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PM IV - N2 2

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Dor 
Julia Ragognete – 4º semestre 
 
Prevalência da dor na população geral 
§ Pós-operatório: 30% - 70% 
§ Emergência: 74% - 90% 
§ Câncer: 65% - 85% 
§ AIDS: 30% - 90% 
 
Prevalência de dor na APS 
 
Dor persistente: até 33% em países em 
desenvolvimento 
 
Dor crônica: grande variabilidade em sua 
prevalência (10,1% a 55,5%) 
§ 40% subtratado 
§ 20% depressão associada 
§ 61% incapacidade para o trabalho 
§ 19% perderam o emprego devido a dor 
§ 13% mudaram de emprego devido a 
dor crônica 
 
Prevalência de dor em pacientes de câncer 
§ 30% a 40 % dos doentes que estão em 
tratamento ativo da doença 
§ 70% a 90% dos doentes com doença 
avançada 
§ No Brasil estima-se que 62% a 90% 
dos doentes com câncer apresentam 
algum tipo de dor 
 
Conceituação da dor 
§ Dor é uma experiência pessoal que é 
influenciada, em graus variáveis, por 
fatores biológicos, psicológicos e 
sociais. 
§ Dor e nocicepção são fenômenos 
diferentes. 
§ A dor não pode ser determinada 
exclusivamente pela atividade dos 
neurônios sensitivos. 
§ Através das suas experiências de vida, 
as pessoas aprendem o conceito de 
dor. 
§ O relato de uma pessoa sobre uma 
experiência de dor deve ser 
respeitado. 
 
Embora a dor geralmente cumpra um papel 
adaptativo, ela pode ter efeitos adversos na 
função e no bem-estar social e psicológico. 
 
A descrição verbal é apenas um dos vários 
comportamentos para expressar a dor; a 
incapacidade de comunicação não invalida a 
possibilidade de um ser humano ou um animal 
sentir dor 
 
 
Anamnese completa 
§ Identificação: fatores relacionados a 
idade, ocupação 
§ Queixa principal e duração 
§ HPMA: quando iniciou, cronologia da 
queixa (tempo de dor), local, 
intensidade, 
frequência/duração/irradiação, 
características, fatores de melhora e 
piora, fator precipitante, impactos da 
dor na vida diária, impactos na 
funcionalidade e sintomas associados 
§ Tratamentos prévios e atual. 
§ Comorbidades 
§ Antecedentes 
§ História de consultas prévias 
relacionada a esta dor 
§ Medicamentos e analgésicos 
§ Todos os tratamentos utilizados ate o 
momento e o que foi benéfico e o que 
não foi 
§ Exame físico 
§ Exames complementares se necessário 
§ Tratamento clinico 
§ Qual a expectativa que o paciente 
possui com esta consulta 
 
Dor aguda ou crônica à tempo 
 
Dor aguda 
§ Duração: até 3 meses 
§ Associada à lesão 
§ Autolimitada 
§ Função de alerta (proteção) 
§ Pode disparar mecanismos 
neurovegetativos 
§ Exemplo: dor cirúrgica, 
procedimentos, invasivos, trauma, 
agudização de dor crônica, etc . 
 
O tratamento farmacológico adequado é o 
principal foco. Estratégias não farmacológicas 
são bem vindas mas secundárias na dor aguda 
 
Possui sintomas associados Atenção aos 
efeitos adversos, interação e comorbidades 
 
 
Dor crônica 
§ Persiste ou recorrente por tempo 
maior que 3 meses § Não se associada 
à lesão 
§ Não tem função de alerta 
§ Dificilmente irá disparar mecanismos 
neurovegetativos 
§ A doença em si 
§ Oncologica, Musculoesqueletica, etc. 
 
Comportamento do paciente com dor crônica 
§ Crenças errôneas 
§ Crenças disfuncionais 
§ Perda da funcionalidade 
§ Relaciona a dor a lesão 
§ Expectativa de cura 
§ Trocas e buscas médicas 
§ Polifarmácia 
§ Automedicação e desesperança 
§ Risco de efeitos adversos 
 
Tipos de dor crônica 
 
Dor Nociceptiva 
§ Pele, músculos, articulação, ossos, 
ligamentos 
§ Bem localizada 
§ Reproduzida por estimulo local da 
lesão 
 
Dor Visceral 
§ Ativação de receptores específicos em 
órgãos internos 
§ Mal localizada, referida para locais 
distantes de sua origem e 
frequentemente em CÓLICAS 
 
Dor Neuropática 
§ Decorrente de lesão ou doença do 
sistema nervoso (IASP) 
§ Resultante da excitabilidade 
aumentada do processamento da dor 
ou redução dos mecanismos inibitórios 
da dor 
§ Não tem relação direta com a 
gravidade da lesão 
§ Alteração de sensibilidade 
§ Alodinia, queima, choque, agulhada 
Dor Miofacial 
§ Dor musculoesquelética 
§ Musculo e fáscias musculares 
§ Dor profunda e mal localizada. 
Digitopressão evoca dor no 
local/distancia 
§ Pontos gatilhos (bandas tensas) ativos 
§ Tende melhorar no repouso e piorar 
ao movimento 
 
Como a dor chega até o córtex 
 
Transdução 
§ Estímulo nocivo à evoca impulso 
elétrico (terminações nervosas 
sensoriais = nociceptores) 
§ Normalmente inibido pela 
administração de fármacos 
(anestésicos locais, antinflamatorios e 
analgésicos simples). 
 
Mecanismo nociceptivo da dor 
§ Estímulos nocivos (térmicos, químicos, 
mecânicos) são convertidos em 
potenciais de ação nos nociceptores 
periféricos 
§ Substâncias (bradicinina, 
prostaglandinas, entre outras) 
produzidas pelos nociceptores, tecidos 
e células inflamatórias podem 
influenciar a transdução. 
 
Transmissão 
§ É o movimento de atividade elétrica 
pelo sistema nervoso periférico. 
§ A administração de bloqueios 
anestésicos regionais minimiza a 
transmissão do estímulo nociceptivo 
 
§ Fibras tipo A: Mielínicas 
§ Fibras tipo B: Amielínicas (não 
possuem a bainha de mielina) 
 
Modulação 
§ É a diminuição ou modificação na 
transmissão da atividade elétrica pelos 
nociceptores. 
§ A administração de opióides, bem 
como de agonistas α2 ativam o sistema 
modulador da dor 
 
 
Percepção 
 
 
 
 
Perguntas que devem ser feitas relacionadas 
a dor 
§ Data do início da dor 
§ Circunstâncias que podem estar 
relacionadas com a dor 
§ Formas de inicio: abrupta, gradual, 
insidiosa, paroxística 
§ Periodicidade e duração 
§ Evolução: piorou ou melhorou com o 
tempo 
 
Identificar a temporalidade da dor é 
importante para os ajustes analgésicos. 
Exemplos: 24h, somente em um período (M, 
T ou N), constante ou intermitente. 
 
Características ou Qualidade da dor: ajuda a 
identificar o mecanismo de base da dor. 
Exemplos: 
§ Dor em cólica: intestinal ou pélvica? 
§ Dor em queimação: esofagite? 
§ Dor pulsátil: enxaqueca? 
§ Dor em aperto: anginose? 
§ Dor em agulhadas: neuropática? 
 
Pedir ao paciente para a pontar de forma 
precisa onde se localiza a dor 
Dor irradiada ou referida? Se espalha para 
outros locais? 
 
Identificar possíveis fontes de piora de dor 
§ Banho 
§ Exercícios de reabilitação 
§ Eliminações fisiológicas (fezes, urina) 
§ Curativos ou procedimentos dolorosos 
§ Cuidados pessoais 
 
Impactos emocionais advindos da dor 
§ Ansiedade 
§ Irritabilidade 
§ Agressividade 
§ Isolamento 
§ Depressão 
 
Sinais e sintomas associados 
§ Náusea 
§ Inapetência 
§ Taquicardia 
§ Vomito 
§ Hipertensão arterial 
§ Sudorese 
 
Situações especiais 
§ Idosos 
§ Procedimentos dolorosos 
§ Dores intensas produzem dificuldade 
para o paciente falar 
§ Suspeitar de dor intensa súbita e 
Atentar para dor relacionada a funções 
vitais 
 
 
 
 
 
 
Segurança do 
paciente 
Julia Ragognete – 4º semestre 
 
Conceitos-chave 
 
 
 
Envolve ações promovidas pelas instituições 
de saúde e ensino para reduzir a um mínimo 
aceitável, o risco de dano desnecessário 
associado ao cuidado de saúde. 
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde 
(OMS), o conceito de Segurança do Paciente 
se refere à redução dos riscos de danos 
desnecessários associados à assistência em 
saúde até um mínimo aceitável. 
 
Metas Internacionais de Segurança do 
Paciente 
 
Em 2005, a Aliança Mundial para a Segurança 
do Paciente, identificou seis áreas de atuação, 
entre elas, o desenvolvimento de "Soluções 
para a Segurança do Paciente”. 
 
Nesse sentido, a OMS em conjunto com a 
Joint Commission International (JCI) – 
instituição referência de acreditação de 
organizações de saúde – estabeleceu seis 
metas de segurança do paciente. 
 
O objetivo dessas metas é promover 
melhorias específicas na segurança do 
paciente através de estratégias que abordamaspectos problemáticos na assistência a 
saúde, apresentando soluções baseadas em 
evidências. 
 
4ª Meta Internacional de Segurança do 
Paciente faz referência à cirurgia segura. 
 
Estima-se que 234 milhões de cirurgias 
extensas sejam realizadas pelo mundo a cada 
ano, correspondendo a uma operação para 
cada 25 pessoas vivas. 
 
Apesar das intervenções cirúrgicas poderem 
ser rentáveis no que diz respeito a vidas 
salvas e incapacidades evitadas, a falta de 
acesso à assistência cirúrgica de alta 
qualidade continua sendo um problema 
significativo em boa parte do mundo. 
 
A cirurgia é frequentemente o único 
tratamento que pode aliviar as incapacidades 
e reduzir o risco de mortes causadas por 
enfermidades comuns. 
 
Estima-se que a cada ano 63 milhões de 
pessoas sejam submetidas a cirurgias devido 
a injúrias traumáticas, outras 10 milhões de 
operações sejam realizadas por complicações 
relacionadas à gravidez e mais 31 milhões 
para tratar malignidades. 
 
 
Assegurar cirurgias com local de intervenção, 
procedimento e paciente correto 
 
Objetivo: 
Garantir que as cirurgias sejam feitas no local 
correto, com o procedimento correto e no 
paciente correto. Também visa aperfeiçoar a 
comunicação entre os profissionais 
envolvidos no processo. 
 
Como atender esta meta: 
 
Os passos para a cirurgia segura 
incluem: 
§ Educar os pacientes sobre a cirurgia 
que será feita e em qual local; 
§ Utilizar listas de verificações antes da 
indução anestésica, da incisão cirúrgica 
e do paciente deixar o centro 
cirúrgico. 
 
Identificação correta do paciente: 
 
confirmar o nome completo do paciente e 
número de prontuário na pulseira de 
identificação, conferir também dados do 
paciente na ficha de admissão, prontuário e 
termos de consentimento. 
 
Local de Intervenção correto: 
 
marcar o local da intervenção cirúrgica, se 
possível ainda com o paciente acordado e 
fora da sala de operação. Essa marcação deve 
ser realizada pelo profissional que fará o 
procedimento e ser visível mesmo após o 
paciente preparado e coberto. 
 
A pausa ou time out visa confirmar antes da 
cirurgia, se o local de intervenção, o 
procedimento e o paciente são os corretos e 
se todos os documentos e equipamentos 
necessários estão disponíveis e funcionando. 
 
Essa pausa, envolve toda a equipe cirúrgica e 
deve ser documentada no Check list. 
Estudos mundiais apontam que, anualmente, 
uma em cada 25 pessoas passa por um 
procedimento cirúrgico grande e um em cada 
150 pacientes morre devido a um incidente 
hospitalar. 
 
Protocolo com objetivo de “determinar as 
medidas a serem implantadas para reduzir a 
ocorrência de incidentes, eventos adversos e 
a mortalidade cirúrgica”, 
§ Entrada (antes da indução anestésica - 
sign in) 
§ Pausa (antes da incisão cirúrgica - 
time out) 
§ Saída (antes do paciente sair da sala 
cirúrgica - sign out) 
 
Demarcação do sítio cirúrgico, lateralidade 
§ A demarcação do sítio cirúrgico faz 
parte do protocolo internacional de 
conduta para indicação de lateralidade 
e tem o objetivo de reduzir erros em 
procedimento cirúrgico ou terapêutico 
invasivo. 
§ A identificação do sítio cirúrgico deve 
ser realizada por médico membro da 
equipe cirúrgica antes do 
encaminhamento do paciente para o 
local de realização do procedimento 
cirúrgico. Sempre que possível, tal 
identificação deverá ser feita com o 
paciente acordado e consciente, que 
confirmará o local da intervenção. 
§ O condutor deve confirmar se o 
cirurgião fez a demarcação do local da 
cirurgia no corpo do paciente naqueles 
casos em que o procedimento cirúrgico 
envolve lateralidade, múltiplas 
estruturas ou múltiplos níveis. 
 
Passos para demarcação da lateralidade: 
§ Até uma hora antes do procedimento 
cirúrgico ou terapêutico invasivo o 
médico assistente do paciente deverá 
verificar a agenda cirúrgica do dia; 
§ Fazer a Identificação Segura do 
Paciente conforme protocolo 
específica da instituição; 
§ Verificar de forma prévia o 
prontuário/exames do paciente a ser 
submetido ao ato cirúrgico/ 
procedimento invasivo; 
§ Solicitar à equipe de enfermagem a 
caneta dermatológica; 
§ Higienizar as mãos conforme protocolo 
específica da instituição; 
§ Apresentar-se ao paciente e/ou 
acompanhante responsável; 
§ Realizar confirmação junto ao paciente 
e/ou responsável legal o 
nome/identificação do procedimento e 
sítio cirúrgico; 
 
§ Esclarecer de forma prévia sobre a 
importância e necessidade de realizar 
a demarcação do sítio cirúrgico e 
solicitar assinatura do Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido 
(TCLE) para Cirurgia, conforme 
protocolo específico da instituição; 
§ Realizar a marcação do sítio cirúrgico 
com a caneta dermatológica onde será 
executado o procedimento; 
§ A marcação deve ser feita em um local 
que permita sua visualização após a 
colocação do campo operatório. 
§ A marcação padrão será um “alvo”, 
conforme figura abaixo. Não deve 
haver outros tipos de marcações. O 
“lado, estrutura ou níveis” que não 
serão abordados não devem receber 
nenhum tipo de marcação. 
 
Reduzir risco de lesões de queda dos 
pacientes 
 
Objetivo: Elaborar, implementar e monitorar 
ações preventivas para reduzir lesões 
decorrentes de quedas, através da avaliação e 
identificação de todos os pacientes segundo 
seu risco de queda. 
 
Como atender esta meta: 
 
Avaliando o risco de queda em todos os 
pacientes, reavaliando sempre que houver 
alterações clínicas e descrevendo na placa do 
leito o nível do risco de queda; 
Implementando medidas para minimizar o 
risco de quedas, conforme definido na Norma 
de Redução do risco de lesões ao paciente 
decorrentes de quedas. 
 
O protocolo que visa “reduzir a ocorrência de 
queda de pacientes nos pontos de assistência 
e o dano dela decorrente”, busca identificar 
os fatores físicos e do ambiente relacionados 
ao incidente e sugerindo intervenções: 
§ Avaliação do risco de queda; 
§ Identificação do paciente com risco 
com a sinalização à beira do leito ou 
pulseira; 
§ Agendamento dos cuidados de higiene 
pessoal; 
§ Revisão periódica da medicação; 
§ Atenção aos calçados utilizados pelos 
pacientes; 
§ Educação dos pacientes e dos 
profissionais; 
§ Revisão da ocorrência de queda para 
identificação de suas possíveis causas. 
 
As quedas no ambiente hospitalar são 
responsáveis por diversos danos e lesões aos 
pacientes. Estima-se que entre 30 e 50% dos 
casos gerem danos ao paciente, sendo que de 
6 a 44% destes são graves. Entre as 
consequências estão: 
§ Aumento da estadia hospitalar; 
§ Aumento dos custos assistenciais; 
§ Diminuição da credibilidade da 
instituição; 
§ Complicações legais. 
 
Medidas de Prevenção de Quedas 
§ Orientação e treinamento para 
prevenção de queda da equipe 
multidisciplinar; 
§ O folder de orientação de Prevenção 
de Queda em locais estratégicos; 
§ A importância da presença de um 
acompanhante (comunicar a equipe 
assistencial se não houver 
acompanhante); 
§ Manter a campainha ao alcance do 
paciente e orientá-lo quanto ao uso; 
§ Manter ao alcance do paciente os 
pertences e objetos mais utilizados 
como óculos; • Manter a cama na 
posição baixa e com rodas travadas; • 
Manter as grades de proteção 
elevadas; • Manter a área de circulação 
do paciente livre de obstáculos; • 
Orientar o paciente a solicitar auxílio 
sempre que necessário; • Orientar ao 
paciente e familiares a utilizar a luz de 
cabeceira durante a noite; • Colocar a 
pulseira de identificação do risco de 
queda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento da 
dor 
Julia Ragognete – 4º semestre 
 
Tratamento Não Farmacológico 
§ Fisioterapia: tens, alongamento, 
aplicação de frio/calor 
§ Posicionamento no leito 
§ Acupuntura 
§ Psicoterapia§ Musicoterapia 
 
Grupos farmacológicos 
§ Opióides 
§ Não opióides: - analgésicos simples - 
antiinflamatórios não hormonais ou não 
estreoidais -relaxantes musculares • 
Anticonvulsinates, Antidepressivos 
§ Anestésicos locais 
§ Ansiolíticos 
§ Bloqueios periféricos/regionais e PCA 
 
Controle da dor 
 
Estratégias básicas 
§ Vias de administração: 
- Endovenosa 
- Via Oral 
- Subcutânea 
- Neuroeixo (peridural e 
raquianestesia) 
 
§ Frequência: 
- Pelo relógio (de horário) + demanda 
(se necessário). 
- Bomba de infusão de analgesia 
controlada pelo paciente. 
- Intercalar os horários dos 
analgésicos. 
- SN e ACM. 
 
Resgate analgésico 
§ SN ≠ ACM (escape de dor e analgesia 
preventiva) 
§ Adiantar medicação 
§ Bolar medicação 
 
Opioides 
 
Classificação 
 
Agonistas 
§ Morfina 
§ Meperidina 
§ Sufentanil 
§ Fentanil 
§ Alfentanil 
§ Remifentanil 
§ Codeína 
§ Metadona 
Agonistas-antagonista 
§ Nalbufina 
 
Agonista parcial 
§ Buprenorfina 
 
Antagonistas 
§ Naloxona 
§ Naltrexona 
 
Tramadol 
§ Dor moderada 
§ Potência fraca para opióide 
§ Inibe recaptação norepinefrina e 
serotonina 
§ Baixo potencial para adição e para 
depressão respiratória 
§ Metabolismo hepático e eliminação 
renal dos metabólitos 
§ Dose teto: 400 mg/dia 
§ Apresentação: VO(gts e comp) e 
injetável 
 
 
Morfina 
§ Padrão ouro 
§ Dor moderada-intensa 
§ Não há dose teto, resgate 
§ Metabolismo hepático (M3G e M6G), 
Disponibilidade oral baixa, Eliminação 
renal 
§ Duração efeito dependente da via de 
administração 
§ Custo baixo, seguro 
§ Apresentação: VO (rápida e liberação 
lenta) e injetável 
§ PCA 
 
Oxicodona 
§ Dor moderada-intensa 
§ Menos efeitos adversos 
§ Boa disponibilidade oral (87%), 
Eliminação renal 
§ Dois picos de ação: 40-60 min e 6-7 h 
§ Apresentação: 10, 20 e 40mg 
§ Não esmagar ou dividir o comprimido 
 
 
Metadona 
§ Dor intensa 
§ Dor neuropática e resistente a morfina 
§ Lipossolúvel 
§ Bloqueia NMDA 
§ Início 30 a 60 min 
§ Boa disponibilidade oral (79%) 
§ Duração 4 a 6 h 
§ Deve ser utilizada por profissionais 
capacitados: 24 e 10-75h 
§ Tempo para dose ideal é longo 
 
Fentanil 
§ Dor intensa 
§ Altamente lipossolúvel 
§ Maior estabilidade concentração 
plasmática 
§ Curta duração ação (redistribuição) 
§ 100 a 300 vezes mais potente 
§ EV, SC e peridural (sem conservantes) 
 
Fentanil trasndérmico 
§ Baixo peso molecular alta solubilidade 
(gorduras e água) 
§ Rápida absorção inicial devido o 
gradiente [ ] e após mais vagaroso 
§ Conforto terapêutico 
§ Pico plasmático: 14-28h 
§ ½ vida terminal: 16-24h 
§ 4 tamanhos: 2.5, 5.0, 7.5, 100mg (ug/h) 
§ Troca adesivo: 48-72h 
 
Normeperidina 
§ Não indicada em dor aguda e 
principalmente dor cronica 
§ Efeitos: analgesia, excitação CNS 
§ Meia vida:15-20 h 
§ 200mg 
§ Sinais e sintomas: ansiedade , 
agitação, alteração do humor, 
tremores, espasmos, mioclonias e 
convulsões 
§ Não utilizar naloxona 
 
 
 
§ Tolerância 
§ Dependencia quimica: fisica e 
psicológica 
 - física: taquicardia, agitação, dor, 
espasmos abdominais, sudorese, 
coriza, lacrimejamento, calafrios, 
diarréia, piloereção, vômitos 
 - psicológica: vício ou adicção (uso 
indevido), buscador (prazer) 
§ Pseudovício ou Pseudoadicção (atraso, 
não valor, subtratamento) 
 
Anti-iflamatórios não Hormonais 
§ A potência varia conforme a dose, via 
de administração e mecanismo de dor 
§ Reduzem os efeitos colaterais dos 
opióides reduzindo suas necessidades 
em quase 25 a 50 % no período pós-
operatório 
§ Apresentam “efeito teto” para 
analgesia 
§ Agrupados conforme a seletividade de 
atividade sobre a COX 
 
Efeitos benéficos principais 
§ Diminuem a resposta inflamatória 
§ Reduz a dor de causa inflamatória 
§ Diminui a necessidade de opióide neste 
período 
§ Analgesia preventiva: dor no pós-
operatório e necessidade de opióide 
neste período 
 
Isoformas da Ciclooxigenases 
 
COX – 1 
§ enzima constitutiva 
§ encontrada na maioria das células e 
tecidos 
§ produção de PGs para manutenção de 
funções fisiológicas 
§ Especialmente importante: mucosa 
gástrica, rins, endotélio vascular e 
plaquetas 
 
COX – 2 
§ formação induzida processo 
inflamatório e interleucinas (IL1 , IL2 e 
TNFα) 
§ PGs que mediam inflamação, dor e 
febre • Constitutiva: rim e SNC 
 
 
 
Ácido aracdônico à inibição por AINH 
 
COX-1 (Constitutiva) 
§ Estômago 
§ Intestino 
§ Rim 
§ Plaqueta 
 
COX-2 (Indutível) 
§ Sítio Inflamatório 
§ Macrófagos 
§ Linfócitos 
§ Endotélio 
§ Céls de reserva 
 
AINH 
§ Inibem a COX de maneira reversível 
§ Há duas isoformas COX 1 
(constitucional) e COX 2 (indutível) 
§ Efeitos adversos dos Aines Þ anti-
COX 1 
§ Gastrite, úlcera, esofagite 
§ Insuficiência renal, hipertensão, 
retenção hídrica 
§ Distúrbios plaquetários, CVC e 
tromboembólicos 
 
Anti-COX 1 preferencial 
§ Aspirina 
§ Indometacina 
§ Piroxicam 
 
Anti-COX não seletivo 
§ Diclofenaco 
§ Ibuprofeno 
§ Naproxeno 
 
Anti-COX 2 preferencial 
§ Meloxicam 
§ Nimesulida 
 
Anti-COX 2 seletivo 
§ Celecoxib 
§ Rofecoxibe 
§ Valdecoxibe 
§ Parecoxibe 
§ Lumeracoxibe 
 
Adjuntos e analgésicos simples 
 
Dor leve e associações 
Dipirona 
§ Analgésica, antipirética, 
antiespasmódica e antiinflamatória 
fraca 
§ Conflito sobre seu agrupamento, 
mecanismo de ação não claro. 
Acredita-se ação central 
§ Agranulocitopenia (risco 1,1/milhão) • 
Dose: 25-30mg/kg (máx 8g/dia) 
 
Acetaminofeno 
§ Analgésico, antitérmico e desprezível 
ação antiinflamatória 
§ Conflito sobre seu agrupamento, 
mecanismo de ação não claro, 
acredita-se ação central 
§ Hepatotoxicidade 
§ Dose: 4g/dia 
 
Dor neuropática, resistentes, causa 
complexas 
 
 
Antidepressivo tricíclico 
§ Diminuição da sobrecarga de 
informação que a via aferente 
conduzirá ao cérebro, para posterior 
decodificação 
§ Exemplos: amitriptilina, imipramina e 
nortriptilina 
§ Doses baixas 
§ Início de ação: 3 a 7 dias 
 
Anticonvulsivante 
§ Dor neuropática, pós operatória, dor 
cronica 
§ Exemplos: gabapentina, carbamazepina 
 
Anestésicos Locais 
§ Bloqueio nervo periférico 
§ Pontos gatilhos 
§ Infiltrações 
§ Peridural 
§ Raquidiana Exemplos: bupivacaína, 
ropivacaina, levobupivacaina 
NUNCA ENDOVENOSA (pode causar 
convulsões e PCR irreversível) 
 
Modo de Ação 
§ Bloqueio progressivo transmissão 
impulsos nervosos simpáticos sem 
ação no SNC 
§ Regional, metamérica 
§ Dependente do volume e concentração 
§ Tempo de ação médio de 1, 4 - 
12horas 
 
Efeitos adversos dos Opióides 
 
§ Depressão respiratória 
§ Sedação ,sudorese, náuseas e vômitos, 
miose, rigidez muscular 
§ Vasodilatação, bradicardia, depressão 
miocárdica 
§ Retardo do esvaziamento gástrico, 
constipação 
§ Prurido 
§ Alergia (rara) 
§ Retenção Urinária 
 
Efeitos adversos dos AINH 
 
Desenvolvimento de inibidores da COX-2 
§ 1 a cada 5 pacientes evolui com úlcera 
endoscópica 
§ 1 a cada 68 pacientes com úlcera 
sintomática 
§ 1 a cada 145 pacientes evolui com 
úlcera sangrante 
§ a cada 1200 pacientes morre por 
sangramento TGI 
§ EUA 100mil são internados por 
eventos do TGI induzido por AINH 
§ Reino Unido 20% dos atendimentos de 
emergência eram por queixas do TGI 
 
Técnica Avançadas de Analgesia 
 
Bloqueios periféricos e regionais 
§ Periféricos (anestésicos locais): 
infiltração, bloqueio paravertebral, 
etc. 
§ Peridural contínua: anestésico local 
+ opióide lipofílico • Peridural 
(punção única): anestésico local, 
opióide hidrofílico ou lipofílico, 
corticóide 
§ Raquidiana 
 
Bloqueios periféricos 
§ Periféricos (anestésicos locais) 
- punção única ou contínua 
- infiltraçao, pontos gatilhos, bloqueio 
paravertebral, etc 
 
 
Bloqueios periféricos e regionais 
§ Peridural contínua: anestésicolocal + 
opióide lipofílico 
§ Peridural (punção única): anestésico 
local, opióide hidrofílico ou lipofílico, 
corticóide 
§ Raquidiana 
 
Analgesia Controlada pelo Paciente - PCA 
§ Modo de infusão: contínuo, bolus, 
contínuo + bolus 
§ Intervalo de bloqueio (tempo) 
§ Limite de 4 horas (dose) 
§ Disparador 
§ Histórico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imobilização: 
Indicação e Técnicas 
Julia Ragognete – 4º semestre 
 
Marcha 
§ Pedir para o paciente dar alguns 
passos, ida e volta 
§ Ritmo da marcha, habilidade de se 
virar, assimetrias 
§ Examinador realiza inspeção estática - 
musculatura (trapézio, glúteo) simetria 
, alinhamento da coluna, região 
poplítea, edemas e pés. 
 
Coluna: 
§ Inspeção posterior (escoliose) e lateral 
(cifoses e lordoses) 
§ Flexão lateral de pescoço 
§ Tocar os polegares (flexão de coluna) 
§ Abertura de mandíbula e lateralização 
 
Braços: 
§ Simetria 
§ Musculatura Peitoral 
§ Músculos do ombro 
§ Extensão normal dos cotovelos 
§ Flexão Lateral da coluna cervical • 
Movimentação da mandíbula (Artrite 
reumatoide ou doença inflamatória das 
articulações) 
§ Apenas antebraços elevados, mãos em 
pronação 
§ Mãos em supinação 
§ Fechar as mãos 
§ Movimentos de pinça 
§ Apertar dedos do examinador 
§ Pressão sobre metacarpofalangiana 
 
Membros superiores 
§ Mãos atrás da cabeça e rotação 
externa de ombros 
§ Movimento Umeral 
§ Flexão de cotovelo 
§ Capacidade de AVDs ( pentear o 
cabelo e escovar os dentes 
 
Pernas: 
§ Paciente deitado, testar flexão de 
joelhos e quadril 
§ Rotação interna de quadril 
§ Patela 
§ Pés 
§ Pressionar metatarsofalangianas 
 
Fratura 
§ Fratura é a ruptura (quebra) total ou 
parcial da estrutura óssea, pode ser 
fechada ou exposta. 
§ Fratura fechada é quando não há o 
rompimento da pele. 
§ Fratura exposta é quando há o 
rompimento da pele, muitas vezes 
causado pelo próprio fragmento ósseo, 
ficando o osso exposto ao meio 
ambiente, facilitando o contato com 
bactérias e o risco de infecção. De 
maneira geral, fratura em membros 
não oferece maiores riscos, podendo 
ser tratadas depois de problemas mais 
graves. 
 
Como constatar uma fratura 
§ Procure deformações 
§ Palidez e cianose nas extremidades • 
Espasmos na musculatura 
§ Ferimentos 
§ Dor á manipulação delicada 
§ Enchimento capilar lento (edema) 
§ Comprometimento da sensibilidade 
 
 
Princípios básicos: 
§ Avaliar função circulatória e 
neurológica, antes e apos imobilização 
§ Imobilizar na posição encontrada, se 
pulso presente 
§ Fratura de osso longo: imobilizar 
articulação acima e articulação abaixo 
§ Fratura articular: imobilizar osso longo 
acima e osso longo abaixo 
§ Fixar as talas da região distal para 
proximal 
§ Preencher os vãos naturais 
 
Imobilizações Provisórias 
§ Podem ser aplicadas no momento do 
traumatismo 
§ Reduzem a dor do paciente 
§ Reduzem a lesão nervosa e vascular, 
evitando compressão de vasos e 
nervos entre os fragmentos e evitando 
estiramentos pelo aumento da 
angulação do local da fratura 
§ Reduzem o risco de conversão 
inadvertida de uma fratura fechada em 
uma fratura exposta 
§ Facilitam o transporte do paciente e a 
realização de radiografias 
 
Divididas em: 
§ Tipóia: usada para imobilização de 
descanso de membro superior. 
§ Colar: usado para imobilização da 
coluna cervical. 
§ Apoio: imobilização de apoio e 
estabilização para o membro 
acometido. 
§ Tração: diminui a dor do traumatizado 
durante o transporte. 
§ Tala maleável: imobilização de 
segmento traumatizado. 
§ Prancha: imobilização da coluna 
vertebral 
 
Entorse ou Luxação 
 
Entorse - é uma torção forçada de uma 
articulação, resultando em ruptura parcial dos 
ligamentos de suporte e pode resultar em 
danos graves aos vasos sanguíneos e 
tendões. 
 
Luxação - ocorre quando o contato articular 
dos ossos que formam a articulação é 
completamente perdido. Pode ser 
clinicamente identificadas pelo formato ou 
alinhamento anormal das partes do corpo. As 
luxações mais comuns são as do ombro, 
polegar, patela e quadril. 
 
§ Toda fratura ou suspeita de fratura 
deve ser imobilizada 
§ Luxações: se não houver prejuízo do 
suprimento vascular, não realizar 
redução sem radiografia prévia 
§ Avaliar sangramentos, exposição 
óssea, pulsos periféricos 
§ Evitar reentrada de osso exposto 
 
Após imobilizar: Reavaliar pulso, cor, 
sensibilidade e temperatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcha e 
equilíbrio 
Julia Ragognete – 4º semestre 
 
Cada pessoa tem um modo próprio de andar, 
extremamente variável, individualizado pelas 
suas características físicas e mentais. 
 
Ao observar a maneira pela qual o paciente 
se locomove é possível, em algumas afecções 
neurológicas, suspeitar do ou fazer o 
diagnóstico sindrômico. O paciente deve 
caminhar tranquilamente e do modo mais 
natural possível 
 
SOLICITE: ao paciente que caminhe mais 
rápido, na ponta dos pés, com os calcanhares; 
por fim com um pé na frente do outro sobre 
uma linha no solo (marcha em tandem). 
 
OBSERVAR: 
§ simetria das passadas, velocidade, 
agilidade, balanço, movimento dos 
braços e viradas 
§ deformidade ortopédica limitante 
 
Diblasias 
 
Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica: 
 
incapacidade de aumentar a velocidade de 
locomoção ou de adaptar-se às 
irregularidades do solo, além da dificuldade 
de elevar o pé durante a caminhada, sendo 
que o joelho não flexiona. Ao andar o 
paciente levanta o membro afetado, 
inicialmente para fora, depois para frente, 
executando um movimento ao redor da coxa, 
como se ceifasse algo no chão. A oscilação 
dos braços está comprometida o membro 
superior fletido em 90°C no cotovelo e em 
adução, e a mão fechada em leve pronação 
Causas. Acidente vascular encefálico (AVE). 
 
Marcha anserina ou do pato: 
 
Para caminhar o paciente acentua a lordose 
lombar e vai inclinando o tronco ora para a 
direita, ora para a esquerda, alternadamente, 
lembrando o andar de um pato. É encontrada 
em distrofia muscular ou doenças musculares 
e traduz diminuição da força dos músculos 
pélvicos e das coxas. 
 
Marcha parkinsoniana (propulsiva): 
 
O doente anda como um bloco, enrijecido, 
sem o movimento automático dos braços. A 
cabeça permanece inclinada para a frente, 
enquanto os braços permanecem estendidos e 
imobilizados, rentes ao corpo. Os quadris e os 
joelhos ficam semicurvados e os passos são 
miúdos e cada vez mais rápidos, com 
aceleração involuntária da deambulação dando 
a impressão de que o paciente “corre atrás do 
seu centro de gravidade” e vai cair para a 
frente. Ocorre nos portadores da doença de 
Parkinson e esclerose múltipla. 
 
Marcha atáxica cerebelar ou marcha do ébrio: 
 
Estão afetados o controle postural e a 
coordenação dos movimentos. Ao andar 
observa- se falta de equilíbrio, o paciente 
caminha cambaleando, como se fosse cair. 
Anda batendo o pé, alargando a base e 
mantendo os olhos fixos no chão. O doente 
ziguezagueia como um bêbado. Esse tipo de 
marcha traduz incoordenação de movimentos 
em decorrência de lesões do cerebelo, 
principalmente 
 
Marcha tabética (talonante): 
 
Para se locomover, o paciente mantém o 
olhar fixo no chão; os membros inferiores são 
levantados abrupta e explosivamente, e, ao 
serem recolocados no chão, os calcanhares 
tocam o solo de modo bem pesado. Com os 
olhos fechados, a marcha apresenta 
acentuada piora, ou se torna impossível. 
Indica perda da sensibilidade proprioceptiva 
por lesão do cordão posterior da medula ou 
da inervação periférica. Causas. Neurossífilis 
(tabes dorsalis), polineuropatia periférica. 
 
Marcha de pequenos passo: 
 
É caracterizada pelo fato de o paciente dar 
passos muito curtos e, ao caminhar, arrastar 
os pés como se estivesse dançando 
“marchinha”. Traduzperda da plasticidade 
das estruturas cerebrais que comandam a 
deambulação. Paciente tem grande risco de 
queda. Causas. Senilidade, doença de 
Alzheimer. 
 
Marcha vestibular: 
 
O paciente com lesão vestibular (labirinto) 
apresenta lateropulsão quando anda; é como 
se fosse empurrado para o lado ao tentar 
mover-se em linha reta. Se o paciente for 
colocado em um ambiente amplo e lhe for 
solicitado ir de frente e voltar de costas, com 
os olhos fechados, ele descreverá uma figura 
semelhante a uma estrela, daí ser denominada 
também marcha em estrela. 
 
Marcha escarvante: 
 
Quando o doente tem paralisia do movimento 
de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar 
toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para 
evitar isso, levanta acentuadamente o 
membro inferior, o que lembra o “passo de 
ganso” dos soldados prussianos. 
 
Marcha claudicante: 
 
Ao caminhar, o paciente mancará em um dos 
lados. Ocorre na insuficiência arterial 
periférica, em lesões do aparelho locomotor e 
na estenose do canal vertebral lombar. 
Causas. Afecções articulares, mm ou ósseas 
que se acompanham de dor. 
 
Marcha em tesoura ou espástica: 
 
Os dois membros inferiores enrijecidos e 
espásticos permanecem semifletidos, os pés 
se arrastam e as pernas se cruzam uma na 
frente da outra quando o paciente tenta 
caminhar. O movimento das pernas lembra 
uma tesoura em funcionamento. Bastante 
frequente nas manifestações espásticas da 
paralisia cerebral. 
 
Terminado o estudo da marcha, solicita-se ao 
paciente continuar na posição vertical, com os 
pés juntos, olhando para frente. nessa 
postura, ele deverá permanecer alguns 
segundos. Faremos a avaliação de equilíbrio e 
coordenação 
 
 
 
 
Equilíbrio estático 
 
O equilíbrio e a orientação estão relacionados 
com o labirinto, os canais semicirculares, os 
quais constituem o sistema vestibular 
periférico. Avaliamos para descartar 
possíveis alterações vestibulares quando o 
paciente refere sintomas de vertigem, tontura 
e desequilíbrio 
 
Sinal ou teste de Romberg: 
 
solicitar ao paciente que fique em pé com os 
pés juntos, olhando fixamente um ponto a 60 
cm e com os braços juntos ao corpo; O teste 
deve durar 30 segundos com olhos abertos e 
30 segundos com olhos fechados; 
§ Romberg negativo se mantiver o 
equilíbrio (ou pequenas oscilações) 
com os olhos fechados 
§ Romberg positivo se apresenta 
oscilações importantes, desequilíbrio 
ou forte tendência à queda para 
qualquer lado ao fechar os olhos. 
 
A tendência para a queda pode ser: 
1) para qualquer lado e imediatamente 
após interromper a visão, indicando 
lesão das vias de sensibilidade 
proprioceptiva; 
2) sempre para o mesmo lado, após 
transcorrer pequeno período de 
latência, traduzindo lesão do aparelho 
vestibular 
 
Coordenação 
 
Na execução dos movimentos, por mais 
simples que sejam, entram em jogo 
mecanismos reguladores de sua direção, 
velocidade e medida adequadas, que os 
tornam econômicos, precisos e harmônicos. 
Não basta, portanto, que exista força 
suficiente para a execução do movimento; é 
necessário que haja coordenação na atividade 
motora. Coordenação adequada traduz o bom 
funcionamento de, pelo menos, 2 setores do 
sistema nervoso: O cerebelo (centro 
coordenador) e a sensibilidade 
proprioceptiva. 
 
A perda de coordenação é denominada ataxia, 
a qual pode ser de três tipos: cerebelar, 
sensorial e mista. Nas lesões da sensibilidade 
proprioceptiva, o paciente utiliza a visão para 
fiscalizar os movimentos incoordenados. 
Cerradas as pálpebras, acentua-se a ataxia. 
Tal fato não ocorre nas lesões cerebelares. 
 
a) Prova índex-nariz: 
 
com o membro superior estendido 
lateralmente, o paciente é solicitado a tocar a 
ponta do nariz com o indicador. Repete-se a 
prova algumas vezes: primeiro, com os olhos 
abertos e, depois, fechados. O paciente deve 
estar de preferência de pé ou sentado 
 
b) Prova calcanhar joelho: 
 
na posição de decúbito dorsal, o paciente é 
solicitado a tocar o joelho oposto com o 
calcanhar do membro a ser examinado. A 
prova deve ser realizada várias vezes, de 
início com os olhos abertos; depois, fechados. 
Nos casos de discutível alteração, 
“sensibiliza-se” a prova mediante o 
deslizamento do calcanhar pela crista tibial, 
após tocar o joelho. Diz-se que há dismetria 
(distúrbio na medida do movimento) quando o 
paciente não consegue alcançar com precisão 
o alvo 
 
Prova dos movimentos alternados. 
Com paciente sentado, solicitar que o 
paciente realize movimentos rápidos e 
alternados, com olhos abertos e 
posteriormente fechados, como: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões 
elementares 
Julia Ragognete – 4º semestre 
 
Alterações da cor: 
 
Mancha ou mácula: 
§ Área circunscrita de coloração 
diferente da pele normal, no mesmo 
plano do tegumento e sem alterações 
na superfície 
§ Divisão das manchas: 
- Pigmentares 
- Vasculares 
- Hemorrágicas 
- Por deposição pigmentar 
 
Manchas pigmentares: 
§ Decorrem de alterações do pigmento 
melânico 
§ Subdividem-se em 3 tipos: 
- Hipocrômicas e/ou acrômicas: 
diminuição e/ou ausência de melanina. 
- Hipercrômicas: aumento da melanina 
- Pigmentação externa: substâncias 
aplicadas topicamente que produzem 
manchas do cinza ao preto. 
 
 
Hipo 
 
Hiper 
er 
 
 
 Pig. Externa 
 
Manchas vasculares: 
§ Decorrem de distúrbios da 
microcirculação da pele.Subdividem-se 
em 2 tipos: 
§ Telangiectasias: dilatações dos vasos 
terminais (arteríolas, vênulas e 
capilares) 
§ Mancha eritematosa ou hiperêmica: 
decorre de vasodilatação, tem cor 
rósea ou tom vermelho-vivo 
 
Manchas hemorrágicas: 
§ Decorrentes de sangue extravasado. 
§ Causas: traumatismos, alterações 
capilares e discrasias sanguíneas - 
púrpura 
§ De acordo com a forma e o tamanho, 
subdividem-se em 3 tipos: 
§ Petéquias: puntiformes e com até 1 cm 
de diâmetro • Víbices: quando formam 
uma linha 
§ Equimoses: quando são em placas, 
maiores que 1 cm de diâmetro 
 
Coloração das equimoses: 
Períodos: 
§ Até 48 horas – avermelhadas 
§ De 48 a 96 horas - arroxeadas 
§ Do 5o ao 6o dia - azuladas 
§ Do 6o ao 8o dia – amareladas 
§ Após o 9o dia a pele volta à coloração 
normal. 
§ 
 
 
Diagnóstico diferencial: 
 
Manchas vasculares X Manchas hemorrágicas 
§ Vasculares: desaparecem com 
digitopressão ou vitropressão 
 
Equimose X Hematoma 
§ Hematoma: extravasamento suficiente 
para produzir elevação da 
pele 
 
Manchas por deposição pigmentar: 
Decorrem de depósitos de pigmentos. 
Subdividem-se em 2 tipos: 
§ Orgânicos: hemossiderina, bilirrubina, 
caroteno 
§ Exógenos: corpos estranhos 
(tatuagem), pigmentos metálicos 
(prata, bismuto) 
 
Elevações edematosas: 
§ Elevações causadas por edema na 
derme ou hipoderme. 
§ Enquadra-se a lesão urticada ou do 
tipo urticária, que corresponde a 
formações sólidas, uniformes, de 
formato variável (arredondadas, 
ovalares, irregulares), em geral 
eritematosas, e quase sempre 
pruriginosas, resultando de um edema 
dérmico circunscrito. 
 
Formações sólidas: 
§ Elevações sólidas de dimensões 
variáveis 
§ Divisão: 
- Pápulas 
- Tubérculos 
- Nódulos, nodosidades e gomas 
- Vegetações 
 
Pápulas: 
Elevações sólidas da pele, de pequeno 
tamanho (até 1,0 cm de diâmetro), 
superficiais, bem delimitadas, com bordas 
facilmente percebidas quando se desliza a 
polpa digital sobre a lesão. (espinhas e 
foliculite) 
 
 
Tubérculos: 
Elevações sólidas, circunscritas, de diâmetro 
maior que 1,0 cm, situadas na derme. 
Normalmente da mesma cor da pele normal. 
 
 
 
Nódulos, nodosidades e goma: 
§ Formações sólidas localizadas na 
hipoderme, maisperceptíveis pela 
palpação do que pela inspeção 
§ Subdivisão: 
- Nódulos: tamanho pequeno 
- Nodosidades: maior volume 
- Gomas: nodosidades que tendem ao 
amolecimento e ulceração com 
eliminação de substância semissólida 
 
 
 
Vegetações: 
Lesões sólidas, salientes, lobulares, filiformes 
ou em couve-flor, de consistência mole e 
agrupadas em maior ou menor quantidade. 
 
 
 
Coleções líquidas: 
§ Lesões com conteúdo líquido 
§ Divisão: 
- Vesícula Bolha 
- Pústula 
- Abscesso 
- Hematoma 
 
Vesícula: 
§ Elevação circunscrita da pele que 
contém líquido em seu interior com 
diâmetro < 1,0 cm. 
§ Diagnóstico diferencial com pápula: 
conteúdo líquido – palpação, punção 
 
 
 
Bolha: 
Elevação da pele contendo substância 
líquida em seu interior com diâmetro 
superior a 1,0 cm 
 
Pústula: 
Vesícula de conteúdo purulento 
 
 
 
Abscesso: 
§ Coleção purulenta, mais ou menos 
proeminente e circunscrita, de 
proporções variáveis, flutuantes, de 
localização dermo-hipodérmica ou 
subcutânea. 
§ Abscessos quentes: presença de 
sinais inflamatórios 
§ Abscessos frios: ausência de sinais 
flogísticos 
 
 
 
Hematoma: 
Formação circunscrita, de tamanho variado, 
decorrente de derrame de sangue na pele ou 
nos tecidos subjacentes 
 
Alterações da espessura: 
 
Divisão: 
 
Queratose: 
Modificação circunscrita ou difusa da 
espessura da pele, que apresenta 
espessamento da camada córnea e torna-se 
dura e inelástica 
 
 
 
Espessamento ou infiltração: 
Aumento da consistência e da espessura da 
pele que se mantém depressível, limites 
imprecisos 
 
 
 
Liquenificação: 
Espessamento da pele com acentuação das 
estrias, resultando em um quadriculado em 
rede como se a pele estivesse sendo vista 
através de uma lupa 
 
 
 
Esclerose: 
§ Aumento da consistência da pele que 
se torna mais firme e aderente aos 
planos profundos, difícil de formar 
pregas 
 
 
 
Edema: 
Acúmulo de líquido no espaço intersticial, a 
pele torna-se lisa e brilhante 
 
 
 
Atrofia: 
Adelgaçamento da pele, que se torna fina, 
lisa, translúcida e pregueada 
 
 
Perdas e reparações teciduais: 
 
Lesões provocadas por eliminação ou 
destruição patológica e reparações dos 
tecidos cutâneos 
 
Escamas: 
§ Lâminas epidérmicas secas que 
tendem a desprender-se da superfície 
cutânea. 
§ Podem ser: 
- Furfuráceas (farelo) 
- Foliáceas (tiras ou laminares) 
 
 
 
Erosão ou exulceração: 
Desaparecimento da parte mais superficial da 
pele, atingindo apenas a epiderme 
 
 
 
Úlcera ou ulceração: 
Perda delimitada das estruturas que 
constituem a pele, atingindo a derme. Deixa 
cicatriz. 
 
 
 
Fissura ou rágade: 
Perda de substância linear, superficial ou 
profunda não causada por instrumento 
cortante. Compromete a epiderme e a derme 
e situa-se mais frequentemente no fundo de 
dobras cutâneas ou ao redor de orifícios 
naturais. 
 
 
Crosta: 
Formação proveniente do ressecamento de 
secreção serosa, sanguínea, purulenta ou 
mista que recobre área cutânea previamente 
lesada. 
 
 
 
Escara: 
Porção de tecido cutâneo necrosado, 
resultante de pressão isolada ou combinada 
com fricção e/ou cisalhamento. • A área 
necrosada torna-se insensível, de cor escura 
e é separada do tecido sadio por um sulco 
 
 
 
Cicatriz: 
§ Reposição de tecido destruído pela 
proliferação do tecido fibroso 
circunjacente. Resultam de 
traumatismos ou de qualquer lesão 
cutânea que evolui para a cura. 
§ Tamanhos e formatos variados. 
§ Podem ser róseo-claras, 
avermelhadas, ou adquirir uma 
pigmentação mais escura do que a pele 
ao seu redor. 
§ hipertrófica e queloide 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO MMII 
E MMSS 
Julia Ragognete – 4º semestre 
 
Avaliar 
§ Sistema musculoesquelético ou 
osteolocomotor 
§ Sistema nervoso 
§ Sistema vascular periférico 
 
Sistema osteolocomotor 
 
Ombro 
§ Teste do cruzamento: articulação 
acromioclavicular 
§ Teste de Apley: rotação geral do 
ombro 
§ Teste de Neer e Hawkings: manguito 
rotador 
 
 
 
Cotovelo 
§ Flexão 
§ Extensão 
§ Supinação 
§ Pronação 
 
 
 
Punhos e mãos 
§ Túnel do carpo 
§ Tabaqueira anatômica 
§ Nódulos de Bouchard e Heberden 
 
 
 
§ Sensibilidade 
§ Força de preensão manual 
§ Teste de Tinel 
§ Teste de Phalen 
§ Teste de Finkelstein 
 
 
 
Quadril 
§ Marcha postural e oscilante (grupo 
flexor e extensor) 
§ Crista ilíaca 
§ Espinha ilíaca anterossuperior 
§ Sínfise púbica 
§ Trocanter maior 
§ Manobras 
 
Joelho 
§ Sinal da gaveta anterior e posterior 
§ Teste de McMurray 
§ Teste de tensão forçada em varo e 
valgo 
 
 
 
§ Inspeção 
§ Palpação 
§ Amplitude de movimentos ativa e 
passiva 
§ Manobras específicas 
 
 
Sistema nervoso 
 
Sistema Motor 
§ Movimentos involuntários 
§ Massa muscular 
§ Força muscular 
§ Coordenação 
§ Movimentos alternados rápidos 
§ Marcha 
 
Sistema Sensorial 
§ Dor 
§ Temperatura 
§ Toque leve 
§ Percepção vibratória 
§ Propriocepção 
§ Sensibilidade discriminatória 
 
§ Reflexos Profundos 
§ Reflexos por estimulação cutânea 
§ Técnicas específicas 
- Laségue 
 
 
 
 
Sistema vascular periférico 
 
Membros superiores 
§ Tamanho 
§ Simetria 
§ Coloração da pele 
§ Pulsos radial e braquial 
§ Linfonodos epitrocleares 
 
Membr Membros inferiores 
§ Tamanho 
§ Simetria 
§ Coloração da pele 
§ Pulsos femoral, poplíteo, tibial 
posterior e pedioso 
§ Linfonodos inguinais 
§ Edema periférico

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