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Módulo 3 Responsabilidade dos poderes do estado no combate do enfrentamento a tortura

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Olá. Bem-vindos ao Módulo 3.
 
Este módulo busca responder a seguinte questão: quais são as responsabilidades
dos órgãos em relação ao combate e enfretamento à tortura?
 
O conteúdo evidencia as responsabilidades dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, bem como do Ministério Público no combate e enfretamento desse
crime, possibilitando entender a atuação desses entes no que diz respeito à
questão.
MÓDULO 3 - AS R ESPON SAB ILIDADES DOS PODER ES DO ESTADO N O COMB ATE E EN F R ETAMEN TO DA TOR TUR A
1 . O Poder Legislativo e o Combate à Tortura
2. O Poder Executivo e o Combate à Tortura
3. O Poder Judiciário e o Combate à Tortura
4. O Ministério Público
Módulo 3 - As responsabilidades dos Poderes do
Estado no combate e enfretamento da tortura.
Em outubro de 2015, especialistas do Subcomitê sobre a Prevenção da Tortura e outros
Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos e Degradantes (SPT) das Nações Unidas visitaram
22 locais de detenção no Rio de Janeiro, Manaus, Recife e Brasília.
O documento produzido por eles foi entregue às autoridades brasileiras em 25 de novembro de
2016 e divulgado pelo governo federal em janeiro de 2017. Os especialistas �zeram um relato
das condições dos presídios, bem como recomendações ao Estado brasileiro. Acompanhe!
Ilustração 1
Seção 1 of 4
1 . O Poder Legislativo e o Combate à Tortura
Ilustração  2
Ilustração 3
O Estado brasileiro é fundamentado no princípio da independência dos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário. É formado pela união de entes federados que possuem autonomia
legislativa concernente e que se organizam político-administrativamente em União, Estados,
Distrito Federal e municípios, o que é chamado, de acordo com os termos da Constituição, de
Pacto Federativo. 
1.1. Atuação do Poder Legislativo no Combate à Tortura
O Poder Legislativo é responsável pela elaboração das leis, pelo acompanhamento das ações do
Poder Executivo e �scalização do orçamento público. Há alteração da sua composição a cada
processo eleitoral, o que é chamado de legislatura, excetuada parcela do Senado Federal, que
tem parcela dos senadores (1/3) renovado a cada 4 anos, e outra parcela (2/3), 4 anos após a
renovação, sendo que todos os senadores exercem mandatos por oito anos.
A estrutura do Poder Legislativo se divide no âmbito federal, estadual, distrital e municipal. Há,
portanto, o Congresso Nacional, formado pela Câmara Federal e Senado; as Assembleias
Legislativas no âmbito estadual; e as Câmaras Municipais. O Distrito Federal é uma exceção,
pois não é considerado um estado e possui características próprias, mas tem um governo
distrital e uma Câmara Legislativa.
O funcionamento do Legislativo se organiza em votações de projetos de lei no âmbito de
comissões temáticas que podem ser permanentes ou temporárias. Os projetos de lei passam
por ritos de tramitação determinados pelo seu conteúdo, de acordo com as regras
estabelecidas por essas comissões, antes da sua votação pelo plenário da casa legislativa.
Membros do Poder Legislativo são atores importantes em ações de prevenção e enfretamento
à tortura não apenas com a propositura de projetos de lei sobre o tema, mas promovendo
igualmente o debate em comissões e em audiências públicas, pressionando e �scalizando o
Poder Executivo e o Poder Judiciário.
Todas as propostas legislativas precisam ser analisadas pelas comissões relacionadas a seus
temas no Legislativo Federal, Estadual e Distrital. No caso das Câmaras Municipais, estes
procedimentos dependem da estrutura e do número de vereadores, variável conforme critérios
dispostos no Capítulo IV da Constituição de 1988.
Além disso, outro papel importante dos parlamentares é a realização de inspeções, seja por
meio das Comissões Parlamentares de Inquérito ou a bem do interesse público. O contato do
parlamentar com a realidade dos locais de privação de liberdade permite análises e
intervenções legislativas de enfrentamento à tortura.
Os instrumentos do Poder Legislativo também podem ser utilizados para a prevenção e o
combate à tortura. Os espaços das comissões, por meio da realização de audiências públicas,
são instrumentos importantes para que o tema seja abordado e discutido com os
parlamentares.
Notadamente, comissões de segurança pública, de constituição e justiça, direitos humanos,
administração pública e até a comissão especial de orçamento são espaços que podem
in�uenciar as proposições legislativas para que a prevenção e o combate à tortura se tornem
prioridade e envolvam outras medidas que podem afetar o seu enfretamento. Veremos com
mais detalhe estes dois mecanismos do Poder Legislativo: as comissões e as audiências
públicas.
1.2. As Comissões Permanentes e Temporárias 
Saiba mais –
O Presidente da República, o Procurador-Geral da República, o Supremo Tribunal Federal, os
tribunais superiores e os cidadãos, segundo critérios especí�cos, possuem competência paras
apresentar os diferentes tipos de legislação. Para mais informações sobre como propor um
projeto de lei, veja:
 
https://www.camara.leg.br/entenda-o-processo-legislativo/
 
https://www.camara.leg.br/entenda-o-processo-legislativo/


Para mais informações, ver:
http://legis.senado.leg.br/comissoes/;jsessionid=BD0D43902244BB604F162CBEDD2139EF
 
 

http://legis.senado.leg.br/comissoes/;jsessionid=BD0D43902244BB604F162CBEDD2139EF
Para mais informações, ver: https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-
permanentes
 

https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes
Mas, em relação ao tema de enfretamento à tortura, o que tem sido feito pela Câmara dos
Deputados? Bem, no sistema penitenciário, a Câmara dos Deputados instalou duas CPIs sobre
o sistema prisional, em 2009 e em 2015, que produziram dois relatórios substanciados com
dados e informações.
Estas CPIs tiveram como objetivo veri�car a situação do sistema carcerário, em especial a
superlotação dos presídios, custos sociais e econômicos desses estabelecimentos, a
permanência de encarcerados que já cumpriram a pena, a violência dentro das instituições,
corrupção, crime organizado e suas rami�cações nos presídios e a busca por soluções para o
efetivo cumprimento da Lei de Execução Penal.
Uma CPI é importante tanto pela sua capacidade operativa quanto pela integridade das
informações colhidas e analisadas para a produção do parecer, além da legitimação da
informação gerada que é utilizada para validar alterações legislativas e criar mecanismos de
�scalização do Poder Executivo por meio de audiências públicas, diligências locais, coleta de
dados e inquirições.
1.3. As Comissões Permanentes e o Enfrentamento à Tortura
Saiba mais –
Para conhecer o que diz o relatório �nal da CPI de 2015, acesse:
Clique aqui
 
Caso queira se aprofundar n o relatório da CPI de 2009, acesse:
Clique aqui
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=353C565D1D4D18F3B2514FF98C736B89.proposicoesWebExterno2?codteor=1366810&filename=REL+2/2015+CPICARCE+%3D%3E+RCP+6/2015
https://bd.camara.leg.br/bd/handle/bdcamara/2701
A Constituição Federal disciplina a competência legislativa da União, dos estados e do Distrito
Federal em seus artigos n.º 22 e 24. Há assuntos de responsabilidade privativa do Congresso
Nacional e matérias consideradas concorrentes que podem ser tema de legislação estadual. No
caso de câmaras municipais, sua capacidade legislativa se restringe aos assuntos de interesse
local, conforme o artigo n.º 30.
Desta forma, o Poder Legislativo estadual não legisla sobre matérias exclusivas da União
como, por exemplo, o Código Penal e Processual Penal. Entretanto, legislam sobre estrutura e
criação de órgãos no Executivo local, sobre funcionamento dos órgãos de segurança
estaduais, sobre a proteção à infância e à juventude, pela organização judiciária estadual
naquilo que lhe compete, entre outros, desde que não se sobreponham às leis federais. É
dessa competência que surge
a interface com as ações de enfrentamento à tortura no âmbito
estadual.
As comissões permanentes das assembleias legislativas também são instrumentos
importantes de articulação de ações de enfrentamento à tortura. Temos, como exemplo, a
atuação da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que
recebe denúncias sobre a situação do sistema penitenciário do estado:
Comissão recebe denúncias sobre más condições de saúde nos presídios
(15/04/2019)
Denúncias de más condições –
Mortes por tuberculose e meningite, presídios em quarentena, falta de água, comida azeda,
in�ltrações nas paredes e descaso nos atendimentos. Esse foi o cenário da saúde no sistema
penitenciário estadual apresentado pelos participantes da audiência pública realizada nesta
segunda-feira (15/04) pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pela deputada Renata Souza (PSol).
 
A taxa de mortalidade por doença nas unidades prisionais do estado do Rio vem aumentando
signi�cativamente. No ano de 2017, 266 pessoas morreram em decorrência de alguma
enfermidade, dez vezes mais que em 1998.
 
Jaqueline Lopes, representante da Cadeia Pública Patrícia Acioli, contou o caso de um preso que
não recebia tratamento adequado e sofria com um braço inchado, sob suspeita de uma picada
de aranha ou escorpião. “A mãe do Rômulo foi visitá-lo uma semana antes do Carnaval e
recebeu a notícia de que ele havia ido para a UPA sentindo dor de dente. Ela, que tem câncer,
�cou em pânico, mas não conseguia mais informações. A UPA dizia que não podia falar nada
porque o interno é responsabilidade do estado. Com muita di�culdade, conseguiu ver o �lho,
que estava grogue, falando enrolado. Ela descobriu que ele chegou quase morto, todo inchado,
e o médico dizendo que ia mandar ele embora”, relatou. Segundo Jaqueline, o detento
retornou para a cadeia e seguia sem medicação, ainda por cima em meio a uma suspeita de
surto de meningite no local. 
(...)
Superlotação –
A superlotação do sistema carcerário é um dos maiores problemas por trás das más condições
de saúde. É o que aponta a coordenadora de Gestão em Saúde Penitenciária da Secretaria de
Estado de Administração Penitenciária (Seap), Nice Carvalho. “A saúde prisional do Rio de
Janeiro tinha uma excelência reconhecida nacionalmente, mas a população carcerária se
multiplicou, enquanto as equipes de saúde diminuíram”, destacou. De acordo com ela, em
1998, eram 18 mil pessoas privadas de liberdade e 1,2 mil técnicos em enfermagem, hoje são
450 técnicos para atender cerca de 54 mil presos.
(...)
Solução dos problemas –
Para contribuir na resolução dos problemas apresentados, a presidente da comissão, Renata
Souza, anunciou algumas medidas e recomendações: a destinação de ambulâncias exclusivas
nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). “O transporte do preso pode fazer toda a
diferença no atendimento”, disse a parlamentar. Também será criado um grupo de trabalho
para coordenar esforços entre Seap, Secretaria de Saúde e o Comitê de Combate e Prevenção à
Tortura em busca de dar conta das necessidades da saúde no sistema prisional.
 
Além disso, devido aos recentes casos de meningite veri�cados em várias unidades prisionais, a
comissão pediu às secretarias o envio de informações detalhadas. “Existe uma falta de
informações na população. Os internos estão em quarentena e as famílias impedidas de visitá-
los. Então precisamos de um mapeamento completo para saber quais ações podemos tomar”,
explicou a deputada.
1.4. As Audiências Públicas
No âmbito das comissões das casas legislativas, as audiências públicas são um recurso de
participação popular adotado com frequência. Elas visam ampliar o conhecimento e o debate
acerca de políticas públicas, temas gerais ou projetos de lei e suas consequências.
O processo de convocação de uma audiência pública é prerrogativa de parlamentares de
determinada comissão. As manifestações de representantes da sociedade civil, de
representantes das instituições públicas e parlamentares busca expor diferentes posições
sobre determinado tema, na forma de diálogo, para formação de subsídios e convencimento
dos parlamentares.
Geralmente, a audiência pública ocorre em um período determinado, coordenada por
parlamentar que preside a comissão ou em conjunto com entidades da sociedade civil que a
demandaram junto a um parlamentar. Nela, apresenta-se um tema e a palavra, então, é dada
aos cidadãos presentes para que se manifestem.
Acompanhe, nas cenas que se seguem, a audiência pública do dia 04/09/2013 destinada a
esclarecer as acusações de tortura, maus tratos e violência de servidores contra o reeducando
Wesley Ferreira da Silva.
Fonte: https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-
permanentes/cdhm/audiencias-publicas/audiencia-publica-destinada-a-esclarecer-
 
O vice-presidente da comissão, deputado Márcio Gualberto (PSL), também participou da
reunião, assim como os parlamentares Enfermeira Rejane (PCdoB) e Anderson Moraes (PSL). 
 
Íntegra da matéria disponível em:
http://www.alerj.rj.gov.br/Visualizar/Noticia/45558?AspxAutoDetectCookieSupport=1
https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/audiencias-publicas/audiencia-publica-destinada-a-esclarecer-as-acusacoes-de-tortura-maus-tratos-e-violencia-de-servidores-contra-o-reeducando-wesley-ferreira-da-silva
http://www.alerj.rj.gov.br/Visualizar/Noticia/45558?AspxAutoDetectCookieSupport=1
as-acusacoes-de-tortura-maus-tratos-e-violencia-de-servidores-contra-o-
reeducando-wesley-ferreira-da-silva
Ilustração 1
https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/audiencias-publicas/audiencia-publica-destinada-a-esclarecer-as-acusacoes-de-tortura-maus-tratos-e-violencia-de-servidores-contra-o-reeducando-wesley-ferreira-da-silva
Ilustração 2
Ilustração 3
 Clique a seguir para avançar no conteúdo.
Ao Poder Executivo cabe a administração dos interesses públicos nos limites da Constituição
Federal. Responsável direto pela execução de políticas públicas, cabe a ele, por meio dos
programas governamentais, estabelecer as prioridades e as orientações para a garantia e o
acesso aos direitos dos cidadãos.
A gestão pública do Poder Executivo se dá por meio de uma estrutura de órgãos, utilização de
recursos �nanceiros, realização de planejamento com de�nição de planos plurianuais que
estabelecem as prioridades e metas do governo. Os órgãos que planejam, executam e
monitoram as políticas públicas se organizam hierarquicamente.
Quanto às políticas de enfrentamento à tortura, cada órgão possui competências e
responsabilidades especí�cas sejam nas políticas prisional, de segurança pública, de
adolescentes em con�ito com a lei, assistência social, no fomento de políticas às pessoas
privadas de liberdade, etc.
2.1. Estruturas e Ações no Âmbito Federal
No âmbito federal, a coordenação das ações de prevenção e combate à tortura é de
responsabilidade do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH),
encarregado: 
Seção 2 of 4
2. O Poder Executivo e o Combate à Tortura
Pelas políticas e diretrizes voltadas à promoção dos direitos humanos.1
No MMFDH, funcionam:
A Coordenação Geral de Combate à Tortura e Violência Institucional (CGCTVI) é a unidade
responsável pela execução de ações visando apoiar a criação de sistemas estaduais de
prevenção e combate à tortura, apoio e aprimoramento, nos estados, da rede de entidades da
sociedade civil promovendo encontros, simpósios, capacitações, produzindo material teórico e
fomentando projetos, entre outras ações.
Pelo combate a todas as formas de violência, preconceito, discriminação e
intolerância.
2
Pela articulação de iniciativas e apoio a projetos voltados à proteção e à promoção
dos direitos humanos.
3
Pela articulação de iniciativas e apoio a projetos voltados à proteção e à promoção
dos direitos humanos.
4
Pelas políticas de prevenção e enfrentamento
à tortura como as ações de
aprimoramento e fortalecimento do Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo (SINASE).
5
Pela execução dos Programas de Proteção a Pessoas Ameaçadas, como o Programa
Federal de Assistência e Proteção a Vítimas e Testemunhas (PROVITA) e Programa
de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), estes
fundamentais para garantir a proteção de vítimas ou testemunhas de tortura e
outras violências cometidas por agentes do Estado e que garantam a sua devida
investigação e responsabilização.
6
O Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.
O Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.
A Coordenação Geral de Combate à Tortura e à Violência Institucional.
O Programa Federal de Assistência e Proteção a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas
(PROVITA) foi criado pela Lei nº. 9.807/1999, segundo a qual promotores, delegados e juízes
identi�cam e quali�cam pessoas na condição de testemunhas e vítimas ameaçadas para o
ingresso no programa. Após a triagem da situação de risco e, principalmente, da condição
psicossocial, é elaborado um parecer indicativo de proteção que é apreciado por um conselho
deliberativo composto em sua maioria por autoridades do Ministério Público, Poder Judiciário,
Polícia Federal e representantes de outros órgãos públicos relacionados à proteção.
O Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) é
regulamentado pelo Decreto n.º 9.579/2017 e tem por objetivo a preservação da vida das
crianças e dos adolescentes ameaçados de morte, com ênfase na proteção integral e na
convivência familiar. Integrantes do Poder Judiciário, dos Conselhos Tutelares e do Ministério
Público realizam a identi�cação da inclusão desse público e de instituições responsáveis pela
�scalização e aplicação do sistema de garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. O
Programa possui um conselho gestor com representantes da Defensoria Pública, do
Ministério Público, do Poder Judiciário, dos órgãos de segurança pública, dos centros de
defesa dos direitos da criança e do adolescente, dos conselhos estaduais ou distrital dos
direitos da criança e do adolescente, dos conselhos tutelares e de entidades de promoção e
defesa de direitos da criança e do adolescente. 
Saiba mais –
Para saber mais sobre o PROVITA acesse: 
https://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/programas-de-protecao/provita-1/provita
 
A íntegra da Lei n. 9.807, de 1999, está disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9807.htm
https://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/programas-de-protecao/provita-1/provita
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9807.htm
Também no âmbito federal, o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) do Ministério da
Justiça e Segurança Pública é o órgão executivo que acompanha e controla a aplicação da Lei
de Execução Penal e das diretrizes da Política Penitenciária Nacional, elaboradas pelo Conselho
Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP). O Departamento também é o gestor do
Fundo Penitenciário Nacional e responsável pelo Sistema Penitenciário Federal, que tem por
�nalidade principal o isolamento das lideranças do crime organizado. 
2.2. Estruturas e Ações no Âmbito Estadual 
Saiba mais –
Para saber mais sobre o PPCAAM acesse:
https://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/programas-de-protecao/ppcaam-1/ppcaam
 
A íntegra do Decreto n. 9.579, de 2017 está disponível em:
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2018/decreto-9579-22-novembro-2018-
787359-publicacaooriginal-156778-pe.html
 
O Guia de Procedimentos do PPCAAM pode ser acessado em: 
http://www.justica.sp.gov.br/wp-
content/uploads/2017/07/guia_de_procedimentos_ppcaam_sdh_2010.pdf
Saiba mais –
Para mais informações sobre o DEPEN, acesse: 
https://www.gov.br/depen/pt-br
 
As atribuições e diretrizes elaboradas pelo CNPCP estão disponíveis em:
https://www.gov.br/depen/pt-br/composicao/cnpcp
https://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/programas-de-protecao/ppcaam-1/ppcaam
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2018/decreto-9579-22-novembro-2018-787359-publicacaooriginal-156778-pe.html
http://www.justica.sp.gov.br/wp-content/uploads/2017/07/guia_de_procedimentos_ppcaam_sdh_2010.pdf
https://www.gov.br/depen/pt-br
https://www.gov.br/depen/pt-br/composicao/cnpcp
O governo estadual é independente para se organizar administrativamente. Em nível estadual,
a Administração Pública é organizada de forma semelhante à esfera federal, substituindo-se
os ministérios por secretarias estaduais que assumem a responsabilidade por determinada
temática e políticas públicas. É responsável pelo encaminhamento de projetos de lei para o
legislativo estadual visando adequar, na forma de lei, as suas prioridades sobre o que fazer e
como fazer.
A grande e importante diferença entre os Poderes Executivo estadual e federal é a proximidade
e a atuação direta na gestão. Enquanto o governo federal atua como um indutor de políticas
públicas, o governo estadual atua como gestor, como o executor de uma determinada política
pública que não necessariamente está de acordo com a política orientada pelo governo federal
podendo, inclusive, superá-la.
A organização e a gestão das polícias estaduais¹, da perícia estadual, do sistema penitenciário,
da defensoria pública, da assistência social e da saúde são atribuições do governo estadual. Há
a liberdade dos gestores em alterar procedimentos e incentivar boas práticas em relação à
prevenção e ao combate à tortura. Os estados podem criar seus sistemas de prevenção e
combate à tortura, inclusive as coordenações estaduais e os mecanismos estaduais de
prevenção e combate à tortura.
¹No âmbito da gestão das polícias estaduais, os estados têm autonomia para criar
unidades especializadas em investigação de denúncias de tortura, de estruturar
corregedorias e ouvidorias independentes com mandato e salvaguardas para seus
integrantes e garantir treinamento quali�cado aos policiais sobre prevenção e combate à
tortura, entre outras ações.
O quadro a seguir apresenta o levantamento sobre a existência dos órgãos estaduais que
trataram do tema em 2018:
Estado Criou
comitê?
Comitê em
funcioname
nto?
Criou
mecanism
o?
Mecanismo
em
funcioname
nto?
Acre Sim Sim Não  Não se aplica
Alagoas Sim Sim Sim Não 
Amapá Sim Não Sim Não 
Amazonas Sim Sim Não Não se aplica 
Bahia Sim Sim Não Não se aplica 
Ceará Sim Sim Não Não se aplica 
Distrito Federal Não Não se aplica Não Não se aplica 
Espírito Santo Sim Sim Sim Não 
Goiás Sim Sim Não Não se aplica 
Maranhão Sim Sim Sim 
Não (em
seleção dos
peritos 
Mato Grosso  Não Não se aplica Não Não se aplica 
Mato Grosso do
Sul
Não Não se aplica Não Não se aplica 
Minas Gerais Sim Não Não Não se aplica 
Pará Sim Sim Não Não se aplica 
Paraíba Sim Sim Sim Não
Paraná Sim Sim Não Não se aplica 
Pernambuco Sim Sim Sim Sim
Piauí Sim Sim Não Não se aplica 
Rio de Janeiro Sim Sim Sim Sim
Rio Grande do
Norte
Sim Sim Não Não se aplica 
Rio Grande do
Sul
Sim Sim Não Não se aplica 
Rondônia Sim Sim Sim Sim
Roraima  Não Não se aplica Não Não se aplica 
Santa Catarina Não Não se aplica Não Não se aplica 
São Paulo Não Não se aplica Não Não se aplica 
Sergipe Sim Não se aplica Sim Não 
Tocantins Não Não se aplica Não Não se aplica 
Resumo 20 comitês 
17 em
funcioname
nto 
9
mecanism
os 
3 em
funcioname
nto 
Fonte: Coordenação Geral de Combate à Tortura e Violência Institucional (2018) 
As Defensorias Públicas são órgãos do Executivo estadual com a missão de prestar a
orientação jurídica e a defesa dos necessitados, a promoção dos direitos humanos e a defesa,
em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos. É instituição
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado.
A atuação dos defensores públicos no enfrentamento à tortura é de grande importância, pois
eles operam diretamente junto às pessoas privadas de liberdade, prestando assistência jurídica
e acompanhando a execução da
pena.
Saiba mais –
Um bom exemplo da atuação das defensorias públicas no enfrentamento à tortura é a
Resolução DPGE n. 932, de 2018, da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, que cria protocolo de
prevenção e combate à tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou
degradantes.
 
A resolução disciplina o recebimento, a documentação e o �uxo interno de comunicações
relativas a casos de tortura, praticados por agente estatal ou outra pessoa no exercício de
funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência, bem
como estabelece o protocolo de atuação dos órgãos da Defensoria Pública sobre o tema.
 
A íntegra da resolução está disponível em: 
http://www.defensoria.rj.def.br/legislacao/detalhes/6321-RESOLUCAO-DPGE-N%C2%BA-
932-DE-26-DE-JUNHO-DE-2018-
 Clique a seguir para avançar no conteúdo.
http://www.defensoria.rj.def.br/legislacao/detalhes/6321-RESOLUCAO-DPGE-N%C2%BA-932-DE-26-DE-JUNHO-DE-2018-
Para que você compreenda qual o papel do Poder Judiciário em relação às Medidas de
Prevenção e Combate à Tortura, é essencial utilizar um pouco do tempo com algumas noções
prévias desta temática. Vamos a elas!
Você sabia que cabe ao Poder Judiciário, por meio dos juízes, realizar a atividade da jurisdição,
que é poder do Estado para aplicar o direito a um determinado caso e, com isso, resguardar a
ordem jurídica e a autoridade da lei? Não há subordinação administrativa entre os diversos
órgãos do Poder Judiciário, mas sim hierarquia de análise do recurso, chamadas de instâncias
ou graus de jurisdição.
São asseguradas ao Poder Judiciário a autonomia administrativa e �nanceira, bem como a
independência funcional dos magistrados.
O Supremo Tribunal Federal é a instância máxima do Judiciário, responsável por interpretar e
aplicar a Constituição Federal em todas as medidas adotadas pelos órgãos do Estado e pelos
cidadãos em geral bem como atender a recursos que já foram indeferidos pelos tribunais
anteriores.
A organização do Poder Judiciário se dá pela natureza do con�ito e da legislação que deve ser
aplicada ao caso. Desta forma, há uma Justiça Especializada e uma Justiça Comum,
diferentemente do observado nos poderes Executivo e Legislativo, que têm sua organização
baseada em entes territoriais. No Poder Judiciário, a Constituição Federal de 1988 – CF/88
determina o que é analisado pela Justiça Federal ou pela Justiça Estadual de acordo com o bem
jurídico que está no con�ito.
Seção 3 of 4
3. O Poder Judiciário e o Combate à Tortura
As competências da Justiça Federal estão elencadas no artigo 109 da CF/88. O que não está ali
previsto acaba por ser de competência da Justiça Estadual.
3.1. A Justiça Estadual
É responsável pelo
tratamento de relações
especi�cadas como
diferenciadas e que, por
isso, necessitam de
estrutura própria para a sua
organização. Em tal
categoria incluem-se os
É responsável por todos os
outros con�itos legais nas
áreas do Direito Civil e
Criminal. Divide-se, de
acordo com o ente jurídico,
em Justiça Federal para
casos da esfera federal, e
em Justiça Estadual e
A Justiça Estadual é responsável pelo julgamento de con�itos do direito cível e criminal. Cada
estado é responsável pela organização da sua justiça estadual que, administrativamente, se
estrutura em duas instâncias. 
A primeira instância inclui os juízes de Direito, as varas, os fóruns, o Júri, os juizados
especiais cíveis e criminais e suas turmas recursais. A segunda instância, por sua vez, são os
Tribunais de Justiça e os magistrados são os desembargadores que julgam os recursos
interpostos contra decisões do primeiro grau.
Ao juiz criminal cabe zelar pelas garantias previstas na Constituição em relação ao acusado e
ser responsável pela análise de um caso criminal, decidindo pelas sanções, inclusive a
privação de liberdade.
Ao juiz de execução penal compete a inspeção mensal de presídios e penitenciárias para
veri�car as condições de cumprimento de pena em que se encontram os presos; a �scalização
do cumprimento de pena nos estabelecimentos prisionais, sendo responsável pela análise da
progressão de regime; o acompanhamento do cumprimento das medidas de segurança
aplicadas à pessoas que cometeram crimes e que são portadoras de transtornos mentais; e a
composição e instalação do Conselho da Comunidade.
Cabe ao juiz resguardar as garantias do acusado sobre a identi�cação de qualquer direito seu
que tenha sido violado, desde a abordagem até a formulação da peça processual e seu
julgamento, incluindo as situações de tortura.
O juiz criminal tem um papel fundamental na prevenção e enfrentamento à tortura. Como
a�rma Conor Folley:
O sistema penal brasileiro é acusatório, constituído pelo órgão
acusador, o Ministério Público, a quem cabe apresentar as provas e
a autoria do delito no processo; a defesa, no caso, a Defensoria
Pública ou advogado privado de defesa; e o juiz, que deve ser
imparcial e guardar equidistância das partes no processo para
garantir o devido processo legal. 
“Os juízes devem estar sempre alerta para a possibilidade de réus e testemunhas
terem sido submetidos à tortura ou a outras formas de maus tratos. Se, por
exemplo, um detento alegar ter sido submetido a maus tratos ao ser levado para
comparecer perante o juiz, ao �nal do período de custódia policial, cabe ao juiz
registrar a alegação por escrito e imediatamente determinar exame de corpo de
delito e demais medidas necessárias para assegurar que tal alegação seja
3.2. Medidas de Prevenção e Combate à Tortura no Âmbito
do Poder Judiciário
Como você já sabe, cabe ao Poder Judiciário �scalizar a execução penal no âmbito das
unidades de privação de liberdade do sistema penitenciário.
A Lei de Execução Penal (Lei n.º 7.210, de 1994) determina, dentre as competências do juiz de
execução penal, as seguintes responsabilidades:
A prerrogativa de interdição de unidades penitenciárias pelo juiz de execução penal foi
inclusive con�rmada pelo Superior Tribunal de Justiça ao analisar o caso de interdição parcial
do presídio de São Lourenço, em Minas Gerais, por conta da superlotação, da falta de
condições sanitárias e de segurança para seu funcionamento: 
RECURSO ESPECIAL Nº 1.618.316 - MG (2016/0204268-3) RECORRENTE:
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS ADVOGADO : DEFENSORIA
- FOLLEY, 2003, p. 38
A realização de inspeções mensais às unidades prisionais visando tomar
providências para o seu adequado funcionamento.
A promoção da apuração de responsabilidade para observações em desacordo com
a lei, com poder de interditar, no todo ou em parte, o estabelecimento penal que
funcione em condições inadequadas ou com infringência aos dispositivos da lei.
plenamente investigada. Isso deve ser feito mesmo na ausência de queixa ou
alegação explícita caso a pessoa em questão apresente sinais visíveis de maus
tratos físicos ou mentais.”
PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS RECORRIDO : ESTADO DE MINAS GERAIS
PROCURADOR : LINCOLN D'AQUINO FILOCRE E OUTRO (S) - MG055249 DECISÃO
 
(...)
Este Superior Tribunal de Justiça possui jurisprudência absolutamente pací�ca no
sentido da competência do respectivo juízo para a prática de ato de interdição de
presídios.
(...) 
 
O entendimento do STJ se �rmou no sentido de que o ato judicial de interdição de
presídio está amparado pela legislação (art. 66, da LEP), não havendo falar em
invasão de competência administrativa.
(...) O Juiz das Execuções Penais é competente para analisar e julgar pedido de
interdição de Presídio, no qual se constatou ausência de condições sanitárias e de
segurança para o seu funcionamento, com superlotação carcerária e motins.
Faculdade que lhe é conferida pelo art. 66 da Lei de Execuções Penais. ro de 2016. 
MINISTRO FRANCISCO FALCÃO Relator
(STJ - REsp: 1618316 MG 2016/0204268-3, Relator: Ministro FRANCISCO FALCÃO,
Data de Publicação: DJ 14/12/2016). 
Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?
componente=MON&sequencial=67951484&num_registro=201602042683&data=20
161214&tipo=0&formato=PDF
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=MON&sequencial=67951484#registro=201602042683&data=20161214&tipo=0&formato=PDF
Além da prerrogativa do juiz da execução penal, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem a
função de �scalizar, regular as atividades administrativas e processuais, disciplinar, garantir a
transparência e aperfeiçoar o trabalho do Poder Judiciário. O CNJ tem um papel importante na
criação de normativas e do acompanhamento das atividades dos juízes. 
Em 2014, por meio do DMF, o CNJ editou a Recomendação n.º 49 de 1º de abril de 2014, que
trata da necessidade de observância, pelos magistrados brasileiros, das normas do chamado
Protocolo de Istambul - Manual para a Investigação e Documentação E�cazes da Tortura e
outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes, da Organização das Nações
Unidas (ONU), e, também do Protocolo Brasileiro de Perícia Forense, em casos de crime de
tortura. Muito embora não tenha caráter impositivo, a recomendação alerta e orienta os
membros do judiciário a tomarem medidas proativas em relação ao processo penal analisado
e, consequentemente, com efeitos para os órgãos periciais. 
Especi�camente para ações de prevenção e enfrentamento à
tortura e a situação das pessoas em privação de liberdade, o CNJ
criou o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema
Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas
(DMF), que tem por função criar instrumentos para padronizar,
aperfeiçoar, monitorar e implementar medidas no âmbito dos
juizados criminais e de execução penal, medidas que promovam os
direitos e garantias das pessoas privadas de liberdade. 
Saiba mais –
A íntegra da Recomendação n. 49, de 2014 do CNJ está disponível em:
3.3. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e sua Atuação no
Combate à Tortura
Do mesmo modo, o CNJ buscou  adequar a atuação dos juízes quanto às garantias
constitucionais e ao disposto no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e a
Convenção Americana de Direitos Humanos, para apresentação do preso em �agrante a um
juiz em 24 horas, à observância das condições da prisão e à aplicação de medidas cautelares à
prisão e à adoção dos princípios elencados no Protocolo de Istambul. Mas, o que você deve
entender acerca desta adequação?
Bem, as audiências de custódia consistem na garantia da rápida apresentação do preso a um
juiz nos casos de prisões em �agrante. A ideia é que o acusado seja apresentado e entrevistado
pelo juiz em uma audiência em que serão ouvidas também as manifestações do Ministério
Público, da Defensoria Pública ou do advogado do preso.
Durante a audiência, o juiz analisará a prisão sob o aspecto da legalidade, da necessidade e da
adequação da continuidade da prisão ou da eventual concessão de liberdade, com ou sem a
imposição de outras medidas cautelares. O juiz poderá avaliar também eventuais ocorrências
de tortura ou de maus-tratos, entre outras irregularidades.
O Estado brasileiro deve aplicar as disposições da Convenção Americana de Direitos Humanos
e viabilizar a realização de audiências de custódia em todo o país. É preciso que os membros
https://atos.cnj.jus.br/�les//recomendacao/recomendacao_49_01042014_03042014155230.pd
f
 
O Protocolo Brasileiro de Perícia Forense no Crime de Tortura está disponível em:
http://www.dhnet.org.br/denunciar/tortura/a_pdf/protocolo_br_tortura.pdf
 
O Protocolo de Istambul – Manual para a Investigação e Documentação E�cazes e outras Penas
ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes, da ONU, está disponível em:
http://www.dhnet.org.br/dados/manuais/a_pdf/manual_protocolo_istambul.pdf
https://atos.cnj.jus.br/files//recomendacao/recomendacao_49_01042014_03042014155230.pdf
http://www.dhnet.org.br/denunciar/tortura/a_pdf/protocolo_br_tortura.pdf
http://www.dhnet.org.br/dados/manuais/a_pdf/manual_protocolo_istambul.pdf
da Magistratura, Ministério Público, Defensoria Pública e Instituto Médico Legal atuem de
modo mais efetivo para que este importante mecanismo cumpra seus objetivos.
Nem todos os crimes levados ao conhecimento das autoridades resultam em investigação
e�caz que produza provas acerca de autoria e materialidade. A investigação penal é um
procedimento fundamental para a colheita de provas e a isso se deve a sua importância nos
casos de tortura e seu impacto no trâmite do processo criminal. Entretanto durante o
procedimento criminal há a incidência de diversas circunstâncias seletivas, as quais reduzem
substancialmente o número de casos apreciados pelo Poder Judiciário de primeiro grau e pelos
Tribunais de Justiça.
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O Ministério Público (MP) é instituição pública independente, permanente e essencial à função
jurisdicional do Estado objetivando a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis. É órgão não vinculado a nenhum dos outros
Poderes e possui autonomia e independência funcional. Sua principal função é a �scalização
das leis e do poder público em todas as esferas, agindo como o �scal do cumprimento das leis
e da Constituição.
Cabe ao MP ajuizar as ações penais contra pessoas que cometeram crimes; promover ações
civis públicas para a defesa de interesses da coletividade; promover ação de
inconstitucionalidade contra leis que ferem a Constituição Federal ou a Estadual, entre outros.
De acordo com a Constituição Federal, no artigo 129, são funções institucionais do Ministério
Público:
Seção 4 of 4
4. O Ministério Público
Promover, privativamente, a
ação penal pública, na forma da
lei.
Zelar pelo efetivo respeito
dos poderes públicos e dos
serviços de relevância
pública aos direitos
assegurados nesta
Constituição, promovendo
as medidas necessárias a
sua garantia 
Promover o inquérito civil e
a ação civil pública, para a
proteção do patrimônio
público e social, do meio
ambiente e de outros
interesses difusos e
coletivos.
Promover a ação de
inconstitucionalidade ou
representação para �ns de
representação para �ns de
intervenção da União e dos
Estados, nos casos previstos
nesta Constituição.
Defender judicialmente os
direitos e interesses das
populações indígenas.
Expedir noti�cações nos
procedimentos administrativos
de sua competência,
requisitando informações e
documentos para instruí-los, na
forma da lei complementar
respectiva.
Exercer o controle externo da
atividade policial, na forma da
lei complementar mencionada
no artigo anterior.
Requisitar diligências
investigatórias e a instauração
de inquérito policial, indicados
os fundamentos jurídicos de
suas manifestações
processuais.
Exercer outras funções que lhe
forem conferidas, desde que
compatíveis com sua �nalidade,
sendo-lhe vedada a
representação judicial e a
Fonte: Ministério Público Federal. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/o-mpf
O Ministério Público é composto pelo Ministério Público da União e Ministérios Público dos
Estados. O Ministério Público Federal, Ministério Público Militar e Ministério Público do
Trabalho e o Ministério Público do Distrito Federal integram o Ministério Público da União.
Além de atuar nas áreas criminal, eleitoral e cível, o Ministério Público deve garantir os
interesses individuais e sociais como o direito à vida, à saúde, à liberdade, à educação, ao meio
ambiente saudável, além dos Direitos Humanos, e direitos de grupos vulneráveis, como
idosos, crianças e adolescentes, pessoas com de�ciência, comunidades indígenas e minorias
étnico-sociais.
Em relação à defesa dos direitos coletivos, a ação do MP se concentra em propor ações
judiciais, mas dispõe de outros instrumentos, como a realização de inspeções, audiências
públicas, inquéritos civis públicos, termos de ajustamento de conduta e recomendações.
Vamos conhecer um pouco mais sobre cada um destes instrumentos.
Inspeção –
É um instrumento utilizado para a constatação in loco das condições físicas, de pessoal, de
metodologia
aplicada, de documentos, etc. de uma determinada instituição. É um recurso que
permite investigar denúncias e analisar se há ocorrências ilícitas ou descumprimentos legais
por parte das instituições públicas ou privadas de forma a garantir os direitos fundamentais.
consultoria jurídica de
entidades públicas.
http://www.mpf.mp.br/o-mpf
Audiência Pública –
É uma reunião organizada para ouvir a comunidade, que relata seus problemas e apresenta
propostas, sugestões em relação aos órgãos públicos. São obtidas, por meio delas, informações
e divulgação de ações para a solução de problemas visando a efetivação dos direitos previstos
nas leis e na Constituição. É um importante mecanismo de participação popular.
 
As Resoluções do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) n. 82, de 2012 e n. 159, de
2017, que tratam sobre as audiências públicas no âmbito dos Ministérios Públicos estão
disponíveis em:
 
http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Resolucoes/Resolu%C3%A7%C3%A3o-0821.pdf
 
http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Resolucoes/Resolu%C3%A7%C3%A3o-159.pdf
Termo de Ajustamento de Conduta –
O TAC é um acordo que o Ministério Público celebra com o violador de determinado direito
coletivo. Este instrumento tem a �nalidade de impedir a continuidade da situação de
ilegalidade, reparar o dano ao direito coletivo e evitar a ação judicial.
 
O termo de ajustamento de conduta está previsto no § 6º do art. 5º da Lei nº 7.347, de 1985.
Inquérito Civil Público –
É um procedimento investigatório instaurado pelo Ministério Público para descobrir se um
direito coletivo foi violado. Para tanto, conforme Lei nº. 7.347, de 1985, o membro do
Ministério Público pode solicitar perícia, fazer inspeções, ouvir testemunhas e requisitar
documentos para �rmar seu convencimento.
 
A Resolução do CNMP nº 23, de 2007 detalha os procedimentos para a instauração de um
inquérito civil. Está disponível em: 
 
http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Resolucoes/Resoluo-0231.pdf
http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Resolucoes/Resolu%C3%A7%C3%A3o-0821.pdf
http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Resolucoes/Resolu%C3%A7%C3%A3o-159.pdf
http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Resolucoes/Resoluo-0231.pdf
4.1. Ministérios Públicos Estaduais 
A organização administrativa dos Ministérios Públicos estaduais respeita a divisão do Poder
Judiciário. Em localidades com alto índice populacional como, por exemplo, Uberlândia e São
Paulo, a distribuição é realizada por áreas de atuação. Entretanto, em comarcas menores,
normalmente, o mesmo promotor de justiça atua em mais de uma área, devido à expectativa
de um número menor de demandas.
O promotor de justiça que atua na esfera criminal busca a responsabilização para o autor
indicado de um determinado crime. É ele quem analisa o inquérito, estrutura a denúncia e
inicia a ação penal junto ao juiz. O promotor se torna parte acusadora no processo e é o
defensor daquela tese apresentada. Porém, novamente, cabe ao promotor atuar para garantir a
licitude das provas apresentadas devendo privilegiar provas materiais em detrimento daquelas
obtidas por meio de con�ssão, como orientam os documentos internacionais.
Refugiado/a –
Uma pessoa que se encontra fora do seu país de origem e que:
Temendo ser perseguida por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou
opiniões políticas, encontra-se fora do país de sua nacionalidade e que não pode ou, em
virtude desse temor, não quer valer-se da proteção desse país.
Não tem nacionalidade e se encontra fora do país no qual tinha a sua residência habitual,
não pode ou, devido ao referido temor, não quer voltar a ele.
Devido a grave e generalizada violação de direitos humanos é obrigada a deixar o seu país
de nacionalidade para buscar refúgio em outro país.
4.2. Medidas para a Prevenção e o Combate à Tortura no
Âmbito do Ministério Público
O Ministério Público reúne características que lhe impõem grande responsabilidade na
prevenção e no combate à tortura: o papel �scalizador do Estado, a responsabilidade por
garantir a proteção aos Direitos Humanos e ser o órgão competente para iniciar uma ação
penal em crimes de tortura.
Em síntese, as ações do MP relacionadas à prevenção e combate à tortura são:
Os membros do Ministério Público também têm a responsabilidade
especí�ca de assegurar que todas as provas reunidas no decurso de
uma investigação criminal tenham sido obtidas corretamente e que
os direitos fundamentais do suspeito não tenham sido violados
durante o processo. 
 
Quando os promotores públicos têm acesso a uma prova contra
suspeitos que eles sabem, ou acreditam, com bases razoáveis, ter
sido obtida por meios ilícitos, a saber, tortura, eles devem rejeitar
tal prova, informar o tribunal a respeito e tomar todas as medidas
necessárias para que os responsáveis sejam levados à justiça. 
 
Qualquer prova obtida por meio de tortura ou maus-tratos
semelhantes só poderá ser admitida como prova contra os que
cometeram tais abusos. (FOLEY, 2003, p. 38)




Realizar o Controle Externo da Atividade Policial
Tem como objetivo resguardar regularidade, adequação e e�ciência dos procedimentos empregados na
execução da atividade policial. De forma detalhada, signi�ca tratar de questões processuais como
conteúdo das detenções compatíveis com legalidade, ordem de prisão, interrogatórios, se as provas
coletadas são lícitas ou não, se assistência jurídica foi garantida.
 
Tratar também questões de gestão da Polícia, como funcionamento de unidades policiais, controle do
contingente, treinamentos nas academias e regulamentos sobre procedimentos operacionais padrão,
escalas, quantidade de material, contratos, orçamento, tempo de resposta, e�ciência e produção, etc.;
questões de responsabilização de atos como letalidade policial, tortura, maus-tratos, extorsão e outros,
praticados pelos policiais seja por meio de solicitação a partir de denúncias ou pelo acompanhamento
de casos analisados pelas corregedorias e delegacias acerca dos atos praticados.

Acompanhar Execução Penal
É o responsável pela �scalização da execução da pena e da medida de segurança, por realizar inspeções
mensais aos estabelecimentos prisionais, bem como, se manifestar como representante do Estado nas
demais questões de processos individuais, seja de progressão de regime, aplicação de medidas
cautelares, interpor recursos, etc.
 
No caso das inspeções, o CNPM estabeleceu procedimentos para a uniformização das inspeções em
estabelecimentos penais pelos membros do Ministério Público. Entre as medidas está o estabelecimento
de perguntas padrão que, posteriormente, foram compiladas em formulários eletrônicos visando a
formação de bancos de informações passíveis de monitoramento periódico. Há formulários para
estabelecimentos do sistema prisional e para estabelecimentos prisionais militares federal e estadual,
todos de caráter anual e trimestral.

Fiscalizar as Instituições de Acolhimento
Atua como �scalizador das instituições de acolhimento de crianças e adolescentes e, também, dos locais
de longa permanência de idosos. 
 
Semelhante ao papel na execução penal, o Ministério Público deve buscar documentos que atestem os
serviços prestados, a regularidade da instituição em relação ao serviço prestado, averiguar as
instalações físicas, os recursos humanos, o número e per�l dos atendidos, periodicidade da visitação
recebida, atividades desenvolvidas e sua pertinência com a legislação vigente, atendimento à saúde e
educação quando for o caso, participação na vida comunitária, adoção das medidas administrativas e
judiciais pelos membros do Ministério Público a efetivar a garantia dos direitos das pessoas atendidas.

Propor Ação Penal
Deve propor ações penais relativas às denúncias de tortura e, quando envolverem agentes públicos,
devem ser reconduzidas preferencialmente por unidades investigativas independentes ou pelos próprios
promotores de justiça, que podem criar unidades especializadas para este �m. 
 
A investigação,
apesar de não diferir muito de uma investigação criminal normal, deve privilegiar a
urgência na sua instalação, garantir a preservação dos vestígios para a análise pericial, garantir a
proteção de vítimas, testemunhas e seus familiares, adotar os quesitos do Protocolo de Istambul nos
laudos periciais médicos, entre outros aspectos a serem observados.
Saiba mais –
O Conselho Nacional do Ministério Público editou uma série de documentos norteadores da
atuação dos promotores de justiça que se relacionam com a prevenção e o enfrentamento à
tortura. São eles:
 
Resolução n.º 56/10 que dispõe sobre a uniformização das inspeções em estabelecimentos
penais pelos membros do Ministério Público Disponível em:
http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Resolucoes/Resoluo-0561.pdf

http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Resolucoes/Resoluo-0561.pdf
Conclusão
Apesar da proibição absoluta pela Constituição Federal, a prática da tortura ainda persiste no
Brasil. Embora condenada publicamente, a tortura é praticada clandestinamente e pode ser
perpetrada pelos mesmos funcionários do Estado que são responsáveis por sustentar e aplicar
a lei (RODLEY, 2003).
Cabe ao Poder Executivo concretizar políticas públicas de enfrentamento e prevenção à
tortura. Aos senadores, deputados federais e estaduais não cabem apenas aprovar leis de
enfrentamento à tortura, mas também promover o debate público sobre o tema e pressionar,
no campo político, pela responsabilização dos autores dos crimes seja em comissões ou em
audiências públicas.
Já aos juízes e promotores cabem a manutenção do direito, com a responsabilização dos
agentes que cometem o crime de tortura, evitando a perpetuação da prática.
 
Formulário de inspeção anual de Estabelecimentos do Sistema Prisional, disponível em:
http://www2.cnmp.mp.br/formularios/formularioAnualBranco.pdf
 
Formulário de Inspeção Trimestral de Estabelecimento Prisional, disponível em:
http://www.cnmp.mp.br/portal/images/2._Formul%C3%A1rio_de_Inspe%C3%A7%C3%A3o_
Trimestral_Estabelecimento_Prisional.pdf
 
Relatório Anual de Visita Técnica a Estabelecimento Prisional das Forças Armadas (visita no
mês de março), disponível em:
http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Formul%C3%A1rio_de_Visita_T%C3%A9cnica_Anua
l_a_Estabelecimento_Prisional_das_For%C3%A7as_Armadas.pdf
“O combate à tortura exige que magistrados e promotores
manejem com destreza tanto o escudo quanto a espada da lei. O
http://www2.cnmp.mp.br/formularios/formularioAnualBranco.pdf
http://www.cnmp.mp.br/portal/images/2._Formul%C3%A1rio_de_Inspe%C3%A7%C3%A3o_Trimestral_Estabelecimento_Prisional.pdf
http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Formul%C3%A1rio_de_Visita_T%C3%A9cnica_Anual_a_Estabelecimento_Prisional_das_For%C3%A7as_Armadas.pdf
Assim, todos os poderes têm um papel crucial a desempenhar na prevenção e no combate à
tortura.
escudo que eles devem proporcionar consiste em respeitar as
salvaguardas nacionais e internacionais destinadas a proteger as
pessoas que se encontram nas mãos dos responsáveis pela
aplicação da lei, de modo a impedir que elas sejam submetidas a
tortura e a maus tratos semelhantes e proibidos. A espada que eles
devem brandir consiste em responsabilizar aqueles que perpetram
tais atos pela violação da lei (FOLEY, 2003, p. 1). 
 Referências –
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
BRASIL. Decreto nº. 40, de 15 de fevereiro de 1991. Promulga a Convenção Contra a
Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0040.htm
BRASIL. Lei nº. 9.455, de 7 de abril de 1997. De�ne os crimes de tortura e dá outras
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9455.htm
BRASIL. Lei nº. 12.847, de 2 de agosto de 2013. Institui o Sistema Nacional de Prevenção
e Combate à Tortura; cria o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e o
Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura; e dá outras providências.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2013/Lei/L12847.htm
FOLLEY, Conor. Manual para magistrados e membros do Ministério Público para
combate à tortura. Reino Unido: Human Rights Centre, Universidade de Essex , 2003.
Disponível em http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-
apoio/publicacoes/tortura/Manual-Combate_Tortura_magistrados_mp.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0040.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9455.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12847.htm
http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/publicacoes/tortura/Manual-Combate_Tortura_magistrados_mp.pdf
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Relatório sobre a Tortura no Brasil Produzido pelo
Relator Especial sobre a Tortura da CDH da ONU, Genebra, em 11 de Abril de 2001.
Disponível em: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-
permanentes/cdhm/documentos/relatorios/RelatTortnoBrasil.html
UNODC. Relatório da ONU alertou governo federal em novembro sobre problemas nos
presídios do País. Disponível em: https://www.unodc.org/lpo-
brazil/pt/frontpage/2017/01/relatorio-da-onu-alertou-governo-federal-em-novembro-
sobre-problemas-nos-presidios-do-pais.html
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http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/documentos/relatorios/RelatTortnoBrasil.html
https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/frontpage/2017/01/relatorio-da-onu-alertou-governo-federal-em-novembro-sobre-problemas-nos-presidios-do-pais.html

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