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GRUPO EDUCACIONAL FAVENI ENFERMAGEM DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NOME DO ALUNO DA SAÚDE COLETIVA: A IMPORTÂNCIA DE SE DEBATER SOBRE A SAÚDE DO HOMEM Trabalho de Conclusão de Curso (Artigo Científico) apresentado ao Grupo Educacional Faveni, como requisito para obtenção do título de Especialista em Enfermagem de Urgência e Emergência. SENADOR GUIOMARD – AC 2021 DA SAÚDE COLETIVA: A IMPORTÂNCIA DE SE DEBATER SOBRE A SAÚDE DO HOMEM Nome do aluno1 Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO - O Ministério da Saúde (MS) tem estratégias e políticas públicas específicas voltadas para a saúde do homem desde 2009 através da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem é formulada para promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos, está alinhada com a Política Nacional de Atenção Básica que é porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), particularmente com as estratégias de humanização, na busca do fortalecimento das ações e dos serviços disponibilizados para a população. Cuidar da saúde do homem é um processo dinâmico, complexo e cheio de preconceitos por partes dos próprios usuários homens, por isso requer uma atenção especial. Convencer o homem a cuidar da própria saúde ainda é um desafio. É necessário fortalecer o vínculo do homem com a saúde, criando estratégias e promovendo ações de prevenção desde os cuidados mais simples e básicos para que não procurem o serviço apenas quando estiverem doentes. O homem tem tendência a procurar menos o médico por medo de descobrir problemas de saúde, por conta da sua própria cultura. Os estereótipos de que o homem não pode ficar doente, prejudica muito no atendimento da equipe de saúde na unidade básica, por causa desse preconceito estabilizado na sociedade. A doença é considerada como um sinal de fragilidade que os homens não reconhecem como inerente à sua própria condição biológica. Palavras-chave: Saúde. Homem. Básica. Promoção. Prevenção. 1 E-mail do autor 1 INTRODUÇÃO Esta pesquisa tem o objetivo de apontar as estratégias e políticas públicas que o Ministério da Sáude (MS) tem realizado especificamente voltada para a saúde do homem desde agosto de 2009, discriminando os resultados e mudanças ocorridas até o ano de 2021, que fomentaram ainda mais a relevância da temática. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem é formulada para promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos, está alinhada com a Política Nacional de Atenção Básica que é porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), particularmente com as estratégias de humanização, na busca do fortalecimento das ações e dos serviços disponibilizados para a população. Cuidar da saúde do homem é um processo dinâmico, complexo e cheio de preconceitos por partes dos próprios usuários homens (que o diga o exame de próstata, um pesadelo para os ditos homens). Por isso, a saúde do homem requer uma atenção especial no tocante a esta problemática. Convencer o homem a cuidar da própria saúde ainda é um desafio. É necessário fortalecer o vínculo do homem com a saúde, criando nele uma consciência voltada para a importância de “se cuidar”. Para isso faz necessária a criação de estratégias que promovam ações de prevenção desdes os cuidados mais simples e básicos para que não procurem o serviço apenas quando estiverem doentes. O homem tem tendência a procurar menos o médico por medo de descobrir problemas de saúde, por conta da sua própria cultura. Geralmente doença mesmo para o homem é somente quando o mesmo sente dor. Os estereótipos de que o homem não pode ficar doente, prejudica muito no atendimento da equipe de saúde na unidade básica, por causa desse preconceito estabilizado na sociedade. A doença é considerada como um sinal de fragilidade que os homens não reconhecem como inerente à sua própria condição biológica. O homem julga- se invulnerável, o que acaba por contribuir para que cuide menos de si mesmo e se exponha mais às situações de risco. Por meio da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem é possível à população masculina ter mais facilidade de ampliação ao alcance às ações e aos serviços de assistência integral à saúde da Rede SUS, mediante o enfrentamento sob a perspectiva de gênero no que tange às demandas e necessidades de saúde, a produção acerca da saúde dos homens vem aumentando de uma forma expressiva a contribuição de modo efetivo para a redução da morbidade, da mortalidade e a melhoria das condições de saúde. Estudos foram realizados, homens e mulheres postos a comparação, e ficou comprovado o fato de que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às enfermidades graves e crônicas, e que morrem mais precocemente que as mulheres. Neste contexto, é preciso cada vez mais realizar pesquisas que busquem apontar os esforços que a Área Técnica de Saúde do Homem do Ministério da Saúde tem realizado para ampliar a participação deste segmento populacional, principalmente tornando-o visível aos gestores e trabalhadores da saúde nas potenciais oportunidades de inclusão deste. O presente trabalho utiliza-se de uma breve compilação bibliográfica a respeito de estudos voltados temática. Onde poderemos entender a relevância do tema, buscando perceber a sua importância, como contribuição na edificação de estratégias eficientes voltadas a saúde do homem. 2 DESENVOLVIMENTO Os homens vivem, em média, sete anos e meio a menos que as mulheres. É comum ouvirmos frases como: “Os homens não se cuidam”; “Os homens só procuram o médico quando estão com dor”; “Buscar ajuda é demonstrar fragilidade, é de coisa de mulher”; “Homem só vem em consulta arrastado pela mulher”. Seria cômico se não fosse trágico, é preocupante este comportamento indiferente a sua própria saúde, que pode trazer sérias consequências ao seu modo de vida prejudicando diretamente seu bem- estar, trabalho, convivência familiar, e seu papel de provedor. 2.1 Um breve histórico da saúde do homem da atenção básica Se fizermos um comparativo sobre os estudos da saúde masculina em contrapartida à saúde feminina, o tema tem sido uma temática pouco abordada, visto que, quando se trata da saúde da mulher inúmeras são as políticas públicas e investigações. As unidades básicas de saúde, hospitais e demais meios de atendimento em saúde estão sempre lotados com mulheres e crianças, são raros os homens nestes ambientes, reflexo de um costume cultural enraizado em diversos “inconvenientes”, por vezes invisíveis e imensuráveis tamanho o impacto na questão da saúde do homem e consequentemente da família. Os indicadores de morbimortalidade do nosso país têm traçado um perfil que se mantêm já há anos, no qual as mulheres são mais acometidas porproblemas de saúde, buscam mais consultas médicas, consomem mais medicamentos e se submetema mais exames, que os homens (PINHEIRO, 2002, p.18). Ainda de acordo com o autor, existe um número alarmante de pessoas do sexo masculino internados em estado grave de saúde, além disso, constata-se também que os serviços de emergência e as taxas de mortalidades por patologias graves tem maior incidência nos homens. Esses fatores podem estar diretamente relacionados a prática de prevenção adotada por grande parte do público feminino. (PINHEIRO 2002, p. 18-19). Para Figueiredo (2005) pode-se notar com este estudo que as Unidades Básicas de Saúde (UBS), tem adotado uma imagem difundida a sua função, que é a promoção e prevenção de saúde através de programas destinados a toda população, sem distinção de sexo ou faixa etária, seus serviços são destinados quase que exclusivamente para mulheres, crianças e idosos, por terem programas específicos para esse público, diante desse fato, existe pouca presença masculina nas UBS. A ausência de um programa específico para o homem e a identidade masculina relacionada a seu processo de socialização, pode ser uns dos principais fatores que nos levam aos indicadores atuais da Saúde, tendo como principais causas de morte masculina, as doenças cardiovasculares e as neoplasias malignas (FIGUEREDO, 2005, p.59). Em decorrência dos programas que visam a redução das mortes materna e infantil, programas de combate ao câncer cérvico-uterino e câncer de mama, que são relacionados a saúde da mulher, tem sentido resultados muito positivos, no que se refere a redução do número de incidências. Naturalmente tais conquistas tiveram a participação ativa dos homens como pais, como cidadãos ou como profissionais das esferas executivas governamentais. Longe de sugerir um "movimento machista", com intuito de ampliar as discussões acerca das questões que envolvem os homens, caberia enfatizarmos a necessidade de semelhante mobilização política para reverter a atual situação da saúde masculina (PASCHOALICK, et. al., 2006, p.27). Complementando o que diz Paschoalick, Lacerda (2006) assegura que a exclusão de políticas que previnam a saúde do homem pode está diretamente relacionada aausência de uma oportunidade equitativa em relação à assistência relacionada aausência de uma oportunidade equitativa em relação à assistência em saúde, no que concerne ao sexo. Os fatos analisados em décadas anteriores apontam que na tentativa de melhoria dos indicadores desfavoráveis às mulheres, foram adotadas políticas públicas de resolução, investindo na criação de Institutos e Serviços de Saúde da Mulher. Com o desígnio de satisfazer ao princípio da igualdade se faz cada vez mais necessário, em meio aos indicadores atuais e passados de saúde masculina, a adoção de políticas de saúde direcionada ao sexo masculino. Paschoalick (2006, p. 59) acrescenta ainda que atualmente ainda existe uma insuficiência de estudos sobre o empenho masculino voltado para o estilo de vida saudável e a promoção da saúde masculina, na área da saúde em geral. Para que essas discursões tenham avanços, entre outros aspectos, há que dar voz aos próprios homens para melhor compreender as questões envolvidas no seu acesso aos serviços de saúde. Neste contexto ressalta-se a concepção masculina sobre saúde e doença, pois, problemas de saúde podem significar uma possível demonstração de fragilidade e feminização. Denota-se daí a ideia de feminização associada aos cuidados de saúde. Um pré-conceito que tem sido responsável por inúmeras mortes, que poderiam ser evitadas, se o mesmo fosse extirpado do meio social. Existem vários estudos que atribuem alguns fatores ligados ao gênero masculino e seu processo de socialização, como causas da atual situação da saúde masculina. Para Korin, (2011, p. 34) “na construção do gênero masculino, muitos homens assumem risco que interferem em suas condições de saúde, essa construção também define a forma como o homem usa e percebe o seu corpo”. É fato que vivemos numa sociedade machista, alicerçada na cultura patriarcal, na crença ignorante de que doença é coisa de “mulherzinha". Somos uma sociedade discriminatória. Tudo isso acaba refletindo na questão da saúde, uma vez que somos demasiadamente inconvenientes em assuntos tão particulares. nosso comportamento e olhares perante essas situações acabam constrangendo o homem, transformando um momento tão íntimo numa situação desconfortável, e o mesmo busca meios de refugiar-se e não mais buscar as UBS com receio de um novo episódio. Cinco são os eixos temáticos da Política Nacional de Saúde do Homem (2004), para ampliação e melhorias no acesso (talvez tenha faltado enfatizar a questão da permanência desse acesso) da população masculina adulta aos serviços de saúde, a saber: Acesso e Acolhimento: Objetiva reorganizar as ações de saúde, através de uma proposta inclusiva, na qual os homens considerem serviços de saúde também como espaços masculinos e, por sua vez, os serviços reconheçam os homens como sujeitos que necessitam de cuidados. Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva: Busca sensibilizar gestores(as), profissionais de saúdee a população em geral para reconhecer os homens como sujeitos de direitos sexuais e reprodutivos, os envolvendo nas ações voltadas a esse fim e implementar estratégias para aproximá-los desta temática. Paternidade e Cuidado: Objetiva sensibilizar gestores(as), profissionais de saúde e a população em geral sobre os benefícios do envolvimento ativo dos homens com em todas as fases da gestação e nas ações de cuidado com seus(uas) filhos(as), destacando como esta participação pode trazer saúde, saúde, bem-estar e fortalecimento de vínculos saudáveis entre crianças, homens e suas (eus) parceiras(os). Doenças prevalentes napopulação masculina: Busca fortalecer a assistência básica no cuidado à saúde dos homens, facilitando e garantindo o acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco das doenças e dos agravos à saúde. Prevenção de Violências e Acidentes: Visa propor e/ou desenvolver ações que chamem atenção para a grave e contundente relação entre a população masculina e as violências (em especial a violência urbana) e acidentes, sensibilizando a população geral e os profissionais de saúde sobre o tema. Segundo Korin (2011, p. 23), trata-se, portanto, de uma situação desafiadora, pois requer profissionais extremamente preparados e comprometidos com os objetivos lançados à mão, que saibam acolher este homem que procura a UBS, para que o dito cujo sinta-se confortável e seguro com a situação e possa cuidar-se com mais tranquilidade e sinta-se respeitado em suas intimidades. 2.2 Política nacional de atenção a saúde do homem De modo geral abordaremos os princípios, diretrizes e função dos órgãos que são responsáveis por promover métodos e políticas que garantam a assistência e recuperação da saúde do homem no sistema público de saúde. Vale a pena ressaltar que as estratégias adotadas devem apenas visar estrategicamente a identificação das principais enfermidades e agravos à saúde de pessoas do sexo masculino, afim de incentivar que esse público passe a procurar os serviços ofertados pela atenção básica de saúde, antes que os problemas de saúde se agravem e seja necessária atenção especializada. Ou seja, diz-se das políticas públicas em saúde do homem acontecendo na prática, que possibilite identificar os pormenores que a compõe, podando possíveis excessos e preenchendo eventuais lacunas deixadas por programas insuficientes anteriores. Desta forma, torna-se imprescindível pontuar os serviços que são ofertados pelo sistema único de saúde para a população do sexo masculino, que se estabeleceu mediante um recorte estratégico e metodológico dessa população masculina na faixa etária de20 a 59 anos. Os programas supracitados são ofertados gratuitamente nas unidades de saúde de todo país, todavia ainda não se tem uma procura em massa pelos programas voltados para o público masculino. O que nos denota a pensarmos, no contexto local, na criação de estratégias eficientes e eficazes que atinja grandes contingentes da população masculina adulta, atraindo-os para as UBS, tornando-as mais humanizadas em suas estruturas e atendimentos, pois o que muitos homens relatam é a demora e o despreparo no atendimentode suas necessidades. A este respeito (Kalckmann et al, 2005; Schraiber, 2005, p. 26) diz: Há dificuldade de acesso aos serviços assistenciais, alegando-se que, para marcação de consultas, há de se enfrentar filas intermináveis que, muitas vezes, causam a “perda” de um dia inteiro de trabalho, sem que necessariamente tenham suas demandasresolvidas em uma única consulta. Portanto, uma UBS acolhedora e receptiva atrairá mais pacientes e, uma vez lá, esta unidade em saúde busque meios de permanência e regularidade em acompanhamentos periódicos necessários deste. São atitudes como estas e outras semelhantes que farão a diferença, que mudaram o cenário atual, que o tornarão saudável, extirpando radicalmente os determinantes sociais que muito dificultam o acesso do homem aos centros em saúde. Para o Ministério da Saúde (MS) (2021), assim, ressaltam-se as estatísticas que apontam que os homens não adotam hábitos saudáveis, resultado de uma consciência mal trabalhada e cauterizada pelo receio de discriminação de uma sociedade ainda patriarcal. E a não-adesão destes hábitos estaria diretamente relacionado a expectativa de vida desse público ser menor que a feminina, como aponta a figura abaixo. 2.2.1 Princípios As polícias voltadas à saúde do homem objetivam orientar os serviços ofertados a população masculina, priorizando a qualidade e a humanização durante os atendimentos, promovendo nos profissionais em saúde, empatia pelo paciente (homem), colocando-se no seu lugar, compreendendo sua realidade singular, que o torna o que é biologicamente, homem. Deste modo, as políticas públicas voltadas para a promoção da saúde do homem devem enfatizar a necessidade de alteração de paradigmas no que concerne à percepção da população masculina em relação ao cuidado com a sua saúde e a saúde de sua família. Trata-se de uma mudança de postura, ressignificando certos comportamentos diante da questão da saúde. (LEITE, 2010, p. 34) Para Silva (2012, p. 16) pondera-se que seja primordial que os aspectos educacionais sejam organizados de modo a acolher e fazer com que o homem se sinta integrado, entre outras ações, os serviços públicos de saúde. 2.2.2 Diretrizes De acordo com definição dada pelo Ministério da Saúde, (2008), as diretrizes são responsáveis pelos seguimentos que os setores de saúde devem seguir, tais como elaboração dos planos, programas, projetos e atividades. Foram baseadas na integralidade, factibilidade, coerência e viabilidade, tendo como princípio fundamental a humanização e a qualidade assistencialista. 2.3 AS RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS A proposição da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem visa qualificar a saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado que resguardem a integralidade da atenção. Tendo como diretriz promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS), 2008). De acordo com o Ministério da Saúde, 2008, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem Princípios e Diretrizes está discriminada e alicerçada da seguinte maneira: Entender a Saúde do Homem como um conjunto de ações de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde, executado nos diferentes níveis de atenção; Reforçar a responsabilidade dos três níveis de gestão e do controle social, de acordo com as competências de cada um, garantindo condições para a execução da presente Política; Nortear a prática de saúde pela humanização e a qualidade da assistência a ser prestada, princípios que devem permear todas as ações; Integrar a execução da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem às demais políticas, programas, estratégias e ações do Ministério da Saúde; Promover a articulação interinstitucional, em especial com o setor Educação, como promotor de novas formas de pensar e agir; Reorganizar as ações de saúde, através de uma proposta inclusiva, na qual os homens considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos; Integrar as entidades da sociedade organizada na corresponsabilidade das ações governamentais pela convicção de que a saúde não é só um dever do Estado, mas uma prerrogativa da cidadania; Incluir na Educação permanente dos trabalhadores do SUS temas ligados a Atenção Integral à Saúde do Homem; Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem Princípios e Diretrizes Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem Princípiose Diretrizes; Aperfeiçoar os sistemas de informação de maneira a possibilitar um melhor monitoramento que permita tomadasracionais de decisão; e Realizar estudos e pesquisas que contribuam para a melhoria das ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008, p. 50) As responsabilidades institucionais estão definidas de acordo com as diretrizes estabelecidas no Pacto pela Saúde 2006, respeitando-se a autonomia e as competências das três esferas de gestão do SUS. 2.4 PLANO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES) O planejamento é utilizado como uma ferramenta administrativa que oferece a possibilidade de realizar o processo de tomada de decisão e programação de ações. Esse planejamento visa o alcance de objetivos futuros, uma mudança na realidade encontrada e o enfrentamento dos problemas relacionados à saúde da família e da comunidade (DALCIN et al, 2010, p. 114). A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) considera equivalentes, em sua concepção, os termos “atenção básica” e “Atenção Primária à Saúde”. Vale salientar que o planejamento não deve se restringir apenas numa etapa burocrática dos trabalhos, mas deve acontecer de fato. O segredo é planejar junto, com o objetivo de otimizar as atividades existentes e potencializá-las para se alcançar novos horizontes em saúde da família, abrangendo os setores administrativos e pessoais, mas especificamente ao atendimento e assistência mais humanizada às dores do homem. (BRASIL, 2012, p. 291). Primeiramente faz necessário identificar os problemas, em seguida priorizar aqueles mais alarmantes e urgentes, e por fim analisá-los em seus pormenores por cada agente que compõe a equipe de frente. Nesse sentido, “há três tipos de problema, tendo como referência tempo, significado e natureza do resultado para um ator: ameaças, ou seja, o risco “potencial de perder uma conquista ou agravar uma situação”; oportunidades, como possibilidades que podem ser aproveitadas ou desperdiçadas; e problemas, identificados como deficiências que provocam desconforto, inquietação e exigem enfrentamento. A explicação dos problemas se dá através da identificação das causas a eles atribuídas e suas interações, conhecendo de que forma essas interferem na produção de um ou mais problemas, e quais podem ser consideradas nós críticos. Os nós críticos concentram a intervenção que gera mudanças, tendo alto impacto sobre os descritores do problema (MATUS, 2011, p. 31). Ainda segundo o autor, após criteriosa análise é preciso traçar a metodologia, tipo e local de estudo, pretendo assim lançar mão dos instrumentos certos para se efetivar na prática os objetivos teoricamente traçados. Descrevendo-os e refletindo sobre eles. Conforme afirma Carlos Matus em sua proposta elaboradanos anos de 1980, o que ele denominou de um Plano Estratégico Situacional, que seriam utilizados não só na área de saúde, mas também na educação, na gestão pública e outras áreas, demonstrando assim sua importância e relevânciapara tal (MATUS, 2011). Para isso precisamos sensibilizar “os agentes em saúde”, não só do homem, mas em geral,de todas as áreas que dispomos da saúde a abraçar a “causa”. Convocados os agentes, surge a necessidade de explanarmos os objetivos pretendidos e a importância de suas referidas participações, preparando-os com palestras ilustrativas e orais daquilo que fora identificado, priorizado e analisado para fins de prática. Trata-se de otimizar e compilar os esforços desempenhados com vistas ao aperfeiçoamento dos serviços oferecidos ao público masculino na UBS em estudo, e de sugestões recolhidas pelo próprio público em questão para novos oferecimentos. Com isso haverá a delimitação do espaço de abrangência destes esforços, impulsionando-os cada vez mais na busca por significativos resultados. Diz-se da preocupação em assegurar o oferecimento de uma assistência mais humanizada com qualidade ao homem (DALCIN et al, 2010, p. 114). Quadro 3: Passos do Plano de Intervenção no local (UBS): Fonte: Adaptado do Plano de Intervenção da UBS, 2021. Com a intenção de descrever os resultados alcançados a partir dos objetivos específicos em consonância com o objetivo geral, que é a preocupação em formar e fomentar uma consciência preventiva fora traçado este plano. Ou seja, para que a UBS possa potencializar seus esforços nos caminhos certos, para que acolha com - empatia e resiliência, no sentido de adaptar-se – ao público masculino, construindo assim um ambiente favorável aos seus, contribuindo com a ampliação da visão da situação vivenciada na realidade contextual (BRASIL, 2012, p. 159). Em suma, o Plano Estadual de Saúde não deve ser arbitrário, ou seja, deve estar sempre aberto à novas adequações. Como bem afirma Matus (1996, p. 29), os resultados alcançados não se restringem ao que é comumente aceito como certo. Pois quando o problema ao ser afetado com intervenções, é possível I. Explicação e/ou relevância do trabalho – ou seja, que situações observadas foram priorizadas, a partir de então, a equipe se debruçará em investigá-las em seus pormenores; II. Quais as causas e consequências congruentes – diz-se das anotações feitas a partirdas observações do primeiro momento em vista de um momento seguinte; II. Entendendo e compreendendo os problemas – ou seja, moldando as situações ao contexto para poder entende-las, direcionando os esforços certos na direção correta, diz- se do objetivo geral; IV. Traçando estratégias – lançado mão dos instrumentos necessários para a concepção de estratégias para o preenchimento das lacunas identificadas. identificarmos sua mensuração, mas de forma transitória, ou seja, momentânea, pois, ele muda, e a partir daí cria-se uma nova situação que necessita obrigatoriamente de uma ressignificação nas estratégias, isto é, podando os exageros para poder direcioná- los e potencializá-los no preenchimento de possíveis deficiências no atendimento e assistência humanizada desse homem. Portanto, trata-se de um planejamento contínuo que se faz entendido a cada surgimento de situações mais desafiadores ou novas. Diferentemente de um conceito tradicional de planejamento onde as situações que surgem devem se adequar ao plano, no Plano Estadual de Saúde é o seu inverso, ou seja, é o plano que deve se adequar as novas situações. Entendida sua metodologia aí sim podemos pensar e repensar a saúde em vista da sua relevância para a sociedade, família, homem. 2.5 Estatísticas e fatores que podem contribuir direta e positivamente para a melhor assistência a saúde do homem Para o (MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS), 2008) a Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH) busca desenvolver ações de saúde voltadas para o sexo masculino que mostrem resultados positivos e que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão de Estados e Municípios. Com o objetivo de conscientizar os homens sobre o quanto é fundamental os cuidados preventivos com a saúde, são desenvolvidas campanhas temáticas anualmente, que tentam ajudar, a aumentar as estatísticas de participação desses grupos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021) Como exemplo dessas campanhas abordaremos o Novembro Azul, que é adotado desde 2011 como o mês de conscientização sobre saúde mental, infecções sexualmente transmissíveis, doenças crônicas (diabetes, hipertensão) entre outros pontos que devem ser sempre observados pela população masculina e os cuidados integrais com a saúde do homem. Essa atividade é praticada por 21 países, nesta época são abordados temas sobre prevenção e diagnóstico do câncer de próstata (que com seu desconhecimento e importância tem “tirado’ a vida de muitos pais de família), além de levar informações sobre a prevenção e promoção aos cuidados integrais com o cuidado da saúde masculina. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, os profissionais envolvidos nessas atividades abordam sobre a importância de manter alimentação saudável, evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas em excesso, além de praticar atividades físicas, com o objetivo de promover bem- estar e manter corpo e mente em perfeito funcionamento – corpo retrata o poeta romano Juvenal (Mens sana in corpore sano). Em alusão ao mês Novembro Azul muitas instituições do Brasil recebem iluminação azul com objetivo de chamar atenção para essa prática mundial, trazendo informações e conscientização sobre o que deve ser feito em prol da saúde do homem hoje. Essa iniciativa foi criada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida. A ideia, com o foco em encorajar homens a frequentarem o médico regularmente de forma preventiva, conscientizando-os da importância. Quadro 5 - Exames básicos de rotina oferecidos pela saúde básica ao público masculino Pressão arterial Teste de glicemia Hemograma completo Atualização da carteira vacinal Testes de urina Verificação do perímetro abdominal Testes de urina Teste de IMC Fonte: Adaptado de Ministério da Saúde (MS), 2008. O Mês de Valorização da Paternidade, que é celebrado anualmente em agosto (Dias dos Pais – pode transformar-se num momento de grande importância se dada sua devida relevância, pois promoveria a valorização da participação do homem nas ações do planejamento reprodutivo, destacando a importância de acompanhar o pré-natal, parto de sua parceira e ter cuidados no desenvolvimento da criança, com a possibilidade real de melhoria na qualidade de vida para todas as pessoas envolvidas e vínculos afetivos saudáveis, consolidando assim um objetivo a priori pretendido. 3 CONCLUSÃO Diante de todos os aspectos trazidos durante este estudo, torna-se perceptível que cuidar da saúde do homem é um processo dinâmico, complexo e cheio de preconceitos por partes dos próprios usuários, por isso requer uma atenção especial. Convencer o homem a cuidar da própria saúde ainda é um desafio. É necessário fortalecer o vínculo do homem com a saúde, criando estratégias e promovendo ações de prevenção desde os cuidados mais simples e básicos para que não procuremo serviço apenas quando estiverem doentes. O homem tem tendência a procurar menos o médico por medo de descobrir problemas de saúde, por conta da sua própria cultura. Os estereótipos de que o homem não pode ficar doente, prejudica muito no atendimento da equipe de saúde na unidade básica, por causa desse preconceito estabilizado na sociedade, as políticas públicas direcionadas à saúde do homemnos transmiti a aflição em que esta imersa nossa sociedade, uma vez que essa “teimosia e/ou repulsa” do homem pelos cuidados básicos com sua saúde acarretou num problema de saúde pública A doença é considerada como um sinal de fragilidade que os homens não reconhecem como inerente à sua própria condição biológica. O homem julga-se invencível, inabalável, invulnerável, enfim, são muitos os adjetivos, o que acaba por contribuir para que cuide menos de si mesmo e se exponha mais às situações de risco. Para tanto as responsabilidades institucionais da União, dos Estados e dos Municípios foram definidas de acordo com as diretrizes estabelecidas no Pacto pela Saúde 2006, respeitando-se a autonomia e as competências das três esferas de gestão do SUS. Assim com o objetivo de conscientizar o público masculino sobre o quanto é fundamental os cuidados preventivos com a saúde, é imprescindível que continuem sendo desenvolvidas campanhas temáticas, que ajudem, a aumentar as estatísticas de participação desses grupos nestas campanhas. Uma vez que, nada melhor do que o exemplo como propaganda de conscientização da importância dos cuidados preventivos para o combate dos agravos da saúde masculina. Para efetivar essas campanhas na UBS em questão faz-se preciso um plano de intervenção, que oriente os gestores e demais agentes em saúde para que se trabalhe a conscientização para o envolvimento do público masculino nestas ditas campanhas 4 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao. htm. Acesso em 19/11/2021. DALCIN, M.; GOULART, G. R.; MAGAJEWSKI, F. R. L. Planejamento local no cotidiano das equipes de saúde da família. Ciência Cuidado Saúde, v. 9, n. 1, p. 114- 122, 2010. FIGUEIREDO, W.S.; SCHRAIBER L. B. Concepções de gênero de homens usuários e profissionais de saúde de serviços de atenção primária e os possíveis impactos na saúde da população masculina, São Paulo, Brasil. Cienc. saude colet. [on line]. 2011 jan;[citado 2012 set 22];16(Supll.):[aprox. 9 telas]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. php?pid=S141 3. Acesso em 16/11/2021. LEITE, D. 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