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Tema 2 - O desenvolvimento do processo de aprendizagem a partir da perspectiva construtiva

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AULA 2 
NEUROCIÊNCIAS 
DA LINGUAGEM 
Profª Tammy Ribeiro 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Na aula anterior, falamos sobre a estrutura e o desenvolvimento da 
linguagem. Agora, nesta segunda aula, vamos abordar o processo de 
aprendizagem e qual a relação entre linguagem e aprendizagem. Vamos também 
dar ênfase aos distúrbios relacionados ao desenvolvimento neurolinguístico e 
como acontece a intervenção nesses casos. 
A aprendizagem é um processo que leva o ser humano a se modificar e a 
adquirir novos conhecimentos, atitudes, habilidades, valores e comportamentos, 
a partir da experiência, da observação ou do estudo. Segundo Charlot (2001), 
aprender é apropriar-se de um saber ou de uma prática; é a possibilidade de 
formar relação com o outro e consigo mesmo, com o que estava preestabelecido 
antes do aprendizado de algo novo. 
Seguindo essa linha de pensamento, vamos estudar, nessa aula, como se 
desenvolve a aprendizagem no ser humano, a partir de estudos neurolinguísticos 
e da teoria construtivista. Vamos também elucidar os principais distúrbios que 
podem ocorrer na comunicação das crianças ao longo dos primeiros anos de vida. 
Em paralelo a isso, buscaremos apreender como os profissionais da 
educação podem intervir para dirimir os problemas provocados pelos distúrbios 
da linguagem em crianças pequenas. 
CONTEXTUALIZANDO 
O processo de aprendizagem é uma atividade individual. Ele se desenvolve 
num contexto social e cultural muito bem definido. Pode ser considerado como o 
resultado de processos cognitivos individuais, em que são assimiladas e 
interiorizadas novas informações. Pelo fato de 
a aprendizagem ser algo tão implícito à capacidade humana, acredita-se 
que exista uma associação desta com o processo de desenvolvimento 
dessa espécie. Como se sabe, o desenvolvimento ocorre desde a 
geração do feto, perpassando por toda a vida do homem, sendo 
finalizado na sua morte. Acredita-se que a aprendizagem também seja 
um dos processos pelo quais se está sujeito em todos os momentos da 
vida. (Ogasawara, 2009) 
Mesmo entendendo que a aprendizagem ocorre por toda a vida, há um 
consenso entre os teóricos, de que a infância é o momento em que o indivíduo 
está mais aberto e propenso a ela. Afinal, nesse período os neurônios se 
multiplicam mais rapidamente – principalmente nos primeiros três anos de vida, 
 
 
3 
quando todo tipo de dado externo que chega à criança é classificado e arquivado, 
de modo que esteja sempre disponível. Trata-se da idade em que a criança mais 
necessita de aprendizagem; é quando se dá conta do mundo à sua volta, em 
busca de aprender a viver de forma adequada. NESSE período, as faculdades 
mentais são caracterizadas por enorme plasticidade e expansividade. Assim, o 
que é aprendido nessa etapa da vida permanece por décadas, sendo muito difícil 
de mudar. É por esse motivo que uma crença, quando assimilada culturalmente 
na infância, permanece funcional para nós como adultos (Mezirow, 1994). 
Segundo Hebb (1949), não se conhece muito sobre as bases 
neurofisiológicas da aprendizagem. No entanto, existem alguns indícios 
importantes de que o processo esteja relacionado com a modificação de conexões 
sinápticas. Comumente, se admite como hipótese que (Hoppenstead; Izhikevich, 
1997): 
 A aprendizagem é o resultado do fortalecimento ou abandono das 
conexões sinápticas entre os neurônios; 
 A aprendizagem é local, ou seja, a modificação de uma conexão 
sináptica depende somente da atividade dos neurônios pré-sinápticos e 
pós-sinápticos; 
 A modificação das sinapses é um processo relativamente lento 
comparado com os tempos típicos das mudanças nos potenciais 
elétricos que servem de sinais entre os neurônios; 
 Se um neurônio pré-sináptico ou um neurônio pós-sináptico (ou ambos) 
estão inativos, então a única modificação sináptica existente consiste na 
deterioração o decaimento potencial das sinapses, que é responsável 
pelo esquecimento. 
De acordo com as ideias de Skinner (2005), pode-se dizer que 
aprendizagem é uma mudança na probabilidade da resposta de um 
comportamento, devendo-se especificar as condições sob as quais ela acontece. 
Sendo assim, é de extrema importância a vigilância quanto aos processos 
de aprendizagem das crianças. Quaisquer desvios na forma como as sinapses 
são construídas podem vir a desencadear problemas na aprendizagem. Já nos 
primeiros anos de vida podemos perceber indícios desses problemas, 
principalmente quando a vida escolar é iniciada. 
TEMA 1 – O DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM A 
PARTIR DA PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA 
O processo de aprendizagem se dá ao longo de toda a vida do sujeito. 
Quando falamos de uma criança, tratamos como normal que ela aprenda a andar 
e a falar, depois a ler e a escrever; podemos dizer que essas são aprendizagens 
 
 
4 
imprescindíveis para o processo de interação e socialização da criança no meio 
em que vive. 
A busca por saber como uma criança aprende tem levado estudiosos, 
dentre eles psicólogos e educadores, a estudar o processo de aprendizagem no 
sujeito. Como o sujeito aprende? Como as crianças elaboram suas hipóteses na 
construção do conhecimento? De que modo se questionam quanto às suas 
experiências? De que forma adolescentes e adultos influenciam ou interferem na 
aprendizagem do conhecimento científico, historicamente elaborado? Tais 
questionamentos são de grande relevância para entendermos a aprendizagem. 
Assim como ocorre com a linguagem, há vários teóricos que se debruçam sobre 
o tema para tentar explicar como se dá o processo. 
Vamos apresentar, nesta aula, algumas perspectivas quanto ao 
desenvolvimento do processo de aprendizagem. Partiremos das contribuições de 
Jean Piaget (1896-1980), que desenvolveu estudos psicogenéticos com o objetivo 
de compreender como o ser humano conhece o mundo (material e simbólico). 
Piaget também se preocupou em investigar quais seriam as ferramentas 
vinculadas aos processos cognitivos, e que são utilizadas pelo homem em sua 
busca por conhecer o mundo. 
Piaget (1973) destacou que a aprendizagem aconteceria a partir de um 
movimento de desordem (e ordem) do que há em cada sujeito. Para o autor, 
haveria a necessidade de a criança ter contato com aquilo que é difícil, que a 
incomoda. Ao proceder desse modo, ela desestrutura o que existia previamente, 
para depois criar novas estruturas; essa atividade se daria a partir das 
investigações, das motivações intrínsecas e extrínsecas do sujeito, pois ele 
estaria sempre motivado a aprender o novo. 
Assim, nessa perspectiva, o processo de aprendizagem, voltado ao 
conhecimento, se dá a partir das relações estabelecidas entre sujeito e objeto, o 
que Piaget chama de acomodação e assimilação. A assimilação seria “uma 
integração a estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais 
ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com 
o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente 
acomodando-se à nova situação” (Piaget, 1973, p. 13). 
Assimilação nada mais é do que a organização das ideias já existentes com 
ideias que ainda estão sendo aprendidas; afinal, é preciso adaptar o novo 
conhecimento às estruturas cognitivas existentes. 
 
 
5 
Por outro lado, o conceito de acomodação trata da mudança de 
comportamento, da transformação do sujeito com relação aos esquemas 
montados pelo sujeito. Tais esquemas são as articulações do que já identificamos 
como novo conhecimento. Tanto a assimilação quanto a acomodação acontecem 
numa correlação de dependência, pois não há uma sem a outra. O 
desenvolvimento cognitivo é um processo de equilibrações sucessivas das 
estruturascognitivas do ser humano. 
Partindo da ótica piagetiana, para que ocorra a aprendizagem é necessário 
que as estruturas cognitivas anteriores se desenvolvam, e que o desenvolvimento 
psicológico/espontâneo (aquele que ocorre a partir das experiências com o objeto) 
esteja numa relação de submissão com o desenvolvimento psicossocial (aquilo 
que o sujeito aprende por transmissão na sua relação com o outro). 
Ao valorizar, em sua teoria, aspectos psicológicos/espontâneos do 
desenvolvimento cognitivo do sujeito, Piaget afirma que é necessário esperar o 
tempo certo (de desenvolvimento) para que a criança seja colocada em situações 
em que determinadas aprendizagens por transmissão se efetivam. Afinal, seria 
necessária certa maturação da criança para uma determinada aprendizagem. 
Assim, estruturas naturais do organismo, e também as experiências com os 
objetos, vão traçar uma relação com os quatro estágios de desenvolvimento 
cognitivo: o primeiro estágio é o sensório-motor; o segundo é a representação pré-
operatória; o terceiro é o das operações concretas; e o quarto e último é o das 
operações formais. 
Para Piaget, a linguagem surge a partir do primeiro estágio (sensório-
motor). Nesse momento, a função simbólica passa a se estabelecer, 
possibilitando que o sujeito desenvolva a prática de caracterização de objetos, 
ações e palavras. O autor ainda destaca que a gênese do pensamento antecede 
à linguagem em suas funções, características e formas – isso quando falamos da 
origem do conhecimento. 
No estágio pré-operatório, que vai dos dois aos sete anos, surge o domínio 
da linguagem; a criança começa a compreender o mundo por meio de símbolos. 
No entanto, somente no estágio seguinte, o das operações concretas, o indivíduo 
será capaz de dominar conceitos de tempo e número, além de adquirir a 
habilidade de discriminar objetos por similaridade e diferença. 
Por volta dos doze anos de idade, tem início o estágio das operações 
formais. Começando, assim, a idade adulta em termos cognitivos. O domínio do 
 
 
6 
pensamento lógico-dedutivo é desenvolvido, levando o sujeito a raciocinar sobre 
hipóteses e a relacionar conceitos abstratos, alcançando assim um padrão 
intelectual que lhe será característico para toda a vida adulta (Piaget, 1973). 
Saiba mais 
Para entender um pouco mais dos estágios propostos por Piaget, segue 
abaixo algumas sugestões de leitura: 
NETO, A. S.; HESKETH, C, G. Didática e design instrucional. Curitiba: IESDE, 
2009. 
SOUZA NEVES, R. Desenvolvimento educacional: um olhar psicopedagógico. 
São Paulo: Souza e Neves Edições, 2014. 
TAFNER, M. A construção do conhecimento segundo Piaget. Disponível em: 
<http://www.cerebromente.org.br/n08/mente/construtivismo/construtivismo.htm>. 
Acesso em: 29 maio 2018. 
TEMA 2 – O DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM A 
PARTIR DA PERSPECTIVA SÓCIO-HISTÓRICA E CULTURAL 
A teoria sócio-cultural, também conhecida como sociointeracionista, tem 
como ponto inicial de estudo as funções psicológicas superiores do indivíduo. 
Dentro desta perspectiva, Vygotsky destaca o desenvolvimento histórico-social e 
o papel da linguagem no desenvolvimento do sujeito. O principal ponto a destacar 
nos estudos de Vygotsky é o desenvolvimento do conhecimento no sujeito a partir 
de suas relações com o meio. Percebe-se que o sujeito é altamente participativo 
no processo, já que o conhecimento se dá a partir de relações intrapessoais e 
interpessoais, de trocas estabelecidas com o meio, partindo do processo de 
mediação, como é definido pelo autor. 
O autor considera a linguagem como um processo profundo que possibilita 
a comunicação e a socialização do indivíduo. A relação entre pensamento e 
linguagem se dá de maneira estreita; a linguagem tem papel essencial na 
formação do pensamento e também do caráter do indivíduo. 
Diferentemente do pensamento cunhado por Piaget, que entendia que o 
desenvolvimento da linguagem ia do pensamento interno, autístico (ou seja, 
dirigido para dentro do ser), para somente depois aparecer no discurso 
socializado, Vygotsky chegou à conclusão, em seus estudos, de que a verdadeira 
trajetória de desenvolvimento do pensamento não vai do pensamento individual 
 
 
7 
para o socializado, mas toma a trajetória contrária: do pensamento socializado 
para o individual (Vygotsky, 2007). 
Entendendo a linguagem enquanto um sistema simbólico, que representa 
a realidade e que une todos os seres humanos. Vygotsky cunha a ideia de que 
esse sistema é socialmente estabelecido. Para ele, a interação e a convivência 
entre os indivíduos de uma mesma comunidade, que compartilham formas de se 
portar e de produzir cultura, faz com que seja construído um sistema de signos, o 
qual consistirá numa espécie de código para a decifração do mundo (Oliveira, 
1997) 
Nesse ínterim, se encontra a criança pequena, que está desenvolvendo sua 
linguagem e construindo esse código que decifra o mundo. Para Vygotsky (2007), 
há uma base biológica que sustenta a construção do código, a qual que perpassa 
as funções psicológicas, que são produto da atividade cerebral. Para que essas 
funções tenham fundamento, é imprescindível que os indivíduos se relacionem 
socialmente entre si e também com o mundo exterior de modo geral. Isso 
acontece mediante sistemas simbólicos, ou seja, a partir da linguagem. 
Vygotsky, em seus estudos, percebeu que, em um primeiro momento, 
existem algumas atividades que a criança pode realizar sozinha, sem ajuda 
externa. Segundo o teórico, isso acontece porque essas atividades são baseadas 
em conhecimentos adquiridos e internalizados previamente, e fazem parte de um 
ciclo de desenvolvimento já completo, que se refere às funções psicológicas que 
a criança já construiu até determinado momento. A esse movimento, ele 
denominou nível de desenvolvimento real (Zanella, 1994). 
Em um segundo nível de desenvolvimento, que Vygotsky chamou de 
desenvolvimento potencial, a criança não consegue realizar atividades sozinha, 
pois necessita de orientação adequada, de um adulto ou de uma outra criança 
mais experiente. É como se a criança possuísse o conhecimento, mas ainda não 
o tivesse assimilado. Segundo Vygotsky (2007), é esse nível que se demonstra 
um indicativo do desenvolvimento da criança, pois há um desenvolvimento 
prospectivo, ou seja, referente ao futuro da criança. 
Neste ponto, para entender como está se processando o desenvolvimento 
mental da criança, é imprescindível estudar o intervalo entre o desenvolvimento 
real e o desenvolvimento potencial. Tudo o que está entre esses dois níveis é 
chamado por Vygotsky (2007, p. 97) de Zona de Desenvolvimento Proximal. 
Segundo o teórico, “a Zona de Desenvolvimento Proximal define aquelas funções 
 
 
8 
que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação, 
funções que amadurecerão, mas que estão, presentemente, em estado 
embrionário”. 
Em tal zona, os processos educativos devem ser mais enfáticos, tendo 
como foco os processos em que as crianças ainda não amadureceram o 
suficiente. 
Vygotsky (2001) evidencia que o processo de apreensão do conhecimento 
realizado pela escola não é a única fonte que a criança possui para aprender. O 
aprendizado é inerente às capacidades humanas, pois todo ser humano consegue 
aprender com qualquer situação vivida. Porém, é importante destacar que a 
apropriação dos conceitos se dá de forma diferente. Vygotsky divide essa 
apropriação em duas categorias, denominando a apreensão dos conceitos 
realizada de forma aleatória no percurso da vida de conceito espontâneo; aqueles 
que necessitam de um trabalho formal de aprendizagem são os conceitos 
científicos. 
Vygotsky(1998, p. 108) deixa claro que “a mente se defronta com 
problemas diferentes quando assimila os conceitos na escola e quando é entregue 
aos seus próprios recursos”. Isso não diminui a importância do processo educativo 
formal, oferecido pelas instituições escolares, para o desenvolvimento do 
indivíduo. Para o autor, o professor é um componente imprescindível na formação 
de conceitos científicos por parte das crianças. Nesse sentido, ele deve ser 
mediador no processo de ensino, pois o aluno não aprende somente porque está 
inserido em um ambiente educacional, com condições ideais de estudo. A 
responsabilidade do professor é levar o aluno ao amadurecimento de suas 
funções psicológicas. 
TEMA 3 – DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA NA INFÂNCIA 
Os dois principais processos comunicativos do ser humano são a emissão 
oral e a escrita. Caracterizada coo ação de emissão oral, a fala é um processo 
que engloba outros, como articulação, ressonância, voz, fluência e entonação. 
Todas essas ações partem da ativação de uma representação do assunto que se 
quer falar; o processo é canalizado para uma área do cérebro chamada Broca, 
que se localiza na porção inferior do lobo frontal, quando é convertido em padrões 
de ativação neuronal que culminarão na fala. O que, por sua vez, dado o contato 
com os outros sons e com a acústica do ambiente, engloba múltiplos sons que 
 
 
9 
ocorrem simultaneamente, em várias frequências e com rápidas transições entre 
elas (Schirmer; Fontoura; Nunes, 2004). 
A linguagem é expressada através da fala, que corresponde, assim, à sua 
realização motora. Caracterizada como efetivação da recepção e da transmissão 
de informações, a fala compreende à maneira de articular a produção vocal 
através de sons e palavras, o que inclui sua fluência. 
Já a escrita é compreendida como um sistema organizado, com regras, 
padrões e estruturas, donde se manifesta a capacidade humana de simbolizar. 
Segundo o psicólogo cognitivista Stanislas Dehaene (2012, p. 20), o 
processamento cerebral da leitura e da escrita acontecem na região cerebral 
chamada occípito-temporal ventral esquerda. Para o autor, a escrita está atrelada 
à condição neuronal de se reciclar para aprender coisas novas, que sejam 
necessárias para a espécie. É essa maleabilidade neuronal que fez com que os 
seres humanos se adaptassem a construtos recentes, culturais (ou seja, externos 
ao indivíduo), de forma tão rápida e efetiva: 
as invenções culturais como a leitura se inserem nesta margem de 
plasticidade. Nosso cérebro se adapta ao ambiente cultural, não 
absorvendo cegamente tudo o que lhe é apresentado em circuitos 
virgens hipotéticos, mas convertendo a outro uso as predisposições 
cerebrais já presentes. Nosso cérebro não é uma tabula rasa onde se 
acumulam construções culturais: é um órgão fortemente estruturado que 
faz o novo com o velho. Para aprender novas competências, reciclamos 
nossos antigos circuitos cerebrais de primatas – na medida em que 
tolerem um mínimo de mudança. 
Diante disso, é importante que haja, no desenvolvimento inicial do processo 
comunicativo, a observação vigilante dos componentes que fazem parte da 
linguagem e da língua, dos quais a fala e a escrita fazem parte. 
É necessário observar o vocabulário, ou seja, a quantidade de palavras que 
fazem parte do repertório da criança, além do número de palavras que compõe as 
frases que profere. Deve-se verificar a entonação, a dicção e a articulação de cada 
fonema da língua, além da fluência e da velocidade da fala, observando as 
rupturas e disfluências normais em cada idade. 
Segundo Caputte e Accardo (1991), as alterações da linguagem situam-se 
entre os mais frequentes problemas do desenvolvimento, atingindo 3 a 15% das 
crianças, e podem ser classificadas em atraso, dissociação e desvio. Para os 
autores, o atraso caracteriza-se pela progressão na linguagem na sequência 
correta, porém em ritmo mais lento, e assim o desempenho culmina que é 
semelhante ao de uma criança de idade inferior, enquanto que a dissociação é 
 
 
10 
marcada por uma diferença significativa entre a evolução da linguagem e das 
outras áreas do desenvolvimento. Por sua vez, o desvio é entendido como um 
padrão de desenvolvimento mais alterado: verifica-se uma aquisição 
qualitativamente anômala da linguagem. É um achado comum em perturbações 
da comunicação do espectro do autismo, tema que estudaremos posteriormente. 
Quando da constatação de tais problemas, é imprescindível a participação 
de vários profissionais para acompanhar o desenvolvimento da criança, como 
pediatras, educadores, psicólogos, terapeutas ocupacionais, agentes 
comunitários de saúde, entre outros. De forma geral, pediatras e professores são 
os primeiros profissionais solicitados a opinar e a orientar, por serem mais 
presentes no acompanhamento do desenvolvimento infantil. No entanto, a 
intervenção só ocorrerá em bom nível técnico com a presença direta ou indireta 
de um fonoaudiólogo (Marcondes, 2003). 
A American Speech Language and Hearing Association (ASHA) (1982) 
conceitua os distúrbios da comunicação como impedimentos na habilidade de 
receber e processar um sistema simbólico. São observáveis nos níveis de 
sensibilidade, função, processamento e fisiologia da audição, de forma, conteúdo, 
e função comunicativa, nos níveis de linguagem e de articulação, voz e fluência 
dos processos de fala. Esses distúrbios podem variar em gravidade; ser de origem 
desenvolvimental ou adquirida; resultar de doenças de manifestação primária ou 
idiopáticas, ou doenças de manifestação secundária, decorrentes de 
manifestação maior; podem ainda ocorrer casos isolados ou combinados. 
Segundo Prates e Martins (2011), entre os principais distúrbios na 
comunicação estão o transtorno fonológico, que se caracteriza por um atraso na 
aquisição dos sons/fonemas da língua ou por aquisição desviante, produção 
atípica dos sons da fala, omissões, substituições ou adições. Pode estar atrelado 
a um histórico familiar; à gagueira de desenvolvimento que pode surgir entre 2 e 
3 anos, caracterizando-se por rupturas (disfluências) na fala, como repetições de 
sons e sílabas, bloqueios e prolongamentos; e a alterações no desenvolvimento 
da linguagem oral, que normalmente não têm causa aparente. Nestes casos, 
observa-se atraso ou distúrbio no desenvolvimento da linguagem, caracterizados 
por vocabulário pobre, dificuldade na combinação de palavras para formar frases, 
uso inadequado da linguagem, sintaxe pouco estruturada, dificuldade de 
compreensão, alterações gramaticais, fala ininteligível, dificuldade com conceitos 
abstratos e figurativos. Por fim, verifica-se a alteração no desenvolvimento da 
 
 
11 
linguagem escrita, que pode estar relacionada à alteração no desenvolvimento da 
linguagem ou a transtornos fonológicos, representando atraso no 
desenvolvimento ou distúrbio, caracterizados por alteração na escrita de palavras, 
dificuldades na elaboração e compreensão escrita e alteração neurofisiológica. Ao 
mesmo tempo, podem ser observadas falhas no processamento fonológico 
(memória operacional, consciência fonológica e acesso rápido às representações 
no léxico), além de alterações no processamento visual e auditivo e transtorno do 
déficit de atenção e hiperatividade. Inclui-se aí dislexia, disgrafia, disortografia e 
distúrbios de leitura e escrita. 
A criança disléxica apresenta sérias dificuldades com a identificação dos 
símbolos gráficos no início da sua alfabetização, o que acarreta fracasso em 
outras áreas que dependem da leitura e da escrita. 
As principais dificuldades se apresentam como demora em aprender a 
falar, fazer laço, reconhecer as horas, pegar e chutarbola ou pular corda. Também 
podem haver dificuldades ao escrever números e letras correspondentes, ao 
ordenar as letras do alfabeto, os meses do ano e as sílabas de palavras compridas 
e ao distinguir esquerda e direita. Além disso, é comum que haja dificuldades em 
planejar e escrever redações, especialmente na pronúncia de palavras longas. 
Os principais erros da criança disgráfica são a apresentação desordenada 
do texto, margens malfeitas ou inexistentes e traçado de má qualidade. Este é 
caracterizado por tamanho pequeno ou grande, pressão leve ou forte, letras 
irregulares ou retocadas, distorção da forma das letras “o” e “a”, movimentos 
contrários ao da escrita convencional, ligações defeituosas de letras na palavra, 
irregularidades no espaçamento das letras na palavra, direção da escrita 
oscilando para cima ou para baixo e dificuldade na escrita e no alinhamento dos 
números na página. 
Todos esses distúrbios são rapidamente perceptíveis por profissionais que 
trabalham com crianças e que permanecem atentos a seu desenvolvimento. Por 
isso, é importante manter-se atento à forma como as crianças se comunicam, pois 
a comunicação é o meio por excelência pelo qual elas expressam a linguagem 
inerente a elas. 
Saiba mais 
Para compreender melhor esse assunto, segue uma sugestão de leitura: 
PRATES, L. P. C. S.; MARTINS, V de O. Distúrbios da fala e da linguagem na 
Infância. Revista Médica de Minas Gerais, n. 21, v. 4, 2011. 
 
 
12 
TEMA 4 – DISTÚRBIOS ESPECÍFICOS DA LINGUAGEM 
Os distúrbios na linguagem constituem-se como problemas infantis muito 
recorrentes, manifestando-se em atrasos ou desenvolvimento atípico, que podem 
envolver componentes funcionais de audição, fala, escrita ou a própria linguagem 
como um todo, em níveis variados de gravidade. Tais distúrbios são muito 
comuns, afetando de 5 a 10% de todas as crianças. Estima-se que 1% das 
crianças em idade escolar tenha uma deficiência de linguagem importante (Vitto; 
Ferres, 2005). 
Entre os distúrbios da linguagem, podemos citar a mudez, enquanto a 
incapacidade de articular palavras, que geralmente é decorrente de transtornos 
do sistema nervoso central. Em parte dos casos, é decorrente de problemas na 
audição (Santos, 2010). 
Ainda segundo Santos (2010), outro distúrbio importante é o atraso na 
linguagem. As principais características da criança que tem atraso na linguagem 
são: deficiência no vocabulário, deficiência na capacidade de formular ideias e 
desenvolvimento retardado da estruturação de sentenças. 
Problemas de articulação também se caracterizam como distúrbios da 
linguagem. As crianças de mais de 7 anos que não conseguem pronunciar 
corretamente todas as consoantes e suas combinações apresentam um problema 
de articulação. Podemos citar: dislalia, que é a omissão, distorção, substituição 
ou acréscimo de sons na palavra falada; disartria, que se apresenta como um 
problema articulatório que se manifesta na forma de dificuldade para realizar 
alguns ou muitos dos movimentos necessários à emissão verbal; linguagem 
tatibitate, que é um distúrbio de articulação (e também de fonação), em que se 
conserva voluntariamente a linguagem infantil; rinolalia, ressonância nasal maior 
ou menor que a do padrão correto da fala, que pode ser causada por problemas 
nas vias nasais; vegetação adenóide, lábio leporino ou fissura palatina. 
É preciso citar também a afasia, que se caracteriza, mais especificamente, 
por falhas na compreensão e na expressão verbal, relacionadas à insuficiência de 
vocabulário, má retenção verbal, gramática deficiente e anormal e escolha 
equivocada de palavras. A afasia pode ser observada em crianças que: ouvem a 
palavra, mas não a interiorizam com significado; demoram para compreender o 
que é dito; apresentam gestos deficientes e inadequados; confundem palavras ou 
frases com outras similares; têm dificuldade de evocação, exteriorizada por 
 
 
13 
ausências de respostas ou tentativas incompletas para achar a expressão ou 
emissões que a substituem (Ferreira; Socha, 2018) 
Outro distúrbio muito estudado nos dias atuais é o autismo infantil. 
Dedicaremos uma aula para trabalharmos esse tema; porém, de forma prévia 
apresentaremos aqui algumas informações pertinentes. O autismo infantil 
caracteriza-se por uma interiorização intensa. Teorias interpessoais e orgânicas 
foram sugeridas para explicar o autismo, mas até agora nenhuma delas foi 
plenamente aceita. Como características principais da criança autista, estão a 
solidão em grau extremo e evidente na mais tenra idade; ausência de sorriso 
social; não desenvolvimento de linguagem apropriada, com repetição de frases; e 
organização de objetos sempre da mesma forma (mesmo que fique sem vê-los 
durante um tempo, lembra-se da sua posição). Tendem também a apresentar 
excelente memória: decoram facilmente poesias e canções, aprendem novas 
palavras com facilidade. Ademais, não mantêm contato visual com as pessoas; 
demonstram ansiedade frequente, aguda, excessiva e aparentemente ilógica; 
apresentam hiperatividade e movimentos repetitivos, com entorpecimento nos 
movimentos que requerem habilidades; são retraídos, apáticos e desinteressados, 
numa total indiferença com o ambiente circundante, além de demonstrar 
incapacidade para julgar. 
Esses e muitos outros distúrbios precisam ser percebidos e investigados o 
mais rápido possível nas crianças, pois só um diagnóstico precoce poderá levar o 
professor e os profissionais que trabalham com crianças a descobrir qual a melhor 
forma de auxiliar esses indivíduos a se desenvolverem e a viverem uma vida 
melhor, convivendo bem com suas dificuldades. 
TEMA 5 – INTERVENÇÃO NA CRIANÇA COM DISTÚRBIO DA LINGUAGEM 
Como já apontado no capítulo anterior, é importante elaborar um diagnóstico 
o mais cedo possível, de modo a entender quais distúrbios de linguagem e 
comunicação uma criança pode ter. Após o diagnóstico ter comprovado o distúrbio, 
ações devem ser tomadas na busca da melhor lida com a situação. Essa ação pode 
ser considerada uma intervenção direta na vida da criança com intuito de melhorá-
la. 
Segundo Tedesco (1997), a estimulação precoce da linguagem pode 
prevenir distúrbios de aprendizagem, dislexia e problemas de desenvolvimento. 
Pesquisas vêm demonstrando a importância dos três primeiros anos de vida no 
 
 
14 
desenvolvimento do cérebro humano. Por esse motivo, os adultos (sejam eles, pais, 
tutores, professores, ou pessoas que fazem parte da vida da criança) precisam 
tomar algumas atitudes no intuito de preservar a saúde psicológica da criança. 
Uma das principais atitudes que os educadores devem ter com a criança que 
apresenta algum distúrbio de linguagem é evitar que ela se sinta inferior às outras, 
evitando ressaltar suas dificuldades. Deve-se também considerar o problema de 
maneira serena e objetiva, avaliando o desempenho do aluno pela qualidade do 
seu trabalho, não pelos objetivos alcançados, evitando corrigi-lo com frequência na 
frente de outras crianças. Outra atitude importante é estimular a criança a enfrentar 
o problema de frente, para que procure sempre superar-se, e jamais relegar ou 
ignorar a criança que não consegue superar sua dificuldade. 
Para intervir no processo de aquisição da linguagem da criança que apresenta 
algum distúrbio, é necessário orientar a família e a escola, juntamente com uma 
terapia adequada. Entre as terapias existentes, há a terapia da fala, que tem por 
objetivo tratar de desvios fonéticos e fonológicos; a terapia de voz, que incide sobre 
as disfonias; a terapia de motricidade oral, que cuida dos distúrbios de alimentação, 
respiração e mobilidade de órgãos fonoarticulatórios; a terapiade linguagem oral, 
em que o enfoque é a expressão e/ou recepção de linguagem; e a terapia de 
linguagem escrita, que aborda dislexias, disortografias e disgrafias (Landry, Smith; 
Swank, 2002). 
Ainda segundo os mesmos autores, todas “as atividades de estimulação 
dentro da terapia fonoaudiológica infantil devem ser realizadas de forma lúdica, 
através de jogos e brincadeiras, para que a criança sinta prazer nas técnicas 
propostas. Também é recomendável envolver a família e, quando necessário, a 
escola” (Landry; Smith; Swank, 2002, p. 9). 
 A terapia é o procedimento mais importante na intervenção na criança que 
apresentem algum distúrbio de linguagem, mas não se deve esquecer dos aportes 
educacionais nesse processo. Por conta disso, a ludicidade é essencial nesse 
processo, já que é por meio da brincadeira que a criança se expressa e se relaciona 
com o mundo. 
A estimulação através de canto, conversa, brincadeiras e leitura propicia 
a aquisição de habilidades que favorecem o desenvolvimento. Para que 
comece a ocorrer um processo de comunicação, a criança deverá se 
sentir motivada. Deverá existir o que se chama de intenção comunicativa 
(através da fala serão conseguidos objetos de interesse da criança). Este 
aspecto surge através do contato diário com as pessoas e da 
estimulação que essa interação propicia (Shaywitz; Shaywitz, 2003, p. 
24) 
 
 
15 
Intervir no momento certo é uma forma de fazer com que a criança que 
possui algum distúrbio na linguagem possa ter uma melhor qualidade de vida e 
aprender a se comunicar de forma efetiva. Para isso, o profissional que intervém 
nesse processo deve entender a linguagem da criança, e também as formas como 
interage com o mundo. Nesse ponto, a família e a escola têm papel fundamental 
na estimulação da linguagem na criança. 
FINALIZANDO 
Muitos são os distúrbios de comunicação e linguagem que acometem as 
crianças. Esses distúrbios podem facilmente ser detectados pelos adultos quando 
estão atentos aos processos de aquisição da linguagem. Pais, professores, 
agentes de saúde; todos devem estar vigilantes às etapas que a criança deve 
seguir no desenvolvimento de sua linguagem. 
 As teorias servem para que possamos compreender melhor como 
funcionam as funções psicológicas da criança para que, em momento oportuno, 
possamos intervir com a terapia ou a profilaxia corretas. Por isso, devemos 
conhecê-las, internalizá-las e colocá-las em prática no momento correto. 
LEITURA OBRIGATÓRIA 
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