢ CARICATURAS As caricaturas são um exemplo de como as alterações das proporções são feitas de modo intencional para enfatizar uma ideia e um conceito através dos traços característicos da pessoa retratada. ➢ ESCALA HUMANA Em muitos desenhos de ambientes arquitetônicos internos e externos e de paisagens naturais torna-se importante a inclusão da figura humana para gerar a percepção da proporção das partes que o compõe. UNIDADE 2 ➔ WEBAULA 1 ➢ ESCALA TONAL E TEXTURAS ➢ CONCEITOS FUNDAMENTAIS Conhecer a aplicação de hachuras em superfícies complexas. Conhecer a aplicação da escala tonal em superfícies complexas. Compreender como as hachuras e escalastonais podem proporcionar a representação aproximada de volume, textura e luminosidade na superfície dos objetos complexos. ➢ ESCALA DE TONALIDADE E TEXTURA As hachuras, tramas e escalas tonais são as técnicas mais básicas e de fácil aplicação no desenho expressivo. É possível representar volume, textura e luminosidade de forma rápida e aproximada em objetos simples e complexos, apenas através da correta aplicação de linhas e manchas em tons gradativos. ➢ TIPOS DE HACHURAS E TRAMADOS As hachuras podem ser divididas em algumas categorias que apresentam diferenças, principalmente com relação à forma de desenhar as suas linhas: paralelas, cruzadas, unidirecionais, multidirecionais, curvas e pontos. As tramas unidirecionais e com linhas paralelas são as mais aplicadas em superfícies regulares e ortogonais. Em superfícies mais complexas, os tramados mais utilizados são os multidirecionais, cruzados e curvos. Além das hachuras e tramados, a escala tonal é outra técnica muito utilizada para representar as características das superfícies dos objetos. ➢ HACHURAS E ESCALAS TONAS EM FIGURAS COMPLEXAS O desenho de linhas paralelas da extremidade ao centro da curva em medidas progressivas, de medida menor nas extremidades e maior no centro para evidenciar o volume curvo dos objetos. ➔ WEBAULA 2 ➢ TIPOS DE FONTE DE LUZ No desenho de observação expressivo, temos três tipos básicos de luz que podem incidir por sobre um objeto: a. Luz mínima: oculta os detalhes dos objetos, mas acentua a sua forma e volume, através de traços luminosos desenhados nas arestas e vértices próximos ao olho do observador. b. Luz natural: é sempre propagada de forma paralela e segue alguns parâmetros: quando a fonte de luz é forte, a sombra projetada por ela deve ser intensa. Quando a fonte de luz é fraca, a sombra projetada por ela deve ser difusa, sem demarcação de contorno. Quanto mais próximo ao objeto está o ponto de luz, menor é a sombra projetada e quanto mais distante, mais alongada é essa sombra. c. Luz artificial: iluminados de forma radial. Sendo assim, os raios de luz serão sempre referenciados ao ponto (lâmpada) que os propaga, fazendo com que as sombras sejam projetadas em diversas direções diferentes. ➢ SOMBRA PRÓRIA E PROJETADA Sombra própria é o tipo de sombra que ocorre quando um objeto apresenta uma face exposta à luz e outra oculta. Sua ausência torna chapadas as suas formas, deixando-as sem profundidade e volume. Sombra projetada é a região do entorno imediato do objeto retratado que fica ocultada da fonte de luz. ➔ WEBAULA 3 ➢ PERSPECTIVA TONAL MONOCROMÁTICA A perspectiva tonal tem relação direta com a posição do observador e com a distância que o fundo do desenho, incluindo principalmente céu, paisagem e linha do horizonte, tem com o primeiro plano, através da diminuição gradual da nitidez, saturação e tamanho dos elementos. ➢ NITIDEZ, SATURAÇÃO E TAMANHO DOS ELEMENTOS À medida que a distância entre o observador e os objetos retratados aumenta, a saturação, a nitidez e a qualidade da representação dos detalhes, pormenores e sombras demonstrados pelo uso das hachuras e manchas tonais, deve diminuir com uma retirada gradual da saturação dos elementos. Caso tenhamos quatro camadas ou quatro planos predominantes na perspectiva, deveremos reduzir a saturação de cada camada proporcionalmente e sucessivamente em ¼, deixando a primeira mais próxima ao observador com as características mais perto das reais e as demais com ¼ a menos de saturação e nitidez até chegar ao céu ou último plano. O tamanho dos objetos também deve seguir esta lógica, diminuindo conforme se aproximam do ponto de fuga da perspectiva e da sua linha do horizonte. ➢ PERSPECTIVA TONAL COLORIDA Quando há a presença da cor nas perspectivas tonais, tem-se um novo ingrediente que auxilia na ilusão de ótica de aumento de profundidade: a temperatura da cor. Para aumentar a ilusão de ótica de profundidade, deve- se utilizar cores mais quentes nos planos mais próximos ao observador e mais frias nos planos que se distanciam dele. As categorizações das cores relacionadas com suas temperaturas, ou seja, se são quentes ou se são frias, tem relação direta com as sensações térmicas e psicológicas que estas produzem no ser humano. Deste modo, estabeleceu-se uma classificação abstrata das cores no que é chamado de círculo cromático. Este círculo traz uma escala de cores em que os seus tons mudam gradualmente e podem ser agrupados e classificados em faixas de cores com características comuns ou antagônicas. ➢ TEMPERATURA DAS CORES as cores frias são representadas principalmente pelo azul e o verde e em que predominam os tons de ciano, índigo, turquesa e roxo. Estas cores transmitem efeitos psicológicos, tais como serenidade, passividade, distanciamento, sentimentalismo e frieza. Por isso são recomendadas para utilização nos planos de fundo. As cores quentes estão na faixa oposta, representadas pelo amarelo, laranja e vermelho, que transmitem as sensações de calor, aconchego, vivacidade, excitação, aproximação e movimento. Desta forma, são indicadas para utilização no primeiro plano das perspectivas tonais coloridas. ➢ PERSPECTIVA TONAL ARQUITETÔNICA Em perspectivas arquitetônicas, devemos utilizar regras semelhantes àquelas empregadas na elaboração de elevações e fachadas em projetos de arquitetura. ➔ WEBAULA 4 ➢ CONCEITOS FUNDAMENTAIS Os principais indicadores de profundidade aplicados aos desenhos de observação: Perspectiva. Interposição. Dimensão. Textura. Inclinação. Cor. Luz/sombra. ➢ PERSPECTIVA A perspectiva mais utilizada para a evocação de profundidade é a tonal ou atmosférica, na qual é criada uma ilusão de ótica em que os objetos mais distantes do observador são representados como são realmente vistos, ou seja, menores, distorcidos, dispersos, fundidos com a paisagem, com a linha do horizonte. ➢ INTERPOSIÇÃO É obtida quando os objetos mais próximos cobrem parcialmente os mais distantes. Para a percepção adequada da sobreposição entre objetos que se tocam no desenho, deve-se enfatizar que estão separados entre si em outro plano em profundidade, através de gradiente de tamanho, da saturação de suas texturas e perda gradual de nitidez. ➢ DIMENSÃO O tamanho relativo entre os objetos, especialmente a altura, é muito importante quando quer evocar planos em profundidade, pois sempre enxergamos os objetos mais próximos maiores do que os objetos mais distantes. À medida que se afasta o objeto deve apresentar menos dimensão e contornos mentos precisos e nítidos. ➢ TEXTURA É responsável por criar sensações tácteis nos objetos e, caso seja bem representada, com perda gradual de nitidez e saturação nos objetos mais distantes do observador, é outro indicador importante de profundidade em uma cena. ➢ INCLINAÇÃO As linhas inclinadas são muitas vezes utilizadas como indicador de profundidade em um desenho de observação. A obliquidade de uma linha é um dos principais recursos de desenho para representar a profundidade em um plano. Deve-se ter atenção à disposição de arestas e dos vértices, para que não se sobreponham de tal forma a não representarem profundidade. ➢ COR Os tons de cor mais frios (mais próximos às matizes azuis) provocam uma sensação de maior distância na nossa retina e os tons mais quentes (próximos às matizes vermelhas) evocam sensação de proximidade. ➢ LUZ E SOMBRA A disposição das sombras em uma perspectiva sinaliza diferentes profundidades, hierarquia entre os planos e onde está localizada a fonte de luz, tornando possível a dedução de medidas, distância e altura. UNIDADE 3 ➔ WEBAULA 1 ➢ GESTALT É uma escola de psicologia experimental que teve sua origem em Frankfurt, Alemanha, no começo do século XX. As teorias de percepção sensorial da escola da Gestalt surgiramem decorrência de experimentos com ilusões de ótica. Para os teóricos da Gestalt, o cérebro possui um mecanismo interpretador dos estímulos visuais registrados pela retina, que separa o fenômeno visual da percepção visual: o fenômeno visual é externo ao observador e a percepção é resultante desse mecanismo fisiológico cerebral, sendo, então, independente de fatores culturais. ➢ LEI DA UNIDADE Aborda a percepção de unidades compositivas, sejam elas elementos isolados ou conjuntos de diferentes elementos que, pela composição, resultam na leitura de apenas uma unidade. ➢ LEI DA SEGREGAÇÃO Trata da identificação de diferentes unidades composicionais a partir do contraste: quanto maior o contraste, maior a facilidade para identificar unidades; e quanto menor o contraste, maior a fusão dos elementos da composição. ➢ LEI DA UNIFICAÇÃO Atua quando há harmonia e coesão em uma composição com múltiplos elementos. Quanto maior for a harmonia, mais intensa será a percepção de unidade da composição. ➢ LEI DO FECHAMENTO Exerce sobre a percepção visual uma tendência a unir partes separadas para a formação de superfícies unificadas, criando conexões inexistentes entre os elementos da composição e fechando-as. ➢ LEI DA CONTINUIDADE Atua no sentido de criar coerência através da fluidez sequencial dos elementos compositivos. Se houver um alinhamento coeso entre os elementos, tenderemos a percebê-los como uma unidade. Interrupções normalmente atrapalham uma boa continuidade. ➢ LEI DA PROXIMIDADE Quando percebemos a formação de unidades decorrentes de elementos adjacentes. Para que os elementos sejam percebidos como conjunto, não é imprescindível que resultem em uma forma conhecida; porém, caso o resultado seja coeso, haverá grande fortalecimento na percepção do conjunto. ➢ LEI DA SEMELHANÇA Favorece a percepção de unidades através de elementos com qualidades similares: forma, tamanho ou cor. Quanto maior for a semelhança entre os elementos compositivos, maior será a tendência de percebê-los coerentemente agrupados. ➢ LEI DA PREGNÂNCIA DA FORMA É a lei mais importante da Gestalt, pois diz respeito à qualidade do entendimento da forma: quando a composição possui legibilidade a ponto de sua leitura ocorrer sem dificuldades, sem equívocos, dizemos que há grande pregnância da forma, pois sua leitura aproxima-se do indubitável. ➔ WEBAULA 2 ➢ TEORIA DA LEITURA VISUAL É a Gestalt. Pode ser considerada uma espécie de “alfabeto”, útil para toda e qualquer composição artística, que permite uma articulação analítica e interpretativa da forma de qualquer objeto. Essa análise se dá a partir das seguintes etapas: 1. Exame e divisão do objeto em partes ou unidades principais. 2. Decomposição dessas unidades principais em suas outras unidades compositivas. 3. Identificação, análise e interpretação de cada uma das leis da Gestalt em cada unidade, com descrição e caracterização delas. 4. Conclusão da leitura visual, com interpretação da organização formal do objeto como um todo. Além da Gestalt, existem duas outras classes que servem de complementação parar essa teoria da leitura visual: Categorias conceituais fundamentais. Categorias conceituais técnicas visuais aplicadas. No entanto, essas categorias não devem ser utilizadas para juízo crítico ou para qualquer determinismo, criando automatismo ou relações de causa-efeito predeterminadas. ➢ CATEGORIAS CONCEITUAIS FUNDAMENAIS É dividido em três categorias: 1. Harmonia: é relacionada à configuração formal bem organizada no seu todo ou nas partes de um todo de um objeto. Predominam os fatores de equilíbrio, ordem e regularidade visual incorporados no objeto ou composição, objetivando, de forma geral, leituras rápidas e claras. 2. Equilíbrio: atua sobre um objeto de modo a compensar mutuamente as forças que agem sobre ele. Geralmente ocorre quando duas forças de igual intensidade agem em sentidos opostos. O esquema de um átomo expressa claramente o conceito de equilíbrio, com simetria axial entre os principais elementos, distribuição igual dos pesos visuais e complementaridade nas cores adotadas. 3. Contraste: A presença e a ausência de luz são as principais forças que caracterizam a categoria do contraste. Em todas as expressões artísticas, esta é uma das ferramentas mais potentes, frequentemente utilizada para intensificação de significado e simplificação da comunicação. ➢ CATEGORIAS TÉCNICAS VISUAIS APLICADAS Fatores de clareza, simplicidade, complexidade, minimidade, profusão, coerência, incoerência, exageração, arredondamento, transparência, opacidade, redundância, ambiguidade, espontaneidade, aleatoriedade, fragmentação, sutileza, difusidade, distorção e profundidade, superficialidade, sequencialidade, sobreposição, ajuste óptico e ruído visual. ➔ WEBAULA 3 ➢ ELEMENTOS VISUAIS PRIMÁRIOS DA FORMA Como conceito básico e essencial, o ponto, a reta, o plano e o volume são elementos abstratos. ➢ VOLUME, FORMA E FORMATO O volume é um elemento visual originado a partir da projeção paralela de um plano. É constituído por três dimensões: comprimento, largura e profundidade. Para ser considerado um volume, um objeto ou um espaço dever ter: a. Pontos ou vértices, para que denotem os seus cantos. b. Retas ou arestas, que denotem os seus lados. c. Planos ou superfícies, que configurem seus limites. Na Arquitetura e Design “Forma” refere-se a massa e volume, aspectos tridimensionais (aparência física), enquanto “Formato” refere-se ao aspecto ou perfil essencial e característico da sua aparência (aparência figurativa). A partir dos polígonos, dos quais os principais são quadrado, triângulo e círculo, podemos criar infinitas composições formais. Cubos, cones, cilindros e pirâmides caracterizam o grupo dos sólidos primários, que são originados através de operações geométricas a partir dos polígonos primários. ➔ WEBAULA 4 ➢ PROCESSO COMPOSITIVO POR REPETIÇÃO A forma mais primitiva de se imaginar um tratamento repetitivo, ou seja, que se caracteriza pela repetição organizada, ou não, de um padrão específico de superfícies é por meio da textura. Os módulos, na composição de um padrão, podem constituir sistemas de repetição, os quais se referem à maneira como estão organizados no conjunto. Eles podem ser classificados em três tipos básicos. 1. Alinhado: Sistema em que os módulos são repetidos segundo um alinhamento vertical e horizontal. 2. Não alinhado: Sistema em que os módulos são repetidos com deslocamento, nos sentidos horizontal, vertical ou em ambos. 3. Progressivo: Sistema em que os módulos são repetidos com tamanho ampliado ou reduzido porém com direção, sentido e proporções iguais. Os sistemas de repetição definem o padrão global de organização da repetição dos módulos. A esse padrão de posicionamento chamamos simetria, pois se refere ao posicionamento em relação aos outros módulos semelhantes e podem acontecer segundo 3 procedimentos básicos. a. Translação: o módulo é repetido com tamanho, direção e sentido iguais, porém, com posição deslocada, ao longo de um eixo dado (reto, curvo ou irregular). b. Rotação: o módulo é repetido com tamanho igual, porém, com rotação, no sentido horário ou anti-horário, em torno de um ponto, o qual pode ser interno ou externo ao módulo. c. Reflexão: o módulo é repetido com tamanho igual, porém, com uma simetria bilateral, formando um espelhamento plano a partir de um ou mais eixos dados. Apesar dos diversos padrões de articulações e operações entre os módulos, não existem fórmulas rígidas definindo a composição. Uma composição por repetição se faz a partir do conjunto organizado de unidades e da percepção que se tem da imagem final. UNIDADE 3 ➔ WEBAULA 1 ➢ ESTUDO DA COR E NUANCES A cor é uma consequência natural da luz, ou seja, sem luz não há cor. Entende-se que a cor é umaimpressão criada pelos olhos, ou seja, não existe de forma concreta. Por conta dessa descoberta, conseguiu-se entender que quando vemos uma cor em qualquer objeto, na verdade, estamos vendo a cor que ele reflete. ➢ CORES PRIMÁRIAS, SECUNDÁRIAS E TERCIÁRIAS São as cores primárias, captadas pela retina, que dão origem a todas as outras. As cores primárias – ou cores puras – são cores únicas, que não precisam da mistura de outras para se formarem. Elas não se decompõem em ouras cores, ou seja, não há mistura de luz ou pigmento que possa gerar esses matizes. A mistura de duas cores primárias dá origem a outra cor, que é denominada cor secundária. E da mistura de uma cor primária com uma cor secundária teremos uma cor terciária. 1. Cores primárias: vermelho, o amarelo e o azul. 2. Cores secundárias: laranja (vermelho + amarelo), o verde (amarelo + azul) e o roxo ou violeta (azul + vermelho). 3. Cores terciárias: são mais variadas, uma vez que as possibilidades de mistura são maiores. ➢ MATIZ, SATURAÇÃO E BRILHO Funcionam como as três dimensões da forma e são independentes uma da outra, ou seja, alterando uma não há interferência nas outras duas. 1. Matiz: é o aspecto cromático, é a forma como enxergamos a cor, ou melhor dizendo, é o nome da cor. Quando vemos o sistema RGB, por exemplo, estamos enxergando os matizes vermelho, verde e azul. 2. Saturação: é a pureza da cor. Essa pureza é determinada pela quantidade de cinza que é acrescida à cor. Quanto mais cinza, mais escura a cor ficará. Por isso, quanto menos cinza uma cor tiver, mais saturada ela será. 3. Brilho: quantidade de luminosidade de uma cor. Por exemplo, podemos ter uma escala de uma mesma cor com um tom mais escuro (adição de preto) e com um tom mais claro (adição de branco). A tonalidade mais clara possui mais brilho que a mais escura. ➢ PERCEPÇÃO HUMANA A psicologia das cores é um estudo que revela como captamos a cor e associamos a ela sensações e conceitos. ➔ WEBAULA 2 ➢ TÉCNICAS DE AGUADAS EM AQUARELA Molhado no seco O pincel é umedecido com água, passado na tinta e aplicado ao papel seco. Nessa técnica, é possível observar claramente a transparência dos pigmentos. Molhado no molhado O pincel é umedecido com água e passado no papel para umedecê-lo também. Somente após os dois estarem molhados é que a tinta será aplicada. O resultado é a formação de imagens pouco definidas. Seco no seco Pincel seco carregado somente com tinta e papel seco. Nesse caso, como não há diluição com água, as tintas assumem uma tonalidade mais forte e opaca. Seco no molhado Pincel seco e carregado com tinta é aplicado ao papel umedecido com água. O efeito produzido é parecido com a técnica do molhado no molhado, sendo que em menor intensidade. ➔ WEBAULA 3 ➢ PLANTA HUMANIZADA O intuito dela é apresentar ao cliente ou àquele que não conhece as normas técnicas de desenho, como será o projeto final da obra, fazendo-o compreender facilmente as dimensões do espaço. ➢ PLANTA BAIXA É um desenho técnico que representa o corte horizontal de uma edificação feito a 1,50 m do piso. Quando esse corte é feito, visualizamos a construção como se estivéssemos olhando de cima para baixo, sem o telhado. ➔ WEBAULA 4 ➢ DESENHOS DE PERSPECTIVAS COLORIDAS A perspectiva, assim como croqui, não tem a obrigação das normas do desenho técnico, porém, quando a intenção é usá-la em uma apresentação mais formal, há a necessidade de empregar corretamente os seus elementos básicos: a linha do horizonte, o ponto de fuga e o ponto de vista do observador. A forma e o espaço são os primeiros elementos que farão parte do desenho, pois é a forma que delimita o espaço. A forma é o contorno do espaço que representa a limitação do volume, podendo ter diversos planos (plano de base ou do piso, plano de cobertura ou plano do teto e o plano de sustentação das paredes). A escala é o sistema de relação das dimensões entre o desenho e o objeto real representado. Proporção é a relação de tamanhos entre os elementos de uma composição, assim como entre esses elementos e o todo. ➢ LUZ E SOMBRA Tem o propósito de torná-la o mais próxima possível da realidade ➢ TEXTURAS Elas são as responsáveis por essa sensação visual. Por meio delas conseguimos ter noção se determinada superfície é lisa, macia, rugosa, áspera ou ondulada. Esse é um bom recurso para diferenciar elementos no desenho. ➢ COR A cor pode ser considerada como o elemento agregador do projeto: enriquece os traços, transmite sensações, ressalta os detalhes e gera emoções no observador da imagem. Um recurso que pode agregar alto valor às perspectivas coloridas é o contraste. Podemos dizer que o contraste é a relação entre as cores que define e quantifica a diferença entre elas, ou seja, não há uma definição única para cada cor; cada uma se comporta de forma diferente quando justaposta à outra. Essa teoria foi formulada por Johannes Itten, e descrita em seu livro The Art of Color, ou A arte das cores, em português. Ele descreveu sete tipos de contrastes: 1. Contraste de matiz. 2. Contraste complementar. 3. Contraste simultâneo. 4. Contraste claro/escuro. 5. Contraste de quantidade ou valor. 6. Contraste de qualidade ou saturação. 7. Contraste quente/frio.
Compartilhar